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Centro Universitário Católica de Santa Catarina Curso de Teologia Disciplina: Bioética Professora: Geni Maria Hoss Acadêmica: Leticia Stephany Vieira Data: 11 de maio de 2015 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA SEGUNDO A CARTA ENCÍCLICA QUEMADMODUM DO SUMO PONTÍFICE PAPA PIO XII SOBRE A ASSISTÊNCIA ÀS CRIANÇAS INDIGENTES A Encíclica Quemadmodum escrita e publicada no imediato pós-guerra traz um apelo firme e preciso do Papa Pio XII sobre os menores abandonados após a morte de familiares pelo regime. Diz: “ informeis ao povo dessas urgentes necessidades e o exorteis a sustentar com a oração, com a colaboração e com as ofertas, estas providenciais atividades, surgidas com o escopo de assistir moral e materialmente a infância indigente e abandonada”. (p. 4). Não se trata apenas de um apelo espiritual, mas prático, sustentando puramente que “ a fé sem obras é morta ” (Tiago 2, 20). Neste ponto podemos perceber a urgência deste auxílio e ainda mais, a práxis da imitação de Cristo de Mateus 25, 40: “ Em verdade vos digo, cada vez que fizestes alguma coisa para um dos menores desses meus irmãos, o fizestes a mim ”. Pio XII ainda ressalta que “ essas crianças são o fulcro do futuro e, portanto, é absolutamente necessário que elas cresçam sadias de mente e de corpo, para que não se tenha um dia uma geração que carregue em si os germens das doenças e a marca do vício ”, e ainda “ Ninguém, então, se recuse dedicar energias, atividades e meios pecuniários para esse escopo tão oportuno e necessário ”. Ou seja, a dignidade de tais filhos de Deus é tão urgente que não cabe aos cidadãos a procrastinação. Ainda, àquele que os auxilia (os menores) será restituído com uma generosa recompensa um dia (p. 4). Além do ato de generosidade intrínseco ao cristianismo, a promessa do Reino também se faz presente e se cumpre no outro.

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Centro Universitário Católica de Santa CatarinaCurso de TeologiaDisciplina: BioéticaProfessora: Geni Maria HossAcadêmica: Leticia Stephany Vieira Data: 11 de maio de 2015

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA SEGUNDO A CARTA ENCÍCLICA QUEMADMODUM DO SUMO PONTÍFICE PAPA PIO XII SOBRE A

ASSISTÊNCIA ÀS CRIANÇAS INDIGENTES

A Encíclica Quemadmodum escrita e publicada no imediato pós-guerra traz um apelo firme e preciso do Papa Pio XII sobre os menores abandonados após a morte de familiares pelo regime. Diz: “informeis ao povo dessas urgentes necessidades e o exorteis a sustentar com a oração, com a colaboração e com as ofertas, estas providenciais atividades, surgidas com o escopo de assistir moral e materialmente a infância indigente e abandonada”. (p. 4). Não se trata apenas de um apelo espiritual, mas prático, sustentando puramente que “a fé sem obras é morta” (Tiago 2, 20). Neste ponto podemos perceber a urgência deste auxílio e ainda mais, a práxis da imitação de Cristo de Mateus 25, 40: “Em verdade vos digo, cada vez que fizestes alguma coisa para um dos menores desses meus irmãos, o fizestes a mim”.

Pio XII ainda ressalta que “essas crianças são o fulcro do futuro e, portanto, é absolutamente necessário que elas cresçam sadias de mente e de corpo, para que não se tenha um dia uma geração que carregue em si os germens das doenças e a marca do vício”, e ainda “Ninguém, então, se recuse dedicar energias, atividades e meios pecuniários para esse escopo tão oportuno e necessário”. Ou seja, a dignidade de tais filhos de Deus é tão urgente que não cabe aos cidadãos a procrastinação. Ainda, àquele que os auxilia (os menores) será restituído com uma generosa recompensa um dia (p. 4). Além do ato de generosidade intrínseco ao cristianismo, a promessa do Reino também se faz presente e se cumpre no outro.

No parágrafo 7, Pio XII relata detalhadamente a situação atual, fala da fome, da miséria, da falta de medicamentos e principalmente de atenção, o problema central é que “Ninguém lhes concede segura proteção contra a miséria, os vícios e delitos”. Assim, a solução viável que permeia todo e qualquer ato de solidariedade orientado anteriormente é amar com “o mesmo amor de Cristo” (Filipenses 1, 8); e não somente isto, mas o amor de Cristo munido de “probidade e de firmeza” propõe uma edificação das virtudes morais e físicas; assim, finalmente, cabe aqui a célebre frase de Benjamin Franklin: “o trabalho dignifica o homem”.

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Assim, as soluções apresentadas pelo Papa para dissolução da questão apresentam-se puras e simples, mas ao mesmo tempo se tornam um referencial para os dias atuais. A cobrança tanto por parte dos pais quanto dos filhos direcionada para a probidade e firmeza foi visivelmente reduzida. A carta encíclica Quemadmodum ainda é muitíssimo atual. Podemos concluir assim que nada mais eficaz para reconstruir a dignidade de um menor abandonado, ou de um homem feito que o trabalho, a caridade e a retidão. Ainda vale ressaltar o eminente esforço de Pio XII para com os menos favorecidos em uma época pós-conflito. Ele mesmo acaba por refletir as soluções apresentadas nesta encíclica, exortando e pastoreando seu rebanho com firmeza e caridade.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

PIO XII. Carta encíclica Quemadmodum. Sobre a assistência às crianças indigentes, disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_06011946_quemadmodum.html> acesso em 11/05/2015 às 15h

O CATEQUISTA. Mentira tem pernas longas. Pio XII que o diga. Blog O Catequista, 08/08/2011. <http://ocatequista.com.br/archives/8> acesso em 11/05/2015 às 15h

O CATEQUISTA. Papa Francisco sente “urticária existencial” quando falam mal de Pio XII. Blog O Catequista, 24/06/2014. <http://ocatequista.com.br/archives/13289> acesso em: 11/05/2015 às 15h.