Director Adriano Callé Lucas RIS 2048 supera 10 Empresas ... · tempos de resposta imediatos. Em...

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Entrevista Luís Catalão, administrador da sociedade constituída em 2000, com sede em Aveiro, fala dos desafios do sector Páginas 4 e 5 1 DE DEZEMBRO DE 2015 TERÇA-FEIRA Director Adriano Callé Lucas Empresas químicas de Estarreja criam Bilhete de Identidade de Segurança Página 2 Sector da cortiça cresce mais de 20 por cento em cinco anos Página 3 RIS 2048 supera 10 milhões de facturação Bosch fica acima dos mil milhões de euros em vendas Página 6

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Entrevista Luís Catalão, administrador da sociedade constituída em 2000, com sede em Aveiro,fala dos desafios do sector Páginas 4 e 5

1 DE DEZEMBRO DE 2015 TERÇA-FEIRA

Director Adriano Callé Lucas

Empresas químicasde Estarrejacriam Bilhetede Identidadede SegurançaPágina 2

Sector da cortiçacresce mais de20 por centoem cinco anosPágina 3

RIS 2048 supera 10milhões de facturação

Bosch ficaacima dos milmilhões de eurosem vendasPágina 6

Economia:Qual o significadoda distinção HPE PlatinumPartner atribuída recente-mente pela Hewlett PackardEnterprise (HPE)?Luís Catalão: É uma grandehonra e o corolário do esforçode toda a empresa. É o reconhe -cimento por parte do mercadoe da HPE da RIS 2048 comouma empresa de excelência. Éo nível máximo de parceria daHPE, atribuído a apenas duasempresas em Portugal. Comoparceiro HPE Platinum, a RIS2048 demonstra um nível ele-vado de certificação das suasequipas técnicas e comerciais.Está habilitada a prestar umagama completa de serviços deTI - de integração de sistemas esuporte de qualquer complexi-dade até ao planeamento estra-tégico, garantindo a continui-dade dos negócios e a repara-ção em garantia dos equipa-mentos HP, se necessário comtempos de resposta imediatos.

Em 2014, a RIS 2048 ultra-passou os 10 milhões de eu-ros de facturação. E 2015,como vai ser?A RIS 2048 fechou o ano de2014 a facturar 10,5 milhões deeuros, mantendo o ritmo decrescimento cíclico de 100 porcento por cada cinco anos. Em2015, e depois de dois anos deforte crescimento, prevemosencerrar o ano com um cresci-mento de cerca de 10 por cento.Temos a nossa sede em Aveiro,mas actuamos em Portugalcontinental e ilhas e dispomostambém de escritórios e recur-sos humanos altamente quali-ficados no Porto e em Lisboa,onde estamos a consolidar anossa posição. O Porto é, geo-graficamente, uma expansãonatural e Lisboa decorre da ne-cessidade de estarmos maispróximo técnica e comercial-mente de clientes institucionais,da sede de alguns gran des gru-pos económicos e de grandesparceiros como a Microsoft ea HP. Neste momento temosmais de 90 colaboradores, al-guns dos quais a executar pro-jectos em vários países da Eu-ropa e África, acompanhando

a internacionalização dos nos-sos clientes independente-mente da sua geografia.

Como consequência da vossaestratégia, já têm escritório emAngola. Como está a correr?Em Angola estamos a operaratravés duma empresa local, aKalembatec. Apesar de estável,o negócio está neste momentoa ser fortemente afectado pelopreço do crude e por isso esta-mos a ser muito criteriosos noenvio de recursos humanos al-tamente qualificados e a apos-tar numa expansão ponderada.Apesar do cenário recessivo emAngola, este ano a faturação ul-trapassará os 2,3 milhões de eu-ros, crescendo cerca de 15 porcento face a 2014. Deste valor,cerca de 25 por cento referem-se a serviços prestados por téc-nicos e consultores portugue-ses altamente qualificados eque são deslocados para pro-jectos no local.

A RIS 2048 é reconhecidacomo uma empresa eminen-temente técnica. Qual o sig-nificado para o mercado?

É permanente o esforço parasermos os melhores e sermosreconhecidos como tal. É cru-cial para a sustentabilidade alongo prazo que a qualidade dosnossos projectos, do nosso ser-viço de suporte e dos produtosque vendemos sejam reconhe-cidos como “Best in Class”. Ofacto da generalidade dos nos-sos consultores comerciais te-rem um passado no terreno temcomo consequência não ven-derem apenas para atingir ob-jectivos. É preciso ir ao encontrodas necessidades do negóciodos clientes. É necessário queos clientes vejam em nós umparceiro que aporta valor, queaumenta a sua competitividade,que ajuda a encontrar soluçõespara optimizar os seus proces-sos e que está do seu ladoquando “o sistema pára”.

Que tipo de serviços prestamactualmente?A RIS 2048 fornece aos seusclientes soluções de tecnologiasde informação, software apli-

cacional de gestão (ERP) e de-senvolvimento de software àmedida das necessidades donegócio. Dispomos de serviçosde análise, desenho, projecto,implementação, suporte apli-cacional e de sistemas, repara-ção de equipamentos em ga-rantia e diagnóstico. Em termossimples, podemos montarsolu-ções completas desde a protec-ção de energia socorrida e in-fra-estrutura UTP e fibra ópticaaté ao software de gestão e de-senvolvimento de aplicações denegócio, passando pela vendae instalação de todo o hardwarenecessário. Em Sistemas & Co-municações, a nossa área nativade actividade, temos uma ofertacompleta que permite suportartodo o ciclo de vida das solu-ções dos nossos clientes. Dis-pomos de profissionais certifi-cados pelos mais importantesfabricantes da indústria, permi-tindo-nos oferecer ao clienteserviços e soluções nos seguin-tes domínios: Sistemas Opera-tivos; Unified Messaging (Ex-change Server/Sharepoint Por-tal Server); VoIP / Telefonia IP;Gestão e monitorização de Re-des; Redes LAN, WAN, VPN; Se-gurança, antivírus, antispam,anti-spyware e firewalls; Con-solidação/virtualização de Ser-vidores e Storage; Sistemas Ser-vidores Blade; SAN Storage;Backup/Business Continuity.Implementamos e suportamosum vasto conjunto de aplica-ções de gestão, dotando as em-presas de meios de controlo ede gestão que optimizam o seutrabalho.Certificada pelos fabricantes, aequipa multidisciplinar apoiaas empresas a nível informático,mas também fiscal e adminis-trativo. Esta equipa combina di-ferentes experiências e áreas deformação com um conjunto deferramentas e métodos basea-dos nos melhores modelos epráticas do mercado. Somos es-pecialistas na implementaçãode ERP e oferecemos serviçosde desenvolvimento e extensi-bilidade que completam e op-timizam as aplicações base. Te-mos uma equipa dedicada e ex-periente na implementação de

soluções de gestão de produ-ção. Ao implementar a solução,os processos são pensados deacordo com as especificidadesdo sector e com a realidade decada empresa, criando uma fer-ramenta capaz de optimizar oseu negócio. Temos consultoresespecializados na implementa-ção de soluções de Construçãoe Gestão de Obras em empre-sas de diferentes áreas: cons-trução civil, instalação de tuba-gens e equipamentos, constru-ções metálicas e obras pública,assegurando o acompanha-mento da obra em tempo realde forma a termos controlos ri-gorosos do tempo e custos deexecução das obras. A nossaequipa de programadores de-senvolve soluções quando a or-ganização necessita de umaaplicação específica para auto-matizar um determinado pro-cesso de negócio e não a en-contra disponível no mercado.Esta equipa de profissionais cer-tificados identifica, analisa e mo-dela as necessidades do cliente,desenvolvendo soluções paraas mais diversas áreas, sobre di-ferentes plataformas tecnológi-cas como Web, Sharepoint, SQL,XML, ASP.NET, Silverlight e de-senvolvimentos Windows liga-dos ao ERP.

Quais são as vossas vanta-gens competitivas?Penso que a nossa maior van-tagem competitiva é também onosso maior desafio de gestão.Vivemos com intensidade as di-ficuldades e necessidades dosclientes como se fossem as nos-sas, e isso por vezes é contra-producente em termos de in-tensidade de esforço. A nossaflexibilidade, informalidade, ele-vada especialização e facilidadede comunicação e rápida esca-labilidade dos problemas aomais alto nível da empresa sãoas grandes vantagens compe-titivas. Como consequência, te-mos um apoio, cumplicidade econfiança dos grandes fabri-cantes nacionais e mundiaisque nos permite encarar qual-quer projecto com naturalidadee confiança de o conseguir levara bom porto.

Em Aveiro, acresce o facto desermos uma empresa de pro-ximidade, a operar ao nível dasmelhores e maiores empresasdo mundo.

Qual o papel dos fabricantes?Há 15 anos tomámos a decisãoestratégica da RIS 2048 ser umaempresa focada num pequenogrupo de fabricantes, de formaa poder especializar-se ao níveldos melhores do mundo. Comotal concentrámos a nossa acti-vidade em redor da HP, Micro-soft e Primavera Software, com-plementando a oferta destes fa-bricantes nas áreas por eles nãoabrangidas com marcas comoa Cisco, a VMWare, a Symantece a Fortinet. Prova desta aposta,somos HP Enterprise PlatinumPartner e todos os anos temossido distinguidos pela HP emvárias vertentes, entre elas a dis-tinção “Best HP Customer Sa-tisfaction Index”.Fomos vencedores nos últimosdois anos do HP Storage Achie-vers’Club, sendo a empresa por-tuguesa com melhor desempe-nho de vendas de storage, cum-prindo com um conjunto de exi-gentes indicadores de volume erácios propostos pela HP, sendoassim um dos dois representan-tes da Iberia na sede da HP nosEstados Unidos. Somos aindaum dos mais antigos MicrosoftGold Partner de Portugal, tendojá sido parceiro do ano. O nossoelevado nível de especialização

técnico e de consultoria per-mite-nos ser o parceiro certopara ajudar e acelerar a trans-formação nas empresas ine-rente às alterações tecnológicase aos desafios da globalizaçãodas economias. Em termos desoftware aplicacional a nossarelação de longa data com omaior fabricante nacional desoftware ERP – a Primavera BSS– está alicerçada numa fortecomponente de especialização,pelo que detemos o mais ele-vado nível de parceria, Prima-vera Premium Partner. As ne-cessidades e reconhecimentodo mercado e a confiança do fa-bricante levaram-nos a eleva-dos níveis de especialização,com especial relevo para áreasverticais, nomeadamente cons-trução e indústria, com clientesde grande dimensão.

Para além das inúmeras cer-tificações de fabricantes de-tidas, que outro tipo de cer-tificações são relevantes?Naturalmente a certificaçãoISO9001 é obrigatória e é prá-tica generalizada em Portugal.Adicionalmente possuímos acertificação ISO27001, que éuma certificação que consolidaum conjunto das melhores prá-ticas da gestão de segurança dainformação e cujo âmbito é ga-rantir confidencialidade, inte-gridade e disponibilidade dosdados dos nossos clientes.Muito se tem falado sobre ou-

Entrevista

04 | 1 DEZ 2015 | TERÇA-FEIRA

Entrevista A RIS 2048 é uma sociedade constituída no ano 2000 para agregarnuma estrutura única a actividade de várias empresas de sistemas de informação que operavam na região Norte desde o início dos anos 1990. O administrador Luís Catalão fala sobre os novos desafios

“RIS 2048 ultrapassa os 10 milhões de

“É permanente o esforço para sermos os melhores e sermos reconhecidos como tal”

tros tipos de certificações,como responsabilidade sociale inovação. A nível da inovaçãona RIS 2048, temos estado fo-cados na inovação de proces-sos de gestão e operação e emcolocar ao serviço dos nossosclientes as inovações que osgrandes fabricantes mundiaisapresentam ao mercado. Estáem discussão a criação dumaunidade que se destina a pro-dutos inovadores, mas restritapara já ao desenvolvimentoaplicacional. Em termos de res-ponsabilidade social, natural-mente acreditamos no princí-pio de devolução à sociedadedo que nos foi proporcionado,bem como deixar um legadomaior e melhor que o que re-cebemos. Naturalmente ajuda-mos algumas instituições deforma sistemática na medidadas nossas possibilidades, masacima de tudo esforçamo-nospelo que considero serem asefectivas responsabilidades so-ciais das empresas: ter uma re-lação justa com fornecedores,cumprir atempadamente osseus compromissos de formaa não criar dificuldades noutrasempresas nomeadamente aonível dos pagamentos, tratarcom lealdade, honestidade efrontalidade todos os stakehol-ders e entidades que interagemcom a RIS 2048. Mas acima detudo isto, criar as melhores con-dições de trabalho para os nos-sos colaboradores em termos

operacionais, sociais e remune-ratórios é o principal vetor danossa responsabilidade. Pro vadisso, em Março deste ano de-cidimos que na RIS 2048 nin-guém deve receber menos demil euros por mês. É um desafiofinanceiro e uma enorme res-ponsabilidade para todos, e nãosó para quem decide no final doperíodo de estágio ou experiên-cia se o colaborador fica na RIS2048. É uma forma de atrair-mos os melhores recursos hu-manos e é também uma garan-tia para os nossos clientes deque estamos a escolher os me-lhores. Não deverão ser estes osprimeiros passos da responsa-bilidade social?

Quais as maiores dificulda-des que têm sentido nos úl-timos anos?Em primeiro lugar, as normaisdificuldades de todas as empre-sas. O contexto económico na-cional e a consequente dificul-dade de investimento de algunssectores da economia. Temostambém sentido a dificuldadede transferência de divisas deAngola - país que muitas em-presas portuguesas nossasclientes escolheram como alvopreferencial para a internacio-nalização. Adicionalmen te, asconstantes alterações fiscais ede efeitos imediatos geramenorme stress operacionaldada a pressão resultante danecessidade de actualizar os

softwares dos clientes. Os fa-bricantes de software não têmtempo suficiente para alteraremos ERP e fazerem testes exaus-tivos, e, como consequência, osproblemas surgem e nós somosa linha da frente quando as em-presas não conseguem executaras operações necessárias para oseu normal funcionamento. Porúltimo, e co mo grande cons-trangimento ao crescimento, aenorme falta de recursos huma-nos qualificados. Para isto con-correm dois factores: a saídapara o estrangeiro de pessoasaltamente especializadas e aspolíticas de ensino e formaçãoadoptadas nos últimos 20 anos.As estatísticas europeias melho-raram mas na prática continua-mos com falta dos recursos quenecessitamos para desenvolvera economia nacional.

Quais os desafios para o fu-turo?O maior desafio das PME ésempre a liderança e a coesãodas equipas. As decisões estra-tégicas tomadas e a forma co -mo são operacionalizadas des -de o topo até à base da empre -sa, e a forma como o feedbackda base chega ao topo, são overdadeiro desafio de todas asPME. Esta é uma das razões donosso sucesso, mas também ogrande desafio. Para além disso, o nosso sectorde actividade está perante o queconsidero um momento fratu-rante – a Cloud. Já no passadohouve momentos destes, no-meadamente quando surgiramas arquitecturas cliente-servi-dor, a Internet e quando os por-táteis passaram a ser uma com-moditie substituindo a “assem-blagem” de Pcs. A Cloud acimade tudo é uma enorme opor-tunidade para todas as empre-sas. E se é verdade que encerraenormes vantagens, tambémencerra desafios e perigos. Nãopode nem deve ser encaradacomo uma moda, mas simcomo uma decisão estratégica.Como todas as decisões estra-tégicas numa empresa, deve serbem estudada tecnicamente,bem avaliada e acima de tudobem definidos quais os objec-tivos que se pretendem atingircom o recurso à Cloud. Tem ha-vido muitos dissabores nestaadopção pelo facto de não seavaliar todas as envolvênciasdas TI na empresa, nomeada-

mente no que concerne ao tra-balho colaborativo, à logísticade materiais e à gestão da pro-dução. A RIS 2048 está a tra-balhar muito estreitamentecom a Microsoft para aumen-tar as suas competências nestaárea e ter disponíveis especia-listas nacionais e mundiaispara avaliar a realidade dasempresas. É nosso objectivosermos o parceiro de excelên-cia no apoio a essa transfor-mação nas empresas, sem co-locarmos em risco a continui-dade da sua operação, tra-zendo-lhes as inerentes vanta-gens competitivas, flexibilidadee redução de custos a médioprazo. Como consequênciadeste desafio, todos os nossosconsultores vão ter de ser me-nos técnicos e mais tecnológi-cos, mais conhecedores do ne-gócio do cliente e mais focadosno consumidor dessa tecnolo-gia, nunca perdendo de vista o“how to”.

Quais as perspetivas para ofuturo?Para o ano de 2016 pretende-mos consolidar em termos or-ganizacionais o crescimentodestes últimos três anos, es-tando dispostos a sacrificar ocrescimento da facturação emdetrimento da melhoria quali-tativa da organização e dos re-cursos humanos por via da op-timização de processos, do au-mento de competências e cer-tificações de fabricantes e apos -ta nas competências de relacio-namento. Indubitavelmente oparadigma da Cloud é incon-tornável. É uma ameaça paratodas as empresas existentes eao mesmo tempo uma grandeoportunidade. Para as empre-sas de TI, nada será como dan-tes, pois a necessidade de“know how” técnico especiali-zado e ao mesmo tempo co-nhecedor das necessidades docliente será crucial. Ao contráriodo que possa parecer, “ir para acloud” não é como comprar sa-bonetes ou tablets – requerajuda de confiança e tecnica-mente capaz. Os profissionaisde TI terão de adquirir mais“soft skills” e, apesar do poten-cial de redução da facturação,o negócio não perderá valorcom estes profissionais. São de-safios enormes e continuamosa acreditar que amanhã seráum dia melhor. |

TERÇA-FEIRA | 1 DEZ 2015 | 05

Entrevista

euros de facturação” O fim do Kanban e amorte da Qualidade

Imagine uma empresa que com muito trabalho e a dedi-cação de muitos seguiu todo o trilho lean até conseguirimplementar o sistema pull e a ferramenta kanban. Sefizer uma pesquisa sumária verá que além de ser umpercurso moroso e trabalhoso não é simples. Esta ferra-menta é extremamente exigente e requer um nível ele-

vado de optimização dos processos produtivos necessitando,por isso, da implementação precedente de várias ferramentasLean. E depois de implementado o custo de manutenção podeser desencorajador, mas os resultados mostram que é umamais-valia clara. O sistema kanban é um mecanismo automá-tico de informação que permite visualizar, ‘o quê, quando, emque quantidade e porque método’ deve ser produzido e trans-portado determinado produto. Relativamente ao sistema kan-ban, se por um lado coloca em evidência os problemas do sis-tema produtivo, por outro lado traz-lhe inúmeras vantagens eoptimizações: Fomenta a mão-de-obra polivalente; Estimulao aperfeiçoamento contínuo e a redução de desperdícios; Di-minui o número de documentos e entraves burocráticos; Au-menta o controlo visual do volume de produção; Aumenta acapacidade de resposta face aos pedidos dos clientes; Promovea circulação rápida de informação entre postos de trabalho.Ora imagine que essa mesma empresa até era líder no mercadoem que operava e se regozijava dos seus elevados padrões dequalidade no produto final que fazia chegar ao cliente final, oconsumidor. O kanban ajudava no controlo de stocks ao longode toda a cadeia produtiva mas também ‘obrigava’ a haver lotesde produção ajustados às necessidades e, por isso, em algumasreferências, mais pequenos do que aquilo que alguns departa-mentos queriam. E queriam porquê? Porque lhe dava maisjeito produzir em quantidade e de uma só vez um lote grandeque de acordo com as necessidades ao longo da cadeia de valor.Era uma guerra entre logística e produção onde havia quempublicamente defendesse o sistema mas que depois fosse, semdúvida, contra o mesmo. Ao longo do tempo quem estava con-tra foi procurando criar desgaste na própria ferramenta ‘mi-nando’, sempre que conseguia, o trabalho da logística. Chegouao ponto de o sistema estar no terreno sem estar a ser respeitadoe nesta fase a administração, que lá terá as suas razões, optounão por repor o sistema pull mas por apoiar a produção emandar remover completamente todo o sistema. Foi uma vi-tória aparente. Efectivamente podiam agora fazer “gato sapato”do planeamento e da logística. Mas não tardou até chegar anovidade: problemas de qualidade no cliente final. Jamais tinhaacontecido…E assim a empresa, que sempre vendeu a imagemde qualidade eterna, deixou-se cair na armadilha. A produçãopensava que ao poder fazer a gestão do seu trabalho focada naquantidade e não na qualidade resolvia os seus problemas masacabou por pôr em causa o bom nome da empresa. (Cont.)Pode ler o artigo na sua totalidade acedendo ao mesmo atravésda nossa página do linkedin https://www.linkedin.com/ com-pany/rm-consulting---frente-do-futuro ou através da nossanewsletter enviando um e-mail para [email protected] com oassunto ‘Quero receber a newsletter’. Se quiser ter mais infor-mação sobre o tema pode contactar-me pelo e-mail [email protected]. Podemos sempre arranjar um argumento para nãomudar ou podemos aceitar o risco de tentar. Quem não faz na -da nunca falha. Quem tenta arrisca-se a evoluir.

Então aceite o desafio. Start, Go, Walk, Run, Drive... LEANAté daqui a duas semanas. |

Ricardo Ferreirade MascarenhasRM Consulting