Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento...

24
Um Natal fraterno é necessário Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 4, Nº 23, Novembro/Dezembro de 2012 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bi-Mensal INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director e Fundador: Paulino B. Fernandes PÁGINA 2 Editorial Paulino B. Fernandes O Zêzere e a Beira Interior Dra. Alda Barata Salgueiro PÁGINA 2 PÁGINA 9 O Papa é protestante Dr. Fernando Caldeira Silva PÁGINA 20 O Farol António Graça PÁGINA 6 Fim de ano em Oleiros Veja programa do Hotel Santa Margarida na pagina 14 O Director e Colaboradores do Jornal de Oleiros, desejam a todos os Amigos, Leitores, Assinantes e Parceiros um excelente e tranquilo NATAL em paz e com solidariedade. Congratulamo-nos com a notícia. João Freire, já o havíamos dito, é um Homem a fixar em Oleiros. Um Amigo também. Votos de bom trabalho, João, um abraço e parabéns. PF João Freire é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro PÁGINA 16 Câmara de Castelo Branco PS escolhe Luis Correia para se candidatar à Câmara Álvaro tem vida... por Ana Silva Potencialidades Inês Martins PÁGINA 15 Página Castelo Branco PÁGINA 12 Página Proença-a-Nova PÁGINA 11

Transcript of Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento...

Page 1: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Um Natal fraterno é necessário

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 4, Nº 23, Novembro/Dezembro de 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal

INfLUENtE Na REgIãO dO PINhaL INtERIOR SUL, BEIRa INtERIOR SUL E COva da BEIRa

Director e Fundador: Paulino B. Fernandes

Página 2

EditorialPaulino B. Fernandes

O Zêzere e a Beira Interior Dra. Alda Barata Salgueiro

Página 2

Página 9

O Papa é protestanteDr. Fernando Caldeira Silva

Página 20

O FarolAntónio Graça

Página 6

de Natal

Fim de ano em Oleiros

Veja programa do Hotel Santa Margarida na pagina 14

O Director e Colaboradores do Jornal de Oleiros, desejam a todos os Amigos, Leitores, Assinantes e Parceiros um excelente e tranquilo NATAL em paz e com solidariedade.

Congratulamo-nos com a notícia. João Freire, já o havíamos dito, é um Homem a fixar em Oleiros. Um Amigo também.Votos de bom trabalho, João, um abraço e parabéns.PF

João Freire é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro

Página 16

Câmara de Castelo BrancoPS escolhe Luis Correia para se candidatar à Câmara

Álvaro tem vida... por ana Silva

PotencialidadesInês Martins

Página 15

Página Castelo Branco

Página 12

Página Proença-a-Nova

Página 11

Page 2: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

2 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Alda Barata Salgueiro (Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)

EDITORIAL

Um país em profunda depressão

No início de uma época que desejamos marcada por solidarie-dade e preocupações de inclusão, mais necessárias ainda num NATAL que será frio para inúmeras famílias portuguesas – sem-pre a crescer – apresentamos uma edição especial, aumentada no número de páginas e todas a cores, patenteando uma capacidade de resistir que a todos tem surpreendido, mas, na verdade, trata-se apenas de responder ao número crescente de Leitores e ao au-mento de inserção no território continental e nas comunidades portuguesas pelo mundo, estando hoje presentes nos principais concelhos do distrito de Castelo Branco, factos patentes na edição presente. No próximo ano aumentaremos o número de edições para o mínimo de seis a que acrescem as especiais de aniversário, Feira do Pinhal e Natal. Agradecemos a todos os que nos ajudam e formulamos votos de um NATAL tranquilo, com expectativas, apesar da desolação actual.

Vamos entrar num ano (2013) que assinalará a entrada em cena de diferentes protagonistas na política local, esperando candi-daturas austeras, preparadas para um novo paradigma, de cre-dibilidade e ligação às populações, com propósitos adequados ao momento, devendo ser escolhidos os melhores, os mais aptos, recordando que os critérios deverão ser os do amor à terra e não e apenas, a cor partidária. Estamos certos que as populações hoje mais alertadas, serão criteriosas nas escolhas que serão chama-das a fazer.

2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o EURO resistir. Será o ano da prova real da solidariedade na EUROPA, ou, pelo contrário, o ano em que alguns países regressarão às suas origens, às suas moedas, infelizmente em piores condições , deixando cair o so-nho de uma vida melhor.

A crise não existirá para sempre, seguramente, por isso, é apro-priado ter esperança, lutar melhor, de forma mais organizada e solidária, acentuar a preparação individual, dar consistência à família, pensar nos mais idosos e nos mais jovens. Pensar, em suma, num futuro mais equilibrado e de menores egoísmos.

Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected]

Talvez seja uma utopia, mas pen-so ser viável fazer do rio Zêzere uma via navegável desde a sua nascente até à foz.

Fala-se e discute-se a proble-mática da interioridade, mas com poucas soluções. A Ideias arrojadas ninguém se atreve. Aqui vai então a minha impertinência:

Não é preciso ir a países estran-geiros para trazer exemplos onde as vias fluviais interiores são altamen-te rentáveis; basta fazer um peque-no exercício de memória e lembrar o Douro de antanho e ver o de hoje. Após a conclusão dos projectos de engenharia que o tornaram navegá-vel da Foz ao Pocinho, possui o rio, além de uma beleza admiravelmen-te renovada , um potencial econó-mico inquestionável.

Dir-me-ão, mas o Porto é uma grande cidade e por isso se justifica empreendimentos avultados. Por isso mesmo. Confirmados estes su-cessos, porque não aplicar as mes-mas experiências em locais simila-res, igualmente importantes?

Ao pensar - se apenas em Lisboa e no Porto como cidades viáveis para investimentos desta natureza, é ter vistas curtas. Se os empreen-dimentos públicos fossem distri-buídos por todo o País, certamente que viveríamos mais desafogados e mais felizes.

Porque não pensar em imple-mentar, no Interior despovoado, desafios empolgantes para transfor-mar o desalento nacional em seiva patriótica?

Ora vejamos: com a implementa-ção de alguns serviços, no Interior de Portugal, implicaria a desloca-ção de gente habilitada para essas funções e também implicaria mais formação de gente jovem para as desenvolver e garantir, obrigando necessariamente à construção de infra-estruturas para a sua fixa-ção. Por acréscimo e oportunidade

desenvolver-se-ia uma dinâmica social e económica, tanto agríco-la como industrial , com apetência para as madeiras, para a destilação de vários tipos de frutos, de flores e até de folhas de eucalipto. Também a caça, a pesca, os resíduos da flores-ta são actividades e produtos muito viáveis. Outra actividade, hoje mui-to desprezada, seria a construção naval de pequenos barcos de ma-deira, que actualmente teriam um impacto muito apreciável, dado que assim se evitaria a importação de matérias primas e concomitan-temente a diminuição da nossa de-pendência do exterior.

Mas a vertente mais lucrativa vi-ria do rio Zêzere e seria a do tu-rismo. Com a sua navegabilidade em barcas artesanais, desde a cidade da Covilhã até Constância, vislumbra-se um percurso único e fantástico. Não esqueçamos que a corte portuguesa, no tempo de D. João V, fazia transportar o gelo para o seu real sorvete, em carros de bois, desde Castanheira de Pêra até Constância e daqui seguia a via fluvial até Lisboa. No século XVIII tínhamos o ouro do Brasil mas não tínhamos a capacidade tecnológica de hoje.

Neste nosso Séc. XXI, conside-

ra-se este projecto megalómano ? Será ? Não devemos esquecer o exemplo dado pelo falecido Engº Paulo Vallada ex - presidente da Câ-mara Municipal do Porto que, com o seu entusiasmo e pertinácia, (ver o seu livro “A Utopia Viável “),con-seguiu reunir os meios necessários que tornaram possível a navegabili-dade do Douro.

Lembramos que as eclusas ao longo das barragens de Castelo do Bode, Bouçã e Cabril, permitiriam optimizar o rendimento das inú-meras eólicas sediadas na zona.

Eis pois, um projecto de dimen-são nacional que, devidamente es-tudado, permitiria o aumento de ri-queza, não só da Região de Oleiros, como também dos concelhos limí-trofes e principalmente do País.

É certo que já não temos o ouro do Brasil, nem um rei que nos governe, mas temos massa cin-zenta de alta qualidade e basta-ria acabar com obras de fachada, conseguidas com engenhosas e ardilosas construções financeiras , e aproveitar a energia , a inteligên-cia e a generosidade da nossa ju-ventude que se vê empurrada para a emigração, porque o seu País não tem projectos para lhes assegurar o futuro. ■

O Zêzere e a Beira Interior

Parque de Campismo de Oleiros • Telefone: (00351) 272 681 106email: [email protected] • www.campingoleiros.com

Page 3: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 32012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

EDITORIAL

Cambas e o Restaurante Slide, foram os palcos para a festa do 3º aniversário do nosso jornal.

Jornada memorável, reuniu inúmeros Amigos e Entidades Ofi ciais, com destaque para o Pre-sidente da Câmara de Oleiros.

Destaque para as inúmeras mensagens recebidas e o impor-tante e signifi cativo destaque dado pela generalidade da Im-prensa do Distrito de Castelo Branco.

Foi destacado o passado, mas, evidentemente, colocámos em evidência o futuro em que acre-ditamos.

Obrigado a todos.

Paulino B. FernandesDirector

email: [email protected]

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 15, Outubro de 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Director e Fundador: Paulino B. Fernandes

RECORTE DE IMPRENSA

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

3º ANIVERSÁRIO

Celebrámos a entrada no 4º ano de vida

Em Cambas no Slide, a festa foi forte

Vários Colegas da informação referiram o nosso aniversário, facto que agradecemos.Não é invulgar, mas merece o devido destaque e aqui deixamos algumas das notas publicadas.Bem hajam,

Paulino Fernandes Director

aniversário do nosso jornal na Imprensa do distrito

Páginas de Motivação formalizada

O ano do 3º aniversário do JORNAL DE OLEIROS, assinala a cons-tituição da empresa “PÁGINAS DE MOTIVAÇÃO, Editora de Jornais, Unipessoal Lda., sedeada na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6100 Oleiros, Contribuinte número 510 198 350, dando cumprimento ao sonho do Fundador e Director do jornal.

É um momento de alegria, expectativa e reforço de objectivos para o futuro.

A empresa que agora edita o Jornal de Oleiros, pode vir e desen-volver outras actividades relacionadas, matérias neste momento em apreciação, contribuindo para uma cada vez maior notoriedade do Concelho e do projecto em si.

Pode ser contactada pelo email: [email protected] ou através do site www.jornaldeoleiros.com fortemente interactivo. ■

PAPELARIA JARDIM

Rua Cabo da Devesa - 6160-412 OleirosTelefone 272 682 279

A Casa do Dão (Turismo) foi construída no século XIX e, recen-temente recuperada pela família proprietária visando proporcionar conforto a quem a visita.

Tem 2 pisos úteis e todas as con-dições para uma estadia serene, tranquila e junto ao Pinhal e toda a envolvente de grande beleza. Mui-to próxima de Oleiros, a cerca de 6 kms, na estrada para Castelo Bran-co, ao chegar ao Milrico, à sua di-reita. Não deixe de conhecer, mas, antecipando já a sua visita, pode ver e saber mais em:www.casadodao-turismo.comemail: [email protected]óvel: (00351) 932 952 972

Viagem pelo Concelho de Oleiros

CaSa dãO - turismo a não perder

Page 4: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

4 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu

Portugal entre o Colapso financeiro sem a Troika e a Ruina com ela Estados fortes e Plutocracia contra Estados débeis e Pobres

Recuperar a honra de Portugal

“Temos uma mentira institucio-nalizada no país… que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter” ”, diz o general Pires Veloso. Quando, os bem alimenta-dos da nação, se atrevem já a falar assim é mesmo grave o estado da nação e justificada a insatisfação. O actual regime democrático, mais que fruto do desejo de liberdade e de bem comum, foi cinicamente construído amoralmente e basea-do na manipulação ideológica que permitiu muitos “iluminados” ar-rogantes apoderarem-se do Estado, e manter o povo na submissão, já não sombria mas risonha. Pessoas corruptas, com o apoio militar, ins-tauram um estado corrupto, sem razão crítica, sob o pretexto dos abrilistas serem os libertadores de Portugal. Sanearam Portugal à sua imagem e semelhança! O povo, atraiçoado pelas elites conservado-ras e pelos oportunistas engravata-dos da ocasião, deixou-se enganar e agora acorda molhado. O maior roubo que se pode fazer a um país é tirar-lhe a esperança, a autocon-fiança e a dignidade. Construímos uma democracia duvidosa em que políticos não são responsabilizados pelo seu mau comportamento mas o cidadão sim. As ideologias e os in-teresses pessoais e de coutos sobre-puseram-se aos de povo e nação.

Urge sanear o País desde o Estado à Constituição

A atitude do ministro Nuno Cra-to, mandando reavaliar todas as licenciaturas que foram atribuídas com recurso à creditação profis-sional, deveria ser um primeiro passo no saneamento do Estado no sentido de desinstitucionalizar a corrupção; deveria passar-se a rever também as medidas que pos-sibilitam tal creditação. O trabalho seria colossal porque teria de che-gar também aos diferentes órgãos de Estado e a uma revisão da cons-tituição portuguesa, nascida sob auspícios ideológicos e partidários! O resto é só maculatura.

O saneamento da nação implica-ria coragem e vontade para o aban-dono de regalias adquiridas na base de legislações nepóticas (favoritis-mo!) e de acções como as de forças de pressão orientadas apenas pela ganância à custa da destruição da economia nacional, tal como acon-tece com a greve dos maquinistas e outras. Um país que orienta a sua acção na base de aquisição de rega-lias mata de início a solidariedade e destrói-se a si mesmo impossibi-litando a governação.

Há muitos portugueses que an-seiam pela revolução, esperando que a rebelião comece em Espanha. Os alemães, os franceses e os Ingle-ses temem a instabilidade do Euro;

mais que a desgraça da Grécia ou de Portugal, preocupa-os sobrema-neira a insatisfação popular incon-tida duma Espanha ou duma Itália. As consequências para o projecto EU (Euro) seriam catastróficas. Por enquanto entretemo-nos com a periferia; com o tempo também a França passará a entrar na dança.

Uma Alemanha que exige con-tenção económica aos países menos fortes como Grécia, Portugal, Espa-nha e Itália, continua a endividar-se apesar duma economia florescente. Endividando-se aposta já na infla-ção que aos outros não é permitida devido a um Euro de várias veloci-dades! (A RFA, no seu orçamento federal para 2013 prevê, nos seus gastos totais, 33,3 bilhões com a dí-vida federal que ocupa o terceiro lu-gar, depois da defesa também com 33,3 bilhões e dos gastos no âmbito laboral e social com 118,7 bilhões). No que respeita a endividamento para empréstimo, o Estado alemão não tem dificuldade com isso, por-que ganha com a diferença do cré-dito (pede dinheiro emprestado a 2% e empresta-o a 6% ou mais). Por outro lado o banco central europeu empresta dinheiro aos bancos a 1% em vez de o emprestar directamente aos Estados deficitários, favorecen-do assim a usura dos bancos que de-pois concedem créditos a terceiros a preço especulativos. Não será que no caso duma reforma monetária quem mais sofrerá será quem mais poupou? O Japão e os USA não se encontram em melhor situação que a EU. Só que o dólar é suportado mundialmente, podendo os USA produzir bilhões de notas por mês sem que o mundo berre, ao contrá-rio do que faz com a Europa. É que a Europa apesar das diferenças gri-tantes ainda reserva um bom óbolo para os desfavorecidos do sistema e da natureza e isso desagrada aos tubarões do mercado.

Povo vítima de Insti-

tuições corruptas e da

própria Apatia Os responsáveis pelo colapso

económico não são chamados à responsabilidade pelo Estado por-tuguês que, ao contrário do que acontece na Islândia, assalta a car-teira do povo, poupando a dos que se encheram. Facto é que o povo português foi vítima dos gover-nos de Portugal e da especulação financeira internacional. O apoio da EU (União Europeia) e a conces-são de créditos aos países pobres parece ter sido para estes poderem fazer compras aos países ricos e ao mesmo tempo terem a oportuni-dade de beneficiarem as grandes empresas para a competição inter-nacional da nova realidade global (turbo-capitalismo). “Confiaram” na capacidade política e financeira dos políticos estatais e agora vem a Troika, controlar a nação sem se in-teressar pelo Estado nem para onde foi o dinheiro. Como precisam dos seus mercenários governamentais para executarem as suas exigências não lhes tocam.

Os povos da periferia, com uma elite política não habituada a dei-tar contas à vida, deixaram-se ilu-dir com promessas e histórias de paraísos turísticos, etc. Esta elite, “comprada”, com postos e ordena-dos especulativos internacionais, permitiu a destruição das pescas, agriculturas, têxteis e das pequenas e médias empresas da nação; pior ainda, concretizam, ainda hoje com zelo, medidas europeias tenden-tes a destruir as regiões e os seus produtos específicos em benefício das grandes multinacionais estran-geiras e de latifundiários. Agora que a periferia (Grécia, Espanha, Portugal, Itália, etc.) se encontra na dependura especula-se no cen-tro da Europa, se não seria melhor estes Estados optarem pela antiga moeda para melhor regularem o próprio mercado, ou se não será melhor um euro “duro” e um euro “macio”! Tudo desculpa para man-ter o terreno conquistado!

As multinacionais receberam parte dos apoios da EU, destruí-ram as pequenas e médias empre-sas e foram-se embora deixando os consumidores dependentes da im-portação que essas mesmas firmas agora servem, a partir do estran-geiro. Um enredamento bem per-petrado! O chanceler Helmut Kohl preparou as grandes empresas para a concorrência internacional e o chanceler Schroeder açaimou o operariado para a concorrência com o operariado exterior...

As nações ricas, cada vez mais ricas ainda, criaram nelas também uma pobreza cada vez mais à me-dida da pobreza da periferia. A in-trodução do Euro correspondeu ao abandono da economia social tradi-cional em favor dum liberalismo eco-nómico americano (anglo-saxónico), tendente a criar os Estados Unidos da Europa à medida dos USA.

Porque há-de pagar a crise quem não tem dinheiro? Porque não se põem os mais ricos a contribuir para se resolver a crise? Estes já não tra-zem benefício para o Estado, numa fase em que o capitalismo comu-nista de Estado (China) tem poder económico e político para aniquilar o capitalismo de cunho privado (de multinacionais internacionais). Os magnates do dinheiro e as nações mais fortes têm-se permitido humi-lhar os povos da periferia porque ainda notam que estes se mantêm ordeiros. A situação está a tornar-se tão séria que só uma revolta popular séria poderá levar muitos representantes do povo (políticos mercenários) a arredar de caminho, porque a credibilidade internacio-nal destes só vale na medida em que conseguem manter o próprio povo sem a revolta. A não ser que se aceite o surgir de grupos radicais no Ocidente à imagem dos grupos Al Qaida (sistema de guerrilha!).

Os que se assenhorearam do Es-tado português (revolução de Abril no seu aspecto de assalto às institui-ções) começaram por, da sua janela,

anunciar o poder e a liberdade para o povo e por roubar-lho pela porta traseira! A fusão de interesses ma-fiosos entre políticos, instituições, administradores de empresas pú-blicas e conluio com a justiça invia-biliza um Portugal honrado.

Chegou a hora da mudança (con-versão) ou da revolução! Como po-dem ricos e políticos dormir, quan-do há já gente com fome! Será que a globalização, a EU terá de acontecer à custa da fome. A Europa conse-guiu a paz acabando com a fome; agora, que a fome vem, prepara-se a guerra. O povo começa a perceber que os seus governos têm os seus interesses salvaguardados sob a capa dum Estado “padrasto”.

O problema não está tanto na escolha de alternativas mas na mu-dança de mentalidade das elites governamentais (partidárias) que nos têm governado e administrado e dum povo habituado a dançar ao ritmo duma música tocada por outros. Não tempos tido gover-nos nem partidos com capacidade para administrar um Estado e me-nos ainda uma nação. Os mesmos parlamentos que levaram o país à ruina perderam a autoridade para governar Portugal e a Troika que o governa agora não está interessada nem no povo nem na nação.

Resta ao povo a metanoia, não comprar produtos estrangeiros e chamar o Estado e os gestores fi-nanceiros ao rego da nação. Estes porém sabem que o povo, como a criança, só berra e não actua. Daqui a falta de esperança com a agravan-te de que a reconciliação do povo com o seu Estado significaria mais uma vez abnegação. As pessoas sé-rias do Estado deveriam proceder a um saneamento do Estado e das leis que protegem os que vivem en-costados a ele. Só assim poderiam os administradores da miséria rea-dquirir a honra perdida para Por-tugal poder voltar a cantar “Heróis do mar” e da terra também! ■

Page 5: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 52012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

CRÓNICAS DE LISBOA

Neste domingo de manhã, saí de casa, para tomar a minha “bica” matinal, vício que não dispenso, afinal até tenho poucos. Dirigi-me a um dos três café que frequento habitualmente no meu bairro e no qual poderia “dar uma vista de olhos” pelo jornal que ali pode estar disponível. Azar o meu, por-que o periódico estava a ser lido por outro cliente, pelo que paguei os sessenta cêntimos (€ 0,60) pela “bica”, valor esse praticado na maioria dos cafés e pastelarias, depois da subida da taxa do IVA, e fui dar uma volta pelo bairro, onde existem muitos cafés e pas-telarias de variadas grandezas e padrões, aproveitando ainda o sol desta manhã domingueira de Ou-tono. Pelo caminho e sem que fos-se essa a minha atenção, não pude deixar de reparar em anúncios nas montras sobre o preço da “bica”. Reparei então que um deles tinha afixado € 0,50, mas alguns metros mais à frente, um concorrente anunciava € 0,49! Contudo, muito mais adiante, existem três micro cafés, quase lado a lado, e cada um anunciava € 0,45 pelo preço do café. Afinal, a concorrência acicata os empresários, embora para estes três, face à sua proximidade, a con-corrência terá que se basear nou-tras variáveis do negócio que não no preço. No sub-sector da restau-ração, também se assiste a acções de marketing com o objectivo de captação e fidelização dos clientes. Os empresários adoptaram ain-da outras práticas de que tinham uma certa relutância no “tempo das vacas gordas”, por exemplo, vender refeições para fora, facilitar aos clientes levarem as sobras para

casa, menus completos ou mini-pratos, etc.

A crise económica está instalada e, obviamente, todos os sectores sofrem as consequências. Na res-tauração, além da subida do IVA em dez pontos (de 13 para 23%), o sector está a sofrer com o desem-prego de muitos dos seus anterio-res clientes, diminuição do poder de compra de outros, retracção no consumo e também com a alteração dos hábitos dos portugueses que eram, dos europeus, aqueles com maior indíce de frequência dos res-taurantes e similares. Assim e face a estes factos, as falências no sector não param de subir e, ao contrário do que dizem os empresários e a associação do sector, não é apenas a subida do IVA a causa da sua crise. Como em muitos outros sec-tores do nosso universo económi-co, este é composto por unidades que vão desde o micro café até ao luxuoso e bem dimensionado res-taurante, bem como uma diferente capacidade e competência empre-sarial dos seus agentes, pelo que esta crise poderá “separar o trigo do jóio”, resistindo os mais capa-zes ou os que melhor souberem vencer “a tempestade da mudan-ça” na nossa economia e de que a restauração faz parte.

Neste Verão, entrei num restau-rante duma cidade de província e fiquei surpreendido com a apre-sentação da unidade empresarial (nova). Fiquei ainda surpreen-dido com a amabilidade e aten-ção da empresária, que veio até à mesa inteirar-se sobre a minha satisfação, pelo que no decorrer da conversa que entabuámos a questionei se ela tinha tido cons-ciência dos riscos que corria de ter investido em contra ciclo, isto é, numa época em que as falências se sucedem no sector. Respondeu-me

que não tinha medo e , no seu entu-siasmo pelo seu projecto, disse-me ainda que esperava que a crise no sector beneficiasse o seu restau-rante, isto é, que a crise “mataria” aqueles que estão pior prepara-dos ou percebem pouco do ramo. Acrescentei-lhe, então que ela acreditava naquele velho ditado popular de que : “quem não tem vocação ou perceber do negócio, que feche a loja”.

Muitos dos nossos pequenos “empresários” são empurrados para o negócio por variadíssi-mos motivos e nem sempre pe-los melhores, isto é, uma opção consciente e munidos dos vários instrumentos necessários (sabe-res técnicos, saberes comerciais, saberes e recursos financeiros, associativismo, etc) para que o negócio não seja uma aventura e cuja possibilidade de fracassar au-menta na razão directa da falta de preparação do seu promotor. Mes-mo num pequeno café de bairro, que acaba por desempenhar uma função mais de carácter social do que económica, por exemplo dan-do “emprego” ao próprio dono que, de outro modo seria um en-cargo para o Estado, isso deve ser tomado em conta, porque os clientes não chegam para todos e não estão dispostos a “comer gato por lebre”, ou serem atendidos por pessoas que não reúnem as condições para o negócio. Apesar de, neste caso, o investimento ser reduzido, mesmo assim alguns desses “empresários” acabam por perder os anéis e a ilusão de serem independentes,e, com a falência, prejudicam também outros nes-se fiasco, por exemplo, credores, Estado, etc. Falta humildade para aprender com os outros, mas esse é um defeito de muita gente e que o individualismo não facilita. ■

Os Cafés do meu Bairro

Serafim Marques Economista

NOva EStRada OLEIROS - SERtã já funciona

Trata-se uma enor-me mais valia para o Concelho, populações e visitantes. Com a abertura do troço ini-cial com início na Sertã e depois o final de li-gação a Oleiros, fica a faltar a zona do Maxial que deverá estar pronto a meio do próximo ano. É, mesmo assim uma excelente notícia. ■

OLEIROS

filarmónica Oleirense celebrou 118º aniversário

No ano em que foi dotada de nova e funcional sede, devidamente preparada com museu, salas de aulas, auditório, bar e vários serviços, a importante FILARMÓNICA DE OLEIROS merece o justo destaque. Saudamos também o Amigo Mendes na imagem, o mais experiente membro em funções. ■

O “aRCO” celebra 36º aniversárioO “ARCO” o nosso clube, cele-

brou o 36º Aniversário.Presidido por Ramiro Roque, o

“ARCO” é responsável por inú-meras alegrias para a região no campo desportivo, mas está tam-bém na origem de acontecimen-tos como o FESTIL a grande festa das crianças da região. Sucessos continuados para o “ARCO”, Di-recção, atletas e amigos. ■

Caipironho de Oleiros faz sucessoA bebida mais inovadora de Oleiros, o

Caipironho, foi a coqueluche da Mostra do Medronho e daa Castanha que teve lugar naquela vila beirã nos últimos dias. Esta é mais uma aposta de um concelho que co-meça a ser reconhecido como destino dife-renciador e de excelência. ■

Cerca de uma dezena de jovens, estudantes do ensino secundário, chegaram a Oleiros no passado dia 2 de novembro, ao abrigo de um protocolo de cooperação assina-do entre os municípios de Oleiros e de S. Nicolau de Tarrafal (Cabo Verde).

Com este acordo, os jovens fre-quentarão a Escola Padre António de Andrade, em Oleiros e a autar-quia assegurará o alojamento na

Residência de Estudantes e o for-necimento das suas refeições.

Os jovens irão assim beneficiar de um ensino de excelência, tendo ao ser dispor uma série de infraes-truturas de qualidade que lhes pro-porcionarão uma estadia bastante proveitosa.

Recorde-se que a Escola Padre António de Andrade, de Oleiros, é a escola do distrito de Castelo Branco que surge melhor classifica-

da no ranking das escolas de 2012 referente ao ensino secundário, o qual teve por base os resultados obtidos pelos alunos nos exames nacionais.

Já no que se refere à maior apro-ximação entre a média de frequên-cia do ano letivo e a média dos exa-mes nacionais, a escola Oleirense aparece em 23.º lugar a nível na-cional, matéria que se destaca com prazer. ■

ENSINO

Protocolo entre Oleiros e Cabo Verde

alunos de Cabo verde ingressam no ensino

secundário em Oleiros

Page 6: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

6 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

O FAROL

António Graça

Nota: O autor de “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico

verdades Ocultas

Portugal atravessa uma situação crítica para a qual foi arrastado por quase quatro décadas de desman-dos e incompetências de políticos desqualificados, que, ao longo dos anos foram cometendo uma série de barbaridades, fosse com intui-tos eleitoralistas, ou para favoreci-mento dos próprios, das famílias, de amigos dos partidos, de grupos económicos e financeiros, etc..

Patrocinaram-se grandes obras e eventos (C.C.B., Expo 98, Euro 2004, etc.), que, a quando dos seus lançamentos, se assegurava paga-rem-se a elas próprias, mas que, no final, resultaram sempre nas inevitáveis “derrapagens”. Todas estas obras e eventos movimenta-ram largos milhões, a maior par-te dos quais ainda por justificar, uma vez que as contas respectivas nunca foram divulgadas publica-mente.

É um facto que a crise das dívi-das soberanas não é um exclusivo do nosso país, mas, as soluções adoptadas para combater a nos-sa crise estão comprovadamente erradas e são, em muitos casos, opostas às que, noutros países eu-ropeus com problemas idênticos, têm sido adoptadas. Estas solu-ções fazem parte de um figurino engendrado pelo FMI, a soldo dos grandes tubarões da finança, Gol-dman Sachs, por exemplo, cujo ob-jectivo é arruinar as economias de países em vias de desenvolvimen-to, subjugando-os economicamen-te e extorquindo-lhe toda a réstia de riqueza por eles produzida. As políticas seguidas pelos governos de Portugal, vieram, intencional-mente, ou talvez não, colocar o país à mercê desses tubarões.

A crise é agravada por uma Eu-ropa à mercê dos desígnios eleito-ralistas regionais da senhora Ân-gela, que quer colher votos no seu país à custa de estimular o conhe-cido e demonstrado chauvinismo de alguns sectores conservadores alemães relativamente aos povos do Sul da Europa. Nesta situação, a União Europeia não consegue, como lhe compete, de acordo com o princípio de solidariedade que orientou a sua formação e lhe va-leu o Nobel da Paz deste ano, es-

truturar uma solução para os paí-ses de economia mais frágil, antes pelo contrário, de braço dado com o FMI arrasta-os para uma tragé-dia de contornos ainda difíceis de avaliar. Os fracos responsáveis pela política europeia não têm capacidade para delinear e muito menos impor a tomada das medi-das necessárias à preservação da identidade e da coesão da União.

Tudo tem de ser feito segundo as vontades da alemã de leste.

Mas, citando o conhecido mag-nata George Soros “ Ou a Alema-nha deixa de lado as políticas radi-cais de austeridade ou deve ser ela própria a deixar o Euro”.

É estranho que os alemães não percebam que a austeridade im-posta aos restantes países da União se reflectirá, a curto prazo na inviabilidade do Euro e muito negativamente na própria econo-mia alemã, para a qual já se prevê em 2013 um crescimento prática-mente nulo.

Mas, voltando à crise. Já toda a gente, desde prémios Nobel da economia até ao próprio FMI, parece ter constatado que a auste-ridade não resolve a crise, toda a gente menos o primeiro-ministro de Portugal, os seus contabilistas Gaspar e Borges, sem ofensa para os verdadeiros profissionais desta classe. Mas, admitamos que, aten-dendo aos graves erros governa-tivos cometidos anteriormente, teremos de adoptar alguma auste-ridade. Que austeridade? Decerto não será esta com a qual se preten-de asfixiar a economia do país e empobrecer os portugueses.

Ele há para aí alguns adeptos do empobrecimento nacional, to-dos eles bem instalados na vida, nem sempre por processos trans-parentes e que defendem o empo-brecimento dos outros. Também há os que insistem em dizer que os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Quais portu-gueses? Os governos e os políti-cos, está bom de ver.

A austeridade deverá consistir, basicamente, no corte radical das tais gorduras do Estado, de que Passos Coelho tanto falou na cam-panha eleitoral e que agora parece ter esquecido. É verdade que esses cortes vão colidir, de um modo ge-ral, com interesses ilegitimamente instalados, e que tudo farão, recor-

rendo até à baixa chantagem, para manter as suas mordomias.

Praticamente muito pouco foi feito para eliminar tais gorduras, senão vejamos.

- Quantas empresas municipais deficitárias já foram extintas?

- Quantos institutos, fundações, observatórios, missões, etc. foram igualmente extintos?

- Quantas PPP’s foram já nego-ciadas com abaixamento das agio-tas taxas de rentabilidade garanti-das?

- O que foi já feito para reduzir efectivamente as despesas supér-fluas do aparelho de Estado?

Não estaremos longe da reali-dade se respondermos “ QUASE NADA” a estas questões.

No caso das PPP’s, o governo veio atirar areia para os olhos dos portugueses afirmando que já ha-via conseguido uma poupança de algumas centenas de milhões de euros, esqueceu-se contudo de es-clarecer que essa “poupança” foi obtida à custa de transferir os cus-tos de manutenção e conservação das estradas para a Estradas de Portugal, ou seja, poupou nas ver-bas a pagar às concessionárias, mas passou a gastar essa poupança, ou mais, nos custos de manutenção das vias. “E esta hem!”, como diria o saudoso Fernando Pessa.

A Refundação Passos Coelho

Veio o primeiro-ministro, no seu novo estilo de dissimular o que pretende dizer, afirmar da neces-sidade de refundar o acordo com a troika.

O que ele, realmente pretendia dizer é que precisa da cobertura da troika para alterar a seu belo prazer e dos seus ferozes conse-lheiros o papel e as funções sociais do Estado.

Ora bem, Passos Coelho não teve a coragem de ir directo aso assunto e socorreu-se da palavra refundação. Se já tínhamos fun-dações a mais, passámos a ter a Refundação Passos Coelho, que, ao que tudo indica, poderia custar muito mais aos cidadãos.

E a discussão passou a centrar-se à volta do chamado Estado-So-cial, algo que ninguém conseguiu ainda definir com exactidão.

Como é costume, pretende-se começar a discussão pelo telhado.

Qualquer governo minima-mente competente, abordaria esta questão com uma discussão a ní-vel nacional sobre o que deverá ser a intervenção do Estado na sociedade, para além do papel de confiscador-mor tão querido ao 1º ministro.

Um governo por si só, ainda que maioritário, não tem legitimidade para decidir unilateralmente sobre estes assuntos.

É necessário definir e quantifi-car claramente os limites do Es-tado Social, de acordo com aquilo que pode ser a capacidade de in-tervenção neste domínio.

Não menos importante será fa-zer um levantamento exaustivo daquilo a que devemos chamar o Estado Antissocial e proceder à sua eliminação.

Este Estado Antissocial, é cons-tituído pelos já anteriormente referidos institutos, fundações, observatórios, missões de acom-panhamento, etc. , centenas, se não milhares, de entidades, que não se sabe para que servem nem quanto custam, que vivem à custa do dinheiro dos nossos impostos sem produzirem algo de útil para o país, apenas servindo para acoi-tar clientelas partidárias, bandos de inúteis e de desclassificados.

Sem exterminar radicalmente este Estado Antissocial, o Estado Social sairá fortemente penalizado na sua missão.

A Sustentabilidade da Segurança

SocialA questão da sustentabilidade

da Segurança Social, nomeada-mente a da insuficiência de fun-dos para honrar os compromissos assumidos, tem sido objecto de inúmeras considerações e especu-lações.

É um facto que, atendendo ao aumento da esperança de vida, o número de pensionistas tem tendência a aumentar sem que o número de contribuintes acompa-nhe esse aumento, mas também é um facto, que tem sido ocultado, que, nos anos 80, governos hou-ve, como os do Bloco Central de

Mário Soares, que foram buscar aos fundos da Segurança Social avultadas verbas para tapar bu-racos orçamentais, verbas que nunca foram repostas e que hoje fazem falta ao sistema. Para além disso, houve quem aplicasse fun-dos destes em operações de bolsa que se revelaram ruinosas, pelo menos para a própria Segurança Social. Não esquecer ainda que se concederam reformas e outros benefícios sociais a muita gente que nunca descontou um cêntimo para esse efeito

Um estudo efectuado sobre as verbas da S. Social usadas para tapar buracos orçamentais, reve-lou que, a valores actuais, estas ascenderiam a várias centenas de milhões de euros, dinheiro que os portugueses foram obrigados a entregar ao estado, na perspectiva de ter uma reforma equivalente, e que gente com poucos escrúpulos utilizou de forma leviana e contrá-ria aos objectivos de constituição dos fundos, um autêntico conto do vigário.

A insustentabilidade da austeridade

O FMI e a Comissão Europeia têm vindo, nos últimos tempos a manifestar preocupação com os efeitos negativos das medidas ex-cessivas de austeridade contidas nos planos de ajustamento finan-ceiro.

Qualquer governo, digno desse nome e interessado na defesa dos seus cidadãos, teria já aproveitado esta situação para iniciar uma ne-gociação séria, para, de forma sus-tentável e o menos gravosa possí-vel, atingir os objectivos possíveis de equilíbrio das finanças do país.

O 1º ministro e o contabilista Gaspar insistem na manutenção do actual rumo.

Face a esta atitude, somos leva-dos a concluir que,1º ministro que continua a ser muito corajoso a atingir os mais fracos e de menor capacidade de contestação, quan-do afirmou em tempos” que se li-xem as eleições”, era apenas mais uma das suas metáforas, o que ele queria mesmo dizer, e o que a sua conduta confirma era “Que se li-xem os portugueses”.

Até breve ■

Gonçalves Real & Associado, Lda.Engenheiros

Dispomos de uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto de alterações de legalização ou de uma construção nova, poderá contar com todo o acompanhamento, desde:

Estamos ao seu dispor através dos contactos: 929172442 – Nuno Real (Engº) 938804793 – Maria Clara Real (Engª) [email protected] - Rua Monteiro de Lima, 7 – 2200 Abrantes

• Direcção Técnica de Obra• Direcção de Fiscalização• Coordenação de Segurança• Ficha Técnica de Habitação• Processo IMI• Peritagens

• Projecto de Arquitectura• Projecto de Especialidades• Legalizações• Topografia• Planos de Segurança e Saúde

Page 7: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 72012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Page 8: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

8 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

IMPRENSA NO MUNDO

A Casa da Comarca da Ser-tã (CCS) organizou um almoço para debater a relevância dos ór-gãos de comunicação social local e regional, no passado dia 27 de Outubro, em Lisboa.

Designada “A comunicação social regional e a sua relevância para o desenvolvimento local”, a iniciativa contou com as inter-venções do Prof. António Ma-nuel Silva, autor do blog “Terras do Polóme”, em representação do Jornal Voz da Minha Terra, de Mação, do Dr. Carlos Rama-lho, administrador da LocalVi-são TV, de Castelo Branco, e do Dr. Paulino Fernandes, Director do Jornal de Oleiros, periódico que recentemente completou o 3º ano de publicação.

Tanto os oradores convidados como os demais participantes que usaram da palavra, foram unânimes em reconhecer o im-portante papel que os órgãos de comunicação social local e regio-nal desempenharam e ainda de-sempenham, a par dos desafios que enfrentam, nomeadamente ao nível do financiamento e da necessária adaptação às exigên-cias das sociedades actuais.

Marcaram presença, nomeada-mente, os actuais Conselheiros Regionais por Oleiros e Proença-a-Nova, Sr. Manuel da Cunha e Eng. Irene Fernandes Cardoso, antigos presidentes da CCS, e os presidentes da Liga Regional Os Unidos da Freguesia de Álvaro, da Liga dos Amigos da Fregue-sia da Amieira e da Liga de Ami-gos da Freguesia de Isna.” ■

Comunicaçã o Social Regional em destaque na Casa da Comarca da Sertã

No momento em que a generalidade da imprensa escrita sofre com o panorama económico e outros valôres a procuram amorda-çar, recordamos hoje “ O República” que tanto lutou para viver, mas não sobreviveu a interesses contrários à Democracia. Todos os me-ses recordaremos um título desaparecido. ■

Imprensa um bem essencialA crise económica pode acele-

rar as alterações nos media, que são expectáveis para os próximos anos. As grandes tendências des-te sector para os próximos anos, afirmou José Alberto Carvalho, diretor de informação da TVI, já foram estudadas. “Mas temos um mercado pequeno, com uma crise de publicidade e uma crise de consumo, pelo que penso que vamos ser forçados a reinventar as nossas atividades com muito menos tranquilidade e a uma ve-locidade muito mais acelerada do que noutros países”, com exceção daqueles que se encontram em condições idênticas a Portugal. E essas alterações, no sentido de res-ponder à forte retração da econo-mia portuguesa, poderão colocar “seríssimos riscos” à “prática do jornalismo”.

Na terceira edição da confe-rência “Media do Futuro”, pro-movida pelo Expresso e pela SIC Notícias, o tema da qualidade do jornalismo e das condições para

o seu exercício foi, por diversas vezes, abordado nos painéis de intervenientes que discutiram o futuro dos media. José Pacheco Pereira afirmou que “na realida-de, há um fracasso dos media que não é o futuro, mas o presente. Uma parte importante da crise da comunicação social tem a ver com a incapacidade de fazer um jornalismo para o presente”. Tal problema deve-se, segundo o his-toriador, ao facto de “a realida-de socioeconómica do país” não corresponder “ao mundo vivido pelos jornalistas” e, por isso, “não aparecer nos jornais. O jornalismo que se faz só reflete um pequeno sector”, asseverou.

Pedro Norton, presidente exe-cutivo do grupo Impresa, que debatia com José Pacheco Pereira o tema “Mudar para o digital sem perder os valores tradicionais dos media”, sublinhou as limitações que a atual conjuntura impõe às empresas de comunicação social: “O que nos está a ser pedido é ge-

rir um conjunto de tensões que são brutais”: numa altura em que es-tas organizações se debatem para desalanvacar dívida, as receitas publicitárias degradam-se “pro-fundamente” (em quatro anos, o mercado publicitário contraiu 50%); e quando é preciso que estas mesmas empresas deem espaço à criatividade e experimentação dentro das redações, a instabilida-de social e laboral aumentam, ao mesmo tempo que “existe a pres-são imediatista sobre os resulta-dos trimestrais ou mensais”.

No mesmo debate, José Pacheco Pereira denunciou “um conjunto de movimentações preocupantes” no sector dos media. “Vejo com muita preocupação os interesses de grupos económicos que trazem uma agenda política que implica a proteção de interesses de nações que têm ditaduras”, afirmou, numa altura em que se discutia a opaci-dade dos grupos económicos que, mais recentemente, apostaram no sector dos media em Portugal. ■

debate “Media do futuro”

Page 9: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 92012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

A antiga vila de Álvaro, que foi sede de concelho por mais de três séculos é uma das localida-des mais antigas da zona do pi-nhal, que bordeja o rio Zêzere.

A população de Álvaro está maioritariamente envelhecida, com grandes carências socioeco-nómicas é uma população vesti-da de isolamento, também devi-do á sua localização geográfica.

Os antigos habitantes desta freguesia viram-se obrigados a deixar a sua aldeia em busca de melhores condições de vida e os idosos cá foram ficando, com necessidades de assistência cada vez maiores. O isolamento da população residente na freguesia é um problema, pois muitos dos idosos vivem distanciados da aldeia de Álvaro, ficando disper-sos ao longo da freguesia, sendo que os acessos ás suas casas tam-bém não são os melhores.

A Santa Casa da Misericórdia de Álvaro tem diagnosticado várias situações de necessidade, e dentro das suas capacidades tem respondido ás mesmas, fun-cionando apenas com a valência de Serviço de Apoio Domiciliá-rio tem demonstrado resultados práticos muito positivos, alician-tes e que nos dão coragem e mo-tivação para continuar a intervir nesta área.

É de salientar que dos 41 uten-tes que actualmente usufruem dos serviços da Instituição 40% tem mais de 80 anos e 29% pos-suem deficiências físicas ou mentais que os tornam bastante dependentes.

Apologistas de que a chamada 3º idade não deve ser encarada como um fim mas sim como o começo de uma nova etapa, em que os idosos não se devem aco-modar ás suas limitações pró-prias da idade e de complicações de saúde, mas sim tentarem con-tornar as suas dificuldades e ten-tarem viver um dia de cada vez com luta, coragem e objectivos, pois o idoso “conserva as suas fa-culdades se mantiver vivos os seus interesses” (Cícero) e também com o intuito de proporcionar momentos de lazer e entreteni-mento aos idosos, foi criado o Grupo de Cantares dos Utentes da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro “Meninos da Aldeia”, no qual os idosos cantam musi-cas tradicionais e lêem quadras, passando momentos agradáveis e sentindo-se úteis e activos. A 1º actuação do grupo aconteceu no dia 10 de Novembro, no magus-to da Instituição.

Ana Silva

“freguesia de Álvaro - Oleiros” Álvaro tem vida…

Actividades dos utentes“O sapateiro”

António Conceição Martins tem 79 anos e reside na Gaspalha. Come-çou na arte de fazer sapatos aos 16 anos e ainda hoje exerce esse ofício. Trabalha pele, couro, sola e cabedal fazendo sapatos á mão, trabalho que se vê cada vez menos na sociedade industrializada. Este utente faz sapatos para uso pessoal e também para venda. Trabalha numa divisão da sua casa que funciona como oficina.

“A costureira”

Maria Benedita Nunes tem 79 anos e reside em Vale- Álvaro. Apren-deu costura aos 7 anos de idade, pois foi-lhe oferecido tecido para confeccionar uma blusa e ir á costureira ficava muito caro, então des-manchou uma blusa velha e fez a nova a partir da antiga. Desde então nunca mais parou e faz desde simples arranjos de costura até borda-dos, bainhas abertas e rendas, sem esquecer os lindos trabalhos manu-ais que faz para a Instituição. Tem uma sala específica para a costura.

“O senhor dos cortiços”

João Antunes Mendes tem 89 anos e reside na Gaspalha. Começou a trabalhar a cortiça aos doze anos de idade, tendo aprendido esta arte sozinho. Faz bancos de cortiça, colmeias e outros objectos. Tem uma divisão da sua casa que funciona como oficina e armazém.

Estes três utentes não se deixam vencer pela idade e vão-se man-tendo activos, sentindo-se realizados e entretidos. São um exemplo de como na 3º idade ainda se trabalha, ainda se luta e principalmente…ainda se sonha!

“O intervalo de tempo entre a juventude e a velhice é mais breve do que se imagina. Quem não tem o prazer de penetrar no mundo dos idosos não é digno da sua juventude.” Augusto Cury ■

Cerca de 30 representantes dos media da emigração reu-niram de sexta-feira a domingo passado, em Oeiras, para discu-tir formas de organização e de relacionamento com Portugal, numa altura em que no país se debate a crise no jornalismo.

O Fórum dos Media das Co-munidades Portuguesas, pro-movido em parceria pelo Go-verno e pelo Observatório dos Lusodescendentes, pretendia “encontrar pistas” para a orga-nização destes jornais, rádios e televisões que operam nos mais variados países. De França par-ticipou Artur Silva da Rádio Alfa, Pascal Albertini e Jaque-line Corado da Silva, assim como Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal.

“Uma das coisas, porventura a mais séria, é discutir até que ponto estes órgãos de infor-mação devem ter um tipo de organização, funcionando em rede, de maneira a poderem promover encontros, ações de formação e outras ações de con-tacto e interação com a comuni-cação social portuguesa”, disse à agência Lusa o Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, que participou no pri-meiro dia do evento.

Os participantes manifes-taram-se preocupados com o futuro da comunicação social pública em Portugal, apelan-do ao Governo para que tenha em conta as necessidades das Comunidades na definição do modelo de serviço público, nomeadamente agência Lusa, RDP e RTP.

“Para estes media, a agência Lusa é um instrumento crucial para o desenvovimento do seu trabalho. Por essa razão, os media das Comunidades por-tuguesas acompanham as pre-ocupações dos jornalistas da Lusa, quanto às consequências das decisões do Governo em matéria de redução de financia-mento”, refere o texto final. Os órgãos de comunicação social das Comunidades portuguesas têm acesso gratuito ao serviço Comunidades da agência Lusa, mas reclamam “acesso integral ao serviço da agência”.

Os participantes no Fórum apelaram ainda a que o Go-verno “tenha em conta as suas necessidades dos órgãos de comunicação e das Comunida-des que servem, no modelo que vier a ser escolhido para o futu-ro do serviço público de televi-são e rádio”. “Os canais da RDP são um parceiro indispensável das rádios das Comunidades portuguesas, enquanto a RTP

Internacional deve continuar a ser um veículo de difusão da língua e culturas portuguesas, devendo os seus conteúdos ser melhorados, numa perspetiva de aproximação com as Co-munidades que serve”, subli-nham.

Durante o encontro de três dias, foi ainda decidida a cria-ção da Plataforma - Associação dos Órgãos de Comunicação das Comunidades, que será re-gistada em Portugal e permitirá aos jornais, rádios e televisões partilhar conteúdos online.

Artur Silva, da Rádio Alfa de Paris é um dos 11 elementos da Comissão instaladora da associação, e disse à Lusa que os estatutos e o plano técnico da organização deverão estar prontos dentro de dois meses. O jornalista explicou que a as-sociação estará “aberta a quem quiser aderir”, devendo respei-tar “sempre a ética e deontolo-gia dos jornalistas”.

Os jornalistas e representan-tes dos media da emigração propuseram a criação de uma Plataforma de partilha de con-teúdos online com o objetivo de otimizar meios e reduzir custos.

Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal, sublinhou à Lusa a importância da criação de uma estrutura para a partilha de in-formação. “É importante que haja uma plataforma para a partilha de meios e informação. Os nossos jornais são assumi-damente jornais locais, o Luso-Jornal é de França mas há infor-mação que outros jornais têm que nos pode interessar”, disse Carlos Pereira. Para o Diretor do LusoJornal “entre textos, vídeos e ficheiros de áudio, há muito para partilhar”. ■

* Com a devida vénia ao LusoJornal

Imprensa das Comunidades

cria associação

SERTÃ

Ricardo Silva, Luxemburgo

Page 10: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

10 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

VILA DE REI

Nota de Imprensa

A Presidente da Câmara Muni-cipal de Vila de Rei, Irene Barata, recebeu, na tarde de 24 de Outu-bro, no Auditório da sede da As-sociação Nacional de Municípios, em Coimbra, a Bandeira de “Au-tarquia + Familiarmente Respon-sável”, distinção que Vila de Rei recebe pelo 4º ano consecutivo.

A distinção, atribuída pelo Observatório das Autarquias Fa-miliarmente Responsáveis, pre-tende premiar as Autarquias que desenvolvem uma eficaz política de apoio e ajuda às famílias mais numerosas. A sua selecção tem em conta os mais diversos crité-rios, entre os quais o apoio à ma-ternidade e paternidade, apoio às

famílias com necessidades espe-ciais, serviços básicos, educação e formação, habitação e urbanismo, transportes, cultura, desporto, lazer e tempo livre, cooperação, relações institucionais e partici-pação social.

Para Irene Barata, “esta distinção, alcançada pelo quarto ano conse-cutivo, vem confirmar o trabalho do Município Vilarregense no âmbito do apoio à família, onde foi pioneiro em diversas medidas orientadas para esta área. Esta-mos muito gratos pela distinção recebida, que consideramos ser um estímulo para continuarmos a criar caminhos estratégicos e inovadores em prol da melhoria da qualidade de vida das famílias Vilarregenses.” ■

vila de Rei recebe Bandeira de Município + familiarmente Responsável pelo 4º ano consecutivo

O Museu Municipal de Vila de Rei vai receber, entre os dias 25 de Novembro e 30 de De-zembro, a exposição “Pintura Líquida”, de João Andrade Re-belo.

Em exposição estarão cerca de 14 quadros, onde as temá-ticas principais serão, segundo o autor, “a vinha, as gentes e o trabalho com as vides.”

O Museu Municipal de Vila de Rei encontra-se aberto ao público de quarta-feira a do-mingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. ■

Exposição “Pintura Líquida” no Museu

Municipal

Entre 17 e 25 de Novembro co-memora-se a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que tem como objetivo a sensibilização da população para a problemática dos resíduos, em particular para a prevenção da sua produção, nomeadamente o que é possível fazer para reduzir os quantita-tivos e nocividade dos resíduos produzidos.

Neste âmbito, a VALNOR – Valorização e Tratamento de Re-síduos, SA., com o apoio da Câ-mara Municipal de Vila de Rei, realizou em 19 de Novembro de 2012, na Escola Básica Integrada do Centro de Portugal, a ativida-

de “Jogo Glória da Reciclagem”, dirigida às crianças do 1.º Ciclo, promovendo comportamentos de redução/ prevenção de resíduos.

Os participantes puderam as-sim de uma forma lúdica e educa-tiva responder a questões relacio-nadas com o Ambiente em geral e com a reciclagem de resíduos em particular, testando os seus conhecimentos e promovendo um comportamento ambiental adequado.

Refere-se que a capitação média diária de resíduos sólidos urba-nos indiferenciados no municí-pio de Vila de Rei em 2011 foi de 0,66 Kg/hab.dia, sendo a menor

de entre os 25 municípios per-tencentes à área de intervenção da VALNOR, e cerca de metade da capitação média diária de Por-tugal continental em 2009 e em 2010 (os dados de 2011 ainda não se encontram disponíveis no site da APA - Agência Portuguesa do Ambiente) – 1,4 Kg/hab.dia e da capitação média diária na União Europeia em 2008 – 1,44 Kg/hab.dia, considerando-se no entanto que qualquer redução será uma mais valia.

Contribua para a redução de resíduos no concelho de Vila de Rei, reduzindo, reutilizando e re-ciclando! ■

Comemoração da Semana Europeia da Prevenção de

Resíduos na EBI de vila de Rei

O Auditório Municipal Monse-nhor Dr. José Maria Félix, em Vila de Rei, vai receber, pelas 21h30 do dia 29 de Dezembro, um concerto do artista Mico da Câmara Pereira, intitulado “25 anos a Comunicar”.

A iniciativa, organizada pela Câ-mara Municipal de Vila de Rei e pela Upstage Produções, oferece as-sim aos Vilarregenses, e a todos os interessados, a oportunidade única de assistir a um concerto acústico de uma das mais reconhecidas vozes nacionais.

Os bilhetes para o Concerto têm um custo que varia entre os 5€ e os 7,5€, podendo ser adquiridos na recepção-geral da Câmara Municipal de Vila de Rei. ■

MICO da Câmara Pereira em vila de Rei dia 29 de dezembro

Page 11: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 112012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

PROENÇA-A-NOVA

Magda Ribeiro

Depois de participarem no pro-jeto Proença-a-Novos, em que foram chamados a avaliar e dar sugestões para diversos espaços públicos, os jovens que integra-ram o grupo dizem sentir-se mais responsáveis e mais atentos ao que acontece na vila.

O relatório final da iniciativa já foi entregue ao presidente da Câ-mara e a avaliação final demonstra que os participantes, com idades entre os 13 e os 16 anos, se sentem com mais vontade de colaborar com o Município, afirmando ter

ficado a conhecer melhor a orga-nização da autarquia e adquirido noções sobre, por exemplo, como ler um mapa.

Inserido na iniciativa Cidadãos 2.0, o Proença-a-Novos teve ori-gem na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que es-colheu Proença-a-Nova como um dos casos de estudo.

Foram feitas sete sessões com o grupo de alunos que se volunta-riou para participar, entre janeiro e maio de 2012, assim como in-quéritos a uma amostragem mais

alargada.No final do trabalho, as suges-

tões foram sintetizadas nos “10 mandamentos do projeto Proen-ça-a-Novos”, ou seja, dez propos-tas arrumadas em quatro catego-rias – cultura, desporto e lazer, comércio e serviços, espaços de-gradados e espaços públicos. Fo-ram dadas ideias para requalifi-car o largo da Devesa e o jardim de Santa Margarida, propostas de animação e pedidos de novos equipamentos, como uma piscina ao ar livre e um espaço concebido

a pensar nas atividades dos ado-lescentes.

Na avaliação final do projeto, os participantes elegeram a apresen-tação pública feita ao presidente da Câmara como um dos pontos altos da iniciativa, por sentirem que as suas ideias foram ouvi-das. O safari fotográfico realizado através da vila com o responsável pelo projeto, professor João Ar-mando Gonçalves, para verem em pormenor espaços públicos e documentarem as características a trabalhar nas sessões, foi igual-

mente considerado um momento marcante.

Além de manifestarem desejo de que seja dado seguimento ao projeto, na avaliação os jovens consideram que o facto de se tra-tar de um meio com grande pro-ximidade entre as pessoas é uma vantagem para a participação dos mais novos, mas apontam o des-conhecimento dos departamentos da Câmara e o facto de não serem vistos como credíveis pelos adul-tos como alguns dos obstáculos a uma participação mais regular. ■

As lições deixadas pelo Proença-a-Novos

Jovens que participaram no projeto dizem-se mais atentos ao que acontece na vila

. Criados os “10 mandamentos do projecto Proença-a-Novos”

O laboratório do Centro Ciên-cia Viva da Floresta, que entrou em funcionamento no verão, fez análises a amostras de um total de 108.770 litros de mosto, nos últimos dois meses. A adesão ao novo serviço prossegue com ele-vada procura no que diz respei-to a análises ao vinho, estando igualmente prevista a realização de testes de acidez e de peróxi-dos ao azeite, outro dos produtos existentes em quantidade no con-celho.

O cálculo do álcool provável e a

medição do pH e da acidez total foram as análises mais solicitadas no caso do mosto. “Do ponto de vista químico, verificámos que a maioria dos mostos não precisa-ram de grandes correções”, expli-ca Catarina Antunes, responsável pelo laboratório. Nas semanas que se seguiram às vindimas, chegaram a ser analisadas mais de 30 amostras por dia.

Quanto ao vinho, um dos parâ-metros mais importantes é a aci-dez volátil, que indica o estado de conservação. São igualmente

analisados o pH e a acidez total. A maioria dos pedidos de análi-ses tem sido feita por produtores do concelho de Proença-a-Nova, mas há igualmente registo de clientes de outras regiões.

A médio prazo, o objetivo é adequar o funcionamento do la-boratório às necessidades e pro-dutos da região, incluindo, por exemplo, o leite de cabra. Com os diferentes ciclos produtivos, será possível manter o serviço em continuidade ao longo do ano. ■

Mais de 30 análises diárias a mostos

Novo serviço laboratorial do Centro Ciência viva com procura elevada

Amanhã Proença-a-Nova vai amanhecer pintada de tons de azul – com cerca de dois mil ba-lões que visam surpreender e cha-mar a atenção da população. Qual o objetivo? Assinalar o Dia Mun-dial da Diabetes, que se celebra anualmente a 14 de novembro. A iniciativa é do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Inte-rior Sul, com apoio do Município e colaboração dos Bombeiros Voluntários, que durante esta noite esta-rão a apoiar a colocação dos balões. Amanhã serão distribuídos folhe-tos informativos sobre a prevenção da diabetes, para “descodificar” a iniciativa.

Tendo em conta a importância do tema – a diabetes afeta 6,3 a 7,3% da população portuguesa -, vimos por este meio convidar a acompa-nhar esta ação, que se pretende que tenha algum impacto visual para melhor envolver a população. ■

Proença combate a diabetes

Pelo segundo ano consecutivo, a Câmara Municipal de Proença-a-Nova e a Zonameeting promo-veram o Torneio Social de S. Mar-tinho, na modalidade de ténis e no escalão de séniores.

A competição decorreu no dia 12 de novembro, nos Campos Municipais de Ténis de Proença-a-Nova e envolveu atletas da Es-cola de Ténis de Proença-a-Nova (ETPN), que representam em ter-mos competitivos a Zonameeting, atletas do Cube PT e da Academia de Ténis Colina do Castelo, em re-presentação do Riba Clube.

Distribuídos por três grupos, os tenistas disputaram jogos entre si, com vista o apuramento para o

quadro de oito atletas com elimi-nação direta.

Concluída a fase de grupos, e na sequência do quadro de elimi-nação direta, defrontaram-se nas meias-finais os atletas Duarte Ra-malho, do Clube PT, com Renato Santos, da ETPN/Zonameeting, e João Ramalho, do Riba Clube, com Gonçalo Farinha, da ETPN/Zonameeting. Os tenistas Renato Santos e Gonçalo Farinha, ambos da Escola de Ténis local, supe-riorizaram-se aos seus adversá-rios da meia-final e disputaram, após um dia de muitas horas de competição e de grande desgas-te, uma final equilibrada, tendo ambos demonstrado um bom

nível tenístico. Gonçalo Farinha acabou por vencer os dois sets ao atleta Renato Santos.

A prova decorreu num clima bastante positivo e agradável, sendo uma oportunidade para os alunos trocarem experiência com outros atletas e demonstrarem, em ambiente competitivo, os co-nhecimentos adquiridos nas au-las de ténis.

Após a entrega dos prémios deste Torneio Social e do Torneio Escada, realizado no primeiro semestre de 2012, que teve como vencedor o atleta Sérgio Almeida, disfrutou-se de mais um momen-to de convívio com o tradicional magusto. ■

Escola de Ténis de Proença-a-Nova

torneio Social de S. Martinho18 de novembro de 2012

Page 12: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

12 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

CASTELO BRANCO

No passado dia 29 de novem-bro foi o tempo da apresentação, em Castelo Branco, da nova em-presa.

João Dias e António Belo são os mentores da ideia de unir as duas empresas especialistas no imobili-ário juntando ao negócio também a empresa Maxfinance especialis-ta em consultadoria financeira.

É uma chapelada na forma de estar, dos empresários locais, que vivem constantemente de costas viradas uns para os outros. Esta experiência torna-se tanto mais importante quanto a situação eco-nómica do país e da nossa região estar a atravessar momentos mui-to difíceis que se repercutem na vida das famílias, das empresas e das instituições.

É de aplaudir este momento de lucidez empresarial.

“A ideia passou mesmo por não

reduzir quaisquer postos de tra-balho”, referiu João Dias que as-sumirá a gestão da parte imobili-ária da SGH, Ling, nome adotado para a nova empresa.

Os dois gestores, com experi-ência comprovada na área imobi-liária e financeira, referem ainda que ”a concentração de toda a in-formação sobre imóveis das duas empresas permite uma melhor comparação de preços, que pre-tende beneficiar o cliente, com a possibilidade de financiamento a 100%, por muito que isso pareça estranho e difícil, nos dias que atravessamos”.

Por sua vez, António Belo ficará com a responsabilidade da gestão da Maxifinance.

“Para aqueles que se encontram em dificuldades, nomeadamente a lidar com o sistema bancário e os seus procedimentos, temos

know-how e pretendemos colo-ca-lo ao serviço dos nossos clien-tes, bem assim como nas novas relações que se estabelecem com impostos, como é o caso da nova legislação do IMI”, afirmou Antó-nio Belo durante a conversa que manteve com a comunicação so-cial na apresentação deste projeto

que une agora as duas empresas.Na sequência desta operação a

racionalização de meios é parte importante pelo que a AGH, que funcionava na avenida Nuno Ál-

vares, irá partilhar as instalações com a Ling, que se situa na aveni-da 1º de Maio. Na avenida Nuno Álvares ficará agora a funcionar a Maxfinance. ■

Apresentação decorreu em Castelo Branco

Imobiliárias Sgh e Ling, unem esforçosJosé Lagiosa

Pai Natal

Um dia destes dei comigo a ima-ginar quais seriam as prendas que oferecia, caso fosse o Pai Natal.

Esta ideia surge porque o espí-rito de Natal parece começar a an-dar por aí.

Pois se eu fosse aquele homem de vermelho vestido, começaria por oferecer ao presidente Joa-quim Morão uma varinha mági-ca para que ele pudesse acabar o mandato autárquico com todas as obras prometidas acabadas. Ou será que ele conseguirá isso sem varinha mágica?

Ao nosso ministro da saúde, Paulo Macedo, oferecia um ma-nual de como diminuir a despesa na sua área, sem destruir o Serviço Nacional de Saúde. Assim ficaría-mos todos a ganhar, numa época em que só se fala em cortar, cortar, cortar!

Para o ministro da educação te-ria todo o gosto em lhe oferecer, em nome dos professores e alunos deste País, a carta de demissão. Já chega de destruir tudo o que de bom se fez na última década no ensino em Portugal.

Para o ministro Relvas, a melhor prenda seria um compêndio com as regras de como tirar um curso superior sem aldrabices.

Bem restam-me as prendas para o ministro dos negócios estrangei-ros, Paulo Portas e para o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Para o primeiro talvez um qual-quer submarino, para que pudesse esconder-se dos eleitores do CDS

quando cair o Governo. Eles não vão perdoar as incoerências do Paulinho das feiras. Para Passos Coelho a prenda ideal seria segu-ramente o livro de Pedro Vieira, Última paragem, Massamá. Não foi por acaso que o escritor ganhou o prémio PEN revelação deste ano. Podia ser que o primeiro-ministro percebesse a mensagem. Uf… era cá um alívio!

A nível, cá do burgo, teria a aten-ção de oferecer aos eleitores do concelho de Castelo Branco, uma dose de sabedoria e lucidez, para que exerçam lá mais para o final de 2013 o seu voto nas autárquicas, com inteligência e com sentido de que Castelo Branco não pode dei-tar a perder tudo o que conquis-tou durante 16 anos com Joaquim Morão. E com, pelo menos, uma candidatura que se apregoa como quase certa é preciso muita lucidez para não deitar fora um tão grande manancial de riqueza acumulada.

Finalmente, não esqueceria segu-ramente o líder do maior partido da oposição, António José Seguro. Para ele guardaria o único abraço que estaria disposto a oferecer nes-te Natal, com os votos que saiba encontrar, o caminho da esperança que vai faltando a este povo, ulti-mamente tão mal tratado.

Ah, já me esquecia. O Vítor Gaspar. Bom, para esse senhor certamente interpretando o sen-timento popular mais profundo, dispensamo-lo, com todo o gosto, de pagar os tão caros estudos que o país lhe pagou. Emigre e estão as contas feitas! ■

as prendas que daria...

No concelho de Castelo Branco, os presidentes de juntas são unâ-nimes em dizer “não” à Reorgani-zação Administrativa.

Se por um lado, alguns deles são menos expressivos nas suas opini-ões e comentários, por outro há aqueles que defendem, desde já, tomadas de posição duras.

As opiniões vão desde consi-derar uma “tontaria” a anexação contra a vontade expressa das po-pulações, até ao “inaceitável” de José Luís Pires, presidente da fre-guesia do Retaxo que acrescenta “Nós não temos um Governo. Te-mos um desgoverno que sacudiu

a água do capote, criando um gru-po técnico para fazer desaparecer freguesias”.

Por seu lado a Câmara de Cas-telo Branco vai convocar uma reu-nião com as juntas de freguesia do concelho para analisar a proposta de extinção e agregação. “Iremos fazer uma reunião com as jun-tas de freguesia envolvidas para estabelecer uma posição” disse Joaquim Morão à agência Lusa, recordando que “todos os órgãos municipais se pronunciaram con-tra a extinção de qualquer fregue-sia”, posição que foi acompanhada pela Assembleia Municipal.

Reorganização administrativa do território

Presidentes de juntas prometem muita luta

Page 13: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 132012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

desfazer a memóriaNotas sobre a biblioteca pública de Oleiros, inaugurada em 1879

CONFERÊNCIA por Leonel Azevedo

c o n v i t e

Hotel Santa Margarida (Oleiros)Auditório

7 de Dezembro 2012, 21h

aconteceu em Oleiros

Semana do medronho e da castanha em Oleiros foi um enorme sucesso

Maria dos Santos nasceu em 4 de Novembro de 1912 e, celebrou o centésimo ani-versário no passado dia 4 de Novembro de 2012.

É obra, Da. Maria dos Santos, parabéns do seu Jornal de Oleiros, extensi-vos a Seu filho Manuel dos Santos Dinis e aos Seus 4 netos. Longa vida com saú-de, os nossos votos.

Director

Parabéns a d. Maria dos Santos no Seu Centenário

A semana do medronho e da Castanha foi apoiada fortemente pela RTP, gesto que saudamos.Foi importante ver os nossos empresários apresentarem as suas iguarias, todas ímpares, um autêntico cartaz

de Oleiros.Todos estiveram muito bem.

Restaurantes de Oleiros brilharam na RtP

Conferência do dr.Leonel Lucas azevedo dia 7 de dezembro em Oleiros

Auditório do Hotel Santa Margarida, pelas 21h sob o tema:“Biblioteca pública de Oleiros, inaugurada em Dezembro de 1879 e, com o tempo e incúria humana, totalmente perdida “.A não perder.

Oleiros movimenta-se em per-manência

Os sucessivos acontecimentos em Oleiros, como o que aqui refe-rimos, são paradigmáticos de um concelho marcante, não conformis-ta e capacitado para lutar em per-manência pela sua coesão.

Estão de parabéns todos os orga-nizadores, desta iniciativa e de to-das as outras, algumas retratadas nas nossas páginas e ou no online em www.jornaldeoleiros.com

Page 14: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

14 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

IDANHA-A-N OVA

Investimentos que valem a pena

Em Idanha-a-Nova damos valor às pessoas e às suas capacidades. Temos forma de ajudar a imple-mentar as tuas ideias de negócio, do Turismo à Agricultura e Pecuá-ria, das Artes ao Ensino e Cultura. Para apoiar o empreendorismo e inovação criámos e adaptámos, a Incubadora de Empresas, a In-cubadora de Base Rural, Zonas Industriais, Zonas Históricas, Zo-nas Naturais e Termais, avança o município no seu site.

O Projecto “Em Idanha há lugar para ti, sob o conceito “Não emi-gres. Migra!

Em franco desenvolvimento e já a atrair vários casais, pode sa-ber mais através do email: [email protected]

ou pelo telefone 277 200 570 e fax 277 200 580 ■

A Câmara de Idanha assinou seis protocolos com outras tan-tas instituições do Concelho, no valor de mais de 113 mil euros.

Uma das contempladas foi a Filarmónica Idanhense, com uma verba de 40 mil euros, destinados à promoção e di-vulgação musico-cultural, bem como de actividades lúdicas.

A verba será repartida por diversas rubricas, entre elas a organização de iniciativas, aquisição de material e de equipamentos.

Mais de 25.500 euros coube-ram à Santa Casa da Misericór-dia de Segura, montante este que irá ser aplicado na recupe-ração e reparação do Altar da Capela daquela instituição.

Dos trabalhos a levar a cabo fazem parte a remoção com-pleta de várias camadas de tin-ta, reparação de várias falhas da madeira, tratamento imu-nizante das madeiras, recons-tituição de pinturas existentes no tecto frontal ao Altar, além do restauro de obras de arte.

As ex-instalações da GNR de Zebreira, propriedade da Junta de Freguesia, e que al-bergam provisoriamente a Secção dos Bombeiros Volun-tários, também vai sofrer obras de melhoramento. O protocolo de cedência de uma verba de 10 mil euros, inclui trabalhos de conservação e reparação do edifício, designadamen-te ao nível do isolamento dos terraços da garagem e da casa,

bem como a colocação de uma estrutura de ferro no telhado e telha nova em todo o edifício.

No que respeita ao apoio às camadas mais jovens, a autar-quia disponibiliza também, através de protocolo no âmbi-to do Programa da Apoio ao Associativismo do Concelho - PAMIN, 15 mil euros ao Clube de Ténis de Idanha, para o de-senvolvimento de iniciativas de tempos livres e actividades desportivas.

A Capela da Santa Casa da Misericórdia de Ladoeiro vai sofrer obras de conservação, trabalhos que se encontram já protocolados pelo valor de 4900 euros.

Deste grupo de protocolos celebrados com a Câmara, faz também parte um destinado ao apoio da empresa Penha Aven-tura, com vista à organização da edição de 2004 do Homem de Ferro, prova do Campeona-to Nacional de Triatlo Longo, que é já a terceira vez que se realiza no Concelho. A prova é composta por 3,8 quilóme-tros de natação, aos quais se seguem 180 quilómetros de ciclismo e 42,195 de corrida a pé.

Este ano, a partida será dada na Barragem Marechal Carmo-na, em Idanha e a meta esta-rá instalada frente à Câmara. Para fazer frente às despesas de fornecimento de material e serviços e de organização, a edilidade disponibiliza um to-tal de 17.500 euros. ■

Idanha-a-Nova luta por mais

progresso

A história remonta a 2000 e já deu origem a dezenas de pro-cessos judiciais. A câmara, a GNR local e a DGAV têm ten-tado, nos últimos anos e através de vários métodos, capturar os animais, mas sem sucesso. Até os militares das operações es-peciais da GNR já foram cha-mados e estiveram em campo para resolver o problema, mas em vão.

A situação arrasta-se desde esse ano, quando um veteri-nário – que exerce funções no município de Albergaria – com-prou um conjunto de proprie-dades junto à aldeia. Os habi-tantes não terão visto com bons olhos a chegada do forasteiro e, por diversas vezes, destruí-ram as vedações da quinta, para que o dono perdesse todos os animais. O veterinário ripostou comprando touros para a pro-priedade.

O conflito acentuou-se quan-do um antigo presidente da jun-ta defendeu, numa entrevista a um jornal regional, que o vete-rinário deveria ser morto. Face a essas declarações, continua a mesma fonte, o dono da quinta passou a pedir proteção policial à GNR sempre que se desloca-va à propriedade – mas nunca lhe foi concedida. Por isso, terá começado a alegar que não ti-nha condições para cuidar dos animais e deixou de frequentar o local. Com o tempo, as veda-ções foram ficando danificadas e os touros passaram a andar à solta – sem estarem registados, brincados ou vacinados.

Em Junho, a Câmara de Ida-nha e a DGV pediram ajuda a campinos da Companhia das Lezírias para capturar os ani-mais. Contudo, só foram apa-

nhados oito touros das centenas que andam à solta. Este mês fo-ram chamados os militares das operações especiais da GNR para procederem ao abate, mas a ação foi suspensa para reava-liação pelo Ministério da Agri-cultura.

Agora desde dia 8 de novem-bro que a GNR abate a tiro os touros que há anos vagueiam sem controlo de qualquer espé-cie, tendo até atacado habitan-tes de Segura.

Segundo a agência Lusa, fonte da Direção Geral de Alimenta-ção e Veterinária (DGAV) referiu apenas que a operação “decorre como previsto”. O diretor-geral de veterinária assinou um edital

segundo o qual decorre até ao fim do mês de novembro uma operação de controlo e abate de todos os animais bravios, que se estima serem 250.

Esta operação obriga as forças de segurança a cortar ao trân-sito várias estradas e caminhos entre as povoações de Segura e Rosmaninhal, por forma a criar um perímetro de segurança em torno da operação.

Segundo declarações de José Lopes, presidente da Assem-bleia de Freguesia, “a popula-ção de Segura está desejosa que os touros sejam abatidos na to-talidade e o mais rapidamente possível”. ■

autoridades abatem bovinos à solta em

Segura, Idanha-a-Nova

Programa:Programa:Programa:Programa:

• Ginásio • Degustação “ sabores de

Oleiros” (jantar de dia 30) • Espaço infantil (noite de 31) • Passeio “Conhecer Oleiros” • Caminhada “Trilho

Pedestre” • Jantar de Gala (dia 31) com

Animação Musical; • Ceia de Ano Novo • Brunch de Ano Novo

Reveillon 2012/2013

Pacote 3 Noites: 29 Dezembro a 1 de Janeiro

235€/PAX235€/PAX235€/PAX235€/PAX ((((QUARTO DUPLOQUARTO DUPLOQUARTO DUPLOQUARTO DUPLO))))

Pacote 2 Noites : 30 Dezembro a 1 de Janeiro

199€/PAX199€/PAX199€/PAX199€/PAX ((((QUARTO DUPLOQUARTO DUPLOQUARTO DUPLOQUARTO DUPLO))))

NOVIDADE EM OLEIROSNOVIDADE EM OLEIROSNOVIDADE EM OLEIROSNOVIDADE EM OLEIROS

Passagem de Ano no

Hotel Santa MargaridaHotel Santa MargaridaHotel Santa MargaridaHotel Santa Margarida.

Desfrute de uma noite magnífica!

HOTEL SANTA MARGARIDA****Torna, 6140 498 Oleiros | PORTUGAL Tel: (+351) 272 680 010 |Fax: (+351) 272 680 019 E mail: [email protected] www.hotelsantamargarida.pt

Page 15: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 152012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

POTENCIALIDADES

Inês Martins Engenheira Agrónoma

a versatilidade da cortiça portuguesa

No âmbito da celebração do Ano Internacional das Florestas, proclamado pelas Nações Unidas em 2011 e o qual ocorreu por todo o mundo, a Assembleia da Repú-blica associou-se a esta efeméride e instituiu o Sobreiro como Árvo-re Nacional de Portugal. Aspetos como a ampla distribuição da es-pécie no território nacional (com 737.000 ha, sob diversos ecossis-temas naturais), a sua integração em sustentáveis montados (pre-tende-se candidatar o montado a Património da Humanidade), a biodiversidade que apresenta, o risco de extinção que lhe é ineren-te, a associação com vários setores económicos (como o turismo), a sua singularidade e a promissora fileira que constitui, representam importantes mais-valias para as populações.

Para além da reconhecida im-portância ambiental e social que acarreta, é essencial apostar no seu elevado potencial económico onde a cortiça é, sem dúvida, o produto mais apreciado. Veja-se a sólida relação, de mais de três séculos, da rolha com o vinho.

Também no artesanato, a cor-tiça assume o seu papel, estando na base de peças artesanais como

o “cortiço”, o “coxo” ou o “tarro” (recipiente com reconhecidas qua-lidades térmicas que era usado pe-los pastores do Alentejo para levar os alimentos, quando saíam com os rebanhos, permitindo-lhes manter os alimentos à temperatura origi-nal durante várias horas). No nos-so concelho, mais precisamente na Gaspalha (freguesia de Álvaro), o Sr. João dá forma aos tradicionais bancos de cortiça “tropeços” que aliam a funcionalidade ao confor-to, adaptando-se perfeitamente a qualquer espaço. A procura destas peças artesanais made in Oleiros é enorme, sendo um dos produtos com maior visibilidade no que se refere ao artesanato local.

Mais recentemente, têm sur-gido no mercado diversos tipos de produtos dotados de uma interessante versatilidade, com aplicações que vão desde a cons-trução civil (em pavimentos ou isolantes) à indústria da moda, passando pelo vasto mundo dos acessórios e da decoração, muito sustentado em novos conceitos de eco-design.

Por tudo isto, a cortiça tem um lugar de destaque ao nível das re-ferências culturais dos povos que com ela contactam. Desde o mon-

tado de sobro aos produtos finais, esta matéria-prima sofre um con-junto de transformações que lhe permitem oferecer aos consumi-dores um produto de excelência.

Por último, acresce referir que

devido ao facto de Portugal pro-duzir anualmente cerca de 200.000 toneladas de cortiça (mais de 50% da produção mundial), este é o único setor onde o nosso país possui uma posição de liderança

no panorama internacional, em todas as fases da cadeia de pro-dução. A perda desta hegemonia representaria um descalabro eco-nómico, social e ambiental sem paralelo para o nosso país. ■

Ana Neves [email protected]

Realizou-se, no passado dia quatro de Outubro, mais um al-moço de professores aposentados que leccionaram no concelho de Oleiros.

Este ano o local escolhido foi o Hotel Santa Margarida, recente-mente inaugurado que revelou ser um local de eleição para um agradável convívio.

A professora Amélia Eusébio deu as boas vindas aos presen-tes, lembrando também aqueles que, por motivos vários, não pu-deram participar neste encontro anual.

Saboreando os pratos do chef Leonel que conjuga na perfeição a gastronomia local com a mo-derna e requintada cozinha de autor, relembraram-se “retalhos da vida dos professores”. Falou-se de uma época em que muito longe dos mega agrupamentos actuais, sem meios de comuni-

cação e sem as estradas que hoje nos ligam, os professores, inse-ridos na comunidade, participa-vam em vivências que ajudaram a construir a história das nossas gentes e do nosso concelho.

Muitos de nós partimos para outras regiões, não esquecendo

as experiências de vida que nos enriqueceram como educadores.

Segundo o pensador:“Quem conhece o seu povo, co-

nhece o mundo todo”.

Até para o ano! ■

Professores reuniram em Oleiros

Contabilidade . Salários . IRS/IRC . PocalRua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros

email: [email protected] • Telefone 272 682 795

Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - OleirosTelefone 272 682 250

Page 16: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

16 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Os Estados Unidos da América reelegeram BaracK Obama para um 2º mandato.

Depois de uma campanha agressiva, avassaladora onde fo-ram gastos muitos milhões de dólares, a América mostrou uma Democracia estável, respeitadora de regras e foi um encanto ouvir naquela madrugada os discursos de vencedor e vencido, no fundo dois vencedores, patentearem a aceitação de resultados e terem ambos palavras de simpatia, mo-bilização e unidade para superar as dificuldades do presente e do futuro.

Ambos merecem forte sauda-ção. ■

EUa reelegem Barack Obama

A Santa casa da Misericórdia de Álvaro organizou um magusto Solidário no pretérito dia 10 onde além dos utentes, participou a po-pulação e amigos e teve o apoio do Grupo de Cantares “ Meninos da Aldeia”, indispensável numa or-ganização deste tipo.

Foi um dia extraordinário de acôrdo com as nossas fontes.

Aproveitamos para endereçar saudações ao novo Provedor, o Amigo João Freire, eleito esta se-mana e, ao mesmo tempo saudar o Provedor cessante. ■

* Apoio de Ana Silva, Correspondente em Álvaro

Santa Casa de Álvaro tem novo Provedor

SinopseOs heróis portugueses, os símbolos

nacionais, as histórias secretas dos mo-narcas, a influência templária, os locais místicos e muitos outros mistérios

Na sequência de vários anos de estu-

do sobre o passado nacional, o autor Pe-dro Silva apresenta-nos a obra História Mística de Portugal onde pretende dar a conhecer o chamado outro lado da His-tória. Ao longo de doze capítulos, um número mágico por excelência, a visão

de um país templário, mariano e ancestral, de grandes figuras e extraordinários feitos, é apresentada aos olhos do leitor, dando a conhecer toda uma série de factos que nem sempre obtêm o devi-do realce nas obras tradicionais que narram a História portuguesa.Um livro empolgante, escrito de forma ritmada e acessível, onde a nossa História é contada com a objectividade inerente a um tex-to de cariz ensaístico, mas com a paixão própria de um passado empolgante que urge dar a conhecer, de modo a que séculos da nossa ancestralidade não quedem encerrados algures nas brumas do tempo. ■

Sugestão para o Natal

Model Sport

Rua Pe António de Andrade, 34, 6160 OleirosTel: 272 682 864

email: [email protected]

Quintais nas Praças do Pinhal com elevada adesão

De saco cheio de compras ao ombro, Paula Rodrigues, de 38 anos, mos-tra o resultado da sua visita ao primeiro mer-cado do proje-to Os Quintais nas Praças do

Pinhal. “Vim comprar castanhas para um magusto e acabei por me abastecer de legumes e frutas. Gostei muito do espaço e da ani-mação”, comentou. Realizado na Alameda da Carvalha, na Sertã, o primeiro mercado ficou marcado pela elevada adesão, com muitos dos 44 produtores e artesãos parti-cipantes a escoarem a maior parte dos produtos. O próximo realiza-se em Mação, a 9 de dezembro. Promovido pela Pinhal Maior, que

reúne os concelhos de Mação, Olei-ros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, o projeto conta com apoio do Proder e irá promover mercados mensais, com vista ao escoamento de produtos excedentes de pequenas produções. Além de hortofrutícolas, é dado espaço a alimentos transfor-mados e ao artesanato da região. A elevada afluência obrigou a manter o recinto aberto após a hora previs-ta de encerramento – a desmonta-gem iniciou-se apenas às 18 horas. Os mercados irão realizar-se ao se-gundo fim de semana de cada mês, sempre com animação associada. Nesta primeira feira, passaram pelo palco Os Tambores de Casal da Madalena, um acordeonista de Proença-a-Nova, o Rancho Fol-clórico e Etnográfico de Oleiros, o Grupo de Cantares do Grupo Cul-tural “Os Maçaenses”, o Grupo de Concertinas da Sertã, a Villa d’el

Rei Tuna e o Grupo de Música Po-pular de Cernache do Bonjardim. A Pinhal Maior congratula-se com o êxito do primeiro merca-do e destaca “o contributo para a valorização dos produtos lo-cais”. Depois de Mação, as pró-ximas feiras irão realizar-se em Proença-a-Nova (13 de janeiro), Oleiros (10 de fevereiro) e Vila de Rei (10 de março), prosseguindo depois o sistema de rotatividade. Os produtores interessados em aderir poderão inscrever-se para os próximos mercados. Toda a informação sobre o modelo de funcionamento é disponibilizada diretamente pela Pinhal Maior (te-lefone 274 600 130) ou pelos cinco municípios envolvidos. O projeto tem igualmente uma página de divulgação no Facebook, em que estão disponíveis os elementos de contacto. ■

Page 17: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 172012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

A Rota das Montanhas de Oleiros é actualmente um forte produto tu-rístico do concelho estabelecido pelo Município de Oleiros em parceria com o Geopark Naturtejo, tendo tido como ponto de partida, na sua perspectiva de viagem, a grande fi-gura do Padre António de Andrade, missionário nascido em Oleiros, no século XVI, “escalador dos Hima-laias e descobridor do Tibete” em 1624, cujas descrições tiveram gran-de impacto na Europa na época.

Esta rota veio dar resposta à ne-cessidade de encontrar um plano de visita para os turistas permane-cerem mais do que um dia no con-celho, permanecendo nas unidades de alojamento, tendo atracções, ex-periências e percursos a conhecer.

O cume das montanhas de quart-zito e xisto de Oleiros, onde já se situou há muito tempo um fundo

de oceano cheio de vida, revela a história do planeta nos últimos 600 milhões de anos. A Rota das Montanhas de Oleiros convida o geoturista a viajar desde as antigas areias destes oceanos e os seres vi-vos marinhos que ali viveram e que hoje se encontram fossilizados nas rochas, até verdadeiros oásis de flo-ra nativa e fauna diversa, através de percursos pedestres cuidados e pre-parados para o visitante autónomo, atravessando paisagens pensadas pelo Homem (paisagens culturais) e valorizando os produtos produzi-dos pela terra.

Esta rota corresponde a um itine-rário circular rodoviário, com cerca de 100 km, abrangendo todo o conce-lho de Oleiros, que leva pelo menos dois dias a ser realizado com pleno usufruto, dando a possibilidade ao turista de fazer alguns desvios à sua

trajectória principal. Estão incluídos miradouros, elementos do patrimó-nio natural (património geológico,

bosques nativos, praias fluviais), histórico-cultural (monumentos, aldeias tradicionais, produtos da montanha-artesanato e gastrono-mia), percursos pedestres, etc. As características desta rota permitem que o turista a adapte aos seus in-teresses e conveniências. No mapa da Rota das Montanhas de Oleiros apenas estão incluídas as melhores experiências e os serviços que se encontram realmente disponíveis. A indicação de locais de visitação e infraestruturas de apoio ao turista permitem que este possa permane-cer mais tempo e possa consumir na região. Nos últimos anos tem sido feita uma grande aposta nos Produtos da Montanha, que foram incluídos como uma mais-valia para esta rota: o cabrito estonado, o vinho Calum, o medronho e a casta-nha, sendo a base de feiras temáti-

cas e semanas gastronómicas assim como produtos de artesanato, como os tropeços em cortiça.

A montanha é uma invasão da rotina com paisagens geológicas (geomonumentos), ecossistemas de montanha, especificidades culturais em aldeias tradicionais, produtos da terra, bem como produtos tradi-cionais inovadores ou novos produ-tos inspirados no património geoló-gico – geoprodutos. Esta pode ser uma forma de organizar um sector económico dominado por micro- e pequenas empresas de base fami-liar, para torná-lo mais competitivo através da complementaridade da oferta turística. ■

Joana Rodrigues e Carlos Neto de Carvalho Geopark Naturtejo

a Rota das Montanhas de Oleiros uma ferramenta geoturística ao serviço do

desenvolvimento

A organização do sector turístico regional, com a aposta nos produ-tos rurais de qualidade e a diver-sificação da oferta turística através do espeleoturismo, do turismo de aventura, do ecoturismo e do ge-oturismo, por meio da criação de um modelo participativo de geo-parque, que inclua na sua gestão as principais entidades responsáveis pelo desenvolvimento da região de Campos Gerais, foi uma das con-clusões do 1º Congresso de Turis-mo realizado em Ponta Grossa, Bra-sil. O 1º Congresso de Turismo de Campos Gerais foi organizado pelo Departamento de Turismo da Uni-versidade de Ponta Grossa, cidade no Estado do Paraná, com o apoio da Fundação Araucária. O tema centrou-se no “Turismo em Áreas Naturais” e visou propor a discus-são técnica e científica do Turismo, promovendo o envolvimento do meio académico, político e empre-sarial, reforçando a cooperação entre os diversos sectores que com-põem o sistema turístico da região. Entre as apresentações dos muitos

trabalhos de investigação aplicada desenvolvidos nesta região do Pa-raná, incluindo a do Parque Nacio-nal dos Campos Gerais, destaque foi dado às experiências regionais e internacionais de geoparques, através do Geopark Naturtejo de Portugal e do Geopark Araripe, de Ceará (Brasil), assim como do pro-jecto de Geoparque em desenvol-vimento na região de Bodoquena/Pantanal, em Mato Grosso do Sul (Brasil). Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo, foi o especialista convi-dado a falar sobre a implementa-ção de geoparques reconhecidos pela UNESCO, das estratégias de comunicação do Património Geo-lógico e do potencial inovador do segmento do Geoturismo. Este res-ponsável e investigador apresentou ainda o modelo organizacional do Geopark Naturtejo e os resultados obtidos nos últimos seis anos, como referência para um modelo de ge-oparque a ser desenvolvido nesta região brasileira. Na mesa redonda moderada pelo Prof. Gilson Buri-

go Guimarães destacou-se ainda a apresentação de José Patrício Melo, responsável pelo Geopark Ara-ripe, que reforçou a importância dos proprietários locais na gestão e valorização económica do Patri-mónio Geológico, e de Afrânio José Soriano, coordenador do projecto Geoparque Bodoquena/Pantanal, que salientou o valor económico e social da conservação da Natureza nas áreas protegidas. A coordena-dora do Congresso, Prof. Jasmine Moreira Cardozo, especialista em turismo em Áreas Protegidas e In-terpretação Ambiental, ficou muito satisfeita com os resultados alcan-çados, tendo salientado o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela equipa da Universidade de Ponta Grossa para o desenvolvi-mento de um geoparque reconhe-cido pela UNESCO na região dos Campos Gerais. Os exemplos de conservação e valorização do pa-trimónio geológico excepcional desta região do Brasil são já vários, nomeadamente o Parque Estadual de Vila Velha, o Canyon Guartelá ou a região de Tibagi, onde a his-tória da exploração de diamantes no Brasil teve os seus primórdios e onde ainda hoje vibra como pa-trimónio cultural. Conhecida como “a melhor cidadezinha do Brasil” Tibagi é hoje um destino de eco-turismo que irá reforçar a oferta geoturística como forma de atingir os mercados internacionais. Esta ideia foi salientada pela Vereadora Angela Nasser, durante a visita dos convidados português e brasileiros, realizada a esta cidade no âmbito do Congresso. ■

Com o apoio do Geopark Naturtejo

1º Congresso de turismo de Campos gerais: um segundo

geoparque para o Brasil mais consistente

Telefone: 272 773 179email: [email protected]

Junta de Freguesia de Cambas (OLR)

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

Page 18: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

18 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Sobre Seguros, Mediação de Seguros, LdaPortela, nº 6, 6160-401 Oleirosemail: [email protected]

Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088

e-mail: [email protected].: 272 688 058

Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis

Carne de qualidadePraça do Município . Oleiros

Telefone 962567362

BaR CaLadO: [email protected]. Nac. 238, alverca, Oleiros

telefone 936 355 742 (frente à zona indústrial)

APOIE

OS

BOMBEIROS

DE

OLEIROS

Faça-se

Sócio

Café Boaventura

Rua Padre António Andrade, 13, OleirosTelefone: 272 682 436

Agente Exclusivo Jogos da Santa Casa (Totoloto, Euromilhões, etc)

TAU CETIDoçaria Fina

Caseira e Regional

Rua Tristão vaz, 8-C (ao Restelo)1400-351 LISBOA

Telem.. 936 747 384

Regional - Snack-BaR . ReStauRantePraça do Município, 6160 oleiros

tel. 272 682 309

Page 19: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 192012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

* Carlos Fernandes

Johannes Gensfleisch zur La-den zum Gutenberg ou melhor simplesmente Gutenberg, foi um inventor e gráfico alemão, nascido na Mongúncia - Mainz em 1398. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução cientifi-ca, deve-se a ele as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.

Gutenberg foi o primeiro no mundo a usar a impressão por ti-pos móveis, e o inventor global da prensa móvel. Entre as suas muitas contribuições para a impressão, es-tão a invenção de um processo de impressão em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo, e ainda o uso de uma prensa de ma-deira similar á prensa de parafuso agrícola usada na época.

Todavia a sua invenção verda-deiramente memorável foi a com-binação de todos esses elementos num sistema prático que permitiu a produção em massa de livros im-pressos o que era economicamente rentável para gráficas e leitores. O método Gutenberg a sua tecnologia

de impressão rapidamente se espa-lhou peça Europa e mais tarde pelo Mundo, estávamos perante o men-tor o pioneiro da imprensa escrita.

As imprensas na Idade Média eram simples tabelas gordas e pe-sadas ou blocos de pedra que se apoiavam sobre a matriz de impres-são já entintada para transferir sua imagem ao pergaminho ou papel. A imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o suco das uvas na fabri-cação do vinho, com as quais estava familiarizado, já que a Mongúncia onde viveu e nasceu se encontra no Vale do Reno uma região vinícola desde sempre. Depois da invenção dos tipos e da adaptação da prensa vinícola outras experiências se reali-zaram, para que a qualidade de im-pressão fosse um dado adquirido.

Pra comprovar a magnificência deste inventor alemão realiza-se anualmente, nos Estados Unidos, o “Festival Gutenberg” uma espécie de feira de demonstrações e inova-ções na área do desenho gráfico, da impressão digital, da publicação e da conversão do texto, o que só nos vem demonstrar que a invenção do mestre Gutenberg consegue ainda hoje, cultivar seguidores que , da sua experiência base tentam supe-rar o invento e adaptar as tecnolo-gias modernas ás exigentes necessi-dades do mundo atual.

Chegados aos nossos dias, os meios de comunicação tradicional, estão perante o seu maior desafio desde há 200 anos, sair do papel e pôr os leitores online a gerar recei-tas para sustentar os projetos .

A semana que passou foi a pro-va, que um pouco por todo o mun-do que a imprensa se encontra em crise.

A Newsweek empurrada pelo declínio da publicidade e da circu-lação, cessa de existir enquanto pro-duto impresso já no inicio de 2013, o ano do seu 80ª aniversário, passará a uma existência meramente virtual.

Em Portugal a administração da Soanaecom faz depender a existên-cia do principal jornal de referência o Público do desinvestimento no papel e da aposta na edição digital reservada a assinantes . Processo idêntico no Reino Unido com o Guardian e o Daly Telegraph .Na Alemanha o Die Weit anuncia que o acesso gratuito aos conteúdos dos jornais na internet vai acabar.

A agência Lusa, os trabalhadores acabam de realizar quatro dias de greve contra o anunciado corte de 30% estipulado pelo governo no or-çamento de estado. Com uma crise que emerge a cada dia que passa, novos desafios se nos deparam, em relação á imprensa regional cada vez mais a perseverança a atitude, e o solene compromisso com as gen-

tes da sua região, poderemos pre-servar a azáfama, a arte do encon-tro de todos junto, aos quiosques e praças das nossas terras onde o ser autêntico , genuíno e cidadão de corpo inteiro, nos poderá levar a sentar nas nuvens e desfolhar o

nosso jornal iluminados pela lua!Até sempre Gutenberg, aqui na

nossa terra estarás sempre presen-te, pois tal como no fabrico do nos-so vinho a prensa da vida jamais parará

Bem hajam ■

“até sempre gutenberg”

O sentimento, através do gosto, cria a beleza. O significado da pa-lavra Shanshui (paisagem), Shan transporta nos às montanhas e Shui às águas e rios. É partindo deste pensamento que iremos abordar a paisagem como produto e recurso turístico, quer na vertente de turis-mo da natureza, quer na vertente de saúde e bem estar, ou gastronomia e vinhos, nomeadamente na zona do Pinhal interior.

Todavia, começo com duas cita-ções, que por si só são elucidativas. Do que estamos a falar, passo a citar:

(…) Poucos sabem qual o rio da minha aldeia.

E para onde vai.E donde vem.E por isso pertence a menos gen-

te, é mais livre e maior o rio da mi-nha aldeia .

O rio da minha aldeia, não faz pensar em nada.

Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

(Alberto Caeiro )“Muita gente vive de arrancar

torgas e fazer carvão (….)A serra para uns e outros, e espe-

cialmente para o pobre, é a possibili-dade de fazer o molho, encher o car-rinho, que lhe vai buscar o lavrador amigo ou condoído, e a liberdade.

(….) A serra é nossa e muito nos-sa. Queremo-la assim estamos no nosso direito.

(Aquilino Ribeiro in Quando os lobos uivam).

O rio como paisagem natural e cultural tem servido de referência para o homem ao longo de toda a sua existência, é fonte de água, ele-

mento vital e indispensável, que percorre e estrutura o espaço é um marco territorial, tem sido fonte de inspiração de poetas e pintores, mas essencialmente é uma estrutura complexa de onde dependem mui-tos sistemas naturais, semi - natu-rais e humanos.

O rio pelos importantes valores ecológicos, estéticos, sócio-culturais , económicos, pela proximidade e relação com a sociedade ao longo da história e ainda por refletir as opções de gestão /ordenamento do território e os subsequentes riscos (ex. cheias poluição, etc), é um ex-celente recurso para compatibilizar turismo com sensibilização ambien-tal . É este paradigma entre o obser-vador e a natureza que urge existir um filtro, uma atitude ética que se apoia na observação dos princípios da ecologia, sem dúvida influencia-da por uma filosofia romântica do apreço pelo natural. Pois sempre o homem a vida viu no rio refletida.

Mas é o pinhal, quase 90% da pai-sagem da nossa terra, é na gestão em harmonia com a conservação da fauna, e beneficiando da sua presença, para o controlo de pragas, para a rentabilidade económica da atividade cinegética e turística .Um pouco por todo o mundo estão em desenvolvimento mercados para serviços associados à conservação, para potenciar a sustentabilidade económica e ambiental destes siste-mas , através: Eco-turismo ou outras formas de turismo associado a espa-ços florestais : Caça, pesca, produtos não lenhosos ; Contratos de prospe-ção de novas espécies etc. Tudo isto

através de certificações do território florestal e da sua gestão, por exem-plo : A certificação da gestão floresta sustentável ; a certificação de boas práticas agrícolas ;a certificação da agricultura biológica entre muitas outras , obviamente que não se pode ter tudo, mas essencialmente o que queremos, se este for o caminho, es-cusado será dizer que os desportos motorizados, ralis, todo terreno te-rão que ser suprimidos.

Existe também certificação do setor turístico que advém também da existência de um “novo turista”, que seleciona o seu destino de férias com base em critérios ambientais e sociais.

O turismo de natureza em Portu-gal, apresenta lacunas de infra estru-turas e falta de experiência e know how, todavia se for conduzido de forma competente e no respeito pelo ambiente, poderá contribuir signifi-cativamente para a sustentabilidade de áreas agro florestais do país. O turismo em espaço rural, turismo da natureza e biodiversidade, tem registado um aumento considerá-vel, representando 9%das viagens dos Europeus na atualidade, sendo os principais mercados emissores a Alemanha e a Holanda.

Ora é esta matéria prima que a zona do pinhal oferece, o turismo de natureza ,saúde bem estar, gas-tronomia e vinhos necessita e con-tribui para preservação. A atividade turística depende de recursos (na-turais e culturais) em bom estado. Contribui para a manutenção e va-lorização de atividades tradicionais ameaçadas de desaparecimento,

contribui para a fixação dos jovens e para o desenvolvimento de no-vos mercados de trabalho e novas profissões, necessita de inovar com base na valorização dos recursos locais para se diferenciar e ser com-petitivo, ora o meio agro florestal propicia esta inovação.

Necessita de paisagens diversifi-cadas e esteticamente atraentes, em alternativa ao turismo de massas. Necessita diversidade de oferta de atividades turísticas não impactan-tes sobre o meio (percursos pedes-tres, alojamento rural, experimenta-ção de produtos locais, e como não poderia deixar de ser, uma aposta forte na formação de educação am-biental).

Autenticidade de extrema impor-tância, para manter intactas as ca-racterísticas da região. Hoje é muito apreciada a gastronomia regional e com grande relevo económico devi-do à industria de transformação para diversas utilizações alimentares e as

oportunidades de exportação.Cada vez mais os turistas que nos

visitam procuram paisagens, hábi-tos e costumes diferentes dos das suas terras de origem .

Com a proliferação de alojamen-tos em espaço rural e hóteis na zona do pinhal, será de todo importante, em conjunto a criação de parcerias entre todas unidades de alojamen-to, empresas de animação turística e município, para uma aposta forte na qualificação e certificação (festas, romarias, confrarias gastronómicas etc), como também em recursos humanos com alto grau de qualifi-cação, comunicar, promover apos-tar no marketing e ser mais capaz , só assim o investimento não se irá transformar em má despesa.

Com votos redobrados de suces-so, e sabendo que a hospitalidade e matéria prima da região é de ex-celência, gostaria de lembrar que o futuro é uma construção coletiva.

Bem hajam ■

“Shanshui”

Page 20: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

20 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Quando o primeiro-ministro britânico, durante o segundo con-flito mundial, na batalha de In-glaterra, se referia a uma casta de pilotos jovens, que muitos deles, sacrificaram as suas vidas, para defenderem, a integridade territo-rial do seu país e não só; pois foi sem sombra de dúvida, nesse com-bate aéreo, que se jogava a defesa da Europa; com uma vasta região já ocupada; e referindo-se aqueles que, tinham perdido as suas vidas, no combate decisivo, que repeliu a invasão germânica, e deu início á contra ofensiva que, hoje todos sabemos o desfecho; (nunca tan-tos deveram tanto a tão poucos); disse Churchill emocionado aos microfones da BBC; a Inglaterra nunca seria ocupada; nesse terrí-vel conflito, que custou 55 milhões de mortos; eu nasci no meio do conflito: fevereiro de 1943. Chur-chill, estudava bem as palavras, e não obstante ser um homem de

poucas falas, era um excelente ora-dor; presto aqui homenagem aos Ingleses que, em tempos difíceis, tanto no passado, como em épocas recentes, souberam enfrentar, com coragem e determinação, situações inimagináveis, como quando, uma epidemia local, dizimou 75 por cento da população de Londres; ainda em Inglaterra, onde para lá emigrei em 1969; foi ali que o meu filho, deu os primeiros passos da sua vida, precisamente no dia, em que fez um ano de idade. Já pen-sei algumas vezes, ter cometido um erro, em ter regressado; voltei precisamente antes de 1974, o quer dizer, que não foram motivações políticas que me levaram a partir; a procura de melhores condições de vida, é que pesaram na minha decisão. Não pertenço a qualquer partido, grupos, ou movimentos, não tenho um único familiar que, tenha seguido a carreira política; o meu voto, é sempre circunstan-cial. Não sou a favor de qualquer monarquia; mas tenho que reco-nhecer que, a britânica, em tem-

pos de crise, funciona em pleno; também não sou, a favor da repo-sição, da monarquia em Portugal; o ultimato de 1890 que referi na minha crónica “Portugal de hoje e do passado” já divulgada em alguma imprensa da zona Oeste, ditou o regicídio, e a República uns anos mais tarde, e que por consequência levou, o país à ban-ca rôta em 1892; o pedido de res-gate que mesmo renegociado em 1902, levou 119 anos a pagar; a úl-tima tranche da dívida, foi paga a 30 de março de 2011. A seguir, vêm as repúblicas, já nem sabe-mos bem quantas são; 102 anos de incertezas, carregado de dívi-das e subserviência, sempre na mira dos credores; o povo!.. bem, é melhor passar á situação atual em que, os que nos emprestam o dinheiro, já dizem que a aus-teridade é muito severa; pois é, eles sabem bem que, quem muito quer, tudo pode levar a perder; o FMI avisou; mas isto está tudo estudado ao milímetro. Como acima referi, Portugal honra os

seus compromissos, pagou uma dívida de 119 anos; mas esta com-parada com a que está em curso, e a que vem a seguir, são peanuts. Da austeridade que nos está a ser imposta, resulta inevitavelmente a impossibilidade, de podermos pa-gar dívida e juros, sem que estes sejam suavizados, e dignamente aceitáveis; devemos isso às crian-ças de hoje, e do futuro do nosso país; mesmo assim, Portugal vai ser projetado, para a cauda da Eu-ropa, em atraso a todos níveis, du-rante longos anos. Estamos à beira do abismo, em queda acelerada, para o fosso da pobreza, de onde dificilmente conseguiremos sair. As gerações futuras, nada fizeram para carregar, com o peso desta brutalidade de dívida, que lhes estamos a infligir. É urgente que se tomem iniciativas, para levar à barra dos tribunais, quem quer que eles sejam, para que devol-vam os milhões que levaram para fora do país, sem os quais, cente-nas de milhares de crianças e ido-sos, não irão sobreviver; para além

de uma questão moral para todos nós, é crime para quem, colocou o país, neste estado de eminente ca-lamidade; não me refiro a decisões erradas, ou politicas que não tive-ram o sucesso esperado, porque todos nós temos falhas; governar um país não é, uma ciência exata e infalível; refiro-me sim aos desvios que deliberadamente foram feitos, em proveito próprio, por aqueles que, em alguns casos, neles confi-ámos o voto. Se nada for feito, no sentido de moralizar, o exercício de governar, e fazer política; este pobre país, continua a afundar-se; daqui a 120 ou 150 anos, 6 gera-ções; a última, já nem fará parte, da nossa árvore genealógica, cuja transmissibilidade acaba na quin-ta geração, vão estar a debater-se, com o mesmo problema, que nos aflige nos dias de hoje. Voltando ao início, em que citei Churchill; neste caso em que, levou Portugal a esta situação; diria que, no nos-so caso; (nunca tantos pagaram tanto, pelos erros e desvios de tão poucos). ■

Nunca tantos deveram tanto a tão poucos

Joaquim Vitorino

Dr. Fernando Caldeira da Silva

Estou a ler o livro “Jesus de Nazaré” de Joseph Ratzinger – mais conhecido por Papa Bento XVI – e a ideia que me passa pela cabeça é que o atual Papa deve ser Protestante(1). Este seu livro merece ser lido por todos. A sua linguagem e rigor baseados em argumentos extraídos da Bíblia Sagrada e da história da Igreja Primitiva fazem-me pensar isso. Afinal, a minha formação acadé-mica é em teologia na área espe-cífica da história do cristianismo pelo Departamento de Christian Spirituality, Church History and Missiology da UNISA (University of South Africa)(2).

Ratzinger apresenta a imagem de Jesus Cristo baseada nos Evan-gelhos. Para ele, Jesus foi absolu-tamente um homem que viveu sobre a terra e portanto é o “Jesus histórico”. No entanto, Ele era si-multaneamente Deus com o Pai e assim sendo estava na terra como o “Cristo da fé”. Quando Ratzin-ger se decidiu a escrever este livro nem pensava que o iria publicar na qualidade de Papa da Igreja católica Romana. Mas à medida que pesquisava para reunir e di-gerir as informações foi notando que a partir dos anos 50 do sécu-lo passado esses dois conceitos

foram-se afastando um do outro e pergunta logo no prefácio: “Mas que significado poderia ter a fé em Je-sus Cristo, em Jesus Filho do Deus vivo, se depois Jesus tivesse sido tão diverso da forma como O apresen-tam os evangelistas e do modo como a Igreja, partindo dos Evangelhos, O anuncia?”

De acordo com o pensamento de Ratzinger, pouco se sabe sobre de Jesus e a Sua imagem só foi plasmada posteriormente pela fé na Sua divindade. Mas essa im-pressão penetrou profundamente na consciência cristã e na cultura ocidental. Como afirma, “Uma tal situação é dramática para a fé, porque torna incerto o seu verdadeiro ponto de referência; a amizade íntima com Jesus, da qual tudo depende, corre o risco de cair no vazio”. O estudo da história intensifica-se e as exi-gências e rigores das pesquisas académicas ultrapassam os limi-tes duma fé outrora meramen-te utópica e irrealista como era experimentada pelo comum dos mortais.

Mas as informações sobre o Je-sus de Nazaré histórico reforçam a veracidade do cristianismo como religião autêntica e verdadeira. Assim, o que realmente é digno de fé é encontrado nas pesquisas realizadas por historiadores rigo-rosos cuja formação académica os obriga a falar verdade. Não é este o grito Protestante que levou muitos a arriscar a sua própria vida pela convicção de ser neces-sário prestar a devida atenção às Escrituras Sagradas e à experiên-

cia individual e eclesiástica das comunidades cristãs dos tempos primórdios e das catacumbas? Confirma-o Ratzinger ao afirmar que “o método histórico crítico per-manece indispensável, considerando a estrutura da fé cristã”. Este méto-do é uma das dimensões basilares da exegese mas “não esgota a tarefa da interpretação para aquele que vê, nos escritos bíblicos, a única Sagrada Escritura e acredita ter sido inspira-da por Deus”.

Tal como sempre entenderam os pensadores e os cristãos do universo protestante os limites do método histórico crítico de-vem ser bem estabelecidos. Como afirma Ratzinger, “O seu primeiro limite, para quem se sente hoje inter-pelado pela Bíblia, consiste no facto de por sua natureza ter de deixar a palavra no passado. Enquanto méto-do histórico, procura, para os diver-sos factos, o contexto da época pas-sada, em que se formaram os textos. Procura conhecer e compreender o mais rigorosamente possível o passa-do – tal como era em si mesmo – para deste modo descobrir também o que o autor pôde ou quis exprimir naquele momento, no contexto do seu pensa-mento e dos acontecimentos.” Nos círculos académicos mundiais há hoje uma abordagem cada vez mais rigorosa na procura da ver-dade epistemológica. Os acadé-micos e todos os pensadores de-vem permanecer conscientes das limitações das suas certezas. Por-que a própria “história da exegese moderna” nos coloca esses limites intelectuais e da razão.

Felizmente o Concílio Vatica-no II alterou aquilo que devia ter sido alterado no Concílio de Tren-to quanto às Escrituras Sagradas; mais conhecidas por Bíblia Sagra-da. Provavelmente a Europa se-ria hoje mais de teor protestante continuando a ser cristã e católi-ca; porque o protestantismo não enveredaria pelo caminho da separação mas pela alteração da Igreja cristã para torna-la mais evangélica. Mas felizmente, dizia, o Concílio Vaticano II evidenciou claramente o que entendeu como “princípio fundamental da exegese teológica: [ou seja], quem quer en-tender a Escritura segundo o espírito com que foi escrita, deve atender ao seu conteúdo e à unidade de toda a Escritura”.

Ratzinger foi mais longe ao afirmar que nos devemos “fixar na unidade da Escritura”. Segundo ele, “Trata-se de um dado teológico que, no entanto, não é algo atribuido simplesmente de fora a um conjunto em si mesmo heterogéneo de escritos. A exegese moderna mostrou como as palavras da Bíblia se tornam Escri-turas através de um processo de in-cessantes leituras: os textos antigos, numa situação nova, são retoma-dos, compreendidos e lidos de modo novo… A formação da Escritura con-figura-se como um processo da pala-vra, que revela pouco a pouco as suas potencialidade interiores; estas de certo modo estavam presentes como sementes que se abrem apenas peran-te o desafio de novas situações, novas experiências e novos sofrimentos. ”

O Papa aponta ainda para a ne-

cessidade de abordarmos a leitu-ra da Bíblia numa hermenêutica cristológica que encara Jesus Cris-to como a chave para se entender o conjunto da mensagem bíblica. “Certamente que [através da] herme-nêutica cristológica ... a partir d’Ele [se] aprende a compreender a Bíblia como uma unidade, pressupõe uma decisão de fé e não pode surgir de um método puramente histórico”. No entanto, como pensaria qualquer simples protestante, Ratzinger continua a afirmar que “esta deci-são de fé traz em si a razão – a razão histórica – e permite ver a íntima unidade da Escritura”.

Relativamente à condição da Igreja cristã Ratzinger utiliza uma citação do modernista cató-lico romano Alfred Loisy: “Jesus anunciou o reino de Deus e o que veio foi a igreja”. Comentando es-tas palavras de Loisy o Papa foi ainda mais protestante ao afirmar “São palavras que certamente escon-dem ironia, mas também tristeza: em vez do tão esperado reino de Deus, do mundo novo transformado pelo próprio Deus, veio algo de totalmente diferente, uma miséria: a igreja”. ■

(1) Como definição, Protestante é: Aquele que faz uma declaração

ou confissão. Leia-se mais em: http://www.answers.com/topic/

protestant#ixzz2C8KL3Q9z

(2) NOTA: A UNISA – instituição académica fundada pela Cambridge

e pela Oxford que já formou mais de 8,5 milhões de pessoas e neste

momento com mais de trezentos mil alunos – é a mãe de quase todas

as universidades da África do Sul, estando também a operar em Por-

tugal e em todo o mundo em qualquer das embaixadas da República

da África do Sul.

O Papa é protestante

Page 21: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 212012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Com o arranque de um novo ano letivo nas Piscinas Municipais Climatizadas, este complexo desportivo informa que haverá novas modalidades a serem lecionadas, tais como:

. ginástica sénior

. ténis

. jump

. hidrojump

Para mais informações, os interessados deverão contactar o 272 681 062 ou por e-mail, através do endereço [email protected]. ■

Piscinas Municipais com novas

modalidades

Incontornável e obrigatório referir

A importante Instituição des-portiva de Oleiros, Presidida por Ramiro Roque, recebeu no Maria Pinha os Amigos e sócios e cele-brou o 36º aniversário em grande convívio virado para os sucessos e realizações do futuro, sem es-quecer o passado brilhante.

Na altura discursaram tanto o Presidente do Clube como o Vere-ador Vitor Antunes congratulan-do-se com mais um aniversário.■

* Fotos: Fotodisco, Alberto La-deira

“aRCO” celebrou o 36º aniversário

DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

Manuela Marques

O Natal aproxima-se – época doce e calorosa, de tantos sabores à mistura, que, contudo, será mais re-cheada para uns que para outros…e parece que nos próximos anos esta tendência tende a agravar-se, pois a parte menos recheada, muito mais pobre, terá muitos voluntários forçados…e lá virão todos aqueles sentimentos nobres que ressurgem como que por magia nesta altura do ano, que é quando mais importa lembrar dos que sofrem, dos que passam fome, dos que não têm tra-balho, etc, para alívio consciencio-so… e vem toda a parafernália de boas intenções: a sopa dos pobres, o bacalhau dos sem- abrigo, o cabaz natalício para a família que ficou sem forma de sustento. Que se note que não há nenhuma crítica a quem voluntariamente e por boa vontade participa destas ações, embora con-sidere que alimentar a pobreza, se é que me faço entender, não é solu-ção para nada. Matar a fome, numa única noite do ano, não é decerto a solução, mas será que alguém acredita que são as boas ações que solucionam os problemas, ou pelo menos a maioria deles, e especial-mente destes que vivemos atual-

mente? Não são as boas ações, mas ações tornam-se necessariamente e decisivamente importantes nos tempos correntes. Senão vejamos: matar a fome na noite de Natal, soluciona por umas horas; arranjar emprego ou forma de sustento so-luciona por muito tempo; entregar um cabaz natalício é sem sombra de dúvida um gesto solidário e al-truísta, mas muito mais será encon-trar uma forma permanente de evi-tar cabazes de Natal, fazendo com que todos tenham acesso aos bens de primeira necessidade. Preocu-pamo-nos todos, mesmo, mesmo, com as dificuldades alheias, ou será uma forma de encontrar um alívio aos corações sobressaltados?

A crise que atravessamos, nós e alguns outros países europeus, não se verifica apenas a nível económico como todos percebem, é ao mesmo tempo a crise de valores que desmo-tiva as pessoas para a luta que vão ter de encetar nos próximos anos. E falar de valores hoje em dia parece algo do passado: Valores! Quais va-lores estarão aqui postos em causa e tendem a extinguir-se como certas espécies de animais cujo homem é o verdadeiro culpado dessa extinção. Talvez precisemos de uma arca de Noé para arrecadar valores e prin-cípios que ainda perduram, antes que um dilúvio de malefícios possa destruí-los e fazê-los desaparecer definitivamente como a luxúria,

avareza, ira, soberba, vaidade e pre-guiça, faltando a gula, que parece ser aquele pecado capital que cada vez menos afeta a população! Tere-mos de criar uma caixa de Pandora e arrecadar já não a esperança, mas a bonança, visto que é uma riqueza que vai desaparecer, para um dia quiçá, soltá-la num outro mundo…Ultimamente as alterações climáti-cas têm feito surgir no nosso país fenómenos climatéricos que não eram tão habituais como agora estão a ser. A frequência dos ven-davais e a destruição aumentam a cada fenómeno, o homem tem de lutar agora também contra as forças da natureza, que após tantos milé-nios se vinga do tão afamado pro-gresso humano. Mas o ser humano, não se dá conta de como tudo vai correndo para um abismo…Quem acredita que o mundo tal como o conhecemos não terá um fim? Nes-te momento da história humana, que ensinamentos devemos trans-mitir, que princípios fazer crescer, que importa lutar pelo Bem, se so-mos tantas vezes acometidos pelo Mal? Não é esta a teoria do Céu ou do Inferno, mas a teoria da vida hu-mana, fugir e escapar das maldades que os próprios irmãos cometem e cultivar a bondade ao invés de dar o troco. Mas até o próprio Jesus, na sua infinita bondade, expulsou e açoitou a maldade humana (os vendilhões do templo sagrado – a

casa de seu pai), assim, porque não podemos nós fazê-lo? Claro que tirando semelhanças à parte, nin-guém se pode equiparar a Jesus ou Deus nem aspiramos ser qualquer outra entidade divina, contudo, sentir, sentimos de forma igual ou até mais profundamente, pois há quem viva uma vida inteira de sa-crifícios e malefícios! Expulsar os salteadores e vendilhões, os cor-ruptos, os falsos e os oportunistas é uma obrigação. Mas como fazê-lo se as leis humanas cada vez mais protegem esses viciantes arguidos? Não há solução, apenas precaução! Cada um, na medida do possível, tenta escapar a esta intempérie des-medida. E aqui se aprende a viver mais para o individualismo que tende a caracterizar a raça humana, poucos são já os que escapam a este veneno alastrante, senão através da solidariedade.

Dizem os mais vividos, os mais experimentados nas várias épocas da história, a sua e a de uma nação: «Que mundo, este!». Que verdade! - Dizemos nós. Somos a geração da inovação, mas também da contra-dição: melhorou-se muito a vida do homem, mas por outro lado a vida é também um flagelo e todos sa-bemos porquê. Quem acredita em melhorias? Quem crê num mundo melhor? Voltaremos ao paraíso de Adão e Eva? No paraíso, supos-tamente já viveríamos nós, pois o

progresso científico permite-nos viver até quase aos 80 anos (espe-rança média de vida), não é algo maravilhoso? Seria, sim, se a partir dos 65/70 anos não nos entregassem no “depósito de idosos” porque o progresso não permite tempo para cuidar a Velhice! E a geração mais recente, terá até mesmo condições para uma velhice condigna? Como o homem cria, mas destrói…

Recorrendo ao Evangelho, seria caso para dizer; «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.» e não é isto uma verdade absolu-ta, tirando a religião em que se in-sere? Tantos doutores e ninguém sabe explicar, ou melhor, ninguém sabe solucionar a crise do mundo. Todos sabemos criticar: o vizinho, o amigo, o familiar; a escola, os professores; os hospitais, os médi-cos e os enfermeiros; as obras, os engenheiros; os polícias e os minis-tros e os presidentes e todos…mas seríamos nós mesmos diferentes de todos eles? Dizem os filósofos que o poder corrompe, para mim o po-der mostra aquilo que cada um é na realidade, por isso nos admiramos tanto quando permitimos a alguém ter algum poder sobre nós e nos surpreende, essa pessoa, pela posi-tiva ou negativamente: ele está só a mostrar o lado em que joga, neste campeonato universal, criado por leis caóticas onde vivemos a achar a Ordem…■

Quem acredita?

Sebastien Loeb e a Citroen, 9 anos consecutivos Campeões do Mundo de Rally’s.

Impressiona ver a condução deste piloto.Depois de tanta vitória, para onde irá agora?Apostamos nos Sport Protótipos. Aguardemos.

Page 22: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

22 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

CARNEIRO 21/3 a 20/4Carta Dominante: A Justiça: regra, disciplina.Amor: Inicia este mês com enorme entusiasmo e dinâ-mica no amor. Todas as questões serão esclarecidas e as suas opiniões acatadas. Tente ser mais criativo e evite

isolar-se. Conseguirá obter o que pretende, com alguma luta, mas de forma vitoriosa!Trabalho: Especial cuidado com quem o queira prejudicar. Deve reservar-se mais. Poderá ter uma despesa extra, que irá abalar as suas finanças.Saúde: Cuidado com as constipações. Deve evitar a exposição so-lar.Conselho: As suas energias estarão instáveis no sector familiar. Evi-te discussões e saia para contactar mais com a natureza: ouvir o som dos pássaros e do mar. Deve reenergizar-se. Fale todos os assuntos com calma e não faça acusações sem fundamento. Esclareça os pon-tos importantes e tire todas as dúvidas que tenha.

TOURO 21/4 a 21/5Carta Dominante: A Lua: ilusões, equívocos.Amor: Sentirá o chão sair debaixo dos pés, no inicio de Dezembro. Poderá iludir-se com o que não lhe traz felicidade. A meio do mês sofrerá uma mudan-

ça extremamente positiva e que será consequência de uma opção sua. Acabar com o que não interessa e iniciar uma nova vida, um novo ciclo ou rumo. Tudo será superável e estará determinado em lutar pela sua felicidade. Tem o caminho aberto para o conseguir. Prepare-se com discussões acesas no sector familiar.Trabalho: Poderá ser alvo de manipulações por parte de outros. Deve depender mais de si. Financeiramente poderá contar com en-tradas avolumadas de dinheiro.Saúde: Controle a tensão arterial.Conselho: Corte o mal pela raiz. De nada lhe serve pensar no pas-sado ou iludir-se. Não acredite em promessas, nem vá na onda de quem fala consigo de forma serena. Deve manter uma postura de-terminada e seguir a sua vida para a frente, mesmo que isso seja contrário à vontade de outros. Pense por si, pela sua felicidade. Afi-nal temos que viver connosco próprios o resto da vida, verdade?! Opte por ser feliz!!!

GéMEOS 21/5 a 20/6Carta Dominante: O Mundo: realização, autonomia.Amor: Com alguma reserva da sua parte, deverá acon-selhar-se e desabafar. Está a guardar muita coisa para

si e isso irá prejudicá-lo. Portanto, mesmo numa fase estagnada, dependerá de si dar vida ao campo amoroso. Conseguirá entrar num entendimento perfeito com a pessoa amada, mas por tempo limitado. Este mês será assim: quando pensa que tudo está a tomar um caminho favorável, há algo que surge e abala a felicidade.Trabalho: Tudo andará sobre rodas. Conseguirá atingir todos os objectivos a que se propuser. Não gaste demasiado, para não deses-tabilizar as suas finanças. Saúde: Cuidado com depressões.Conselho: Aproveite todos os momentos de felicidade e ouça o que os outros têm para lhe dizer. Não entre em picardia por situações in-significantes, nem dê demasiada importância ao que não interessa.

CARANGUEJO 21/6 a 22/7Carta Dominante: O Ermita: reflexão, desapego. Amor: Entrará em divergências, no inicio do mês. Deve assumir o comando e tomar o rumo na direcção da sua

vontade. No entanto, poderá sofrer desilusões no final do mês, que fará com que se isole e repense na sua vida. Trabalho: Conseguirá cumprir os objectivos propostos, se se con-centrar mais. Foque-se mais no seu trabalho. Não assine nada, sem ler muito bem, as entrelinhas.Saúde: Controle o seu peso.Conselho: Nem sempre o que queremos pode trazer-nos felicidade. Antes de tomar decisões reflicta bem. Tome o passo adiante, pen-sando antes. Não reaja sem pensar. Este mês todos os caminhos de-vem ser planeados ao pormenor, mas sem manipular o próximo.

LEãO 23/7 a 22/8Carta Dominante: O Sol: energia, sonhos.Amor: Muitas lutas interiores poderão afectar as suas decisões, neste campo. Tem mesmo que optar. Deve

agir com o coração. Não pense demais! Iniciará uma nova fase na sua vida, e no final conseguirá ver os frutos de forma positiva e pro-tegida. Deve fazer valer-se pela sua determinação e acção.Trabalho: Acautele-se com discussões. Deve manter a calma, para não sofrer uma perda. Fase próspera na área financeira.Saúde: Especial cuidado com os vícios, provocados por nervosis-mo.Conselho: Seja mais ponderado nas suas palavras. Evite desenten-dimentos e dê prioridade aos esclarecimentos de forma pacífica. Aceite o que tiver de ser!

VIRGEM 23/8 a 22/9Carta Dominante: O Mago: execução, auto-consciên-cia.Amor: O amor andará no ar, embora Virgem tenha de colocar a cabeça no lugar e não divagar nos seus

pensamentos. Portanto, desça à terra e viva as mudanças que o Uni-verso lhe traz. Deve esclarecer as questões pendentes que tem no seu interior. No final do mês poderá sofrer alguma instabilidade, neste sector.Trabalho: Conte com ajuda de colegas. Parcerias estão protegidas, este mês. Financeiramente está estável e não atacável.

Saúde: Cuidado com o estômago.Conselho: Deve harmonizar as suas energias, fazendo uma medita-ção para ajudá-lo a se concentrar mais. Este mês depende de si e da forma como se entrega a tudo!

BALANçA 23/9 a 22/10Carta Dominante: A Roda da Fortuna: acaso, objec-tivo.Amor: Por vezes sente-se injustiçado face a opiniões dos outros. Isso fará com que se desiluda deixan-

do-o extremamente desorientado, sem saber que direcção tomar. A meio do mês tenderá a iniciar uma nova fase e acabará o mês e ano com muita esperança no coração.Trabalho: Todos os documentos devem ser bem analisados. Possibi-lidades de novos contratos. Instabilidade no sector económico.Saúde: Controle os seus nervos.Conselho: Saiba que o equilíbrio total não existe. Portanto, aprenda a viver com o Universo. Afinal, tudo o que acontece na nossa vida são meras aprendizagens. Aproveite!!!

ESCORPIãO 23/10 a 21/11Carta Dominante: A Torre: destruição, manifestação.Amor: Inicia o mês com alguma tristeza no coração. Algo o deixa extremamente nervoso. Esteja atento aos sinais, pois o Universo irá fazer das suas e colocará Es-

corpião numa situação duvidosa. Tudo isto o deixará baralhado e com dificuldade em entender os seus sentimentos. Acabará o mês em clarificaçõesTrabalho: Sentir-se-à limitado nas suas acções. O trabalho parece não fluir, nem o dinheiro.Saúde: Controle o colesterol. Conselho: Este mês terá de tomar decisões com o que sente e não com o que pensa. Todas as dúvidas terão o seu esclarecimento. Te-nha calma e não se precipite, ao longo deste mês.

SAGITÁRIO 22/11 a 21/12Carta Dominante: O Ermita: solidão, introspecção.Amor: Irá deparar-se com lutas amorosas. Poderá es-tar em causa a palavra de quem o rodeia e isso fará com que queira esclarecer o que o deixa decepciona-

do. Vai-se sentir preso a algo. Dificilmente conseguirá tomar deci-sões e voltar a acreditar nos sentimentos de outros. No final do mês, terá de se afastar de todos para pensar na sua vida.Trabalho: Fase benéfica. Não perca a esperança, pois a sua estreli-nha da sorte irá protegê-lo. Financeiramente conseguirá fazer face às suas despesas.Saúde: Faça um chek-up.Conselho: Tenha cuidado com falsidades. Saiba quem o rodeia e o que pretendem de si. Não se envolva com quem apenas se interesse por tudo, menos por si.

CAPRICóRNIO 22/12 a 19/1Carta Dominante: O Imperador: autoridade, deter-minação.Amor: Fase instável, neste sector. Vai andar um pou-co autoritário e a querer analisar todos os passos da

pessoa amada. Cuidado! Isso trará discussões que poderão afastar pessoas que gosta. No final do mês conseguirá apaziguar os ânimos e até mesmo trazer momentos felizes para a sua vida, em geral.Trabalho: Dezembro traz momentos extremamente favoráveis, nes-te campo. Será bem sucedido em tudo o que fizer. Acautele-se com roubos ou com enganos financeiros.Saúde: Sujeito a alergias.Conselho: Seja mais calmo e não se precipite. A sua imposição pode afastar outros.

AQUÁRIO 20/1 a 18/2Carta Dominante: O Papa: sabedoria, estagnação.Amor: Algumas dúvidas e dificuldades em escolher irão predominar este mês. Há palavras que tem de saber usar nos momentos certos, pelo que os senti-

mentos devem ser clarificados. Alguns desentendimentos irão sur-gir e deixarão-no muito instável a nível emocional.Trabalho: Nova fase laboral. O mau tempo acabou e iniciará uma nova caminhada. Sem grandes entradas económicas, mas muito protegido.Saúde: Controle pequenos quistos ou nódulos.Conselho: Lute por quem ama. No entanto, deve saber avaliar os seus sentimentos e as suas ambições sentimentais. Para iniciar algo, terá de conseguir harmonizar o seu coração.

PEIxES 19/2 a 20/3Carta Dominante: A Imperatriz: abundância, fertili-dadAmor: Fase extremamente positivada. Este sector es-tará muito protegido, no entanto Peixes será posto a

provas de amor que o deixarão muito nervoso. Cuidado com ilu-sões e não se deixe enganar. Seja mais determinado e exponha o que pretende para a sua vida sentimental.Trabalho: Dezembro trará um inicio de um ciclo, extremamente próspero. A nível financeiro terá alguns golpes de sorte, mas sem ganhos avolumados.Saúde: Faça exames médicos.Conselho: “Quem vê caras não vê corações”. Não acredite em tudo o que lhe dizem. Pode ser iludido e aliciado com quem terá um inte-resse diferente do seu. Não se deixe levar pelas emoções. Deve agir mais com a cabeça, este mês.

O FUTURO AGORA!“Ultrapasse o presente, chegue ao sucesso e seja feliz.” Taróloga Cartomante Margarida FernandesContacto: 961 093 [email protected] no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernandes.blogspot.pt/

Rua de S. Francisco, 6160-052 Amieira

Telefone (00351) 272 634 151

Junta de Freguesia da Amieira (OLR)

Campanha de apoio ao comércio tradicional

Seja solidário nesta época e nas restantes, faça as suas compras no comércio tradicional

Page 23: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

Jornal de OLEiROS 232012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

Palavras Cruzadas 1Por: Paulo Freixinhohttp://palavrascruzadas-paulofreixinho.blogspot.com

HORIZONTAIS: 1 - Criadas de quarto. Insígnia eclesiástica com que os bis-pos e outros prelados cobrem a cabeça em certas cerimónias. 2 - Trindade. Lin-guagem de um povo, considerada nos seus caracteres especiais. 3 - Espaçosa. Dia anterior ao de hoje. 4 - Peça de espingarda que percute a cápsula. Variante do pronome “o”. Grupo musical organizado principalmente por estudantes. 5 - Contracção de “a” com “o”. Juntar (coisas diferentes). 6 - Incógnita (fig.). Reza. 7 - Grande dorna para a salga do atum. Existe. 8 - Parte aquosa que se separa do leite ou do sangue depois de coagulados. Atmosfera. Sinal gráfico que serve para nasalar a vogal a que se sobrepõe. 9 - Freira. Jornada. 10 - Protelara. Parce-la. 11 - Penhor. Metal precioso de cor amarela.

VERTICAIS: 1 - Avança sobre o inimigo com o objectivo de o destruir. Doen-ça respiratória. 2 - Frade que não exerce cargos superiores. Entoação. 3 - Planta herbácea da família das umbelíferas. Fazer pela vida. 4 - Estrela. Atenuar. 5 - Torne liso. Época. 6 - Terceira nota musical. Eles. Caminhava para lá. Elas. 7 - Partido. Construção alta e fortificada. 8 - Preparado para tingir. Marido da tia. 9 - Rompimento. Nome comum a várias espécies de mamíferos desdentados da América do Sul. 10 - Delicada. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de além de, muito. 11 - Gostar muito de. Espécie de olmo ou choupo da família das salicíneas.

SOLUçãO:HORIZONTAIS: 1 - Aias. Mitra. 2 - Trio. Idioma. 3 - Ampla. Ontem. 4 - Cão.

Lo. Tuna. 5 - Ao. Misturar. 6 - Xis. Ora. 7 - Atuneira. Há. 8 - Soro. Ar. Til. 9 - Ma-dre. Etapa. 10 - Adiara. Item. 11 - Arras. Ouro.

VERTICAIS: 1 - Ataca. Asma. 2 - Irmão. Toada. 3 - Aipo. Xurdir. 4 - Sol. Mi-norar. 5 - Alise. Era. 6 - Mi. Os. Ia. As. 7 - Ido. Torre. 8 - Tintura. Tio. 9 - Rotura. Tatu. 10 - Amena. Hiper. 11 - Amar. Álamo.

www.jornaldeoleiros.com

Ficha técnica

Cupão de Assinatura

q Nacional 15,00€ q Apoio (valor livre)q Europa 25,00€

Nome.................................................................................................

Morda....................................................................................................

Localidade..................................Código Postal .......... - .....................

Contr. nº. ...................................... Telefone ...................................

Data ......./............. /...................

Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante...................................

Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixo

Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643

para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643

Ass.....................................................................................................___________________________________________________________Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273

Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Presidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros • Editado por: Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www.jornaldeolei-ros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos*, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos da América • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya Tomaz • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected]

CONTACTOS ÚTEIS

• Jornal de Oleiros - 922 013 273• Agrupamento de Escolas

do concelho de Oleiros – 272 680 110

• Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170

• Centro de Saúde – 272 680 160

• Correios – 272 680 180• G.N.R – 272 682 311

Farmácias

• Estreito – 272 654 265• Oleiros – 272 681 015• Orvalho – 272 746 136

Postos de Abastecimento

• Galp (Oleiros) – 272 682 832• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037• Galp (Oleiros) – 272 682 274• António Pires Ramos

(Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

• Câmara Municipal – 272 680 130

• Piscinas Municipais/ /Ginásio – 272 681 062

• Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008

• Casa da Cultura/ /Biblioteca – 272 680 230

• Campo de Futebol – 272 681 026

• Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.

LEIA

ASSINE

E DIVULGUE

O JORNAL

DE OLEIROS

Oleiros• Papelaria JARDIM

Estreito• Café O LAPACHEIROEstreito - 6100 Oleiros

Proença-a-Nova• A/C Da Idalina de JesusAvenida do Colégio , nº 16150-410 Proença-a-Nova

• Tabacaria do centroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

Castelo Branco• Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

Ameixoeira• BIG BarEstação de Serviço Estª Nacional 238Ameixoeira - 6100 Oleiros

CovilhãExmo Senhor Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

Vila de Rei• Quiosque dos Jornais

Lisboa• Papelaria Tabacaria SampaioRua Reinaldo dos Santos, 12-C1500-505 Lisboa

Jardins da Parede• Papelaria Tabacaria Resumos DiáriosAvª das Tílias, nº 136, Lj B - Parede

Cambas (OLR)• Restaurante Café SlidePonte de Cambas

Cadaval (Vermelha) • Junta de Freguesia da Ver-melhaRua Eng. Duarte Pacheco, 13 2550-552 - Vermelha

SertãA indicar em breve.

POdE ENCONTRAR O JORNAL dE OLEIROS

Editora de Jornais, Unipessoal, Lda. Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros. telemóvel (00351) 922 013 273. email: [email protected]. www.jornaldeoleiros.com. Editamos jornais . Promovemos novos autôres.. Editamos livros e todo o tipo de impressão .

PÁgINaS de MOtIvaÇãO

Page 24: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · 2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da cla-rificação sobre a capacidade de o ... ria acabar com obras de

24 Jornal de OLEiROS 2012 nOVEMBRO / DEZEMBRO

www.creditoagricola.pt

POR MUITAS VOLTAS QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS SEMPRE AO SEU LADO.

PUBL

ICID

AD

E 06

/201

2

Semáforo

A visita de Angela Merkel a Portugal era uma oportunidade para citar este caso.

Pequena oportunidade.As operárias de Oleiros que

acrescentam qualidade e são reconhecidas como excelentes, não são suficientes para mobili-zar decisões.

O que está em causa para a Steiff é apenas mais lucro.

Para a Steiff ficar em Portugal, provávelmente, seria necessário trabalhar sem receber salários, ou salários indecorosos, inima-gináveis.

Devemos lutar ao lado de to-das as instituições que criaram condições excelentes, que ofe-receram rendas de instalações,

que bem receberam, que bem trataram a Steiff.

A Steiff, como muitas multina-cionais, é ingrata, pensa apenas nela própria.

Lamentável ■

Director

StEIff fora do programa de Merkel

A voz muito respeitada de D. Manuel Clemente, veio dar um si-nal (repetido) de alerta para a ques-tão social. Na sua voz habalizada, diz, “deixem-nos respirar...”

O povo está a sofrer muito, sem expectativas de melhoria a curto prazo, num momento em que o governo se “atrave” a referir que em 2014 o desemprego começará a baixar...

Não faz sentido. E em 2012 e em 2013? Baixará a partir de que va-lôres?

Oficialmente, o desemprego está em 15,8%, mas, sabe-se, é superior na realidade a 23% ou seja cerca de 1,4 milhões de desempregados.

Em 2014, quantos serão?

INSTITUIÇÕES MOBILIZAM-SE

. Coimbra cria restaurante solidário

. Cáritas recebe 38 pedidos de apoio por dia;. Banco Alimentar fornece géneros a 314 mil pessoas;. O Companheiro em Lisboa e a Legião da Boa Vontade disponibi-

lizam roupa;. Cascais cria restaurante solidário;. Paróquias exortam à partilha;. Em Lisboa, pejada de “sem abri-go”, com a Praça do Comércio cheia de pessoas a dormir debaixo das arcadas e com a Avenida da Liberdade pejada de alto a baixo, num cenário dantesco, que fazer?

Não é ainda a hora de acordar?Que espera o governo para dizer

à Troika que assim é impossível?Com a Alemanha e a França a en-

trarem em recessão, que se espera desta Europa e deste Euro?■

Director

Igreja sinaliza preocupações profundas