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Derecho y Cambio Social
DIREITO AO TRABALHO:
UM ESTUDO DE CASO SOBRE A TRANSIÇÃO DE JOVENS DA
UNIVERSIDADE AO MERCADO LABORAL
Simone Mota Barbosa Novais1
Unilson Gomes Soares2
Maria Célia da Silva Gonçalves3
Margareth Vetis Zaganelli4
Fecha de publicación: 08/07/2017
Sumário: Introdução- I. O mercado de trabalho: breve
revisão da literatura- II. Expectativas quanto à inserção no
mercado de trabalho de alunos em fase de conclusão de curso
superior. III. Já me formei, e agora que caminho seguir?
Considerações Finais. Referências.
1 Bacharel em Administração pela Faculdade Cidade de João Pinheiro (FCJP).
2 Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade: Universidade de Santo Amaro –
SP. Pós-graduado: Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Professor no curso de
Administração da Faculdade Cidade de João Pinheiro (FCJP).
3 Pós-doutoranda em Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Pós-doutoranda
em História pela Universidade de Évora. Doutora em Sociologia e Mestre em História pela
Universidade de Brasília - UnB. Especialista em História Pela Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Comunidade Escolar: Encontros e
Diálogos Educativos – CEEDE e do CIDEHUS.UE - Centro Interdisciplinar de História,
Culturas e Sociedades da Universidade de Évora.
4 Doutora em Direito (UFMG). Mestre em Educação (UFES). Estágios de Pós-doutorado na
Universitàdegli Studi di Milano-Bicocca (UNIMIB) e na Alma Mater Studiorum
Universitàdi Bologna (UNIBO). Professora Titular de Direito Penal e Processual Penal e de
Teoria do Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Coordenadora do
Grupo de Pesquisa Bioethik (UFES).
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Resumo: Este trabalho objetivou analisar as perspectivas e
desafios de formandos e recém graduados no processo de
transição entre a universidade e o mercado de trabalho.
Foram entrevistados concluintes e graduados de diversos
cursos em instituições de ensino no noroeste de Minas, todos
residente na cidade de João Pinheiro/MG. Objetivando
compreender o que as pessoas esperam do mercado de
trabalho, quais as dificuldades e facilidades encontradas para
se conseguir um emprego. O estudo foi realizado por meio de
uma pesquisa qualitativa, buscando entender as expectativas
acerca dessa transição, avaliando um conjunto de variáveis
pessoais e contextuais sobre a atuação profissional.
Participaram da amostra 25 jovens, que responderam a
Survey composto por perguntas fechadas e abertas. De
acordo com os resultados coletados, as pessoas estão
otimistas quanto ao seu futuro profissional, acreditando em
uma carreira promissora, mesmo diante da crise econômica
esses novos profissionais apostam na qualificação e em sua
capacidade, se sentindo seguros e preparados para atuar na
profissão da qual se formaram.
Palavras-chave: Mercado de trabalho. Formandos.
Graduados. Expectativas.
RIGHT TO WORK: A CASE STUDY ON THE
TRANSITION OF YOUNG PEOPLE FROM THE
UNIVERSITY TO THE LABOR MARKET
Abstract: This work aimed to analyze the perspectives and
challenges of graduates and recent graduates in the transition
process between the university and the labor market. We
interviewed graduates and graduates of several courses at
educational institutions in the northwest of Minas Gerais, all
of them living in the city of João Pinheiro / MG. In order to
understand what people expect from the job market, what
difficulties and facilities are available to get a job. The study
was carried out through a qualitative research, trying to
understand the expectations about this transition, evaluating a
set of personal and contextual variables on the professional
performance. Twenty-five young people participated in the
survey, who answered Survey with closed and open
questions. According to the results collected, people are
optimistic about their future career, believing in a promising
career, even in the face of economic crisis, these new
professionals are betting on their skills and ability, feeling
safe and prepared to work in the profession of which Were
formed.
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Keywords: Labor market. Graduates. Graduates.
Expectations.
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INTRODUÇÃO
O mercado de trabalho no Brasil tem se tornado cada vez mais competitivo
e a busca por qualificação profissional é vista como uma forma de se
destacar no mercado, porém se há algumas décadas o diploma de um curso
superior era garantia para uma boa colocação profissional com um emprego
bem remunerado, hoje a realidade é diferente. A transição da universidade
para o mercado de trabalho gera expectativas em meio a grande
concorrência, se tornando um momento desafiador para o recém-formado
que deverá mostrar competência para não ser apenas mais um em busca do
sucesso profissional.
Vários fatores influenciam na dificuldade em ingressar no mercado de
trabalho, dando ênfase aqui na redução do número de empregos oferecidos
bem como o crescente aumento de desemprego perante a crise do nosso
país. Conquistar um espaço no mercado de trabalho vai além de um
diploma universitário, as exigências estão sendo cada vez mais definidas
pelas empresas na hora da contratação, como experiência profissional,
competências e qualificações específicas.
Há um crescimento significativo do número de pessoas que chegam ao
ensino superior, crescendo também a demanda por uma oportunidade de
trabalho. As universidades recebem um número cada vez maior de pessoas
com faixa etária diversificada, que vão de jovens que acabaram de concluir
o ensino médio até adultos que encerram sua vida escolar há algum tempo e
resolveram retomar suas atividades acadêmicas ingressando em um curso
superior.
O ingresso no mercado de trabalho caminha por várias vertentes, com
aqueles que se veem aptos a exercer sua profissão e aqueles que ainda estão
inseguros devido ao grande número de profissionais oferecendo seus
serviços, por isso este estudo objetivou avaliar as dificuldades mais comuns
encontradas entre os entrevistados e descobrir através desta pesquisa o
melhor caminho para entrar nesta “competição” por uma oportunidade no
mercado de trabalho; analisar as expectativas dos recém-formados;
identificar as oportunidades; avaliar a satisfação com a escolha
profissional; apontar as dificuldades encontradas pelos entrevistados;
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descobrir as exigências do mercado para contratação; buscar respostas para
a causa do sucesso ou fracasso profissional.
Para muitos jovens adultos universitários, o término de um curso
superior significa a promessa de uma nova etapa de vida, marcada pelo
início do exercício da vida profissional. Contudo, um dos principais
problemas com os quais os recém-formados se deparam é a dificuldade de
ingressar no mercado de trabalho de suas profissões. O diploma
universitário era garantia para um emprego bem remunerado ou de uma boa
colocação no mercado de profissionais autônomos, há algumas décadas
atrás, atualmente, a realidade é muito diferente. O reduzido número de
postos de trabalho ofertados ao lado das inovações tecnológicas
transformaram profundamente o campo das ocupações profissionais; diante
desse cenário, o trabalhador necessita ser mais flexível, apresentando maior
repertório de habilidades e competências profissionais (Lassance & Sparta,
2003).
O presente estudo teve como tema a transição da universidade ao
mercado de trabalho: perspectivas e desafios, e seu objeto de estudo foram
jovens recém formandos dos cursos de Administração, Pedagogia e
Enfermagem de uma faculdade na cidade de João Pinheiro (MG), bem
como aqueles que ainda estão em fase de finalização do curso. Também
foram coletados dados de pessoas que já se formaram, mas que ainda não
estão atuando na área de sua formação, incluindo aqui os cursos de Direito
e Ciências Contábeis de outras instituições também situadas no noroeste de
Minas Grais com a finalidade de melhor entender como essa transição entre
universidade e mercado de trabalho, tem influenciado na vida dos recém-
formados.
O município de João Pinheiro, universo dessa pesquisa, está situado
no Noroeste do estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil. A cidade
conta com uma população de 48.179 habitantes segundo estimativa do
IBGE (2016), com área territorial 10.727.471(Km²), renda per capita é de
R$ 20.214,94 anual. Sua principal atividade econômica é o agronegócio
com destaques para a pecuária, o setor agroflorestal e sucroalcooleiro.
A presente pesquisa visou responder a seguinte problematização:
quais são as perspectivas criadas pelos universitários e os desafios
encontrados para ingressar no mercado de trabalho após a conclusão do
ensino superior? Será que todos conseguirão atuar na área escolhida? O
mercado de trabalho está preparado para receber esses novos profissionais?
Qual a exigência para se contratar um profissional com nível de ensino
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superior? Essas são perguntas que muitos graduados fazem ao terminar a
faculdade e que podem ser estudadas e discutidas.
As hipóteses iniciais dessa pesquisa apontaram que: muitas vezes não
se pode ter uma resposta exata que ajude a trilhar esse caminho com mais
coragem e determinação, mas na busca por uma vaga de trabalho alguns
fatores são extremamente significativos, como a competitividade no
mercado de trabalho que cria barreiras dificultando a inserção de novos
profissionais. A falta de experiência também conta como fator negativo na
hora da contratação, pois as empresas estão em busca de profissionais
qualificados. Uma cidade pequena dificulta a abertura de novas
oportunidades causando insegurança por parte daqueles que desejam se
destacar profissionalmente, não oferecendo plano de carreira ou de
negócios que possa contribuir para o desenvolvimento das habilidades
adquiridas durante o período de formação acadêmica. Existem ainda
aqueles que já estão inseridos no mercado e procuram ingressar em um
curso superior para não perder seu cargo, o que é visto também como um
desafio para os recém-formados.
Por outro lado, as perspectivas podem ser otimistas quando a pessoa
busca após sua formação se qualificar, adquirir experiência e se dispor a
começar “de baixo” para se chegar ao topo, sendo umas das dificuldades
encontradas no começo de uma carreira, onde o baixo salário pode ser
considerado como uma falta de reconhecimento e valorização do
profissional. As pessoas que não se preparam com antecedência e não
planejam sua carreira profissional procurando se antecipar as tendências do
mercado de trabalho, tem mais probabilidade de se frustrarem ao terminar o
curso superior. Ter objetivos para o futuro e se empenhar em realiza-los
buscando se atualizar e não esperar que o emprego bata a sua porta é um
grande passo para se alcançar o sucesso profissional e o indivíduo é visto
como responsável tanto pelo seu sucesso quanto pelo seu fracasso, pois a
conquista por um espaço vai além de um diploma e está relacionado a
características pessoais, competências e capacidade de ajustar-se a
diferentes demandas de trabalho.
A coleta de dados facilitou o entendimento relativo de várias questões
e que pode ser adquirida com a colaboração de pessoas que estão em busca
de alternativas para seu crescimento profissional, este estudo se
desenvolveu usando como metodologia a pesquisa qualitativa,
apresentando de forma descritiva os problemas encontrados pelo grupo
estudado, visto que a pesquisa pretendeu esclarecer algumas situações
quanto à dificuldade e/ou facilidade dos formandos em se inserir no
mercado de trabalho de sua área escolhida.
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De acordo com Demo
São consideradas metodologias qualitativas, por exemplo, pesquisa
participante, pesquisa-ação, história oral, observação de cariz
etnometodológico, hermenêutica, fenomenologia, levantamentos feitos com
questionários abertos ou diretamente gravados, análises de grupo, que, como
vemos, abrigam horizontes bastante heterogêneos. Em parte, define-se como
metodologias alternativas, porque buscam salvaguardar o que a metodologia
dura joga fora, por não caber no método, sendo isso por vezes o mais
importante na realidade. Advindo geralmente esse gesto da parte das
ciências sociais, existe o interesse em apanhar também o lado subjetivo dos
fenômenos, buscando depoimentos que se transformam em dados
relevantes, também oriundos de pessoas simples. (DEMO, 2000, p. 151).
Os dados foram coletados com jovens participantes escolhidos que
aceitaram contribuir com este estudo. Participaram desta pesquisa (25)
vinte e cinco pessoas do sexo masculino e feminino, que foram divididos
de acordo com os cursos acima citados.
A estratégia utilizada nesta pesquisa foi o método survey, com uma
amostra da população pinheirense incluindo acadêmicos de uma faculdade
particular situada no referido município. Com o intuito de saber das
pessoas sobre suas expectativas com relação ao fim do curso universitário e
a inserção no mercado de trabalho. A pesquisa foi realizada através de
questionário misto, formado por algumas questões fechadas e outras
questões abertas de forma que o entrevistado possa expressar sua opinião,
ponto de vista e argumentos quanto ao tema em questão.
O momento de transição entre a Universidade e o Mercado de trabalho
para muitos é motivo de dúvidas e incertezas quando se trata do caminho
que irá trilhar após a conclusão de seu curso, por isso a importância de se
retratar este tema que envolve pessoas em busca de um futuro promissor e
que muitas vezes se frustram diante das dificuldades e precisam optar por
atuar em uma área diferente de sua formação ou até mesmo buscar
colocação em outras cidades.
I. O MERCADO DE TRABALHO: BREVE REVISÃO DA
LITERATURA
O termo mercado de trabalho encontra-se na pauta dentre os principais
temas na atualidade. No presente estudo busca-se analisar o conceito de
mercado de trabalho em diferentes perspectivas, a fim de aprofundar a
discussão sobre a problemática da inserção de jovens adultos egressos das
instituições de ensino superior no mercado laboral.
1.1. Mercado de trabalho em perspectiva teórica
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Braverman (2007) faz uma comparação entre a utilização do trabalho
não humano e o trabalho humano dizendo que, pode-se obter da força de
trabalho do animal, apenas mínimas variações de trabalho concreto, e que o
trabalho humano por outro lado, é suscetível de vasta gama de atividades
produtivas devido a um entendimento que foi social e culturalmente
desenvolvido. Com essa afirmação entende-se que o homem ao contrário
do animal é capaz de exercer várias funções que lhe são atribuídas, dentro
de suas possibilidades é claro, estando sempre pronto para atuar em
diversas áreas.
Braverman afirma ainda que o homem se diferencia pelo seu potencial
intelectual.
O que distingue a força de trabalho humano é, portanto, não sua
capacidade de produzir um excedente, mas seu caráter inteligente e
proposital, que lhe dá infinita adaptabilidade e que produz as condições
sociais e culturais para ampliar sua própria produtividade, de modo que seu
produto excedente pode ser continuamente ampliado. Do ponto de vista do
capitalista, essa potencialidade multilateral dos seres humanos na sociedade
é a base sobre a qual efetua-se a ampliação do seu capital.
(BRAVERMAN, 2007, p. 58).
As habilidades do ser humano se destacam pela sua capacidade de
raciocínio o que o torna capaz de ser melhor a cada dia, buscando novas
formas de conhecimento, se destacando pessoal e profissionalmente.
Falar de mercado de trabalho a nível mundial traz sempre à tona a
questão da crise econômica, um fator que reflete diretamente na quantidade
de desempregados. Mesmo antes da crise já existia a questão do
desemprego, sendo que até os países industrializados tem convivido com
esta situação.
As inovações tecnológicas podem ser consideradas como grande
concorrente, pois irão substituir muitas profissões existentes, podendo
alcançar até os países desenvolvidos, e as estimativas quanto ao número de
vagas de trabalho são cada vez mais pessimistas, porém Jacob Gorender
pondera quanto à causa do desemprego, em seu dossiê sobre globalização.
A fim de esclarecer a questão do desemprego estrutural, é necessário
definir suas causas, bem como, aproximadamente, a hierarquia da
influência delas. Não há razão para duvidar que a tecnologia informacional
e a organização do trabalho conforme a produção enxuta são causas do
desemprego estrutural. Difícil é esclarecer o quanto cabe a cada qual desses
fatores. A introdução de dispositivos informatizados (robôs, MFCMC,
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microprocessadores, etc.) elimina postos de trabalho, porém é duvidoso que
o faça em maior proporção do que a reengenharia, o enxugamento, a
reestruturação organizacional. O fato é que seja por via da automação
eletrônica, seja por via da remodelação do layout organizativo da empresa,
os empregos somem aos milhares e aos milhões, enquanto aumenta a carga
de trabalho sobre aqueles que continuam empregados. (GORENDER,
1997, p.21).
Gorender (1997) ainda cita que “algumas indicações permitem
concluir que, ao menos nos países mais desenvolvidos, certas empresas se
excederam na introdução de inovações de automação dispensadoras de
trabalho vivo”. O que se constata é a necessidade de ter sempre a
disposição o trabalho humano, não sendo possível exercer qualquer
atividade através da máquina sem o apoio do humano, concluindo portando
que a máquina poderá facilitar e dar apoio ao operário ao invés de substituí-
lo.
A transição entre a universidade e o mercado de trabalho: perspectivas
e desafios é um tema que pode ser discutido a nível mundial dentro do
contexto de mercado de trabalho, visto que a qualificação profissional é um
grande diferencial, e que muitas vezes não é tão reconhecida e valorizada, e
que o diploma já não abre tantas portas quanto se esperava.
1.2. Mercado de trabalho no Brasil
No Brasil quando se fala em mercado de trabalho existem várias
questões envolvendo esse fator, podendo destacar o desemprego, a crise
econômica como já foi dito, a desestruturação no governo que paralisa o
desenvolvimento econômico afetando diretamente o mercado de trabalho.
Para aqueles que estão se formando e esperam se realizar
profissionalmente, as perspectivas não são as melhores e são muitos os
desafios encontrados pela maioria.
Imagine que, após longos anos de estudos árduos, você consiga
finalmente se formar na faculdade. Agora, sim, você está pronto para dar
início a uma brilhante carreira. Mas, será que existirão vagas na área em
que você deseja trabalhar? Será que pagarão bem pelos serviços de um
jovem recém-formado? Ou será que a economia passa por uma fase
recessiva, com desemprego acentuado, e você será obrigado a aceitar um
trabalho que, além de não lhe pagar a remuneração dos seus sonhos,
também não vai aproveitar seu preparo, adquirido em incontáveis horas de
aula e de estudo ao longo de anos? As respostas a essas questões não são
simples e dependerão, em grande parte, do número de vagas disponíveis e
da taxa de desemprego da economia. (PASSOS, NOGAMI, 2005, p.513).
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As discussões a respeito da dificuldade em se inserir no mercado de
trabalho não é um assunto novo, já vem a algumas décadas sendo discutido,
segundo Maia o Brasil vem sofrendo profundas alterações na estrutura do
mercado de trabalho.
Chahad (2003) enfatiza sobre importantes transições econômicas,
sociais, demográficas e tecnológicas, que interferem na evolução do
mercado de trabalho.
Observando-se a evolução recente da economia brasileira,
especialmente a partir do início da década de 90, é possível destacar um rol
de importantes transições econômicas, sociais, demográficas e
tecnológicas, com profundas implicações para a evolução do mercado de
trabalho e para as mudanças nas relações de emprego. Essas transições
devem ser entendidas como indo muito além de sua influência sobre o nível
das principais variáveis que compõem o mercado de trabalho, afetando-lhe,
também a dinâmica e as estruturas regional, setorial e ocupacional.
(CHAHAD, 2003, p.2).
As mudanças na economia brasileira têm afetado muito o mercado de
trabalho, a situação do governo influenciou e vem influenciando muito nas
relações de emprego, e isso envolve toda a estrutura do mercado.
1.3 Mercado de trabalho em João Pinheiro (MG)
O mercado de trabalho no Brasil e no mundo não tem muita
divergência de opinião no relato de alguns autores aqui citados, quando
falam da crise econômica como sendo uma das causas do desemprego e da
falta de oportunidade para se inserir no mercado após a conclusão de um
curso superior. Pode-se avaliar essa situação como sendo um problema que
vem se arrastando desde os países mais desenvolvidos e as grandes
metrópoles até chegar a cidades pequenas como é o caso da cidade de João
Pinheiro que é o universo de pesquisa deste artigo.
É uma cidade do interior que fica situada entre duas capitais, Belo
Horizonte e Brasília, tendo como principal atividade econômica o
agronegócio com destaque na pecuária, parte considerável da mão de obra
da cidade se concentra também no setor de confecções. Acredita-se que por
ser uma cidade pequena possa gerar menos oportunidades de negócios e
emprego, a cidade tem crescido bastante nos últimos anos na construção
civil, com um aumento significativo na construção de casas, prédios
residenciais, entre outros. Este aumento pode significar geração de
emprego e oportunidade para quem está atuando em áreas como:
engenharia, arquitetura, administração, contabilidade, direito, enfim, tais
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profissões são de grande valia para auxiliar na execução dessas obras que
tem ocorrido com frequência na cidade.
João Pinheiro conta também com um hospital municipal e vários PSFs
espalhados nos bairros da cidade, além de um hospital particular e várias
clinicas medicas, o que desperta também o interesse das pessoas por se
qualificar na área de saúde, com a expectativa de conseguir se realizar
profissionalmente nesta área. Outra opção de grande interesse da população
pinheirense é a área da educação, muitos procuram se graduar em cursos de
pedagogia a fim de conseguir uma colocação profissional.
A faculdade da cidade oferece vários cursos com os quais as pessoas
se identificam e começam seus estudos com a esperança de uma
oportunidade profissional que lhes garanta estabilidade, sucesso e um bom
salário, ou seja, sua independência financeira. Por isso a pesquisadora está
em busca de respostas quanto à situação desses futuros profissionais na
cidade de João Pinheiro que anseiam por um bom cargo em sua área
escolhida e ainda dialogar com aqueles que já se formaram, mas não estão
exercendo suas profissões.
Talvez seja necessário que esse tema a nível local se estenda para
outras cidades próximas a João Pinheiro, pois muitos não encontram aqui
as oportunidades que esperam e se veem obrigados a se deslocar para
outras cidades em busca de realização profissional. Mas nada do que se
retrata aqui são afirmações, mas apenas observações acerca da atual
situação econômica que atinge toda população e que carece de
investigação.
II. EXPECTATIVAS QUANTO À INSERÇÃO NO MERCADO DE
TRABALHO DE ALUNOS EM FASE DE CONCLUSÃO DE
CURSO SUPERIOR
Ao aproximar o fim de um curso superior os estudantes criam expectativas
quanto ao seu futuro profissional, alguns se sentem confiantes e
capacitados para exercer sua profissão enquanto outros ainda se mostram
inseguros. Este capítulo teve como objetivo apresentar os resultados de
formandos em fase de conclusão quanto a sua percepção frente ao mercado
de trabalho.
2.1. Perfil social dos entrevistados
A primeira pergunta objetivou saber em que curso cada entrevistado
está se formando. Nesta etapa foram distribuídos 15(quinze) questionários
divididos entre os cursos de Pedagogia, Administração e Enfermagem da
FCJP, e o curso de Direito de outra instituição.
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Distribuição dos participantes por curso:
Curso Entrevistados %
Pedagogia 04 27
Administração 05 33
Enfermagem 05 33
Direito 01 7
Total 15 100
Gráfico 1- Curso que está se formando. Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O estudo do gráfico 1 demonstrou que: 33% dos formandos
entrevistados estão cursando Administração, 33% Enfermagem, 27%
Pedagogia e 7% Direito. Os dados da pesquisa demonstraram maior
participação de alunos nos cursos de Administração e Enfermagem,
obtendo também uma participação significativa no curso de Pedagogia,
sendo que os entrevistados de tais cursos são acadêmicos da Faculdade
universo da pesquisa , facilitando a colaboração na mesma, enquanto que
no curso de Direito houve uma pequena participação, levando em
consideração que se trata de um curso pertencente à outra instituição,
havendo maior dificuldade em participar da pesquisa.
A segunda pergunta buscou informar o ano de conclusão do curso dos
15 formandos entrevistados. Apresentando o resultado da tabela abaixo:
27%
33%
33%
7%
Pedagogia
Administração
Enfermagem
Direito
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Curso Entrevistados Ano de conclusão
Pedagogia 04 2016
Administração 05 2016
Enfermagem 05 2017
Direito 01 2016
Total 15
Gráfico 2 - Ano de conclusão - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
No gráfico 2 a amostra dos formandos entrevistados apresentou um
percentual de: 67% concluindo seus estudos acadêmicos no ano de 2016 e
33% em 2017. Os dados apresentados demonstraram que neste ano de 2016
existe um número considerável de pessoas encerrando sua vida acadêmica
para entrar no mercado de trabalho.
Teixeira (2002, p.10) fala sobre o fim do curso universitário, das
experiências vividas e do que ainda está por vir, relatando que: “A
conclusão do curso universitário, portanto, implica uma reavaliação das
escolhas realizadas, das experiências vividas até o momento e também uma
antecipação do que está por vir tanto em termos profissionais como não
profissionais”.
A terceira pergunta objetivou averiguar o percentual de entrevistados
do sexo masculino e feminino em fase de conclusão de curso.
Distribuição dos entrevistados por sexo:
67%
33%
Ano - 2016
Ano - 2017
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Curso Sexo Fem. Sexo Masc. Total
Pedagogia 03 01 04
Administração 02 03 05
Enfermagem 04 01 05
Direito 01 00 01
Total 10 05 15
Gráfico 3 - Sexo dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O resultado do gráfico 3 demonstrou que: 67% dos entrevistados são
do sexo feminino e 33% do sexo masculino. Os dados da pesquisa
demonstraram uma tendência mundial de participação da mulher no mundo
acadêmico, buscando qualificação profissional para ingressar com mais
segurança no mercado de trabalho.
A quarta pergunta buscou identificar a faixa etária dos formandos
entrevistados.
Distribuição dos entrevistados por idade:
Idade Quant.
18 a 25 anos 02
26 a 33 anos 03
34 a 41 anos 04
67%
33%
Sexo Feminino
Sexo Masculino
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42 a 49 anos 03
50 a 57 anos 03
Maior 00
Total 15
Gráfico 4 - Faixa etária dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
No gráfico 4 constatou-se que: 13% dos alunos entrevistados possuem
idade entre 18 a 25 anos, 20% de 26 a 33 anos, 27% de 34 a 41 anos, 20%
de 42 a 49 anos, 20% de 50 a 57 anos e 0% maior que 57 anos. Os dados
apresentaram grande variedade no que se refere à idade dos acadêmicos,
concentrando maior percentual entre 34 a 41 anos, o que demonstrou uma
grande participação dos adultos no mundo acadêmico com intuito de
aprimorar e ampliar seus conhecimentos.
A quinta pergunta objetivou averiguar o estado civil dos formandos
entrevistados, ficando distribuído conforme a tabela e representada no
gráfico abaixo.
Estado civil Quant.
Casado 03
Solteiro 08
Divorciado 04
13%
20%
27%
20%
20%
0%
18 a 25
26 a 33
34 a 41
42 a 49
50 a 57
Maior
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Viúvo 00
Total 15
Gráfico 5 - Estado civil dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O resultado do gráfico 5 demonstrou que: 53% dos alunos
entrevistados são casados, 27% divorciados e 20% solteiros, não havendo
nenhum viúvo entre os participantes. Os dados da pesquisa demonstraram
que a maior parte dos entrevistados que estão se formando é casado,
levando a uma interpretação de que existe grande procura por qualificação
daqueles que já constituíram família, e buscam mais oportunidades no
mercado de trabalho.
A sexta pergunta tratou de informar a renda familiar dos formandos,
ficando distribuído conforme a tabela e representado no gráfico abaixo.
Renda familiar Quant.
Até 1 salário 04
De 1 a 2 salários 02
De 2 a 3 salários 04
Acima 05
Total 15
20%
53%
27%
0%
Solteiro
Casado
Divorciado
Viúvo
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Gráfico 6 - Renda familiar dos entrevistados - Fonte: Pesquisa direta, 2016.
No gráfico 6 constatou-se que: 33% dos formandos entrevistados
possuem uma renda familiar acima de 3 salários, 27% 2 a 3 salários, 27%
até 1 salário e 13% de 1 a 2 salários. Os dados da pesquisa apontaram que a
maior parte dos entrevistados possuem renda acima de 3 salários e existe
também um percentual considerável nesta amostra que ganham até 1
salário mínimo, levando em consideração esses dados é possível analisar
esses resultados como uma busca por melhoria salarial familiar desses
formandos que acreditam conseguir se destacar no mercado de trabalho
com um salário compensativo.
2.2. Avaliação quanto ao curso escolhido e as oportunidades de
trabalho
A sétima pergunta objetivou averiguar como o formando avalia o
mercado de trabalho de sua profissão, obtendo o percentual conforme o
gráfico abaixo.
Gráfico 7 - Como você avalia o mercado de trabalho de sua profissão?
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
27%
13%
27%
33% Até 1 salário
De 1 a 2 salários
De 2 a 3 salários
Acima
20%
60%
20%
0% 0%
Muito bom
Bom
Razoável
Ruim
Muito ruim
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O estudo do gráfico 7 demonstrou que: 20% dos formandos avalia o
mercado de trabalho de sua profissão como sendo razoável, 20% muito
bom e 60% bom. Estes dados demonstraram que grande parte dos
entrevistados considera o mercado de trabalho bom, o que leva a crer que
as pessoas ainda não têm uma visão tão positiva quanto à empregabilidade
na profissão para a qual está se formando.
A oitava pergunta tratou de descobrir junto aos formandos quais são
as oportunidades de exercer sua profissão após o término de seu curso.
Gráfico 8 - Quais são as oportunidades de exercer sua profissão após o término de seu
curso?
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
No gráfico 8, a opinião dos formandos dividiu-se em: 7% que veem
pouca oportunidade em exercer sua profissão, 20% já exerce a profissão de
seu curso, 20% veem grandes oportunidades, 20% muito grandes e 33%
acreditam que são médias as oportunidades. Os dados da pesquisa
demonstraram uma divisão bem equilibrada de opinião quanto à visão de
oportunidades com a profissão escolhida onde se vê um bom percentual
que já exerce sua profissão, podendo analisar isso como uma forma de
buscar mais conhecimento e aperfeiçoamento.
A nona pergunta buscou investigar junto ao formando como é avaliada
a faculdade no papel de prepará-lo para o mercado de trabalho.
20%
20%
33%
7%
0%
20%
Muito grandes
Grandes
Médias
Poucas
Nenhuma
Já exerço a profissão do meucurso
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Gráfico 9 - Como você avalia a faculdade no seu papel de prepará-lo para o mercado de
trabalho?
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O estudo do gráfico 9 constatou que: 27% dos formandos
entrevistados consideram a faculdade ótima, 40% muito boa, 6% boa, e
27% consideram a faculdade regular no papel de prepará-lo para o mercado
de trabalho. Os dados apresentados revelaram que a maioria dos formandos
considera a faculdade importante quando se trata de formar profissionais e
prepará-los para iniciar sua carreira profissional.
A décima pergunta objetivou analisar junto aos formandos o que é
mais importante para conseguir um lugar no mercado de trabalho em sua
opinião.
Gráfico 10 - Em sua opinião o que é mais importante para conseguir um lugar no
mercado de trabalho? Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
27%
40%
6%
27%
0% 0%
Ótima
Muito boa
Boa
Regular
Ruim
Muito ruim
20%
60%
6%
7% 7%
Experiência profissional
Qualificação profissional
Um bom currículo
Diploma
Influência profissional e pessoal
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Os resultados do gráfico 10 demonstraram que: 20% dos formandos
acreditam ser a experiência profissional o mais importante, 60% acreditam
que seja a qualificação profissional, 6% acham mais importante um bom
currículo, 7% acreditam que o diploma seja o mais importante e 7% acham
que a influência profissional e pessoal é o mais importante para conseguir
um lugar no mercado de trabalho. Os dados apresentaram um grande
número de formandos que acreditam na qualificação profissional como
sendo o fator mais importante na busca por um lugar no mercado de
trabalho e tendo grande importância também à experiência profissional, o
que levou a uma análise bem objetiva e clara de que experiência e
qualificação têm um grande papel na vida profissional e que as pessoas
devem estar sempre em busca de aprimoramento de forma a enriquecer
cada vez mais seu conhecimento.
2.3. Resultado das expectativas dos entrevistados à cerca do
mercado de trabalho
Os resultados descritivos deste estudo nos mostraram que os
formandos participantes apresentaram expectativas positivas quanto ao
ingresso no mercado de trabalho após o término da faculdade. A maioria
respondeu que se sente preparada para trabalhar na profissão do curso que
está se formando. Quanto às perspectivas para entrar no mercado os
entrevistados se mostraram bastante otimistas, afirmando que são as
melhores possíveis, pois acreditam que a qualificação e a busca por
oportunidades é um meio de se alcançar o sucesso, basta ter força de
vontade e dedicação, outros já tem poucas perspectivas devido ao fato de
ser um mercado muito disputado e acreditam que encontrarão dificuldades
diante da grande concorrência. Frente aos desafios, muitos consideram que
a competitividade, a concorrência, a falta de experiência, a falta de
oportunidade são os maiores desafios e veem a qualificação, a
especialização e a atualização constante como uma maneira de enfrentar
esses obstáculos. Ainda que a atual situação do país tenha causado
insegurança devido ao baixo crescimento econômico e o alto nível de
desemprego, e também devido ao grande número de profissionais que são
lançados no mercado a cada ano aumentado assim a concorrência por uma
vaga de trabalho, é surpreendente o otimismo apresentado pelos formandos,
que consideram boas as chances de ingressar no mercado de trabalho após
o término de seu curso.
A visão que se tem, é de que as pessoas estão se conscientizando cada
dia mais da importância em buscar conhecimento e aplicá-lo onde quer que
seja, embora exista a crise as pessoas acreditam que dias melhores virão e
que ficar parado esperando esta crise passar não levará ninguém a
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conquistar um lugar no mercado de trabalho, pois somos os únicos
responsáveis por nosso sucesso ou fracasso, e ainda que a situação não
esteja favorável, cabe a cada um buscar seu lugar de destaque, o desafio é
fazer a diferença, e fazer a diferença é querer o melhor, desejar ser o
melhor, oferecendo o melhor serviço, disseminando conhecimento, sendo o
melhor profissional em sua área. Quem está no topo não é aquele que usou
as pessoas como degrau, mas aquele que sabe caminhar lado a lado,
dividindo experiências e se alimentando de conhecimento. Neste processo
de transição existe o medo do desconhecido, e quando já se conhece existe
o medo da frustração, de não se atingir o objetivo desejado, o retorno dos
anos dedicados ao estudo, à especialização, a qualificação, o medo do não
reconhecimento, mas uma boa dose de confiança e autoestima pode ser
uma alternativa para enfrentar esse mercado tão competitivo e no qual esses
e vários outros formandos pretendem se inserir.
De acordo com os estudos de Teixeira e Gomes sobre a perspectiva de
jovens formandos, eles relatam em seu artigo que:
O momento de transição é caracterizado pela expressão de
expectativas otimistas quanto à possibilidade de ingresso no mercado de
trabalho. Tais expectativas são alimentadas pela crença de que, para quem é
competente e esforçado, sempre haverá trabalho. O sentimento de
competência profissional é, portanto, um dos elementos essenciais que
qualificam a experiência de transição. [...]. É com base em suas crenças de
eficácia que as pessoas escolhem os desafios a enfrentar, decidem quanto
esforço estarão dispostas a despender e também o quanto irão perseverar
em face de obstáculos. Quanto mais forte o senso de eficácia menor tende a
ser a vulnerabilidade do indivíduo em situações de estresse e depressão e
maior a resiliência em situações adversas. (TEIXEIRA; GOMES, 2004,
p.16).
Os autores descrevem em seu artigo sobre reflexões e perspectivas dos
Universitários, a mesma ideia apresentada pelos formandos participantes
deste estudo, de que a competência profissional é relevante nesse processo
de transição e que as pessoas é que escolhem onde querem chegar e os
desafios que pretendem enfrentar.
III. JÁ ME FORMEI, E AGORA... QUE CAMINHO SEGUIR?
Muitas pessoas que concluem um curso superior nem sempre atuam na área
da qual se formou, ou porque não conseguiram uma oportunidade ou
porque não se identificaram com o curso escolhido para exercer tal
profissão. Este item objetivou investigar junto aos graduados nos cursos de
Administração, Enfermagem, Direito e Ciências Contábeis, como eles
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veem o mercado de trabalho, sendo que o ano de formação variou entre os
anos de 2009 a 2015, podendo extrair dos mesmos, informações
relacionadas à sua atuação como profissional no mercado desde sua
formação até os dias de hoje. Os entrevistados concluíram seu curso em
universidades localizadas no noroeste de Minas Gerais.
3.1. Perfil social dos entrevistados
A primeira pergunta objetivou saber qual a graduação de cada
entrevistado, onde oito pessoas participaram desta pesquisa.
Gráfico 11 - Curso que se formou? Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
Os resultados do gráfico 11 demonstraram um percentual de: 37% que
se formaram em Ciências Contábeis, 25% em Administração, 13% em
Enfermagem e 25% em Direito. Os dados da pesquisa apresentaram um
número maior de entrevistados que se formaram em Ciências Contábeis,
ficando os cursos de Administração e Direito com percentual igual, e um
pequeno percentual em Enfermagem.
A segunda pergunta tratou de averiguar junto aos entrevistados o ano
em que concluíram seu curso.
37%
25%
13%
25%
Ciências contábeis
Administração
Enfermagem
Direito
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Gráfico 12 - Ano de conclusão dos entrevistados. Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O gráfico 12 demonstrou que: 12% concluíram seu curso em 2009,
12% em 2010, 38% em 2011, 13% em 2012 e 25% em 2015. Os dados da
pesquisa demonstraram que houve um número maior de graduados no ano
de 2011, prontos para entrar no mercado de trabalho, e em 2015 outro
percentual significativo também entrava nessa disputa por uma carreira
profissional.
A terceira pergunta objetivou averiguar o percentual de entrevistados
do sexo masculino e feminino que participaram desta pesquisa.
Gráfico 13 - Sexo dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O estudo do gráfico 13 demonstrou que: 62% dos entrevistados são do
sexo feminino e 38% do sexo masculino. Os dados apresentaram maior
número de mulheres buscando qualificação através de um curso superior,
para se destacarem no mercado de trabalho.
12%
12%
38%
13%
25% Ano - 2009
Ano - 2010
Ano - 2011
Ano - 2012
Ano - 2015
62%
38%
Sexo Feminino
Sexo Masculino
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A quarta pergunta buscou identificar a faixa etária dos entrevistados.
Gráfico 14 - Faixa etária dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
No gráfico 14 constatou-se que: 37% dos entrevistados têm entre 18 a
25 anos, 50% tem entre 26 a 33 anos e 13 % tem entre 34 a 41 anos. Os
dados da pesquisa demonstraram que a maioria dos entrevistados que já se
formaram são jovens adultos com idade entre 26 a 33 anos.
A quinta pergunta objetivou saber o estado civil de cada entrevistado
Gráfico 15 - Estado civil dos entrevistados - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
Os dados apresentados no gráfico 15 demonstraram que: 62% dos
entrevistados são solteiros e 38% casados. Os dados indicaram que a
maioria das pessoas está procurando primeiro terminar um curso superior
para depois assumirem o compromisso de formar uma família, e existem
37%
50%
13%
0% 0% 0%
18 a 25
26 a 33
34 a 41
42 a 49
50 a 57
Maior
62%
38%
0% 0%
Solteiro
Casado
Divorciado
Viúvo
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também muitos jovens que já saem do ensino médio e ingressam em uma
faculdade, terminando assim o curso superior ainda muito jovem.
A sexta pergunta objetivou informar a renda familiar dos
entrevistados, ficando distribuída conforme o gráfico abaixo.
Gráfico 16 - Renda Familiar - Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O resultado do gráfico 16 demonstrou que: 25% possui renda familiar
de dois a três salários e 75% acima de três salários, não havendo nenhum
percentual para as outras opções. Os dados da pesquisa apresentaram maior
renda acima de três salários, tratando-se de renda familiar, muitos sonham
com um padrão de vida melhor ou necessitam aumentar sua renda, o que
leva as pessoas a procurarem por um curso superior que lhes proporcione
maior conhecimento e traga mais oportunidades de trabalho que ofereça
uma remuneração mais significativa.
3.2. O caminho para o mercado de trabalho
A sétima pergunta objetivou saber do entrevistado como o mesmo
avalia o mercado de trabalho de sua profissão, obtendo os resultados
representados no gráfico abaixo.
0% 0%
25%
75%
Até 1 salário
De 1 a 2 salários
De 2 a 3 salários
Acima
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Gráfico 17 - Como você avalia o mercado de trabalho de sua profissão
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O estudo do gráfico 17 demonstrou que: 62% dos entrevistados
consideram bom o mercado de trabalho de sua profissão, 13% razoável e
25% consideram ruim. Os dados da pesquisa apontaram para um grande
número de pessoas que ainda veem boas oportunidades para atuarem na
profissão do curso que se formaram, mas existe um percentual significativo
de pessoas que não tem uma avaliação positiva para a profissão que
escolheu.
A oitava pergunta analisou junto aos entrevistados quais são as
oportunidades de exercer sua profissão após o término de seu curso,
conforme representado abaixo:
Gráfico 18 - Quais são as oportunidades de exercer sua profissão após o término de seu
curso?
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
0%
62% 13%
25%
0%
Muito bom
Bom
Razoável
Ruim
Muito ruim
25%
12%
25%
25%
0% 13%
Muito grandes
Grandes
Médias
Poucas
Nenhuma
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Os dados do gráfico 18 apontaram que: 25% dos entrevistados
acreditam serem muito grandes as oportunidades, 12% grandes, 25%
médias, 25% poucas oportunidades, e 13% afirmam que já exercem a
profissão de seu curso. Diante dos dados apresentados foi possível verificar
que a visão dos entrevistados está bem dívida e que apenas uma pequena
porcentagem dos que já se formaram exerce a profissão do curso escolhido
e mesmo havendo um percentual considerável de pessoas que veem poucas
oportunidades, existem também aqueles que acreditam que ainda poderão
exercer a profissão da qual se formou, demonstrando que no mercado de
trabalho há sempre um lugar para quem corre atrás das oportunidades.
A nona pergunta tratou de investigar como o entrevistado avalia a
faculdade no seu papel de prepará-lo para o mercado de trabalho, obtendo
as respostas apresentadas no gráfico abaixo:
Gráfico 19 - Como você avalia a faculdade no seu papel de prepará-lo para o mercado de
trabalho?
Fonte: Pesquia Direta, 2016.
O gráfico 19 demonstrou que: 12% dos entrevistados avaliam como
ótima a faculdade, 12% muito boa, 38% boa e 38% avaliam como regular a
faculdade no seu papel de prepará-lo para o mercado de trabalho. Os dados
da pesquisa demonstraram um grau de satisfação positivo quanto à
faculdade, podendo levar em consideração que a bagagem que o acadêmico
recebe durante o período de formação é rica em conteúdo e não depende
somente da instituição, que tem um importante papel, oferecendo cursos de
qualidade e profissionais capacitados para formar novos profissionais,
porem o que conta na verdade é o papel do indivíduo quando decide
12%
12%
38%
38%
0% 0%
Ótima
Muito boa
Boa
Regular
Ruim
Muito ruim
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escolher por um curso superior, pois um grande profissional absorve aquilo
que recebe e busca fazer o melhor onde quer que esteja.
A décima pergunta objetivou averiguar o que é mais importante para
conseguir um lugar no mercado de trabalho na opinião dos entrevistados.
Gráfico 20 - Em sua opinião o que é mais importante para conseguir um lugar no
mercado de trabalho?
Fonte: Pesquisa Direta, 2016.
O resultado do gráfico 20 demonstrou que: 37% dos entrevistados
acreditam que a experiência profissional seja o mais importante, 50%
acreditam ser a qualificação profissional e 13% acreditam que a influência
profissional e pessoal seja o mais importante para se conseguir um lugar no
mercado de trabalho. Os dados da pesquisa apontaram que metade dos
entrevistados tem a qualificação profissional como um dos fatores mais
importantes para entrar no mercado de trabalho, esta qualificação pode ser
entendida como uma busca por mais conhecimento, atualização e
capacitação, que aliados à experiência profissional fazem a diferença ao
entrar neste mercado tão competitivo.
3.4. Relatos sobre a formação e a profissão
Os resultados relatados neste estudo evidenciaram que dos
participantes que já possuem graduação, a metade se sente preparado para
exercer a profissão na qual se formou e afirmam que obtiveram na
faculdade uma boa base teórica bem como o estágio que proporcionou
experiência e ajudou a aprofundar seus conhecimentos. A outra parte dos
participantes não se sente preparada para exercer a profissão, pois nunca
atuaram na área da qual se formaram e afirmam que se sentem
37%
50%
0%
0%
13% Experiência profissional
Qualificação profissional
Um bom currículo
Diploma
Influência profissional epessoal
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desatualizados, e alguns encontraram oportunidade em outras áreas,
portanto não se veem qualificados para exercer a profissão. E os que se
veem preparados, tem como perspectivas maior ganho financeiro, o
crescimento pessoal e profissional, e acreditam que há um leque de
possibilidades. Para aqueles que não se sentem preparados não há
perspectivas, devido à falta de oportunidade, qualificação e experiência, e
ainda que estejam atuando em outras áreas alguns não descartam a
possibilidade de trabalhar na profissão da qual se formou. Os desafios
encontrados para ingressar neste mercado competitivo segundo os
entrevistados é a inexperiência frente aqueles que já estão no mercado há
mais tempo, a falta de oportunidade em mostrar serviço após o término do
curso, a deslealdade profissional, a concorrência e principalmente a
qualificação e atualização de mercado.
Muitas pessoas se formam e se sentem perdidas, para aqueles que
saem da faculdade e já tem um norte a seguir pode não ser tão complicado,
pois já atuam em uma área especifica de seu curso ou já vem estudando o
mercado, como forma de garantir uma vaga em sua profissão, mas para
outros a direção a seguir ainda não está bem definida, o que dificulta a
inserção no mercado, o que acontece é que para essas pessoas o caminho às
vezes tenha sido mais difícil e muitas vezes buscam oportunidades em
outra área que não seja de sua formação, criando certa frustração e
incerteza. O que foi exposto neste item relatou opiniões bem divididas
quanto a atual vida profissional dessas pessoas que já possuem uma
formação, e percebeu-se que muitos não se identificaram com o curso
escolhido e optaram por atuar em outra profissão, enquanto alguns já
saíram da faculdade com o propósito de exercer a profissão e assim o
fizeram. Portanto, é possível analisar essas questões como uma forma de
identificação da pessoa com o curso escolhido e a profissão exercida, um
bom profissional busca as oportunidades de acordo com sua capacidade em
lidar com aquilo que vai lhe proporcionar não somente um expressivo
ganho financeiro, mas o bem-estar e a certeza de ter escolhido a profissão
certa.
Teixeira se expressa da seguinte maneira:
Por fim a decisão de carreira deve estar associada à percepção de cada
indivíduo acerca das suas possibilidades pessoais de conseguir um trabalho
satisfatório dentro da sua profissão. A expectativa de boas oportunidades de
trabalho deve atuar como um elemento facilitador do processo de decisão,
pois o indivíduo não necessitaria ajustar seu projeto às demandas do
mercado de trabalho, podendo optar por um caminho profissional levando
em consideração primordialmente os seus interesses pessoais. (TEIXEIRA,
2002, p. 40).
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Entende-se, portanto que a decisão de carreira deve ser uma escolha
pessoal baseada não necessariamente na escolha do curso universitário,
mas que seja uma decisão acertada que prime pelos interesses pessoais,
pois a atividade laboral deve estar ligada a vocação, ao dom e a habilidade
em executar algo. Uma carreira bem definida traz benefícios não somente
para a pessoa interessada, envolve toda população que é capaz de
identificar um profissional que buscou por algo que o realizasse
profissional e pessoalmente, transferindo às pessoas ao seu redor,
segurança, confiança, carisma, competência e acima de tudo
profissionalismo. Vivemos em um mundo onde o respeito pelo ser humano
deixou de ser um fator primordial, muitos profissionais usam sua formação,
seu título de profissional como um troféu valorizando apenas e somente o
retorno financeiro. É admirável assistir a atuação de um profissional que
exerce sua função por amor, dedicação, desempenho, a necessidade de
fazer sempre o melhor é visível, e o trabalho se torna algo gratificante
ainda que seja exaustivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo visou analisar os desejos e expectativas dos recém-formados
quanto a sua vida profissional, e avaliar a trajetória que vem percorrendo
aqueles que já se formaram a algum tempo, extraindo informações quanto a
relação com o curso de formação e a atual profissão exercida. Muitos
formandos têm boas perspectivas de trabalho e acreditam que adquiriram
na faculdade uma base teórica satisfatória para mostrar na prática seus
conhecimentos, acreditando que já poderão exercer sua profissão com
segurança e qualidade, e apostam no aperfeiçoamento e constante
atualização como sendo um fator essencial para se manter neste mercado
tão competitivo, as ideias de quem se formou e está atuando no mercado,
não se divergem muito, visto que muitos já saíram da faculdade e se
inseriram no mercado de sua profissão e tem o desejo de se destacarem
como grandes profissionais, confirmando junto aqueles que estão entrando
agora que podem sim apostar em sua capacidade, e não desanimar diante
dos desafios, para que agarrem as oportunidades.
O mercado nem sempre é favorável em relação às oportunidades, que
para muitos é uma questão de sorte e quando se deparam com certo grau de
dificuldade preferem buscar outros meios, o que de acordo com os relatos
deste estudo levou muitos graduados a optarem por outra profissão, se
identificando mais em outras áreas, não desvalorizando o curso que
escolheram, sendo apenas uma questão de opção. E mesmo diante da crise
que vem acompanhada do desemprego, as pessoas não estão pessimistas,
acreditando que o mercado de trabalho esteja de portas abertas para receber
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novos profissionais e que as exigências estão de acordo com a capacidade e
a determinação de cada um que deseja se destacar profissionalmente.
Existem ainda muitas pessoas desacreditadas quando se fala em conseguir
um emprego após a formação em um curso superior, o que não foi o caso
dos resultados obtidos neste estudo, que apresentou um parecer positivo
dos participantes.
Por fim, este foi um estudo limitado que não teve a pretensão de
estabelecer conclusões ou ditar regras para toda uma população de
concluintes ou graduados, que pretendem se inserir no mercado de
trabalho, mesmo porque se obteve uma pequena amostra da população,
considerando, portanto que outros estudos se fazem necessários, para que
seja possível uma análise mais aprofundada abrangendo diferentes
contextos e ampliando as propostas aqui apresentadas.
Diante de tantos desafios na transição universidade-mercado laboral,
as instituições de ensino superior devem assumir cada vez mais como
protagonismo de política educacional, a criação de uma estrutura de
informação sobre a dinâmica do mercado de trabalho que possa ser uma
referência para as decisões institucionais e os projetos profissionais dos
graduandos (neste sentido, Gazo-Figuera 1996).
Em um cenário cada vez menos promissor, os futuros profissionais,
recém egressos das instituições de ensino superior, devem buscar
qualificação, mantendo-se atualizados, pois a busca constante do saber é
que enriquece e qualifica o ser humano.
A persistência e a resistência fortalecem no momento em que surgem
os desafios, e o mais importante é acreditar na capacidade de ser o melhor,
aproveitando as oportunidades para mostrar trabalho e se destacar na
profissão escolhida. O mercado carece de bons profissionais, por isso, esse
é o momento de fazer a diferença, a hora é agora.
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