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ASSOCIADOS SÃO NOTÍCIA E mais: foi agraciado com a mais alta comenda concedida pelo Governo do Estado de Minas Stanley Gerais: a medalha da Inconfidência, destinada àqueles que se distingam, em Minas, “pela notoriedade de seu saber, cultura e relevantes serviços à coletividade”. A cerimônia deu-se no significativo dia 21 de abril na cidade Ouro Preto. Mais sobre o assunto em matéria a seguir, página 4 deste boletim. Carlos Eduardo Barata, no dia 25 de abril, em conjunto com o Prof. Fernando Artur Brasil Danziger, do Coppe e da Escola Politécnica da UFRJ, proferiu palestra técnica no Clube de Engenharia, sobre o tema “A intrigante história das fundações da Igreja N. Srª da Candelária do Rio de Janeiro”. em estada em Florianópolis-SC, reuniu-se no dia 21 de março com um grupo de Regina Cascão, associados do a convite do presidente Fernando Instituto Genealógico de Santa Catarina, Machado A notícia do evento foi divulgada antes e reportada depois de acontecer, no Grupo . Genopapo, excelente via de comunicação do INGESC na rede social FaceBook. teve seu trabalho “Langendorfer – os carreteiros de São Gabriel” Stanley Savoretti de Souza divulgado e elogiado no blog da cidade de S. Gabriel – RS. Apesar de ser publicação de 06.11.2018, somente agora chegou ao conhecimento do confrade. A matéria é “A saga dos Langendorf”, antiga família na tradicional atividade de carroceiro pelas estradas do Rio Grande do Sul” exatamente o tema do livro de Stanley, e merece ser lida por quem se interessa pelo RS, sua gente e sua genealogia. Vejam em http://vivasaogabriel.blogspot.com/2018/11/a-saga-dos-langendorf.html CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 01 Ano XXXII - Nº 148 - mar/abr 2019 Diretor Responsável: Leila Ossola NOTÍCIAS DO CBG Novos associados – O CBG dá as boas vindas aos novos associados aprovados pela Diretoria para integrar o Quadro Associativo. São eles os Colaboradores: , Flávio Mário de Carvalho Junior Rafael Thiago Farias Bastos Rogerio Almeida Manso da Costa Reis , – do Rio de Janeiro, RJ e o antigo associado de 1990 que esteve afastado e agora retorna, – de Brasília, DF. Tarcizio Dinoá Medeiros Biblioteca – AVISO IMPORTANTE Desde o início do ano, vimos recebendo volumes para adicionar ao nosso acervo. Sempre lutando contra a falta de espaço físico para guarda (quem conhece o local sabe quão exígua é a área onde o Colégio funciona, funcionamento este só possível pela gentileza do IHGB na cessão), o CBG atualmente providencia a reorganização do espaço existente e a criação de novos espaços, razão pela qual não comunica aqui outros livros já recebidos, ainda não entronizados na biblioteca. Em breve tudo estará normalizado, assim esperamos. Por isso, é importante informar aos novos associados e recordar aos antigos que o cumprimento do item b do Art. 12 do Estatuto em vigor a obrigação do associado em "doar à biblioteca um exemplar das publicações de sua autoria nas áreas de interesse do Colégio” deverá se ater a obras eminentemente genealógicas ou que tenham, em seu conteúdo, bem mais de 50% de dados genealógicos. Registramos nossos sinceros agradecimentos aos que enviaram volumes de sua autoria ou de outrem, para ampliar o acervo de nossa biblioteca. São os seguintes os livros registrados no período:

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ASSOCIADOS SÃO NOTÍCIA

E mais: foi agraciado com a mais alta comenda concedida pelo Governo do Estado de Minas StanleyGerais: a medalha da Inconfidência, destinada àqueles que se distingam, em Minas, “pela notoriedade de seu saber, cultura e relevantes serviços à coletividade”. A cerimônia deu-se no significativo dia 21 de abril na cidade Ouro Preto. Mais sobre o assunto em matéria a seguir, página 4 deste boletim.

• Carlos Eduardo Barata , no dia 25 de abril, em conjunto com o Prof. Fernando Artur Brasil Danziger, do Coppe e da Escola Politécnica da UFRJ, proferiu palestra técnica no Clube de Engenharia, sobre o tema “A intrigante história das fundações da Igreja N. Srª da Candelária do Rio de Janeiro”.

• em estada em Florianópolis-SC, reuniu-se no dia 21 de março com um grupo de Regina Cascão, associados do a convite do presidente Fernando Instituto Genealógico de Santa Catarina, Machado A notícia do evento foi divulgada antes e reportada depois de acontecer, no Grupo . Genopapo, excelente via de comunicação do INGESC na rede social FaceBook.

• teve seu trabalho “Langendorfer – os carreteiros de São Gabriel” Stanley Savoretti de Souza divulgado e elogiado no blog da cidade de S. Gabriel – RS. Apesar de ser publicação de 06.11.2018, somente agora chegou ao conhecimento do confrade. A matéria é “A saga dos Langendorf”, antiga família na tradicional atividade de carroceiro pelas estradas do Rio Grande do Sul” exatamente o tema do livro de Stanley, e merece ser lida por quem se interessa pelo RS, sua gente e sua genealogia. Vejam em http://vivasaogabriel.blogspot.com/2018/11/a-saga-dos-langendorf.html

CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 01

Ano XXXII - Nº 148 - mar/abr 2019Diretor Responsável: Leila Ossola

NOTÍCIAS DO CBG

• Novos associados – O CBG dá as boas vindas aos novos associados aprovados pela Diretoria para integrar o Quadro Associativo. São eles os Colaboradores: , Flávio Mário de Carvalho Junior Rafael Thiago Farias Bastos Rogerio Almeida Manso da Costa Reis, – do Rio de Janeiro, RJ e o antigo associado de 1990 que esteve afastado e agora retorna, – de Brasília, DF.Tarcizio Dinoá Medeiros

• Biblioteca – AVISO IMPORTANTE

Desde o início do ano, vimos recebendo volumes para adicionar ao nosso acervo. Sempre lutando contra a falta de espaço físico para guarda (quem conhece o local sabe quão exígua é a área onde o Colégio funciona, funcionamento este só possível pela gentileza do IHGB na cessão), o CBG atualmente providencia a reorganização do espaço existente e a criação de novos espaços, razão pela qual não comunica aqui outros livros já recebidos, ainda não entronizados na biblioteca. Em breve tudo estará normalizado, assim esperamos.

Por isso, é importante informar aos novos associados e recordar aos antigos que o cumprimento do item b do Art. 12 do Estatuto em vigor a obrigação do associado em "doar à biblioteca um exemplar das publicações de sua autoria nas áreas de interesse do Colégio” deverá se ater a obras eminentemente genealógicas ou que tenham, em seu conteúdo, bem mais de 50% de dados genealógicos.

Registramos nossos sinceros agradecimentos aos que enviaram volumes de sua autoria ou de outrem, para ampliar o acervo de nossa biblioteca. São os seguintes os livros registrados no período:

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02 • CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019

LANÇAMENTO

• Genea – Revista de Genealogia Capixaba, II Francisco José da Sslva Coutinho, por Allysson Carlos Pereira Pinto; Alegre-ES – Livro I de Casamentos (1862-1887), por

Diogo Andrade França; A descendência do açoriano Pedro de Vargas – por Maria Lucia Machens; As seis ilhoas – por Paulo Stuck Moraes.

• José Freire de Lima – sua genealogia, sua trajetória – de Marinalva Freire da Silva, Maria das Graças Madruga da Silva e Espedito Madruga Freire, doação de Adauto Ramos.

José Freire de Lima, paraibano nascido em Caldas Brandão a 31 de dezembro de 1912.

• Revista do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica , nº 20, 2018 Destaque para Minhas raízes seridoenses – apanhados genealógicos, por Edinaldo Cordeiro Pinto Junior; Alcides Vieira

Carneiro – raízes princesenses – por Francisco de Carvalho Florêncio; Leon Clerot: um ser múltiplo em terra tabajara – sua prole (aumentado e atualizado) – por Maria do Socorro Xavier.

Ocorreu no dia 5 de abril, às 18h, na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, o lançamento de “JUDEUS – Os Navarros de Lagoaça”, mais uma obra do confrade António Maria de Assis, desta vez em parceria com o pesquisador e genealogista Luís Filipe de Campos. O livro tem prefácio do Prod. Dr. Adriano Moreira e apresentação do Prof. Dr. António de Sousa Lara, também associado Correspondente do CBG.

Com base na sinopse divulgada, vemos que na obra, de 4 volumes, são percorridas dezessete gerações de uma família estabelecida em Trás-os-Montes, que se origina de um casal de cristãos-novos que, oriundos de terras castelhanas por força do édito dos Reis Católicos, se estabeleceu na vila de Mogadouro, a poucas dezenas de quilómetros da fronteira com o país vizinho. Ali se dedicaram ao negócio de solas e tiveram ofícios de rendeiros e lavradores. A partir deste centro geográfico, os primeiros ramos estabelecem-se em freguesias próximas – Vilarinho dos Galegos e Lagoaça –, a partir das quais surgem os diferentes ramos em estudo. No presente trabalho aborda-se um conjunto de famílias, ligadas entre si por um antepassado comum, que são reputadas em diferentes campos da sociedade e da história nacionais.

OUTRAS NOTÍCIAS

Family Search entrega imagens de documentos digitalizadoscustodiados pelo Arquivo Público do Estado da Bahia

A instituição Family Search trabalha em mais de 200 países. No Brasil, desde 1974, microfilma e digitaliza registros civis custodiados pelo Arquivo Nacional e demais Arquivos Públicos Estaduais brasileiros. Além de Arquivos do Poder Judiciário e de Arquivos Diocesanos da Igreja Católica.

Foram entregues no dia 20 de fevereiro, 7 HDs com imagens de documentos digitalizados custodiados pelo Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). A iniciativa é resultado do Termo de Cooperação firmado entre a Fundação Pedro Calmon (FPC) e o Family Search.

A cooperação com a instituição americana objetiva qualificar a preservação e o acesso ao acervo documental custodiado pelo APEB. De acordo com a diretora do APEB, Tereza Matos, “foram digitalizados conjuntos documentais dos períodos colonial, monárquico e do início da república, como por exemplo dossiês sobre irmandades, registros de chegadas e saídas de escravos, como também livros de registros de nascimento, casamento e óbito”.

As imagens dos documentos deverão ser disponibilizadas para consulta no site da Fundação, ao longo do primeiro semestre de 2019. Assim como no site da Family Search.

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CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 03

Leticia Muniz, neta de Walter, foi a responsável por contatar o Instituto Histórico e Geográfico de Lages, responsável pela curadoria técnico-científica, e o Museu Thiago de Castro, que fará a guarda, conservação e disponibilização do acervo ao público. Muita coisa ainda será identificada por conta do estado de conservação e da ação do tempo nos documentos, o que resultou na fragilidade dos papéis.

Um deles, datado de 1848, trata de "Actas das Sessoens do Jury Lages". Outro, sem identificação do conteúdo, dá conta de registros de reuniões no período de 1829 a 1836. Há, ainda, o diploma do curso de Direito de Joaquim Fiuza de Carvalho, de 1864, e livros contando a história de vereanças a partir de 1771. Outro documento que chama a atenção trata do discurso de Octacilio Costa (grafia do documento), feito no Rio de Janeiro, em 1949, com o título "Anita Garibaldi. Heroína de Dois Mundos". Além desses, existem documentos que discorrem sobre fatos da história de Santa Catarina, a genealogia de personalidades como Nereu Ramos e alguns religiosos.

Para o juiz Silvio Orsatto, muita informação virá à tona nos próximos cinco anos. "Hoje, a tecnologia nos permite recuperar essas raridades. Lages recebe um importantíssimo presente com o material que vai resgatar essa memória". Uma equipe técnica do Museu Thiago de Castro e historiadores farão a higienização, catalogação e digitalização do acervo para disponibilizá-lo ao público. Ainda não há prazo para que isso ocorra.

Um guardado de três gerações

Leonida Krieger se casou com Walter aos 25 anos. Além de companheira de vida do historiador, ela foi a principal incentivadora do marido em suas pesquisas sobre genealogia e história de Lages. Depois de 22 anos de união baseada em cumplicidade, parceria, respeito e admiração mútuos, Leonida ficou precocemente viúva, o que para ela foi uma perda irreparável. Enquanto esteve em vida, se apegou a todos os pertences do professor Walter de maneira especial, nunca se desprendeu de nada.

Com o falecimento de Leonida, o acervo seguiu guardado na casa de Maria Tereza, filha de Leonida e mãe de Leticia, com quem Leonida residia desde o falecimento de Walter. "Quando soube do acervo e compreendi que tipo de material era, vislumbrei o valor. Esse material deveria ter o tratamento correto e estar acessível a quem se envolve com pesquisas na área, e não seguir guardado numa residência, esquecido no tempo", diz Leticia, que há algum tempo se propôs a catalogar o material, estabelecer contatos e procurar a melhor forma de doação.

Justiça auxilia processo de doação de documentos que podem mudar a história de Lages-SC

Indicação de Tânia Arruda Kotchergenko, associada do INGESCPublicação do Poder Judiciário de SC -29.03.2019

A maior referência da história dos 252 anos de Lages é encontrada na obra de Licurgo Costa, em "O Continente das Lagens". Mas a doação de um acervo para o Município deve contribuir e revelar fatos que podem mudar aquilo que se sabe da "Princesa da Serra". A transferência de documentos públicos com mais de 200 anos, anotações, livros, compilados e estudos sobre a cidade e a genealogia foi feita com a colaboração do Judiciário catarinense. O juiz Silvio Orsatto, titular do Juizado Especial Cível local, intermediou o processo e compôs o grupo que recebeu 95 quilos de material histórico nesta semana.

O pesquisador e escritor alemão Walter Dachs veio para o Brasil aos 24 anos. Aos 42 casou-se em Lages e, logo em seguida, iniciou a pesquisa. Com sua morte, aos 64 anos, tudo aquilo que conseguiu juntar ficou com a família. Depois de cinco décadas, seus descendentes resolveram doar o acervo que estava em Vitória, no Espírito Santo.

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04 • CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019

"Por ser leiga na área, fui meio errante, mas com um propósito firme até encontrar o caminho ideal que atendesse a critérios essenciais - o tratamento correto de um material histórico de alto valor, a acessibilidade a institutos e pesquisadores e o direcionamento a quem, por direito, deveria ser o proprietário desses documentos. Esse foi meu norte", revela.

"E fico muito feliz ao ver que o material compilado e a obra produzida por meu avô com tanta dedicação de tempo e energia terão agora bons desdobramentos e renderão tantos frutos e benefícios aos lageanos", finaliza.

CBG & IHGMG e a MEDALHA DA INCONFIDÊNCIA

A Medalha da Inconfidência é a mais alta comenda concedida pelo Governo de Minas Gerais, foi criada durante o governo de Juscelino Kubitschek pela Lei 88 de 28 de julho de 1952, com a seguinte finalidade:

Art. 1º – Fica criada a medalha da Inconfidência, destinada a galardoar o mérito cívico do cidadão que, em Minas, se distinga pela notoriedade de seu saber, cultura e relevantes serviços à coletividade.

O atual regulamento da medalha prevê que a outorga ocorra sempre em 21 de abril, data da execução do mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes, em solenidade na cidade de Ouro Preto. A relação dos agraciados é definida por um Conselho Permanente, composto por autoridades de diversas áreas.

É concedida em quatro graus: Grande Colar da Inconfidência (Comenda Extraordinária), Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência, sendo que o Grande Colar é entregue exclusivamente a chefes de Estado. As demais outorgas são concedidas nos seguintes percentuais: Grande Medalha da Inconfidência - 25%, Medalha de Honra da Inconfidência - 35%, Medalha da Inconfidência - 40%.

Associados do Colégio em diversas épocas, já falecidos, foram agraciados com a medalha. Mas hoje aqui recebem destaque os membros do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – IHGMG que são associados do Colégio e que vem desempenhando um importante papel na divulgação e promoção da genealogia naquela Casa.

Em ordem alfabética, com as respectivas Cadeiras que ocupam no IHGMG e no CBG:

Carlos Alberto da Silveira Isoldi FilhoMedalha da Inconfidência - 2015

IHGMG - Ocupante da Cadeira nº 87, Patrono Basílio de Magalhães

CBG - Ocupante da Cadeira n° 12, Patrono Cônego Raimundo Trindade

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CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 05

Deusdedit Pinto Ribeiro de CamposMedalha da Inconfidência - 2005

Medalha de Honra da Inconfidência - 2014IHGMG - Ocupante da Cadeira nº 38,Patrono Conselheiro Martinho Campos

Marcos Paulo de Souza MirandaMedalha da Inconfidência - 2010

Medalha de Honra de Inconfidência - 2013IHGMG – Cadeira nº 93, Patrono Orville Derby

Stanley Savoretti de SouzaMedalha da Inconfidência - 2019

IHGMG – Cadeira nº 4, Patrono Nelson Coelho de Senna

Trocou de endereço residencial? ou de correio eletrônico?Não usava Internet e agora usa?

Lembre de avisar o CBG.

Marcos Henrique Caldeira BrantMedalha da Inconfidência - 2009

Medalha de Honra da Inconfidência - 2019IHGMG - Ocupante da Cadeira nº 59,

Patrono Marquês de Barbacena

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MARÇO – MÊS DA MULHER Ana Paes – PE e Magdalena Maria Pereira - RJ

ANA PAES, A SENHORA DE CASA FORTETexto exibido na exposição “Casa Forte de Ana Paes”, realizada no Shopping Plaza, Recife, no 1º semestre de 2002.

Sem indicação de autoria, recolhido por Regina Cascão.

Casa Forte, o bairro do Recife

O engenho de Casa Forte, que deu origem ao bairro, foi construído em meados do século XVI pelo auditor Diogo Gonçalves, em terras que recebeu do donatário Duarte Coelho, a título de dote nupcial, quando desposou uma protegida de D. Catarina, rainha de Portugal.

Na virada do século, em 1600, o engenho já pertencia à filha do casal, D. Isabel Gonçalves Fróes e seu marido Jerônimo Paes de Azevedo. Em seguida, a propriedade passou para a filha destes, D. Ana Paes*, também como dote nupcial.

Em 1645, ainda pertencendo a D. Ana Paes - então já duas vezes viúva - o engenho era uma das mais prósperas propriedades agrícolas de Pernambuco, com uma “bem montada fábrica, a espaçosa e confortável casa de vivenda, levantada sobre pilares de pedra, com varandas e escadaria (...); ficando ao seu lado e em frente ao espaçoso terreiro a capela da fazenda, belamente construída”. Este próspero e belo engenho foi palco da batalha campal ocorrida no início do movimento restaurador, que passou para a História com o nome de Batalha da Casa Forte. Isso porque, ao regressarem derrotados da Batalha das Tabocas, os holandeses acamparam no engenho, transformando a casa de vivenda em forte, por ocasião da batalha de 17 de agosto de 1645.

É certo que, após esta batalha, as terras a que pertencia o tradicional engenho ficaram definitivamente conhecidas pelo nome que a localidade mantém até hoje: Casa Forte. A propriedade do engenho de Casa Forte manteve-se na família do seu fundador por cerca de dois séculos e meio, sendo que seu último representante é conhecidamente o sargento-mor João de Freitas da Silva. Após o seu falecimento o engenho foi partilhado entre diversos herdeiros.

O Colégio Sagrada Família ainda preserva a arquitetura do século 17, quando era o Engenho Casa Forte

Tempos depois, por volta de 1810, o padre Dr. José Inácio R. de Abreu e Lima (o legendário Padre Roma), então proprietário do engenho, demoliu a velha casa de vivenda que servira de casa forte aos holandeses e sobre os mesmos alicerces construiu uma casa nobre, que ainda existia até meados do século XX.

Após a morte de João de Freitas da Silva, último representante da família de D. Ana Paes, os diversos herdeiros ao dividirem o engenho em sítios entre si, cederam o terreno da grande praça que se estende em frente à igreja “não só para aformosear a mesma igreja, e servir de praça ou feira para o futuro, como para perpetuar a lembrança da segunda vitória que nele alcançaram os brasileiros contra os holandeses.”

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CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 07

Ana Paes

Ana Paes D´Altro era neta de Diogo Gonçalves, auditor da gente de guerra de Pernambuco, e D. Isabel Fróes, senhora de origem nobre, que veio de Portugal em companhia do donatário Duarte Coelho e sua mulher, com recomendações da rainha D. Catarina para que deles recebesse total amparo e proteção.

Diogo Gonçalves, um homem importante na colônia, recebeu do donatário, a título de dote nupcial, as terras do engenho de Casa Forte. Da mesma forma, como dote, a propriedade passou à Ana Paes, por ocasião do seu primeiro casamento.

Ana Paes casou-se três vezes:

a primeira foi com o capitão Pedro Correia da Silva, fidalgo português. Por volta de 1630, o capitão ficou gravemente ferido na batalha contra os holandeses na defesa do forte de São Jorge, falecendo pouco tempo depois.

Seu segundo casamento, com Charles de Tourlon – capitão do Exército Holandês e posteriormente Secretário de Maurício de Nassau - ocorreu por volta de 1632 e provocou grande escândalo na sociedade da época, pois o capitão era calvinista e a cerimônia foi celebrada segundo os ritos protestantes. Em 1643, Charles de Toulon, acusado de conspiração, foi preso e deportado para a Holanda. Ana Paes escreveu duas cartas, uma ao Conselho da Zelândia e outra aos Estados Gerais da Holanda, defendendo seu esposo das acusações. Entretanto, Charles de Tourlon faleceu em 1644, provavelmente sem chegar a retornar a Pernambuco.

Enviuvando pela segunda vez, novamente Ana Paes casou-se em 1645 com outro holandês calvinista, Gisbert de With, homem de elevada posição social na colônia, como membro do Conselho Político de Pernambuco e coronel da burguesia do Recife. Gisbert de With participou de várias batalhas da guerra da restauração e, após a derrota dos flamengos retornou para a Holanda.

Desde a adolescência Ana Paes revelava uma intensa alegria de viver, aliada a grande ousadia. Conta-se que uma das maiores diversões da jovem Ana era tomar banho nua no rio Capibaribe, em companhia da amiga Andreza, filha do senhor do Engenho de Apipucos – Gaspar de Mendonça.

“(...) os banhos do rio, e esplêndida nudez de Anna, que a transparência do Capibaribe não chegava a encobrir. Dizia-lhe:

- Anna, toma tento, podem nos ver. E Anna: - És medrosa, Andresa, ninguém nos vê.

Anna mergulhava, desaparecia do olhar angustiado de Andresa, voltava à tona com um sorriso: - E se alguém estiver olhando que se regale. Também eu gosto de olhar as coisas belas.”(Trecho de “A Garça Mal Ferida”, de Luzilá Gonçalves Ferreira)

Ana Paes era uma mulher culta e inteligente. No período do governo do Conde Maurício de Nassau, frequentava o palácio e conheceu diversos artistas como os pintores Franz Post e Albert Eckhout. Ao contrário de muitas mulheres do seu tempo, Ana Paes sabia ler e escrever, com grande desenvoltura, como nos mostra esta sua carta, endereçada ao Conde Nassau, acompanhando um presente oferecido ao Príncipe – seis caixas de açúcar branco.

“Ilm. Snr. – Como nós devemos toda a obediência a nossos superiores tanto mais a vosa ecelencya de quem temos resebydo tantas onras e merces, asim que este animo me faz tomar atrevymento de pedyr a vosa ecelencya queyra aceitar seys caixas de asuquere branco, perdoandome vosa ecelencya o atrevymento (que meu ânimo é servir a vosa ecelencya) e fico pedindo a Ds. Aumente a vida e estado a vosa ecelencya para amparo de suas cativas. De vosa ecelencya a muito obediente cativa Dona Ana Paes.”(Fonte: “Arredores do Recife” – F.A. Pereira da Costa.)

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08 • CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019

... E POR FALAR EM MULHERES DE PERNAMBUCO...

� MULHERES DE TEJUCUPAPO �

Famintos, encurralados no Recife e em Itamaracá pelas tropas pernambucanas, em 1646, um grupo de flamengos planejou uma sortida para conseguir alimentos — frutas, farinha, gado e o que mais fosse possível. Eles decidiram assaltar o povoado de Tejucupapo num domingo, sabendo que nesse dia os homens iam vender seus produtos numa feira, em outra povoação. Mas foram frustrados porque quatro Marias — Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Maria Joana — chamaram suas companheiras à luta. Com tachos e panelas de água fervente misturada com pimenta, entre outras armas improvisadas, e com apoio dos poucos homens que haviam ficado por lá, elas puseram os assaltantes para correr.

No período do governo holandês, por diversas vezes Ana Paes intercedeu por outras mulheres junto ao Conde Maurício de Nassau. Algumas vezes eram casos de mulheres cujos maridos foram acusados de traição. Entretanto, um dos casos mais comentados em toda a Capitania foi o de D. Jerônima de Almeida, cujo marido havia se retirado para a Bahia. Vigorava, então, uma proibição de que houvesse contatos de quem quer que fosse da Capitania de Pernambuco com os da Bahia, e quando um dia, uma tropa de soldados portugueses trouxe-lhe cartas do seu marido, a D. Jerônima foi denunciada e aguardava na prisão o momento de ser degolada.

Ao saber do fato, Ana Paes reuniu um grupo de mulheres para falar com Conde Nassau em favor da pobre senhora. Impressionado com a sua coragem e argumentos, o Conde ordenou a libertação de D. Jerônima.

17 de agosto de 1645. A Batalha da Casa Forte é rápida – após três horas de luta os holandeses, aquartelados na casa de vivenda do engenho de Ana Paes, se rendem. Em menor número, os flamengos tentam resistir, mas os luso-brasileiros empilham a lenha da moenda sob a casa, construída sobre pilotis, e tocam fogo, forçando a rendição.

“Muitos móveis haviam sido destruídos ou ostentavam as marcas das balas em seus flancos, em seu bojo. As cortinas se haviam rasgado umas, outras se apresentavam escuras, pela fumaça que as havia envolvido. Em meio a tudo aquilo, só o retrato da avó permanecera intato. No seu reduto na parede, emoldurada, dona Isabel Fróes (...) olhava para Anna, ainda altiva e confiante.”(Trecho de “A Garça Mal Ferida”, de Luzilá Gonçalves Ferreira)

Ana Paes foi uma mulher que se notabilizou pela coragem pessoal e liberdade de pensamento. Assim, não foi o compromisso matrimonial que a levou a dar abrigo aos flamengos. Ela estava convicta de que a permanência dos holandeses seria o melhor para o Brasil.

“Uma brasileira de duas gerações bem pode simpatizar com a causa flamenga e continuar brasileira. (...) Creio firmemente que o grande inimigo é o espanhol, e que flamengos e portugueses têm que se dar as mãos. (...) O engenho que pertenceu à minha avó e que foi do meu pai é abrigo para holandeses, como o é para os bons brasileiros. (...) Tivemos um belo sonho. Um futuro para o Brasil, de justiça para todos, de igualdade entre brancos, gentios e negros, todos repartindo os bens da terra. Aquilo por que Nassau lutou, dando de si mesmo e de sua própria fortuna. Queríamos um crescimento harmonioso e cidadãos honestos nos dirigindo.”(Trecho de “A Garça Mal Ferida”, de Luzilá Gonçalves Ferreira)

Quando, após a derrota dos flamengos, Gisbert de With, retorna para a Holanda, Ana Paes, mesmo estando grávida, decide permanecer em Pernambuco. Isabel, sua filha com Charles de Toulon, já uma mocinha, seguiu para a Holanda com o padrasto e algum tempo depois casou-se com um oficial holandês.__________________________________________________________

“(...) Nasci neste país. Estas matas que nos cercam me viram nascer e crescer. (...) É nesta terra escura e amiga que desejo semear meu corpo, como uma semente que se fará planta e flor. (...) Careço de sentir sob os meus pés este barro pegajoso ou esta terra escura. Careço dos perfumes das matas do Engenho de Casa Forte. Meu corpo se fez nesse solo e nele se enraizou, como uma planta antiga e viçosa: morreria se tivesse de me arrancar.”

(Trecho de “A Garça Mal Ferida”, de Luzilá Gonçalves Ferreira)

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CBG - Carta Mensal 148 - mar/abr 2019 • 09

MAGDALENA MARIA PEREIRA, GRANDE DAMA FLUMINENSECompilação de textos de autoria de: Cinara Jorge, com autorização,

e Pedro Born, disponível a Internet,

São Miguel do Cajuru é um distrito do município de São João del Rei, Estado de Minas Gerais.

Em blog sobre o município, matéria abordando a Igreja de São Miguel Arcanjo, localizada no distrito, deu ensejo a um comentário de Pedro Vianna Born*, odontólogo residente em Petrópolis.

Disponível na Internet: “Fico muito contente de ver a preocupação do IPHAN de Minas Gerais com a arte sacra de São Miguel do Cajuru. Eu particularmente tenho motivos sentimentais maiores por tudo que se venha a preservar desse antigo patrimônio deixado por meu 7º avô, o patriarca Caetano de Carvalho Duarte, que era oriundo de São Miguel de Silvares, próximo a Guimarães em Portugal. Esta região é berço da minha família Carvalho em Portugal, profundamente devotada ao Arcanjo São Miguel.

O patriarca Caetano de Carvalho Duarte se estabeleceu na região (de São Miguel do Cajuru) fundando a fazenda São Miguel do Cajuru por volta da terceira década do séc. XVIII com sua jovem esposa Catarina, que casara com apenas 16 anos de idade. O casal teve 12 filhos, todos nascidos na fazenda de São Miguel.

Sou descendente da 9ª filha, Maria de Carvalho Duarte. Ela e o marido José Rabello de Macedo edificaram a fazenda do Ribeirão dos Cavalos, na Aplicação da Piedade de São João del Rey, próxima a Prados, que pertencia a vila de São José, a atual Tiradentes.

Desse casamento, dentre vários filhos, nasceu minha 5ª avó Mariana Jacinta de Macedo, que no ano de 1784 contraiu núpcias com o capitão português Antônio Barroso Pereira. Este tinha um sobrinho e afilhado homônimo, que chegara no mesmo ano, procedente da metrópole, para ser fiscal dos negócios de diamantes em Vila do Príncipe. No ano seguinte seria indicado por portaria de D. Maria I para ser o 8º Intendente dos Diamantes no Tijuco, atual Diamantina.

Após se casarem, o capitão e Mariana deixaram Minas Gerais, seguindo para a freguesia da Paraíba, no Rio de Janeiro. Na margem do Caminho Novo, ergueram a sede da fazenda do Mato Grosso, próxima ao arraial de Sebolas. No ano de 1789, nascia ali a minha 4ªavó Magdalena Maria Pereira de Carvalho e no ano de 1792, seu único irmão Antônio Barroso Pereira, depois 1º barão de Entre Rios. (...)”

Pois bem, encontramos aí o “gancho” necessário para apresentar outra importante figura feminina, desta vez das terras do Estado do Rio de Janeiro. E nada melhor para saber sobre os Barroso Pereira do que consultar a obra da confreira Cinara Jorge, “Pioneiros dos três rios – A Condessa do Rio Novo e sua gente”. Eis, autorizado, o material do livro de Cinara:

Magdalena Maria Pereira

Mãe do Visconde e tia da Condessa do Rio Novo. Nascida em 1789, batizada em 13.06.1790 na Capela da Piedade em São João del Rei, MG. Falecida em 04.04.1870, aos 81 anos. Filha de Antonio Barroso Pereira (I) e Marianna Jacintha de Macedo. Casou com Damaso José de Carvalho, com quem teve seis filhos: José Antonio, Carolina, Mariano José, Maria José, Antonio José, e Damaso José. Proprietária da Fazenda Mato Grosso, com 100.000 pés de café, mais de uma centena de escravos e dos Sítios do Piabanha e Boa Vista.

Inventário de Marianna Jacintha de Macedo - Assinatura dos filhos da inventariada: Magdalena Maria Pereira, mãe do Visconde do Rio Novo e Antonio Barroso Pereira (II), Barão de Entre Rios. Acervo do Museu da Justiça do Rio de Janeiro.

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Ainda jovem perdeu seus principais familiares, ou seja, marido, mãe e padrasto, no curto espaço de três anos. Batizada com o mesmo nome da avó paterna, Magdalena teve em José Antonio Barbosa Teixeira, o Capitão Tiramorros, um padrasto extremado, tanto que deu ao seu primogênito o mesmo nome, José Antonio, que veio a ser o Visconde do Rio Novo. O mesmo nome invertido, Antonio José, foi o escolhido para batizar seu quinto filho e após este, os nomes Antonio e José são recorrentes em toda a família. Ao falecer o marido, seus seis filhos tinham idades de um a dezesseis anos. Dividiu com o irmão Antonio Barroso Pereira (II) e mais dois filhos naturais de Tiramorros, as fazendas do Mato Grosso, Sebolas, São Lourenço e Bemposta. Não contraiu novas núpcias, passando sua vida a administrar pessoalmente suas terras, onde tinha extensa lavoura, inclusive plantações de algodão e café. Possuía teares de produção de fios para tecelagem. Falecida aos 81 anos, teve a oportunidade de ver todos os filhos criados e bem encaminhados, devido à dedicada educação voltada ao trabalho e estudo que deu a cada um deles.

Em seu testamento, pede que após a missa por seu falecimento sejam distribuídos quatrocentos mil réis aos necessitados. Doa também um conto de réis aos pobres da freguesia de Sebolas, atual distrito de Inconfidência, Paraíba do Sul, RJ. Deixa cem mil réis a cada um de seus afilhados, que eram tantos que Magdalena impôs que o donativo só seria entregue àquele “que mostrar a certidão de baptismo”. Deixa as terras que pertenceram à falecida filha, Maria José, para a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, com a condição de serem sempre arrendadas ou aforadas, nunca vendidas, e caso sejam arrendadas, com preferência para seus descendentes. Para as Igrejas de Sant'Anna de Cebolas e Senhor Bom Jesus de Matosinhos, três contos de réis para cada uma.

SOBRE MAGDALENA MARIA PEREIRA

Batismo de Magdalena Maria Pereira

São João del Rei, Minas Gerais - Livro de Batismos da Igreja de Nossa Senhora do Pilar – Tomo III – 13.06.1790 – fls. 359v.“Aos treze de junho de mil, setecentos e noventa na Capella da Piedade filial desta Matriz de São João D'El Rey o Reverendo Antonio

Martins Saldanha batizou e pos os Santos Oleos a = Magdalena filha legítima do Capitão Antonio Barrozo Pereira e de Marianna Jacinta de Macedo: O Coadjutor Joaquim Pinto da Silveira”

Quanto à doação, para a Santa Casa, das terras de Maria José, houve uma celeuma no processo de inventário, pois havia a alegação dos descendentes que diziam que a falecida havia doado as mesmas terras em vida e que elas já estavam ocupadas. Ao final, a propriedade foi entregue à entidade indicada e houve hasta pública para o arrendamento. Até hoje, os proprietários das diversas fazendas que estão naquelas terras pagam pelo arrendamento à Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Em abril de 1871 o jornal O Parahybano informava que a ordem deixada para que se distribuísse esmola aos pobres foi cumprida em valor até maior do que o estabelecido:

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Pedro Vianna Born, estudioso desta família e descendente de Magdalena, com respeito e admiração pela antepassada, fez o seguinte depoimento em 2011:

“Magdalena Maria foi grande matriarca de minha família do lado paterno de minha avó materna. Seu legado, tanto material como espiritual, é sempre lembrado através das gerações. Sua fé inabalável e seu destemor, mesmo após ter ficado viúva tão cedo, são exemplo para toda a descendência. Sua liderança regional era vastamente cultivada e admirada por todos seus contemporâneos.

Devota de Santana, ergueu a primeira capela com esse nome em Anta, muito antes de Sapucaia existir. Aliás, o município herdou o Santo Antônio (da Sapucaia), de um lugar próximo a Anta, onde possuo uma propriedade, que fica situada no alto (do Stº Antônio) da serra da Arataca, divisa entre Três Rios e Sapucaia.

Até hoje, a festa de Santana em Anta, assim como a de Santo Antônio, acontecem anualmente! Muitas histórias passadas de geração para geração mantiveram bem viva a lembrança de Magdalena até a geração de minha mãe, agora com quase 90 anos.

Nasci no Rio de Janeiro, mas na segunda metade dos anos 50 minha família se mudou para Três Rios por 3 meses, até que mudamos para Santarém em Bemposta, onde vivemos até fins de 1957. Somos ainda proprietários de uma fração da fazenda onde minha avó nasceu; habitávamos a antiga "venda" da fazenda, que era também a "agência dos correios".

(...) Magdalena Maria foi grande arrendatária de terras, para produção cafeeira, especialmente ao seu maior parceiro Antonio Luis dos Santos Werneck, de quem a filha Isabel Leopoldina tornou-se nora. Desse modo, ela não somente produziu lavouras de café em suas fazendas, como beneficiou outros a produzirem em larga escala. Foi, portanto, uma colonizadora regional.

“Rainha do Café”, é minha reverência particular à memória de uma grande mulher pioneira da cafeicultura e liderança regional incontestável. Mas para a escravaria em geral daquela época, ela era realmente cultuada simplesmente como uma rainha, uma santinha... (...) Nossa inesquecível matriarca.”

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* Pedro Born - “Carioca, nascido no dia 30.01.1951, formado em odontologia no ano de 1974 pela UFRJ e em 1987, mestre pela mesma Universidade. Curioso em genealogia e história.”

“na Matriz de Cebolas a 3 corrente, depois da missa pelo aniversário da morte de Dona Magdalena Maria Pereira, foi distribuída aos pobres a esmola de 1:000$000 (um conto de réis) que a mesma legou em testamento. Foi encarregada deste ato a comissão: Alferes Luis Rodrigues Caldas, Joaquim Mariano dos Santos, Diogo Lopes de Moraes e João Gonçalves Barbosa”

** JORGE, Cinara. Pioneiros dos três rios – A Condessa do Rio Novo e sua gente. Três Rios: ed. da autora, 2012.

NOMES DE BEBÊS MAIS POPULARES EM 2018

Revista Exame – nov 2018 - Os nomes Helena e Miguel dominaram as escolhas de pais e mães brasileiros e se tornaram os nomes mais populares entre os bebês nascidos neste ano.

O resultado está no ranking BabyCenter, divulgado em 29.1.2018. Desde 2009, a lista reúne os nomes mais usados para crianças — que em 2018 contou com a análise 501 mil registros de nascimento. Segundo a empresa, o objetivo de fazer o ranking anualmente é para ajudar quem está tentando decidir o nome de um filho.

A pesquisa deste ano apontou forte influência de astros da música, como Antony (da dupla sertaneja com Gabriel), do esporte, como Kylian (Mbappé, jogador da França). Séries e programas de televisão também se apresentaram como tendências como “La Casa de Papel” (Netflix) e os cozinheiros Bela (Gil, apresentadora de programa culinário) e Henrique (Fogaça, do programa “Masterchef”).

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EXPEDIENTE

Sexo feminino

Pela primeira vez desde 2015, Helena desbancou Alice, que vinha se mantendo na liderança dos nomes de bebês do sexo feminino. Nome clássico, Helena vem na onda de fascinação por histórias de realeza, mitologia e contos de fadas. “O nome teve seu pico de popularidade na década de 1950 e a retomada de hoje se apresenta em parte como homenagens a avós e bisavós dos bebês, e em parte influenciada por personagens da TV”, diz o levantamento.

Depois de Helena, os nomes mais usados foram Alice, Laura, Manuela e Valentina. Além disso, Cecília, Antonella, Clara, Ana Laura, Maria Vitória, Pérola e Aurora estão se popularizando e aparecem em alta na pesquisa.

Sexo masculino

Pelo oitavo ano seguido, Miguel liderou o ranking como o nome mais escolhido para os bebês do sexo masculino. No entanto, o levantamento aponta que Heitor e Benjamin ganham cada vez mais preferência e devem desbancar Miguel nos próximos anos. Para os meninos, os nomes bíblicos têm bastante popularidade, como Davi, Matheus, Lucas, Isaac, Calebe, Levi e Noah.

Além de Miguel, os nomes mais populares em 2018 foram Arthur, Heitor, Bernardo e Davi.

MeninaHelenaAliceLaura

ManuelaValentina

SofiaIsabelaHeloísaLuísaJúlia

MeninoMiguelArturHeitor

BernardoDaviTéo

LorenzoGabrielPedro

Benjamim

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º