DISCIPLINA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Profa. Tatyana … · ¾organização da produção pela...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGMARINGÁÁ

CURSO NORMAL SUPERIOR CURSO NORMAL SUPERIOR ––EADEAD

PALESTRAPALESTRASetembro/2006Setembro/2006

DISCIPLINADISCIPLINASOCIOLOGIA DA EDUCASOCIOLOGIA DA EDUCAÇÇÃO ÃO

Profa. Profa. TatyanaTatyana MurerMurer CavalcanteCavalcante

Origem da SociologiaOrigem da Sociologia

Fenômenos que expressavam a necessidade da Fenômenos que expressavam a necessidade da reorganizareorganizaçção do sistema capitalista:ão do sistema capitalista:forte expansão demogrforte expansão demográáfica e deslocamento da massa fica e deslocamento da massa populacional para os centros urbanos em busca de populacional para os centros urbanos em busca de trabalho; trabalho; formaformaçção de um contingente de desempregados (mão de ão de um contingente de desempregados (mão de obra barata para os burgueses capitalistas e obra barata para os burgueses capitalistas e deteriorizadeteriorizaççãoãoda condida condiçção de vida dos trabalhadores); ão de vida dos trabalhadores); nova dinâmica no modo de produnova dinâmica no modo de produçção com a utilizaão com a utilizaçção do ão do maquinmaquináário industrial; rio industrial; organizaorganizaçção da produão da produçção pela divisão do trabalho; ão pela divisão do trabalho; envolvimento do mercado mundial;envolvimento do mercado mundial;mecanismos novos para o escoamento da produmecanismos novos para o escoamento da produçção (navio ão (navio a vapor e utilizaa vapor e utilizaçção das ferrovias); ão das ferrovias); desigualdade social;desigualdade social;RevoluRevoluçção Francesa: desencadeou forte repercussão ão Francesa: desencadeou forte repercussão polpolíítica por toda a Europa propagando as idtica por toda a Europa propagando as idééias ias socialistas.socialistas.

O movimento polO movimento políítico social, deflagrado diante da tico social, deflagrado diante da crise do sistema, denuncia a necessidade de um crise do sistema, denuncia a necessidade de um

novo pensar sobre a sociedade e sobre o seu novo pensar sobre a sociedade e sobre o seu prpróóprio sistema de produprio sistema de produçção.ão.

A A SociologiaSociologia desponta como uma nova ciência desponta como uma nova ciência para estudar os fenômenos e fatos sociais e para estudar os fenômenos e fatos sociais e explicar as transformaexplicar as transformaçções que vinham ões que vinham acontecendo.acontecendo.SociologiaSociologia: designa: designaçção dada por ão dada por ComteComte na na obra intitulada obra intitulada CoursCours de de PhilosophiePhilosophie PositivePositive..

Primeiras expressões do Primeiras expressões do pensamento sociolpensamento sociolóógico:gico:

crcríítica tica àà compreensão da natureza compreensão da natureza humana, origem e fundamento das humana, origem e fundamento das instituiinstituiçções;ões;necessidade da racionalizanecessidade da racionalizaçção: projetar ão: projetar para a esfera da apara a esfera da açção coletiva a ambião coletiva a ambiçção ão de conhecer, explicar e dirigir os de conhecer, explicar e dirigir os acontecimentos e a vida social.acontecimentos e a vida social.

August August ComteComte (1798 (1798 –– 1857)1857)propõe o estabelecimento de uma nova ordem social para propõe o estabelecimento de uma nova ordem social para a superaa superaçção da crise social; ão da crise social; base: progresso simultâneo ao desenvolvimento natural da base: progresso simultâneo ao desenvolvimento natural da sociedade;sociedade;tarefa da Sociologia: encontrar caminhos para a tarefa da Sociologia: encontrar caminhos para a reconstrureconstruçção e o progresso das formas e estruturas ão e o progresso das formas e estruturas sociais;sociais;Objeto da sociologia:Objeto da sociologia: todas as atividades humanas e suas todas as atividades humanas e suas relarelaçções sociais. ões sociais. papel do socipapel do socióólogo: identificar fatos, analisalogo: identificar fatos, analisa--los, los, compreendecompreende--los e explicalos e explica--los imparcialmente.los imparcialmente.afirmavaafirmava que o Positivismo (posique o Positivismo (posiçção contrão contráária aos ria aos iluministas que expressavam certo negativismo diante da iluministas que expressavam certo negativismo diante da sociedade) deveria generalizar a ciência real e sistematizar sociedade) deveria generalizar a ciência real e sistematizar o estado social comeo estado social começçando a reorganizaando a reorganizaçção social pelos ão social pelos proletproletáários e pelas mulheres, sabedores de uma forma rios e pelas mulheres, sabedores de uma forma muito particular e eficaz de imposimuito particular e eficaz de imposiçção sobre as demais ão sobre as demais classes.classes.

A sociologia e positivismoA sociologia e positivismoestritamente ligados; estritamente ligados; criacriaçção da sociologia como ciência (fão da sociologia como ciência (fíísica social) sica social) marcaria o triunfo final do positivismo no marcaria o triunfo final do positivismo no pensamento humano; pensamento humano; ponto alto da evoluponto alto da evoluçção do conhecimento ão do conhecimento cientifico; cientifico; a sociologia deveria seguir os mesmos a sociologia deveria seguir os mesmos procedimentos das ciências naturais: a procedimentos das ciências naturais: a observaobservaçção, a experimentaão, a experimentaçção, a comparaão, a comparaçção, ão, e assim por diante. e assim por diante.

o papel da sociologiao papel da sociologia

dedicardedicar--se se àà busca dos acontecimentos busca dos acontecimentos constantes e repetitivos da sociedade, ou constantes e repetitivos da sociedade, ou seja, as leis que a regiam.seja, as leis que a regiam.

Ordem e progressoOrdem e progressoOrdemOrdem ((estestáática social)tica social) elementos elementos permanentes da organizapermanentes da organizaçção social, mantêm a ão social, mantêm a coesão e garantem o funcionamento da coesão e garantem o funcionamento da sociedade (famsociedade (famíília, religião, propriedade, lia, religião, propriedade, etcetc););progresso (dinâmica social) progresso (dinâmica social) desenvolvimento desenvolvimento da sociedade, passagem para formas mais da sociedade, passagem para formas mais complexas de existência. Aperfeicomplexas de existência. Aperfeiççoa os oa os elementos da ordem sem destruelementos da ordem sem destruíí--la. A la. A sociedade burguesa industrial deveria ser sociedade burguesa industrial deveria ser defendida em seu prdefendida em seu próóprio interior.prio interior.

EducaEducaççãoãoPapel social: caminho para acabar com a crise polPapel social: caminho para acabar com a crise políítica e tica e moral da sociedade capitalista;moral da sociedade capitalista;DivisãoDivisão -- EspontâneaEspontânea: f: fíísica, moral e estsica, moral e estéética; na tica; na famfamíília, com a direlia, com a direçção da mãe. Educaão da mãe. Educaçção afetiva que ão afetiva que cultive os sentidos; cultive os sentidos; -- sistemsistemááticatica: intelectual. Inicia na : intelectual. Inicia na adolescência, instituindoadolescência, instituindo--se a lse a lóógica universal do ensino gica universal do ensino abstrato com as leis cientabstrato com as leis cientííficas.ficas.EducaEducaçção da mulher: ão da mulher: -- principal motor educacional e principal motor educacional e pilar da nova ordem: pilar da nova ordem: ““a principal fora principal forçça da mulher a da mulher consiste em superar a dificuldade de obedecerconsiste em superar a dificuldade de obedecer””; ; --educeducáá--la segundo os preceitos da boa moral positiva; la segundo os preceitos da boa moral positiva; alvo: mulher proletalvo: mulher proletáária.ria.Burguesia e proletariado: admitia os conflitos existentes Burguesia e proletariado: admitia os conflitos existentes entre a burguesia e o proletariado; mas defendia a entre a burguesia e o proletariado; mas defendia a combinacombinaçção entre as classes.ão entre as classes.

HERBERT SPENCER (1820HERBERT SPENCER (1820--1903)1903)filfilóósofo e socisofo e socióólogo da Inglaterra; logo da Inglaterra; Positivista e fundador da filosofia evolucionista;Positivista e fundador da filosofia evolucionista;teoria baseada no darwinismo social e nas idteoria baseada no darwinismo social e nas idééias de ias de progresso e positivismo de August progresso e positivismo de August ComteComte (1798(1798--1857).1857).Darwinismo social: explicaDarwinismo social: explicaçção da evoluão da evoluçção da sociedade ão da sociedade a partir da selea partir da seleçção natural e adaptaão natural e adaptaçção, retirada da ão, retirada da biologia de Darwin;biologia de Darwin;EvoluEvoluçção da sociedade e sobrevivência das mais fortes;ão da sociedade e sobrevivência das mais fortes;ImplicaImplicaçções: ões: respaldou as forma de dominarespaldou as forma de dominaçção ão europeuropééia sobre outras sociedades; justificou os ia sobre outras sociedades; justificou os diferentes sistemas sociais impostos pelo capitalismo, diferentes sistemas sociais impostos pelo capitalismo, as desigualdades sociais, as teses de eugenia e as as desigualdades sociais, as teses de eugenia e as doutrinas raciais difundidas pelo mundo.doutrinas raciais difundidas pelo mundo.

Estado e educaEstado e educaççãoãoPosicionouPosicionou--se se contracontra a interferência do Estado a interferência do Estado na educana educaçção; Sua funão; Sua funçção seria manter a ordem ão seria manter a ordem e defender os direitos naturais dos homens e e defender os direitos naturais dos homens e suas correspondentes propriedades; A suas correspondentes propriedades; A finalidade da educafinalidade da educaçção ão éé formar homens aptos formar homens aptos para governar a si mesmos. Para ele, o homem para governar a si mesmos. Para ele, o homem primeiro evoluiu e depois criou o Estado; assim primeiro evoluiu e depois criou o Estado; assim ele não ele não éé fruto do Estado, e sim o Estado fruto do Estado, e sim o Estado éé que que éé fruto do homem.fruto do homem.

Principais pensadoresPrincipais pensadores

Fundadores clFundadores cláássicos da Sociologiassicos da Sociologia

Karl Marx, Karl Marx, ÈÈmilemile DurkheimDurkheim, August , August ComteComtee Max Weber; com diferene Max Weber; com diferençças teas teóóricas, ricas, tinham em comum a crentinham em comum a crençça de que o a de que o conhecimento sociolconhecimento sociolóógico poderia gico poderia controlar ou transformar a sociedade. controlar ou transformar a sociedade.

DurkheimDurkheim (1858 (1858 –– 1917)1917)Ocupou a primeira cOcupou a primeira cáátedra de Sociologia tedra de Sociologia criada na Francriada na Françça;a;Importante na consolidaImportante na consolidaçção da Sociologia ão da Sociologia cientcientíífica.fica.DefiniDefiniçção de Sociologiaão de Sociologia, para , para DurkheimDurkheim: : ““[...] ciência das institui[...] ciência das instituiçções, tanto de sua ões, tanto de sua gênese como de seu funcionamento.gênese como de seu funcionamento.””(CALEGARI(CALEGARI--FALCO; FRANCHETTI, FALCO; FRANCHETTI, 2005, p. 44).2005, p. 44).

MMéétodo prtodo próóprio da Sociologiaprio da Sociologia::1) fatos sociais: 1) fatos sociais: ““coisascoisas”” exteriores aos indivexteriores aos indivííduos;duos;2) objetividade cient2) objetividade cientíífica: afastar paixões e prfica: afastar paixões e préé--conceitos;conceitos;3) Conceitos fundamentais: 3) Conceitos fundamentais: -- consciência coletivaconsciência coletiva --solidariedade mecânicasolidariedade mecânica (sociedades primitivas); (sociedades primitivas); --solidariedade orgânicasolidariedade orgânica: (modernas : (modernas -- divisão do divisão do trabalho, propriedade privada) desenvolvimento das trabalho, propriedade privada) desenvolvimento das individualidades (corpo; partes interdependentes); individualidades (corpo; partes interdependentes); necessidade de harmonia. necessidade de harmonia. -- fatos sociais normaisfatos sociais normais(enfatizam condutas). (enfatizam condutas). -- fatos sociais patolfatos sociais patolóógicosgicos(fogem ao controle da sociedade, gerando uma situa(fogem ao controle da sociedade, gerando uma situaçção ão de caos e ausência de controle. de caos e ausência de controle. -- regras moraisregras morais: : Paixões individuais devem ser contidas para não abalar Paixões individuais devem ser contidas para não abalar o equilo equilííbrio, atravbrio, atravéés da nos da noçção de dever.ão de dever.

FunFunçção social da Educaão social da Educaççãoãomanter a coesão social;manter a coesão social;hháá dois indivdois indivííduos em cada ser humano: o duos em cada ser humano: o ser individualser individual e oe o ser socialser social. O primeiro . O primeiro éé composto pela personalidade, pelos composto pela personalidade, pelos estados mentais particulares; o segundo estados mentais particulares; o segundo ééformado por idformado por idééias, hias, háábitos e valores bitos e valores socialmente construsocialmente construíídos e dos e introjetadosintrojetados. A . A EducaEducaçção deve voltarão deve voltar--se se àà construconstruçção do ão do SER SOCIAL.SER SOCIAL.

KARL MARX (1818KARL MARX (1818--1883)1883)fundador do materialismo histfundador do materialismo históórico e rico e dialdialéético, inspirador de intico, inspirador de inúúmeras ameras açções ões polpolííticas de cunho revolucionticas de cunho revolucionáário;rio;para a Sociologia: criou uma explicapara a Sociologia: criou uma explicaçção ão para o desenvolvimento da sociedade ao para o desenvolvimento da sociedade ao longo da Histlongo da Históória (modos de produria (modos de produçção).ão).ObjetivoObjetivo: dominar a teoria para dirigir a : dominar a teoria para dirigir a prpráática; conhecimento deve ser tica; conhecimento deve ser instrumento revolucioninstrumento revolucionáário;rio;

Marx não via na divisão do trabalho capitalista Marx não via na divisão do trabalho capitalista uma forma de solidariedade entre os homens, uma forma de solidariedade entre os homens, mas uma das formas de exploramas uma das formas de exploraçção de uma ão de uma classe (proletariado) por outra (burguesia), classe (proletariado) por outra (burguesia), criando antagonismos insupercriando antagonismos insuperááveis;veis;Na anNa anáálise de Marx, o proletariado aparece lise de Marx, o proletariado aparece como sujeito histcomo sujeito históórico responsrico responsáável pela vel pela superasuperaçção do capitalismo;ão do capitalismo;Trabalho: central. AtravTrabalho: central. Atravéés dele o homem faz o s dele o homem faz o intercâmbio com a natureza e com os outros intercâmbio com a natureza e com os outros homens (relahomens (relaçções sociais de produões sociais de produçção). ão). Determina o tipo de organizaDetermina o tipo de organizaçção da sociedade ão da sociedade (modos de produ(modos de produçção);ão);Na sociedade capitalista: divisão do trabalho Na sociedade capitalista: divisão do trabalho (em manual e intelectual): O oper(em manual e intelectual): O operáário perde a rio perde a relarelaçção existente entre conhecimento e ão existente entre conhecimento e trabalho.trabalho.

EducaEducaççãoãoNo capitalismo: elemento de manutenNo capitalismo: elemento de manutençção da ão da hierarquia social e da hegemonia ideolhierarquia social e da hegemonia ideolóógica da gica da burguesia;burguesia;Proposta marxista: emancipar o ser humano e livrProposta marxista: emancipar o ser humano e livráá--lo da alienalo da alienaçção, ao integrar ensino e trabalho ão, ao integrar ensino e trabalho ((ensino politensino politéécnicocnico ou ou formaformaçção ão omnilateralomnilateral), ), constituconstituíído de: 1) instrudo de: 1) instruçção intelectual; 2) educaão intelectual; 2) educaçção ão ffíísica; 3) treinamento tecnolsica; 3) treinamento tecnolóógico (fundamentos gico (fundamentos cientcientííficos gerais de todos os processos de ficos gerais de todos os processos de produproduçção;ão;tem potencial transformador SE abandonar a tem potencial transformador SE abandonar a formaformaçção unilateral e alienante proposta pela ão unilateral e alienante proposta pela burguesia e adotar o carburguesia e adotar o carááter totalizante produzido ter totalizante produzido pela união entre conhecimento e trabalho (trabalho pela união entre conhecimento e trabalho (trabalho intelectual e trabalho manual).intelectual e trabalho manual).

Max Weber (1864Max Weber (1864--1920)1920)perperííodo da Unificaodo da Unificaçção Alemã (efetivouão Alemã (efetivou--se 1871); auge da se 1871); auge da Alemanha (1880Alemanha (1880--1914), o crescimento econômico, industrial e 1914), o crescimento econômico, industrial e tecnoltecnolóógico e das intengico e das intençções imperialistas;ões imperialistas;vinha de uma famvinha de uma famíília protestante;lia protestante;centrava sua ancentrava sua anáálise no indivlise no indivííduo;duo;não considerava a Sociologia como ciência: manifestaria não considerava a Sociologia como ciência: manifestaria apenas uma explicaapenas uma explicaçção conceitual, e não um retrato fiel do ão conceitual, e não um retrato fiel do fato estudado;fato estudado;não rejeitou o materialismo histnão rejeitou o materialismo históórico (luta de classes), mas rico (luta de classes), mas considerava outros elementos importantes para a considerava outros elementos importantes para a transformatransformaçção social;ão social;A A éética protestante e o esptica protestante e o espíírito do capitalismo: rito do capitalismo: estudar as estudar as origens do capitalismo: A ânsia pela riqueza origens do capitalismo: A ânsia pela riqueza éé anterior ao anterior ao capitalismo. Relacapitalismo. Relaçção entre o ão entre o ““espespíírito capitalistarito capitalista”” e as e as religiões protestantes: nova moral, que valoriza o trabalho religiões protestantes: nova moral, que valoriza o trabalho secular, os lucros alcansecular, os lucros alcanççados com tal trabalho e da idados com tal trabalho e da idééia de ia de vocavocaçção. A ão. A éética protestante não criou o capitalismo, mas tica protestante não criou o capitalismo, mas abriu possibilidades para a manifestaabriu possibilidades para a manifestaçção do espão do espíírito rito capitalista.capitalista.

MANNHEIM (1893 MANNHEIM (1893 –– 1947)1947)

EducaEducaççãoão::um dos elementos dinâmicos da um dos elementos dinâmicos da Sociologia;Sociologia;em si mesma em si mesma éé uma tuma téécnica social e um cnica social e um meio de controle social;meio de controle social;a abordagem sociola abordagem sociolóógica era um meio de gica era um meio de ajudar a estabelecer, para a prajudar a estabelecer, para a próópria pria educaeducaçção, um conteão, um conteúúdo e um mdo e um méétodo.todo.

Sociologia da EducaSociologia da EducaççãoãoConteConteúúdos da Sociologia da Educados da Sociologia da Educaççãoão

Conceitos: sociedade, cultura, comunidade, classe, Conceitos: sociedade, cultura, comunidade, classe, meio ambiente, socializameio ambiente, socializaçção, interiorizaão, interiorizaçção, ão, acomodaacomodaçção, assimilaão, assimilaçção, defasagem cultural, status ão, defasagem cultural, status etc.; etc.; Estudos: RelaEstudos: Relaçção entre a escola, a educaão entre a escola, a educaçção e a ão e a sociedade, tais como: o efeito da economia sobre o sociedade, tais como: o efeito da economia sobre o tipo de educatipo de educaçção ofertada pelo Estado; influência das ão ofertada pelo Estado; influência das forforçças e determinantes sociais nas mudanas e determinantes sociais nas mudançças as educacionais e culturais; instituieducacionais e culturais; instituiçções sociais ões sociais envolvidas no processo educacional (famenvolvidas no processo educacional (famíília, escola, lia, escola, igreja igreja etcetc); contribui); contribuiçção da desestruturaão da desestruturaçção social ão social para o desenvolvimento de problemas educacionais; para o desenvolvimento de problemas educacionais; democratizademocratizaçção e elitismo educacional; relaão e elitismo educacional; relaçções entre ões entre classe social, cultura e linguagem, e entre educaclasse social, cultura e linguagem, e entre educaçção e ão e ocupaocupaçção.ão.

O trabalho na sociedade capitalistaO trabalho na sociedade capitalista

TrabalhoTrabalho: no dicion: no dicionáário etimolrio etimolóógico, vem da palavra gico, vem da palavra trepaliumtrepalium;;TrepaliumTrepalium: : instrumento feito de três paus aguinstrumento feito de três paus aguççados, ados, ààs s vezes com pontas de ferro, usado para bater o trigo. Na vezes com pontas de ferro, usado para bater o trigo. Na maior parte dos dicionmaior parte dos dicionáários, ligarios, liga--se ao verbo se ao verbo triparetripare(torturar);(torturar);Para Marx Para Marx ““o trabalho o trabalho éé resultante do dispêndio de resultante do dispêndio de energia fenergia fíísica e mental, direta ou indiretamente sica e mental, direta ou indiretamente direcionado direcionado àà produproduçção de bens e servião de bens e serviçços, que os, que contribui para a reproducontribui para a reproduçção da vida humana individual e ão da vida humana individual e socialsocial”” (CALEGARI(CALEGARI--FALCO; FRANCHETTI, 2005, p.81);FALCO; FRANCHETTI, 2005, p.81);HistoricamenteHistoricamente, trabalho assume conceitos e , trabalho assume conceitos e importâncias distintas;importâncias distintas;HojeHoje, fruto da modernidade, de concep, fruto da modernidade, de concepçções que ões que emergem no processo de Revoluemergem no processo de Revoluçção Industrial, estão Industrial, estáá no no centro da vida individual e social;centro da vida individual e social;

Na Na Antiguidade GregaAntiguidade Grega era visto de forma negativa; era era visto de forma negativa; era fator de fator de inferiorizainferiorizaççãoão;;Na Na Idade MIdade Méédiadia era conseqera conseqüüência do pecado original. ência do pecado original. Para Santo TomPara Santo Tomáás de Aquino (ss de Aquino (sééc.XIII), era c.XIII), era áárduo, mas rduo, mas não deixava de ser um bem;não deixava de ser um bem;Na Na transitransiçção do feudalismo ao capitalismoão do feudalismo ao capitalismo (at(atéé a a Rev. Industrial), ganha forRev. Industrial), ganha forçça a classe burguesa: a partir a a classe burguesa: a partir do sdo sééculo XV, um amplo movimento (filosculo XV, um amplo movimento (filosóófico, fico, cientcientíífico, artfico, artíísticostico--cultural) lancultural) lançça bases para uma a bases para uma concepconcepçção positiva de trabalho.ão positiva de trabalho.O trabalho, no contexto da O trabalho, no contexto da RevoluRevoluçção Industrialão Industrial, , adquire caradquire carááter glorioso na vida humana.ter glorioso na vida humana.Passagem do Capitalismo Passagem do Capitalismo ConcorrencialConcorrencial ao ao Capitalismo MonopolistaCapitalismo Monopolista (final do s(final do sééc. XIX): surgem os c. XIX): surgem os grandes bancos, que passam a controlar indgrandes bancos, que passam a controlar indúústria, stria, comcoméércio, agricultura e pecurcio, agricultura e pecuáária; formamria; formam--se poderosas se poderosas empresas internacionais.empresas internacionais.

AplicaAplicaçção de conhecimentos cientão de conhecimentos cientííficos e ficos e tecnoltecnolóógicos na organizagicos na organizaçção do trabalho para ão do trabalho para aumento de produtividade e aumento de produtividade e disciplinarizadisciplinarizaççãoão do do operariado (operariado (fordismofordismo, , taylorismotaylorismo e e toyotismotoyotismo););Com o avanCom o avançço da sociedade capitalista: o da sociedade capitalista: PARTICIPAR DO MUNDO DO TRABALHO PARTICIPAR DO MUNDO DO TRABALHO ÉÉ A A GARANTIA DA CIDADANIA. Estar excluGARANTIA DA CIDADANIA. Estar excluíído dele do dele éé estar a margem da sociedade.estar a margem da sociedade.A crescente utilizaA crescente utilizaçção das mão das mááquinas, associada quinas, associada a utilizaa utilizaçção do trabalho feminino e infantil ão do trabalho feminino e infantil contribui para a desvalorizacontribui para a desvalorizaçção do trabalho ão do trabalho humano.humano.

ContemporaneidadeContemporaneidadeglobalizaglobalizaçção, neoliberalismo, avanão, neoliberalismo, avançço o tecnoltecnolóógico (principalmente informatizagico (principalmente informatizaçção), ão), indissociaindissociaççãoão das ciências aos processos das ciências aos processos produtivos, substituiprodutivos, substituiçção da mãoão da mão--dede--obra obra humana pela robhumana pela robóótica. Um mundo em constante tica. Um mundo em constante mutamutaçção que exige aprendizado constante. ão que exige aprendizado constante. desemprego estrutural: atinge tanto padesemprego estrutural: atinge tanto paííses ses desenvolvidos quanto subdesenvolvidos. desenvolvidos quanto subdesenvolvidos. FragmentaFragmentaçção da classe trabalhadora. Mercado ão da classe trabalhadora. Mercado formal e informal. Carformal e informal. Carááter destrutivo das ter destrutivo das transformatransformaçções nas ões nas úúltimas dltimas déécadas: cadas: subemprego, subemprego, deteriorizadeteriorizaççãoão da relada relaçção entre o ão entre o homem e a natureza. homem e a natureza.

No mundo atual, com os No mundo atual, com os Programas de Programas de Qualidade TotalQualidade Total, s, sóó estão aptos indivestão aptos indivííduos duos

capazes de:capazes de:

aprender constantemente;aprender constantemente;trabalhar em equipe;trabalhar em equipe;ter visão geral;ter visão geral;ConseqConseqüüênciasências: detrimento da reflexão e : detrimento da reflexão e distanciamento da solidariedade. A cada distanciamento da solidariedade. A cada dia os trabalhadores se tornam menos dia os trabalhadores se tornam menos necessnecessáários. rios.

EducaEducaçção e trabalho no Brasilão e trabalho no Brasil

ColôniaColônia15491549--17591759: jesu: jesuíítas (valores morais e tas (valores morais e espirituais da civilizaespirituais da civilizaçção ocidental); ão ocidental); Trabalho escravo: não havia funTrabalho escravo: não havia funçção de ão de reprodureproduçção da forão da forçça de trabalho a ser a de trabalho a ser produzida pela escola;produzida pela escola;17591759: Marques de : Marques de PompalPompal expulsa os expulsa os jesujesuíítas (situatas (situaçção educacional sem ão educacional sem mantmantéém).m).

ImpImpéériorio

18081808: finda da fam: finda da famíília real: necessidade lia real: necessidade de alguma formade alguma formaçção superior; educaão superior; educaçção ão elementar não recebe cuidados;elementar não recebe cuidados;

18221822: independência: nova pol: independência: nova políítica de tica de instruinstruçção popular. Alteraão popular. Alteraçções mões míínimas.nimas.

RepRepúúblicablica

RepRepúública velhablica velha: escravo substitu: escravo substituíído pelo do pelo imigrante: não havia funimigrante: não havia funçção de reproduão de reproduçção da ão da forforçça de trabalho a ser produzida pela escola;a de trabalho a ser produzida pela escola;

ApApóós a Primeira Guerra Mundial e Crise de s a Primeira Guerra Mundial e Crise de 2929: altera: alteraçção no modelo econômico: nascimento ão no modelo econômico: nascimento da industrializada industrializaçção, inão, iníício da nacionalizacio da nacionalizaçção da ão da economia, nascimento da burguesia industrial economia, nascimento da burguesia industrial urbana. Organizaurbana. Organizaçção de sindicatos, muitas ão de sindicatos, muitas greves, protestos e revoltas tenentistas.greves, protestos e revoltas tenentistas.

A educaA educaçção bão báásica apsica apóós 1930s 1930sistema educacional pensado para atender sistema educacional pensado para atender ààs mudans mudançças macroas macro--estruturais. Introduzestruturais. Introduz--se o ensino profissionalizante (para classes se o ensino profissionalizante (para classes menos privilegiadas); tornammenos privilegiadas); tornam--se obrigatse obrigatóórias as disciplinas de rias as disciplinas de EducaEducaçção Moral e Polão Moral e Políítica da Constituitica da Constituiçção (consciência da ão (consciência da importância do sistema educacional para assegurar e consolidar importância do sistema educacional para assegurar e consolidar mudanmudançças). No Estado Novo: transformar o sistema educacional as). No Estado Novo: transformar o sistema educacional em um instrumento eficaz de manipulaem um instrumento eficaz de manipulaçção das classes ão das classes subalternas;subalternas;Entre 1945 e inEntre 1945 e iníício dos anos 60: Momento de euforia econômica. cio dos anos 60: Momento de euforia econômica. PolPolíítica educacional: reflete ambivalência dos grupos do poder tica educacional: reflete ambivalência dos grupos do poder (projeto de lei entra em tramita(projeto de lei entra em tramitaçção em 1948, mas o texto ão em 1948, mas o texto definitivo sdefinitivo sóó éé sancionado em 1961);sancionado em 1961);golpe militar de 1964: destrgolpe militar de 1964: destróói o estado de direito. Desnacionaliza i o estado de direito. Desnacionaliza a economia. Novas exigências são postas a economia. Novas exigências são postas àà educaeducaçção: o novo ão: o novo projeto passa pelo crivo dos interesses do grupo militarprojeto passa pelo crivo dos interesses do grupo militar--tecnocrtecnocráático, excluindo professores e demais representantes do tico, excluindo professores e demais representantes do debate: deveriam apenas seguir;debate: deveriam apenas seguir;Final dFinal déécada de 70, incada de 70, iníício de 80: regime militar enfraquecido; cio de 80: regime militar enfraquecido; lento processo de democratizalento processo de democratizaçção e o debate pedagão e o debate pedagóógico gico ééreavivado;reavivado;1988: nova constitui1988: nova constituiçção.ão.

Discussões atuais sobre a Sociologia da Discussões atuais sobre a Sociologia da EducaEducaçção.ão.

DermevalDermeval Saviani, Pablo Saviani, Pablo GentiliGentili, Jos, Joséé Carlos Carlos LibâneoLibâneo, Moacir , Moacir GadottiGadotti, Gaudêncio , Gaudêncio FrigottoFrigotto: : esta esta áárea de conhecimento procura tratar das rea de conhecimento procura tratar das relarelaçções entre escola e sociedade de forma ões entre escola e sociedade de forma crcríítica, analisando as causas e as tica, analisando as causas e as conseqconseqüüências da interferência de questões ências da interferência de questões sociais no censociais no cenáário educacional. Diferente da rio educacional. Diferente da concepconcepçção defendida por ão defendida por DurkheimDurkheim(reprodu(reproduçção), propõem o desenvolvimento ão), propõem o desenvolvimento crcríítico dos professores e alunos para a tico dos professores e alunos para a compreensão das transformacompreensão das transformaçções sociais e a ões sociais e a busca de caminhos que superem a reprodubusca de caminhos que superem a reproduçção.ão.

As principais teorias da As principais teorias da educaeducaçção no Brasilão no Brasil

AnAnáálise: lise: prevalecimentoprevalecimento do ensino do ensino tradicional, voltado para a formatradicional, voltado para a formaçção da ão da elite. elite.

Teorias nãoTeorias não--crcrííticasticas

não colaboram com a transformanão colaboram com a transformaçção ão social;social;a funa funçção da educaão da educaçção ão éé corrigir o homem.corrigir o homem.

Pedagogia TradicionalPedagogia Tradicionalmeados do smeados do sééculo XIX: reeducar o homem para o culo XIX: reeducar o homem para o trabalho;trabalho;objetivo: perpetuar a sociedade (direitos e forobjetivo: perpetuar a sociedade (direitos e forçça de a de trabalho);trabalho);privilegia o conhecimento enciclopprivilegia o conhecimento enciclopéédico e contribui para dico e contribui para a consolidaa consolidaçção da burguesia como classe dominante;ão da burguesia como classe dominante;busca a padronizabusca a padronizaçção dos indivão dos indivííduos;duos;educaeducaçção aparece como remão aparece como reméédio para todos os males;dio para todos os males;organizador: o professor organizador: o professor éé o detentor do conhecimento. o detentor do conhecimento. Fundamentada em Herbart. Não favorece o Fundamentada em Herbart. Não favorece o desenvolvimento autônomo, educa para o trabalho: desenvolvimento autônomo, educa para o trabalho: homens obedientes, que não conhecem suas homens obedientes, que não conhecem suas determinadeterminaçções histões históóricas;ricas;alcanalcanççou um grande contingente e colaborou para a ou um grande contingente e colaborou para a elevaelevaçção intelectual do povo. Como não propõe crão intelectual do povo. Como não propõe críítica tica ààsociedade, sociedade, éé denominada Tradicional.denominada Tradicional.

Pedagogia NovaPedagogia Novano Brasil: Manifesto dos Pioneiros da Educano Brasil: Manifesto dos Pioneiros da Educaçção Nova ão Nova (1932);(1932);criticam a escola tradicional, diziam que o problema da criticam a escola tradicional, diziam que o problema da tradicional era ter como pressuposto a igualdade entre tradicional era ter como pressuposto a igualdade entre os homens;os homens;novo discurso: descoberta e aceitanovo discurso: descoberta e aceitaçção das diferenão das diferençças as individuais; bem como o trabalho com a subjetividade;individuais; bem como o trabalho com a subjetividade;cabe cabe àà educaeducaçção corrigir diferenão corrigir diferençças sociais;as sociais;papel da educapapel da educaçção: transpor barreiras de diferenão: transpor barreiras de diferençças, as, para alcanpara alcanççar um estado social plenamente nivelado;ar um estado social plenamente nivelado;o professor deixa de ser o centro; o instrumento o professor deixa de ser o centro; o instrumento fundamental passa a ser o ambiente e a organizafundamental passa a ser o ambiente e a organizaçção da ão da aula.aula.sua prsua práática stica sóó favoreceu nfavoreceu nííveis mais altos da sociedade.veis mais altos da sociedade.

Pedagogia TecnicistaPedagogia Tecnicistaditadura militar: valorizaditadura militar: valorizaçção da tão da téécnica fabril cnica fabril nortenorte--americana. Tamericana. Téécnica incorporada cnica incorporada àà escola escola (2a metade do s(2a metade do sééculo XX);culo XX);abandonaabandona--se o aspecto subjetivo e centralizase o aspecto subjetivo e centraliza--se se o trabalho no professor;o trabalho no professor;enfoque: padronizaenfoque: padronizaçção e burocratizaão e burocratizaçção do ão do ensino; formar pessoas eficientes e produtivas; ensino; formar pessoas eficientes e produtivas; preocupapreocupaçção com tão com téécnicas e resultados.cnicas e resultados.

Teorias CrTeorias Crííticasticasdesfazdesfaz--se a falsa afirmase a falsa afirmaçção de que a educaão de que a educaçção ão éé garantia da igualdade e da universalidade do garantia da igualdade e da universalidade do conhecimento;conhecimento;teorias crteorias crííticas fundamentamticas fundamentam--se luta de classes se luta de classes (rela(relaçção dominantes X dominados);ão dominantes X dominados);GirouxGiroux: a razão positivistas tornou a ideologia : a razão positivistas tornou a ideologia iluminista reacioniluminista reacionáária;ria;dividemdividem--se em dois grupos: se em dois grupos: ““crcrííticotico--reprodutivistasreprodutivistas”” e e ““crcrííticas da resistênciaticas da resistência””..

Teorias Teorias CrCrííticotico--ReprodutivistasReprodutivistas

analisam a educaanalisam a educaçção com base nas ão com base nas relarelaçções de produões de produçção;ão;escola tem suma importância na escola tem suma importância na reprodureproduçção da cultura dominante;ão da cultura dominante;MMéérito: anrito: anáálise, crlise, críítica e teorizatica e teorizaçção da ão da funfunçção social da escola na sociedade ão social da escola na sociedade capitalista.capitalista.

Teorias de ReproduTeorias de Reproduççãoão

Teorias da ReproduTeorias da Reproduçção Socialão Social::Althusser (1970). Althusser (1970). A ideologia e os aparelhos ideolA ideologia e os aparelhos ideolóógicos gicos de Estadode Estado. Escola, religião, fam. Escola, religião, famíília, mlia, míídia, entre outras, dia, entre outras, constituem aparelhos ideolconstituem aparelhos ideolóógicos (instituigicos (instituiçções culturais ões culturais de massa).de massa).

Teorias da ReproduTeorias da Reproduçção Culturalão Cultural::BourdieuBourdieu e e PasseronPasseron. . A reproduA reproduççãoão (1970): a cultura (1970): a cultura ensinada (imposta) na escola ensinada (imposta) na escola éé a cultura dominante a cultura dominante (violência simb(violência simbóólica). Vista como natural, privilegia os lica). Vista como natural, privilegia os alunos que jalunos que jáá possuem prpossuem préé--requisitos culturais.requisitos culturais.

Teoria CrTeoria Críítica da Resistênciatica da Resistênciabaseadas nos estudos das teorias baseadas nos estudos das teorias crcrííticotico--reprodutivistasreprodutivistas;;escola escola éé agente reprodutor, mas tambagente reprodutor, mas tambéém comporta m comporta mecanismos de mecanismos de instrumentalizainstrumentalizaççãoão para as classes para as classes populares, para a realizapopulares, para a realizaçção da transformaão da transformaçção. A ão. A escola, ao mesmo tempo, reproduz e resiste; escola, ao mesmo tempo, reproduz e resiste;

Pedagogia Pedagogia histhistóóricorico--crcrííticatica (ou pedagogia cr(ou pedagogia crííticotico--social social dos contedos conteúúdos)dos)Para Saviani, Para Saviani, ““a funa funçção primordial da educaão primordial da educaçção ão éé a a transmissão de conhecimentos historicamente transmissão de conhecimentos historicamente acumulados a todos os grupos sociaisacumulados a todos os grupos sociais”” (CALEGARI(CALEGARI--FALCO; ITODA, 2005. p.122);FALCO; ITODA, 2005. p.122);valoriza os conhecimentos dos alunos e do professor valoriza os conhecimentos dos alunos e do professor (conhecimento total e acesso a todas as visões (conhecimento total e acesso a todas as visões posspossííveis de um mesmo conteveis de um mesmo conteúúdo);do);

São direitos do aluno: conhecer as relaSão direitos do aluno: conhecer as relaçções de ões de produproduçção do conhecimento; perceber que ão do conhecimento; perceber que qualquer assunto tratado na escola tem origem qualquer assunto tratado na escola tem origem na sociedade; reconhecerna sociedade; reconhecer--se como sujeito em se como sujeito em construconstruçção; ser um cidadão crão; ser um cidadão críítico e reflexivo;tico e reflexivo;não desvaloriza nem exalta nenhum dos não desvaloriza nem exalta nenhum dos elementos educacionais, aluno, professor ou elementos educacionais, aluno, professor ou recursos;recursos;propõe a democratizapropõe a democratizaçção do conhecimento;ão do conhecimento;NÃO se volta para a mudanNÃO se volta para a mudançça de postura do a de postura do indivindivííduo e, consequentemente para a duo e, consequentemente para a transformatransformaçção social; mas, em fornecer meios ão social; mas, em fornecer meios de desenvolver uma postura crde desenvolver uma postura críítica, que pode tica, que pode auxiliar na transformaauxiliar na transformaçção.ão.

A sociologia e as transformaA sociologia e as transformaçções na sociedade ões na sociedade capitalistacapitalista

Emergiram a partir da segunda metade do Emergiram a partir da segunda metade do ssééculo XX, e se tornaram evidentes no inculo XX, e se tornaram evidentes no iníício cio deste sdeste sééculo;culo;SSééculo XX: desenvolvimento de tecnologias culo XX: desenvolvimento de tecnologias comunicacionaiscomunicacionais e e informacionaisinformacionais estruturando estruturando as pras próóprias sociedades: fez surgir uma cultura prias sociedades: fez surgir uma cultura de massa desejosa de conquistar um mercado de massa desejosa de conquistar um mercado maior e dirigir os seus produtos a consumidores maior e dirigir os seus produtos a consumidores em expansão;em expansão;A internet aliada aos sistemas A internet aliada aos sistemas multimedimultimediááticosticos, , como o computador, que recomo o computador, que reúúne ne media media dispersos dispersos (a televisão, o telefone, o r(a televisão, o telefone, o ráádio e o jornal), dio e o jornal), aprofundou esta tendência. aprofundou esta tendência.

O desafio da sociologiaO desafio da sociologiaProcurar compreender todas essas mudanProcurar compreender todas essas mudançças, as,

pressupõe uma sociologia humilde e plural. pressupõe uma sociologia humilde e plural. Plural (Plural (interdisciplinariedadeinterdisciplinariedade: importância de : importância de outras disciplinas);outras disciplinas);Humilde (neutralidade cientHumilde (neutralidade cientíífica mostroufica mostrou--se um se um mito): A ciência que se pretendia soberana, mito): A ciência que se pretendia soberana, acima dos fenômenos, subsumindoacima dos fenômenos, subsumindo--os, os, conduziu a um repensar da prconduziu a um repensar da próópria atividade do pria atividade do investigador. investigador.

EducaEducaçção e trabalho na ão e trabalho na sociedade contemporâneasociedade contemporânea

Sociedade de consumo: ESTAR DISPONSociedade de consumo: ESTAR DISPONÍÍVEL VEL NÃO SIGNIFICA SER ACESSNÃO SIGNIFICA SER ACESSÍÍVEL; VEL; Atualmente: diminuiAtualmente: diminuiçção da oferta de emprego ão da oferta de emprego (trabalho humano substitu(trabalho humano substituíído pelas mdo pelas mááquinas). quinas). A boa qualificaA boa qualificaçção profissional não ão profissional não éé garantia de garantia de oportunidade de trabalho;oportunidade de trabalho;necessidade de se estabelecer novos fins e necessidade de se estabelecer novos fins e objetivos para uma educaobjetivos para uma educaçção mais condizente ão mais condizente com a realidade;com a realidade;contradicontradiçção da sociedade capitalista (trabalho ão da sociedade capitalista (trabalho humano como principal fonte de riqueza X falta humano como principal fonte de riqueza X falta de trabalho). de trabalho).

As funAs funçções sociais da Sociologia ões sociais da Sociologia na atualidadena atualidade

ÀÀ educaeducaçção ão éé atribuatribuíída a responsabilidade da a responsabilidade de formar e educar conforme as de formar e educar conforme as necessidades da sociedade atual, a necessidades da sociedade atual, a sociedade do conhecimento;sociedade do conhecimento;Estar em consonância com as Estar em consonância com as necessidades do mercado sem reduzir a necessidades do mercado sem reduzir a sua funsua funçção de formadora de um cidadão ão de formadora de um cidadão crcríítico e apto a lidar com todas as tico e apto a lidar com todas as situasituaçções que possam surgir na vida;ões que possam surgir na vida;

Diferentes definiDiferentes definiçções da funões da funçção e/ou papel da ão e/ou papel da escola no contexto atual: escola no contexto atual:

Preparar as novas geraPreparar as novas geraçções para enfrentamento das ões para enfrentamento das exigências postas pela sociedade;exigências postas pela sociedade;reduzir a distância entre a ciência, a cultura cotidiana e a reduzir a distância entre a ciência, a cultura cotidiana e a provida pela escolarizaprovida pela escolarizaçção;ão;ajudar os alunos a tornaremajudar os alunos a tornarem--se sujeitos pensantes, capazes se sujeitos pensantes, capazes de compreensão ede compreensão e ee apropriaapropriaçção crão críítica da realidade;tica da realidade;propor respostas educativas e metodolpropor respostas educativas e metodolóógicas que gicas que correspondam correspondam ààs novas necessidades, como a capacitas novas necessidades, como a capacitaçção ão tecnoltecnolóógica, a diversidade cultural, a alfabetizagica, a diversidade cultural, a alfabetizaçção ão tecnoltecnolóógica, a gica, a superinformasuperinformaççãoão, o relativismo , o relativismo éético, a tico, a consciência ecolconsciência ecolóógica;gica;funfunçção especão especíífica educativa, ligada a questões do fica educativa, ligada a questões do conhecimento; conhecimento; resgatar a importância da escola;resgatar a importância da escola;reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado;problema do saber sistematizado;

ser o lugar prser o lugar próóprio no qual se inicia e se sedimenta a prio no qual se inicia e se sedimenta a capacidade de manejar e produzir conhecimentos capacidade de manejar e produzir conhecimentos (condi(condiçção primordial da oportunidade de ão primordial da oportunidade de desenvolvimento);desenvolvimento);assumir a condiassumir a condiçção de lugar de formaão de lugar de formaçção de um tipo ão de um tipo essencial de competência frente a formaessencial de competência frente a formaçção da ão da cidadania e frente cidadania e frente ààs mudans mudançças na sociedade e na as na sociedade e na economia;economia;propiciar um ambiente em que os professores e alunos, propiciar um ambiente em que os professores e alunos, sujeitos do processo, possam sujeitos do processo, possam gestargestar projetos conjuntos projetos conjuntos que propiciem a produque propiciem a produçção de conhecimento; ão de conhecimento; ApresentarApresentar--se como um ambiente inovador, se como um ambiente inovador, transformador e participativo, no qual os alunos e os transformador e participativo, no qual os alunos e os professores sejam reconhecidos como sujeitos capazes professores sejam reconhecidos como sujeitos capazes de inovar e de produzir conhecimento.de inovar e de produzir conhecimento.

Possibilidades para o trabalho docentePossibilidades para o trabalho docente

Refletir sobre um novo conceito de educaRefletir sobre um novo conceito de educaçção e ão e sobre o papel do professor na sociedade sobre o papel do professor na sociedade globalizada e tecnolglobalizada e tecnolóógica:gica:1) forma1) formaçção dos professores (distância entre o ão dos professores (distância entre o aprendizado universitaprendizado universitáário e as exigências rio e as exigências escolares);escolares);2) valoriza2) valorizaçção social do professor: melhorar a ão social do professor: melhorar a remuneraremuneraçção; diminuir a carga de trabalho; ão; diminuir a carga de trabalho; garantir melhores condigarantir melhores condiçções de trabalho (salas ões de trabalho (salas menos numerosas, adequamenos numerosas, adequaçção do espaão do espaçço fo fíísico, sico, acesso acesso àà tecnologia);tecnologia);Necessidade de polNecessidade de polííticas pticas púúblicas que valorizem blicas que valorizem a educaa educaçção, a escola e o professor.ão, a escola e o professor.

ImplicaImplicaçções da industrial cultural ões da industrial cultural ààeducaeducaçção escolarão escolar

Ideologia e indIdeologia e indúústria culturalstria culturalIdeologia = falseamento da realidade (Marx e Ideologia = falseamento da realidade (Marx e EngelsEngels););o termo o termo ““indindúústria culturalstria cultural”” foi utilizado pela foi utilizado pela primeira vez em 1947, por Adorno e primeira vez em 1947, por Adorno e HorkheimerHorkheimer, em um livro intitulado , em um livro intitulado ““DialDialéética do tica do EsclarecimentoEsclarecimento””. A cultura passa a ter, nesse . A cultura passa a ter, nesse sentido, uma dimensão massificada, perdendo o sentido, uma dimensão massificada, perdendo o seu carseu carááter de consistência civilizadora e ter de consistência civilizadora e emancipatemancipatóóriaria e exercendo uma fune exercendo uma funçção ão ideolideolóógica. gica.

IndIndúústria cultural e stria cultural e entretenimentoentretenimento

A diversão A diversão éé elaborada de forma que o elaborada de forma que o espectador não precise espectador não precise ““pensarpensar””, ou seja, , ou seja, qualquer esforqualquer esforçço intelectual o intelectual éé evitado. evitado. Rouba dos sujeitos a capacidade de Rouba dos sujeitos a capacidade de reflexão.reflexão.

Reflexões sobre a escola, Reflexões sobre a escola, ideologia e indideologia e indúústria culturalstria cultural

““A linguagem de fA linguagem de fáácil assimilacil assimilaçção da televisão e ão da televisão e a fragilidade da escola são fatores que a fragilidade da escola são fatores que contribuem para transformar a televisão em uma contribuem para transformar a televisão em uma fonte de entretenimento e diversão para as fonte de entretenimento e diversão para as criancriançças e jovens. A escola, que continua as e jovens. A escola, que continua mantendo o modelo tradicional de ensino, tornamantendo o modelo tradicional de ensino, torna--se um local monse um local monóótono e desinteressante. O tono e desinteressante. O professor enfrenta o grande desafio de lidar com professor enfrenta o grande desafio de lidar com educandoseducandos que, mediados pela linguagem da que, mediados pela linguagem da mmíídia, vêm dia, vêm semiformadossemiformados, antes mesmo de , antes mesmo de ingressar na vida escolar, apresentando perfis ingressar na vida escolar, apresentando perfis com os quais ainda não estamos preparados com os quais ainda não estamos preparados para lidarpara lidar”” (TOMITA; TERUYA; SANTOS, 2005, (TOMITA; TERUYA; SANTOS, 2005, p. 89).p. 89).

Nos dias de hoje, em que as crianNos dias de hoje, em que as criançças as crescem em frente crescem em frente àà televisão e ao televisão e ao

computador, e jcomputador, e jáá vêm para as escolas vêm para as escolas semiformadassemiformadas, qual o papel do , qual o papel do

professor?professor?

MediaMediaçção entre o aluno e as mensagens ão entre o aluno e as mensagens midimidiááticasticas. Deve ajudar seus alunos a . Deve ajudar seus alunos a formar uma consciência crformar uma consciência críítica sobre as tica sobre as informainformaçções obtidas atravões obtidas atravéés desses s desses meios.meios.

A questão curricular no BrasilA questão curricular no Brasil

A A Nova Sociologia da EducaNova Sociologia da Educaççãoão voltavolta--se se para o estudo do currpara o estudo do curríículo.culo.CurrCurríículo: elaboraculo: elaboraçção conjunta da escola ão conjunta da escola (corpo administrativo, docentes, pais); (corpo administrativo, docentes, pais); expressa entendimento da escola sobre o expressa entendimento da escola sobre o homem, a sociedade e a educahomem, a sociedade e a educaçção. Mas ão. Mas sua efetivasua efetivaçção passa pelas visões ão passa pelas visões construconstruíídas por professores e alunos. Sua das por professores e alunos. Sua inconsistência estinconsistência estáá ligada ao ligada ao currcurríículo culo ocultooculto..

Teorias CurricularesTeorias CurricularesCurrCurríículo tradicionalculo tradicional -- por não discutir relapor não discutir relaçções ões de poder e ideologia, defende a postura da de poder e ideologia, defende a postura da neutralidade escolar.neutralidade escolar.CurrCurríículo crculo críítico tico -- questiona a identidade e a questiona a identidade e a funfunçção do homem que se estão do homem que se estáá formando. formando. Procura desvendar mecanismos de dominaProcura desvendar mecanismos de dominaçção ão existentes no currexistentes no curríículo.culo.-- ““currcurríículo ocultoculo oculto””: o professor, : o professor, conscientemente ou não, privilegia, em seus conscientemente ou não, privilegia, em seus discursos, certas atitudes, inculcando discursos, certas atitudes, inculcando preconceitos em seus alunos.preconceitos em seus alunos.

CurrCurríículo pculo póóss--CrCríítico tico –– vertentes vertentes MulticulturalistasMulticulturalistas

trazer para o universo escolar as diversas trazer para o universo escolar as diversas culturas.culturas.fundamentafundamenta--se na perspectiva pse na perspectiva póóss--moderna e na existência de inmoderna e na existência de inúúmeras meras verdades, que passam por relaverdades, que passam por relaçções de ões de poder.poder.MulticulturalismoMulticulturalismo tornatorna--se um instrumento se um instrumento de luta polde luta políítica.tica.

Falso Falso multiculturalismomulticulturalismo ((multiculturalismomulticulturalismo humanista)humanista)::

Aceita o outro enquanto exAceita o outro enquanto exóótico; aceita a cultura do outro tico; aceita a cultura do outro se se enclausuradoenclausurado no seu prno seu próóprio meio. Essa prio meio. Essa éé a a concepconcepçção predominante nos livros didão predominante nos livros didááticos brasileiros.ticos brasileiros.

1. 1. multiculturismomulticulturismo reparadorreparador: compensar sujeitos : compensar sujeitos prejudicados pelo discurso dominante (Ex.: plano de prejudicados pelo discurso dominante (Ex.: plano de cotas para o ensino superior);cotas para o ensino superior);2. 2. folclorismofolclorismo: diferentes verdades são : diferentes verdades são ““curiosidadescuriosidades””;;3. 3. reducionismo reducionismo identitidentitááriorio: reduz: reduz--se todo um povo a se todo um povo a um aspecto cultural;um aspecto cultural;4. 4. guetizaguetizaççãoão culturalcultural: oferece espa: oferece espaçço para discussão o para discussão polpolíítica de um tica de um úúnico grupo social. nico grupo social.

Corrente crCorrente críítica da teoria tica da teoria curricular curricular multiculturalistamulticulturalista: :

DiferenDiferençças são produzidas e reproduzidas nas as são produzidas e reproduzidas nas relarelaçções de poder:ões de poder:1. Concep1. Concepçção pão póóss--estruturalista: diferenestruturalista: diferençças são as são produzidas nos discursos, não existe produzidas nos discursos, não existe ““aa””verdade, mas, versões de verdades passverdade, mas, versões de verdades passííveis veis de discussão;de discussão;2. Concep2. Concepçção materialista: discursos ão materialista: discursos entrelaentrelaççados com relaados com relaçções econômicas. O foco ões econômicas. O foco das desigualdades não estdas desigualdades não estáá nos discursos, mas nos discursos, mas nas relanas relaçções que reproduzem.ões que reproduzem.

Bibliografia e referênciasBibliografia e referências

ExtraExtraíídas de:das de:CALEGARICALEGARI--FALCO, FALCO, A. M.A. M. (org). (org). Sociologia da educaSociologia da educaçção: mão: múúltiplos olhares. ltiplos olhares. MaringMaringáá: EDUEM, 2005.: EDUEM, 2005.CALEGARICALEGARI--FALCO, FALCO, A. M.A. M. (org). (org). Sociologia da educaSociologia da educaçção: olhares para a ão: olhares para a escola de hoje. Maringescola de hoje. Maringáá: EDUEM, 2005.: EDUEM, 2005.