Discurso do Presidente Antônio Neto, em 13/07/2012, quando foi homenageado pela Câmara do Rio de...
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Veja abaixo o discurso do presidente do Sindpd e da Central Sindical de Profissionais (CSP), Antonio Neto,
no dia 13/07/2012, quando foi homenageado pela Câmara do Rio de Janeiro
Meus amigos, companheiros de jornada.
Mais uma vez venho ao Rio de Janeiro.
acolhedor, mas por emanar de suas ruas uma história de lutas e batalhas pela democracia, liberdade e pela
construção de um Brasil mais justo e igualitário.
Venho aqui hoje não apenas para o
honrosa e inestimável homenagem.
prazer de rever e encontrar amigos tão queridos, personalidades ilustres, e, especialmente
proposta pelo vereador Leonel Brizola Neto, jovem companheiro, que como o seu irmão, ministro Brizola
Neto, já é dono de uma bagagem fenomenal de serviços prestados ao Brasil e ao povo brasileiro.
E me refiro distintamente à trajetória de lu
antepassados, não teria adjetivos suficientes para descrever.
vosso avô, o grande líder revolucionário e combatente Leonel Brizola, e vosso t
história de nosso povo, especialmente na minha, que sou um dos seus eternos admiradores.
Brizola e Jango foram formados em terras do Sul. Carregaram consigo toda a garra e nacionalismo dos
gaúchos.
presidente do Sindpd e da Central Sindical de Profissionais (CSP), Antonio Neto,
homenageado pela Câmara do Rio de Janeiro.
companheiros de jornada. Irmãos de trincheira e combate.
Mais uma vez venho ao Rio de Janeiro. Cidade maravilhosa! Não só por suas belezas naturais, por seu povo
acolhedor, mas por emanar de suas ruas uma história de lutas e batalhas pela democracia, liberdade e pela
construção de um Brasil mais justo e igualitário.
Venho aqui hoje não apenas para organizar a luta, como muitas vezes o fizemos, mas para receber esta
honrosa e inestimável homenagem. Homenagem esta que me enche de orgulho por proporcionar também o
prazer de rever e encontrar amigos tão queridos, personalidades ilustres, e, especialmente
proposta pelo vereador Leonel Brizola Neto, jovem companheiro, que como o seu irmão, ministro Brizola
Neto, já é dono de uma bagagem fenomenal de serviços prestados ao Brasil e ao povo brasileiro.
E me refiro distintamente à trajetória de luta de ambos. Se acrescentarmos a história de luta familiar, de seus
antepassados, não teria adjetivos suficientes para descrever. É difícil falar da importância de figuras como
vosso avô, o grande líder revolucionário e combatente Leonel Brizola, e vosso tio, João Goulart, têm na
história de nosso povo, especialmente na minha, que sou um dos seus eternos admiradores.
Brizola e Jango foram formados em terras do Sul. Carregaram consigo toda a garra e nacionalismo dos
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presidente do Sindpd e da Central Sindical de Profissionais (CSP), Antonio Neto,
Cidade maravilhosa! Não só por suas belezas naturais, por seu povo
acolhedor, mas por emanar de suas ruas uma história de lutas e batalhas pela democracia, liberdade e pela
rganizar a luta, como muitas vezes o fizemos, mas para receber esta
Homenagem esta que me enche de orgulho por proporcionar também o
prazer de rever e encontrar amigos tão queridos, personalidades ilustres, e, especialmente, por ter sido
proposta pelo vereador Leonel Brizola Neto, jovem companheiro, que como o seu irmão, ministro Brizola
Neto, já é dono de uma bagagem fenomenal de serviços prestados ao Brasil e ao povo brasileiro.
ta de ambos. Se acrescentarmos a história de luta familiar, de seus
É difícil falar da importância de figuras como
io, João Goulart, têm na
história de nosso povo, especialmente na minha, que sou um dos seus eternos admiradores.
Brizola e Jango foram formados em terras do Sul. Carregaram consigo toda a garra e nacionalismo dos
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Talvez o presidente Getúlio Vargas tenha definido muito bem o significado do gaúcho na história do país.
Dizia ele que "foi o amor à liberdade que suscitou as legiões farroupilhas". "Foi para sustentar essa liberdade,
cuja supressão quebraria os elos da unidade nacional, que o Rio Grande chamou a rebate o Brasil inteiro, em
1930".
"Guarda fiel dessa unidade, que é testemunho maior da nossa grandeza, o gaúcho não poderia refugir aos
seus compromissos, nem procrastiná-los, sem faltar ao primacial dever que sempre lhe dirigiu as ações".
Estas palavras refletem bem a cepa que forjou os combatentes e militantes trabalhistas. Porque nenhuma
palavra é superior aos atos. E é com os atos - e não com palavras - que se faz a história. Por este motivo a
história de Brizola, de Jango e de seus correligionários nunca será maculada.
Vereador: muito obrigado por esta honra e parabéns pela vossa luta!
Meus amigos,
Antes de prosseguir, gostaria de fazer alguns agradecimentos especiais. À minha esposa, Rosa Maria,
companheira inseparável e amorosa. A meus filhos, Marisa, Fernando e César Augusto e ao meu netinho
Fernando, que acabou de completar um aninho de vida. Gostaria também de dedicar esta medalha a duas
pessoas fundamentais na vida. Meu pai, Guarino Fernandes dos Santos, líder ferroviário e trabalhista
destemido, e ao meu irmão Carlos Alberto, que deixou em minha vida uma saudade imensa pelo carinho e
companheirismo que sempre dedicou a mim.
Muito obrigado meu pai, muito obrigado meu irmão. Vosso amor e exemplos pavimentaram o meu caminho e
meus atos. Podem estar certos de que jamais abandonarei meus ideais. Sim, enquanto houver neste mundo
um ser humano passando fome; Enquanto houver neste país um filho de trabalhador sem acesso ao ensino
fundamental e universitário; Enquanto houver ameaça a nossas riquezas naturais; Enquanto houver a mínima
exploração do homem sobre o homem ou qualquer pigmento de espoliação estrangeira; Nós seguiremos em
combate. Lutaremos até o último suspiro.
Companheiros,
Todos aqui sabem que o último ano foi bastante intenso para nós. Passamos por um processo político
traumático, que culminou numa série de ataques a nossa honra. Conspiraram, mentiram, acusaram, fizeram
o inimaginável. Mas transformamos toda a ingratidão em trabalho. Desmontamos todas as mentiras e
crescemos. Isso é natural, assim segue a vida.
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Como diz o poeta argentino Francisco Luiz Bernárdez: "O que a árvore ostenta de florido, vive do que ela
oculta sepultado". Raízes, meus amigos, e ao longo de nossa vida tivemos uma conduta, uma militância e
uma história que fortaleceu nossas raízes e nos garantiu, graças a Deus, a coragem de seguir em frente e a
força de nunca desistir da luta.
Neste ponto quero render uma homenagem a todas as lideranças que nos ajudam a construir a CSP, esta
central que em poucos meses alcançou um crescimento vertiginoso. Creio que nenhuma central conseguiu
reunir, em tão pouco tempo, tantos dirigentes sindicais irmanados por um ideal. Em menos de seis meses
atingimos 330 sindicatos e 17 federações.
Colocamos a meta de filiar 300 sindicatos até meados de 2012. Meta cumprida. Seguimos agora para
alcançarmos os 600 sindicatos até o final do ano e tenho certeza que vamos conseguir, porque quem fez o
que já fizemos, quem enfrentou o que enfrentamos, quem luta como lutamos, consegue tudo. Meus amigos,
quero aproveitar este momento para fazer um agradecimento especial. Como vocês sabem, recentemente,
nos dias 12 e 13 de junho, tivemos a honra de sermos reconduzidos, com 93% dos votos, para mais uma
gestão à frente do Sindpd.
Além do reconhecimento da categoria, que já havia aprovado nossa gestão com 89% segundo pesquisa
Datafolha, tivemos a honra de receber dezenas de declarações de apoio dos mais diversos setores da
sociedade.
Agradeço publicamente o carinho destinado pelo vereador Leonel Brizola Neto, pelo seu apoio; ao
companheiro Lula e ao ministro Dulci, que nos enviaram mensagens que muito nos honram. Aos presidentes
das centrais sindicais co-irmãs da Força, CTB, UGT e Nova Central, a todos os dirigentes da CSP e aos
parlamentares, prefeitos e vice-prefeitos que fizeram questão de registrar seu apoio a nossa chapa.
Muito obrigado! Companheiros, as nossas conquistas mostram que não haverá pedra no caminho que possa
impedir o nosso avanço. Não temos medo de desafios. Mas porque estamos nesta luta? Estamos nesta luta
para catalisar as forças progressistas da sociedade. Estamos construindo uma nova alternativa para o
movimento sindical porque queremos avançar. Por termos claros os nossos princípios, podemos avançar
conscientemente e propor algo novo, moderno, eficaz.
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O Brasil hoje vive uma nova realidade. Mesmo diante de todas as vacilações, mesmo diante de toda a
disputa, podemos afirmar que nos impusemos e ajudamos a estruturar um novo e revolucionário projeto para
o país, que resgatou a autoestima do povo, iniciou o processo de distribuição de renda e nos levou para um
cenário ascendente de desenvolvimento econômico e social.
Isto não é obra de um partido. Isto não é obra de um homem. Isto não é obra do acaso, é resultado do
amadurecimento da sociedade brasileira e, principalmente, da unidade de ação das forças progressistas do
país, que conseguiram transformar os anseios do povo mais humilde em realizações. Eu sempre faço uma
analogia entre a situação atual com o que o país viveu após 1930.
Em minha opinião, ambos os períodos, a seu modo, foram revolucionários. Porque acredito que mais do que
construir os pilares que permitiram o Brasil crescer a uma média de 7% ao ano no período entre 1930 e 1980,
Getúlio incutiu um novo paradigma na sociedade. Este novo pensamento estava embasado na convicção de
que o povo brasileiro deveria conquistar, efetivamente, a sua independência econômica e social.
O governo tinha consciência de que a condição de subserviência e o consequente subdesenvolvimento
relegariam o Brasil a um perverso circulo de exclusão social. Sem empurrar para segundo plano os
programas, as instituições e o conjunto do legado de Getúlio, me arrisco a afirmar que o fator mais importante
desta revolução estava concentrado na recuperação da autoestima do povo.
Anos de colonialismo e de um regime econômico praticamente feudal criaram uma elite vergonhosamente
submetida aos interesses externos. Criou-se um mito de que o Brasil não conseguiria, jamais, andar com
suas próprias pernas. Se o mundo parasse, o Brasil também pararia. Uma tese semelhante à defendida em
tempos modernos pelos descendentes bicudos de Dona Maria, a louca.
O conceito getulista era exatamente o oposto. Ele estava amparado ideologicamente na premissa de que o
Brasil deveria e poderia crescer e se desenvolver independentemente da dinâmica da economia mundial.
O povo brasileiro tinha que ser dono do seu próprio destino. Para Getúlio, a economia brasileira não poderia
depender das adversidades externas, situação semelhante a que vivemos atualmente, onde devemos e
podemos aproveitar a crise dos países centrais para nos desvencilharmos definitivamente das amarras que
durante anos nos impediram de seguir livremente o nosso rumo.
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Não me refiro a um rompimento unilateral, mas na utilização de mecanismos que protejam a nossa indústria,
o nosso mercado interno dos ataques do exterior e que nos permitam crescer e distribuir renda de forma
consistente e plena. Com relação ao movimento sindical, não tenho dúvida em afirmar que este é o momento
ideal para avançarmos e consolidarmos a rede de proteção social dos trabalhadores, é hora de reduzir a
jornada de trabalho, é hora de melhorarmos o sistema previdenciário, é hora de melhorarmos o rendimento
dos aposentados, dos trabalhadores do campo, da cidade, enfim, de todos.
Qualquer esforço diferente é perda de tempo. Esta é a tarefa número 1 do movimento sindical.
Conjunturalmente, devemos nos unir para nos defendermos dos ataques à estrutura sindical e à CLT.
Querem enfraquecer as entidades, querem minar a organização dos trabalhadores para retomar os projetos
de retrocesso e supressão de direitos.
Miram as contribuições sindicais e a unicidade porque sabem que elas são fundamentais para que os
sindicatos tenham infraestrutura para organizar a luta dos trabalhadores. Não permitiremos, não vamos
sucumbir ao atraso e à elite. Vamos sim apoiar e ajudar todos os sindicatos a se organizar, vamos mobilizar
os trabalhadores para que o Brasil siga seu rumo de crescimento e desenvolvimento social.
A nossa proposta é esta companheiros.
Vamos em frente, construir o Brasil de nossos sonhos. Vamos seguir nossa luta como orientou Pablo Neruda
porque é hora de batalha; cada dia é sucessão, de flor e sangue, nosso tempo nos entregou amarrados a
regar os jasmins...Delgada é nossa pátria e em seu despido fio de faca; arde nossa bandeira delicada.
Agradeço novamente a atenção de todos.
O carinho de vocês e encerro com as palavras de nosso grande presidente Getúlio Vargas, que em certa
ocasião proferiu a seguinte frase: "A semente que plantaste começa a produzir seus primeiros frutos. E a
imensa floração, que se estende por todos os quadrantes da Pátria, é a prova de que o seu sangue
derramado pela libertação do país não caiu em terreno sáfaro".
Vejo isso na disposição de luta de todos vocês, especialmente nos rostos destes jovens que integram a CSP
e nos dão energia diariamente para seguir firma na luta pela emancipação do Brasil.
Muito obrigado e vamos à luta!