Disortografia e disgrafia

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DISORTOGRAFIA E DISGRAFIA: O QUE É ISTO? A disortografia é um emaranhado de letras, devido a falhas na memorização, que acarretam erros ortográficos. Isto inibe a criança e escrever se torna uma verdadeira tortura abalando a autoestima do aluno. A disortografia se caracteriza por trocas de letras, junção ou separação indevidas das palavras, confusões de sílabas, omissão e inversão e dificuldades em perceber sinalizações como parágrafos, acentuação e pontuação. A disortografia não afeta a grafia, ou seja, a criança não será necessariamente disgráfica pois o traçado é preservado quanto a sua qualidade. Mas, pode haver casos com os dois distúrbios associados. No caso da disgrafia, o traçado das letras e a disposição gráfica estão comprometidas devido a desordens motoras e espaciais causando uma letra indecifrável. Neste aspecto, a disgrafia se associa a disortografia pois observa- se erros ortográficos escondidos atrás de letras amontoadas. As trocas nas letras aparecem devido as suas semelhança fonéticas, fonológicas e espaciais. Nos dias de hoje, os computadores estão ditando um novo formato de escrita. A letra bastão é mais fácil para o disgráfico que a letra cursiva. Com a possibilidade de digitação, a disgrafia pode ser superada em termos de rendimento escolar.

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DISORTOGRAFIA E DISGRAFIA: O QUE É ISTO?

A disortografia é um emaranhado de letras, devido a falhas na memorização, que

acarretam erros ortográficos. Isto inibe a criança e escrever se torna uma verdadeira

tortura abalando a autoestima do aluno.

 

A disortografia se caracteriza por trocas de letras, junção ou separação indevidas das

palavras, confusões de sílabas, omissão e inversão e dificuldades em perceber

sinalizações como parágrafos, acentuação e pontuação.

 

A disortografia não afeta a grafia, ou seja, a criança não será necessariamente disgráfica

pois o traçado é preservado quanto a sua qualidade. Mas, pode haver casos com os dois

distúrbios associados.

 

No caso da disgrafia, o traçado das letras e a disposição gráfica estão comprometidas

devido a desordens motoras e espaciais causando uma letra indecifrável.

 

Neste aspecto, a disgrafia se associa a disortografia pois observa-se erros ortográficos

escondidos atrás de letras amontoadas. As trocas nas letras aparecem devido as suas

semelhança fonéticas, fonológicas e espaciais.

 

Nos dias de hoje, os computadores estão ditando um novo formato de escrita. A letra

bastão é mais fácil para o disgráfico que a letra cursiva. Com a possibilidade de digitação,

a disgrafia pode ser superada em termos de rendimento escolar.

 

A disgrafia não é algo adquirido. A criança vem com ela desde a barriga da mãe. Contudo,

podemos ter uma disgrafia adquirida após uma lesão ou derrame que comprometa a

coordenação motora da mão e braço.

 

Segundo CARACIKI (2006), existem dois tipos de disgrafia:

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- motora: dificuldade motora onde a criança vê a figura gráfica mas não consegue realizar

o movimento;

 

- perceptiva: a criança não faz relação entre o sistema simbólico e as grafias que

representam os sons, as palavras e as frases.

 

No caso da disgrafia perceptiva, nota-se algumas características marcantes:

 

- lentidão na escrita;

 

- letra ilegível, com escrita desorganizada e traçados irregulares (traços muito fortes ou

muito fracos);

 

- desorganização geral na folha devido a falta de orientação espacial onde o texto é

desorganizado sem respeitar margem, param antes do final da folha, vão escrevendo para

o lado, ultrapassam linhas e amontoam palavras no final de uma frase quando a linha está

terminando;

 

- letras retocadas, malfeitas, atrofiadas, omissão de letras, números, formas distorcidas;

 

- movimentos contrários a escrita, espaçamento irregular e desorganização de formas

(muito grande ou muito pequeno).