DISGRAFIA: O transtorno da disgrafia no ensino-aprendizagem. · Em conformidade com o que foi ......
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Pedagogia
Aline Alves Dos Santos
Caroline Silva Bonifácio
DISGRAFIA: O transtorno da disgrafia no ensino-aprendizagem.
LINS – SP
2016
ALINE ALVES DOS SANTOS
CAROLINE SILVA BONIFÁCIO
DISGRAFIA: O transtorno da disgrafia no ensino-aprendizagem.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação da Prof Draª Adriana Monteiro Pironalli Guarizo e orientação técnica da Profª Ma. Fatima Eliana Frigatto Bozzo
LINS – SP
2016
Aline Alves Dos Santos
Caroline Silva Bonifácio
DISGRAFIA: O transtorno da disgrafia no ensino-aprendizagem.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título de graduação
do curso de Pedagogia.
Aprovado em ________/________/________
Banca Examinadora:
Profª Orientadora: Adriana Monteiro Peronalli Guarizo
Titulação: Doutora em Letras pelo IBILCE/ Unesp, Campus de São José do Rio
Preto.
Assinatura: _________________________
1º Profª: Denise Rocha Pereira
Titulação: Mestre em Educação – Linha de pesquisa – Psicologia da Educação
Processos Educativos e Desenvolvimento Humano – pela Unesp-Marilia.
Assinatura: _________________________
2º Profª: Fatima Eliana Frigatto Bozzo
Titulação: Mestre em Odontologia – Saúde Coletiva – Universidade do
Sagrado Coração USC – Bauru.
Assinatura: _________________________
DEDICATÓRIA
Aos amigos (as), familiares,
professores (as) e todos
aqueles (as) que de alguma
forma contribuíram para a
realização da nossa formação
pessoal e profissional.
Á todos vocês, o nosso muito
obrigado.
Aline Alves dos Santos
Caroline Silva Bonifácio
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro
lugar a Deus.
Aos nossos familiares, pela
confiança e motivação.
Aos amigos e colegas, pela
força e pela vibração.
Aos professores e colegas de
Curso, pois juntos trilhamos
uma etapa importante de
nossas vidas.
A todos que, com boa
intenção, colaboraram para a
realização e finalização deste
trabalho.
Aline Alves dos Santos
Caroline Silva Bonifácio
EPÍGRAFE
Não há melhor arma do que o conhecimento, e não há melhor fonte de
conhecimento do que a palavra escrita.
Malala Yousafzai
RESUMO
A disgrafia pode se definir como uma deficiência na qualidade do traçado gráfico. Dessa forma, a pesquisa objetiva identificar e conhecer a disgrafia dando ênfase para as questões relacionadas as características e estratégia de suporte pedagógico no processo de alfabetização e aumentar o conhecimento de alunos e professores acerca desses distúrbios, sabendo como identificá-los quando se apresentar na sala de aula. Para tanto, foi realizado um estudo de pesquisa bibliográfica, utilizando-se o método qualitativo. A pesquisa foi pautada em artigos científicos, livros, e o processo de coleta de dados valeu-se do questionário, instrumento formulado com questões fechadas. Os resultados indicam que o professor não tem o conhecimento da disgrafia, não sabem como lidar com este distúrbio no dia a dia na sala de aula, uma grande parte dos professores não conhecem os distúrbios ligados à aprendizagem e acabam julgando de forma errônea seus alunos ao dizer que eles não são caprichosos, são preguiçosos e pouco esforçados. Por esse e outros motivos, é preciso saber que o que diferencia uma letra sem capricho da disgrafia. Concluiu-se que convém ao educador capacitar-se para conseguir identificar precocemente, os alunos com problemas de disgrafia e consequentemente desenvolver métodos que auxiliem o aluno a superar tal dificuldade fazendo uso de constantes intervenções, avaliações. Em conformidade com o que foi apresentado nesta pesquisa, o aluno com disgrafia apresenta suas particularidades na maneira de escrever, e de viver, então, faz-se necessário que o professor se torne um pesquisador permanente, buscando sempre conhecer seus alunos profundamente, e especializar-se nas diversas áreas do conhecimento, pois professores capacitados formarão alunos capacitados.
Palavras chave: Disgrafia. Estratégia de Suporte Pedagógico. Professores. Método.
ABSTRACT
The dysgraphia can be defined as a deficiency in the quality of the graphic layout. Thus, the research aims to identify and know the dysgraphia emphasizing the issues related to the characteristics and strategy of pedagogical support in the process of literacy and increase the knowledge of students and teachers about these disorders, knowing how to identify them when they present in the room of class. For that, a bibliographic research study was carried out, using the qualitative method. The research was based on scientific articles, books, and the process of data collection was based on the questionnaire, an instrument formulated with closed questions. The results indicate that the teacher does not have the knowledge of dysgraphia, but they do not know how to deal with this disorder in the classroom, a large part of the teachers do not know the disorders related to learning and end up misjudging their students when they say that they are not capricious, they are lazy and not very hardworking. For this and other reasons, it is necessary to know that what differentiates a letter without whim of the dysgraphia. It was concluded that it is appropriate for the educator to be able to identify early, the students with problems of dysgraphia and consequently to develop methods that help the student overcome this difficulty by making use of constant interventions, evaluations. According to what was presented in this research, the student with dysgraphia presents his peculiarities in the way of writing, and of living, then, it becomes necessary that the teacher becomes a born researcher, always seeking to know his students deeply, and to specialize in the different areas of knowledge, because trained teachers will train qualified students.
Keywords: Dysgraphia. Pedagogical Support Strategy. Teachers. Method.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Tamanho desproporcional da letra....................................................19
Figura 2: Espaço irregular entre as palavras....................................................19
Figura 3: Movimentos Bruscos.........................................................................20
Figura 4:Tremor................................................................................................20
Figura 5: Sacudiras...........................................................................................21
Figura 6: Colisões e Aderências.......................................................................21
Figura 7: Conjunto Sujo ...................................................................................22
Figura 8: Palavras Apertadas ..........................................................................22
Figura 9: Más Formas.......................................................................................23
Figura 10: Exemplos de letras com Más Formas.............................................23
Figura 11: Letras retocadas..............................................................................24
Figura 12: Grafemas traçados numa direccção inadequada............................24
Figura 13: Dobraduras de Animais ..................................................................30
Figura 14: Dobradura de Barco e Cisne...........................................................30
Figura 15: Movimentos ordenados por setas....................................................30
Figura 16: Qual sua faixa etária?.....................................................................32
Figura 17: Qual é o seu tempo de docensia escolar?.......................................33
Figura18: Você sabe o que é disgrafia?...........................................................34
Figura19: Você tem ou teve alunos com os disagnostico de disgráfia.............35
Figura20: O alunos com o diagnóstico de disgrafia recebem tratamento com a
urgência que necessita?...................................................................................36
Figura21: Os pais dos alunos com problema de disgrafia procuram participar da
vida escolar do filho (a).....................................................................................37
Figura22: A escola em que você trabalha dá suporte para você a fim de auxiliar
o trabalho pedagógico?.....................................................................................38
Figura23: Você se sente preparado para trabalhar com alunos
digráficos?.........................................................................................................39
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 10
CAPÍTULO I – DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM...................................... 12
1 CARACTERISTICAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM............. 12
1.1 Distúrbio de Aprendizagem .................................................................... 14
1.2 Disgrafia.................................................................................................. 16
1.3 Características da Disgrafia.................................................................... 18
CAPÍTULO II – INTERVENÇÃO PEDAGOGICA.............................................. 26
1 DELINEAMENTO DO PROBLEMA....................................................... 26
1.1 Procedimentos Educacionais.................................................................. 27
CAPÍTULO III – PESQUISA DE CAMPO......................................................... 32
1 A PESQUISA.......................................................................................... 32
CONSIDERAÇÃO FINAL.................................................................................. 40
CONCLUSÃO................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS................................................................................................. 42
APÊNDICE........................................................................................................ 44
ANEXOS........................................................................................................... 46
10
INTRODUÇÃO
O presente estudo é sobre o transtorno da disgrafia no ensino-
aprendizagem, apresenta como foco a compreensão dos fatores a respeito da
disgrafia, suas características, identificação, tratamento e técnicas
metodológicas especificas para serem aplicadas com alunos digráficos.
Para Garcia (1998, p.191),
As disgrafias são dificuldades significativas no desenvolvimento das habilidades relacionadas com a escrita. Ainda segundo o autor, esse transtorno não se explica nem pela presença de uma deficiência mental, nem por escolarização insuficiente, nem por um déficit visual ou auditivo, nem por alteração neurológica.
Disgrafia são pessoas que apresentam dificuldade na coordenação
motora, tornando assim a letra ilegível, popularmente conhecida como letra
feia, porém não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Segundo Goulart (2010, p.1) devido à dificuldade no ato motor, a criança
demora mais a realizar algumas atividades, em comparação a seus colegas. É
o caso de tarefas simples como copiar a lição da lousa, diante do obstáculo, ele
deixa de aprender.
Podem-se encontrar dois tipos de disgrafia, a motora (discaligrafia) e a perceptiva, a disgrafia motora é caracterizada pela dificuldade na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever. A disgrafia perceptiva consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.(SAMPAIO, 2011, p.1)
Pode-se concluir que a disgrafia é um problema neurológico, um
transtorno que necessita de tratamentos com terapias e exercícios para
superá-la.
Esta pesquisa objetiva responder à seguinte questão: “Como o professor
pode desenvolver um trabalho diversificado com alunos que possuem
disgrafia”? Para responder a esse questionamento, elabora-se a hipótese de
utilizar técnicas metodológicas especificas para serem trabalhadas na sala de
aula, através de material pedagógico.
Vale ressaltar que grande parte dos professores de educação regular
afirmam não estar preparados para ensinar crianças com dificuldades, sendo
11
assim não apresentam metodologias especificas elaboradas para trabalhar em
sala de aula com alunos digráficos.
Geralmente, as dificuldades que os alunos apresentam se devem às
falhas do processo de ensino nas estratégias inadequadas escolhidas pelos
docentes ou por desconhecimento do problema ou despreparo. Além disso, é
necessário que o educador seja comprometido, criativo, dinâmico, estabeleça
uma boa relação com o seu aluno, faça elogios, que visa estimular e motivar a
criança e que respeite as individualidades de cada educando, valorizando a
realidade e a vivencia dos mesmos.
Os objetivos realizados foram desenvolvidos através do objetivo geral
que é conhecer a disgrafia, suas características e estratégias de suporte
pedagógico para o estudante digráfico e o objetivo especifico que é sintetizar
as características da disgrafia, seu diagnostico e estratégias de suporte
particularmente no processo de alfabetização.
O trabalho está organizado em 3 capítulos. No capitulo I, Dificuldade de
Aprendizagem, foi abordada a dificuldade que um individuo tem de aprender
algo. No II capitulo Intervenção pedagógica, o foco é o respeito de como o
educador deve trabalhar com um aluno digráfico. No III capítulo, Pesquisa de
Campo, foi realizada através de revisão bibliográfica e abordagem
Qualitativa/Quantitativa. A pesquisa sucedeu, no ensino fundamental, com 14
professores na cidade de Uru, os resultados desta pesquisa foram mostrados
através de gráficos.
A pesquisa foi pautada em artigos científicos, livros, e o processo de
coleta de dados valeu-se do questionário, instrumento formulado com questões
fechadas.
12
CAPÍTULO I
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
1 CARACTERISTICAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Segundo Fonseca (1995, p. 70), Dificuldades de aprendizagem (DA) é
um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens,
manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da
compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático.
Pode-se dizer, então, que a dificuldade de aprendizagem é um tipo de
desordem onde o individuo tem dificuldades para aprender algo, que
normalmente acontece na sua fase escolar, prejudicando a criança em sua
aprendizagem.
Podem-se desenvolver diversas dificuldades de aprendizagem, as
principais dificuldades de acordo com Barros (2015, p. 1) são:
Dislexia: É a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina. Disgrafia: Normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto. Discalculia: É a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem sequências lógicas. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.
Dislalia: É a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino. Disortografia: É a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade.
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Diante do exposto, a criança com Dificuldade de Aprendizagem (DA)
caracteriza-se por uma inteligência normal, visto que dificuldade de
aprendizagem está relacionada a problemas de ordem pedagógica e/ou
socioculturais.
De acordo com Fonseca (1995, p.252), as principais características dos
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem são as seguintes:
[...] dificuldades de aprendizagem nos processos simbólicos: fala, leitura, escrita, aritmética, etc., desenvolvimento (saúde, envolvimento familiar estável, oportunidades sócio-culturais e educacionais, etc.) A criança com DA manifesta uma diversidade de comportamentos que podem ou não ser provocados por disfunção psiconeurológica. Manifesta frequentemente dificuldades no processo de informação quer no nível de recepção, quer ainda no nível interativo e expressivo.
Deste modo, Fonseca (1995) explica que as dificuldades podem ou não
ser resultantes de problemas neurológicos e as define como um conjunto
heterogêneo de desordens, perturbações, transtornos, incapacidades, ou
outras expressões de significado similar ou próximo, manifestando dificuldades
significativas e/ou específicas no processo de aprendizagem.
Para Dockrell (2000, p. 17), “As dificuldades de aprendizagem ocorrem
devido a várias razões. Uma delas é que a criança apresenta uma dificuldade
cognitiva particular que faz com que seu aprendizado de certas habilidades se
torne mais difícil que o normal”. No entanto, como Dockrell (2000) enfatizam as
dificuldades de aprendizagem (DA) não têm causa única que a determinem,
mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição
momentânea da criança.
Segundo Garcia (1998), a definição proposta pelo National Joint
Committeon Leraning Disabilities dos Estados Unidos, dificuldade de
aprendizagem:
É um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta, fala leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se devido à disfunção do sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir, junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de auto regulação, percepção social e interação social, mas não constituem por si próprias, uma dificuldade de aprendizagem. Ainda que as dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes (por exemplo, a deficiência sensorial, retardamento mental, transtornos emocionais graves) ou
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com influências extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências. (p.32).
Do ponto de vista de Garcia (1998), os campos das dificuldades de
aprendizagem agregam efetivamente uma variedade desorganizada de
conceitos, critérios, teorias, modelos e hipóteses, designando, assim, um
fenômeno extremamente complexo.
De Acordo com Garcia (1998) a dificuldade na aprendizagem não esta
relacionada unicamente com algum tipo de lesão cerebral ou problemas
neurológicos, mas muitas vezes, com problemas familiares, baixa autoestima,
sala de aula, falta de material didático, professores desmotivados, dificuldades
de relacionamento com os professores.
Tais fatores que podem levar ao fracasso escolar podendo estar
comprometendo o psicológico, neurológicos e pedagógicos do aluno.
Portanto é necessário um conhecimento por parte do educador em
relação a tais distúrbios, que pode afetar diretamente ou indiretamente a leitura
e escrita do educando. E dessa forma, intervir para que o mesmo venha a
superar estas dificuldades.
1.1 Distúrbios de Aprendizagem
Os Distúrbios de Aprendizagem são dificuldades específicas para a
realização de atividades, que envolvem raciocínio e habilidades e, até mesmo,
impedimentos nas capacidades de aprendizado dos indivíduos.
Segundo Zorzi e Capellin (2009, p.81) definem, "os Distúrbios de
Aprendizagem se referem a um grupo heterogêneo de desordens manifestado
por significativas dificuldades na aquisição e utilização das habilidades de
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemática", sendo assim, Distúrbio
de Aprendizagem não caracteriza uma ausência, mas sim uma perturbação
dentro do processo, que implica na aquisição, utilização e armazenamento de
informações, ou nas habilidades de soluções de problemas. (CIASCA;
ROSSINI, 2000).
Os distúrbios de Aprendizagem são caracterizados por problemas no
sistema nervoso central que fazem com que os indivíduos tenham dificuldades
em aprender conteúdos específicos.
15
Para Schain (1997, p 43), os Distúrbios de Aprendizagem originam-se de
perturbações neurológicas, apoiam-se no fato observado de que um grande
número de crianças com estes Distúrbios apresenta também sinais de
disfunção cerebral, podendo ser divididos em três categorias:
1-Maturação lenta ou funcionamento deficitário de sistemas neurológicos específicos, 2-Lesão cerebral mínima adquirida, 3-Lesões cerebrais evidentes, resultando em deficiências neurológicas francas.
Na opinião do autor Schain (1997), quando há uma disfunção cerebral
que afeta a integridade do cérebro, pode ser levar a um Distúrbio de
Aprendizagem, a partir da identificação, o reconhecimento do problema vai
ocorrer a partir da análise da criança do ambiente no qual a mesma se
encontra inserida.
Conforme Fonseca (1995), “distúrbios de Aprendizagem está
relacionado a um grupo de dificuldades especificas e pontuais, caracterizado
pela presença de uma disfunção neurológica”. Em outras palavras, o autor
afirma que, essas disfunções são como se o cérebro naquelas áreas
especificas de leitura, escritas e cálculo funcionasse numa organização
diferente, caracterizando crianças que apresentam dificuldades de adquirir
conhecimentos de matéria teórica, embora apresentam inteligência normal, e
não demonstram desfalque físico, emocional ou social.
Ciasca (2003, p.27) assim define Distúrbios de Aprendizagem:
Uma disfunção do SNC (Sistema nervoso central), relacionada a uma “falha” no processo de aquisição ou do desenvolvimento, tendo, portanto, caráter funcional, diferentemente, de Dificuldade Escolar que está relacionada especificamente a um problema de ordem pedagógica.
Como caracteriza Ciasca (2003), os Distúrbios de Aprendizagem são
caracterizados pela falta de inteligência, mas o contrário, muitas crianças que
têm algum Distúrbio de Aprendizagem possuem QI (Quociente de Inteligência)
acima da média, é como uma perturbação no ato de aprender uma modificação
dos padrões de aquisição, assimilação e transformação.
De acordo com os Manuais Internacionais de Diagnósticos de doenças,
como CID, (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde), elaborado pela Organização Mundial de Saúde (1992, p. 237):
16
Os Distúrbios de Aprendizagem estão dentro da categoria de transtornos do desenvolvimento psicológico, mais especificamente como Transtornos Específicos do desenvolvimento das Habilidades Escolares e dentro dessa categoria estão a Dislexia, Disgrafia a Discalculia e a Dificuldade de Soletração.
Dessa forma, com base no relato acima, o Distúrbio de Aprendizagem
pode ser encontrado em crianças gerando dificuldades que estão presentes,
principalmente, no cotidiano da escola e enfrentado, também, por educadores,
responsável e demais pessoas que convivem com pessoas detentoras de tais
problemas.
O diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem deve ser realizado por
uma equipe multidisciplinar formada por profissionais das áreas: Psicologia,
neuropsicologia, fonoaudiologia, pedagogia, neurologia e psiquiatria, uma vez
que o quadro confirmação o diagnóstico, pode ser acompanhado para não
comprometer a aprendizagem da criança.
1. 2 Disgrafia A Disgrafia pode se definir como uma deficiência na qualidade do
traçado gráfico e é dada esse nome devido à dificuldade de escrever de forma
clara e legível.
Está associada a letras mal traçadas, muito próximas e desorganização
ao produzir um texto.
De acordo com Torrez e Fernandéz, (2001, p.180), citada por Coelho
(2014, p. 72): “Disgrafia é uma perturbação de tipo funcional que afeta a
qualidade da escrita do sujeito, no que se refere ao seu traçado ou à grafia.”
Como se refere Coelho (2014), Disgrafia é um problema que dificulta o
processo de aprendizado da escrita que a criança tem em coordenar as
informações visuais e a realização motora do ato, caracterizada por falhas na
organização da escrita associada em planejar ideias para construir seus
escritos.
Segundo Morais (1997, p.156), “Pode-se definir a disgrafia como uma
deficiência na qualidade do traçado gráfico sendo que, essa deficiência não
deve ter como causa um “déficit’ intelectual ou neurológico.” Na visão do autor
Morais (1997), as crianças disgráficas apresentam dificuldades em desenvolver
o conceito visual para a reprodução da escrita apresentando uma caligrafia
17
deficiente, com letras mal elaboradas e mal proporcionadas, o que lhes impede
um desenvolvimento normal da escolaridade.
Nas palavras de Quirós e Schager (1985), citado por Stelling (1994,
p.45):
Disgrafia é uma desordem no traçado correto das formas gráficas no que diz respeito ao tamanho adequado das letras, no uso eficiente dos traços para forma-las, na pressão apropriada, tudo isso independente das dificuldades simbólicas e perceptuais.
Porém, Na visão dos autores Quirós e Schager (1985), é preciso
entender que uma criança em processo de construção da escrita naturalmente
apresenta dificuldades no traçado das letras, até dominá-lo corretamente.
Manifestando tanto, em relação à caligrafia quanto em relação à coerência.
Segundo Garcia (1998, p191), “a disgrafia é uma dificuldade no
desenvolvimento da escrita, mas só se classifica como tal quando, por
exemplo, a qualidade da produção escrita mostra-se muito inferior ao nível
intelectual de quem a produz.”.
Como refere Garcia (1998), a escrita da criança vem associada a um
baixo nível intelectual, que afeta a forma ou conteúdo da escrita, podendo
manifestar a dislexia e dificuldades especificas.
Para Olivier (2006, p.41), “Disgrafia é uma dificuldade ou ausência na
aquisição da escrita, o indivíduo fala, lê, mas não consegue transmitir
informações visuais ao sistema motor”. Ou seja, para o autor, a criança com
disgrafia não apresenta necessariamente dificuldades visuais ou motoras, elas
simplesmente apresentam desordem no texto, margens malfeitas, que não são
respeitadas, espaços irregulares entre palavras e linhas, traçados de má
qualidade, pequenos ou grande demais, movimentos contrários aos da escrita
convencional.
Segundo Sampaio (2010, p.1), no seu artigo Distúrbios e Transtornos,
mostra que existem dois tipos de disgrafia:
Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever. Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia, transtorno de aprendizagem associado à leitura, e da disgrafia, associada à escrita.
18
Assim, explica a autora que alguns desses tipos de déficit, sem dúvida
alguma, afeta o ritmo gráfico, a clareza do traçado e sua organização. Pode-se
notar que é impossível falar de um único tipo de disgrafia, esta dificuldade
gráfica pode-se mostrar e manifestar-se de diferentes formas, dependendo da
história de vida de cada criança e da maneira como ela enfrenta em lidar com a
situação e as perspectivas ambientais.
1.3 Características da disgrafia
Segundo Ajuriaguerra (1997,p.157), são características mais frequentes
encontradas em crianças disgráficas:
Má organização da página: Este aspecto engloba um total de 7 itens e, está intimamente ligado á orientação espacial. A criança com dificuldades em organizar adequadamente sua escrita numa folha de papel, apresenta um distúrbio de orientação espacial. Sua escrita caracteriza-se pela apresentação desordenada do texto com margens mal feitas ou inexistentes, espaços entre palavras e entre linhas irregulares e, escrita ascendente ou descendente. Má organização das letras: Englobando 13 itens. A característica principal deste aspecto é a incapacidade da criança em submeter-se ás regras caligráfica. O traçado apresenta-se de má qualidade, as hastes das letras são deformadas, os anéis empelotados, letras são retocadas, irregulares em suas dimensões e atrofiadas. Erros de formas e proporções:
Composto por 5 itens. Refere-se ao grau de limpeza do traçado das letras, sua dimensão (demasiado pequena ou demasiado grande), desorganização das formas e, escrita alongada ou cumprida.·.
Conforme o autor, a Disgrafia caracteriza-se, portanto, pela inaptidão da
criança de realizar uma escrita inaceitável, não apresentando necessariamente
qualquer comprometimento intelectual, levando a criança espontaneamente a
apresentar desordem no texto, e associando a grafia praticamente indecifrável.
Porém é importante lembrar que apenas uns dos comportamentos que o autor
menciona não é o suficiente para constatar que o aluno é digráfico.
De acordo com vários autores citados por Coelho (2014, p.77), para
confirmar comportamentos de uma criança disgráfica é preciso revelar o
conjunto (ou quase totalidade) das seguintes condições:
- Letra excessivamente grande (macrografia) ou pequena (micrografia);
19
Figura 1- Tamanho desproporcional da letra:
Fonte:http://wwwgrafologiaonline.blogspot.com.br/
- O tamanho das letras é muito grande ou muito pequeno, de acordo com a
dimensão média da altura dos grafemas, aproximadamente 2,5 mm. Deve-se
considerar que o tamanho está relacionado com a idade do aluno, e que,
portanto deverá conceder-se uma margem entre dois ou três milímetros. Em
alunos de primeiros anos não se considerará está incorreção.
Figura – 2 Espaço irregular entre as palavras
Fonte: http://gabrielaguarnieripsicopedagoga.blogspot.com.br/
20
- Forma das letras irreconhecível (por vezes distorcem ou inclinam). Os
espaços entre as palavras são irregulares. Certos espaços entre as palavras
são grandes (espaçados) ou pequenos (espremidos) ao compará-los com o
tamanho médio do espaço utilizado pelo aluno ao escrever o texto.
Figura 3- Movimentos Bruscos:
Fonte: http:// milmaneiraspedagogia.blogspot.com.br
- Traçado exagerado e grosso (que vinca o papel) ou demasiado suave e
imperceptível. As ligações entre as letras se definem por prolongamentos
desnecessários, ao escrever a criança prolonga o traço que une uma letra á
outra.
Figura 4- Tremor:
Fonte: http://gazetaweb.globo.com
21
- Grafismo trémulo ou com uma marcada irregularidade, originando variações
nos tamanhos dos grafemas;
Figura 5- Sacudiduras:
Fonte:http:// http://materiaisaltamente.blogspot.com.br/
- Escrita demasiado rápida ou lenta;
Figura 6- Colisões e Aderências:
Fonte:http:// comunicarcomarte.wordpress.com/dis/disgrafia/
22
- Espaçamento irregular das letras ou das palavras, que podem aparecer
desligadas, sobrepostas ou ilegíveis ou, pelo contrário, demasiado juntas.
Figura 7- Conjunto Sujo:
Fonte: http://leandrafono.blogspot.com.br
- Erros E borrões que quase não deixam possibilidade para a leitura da escrita
(embora as crianças sejam capazes de ler o que escrevem);
Figura 8- Palavras Apertadas:
Fonte: http:// http://neuropediatriabh.blogspot.com.br/
- Desorganização geral na folha/texto;
23
Figura 9- Más Formas:
Fonte: https://comunicarcomarte.wordpress.com
- Realização inversa dos traçados de algumas letras/números;
Figura 10- Exemplos de letras com Más Formas:
Fonte:http:/gabrielaguarnieripsicopedagoga.blogspot.com.br/
- Utilização incorreta do instrumento com que escrevem (AJURIAGUERRA et
all, 1973; CASAS, 1988; CRUZ, 2009; TORRES; FERNÁNDEZ, 2001).
24
Figura 11 - - Letras retocadas
Fonte:http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/
- As letras depois de estarem concluídas são rectificadas com pequenos traços
para camuflar as suas imperfeições. São frequentes as ligações que exigem
regressão ou quando a qualidade da grafia obriga ao aluno a reestruturar uma
letra reproduzida imperfeitamente.
Figura 12- Grafemas traçados numa direcção inadequada
Fonte:http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/
- É possivelmente uma das disgrafias mais frequentes, onde se pode dar todo o
tipo de variantes. É uma incorrecção muito comum nos primeiros anos
25
escolares. No processo inicial de alfabetização pode haver ações que se
confunda com a disgrafia, pois a criança no processo de construção da escrita
apresenta dificuldades no traçado das letras. Cabe ao professor avaliar a
qualidade da produção da escrita do aluno, para que ocorra o diagnostico de
disgrafia desde cedo, havendo a confirmação, o mesmo deve ser
acompanhado por uma esquipe multidisciplinar, para não comprometer o
processo de aprendizagem do educando.
26
CAPÍTULO II
INTERVENÇÃO PEDAGOGICA
1 DELINEAMENTO DO PROBLEMA
Atualmente, a disgrafia ainda é um distúrbio pouco conhecido entre os
pais e professores e é somente na escola quando a criança começa a
desenvolver a escrita.
É possível o educador desenvolver um trabalho diversificado com estes
alunos digráficos? Sim, utilizando técnicas metodológicas especificas para
serem trabalhadas na sala de aula, o professor precisa ter uma formação
adequada ao tipo de trabalho que irá desenvolve, precisando, antes de tudo,
ter equilíbrio emocional para que possa encarar com compreensão e tolerância.
Para Jonhson (1983), antes de se iniciar um programa de terapia é
necessário saber precisamente o que uma criança consegue ou não fazer, e
saber como ela aprende.
É importante que o professor busque outras maneiras de avaliar o seu
aluno, não apenas através do diagnostico, esta avaliação deve ser realizada
também por meio de observação, cabe ao educador saber como a criança
desenvolve uma determinada atividade, e assim é possível determinar como o
aluno deve ser ensinado.
É importante salientar que as Disgrafias vêm atingindo os alunos de
maneira a interferir não só na aprendizagem, mas também em todos os
aspectos da vida.
Através da observação, do contato com os pais e das suas próprias
atitudes frente ao distúrbio detectado, o professor poderá ajudar seus alunos
com problema de escrita, a observação tem que ser constante, para que se
possa fazer o levantamento do problema.
27
1.1 Procedimentos Educacionais
É necessário que se busque intervenções o mais precocemente
possível, de modo a amenizar o problema, através do tratamento, com a
equipe multidisciplinar, o professor deve promover situações prazerosas
fazendo com que a criança se sinta motiva para escrever, por meio de
atividades adequadas para um aluno disgráfico, é papel do educador criar
métodos e estratégias para obter bons resultados.
De acordo com Jonhson (1983), a escrita envolve a integração de
informações das modalidades visual, tátil e proprioceptiva. Certas crianças com
disgrafia são incapazes de assimilar simultaneamente essas sensações e
experiências.
Portanto, crianças que possuem disgrafia na maioria dos casos elas tem
uma grande dificuldade no ato de ver e pegar algo ao mesmo tempo, o aluno
não tem a capacidade de perceber-se, recebendo e levando informações ao
cérebro, e isso faz com que as crianças apresentem dificuldade na escrita. Por
isso é importante o treinamento, com o objetivo de desenvolver a integração
visual – motora.
Segundo Jonhson (1983, p.30), “no treinamento devem ser trabalhados
exercícios apresentando o padrão visualmente, depois cinestesicamente, e em
seguida em conjunto”. Além disso, recomenda-se os seguintes princípios:
(1) Trabalhar padrões de movimentos grosseiros
(2) Encorajar o desenvolvimento de movimentos ordenados
(3) Reforçar os padrões visuais-motores por meio de repetição
(4) Usar materiais com os quais se possa obter bom “feedbck” visual
(5) Ensinar o plano do movimento através de instruções verbais
As seguintes técnicas podem ser usadas para reforçar os padrões
recentemente aprendidos: (JONHSON, 1983 p.30).
(1) Desenhar estradas
(2) Traçar sobre as marcas de dobras
(3) Traçar com papel de seda
(4) Unir pontos para formar figuras
Estes exercícios e técnicas ajudam muitas crianças a estabelecer a
integração visual- motora e a desenvolver com facilidade a escrita.
28
Para Silva, (2008 p.1): "Dentre os Distúrbios de Aprendizagem, nota-se
com maior frequência a intensidade a deficiência na aquisição e
desenvolvimento da Leitura e Escrita, encontrada em muitas escolas".
Ou seja, para Silva (2008), durante o processo de aprendizagem da
escrita, a criança apresenta dificuldade no traçado das letras. É nesse
momento que o professor deverá auxiliar a criança com orientações
necessárias para realizar a escrita adequadamente, evitando traços incorretos
que poderão evoluir para a disgrafia.
O professor precisa ter uma formção adequada ao tipo de trabalho que
irá desenvolver, precisando, antes de tudo, ter equilíbrio emocional para que
possa encarar os problemas com compreensão e tolerância. Sua tarefa é muito
complexa: trabalhar com crianças que apresentam problemas sérios de
aprendizagem e tentando tudo para solucionar suas dificuldades, a fim de
realizar um trabalho eficiente.
Para Fontoura, Nunes e Schirmer (2004,p.598.),
Os princípios básicos para realizar a intervenção com a criança disgráfica são a avaliação do desenvolvimento da linguagem em todos os seus níveis, orientação para a família e a escola, e a terapia, sendo que, para o distúrbio em questão, destaca-se a terapia de linguagem escrita. ’
Exposto isso, Fontoura, Nunes e Schirmer (2004), indicam que a
principal maneira de intervenção é a realizada de forma objetiva nas
habilidades de leitura, porém, é preciso entender que uma criança em processo
de construção da escrita naturalmente apresenta dificuldades no traçado das
letras, até dominá-lo corretamente.
Seguindo esta análise, Coelho (2014, p.78), evidencia que: “Para ajudar
um aluno com disgrafia – assim como com qualquer outro distúrbio –, o
educador deve, primeiramente, estabelecer uma boa relação com a criança e
fazê-la perceber 0,
que a sua presença é importante para apoiá-la quando mais precisa”.
No que se refere Coelho (2014), é muito importante que ocorra o
diagnóstico de disgrafia (assim como de outros transtornos de aprendizagem)
para que a criança possa receber desde cedo uma intervenção ou instruções
especializadas em todas as habilidades relevantes que podem estar
interferindo na aprendizagem da linguagem escrita.
29
De acordo com os estudos de Olivier, (2006, p.42) as soluções de
procedimento:
Acima de tudo, avaliação multidisciplinar e acompanhamento psicopedagógico; Usar microespaços e macroespaços para a aprendizagem (entenda-se macro=”espaço físico qualquer” e micro= “sulfite,caderno etc.”); Bale desenvolve o equilíbrio e ajuda o desenvolvimento da letra cursiva (letra pequena, traçada de modo rápido e corrente);
Olivier (2006, p 42), orienta que "na maioria dos casos, está ligado a
Distúrbio Neurológicos. E necessita de tratamento e de acompanhamento
neurológico e psicopedagógico, em conjunto".
Sendo assim, para Olivier (2006), O tratamento primeiramente apoia-se
em detectar a causa o mais rápido possível, elaborar um plano de terapia a
cada caso, acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
Segundo Sampaio (2011, p.100):
O trabalho pedagógico dos professores com crianças digráficas é primeiramente conscientizar o aluno de seu problema, não devem repreender a criança, mas motivá-los sempre que eles conseguirem conquistarem alguma coisa, na avaliação o professor deve procurar dar ênfase à expressão oral, evitar usar caneta vermelha nas correções dos cadernos e provas. Usar vários métodos para desenvolver a escrita o professor pode proporcionar atividades de forma que as crianças façam círculos, semicírculos, retas verticais e horizontais, trabalhar com letras move para eles aprenderem escrever, observar seu desenvolvimento o caça palavra tem um resultado positivo e lúdico, textos enigmáticos, usarem materiais onde eles possam utilizar as mãos e os dedos com mais frequência.
Como descrito por Sampaio (2011), o educador deverá realizar
atividades que promovam a distensão motora e a comodidade de movimentos,
visando à melhoria e utilizando uma intervenção especializada, com o apoio de
instrumentos adequados ao aluno digráfico. Para que haja total clareza, em
relação a, atividades, serão expostos dois exemplos.
• Dobraduras: no exemplo que segue a dobradura é inserida no
conteúdo de alfabetização. Solicita-se que a criança a partir de um modelo ou
orientação dobre o papel para que se obtenha a forma desejada, trabalhando
as primeiras letras de forma lúdica.
30
Figura 13 Dobraduras de Animais
Fonte (http://baudasdobraduras.blogspot.com.br/)
Figura 14 Dobradura de Barco e Cisne
Barco Cisne
Fonte http://crislgmendes.blogspot.com.br
Figura 15 Movimentos ordenados por setas
Fonte http://crislgmendes.blogspot.com.br
• Movimentos ordenados por setas: Trabalhar os padrões de movimentos
grosseiros para refinados. Faça figuras grandes antes de trabalhar com
desenhos pequenos em papéis com linhas estreitas.
31
Conforme Bastos (2012, p.1):
O tratamento requer uma estimulação linguística global e um atendimento individualizado complementar a escola. Os pais e professores devem evitar reprender a criança. Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista. Na avaliação escolar dar mais ênfase a expressão oral. Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajuda-lo de forma positiva.
No entanto Bastos (2012) se refere que as crianças precisam ser
ensinadas a combinar os movimentos, proporcionando um ambiente facilitador
para a aprendizagem com recursos acessíveis em relação à escrita e aos
mecanismos que a envolvem.
32
CAPÍTULO III
PESQUISA DE CAMPO
1 A PESQUISA
Para a realização da pesquisa, optou-se por questionários, contendo 8
perguntas, com o objetivo de conhecer a disgrafia, suas características e
estratégias de suporte pedagógico. Antes de realizar a pesquisa de campo, foi-
se à escola explicar para os educadores como seria realizado.
Os questionários foram respondidos por 14 professores do Ensino
Fundamental, da rede pública, na cidade de Uru-SP.
Os resultados desta pesquisa estarão sendo mostrado através de
gráficos, logo abaixo.
Figura 16 – Qual sua faixa etária?
14%
50%
29%
7%
Qual sua faixa etária?
18 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos Acima de 50 anos Não informaram
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
O gráfico mostra a faixa etária dos professores que realizaram a
pesquisa de campo, de acordo com a porcentagem de 14% que corresponde a
33
2 professores com a idade entre 21 a 30 anos, 50% que corresponde a 7
professores com a idade entre 31 a 40 anos, 29% que corresponde a 4
professores com a idade acima dos 50 anos , 7% não informaram que
corresponde a 1 professor e não tivemos nenhum professor entre 18 a 20 anos.
Figura 17 – Qual é o seu tempo de docência escolar?
7%
21%
36%
36%
Qual é o seu tempo de docência escolar?
1 a 4 anos 5 a 10 anos 10 a 15 anos mais de 16 anos
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
Neste gráfico, os professores responderam o seu tempo de docência
escolar, 7% tem de 1 a 4 anos, 21% têm de 5 a 10 anos, 36% tem de 10 a 15
anos e 36% tem mais de 16 anos.
Pode-se observar que a maioria dos professores tem grande tempo de
experiência na área educacional, e estão preocupados com sua formação, pois
a maioria já tem pós-graduação em alguma área especifica da educação.
Acredita-se, também, que os momentos de formação continuada levam
os professores a uma ação reflexiva, mostrando eficácia diante dos desafios
ocorridos durante a sua prática docente (LIBÂNEO, 1998). Nesse sentido a
formação continuada como instrumento de profissionalização, deve priorizar o
desenvolvimento das potencialidades profissionais de cada docente,
individualmente, de acordo com a prática educativa, como fonte geradora de
conhecimento.
34
Figura 18 – Você sabe o que é disgrafia?
71%
29%
Você sabe o que é disgrafia?
Sim Não
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
A maior parte dos professores, 71%, possuem conhecimentos sobre a
disgrafia e apenas 29% não sabem nada sobre este assunto. Porém, ainda há
um grande número de professores que desconhecem o tema, e isso faz com
que os educando tenham uma dificuldade de aprendizagem cada vez maior.
Diante dos dados analisados, sabe-se que os professores precisam
conhecer mais sobre o assunto para saber que encaminhamentos são
necessários para auxiliar os portadores deste transtorno. Pois vai muito mais
além do que simplesmente ouvir falar, e se o professor tiver algum
conhecimento a respeito, facilitará as possibilidades de um diagnóstico
precoce.
Grande parte dos autores é unânime ao afirmar que o termo Disgrafia é
definido como sendo deficiência na escrita, mas precisamente na qualidade do
traçado gráfico, sem comprometimento ou transtornos neurológicos, sensoriais,
motores (BASTOS, 2009).
Com os resultados desta pesquisa demonstrados, percebe-se que a
disgrafia ainda é bem desconhecida por muitos educadores, até mesmo em
termos de leituras sobre o assunto são bem restritos os autores que falam algo
sobre ela, já que sempre é associada a outros tipos de transtornos. E esse é
35
um problema que dificulta o conhecimento por parte dos profissionais da
educação, e que ainda quando buscam por suas especializações, sentem
alguma resistência em assuntos direcionados á distúrbios específicos.
Figura 19 – Você tem ou teve em suas aulas alunos com os diagnósticos de
Disgrafia?
43%
57%
Você tem ou teve em suas aulas alunos com os diagnóstico de Disgráfia
Sim Não
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
Pode-se observar, através do gráfico, que 57% dos professores tiveram
em suas salas de aula alunos com o diagnóstico de disgrafia, e 43% não
tiveram alunos com este distúrbio. Contudo, a falta de subsídios maior quanto
ao seu conhecimento os impediram de buscarem por ajuda da equipe
pedagógica mais cedo. Ou ainda confundirem preguiça, falta de interesse, ou
com outro tipo de distúrbio, atrasando seu possível processo de superação.
Sendo assim, professores em sala precisam estar atualizados em
conhecimentos gerais e específicos desses distúrbios, para que possam
corresponder à clientela que hoje frequentam nossos bancos escolares.
Conforme afirma Fonseca (2007), a avaliação, no âmbito das
dificuldades de aprendizagem, terá de ser realizada por equipe multidisciplinar.
Na educação, é necessário um diagnóstico por parte do professor da sala, para
36
que se chegue à equipe, e, assim, o acompanhamento adequado, formado por
profissionais especializados, será realizado. Nesse trabalho em equipe, o
educando tem melhor chances de superar suas dificuldades.
Figura 20 – Os alunos com o diagnóstico de disgrafia recebem tratamento com
a urgência que necessita?
14%
29%57%
Os alunos com o diagnóstico de disgrafia recebem tratamento com a urgência que necessitam?
Sim Não Não sei
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
Ainda com base no gráfico acima, se vê um índice de 57% (muito alto)
de professores que não sabem se o(s) aluno(s) recebe algum tipo de
tratamento diferenciado por parte de profissionais especializados dentro ou fora
da escola. Pois, por mais informações que tenham sobre distúrbios de
aprendizagens, há ainda uma falta de comunicação muito grande por parte da
família com relação á criança com a escola, e ainda da equipe interdisciplinar e
o professor dentro da escola.
Não se pode tratar alunos com disgrafia, como um problema sem
solução, mas sim, como um desafio diário que faz parte deste processo.
37
Figura 21 – Os pais dos alunos com problema de disgrafia procuram participar
da vida escolar do filho (a)
7%
43%
21%
29%
Os pais dos alunos com problema de disgráfia procuram participar da vida escolar do filho (a)
Sim Não As vezes Não sei
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
O gráfico mostra que apenas 7% dos pais participam da vida escolar de
seu filho, A ausência da participação da família no ensino aprendizagem
dos alunos, podem ocasionar baixo desempenho, a família é parte
fundamental no processo ensino aprendizagem.
Para Ciasca (2005), grandes partes dos digráficos apresentam baixo
rendimento escolar e são considerados desatentos ou desleixados pelos pais e
professores.
Percebe-se, desta forma, que a interação família/escola é necessária,
para que ambas conheçam suas realidades e suas limitações, e busquem
caminhos que permitam e facilitem o entrosamento entre si, para o sucesso
educacional.
38
Figura 22 – A escola em que você trabalha dá suporte para você a fim de
auxiliar o trabalho pedagógico?
71%
29%
A escola em que você trabalha da suporte para você a fim de auxiliar o trabalho pedagogico?
Sim Não
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
Conforme o resultado do gráfico 07, os professores que participaram da
pesquisa, um total de 71% afirmaram que a escola dá o suporte necessário
para que possam realizar um bom trabalho, voltado a esse atendimento. Cabe
ressaltar que a escola conta com importante parceria com a Prefeitura
Municipal e conta com o apoio e equipe multiprofissional que auxilia sempre
que acionada.
De acordo com Glat (2007), a escola precisar forma seus professores
equipe de gestão e rever as formas de interação vigentes entre todos os
segmentos que compõem e que nela interferem, organiza seu (PPP), Projeto
Político-Pedagógico, seus recursos didáticos, metodológicos e estratégias de
ensino.
A entidade escolar deve estar preparada para auxiliar seu profissional
para alcançar resultados positivos. É necessário desenvolver um trabalho em
conjunto entre a equipe pedagógica e professores.
39
Figura 23 – Você se sente preparado para trabalhar com alunos digráficos?
29%
71%
Você se sente preparado para trabalhar com alunos disgráficos?
Sim Não
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016.
O gráfico 08 acima nos mostra um resultado expressivo de uma grande
maioria de professores 71%, que consideram não estarem preparados para
trabalhar com um aluno digráfico. Ele nos aponta para diferentes justificativas,
tais como a falta de conhecimentos/formação; dificuldades na adequação dos
conteúdos, estratégias e métodos; forma de avaliação.
Cada professor envolvido no processo educacional precisa
desempenhar a sua função da melhor forma possível, muito se pode fazer
pelos alunos com dificuldades de aprendizagem.
40
CONSIDERAÇÃO FINAL
Através da pesquisa, pode-se observar a amplitude que abrange as
dificuldades dentro do nosso pequeno âmbito escolares (sala de aula).
A maior parte dos professores tem o conhecimento da disgrafia, porém
não sabem como lidar com este distúrbio no dia a dia na sala de aula, muitos
destes professores confundem a disgrafia, por preguiça ou falta de interesse
por parte do aluno, dificultando ainda mais o processo de aprendizagem do
educando. Os gráficos apontam que estes professores não estão preparados
para trabalhar com um aluno digráfico.
Todos esses distúrbios de aprendizagem possuem tratamento
direcionado, mas infelizmente há um conhecimento muito superficial em
relação a eles.
. A pesquisa também deixa muito claro o quanto é importante o apoio da
escola, é preciso que o mesmo de o suporte necessário para que o educador
possa realizar um bom trabalho, dos 14 professores que participaram da
pesquisa 71% responderam que a escola tem auxiliado da melhor maneira
possível, após o aluno ser diagnosticado com algum transtorno, o educando
recebe o tratamento necessário, contando com o apoio da equipe
multidisciplinar, no entanto não é o que vimos frequentemente em outros
colégios, a falta de material, recursos e profissionais da área é muito escasso.
É também muito importante lembrar que a família é parte fundamental
de todo este processo, para que junto com o professor e a equipe pedagógica
da escola possam encontrar o melhor caminho para facilitar a aprendizagem da
criança.
Portanto, ao deparar com algum distúrbio de aprendizagem, é
importante lembrar que na sociedade atual, o conhecimento é de extrema
importância e tem diferentes significados, atingindo o indivíduo, a família, o
meio social, a escola e os educadores.
41
CONCLUSÃO
O propósito desse estudo foi refletir sobre o Distúrbio Especifico
(Disgrafia), compreendendo as necessidades de atendimento educacional
especializado para esse público e objetivando procedimentos de prevenção,
intervenção.
Para tanto, foram utilizados alguns autores como referência para se
discutir acerca da Disgrafia, para que seja possível elucidar um pouco este
assunto que para muitos profissionais da educação ainda requer
aprofundamento, e devido a isso, não conseguem ajudar adequadamente
alunos com esse tipo de dificuldade, os autores abordados possuem
características e propósitos diversos, por tanto não podemos equalizá-los como
“mais eficientes” ou “menos eficientes”; apenas analisamos as estratégias
propostas e refletimos sobre elas com os resultados obtidos.
Essa pesquisa demonstrou que a maioria dos professores não tem o
conhecimento sobre os Distúrbio Especifico (Disgrafia), compreende-se que a
função do professor diante do aluno digráfico é ser um facilitador e um
motivador, e também deve mostrar as suas habilidades e competências.
Com base nas considerações expostas, concluiu-se que convém ao
educador capacitar-se para conseguir identificar precocemente, os alunos com
problemas de disgrafia e consequentemente desenvolver métodos que auxiliem
o aluno a superar tal dificuldade, a fim de haver constantes intervenções,
avaliações, para que se possa identificar o problema e formular um tratamento
adequado.
Dessa forma, os alunos Digráfico devem ser encaminhados para uma
equipe multidisciplinar para que o mesmo seja devidamente avaliado em seu
processo de escrita e possa ser direcionado às intervenções efetivas que
atendam às necessidades particulares de cada aluno.
42
REFERÊNCIAS
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43
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44
APÊNDICE
45
APENDICE A
Questionário para os professores 1. Qual sua faixa etária? ( ) 18 a 20 anos ( ) 21 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) Acima de 50 anos ( ) Não informaram 2. Qual é seu tempo de docência dentro de uma escolar? ( ) 1 a 4 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) 16 anos mais 3. Você sabe o que é disgrafia? ( ) SIM ou ( ) NÃO Se sim, descreva-o. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 4. Você tem ou teve em suas aulas alunos com o diagnóstico de Disgrafia? ( ) SIM OU ( ) NÃO 5. O alunos com o diagnóstico de disgrafia recebem tratamento com a urgência que necessita? ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO SEI Se sim, que tipo de tratamento diferenciado. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 6. Os pais dos alunos com problema de disgrafia procuram participar da vida escolar do filho (a)? ( )sim ( ) não ( ) as vezes 7. A escola em que você trabalha dá suporte para você a fim de auxiliar o trabalho pedagógico? ( ) SIM ou ( ) NÃO Se sim, como? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
8. Você se sente preparado para trabalhar com alunos digráficos? ( ) SIM ( ) NÃO
46
ANEXOS
47
DISGRAFIA
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma
incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo
escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras,
tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortográfica
amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos
digráficos que possuem disortográfica
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de
comprometimento intelectual.