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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DOCE A Vulnerabilidade e a Escassez de Água Doce são Reais em Portugal? ÁGATA PINTO 090501051, CATARINA ARAÚJO 090501028, INÊS VIEIRA 090501161, RODRIGO FREITAS 090501146, ROSA SILVA 090501144, RUI LOPES 090501143 EQUIPA CIV214 Relatório submetido para satisfação parcial do PROJECT FEUP Supervisor: Professor Doutor Cheng Chia-Yau Monitor: Artur José Alves Patrão OUTUBRO DE 2009

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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DOCE

A Vulnerabilidade e a Escassez de Água Doce

são Reais em Portugal?

ÁGATA PINTO 090501051, CATARINA ARAÚJO 090501028,

INÊS VIEIRA 090501161, RODRIGO FREITAS 090501146,

ROSA SILVA 090501144, RUI LOPES 090501143

EQUIPA CIV214

Relatório submetido para satisfação parcial do PROJECT FEUP

Supervisor: Professor Doutor Cheng Chia-Yau

Monitor: Artur José Alves Patrão

OUTUBRO DE 2009

Disponibilidade de Água Doce – A vulnerabilidade e a Escassez de Água Doce são Reais em Portugal?

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RESUMO

Ao longo deste relatório irá falar-se sobre a actual situação de Portugal em relação á

disponibilidade de água doce e a sua escassez, apresentando também algumas possíveis

soluções para poupar água de forma a evitar que esta se esgote.

No nosso dia-a-dia a maioria das pessoas fala de água doce como a água que vem do rio, mas

esta ideia não está totalmente correcta, pois a água doce também provém de lagos, aquíferos,

lençóis de água, etc.

A água constitui um recurso essencial à vida. A privação ao seu acesso é uma crise silenciosa,

daí que se deve assegurar que cada indivíduo disponha de acesso fiável a água, pois este recurso

é indispensável às necessidades humanas básicas, tais como, a saúde, a agricultura e

manutenção de ecossistemas. É impossível imaginarmos o nosso dia-a-dia sem ela.

Comparando as disponibilidades e usos de água em Portugal com outros países da União

Europeia, pode-se concluir que o nosso país não é, por norma, carente em recursos hídricos,

embora possam ocorrer situações críticas de seca, sazonais ou localizadas. Com efeito,

actualmente, a disponibilidade deste recurso e a sua necessidade variam em proporção inversa,

isto porque, este bem, torna-se cada vez menos disponível enquanto que a necessidade da

população se torna cada vez maior, cada vez mais exigente.

De facto, no nosso quotidiano dificilmente reflectimos sobre a enorme quantidade de água que

gastamos e não temos noção de que em Portugal, uma pessoa gasta por dia, cerca de 165 litros

de água.

Estudos recentes alertaram que num futuro próximo Portugal pode vir a sofrer de falta de água,

sendo que a que existir pode ser imprópria para consumo.

Os dados mais recentes, que datam de 2005, apontam que 44 por cento dos rios portugueses

apresenta má qualidade e que apenas um quinto da água superficial portuguesa é considerada

boa.

Sendo assim, é necessário que se tomem medidas rápidas para tentar evitar que esta situação

ocorra. Com efeito, a consciencialização da população é fundamental para garantir a

conservação dos recursos hídricos. É necessário usar a água sem desperdícios e evitar poluí-la,

para que a água tratada e saudável nunca falte nas nossas torneiras. Todos nós dependemos da

água.

Agora a água também dependerá de nós, das nossas atitudes e comportamentos.

PALAVRAS-CHAVE: Água Doce, Usos, Consumos, Disponibilidade, Portugal.

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AGRADECIMENTOS

Este documento foi elaborado por um grupo de seis colegas, todos pela primeira vez em

contacto com áreas de estudo da Engenharia. Todos agradecemos aos restantes elementos do

grupo pelo empenho e dedicação prestada individualmente.

Deste modo, fica o mais sincero agradecimento ao grupo de apoio à elaboração do nosso

projecto:

Ao Prof. Doutor Cheng, por toda a disponibilidade demonstrada, úteis esclarecimentos e

conhecimentos transmitidos, e ainda pela insuperável paciência para todas as dúvidas

suscitadas;

Ao Monitor Artur Patrão, pela tolerância e disponibilidade demonstradas, durante o período de

realização deste trabalho;

E a todos aqueles que de alguma forma ajudaram à realização deste relatório, o mais profundo

obrigado.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Captações para Consumo Humano por Tipos de Recurso (fonte: “Plano Nacional da

Água”) ..................................................................................................................................................... 4

Gráfico 2 – Os Consumos de Água em Casa dos Portugueses ............................................................. 18

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Principais origens de água para abastecimento de mais de 10 000 habitantes, em

Portugal Continental ................................................................................................................................ 7

Figura 2 – Índice de Consumo da Água ................................................................................................ 10

Figura 3 – Precipitação e Seca nas diferentes regiões de Portugal ........................................................ 13

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ÍNDICE

Resumo .................................................................................................................................................... ii

Palavras-Chave ........................................................................................................................................ ii

Agradecimentos ...................................................................................................................................... iii

Lista de Gráficos .................................................................................................................................... iv

Lista de Figuras ...................................................................................................................................... iv

1. Introdução ........................................................................................................................................... 1

1.1. Enquadramento do trabalho ............................................................................................... 1

1.2. Estruturação do Relatório ................................................................................................... 2

2. Disponibilidade e Consumo de Água Doce em Portugal .................................................................... 3

2.1. Disponibilidade de Água Doce .......................................................................................... 3

2.2. Consumo de Água Doce ..................................................................................................... 4

2.2.1. Na Agricultura ............................................................................................................. 5

2.2.2. Na Indústria ................................................................................................................. 5

2.2.3. Nos Municípios ........................................................................................................... 6

3. Fontes de Água Doce em Portugal ...................................................................................................... 7

3.1. De Onde Vem a Água ........................................................................................................ 7

4. Balanço de Água Doce: Disponibilidade VS Consumo ...................................................................... 9

4.1. Água Doce “ O Ouro do Século xxi” ................................................................................. 9

5. Escassez de Água em Portugal .......................................................................................................... 12

5.1. Problemas de Escassez de Água ....................................................................................... 12

5.2. Situações Hidrológicas Extremas ..................................................................................... 12

5.2.1.As Secas ..................................................................................................................... 12

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6. Possíveis Soluções para Poupar Água ............................................................................................... 15

6.1. Poupe Hoje para Ter Amanhã ........................................................................................................ 15

6.2.Regras a Cumprir .............................................................................................................. 16

6.2.1. Na casa de Banho ...................................................................................................... 16

6.2.2. Na Cozinha ................................................................................................................ 16

6.2.3. Na Rega ..................................................................................................................... 17

6.2.4. No Geral .................................................................................................................... 17

Conclusão .............................................................................................................................................. 19

Bibliografia ........................................................................................................................................... 20

Anexo 1 – Principais Sectores de Actividade Industrial Consumidoras de Água (hm³ médios

Anuais) .................................................................................................................................................. 21

Anexo 2 – Precipitação Média Anual (fonte: INAG/IGP 2002) ........................................................... 22

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Introdução

1.1. ENQUADRAMENTO DO TRABALHO

Este relatório foi realizado no âmbito do projecto FEUP, projecto este que, de acordo com o

tema atribuído a este grupo de trabalho, tem como objectivo falar sobre disponibilidade de água

doce em Portugal, mais especificamente, sobre o problema: “A vulnerabilidade e a escassez de

água doce são reais em Portugal?”.

Para responder ao problema em questão o trabalho do grupo baseou-se em actividades de

pesquisa, organizada em cinco tópicos:

Disponibilidade de água doce, consumo de água na agricultura, indústria e nos

municípios a nível nacional;

Capacidades de fornecimento das várias fontes de água doce;

Balanço de água ao nível nacional entre a quantidade disponível de água doce e a

necessidade exigida pela população;

Regiões onde se encontram problemas mais acentuados de escassez de água;

Apresentação de uma discussão científica sobre as possíveis soluções, tendo em conta

os valores sociais e económicos da água e a protecção e manutenção ambiental;

Com intenção de cumprir tudo o planeado, foram realizadas reuniões de trabalho, em que o

grupo trabalhou em conjunto.

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1.2. ESTRUTURAÇÃO DO RELATÓRIO

Numa primeira parte do relatório tem-se então a apresentação de dados sobre a disponibilidade

de água doce em Portugal e sobre o consumo desta nos vários sectores socioeconómicos,

abordando também, a forma como e possível obter este bem.

Como remate desta primeira parte do trabalho realizou-se um balanço com os dados adquiridos

nos dois primeiros tópicos, isto é: um balanço, disponibilidade/ necessidade de água doce.

No penúltimo tópico fez-se uma referência a regiões afectadas com problemas mais graves de

escassez de água, tendo em conta a diferença entre seca e escassez.

Por último, cumpre-se o objectivo, ou seja, a resolução de um problema, neste caso, através de

uma discussão sobre as soluções para acabar com a escassez em determinadas regiões, tendo em

conta os factores sociais, económicos e ambientais.

O relatório encontra-se dividido nas seguintes secções:

Resumo;

Índice;

Introdução;

Contexto;

Conclusão;

Bibliografia.

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Disponibilidade e Consumo de Água

Doce em Portugal

2.1. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DOCE

O conjunto de pessoas servidas pelo Sistema Público de Abastecimento de Água (SPAA) a

nível nacional é formado pela população residente e flutuante; isto é: o primeiro grupo é

definido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), já o segundo grupo pode dividir-se em

população turística ou não.

Em Portugal Continental estão disponíveis através do SPAA ao domicílio de cerca de 8,1

milhões de habitantes (o que representa aproximadamente 85% da população residente

portuguesa). Para além disso, as instalações hoteleiras para cerca de 27 milhões de dormidas

(dado relativos a 1998), o que exige em média anualmente a disponibilização de 560x10^6 m³

para a população residente e 10x10^6 m³ para a população turística.

No que diz respeito a perdas nos Sistemas de Abastecimento de Água, não se dispõe de dados

fiáveis derivado à frequente falta de medição sistemática de valores no domínio hídrico na

generalidade dos sistemas quer sejam simples ou complexos. Mas com os dados existentes

estima-se que o valor médio a nível nacional dos volumes que se perdem entre a captação e o

consumidor final rondará os 35%, neste valor poderão não estar incluídos alguns casos de

volumes que embora medidos, não são facturados por diversas razões.

Na perspectiva de administração dos recursos hídricos, qualquer sistema de abastecimento tem

início na captação no domínio hídrico público ou privado e termina no seu consumidor final.

Neste percurso pode passar ou não por reservatórios.

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Nesta área existe uma divisão do sistema em duas partes: da captação até ao reservatório de

distribuição, chamada parte dos sistemas “em alta”; a jusante destes, para onde desce a água, o

que corresponde à rede de distribuição, pode ou não incluir o reservatório, chamada parte dos

sistemas “em baixa”.

Como origem da água captada são considerados os aquíferos e as massas de água superficiais

onde podem estar instaladas várias captações (frequente em aquíferos e grandes albufeiras), para

além dos leitos de água subterrâneos (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Captações para Consumo Humano por Tipos de Recurso (fonte: “Plano Nacional da Água”)

2.2. CONSUMO DE ÁGUA DOCE

Os recursos hídricos são geridos em consequência do licenciamento de captação de água no

domínio dos recursos hídricos. Esta gestão tem por vista garantir a qualidade e quantidade de

água associadas ao título de licença, mesmo que não se verifiquem estas condições, existe na

mesma a responsabilidade, reforçada pelas obrigações do Estado, em relação à água e

obrigações legais adjacentes.

À administração destes recursos compete garantir um bom desempenho das captações e origens

da água para abastecimento de populações sem prejuízo das restantes entidades. Para isto, é

imprescindível o conhecimento rigoroso de características relativas à utilização e procura de

água pelos sistemas de abastecimento. A eficiência na utilização destes recursos leva a que não

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se transfira para o domínio hídrico os problemas que são de responsabilidade das entidades

gestoras dos sistemas.

Identificaram-se 4.384 captações de água doce no Continente, 267 das quais em águas

superficiais e 3.394 em águas subterrâneas, nas restantes não foram possíveis caracterizar o tipo

de origem.

O número de captações de água subterrânea não traduz de forma fiel a importância desta origem

de água nos nossos Sistemas de Abastecimento.

2.2.1. NA AGRICULTURA

Pela inexistência de um fiel controlo da água utilizada pelos diferentes sectores, na agricultura

as estimativas quanto a necessidades e consumos de água para a rega é elaborada tendo por base

métodos indirectos, como balanços hidrológicos do solo relativos às diferentes culturas. Para

que esta avaliação se realize é necessário um levantamento, a nível nacional, das áreas de

regadio existentes e respectivas culturas nelas praticadas, dos sistemas de rega existentes e

eficiência dos mesmos, para além da origem da água utilizada.

A análise dos valores globais actuais mostra que hoje em dia estão equipados e prontos a serem

regados perto de 988.000 ha, isto é, menos de 35% das áreas com aptidão para tal.

O regadio em Portugal é essencialmente de natureza privada, pois apenas 124.000 ha fazem

parte da área regada pelo Estado, também chamados perímetros públicos ou do Estado.

2.2.2. NA INDÚSTRIA

Conhecer realmente os consumos e necessidades de água da indústria é um dos dados mais

difíceis de obter devido à complexidade dos processos industriais de utilização de água mas,

acima de tudo, por não existir nenhuma forma de estatisticamente aceder a resultados.

As limitações na obtenção de dados relativos aos usos, consumos e necessidades de água na

industria centram-se na falta de dados estatísticos sistemáticos, na diversidade de entidades de

abastecimento relacionadas com a localização das instalações industriais, na incerteza quanto a

tecnologias e processos, e por último, desconhecimento de materiais e substâncias usadas.

Para referenciar os sectores industriais considerados no estudo dos consumos de água, foi

mantida, quase sempre a designação dos Sectores da Classificação das Actividades Económicas

(C.A.E.). Assim, com o objectivo de manter as qualidades da água utilizada e consumida pela

indústria, avaliou-se de diferentes formas e com diferentes métodos indirectos as necessidades e

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consumos de água em função de diversas realidades: número de trabalhadores, área ocupada,

unidade de matéria-prima ou produto utilizado.

Concluiu-se que os sectores de actividade económica que mais afectam os recursos hídricos são:

as Indústrias Alimentares e das Bebidas, Fabricação de Têxteis, Indústrias de Madeiras e da

Cortiça, Fabricação de Pasta de Papel e Cartão, Fabricação de Produtos Químicos e Indústrias

Metalúrgicas de Base (como é possível comprovar em Anexo 1).

2.2.3. NOS MUNICÍPIOS

A utilização da água nos municípios portugueses inclui perdas em fugas de grandes volumes,

para além de toda a normal utilização em lavagem de ruas, sistemas de rega de jardins públicos,

entre outros englobados em questões sociais (em entidades dos bombeiros, hospitais, escolas,

…).

Estas necessidades de consumo de água abrangem essencialmente o comércio e as populações.

A gestão dos Sistemas de Abastecimento Urbano tem sido sucessivamente alvo de

transformações, essencialmente para melhor implementar nas autarquias o sistema Saneamento

Básico.

Apesar do baixo volume de água utilizado no abastecimento urbano, este é fundamental para a

saúde pública, alimentação e higiene das populações. O que leva a que seja um desafio para as

autoridades da administração conseguir uma boa cobertura e um elevado nível de serviço em

qualidade, atendimento e permanência.

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Fontes de Água Doce em Portugal

3.1. DE ONDE VEM A ÁGUA

No nosso quotidiano quando se fala em água doce, a maioria das pessoas associa água doce á

água proveniente do rio. Mas este pensamento apesar de não estar totalmente errado, também

não está correcto visto que, a água doce existente para consumo está repartida em rios, lagos,

subsolo até 800 metros, cursos de água, lençóis subterrâneos, com uma salinidade próxima de

zero, como os estuários, sob a forma de humidade, vapor de água e gelo.

Figura 1 – Principais origens de água para abastecimento de mais de 10 000 habitantes, em Portugal

Continental

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Esta pequena parcela de água disponível demonstra necessidade de utilizar, de forma

sustentável, as reservas de água doce ainda existentes, que têm vindo a sofrer, nos últimos

50anos, uma drástica redução quantitativa (quase 62%) e qualitativa (com alterações profundas

das condições ecológicas dos cursos de água), devido sobretudo ao crescimento demográfico,

explosão do parque industrial e descarga directa de efluentes domésticos, industriais e agro-

pecuários não sujeitos a tratamento.

Estas obras de engenharia, executadas sem os necessários cuidados ambientais, contribuíram

para a degradação da qualidade das águas e do meio ambiente.

Os rios e lagos que formam ecossistemas de água doce são considerados o meio de vida natural

mais ameaçado.

As bacias de maior dimensão e com mais população, nomeadamente o Tejo e o Douro, são as

que se verifica maior procura de água. (CONFAGRI 2003).

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Balanço de Água Doce:

Disponibilidade VS Consumo

4.1. ÁGUA DOCE “ O OURO DO SÉCULO XXI”

Desde sempre a água foi considerada fundamental para a sobrevivência das civilizações

humanas e em geral para a manutenção do equilíbrio da Natureza.

A água é um bem ambiental indispensável ás necessidades humanas básicas tais como, saúde,

produção de alimentos e ao desenvolvimento de actividades humanas, nomeadamente a

agricultura (tendo influência decisiva na qualidade de vida das populações e na manutenção de

ecossistemas).

Actualmente, a disponibilidade deste recurso e a sua necessidade variam em proporção inversa,

isto porque, este bem, torna-se cada vez menos disponível enquanto que a necessidade da

população se torna cada vez maior, cada vez mais exigente.

No nosso dia-a-dia dificilmente reflectimos sobre a enorme quantidade de água que gastamos e

não temos noção de que em Portugal, uma pessoa gasta por dia, cerca de 165 litros de água. O

nosso país tem cerca de 9.8milhoes de habitantes, agora é só multiplicar os valores e verificar

quão água se gasta num dia em todo país.

Com efeito, estudos realizados demonstram que os concelhos Da Grande Lisboa e do Grande

Porto são responsáveis pelo consumo de 36% do total da água servida pela rede Pública. Sendo

Lisboa o Distrito de maior gasto, e segundo Carmona Rodrigues, “Cerca de 30% da água que

abastece Lisboa é desperdiçada”.

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Sendo assim não admira que Portugal seja considerado o país mediterrâneo que mais água

consome anualmente.

Apesar disto, comparando as disponibilidades e usos de água em Portugal com outros países da

UE, pode-se concluir que o nosso país não é, por norma, carente em recursos hídricos, embora

possam ocorrer situações críticas de seca, sazonais ou localizadas.

A zona costeira de Portugal Continental tem uma extensão de cerca de 950Km, encontrando-se

aí a maioria das grandes cidades, como Porto, Aveiro, Lisboa, Setúbal, Faro, onde vive cerca de

75% da população portuguesa (com tendência a aumentar) e onde se gera cerca de 85% do

Produto Interno Bruto.

A distribuição espacial e temporal da precipitação média anual em Portugal não são uniformes,

ocorrendo frequentemente cheias que afectam todo o território continental (Anexo 2).

Sendo assim, o regime de escoamento nacional é caracterizado por grande variabilidade sazonal,

com concentração da precipitação e escoamento em períodos relativamente curtos (cerca de 70 a

80% da precipitação ocorre de Novembro a Abril), com um máximo em Fevereiro e ocorrência

de períodos prolongados de seca (predominantemente no Verão), condicionando sobretudo, o

escoamento em cursos de água relativamente pequenos.

Para além disto, sabe-se também, que no nosso país existe uma irregular distribuição dos

recursos hídricos, relacionada também com uma irregular distribuição das zonas de maior

precipitação, que constituem zonas de relevo montanhoso, e sendo assim, o escoamento da

precipitação, contribui para o aumento dos caudais dos rios.

Figura 2 – Índice de Consumo da Água

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Nas últimas décadas a procura de água nas zonas mais áridas do país cresceu significativamente,

devido sobretudo ao acréscimo de novas práticas agrícolas de carácter intensivo, e ás novas

necessidades associadas ao aumento do turismo (incluindo campos de golfe).

Sendo assim, sabe-se que o consumo de água potável triplicou nos últimos 50 anos, e que no

entanto, a água disponível actualmente é cerca de metade da que existia em 1950.

Tornou-se da necessário garantir o abastecimento de água de qualidade a um número crescente

de agregados familiares e unidades industriais, o que levou á perda de quantidade e/ou

qualidade de água doce.

Segundo dados da ONU, se o Homem continuar a desperdiçar e a degradar os recursos hídricos,

não haverá água própria para consumo humano, já em 2050.

Não se pode também esquecer, que cerca de 88% da área actual de regadio é privada e, sendo

assim, os agricultores não pagam pela utilização do recurso e não medem o volume de água

utilizado, o que dificulta a aplicação de medidas com vista a reduzir as perdas e a aumentar a

eficiência do uso de água.

Do mesmo modo, não se pode esquecer também, que a água utilizada pela indústria

transformadora, é quase na sua totalidade, proveniente de captações subterrâneas, sem qualquer

controlo da quantidade captada ou utilizada nem pagamento pela utilização do recurso.

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Escassez de Água em Portugal

5.1. PROBLEMAS DE ESCASSEZ DE ÁGUA

A associação ambientalista Quercus alertou que num futuro próximo Portugal pode vir a sofrer

de falta de água, sendo que a que existir pode ser imprópria para consumo.

Os dados mais recentes, que datam de 2005, apontam que 44 por cento dos rios portugueses

apresenta má qualidade e que apenas um quinto da água superficial portuguesa é considerada

boa.

A variabilidade da disponibilidade de água em Portugal continental é extremamente elevada,

quer em termos anuais quer em termos sazonais, o que dá origem a períodos mais ou menos

prolongados em que a precipitação é significativamente inferior à média. Nessas situações a

capacidade de armazenamento disponibilizada pelas albufeiras e pelos aquíferos explorados não

é suficiente para garantir a manutenção de abastecimento a todas as utilizações de água.

5.2. SITUAÇÕES HIDROLÓGICAS EXTREMAS

5.2.1.AS SECAS

As secas são um fenómeno natural, ciclicamente sentido em muitas regiões do Globo, que,

infelizmente, se têm tornado mais frequentes devido ao aumento das necessidades de água

resultantes do crescimento da população e da sua qualidade de vida. O conceito de seca tem

uma definição lata que designa situações de escassez de água de longa duração que abrangem

áreas extensas e tem repercussões negativas nas actividades socioeconómicas e nos

ecossistemas. As consequências sociais e económicas dos períodos de escassez de água são

Disponibilidade de Água Doce – A vulnerabilidade e a Escassez de Água Doce são Reais em Portugal?

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enormes, o que justifica a sua caracterização com o objectivo de obter dados que permitam

adoptar medidas de redução dos seus efeitos negativos.

A situação geográfica do território de Portugal é favorável à ocorrência de episódios de seca

pelo que este fenómeno não constitui propriamente uma surpresa, devendo antes ser encarado

como um “elemento climático de determinada frequência” no sentido de que já ocorreu no

passado e ocorrerá no futuro.

A seca não tem o mesmo significado para todos, depende da forma como cada um de nós tem

acesso à água. No essencial, pode fazer-se a distinção entre dois tipos de secas, uma mais

directamente associada à não ocorrência de chuva, a seca meteorológica, e outra ao estado de

armazenamento das albufeiras, lagoas, aquíferos e das linhas de água em geral, a seca

hidrológica. Por outras palavras, define-se por seca meteorológica a medida do desvio da

precipitação em relação ao valor normal e caracteriza-se pela falta de água induzida pelo

desequilíbrio entre a precipitação e a evaporação, a qual depende de outros elementos como a

velocidade do vento, temperatura, humidade do ar e insolação. A definição de seca

meteorológica deve ser considerada como dependente da região, uma vez que, as condições

atmosféricas que resultam em deficiências de precipitação podem ser muito diferentes de região

para região.

Figura 3 – Precipitação e Seca nas diferentes regiões de Portugal

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A seca hidrológica está relacionada com a redução dos níveis médios de água nos reservatórios

de superfície e subterrâneos e com a depleção de água no solo. Este tipo de seca está

normalmente desfasado da seca meteorológica, dado que é necessário um período maior para

que as deficiências na precipitação se manifestem nos diversos componentes do sistema

hidrológico.

A seca que vivemos tem as implicações inerentes à sua duração e severidade, quer sob o ponto

de vista socioeconómico quer ambiental. Ao analisarmos um período de seca, devemos ter em

conta que as condições hidrometeorológicas que o ocasionam têm uma influência variável, de

acordo com a procura de água da região e o grau de desenvolvimento dos seus aproveitamentos

hidráulicos. Na prática, em situação de seca declarada coloca-se a questão da periodização das

utilizações da água e as medidas a tomar nesse sentido. A agricultura de regadio poderá ser

impraticável em algumas regiões, mesmo recorrendo a culturas menos consumidoras da água.

Por outro lado, a redução dos escoamentos e dos volumes armazenados em albufeiras conduzirá

a um agravamento da qualidade da água se não forem tomadas medidas sobre as descargas de

efluentes, sobre a eficácia dos sistemas de tratamento e se não se aumentar a fiscalização e

controlo. A produção de energia hidroeléctrica é também afectada, fundamentalmente quando se

trata de albufeiras de armazenamento, pelo facto de se mobilizarem recursos essenciais para

usos mais prioritários.

As secas têm riscos para a qualidade de vida das pessoas e saúde pública e económicos para as

actividades empresaria ou produtivas não empresariais. O risco associado a qualquer fenómeno

natural resulta do produto da magnitude ou intensidade da ameaça potencial pela

vulnerabilidade das pessoas, bens, origens de água e infra-estruturas sob ameaça.

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Possíveis Soluções para Poupar Água

6.1. POUPE HOJE PARA TER AMANHÃ

A água é um recurso natural limitado e essencial à vida. Tal como referido anteriormente, a sua

distribuição no planeta, e no nosso país, não é uniforme.

Com o crescimento da população e do desenvolvimento agrícola e industrial, é cada vez mais

difícil satisfazer as necessidades crescentes de água. E sendo a água património comum, cada

um de nós deve sentir-se responsável pelo uso que dela faz.

Durante muito tempo, a humanidade actuou como se a água fosse um bem renovável e

ilimitado, de tal forma que os processos que dela dependem aumentaram os consumos em todo

o mundo: para fins agrícola, Industriais ou domésticos.

Para satisfazer as nossas necessidades crescentes e aumentar as reservas hídricas disponíveis,

fizeram-se grandes obras: desviaram-se rios, construíram-se grandes barragens, canalizou-se a

água em direcção aos grandes centros de consumo e etc.

No entanto, e por causa do uso excessivo, este recurso já ultrapassou a capacidade de renovação

dos sistemas naturais, pois, apesar da água ser um recurso renovável à escala global, tal não é

tão evidente à escala local, devido as alterações climáticas, ao desequilíbrio da localização das

populações, ao aumento das actividades económicas e dos usos domésticos.

Contudo, a disponibilidade da água não depende apenas da quantidade de recursos, mas também

da sua qualidade.

A perda de qualidade da água, em resultado dos processos industriais, do uso de produtos

fertilizantes e fitossanitários em campos de cultivo e dos usos particulares indevidos, implicou

uma diminuição da disponibilidade efectiva da água pura, de tal forma que, na prática, podem

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ocorrer situações de escassez para usos de qualidade superior (abastecimento doméstico,

actividades de lazer, indústria alimentar).

Torna-se então evidente que temos de agir para melhorar o uso que damos à água.

Em suma, a água é um dos bens mais preciosos da terra que é necessário preservar.

6.2.REGRAS A CUMPRIR

Para reduzir o consumo anual de água é necessário, pelo menos, cumprir as seguintes “regras”

ou “conselhos”.

6.2.1. NA CASA DE BANHO

Mantenha a torneira fechada enquanto lava os dentes ou esfrega as mãos, se assim o fizer

poupará cerca de 10 a 30 litros de água por dia.

Opte pelo duche em vez do banho de imersão (gastará 50% menos água) e, se possível,

encurte a duração dos duches (menos 2 minutos debaixo do chuveiro implica uma poupança

de 40 litros de água!) ou desligue a água no momento de se ensaboar e/ou de aplicar

champô.

Enquanto aguarda que a água do duche aqueça, coloque um balde para recolher os primeiros

litros de água que mais tarde poderá utilizar para regar as plantas, lavar o chão, etc.

Utilize o autoclismo apenas quando necessário. Cada descarga gasta cerca de 10 a 15 litros

de água.

Opte por um autoclismo de baixa capacidade ou de dupla dose, e diminua o volume de

descarga do autoclismo colocando uma garrafa cheia de água ou areia no depósito do

autoclismo;

Não deite lixo desnecessário na sanita, vai obrigar a mais descargas, e consequentemente, a

um maior desperdício de água.

6.2.2. NA COZINHA

Não deixe a torneira a correr enquanto lava a loiça.

Se tem máquina de lavar, não passe a loiça por água antes de a colocar na máquina (poupará

cerca de 75litros).

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Utilize as máquinas de lavar loiça e roupa apenas quando estiverem cheias, se não, o

desperdício de água será elevadíssimo! (Uma máquina de lavar consome 60 a 90 litros de

água por lavagem).

Utilize água fria sempre que possível, evitando assim na água quente.

6.2.3. NA REGA

Regue de manhã cedo ou á noite, isto é, nas horas de menor calor, para que a água não se

evapore com o calor ou o sol.

Há plantas que morrem de excesso e não de falta de água, portanto há que estar atento ao

solo para saber quando é que os seus “verdes” precisam realmente de água.

Regue devagar para permitir que a água se infiltre bem no solo, o que vai implicar menos

regas.

Se tiver um sistema de rega, programe-o para de manhã, e certifique-se que a água não está

a ser lançada para zonas não verdes.

Se possível faça a rega com águas de poços e ribeiros, ou então recupere a água da chuva.

6.2.4. NO GERAL

Se possível, aplique redutores de fluxo a todas as suas torneiras, inclusive ao chuveiro, ou

opte pelo uso de torneiras electrónicas com sensores ou torneiras temporizadas.

Certifique-se que não tem fugas de água em nenhuma divisão da casa. As fugas podem

custar-lhe mais de 30 litros de água por dia!

Na lavagem do carro evite a utilização de mangueiras, mas recorra sim ao uso de baldes.

Assim, em vez de 500 litros de água, vai apenas consumir 50.

Se detectar fuga numa boca de rega ou noutro ponto da conduta contacte sem demora a

Câmara Municipal de Sines.

Reutilize a água que puder.

Em casa, na escola, nos locais de trabalho, reduza o consumo.

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Gráfico 2 – Os Consumos de Água em Casa dos Portugueses

Para além disto, uma outra forma de poupar água, é aproveitar a água da chuva, colocando

baldes, alguidares ou até mesmo tanques onde esta caia, de forma a pode-la usar posteriormente

para regar ou dar de beber a animais. Desta forma poupam-se muitos litros de água.

Em suma, para reduzir o consumo anual de água e, naturalmente, a sua conta mensal, basta

aplicar estas simples dicas em casa, tornando-os, a pouco e pouco, hábitos de poupança para o

seu quotidiano. Para além de poupar dinheiro, estará também a salvaguardar um dos bens mais

preciosos da terra, que infelizmente se tem tornado cada vez mais escasso.

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CONCLUSÃO

O Projecto foi concluído com sucesso e os objectivos iniciais foram atingidos. Apesar de

algumas dificuldades encontradas, como o facto de a maioria da informação encontrada ser

dirigida ao consumo de água no mundo e não especificamente em Portugal, conseguimos

ultrapassar.

Este Projecto será uma mais valia paras o nosso futuro, pois o tema é bastante interessante e

importante no nosso dia-a-dia, pois a água é um bem ambiental indispensável às necessidades

humanas básicas tais como, saúde, produção de alimentos e ao desenvolvimento de actividades

humanas, nomeadamente a agricultura (tendo influência decisiva na qualidade de vida das

populações e na manutenção de ecossistemas).

Em suma, sem água seria impossível existir vida, uma vez que todos os seres vivos dependem

dela para viver, pois é o bem mais precioso que temos.

No entanto, e por causa do uso excessivo, este recurso já ultrapassou a capacidade de renovação

dos sistemas naturais, pois, apesar de a água ser um recurso renovável à escala global, tal não é

tão evidente à escala local, devido as alterações climáticas, ao desequilíbrio da localização das

populações, ao aumento das actividades económicas e dos usos domésticos.Com efeito, o

crescimento da população e do desenvolvimento agrícola e industrial, é cada vez mais difícil

satisfazer as necessidades crescentes de água. E sendo a água património comum, cada um de

nós deve sentir-se responsável pelo uso que dela faz.

Sendo assim, torna-se então evidente que temos de agir para melhorar o uso que damos à água.

Todos nós dependemos da água. Agora a água também dependerá de nós, das nossas atitudes e

comportamentos.

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ANEXO 1 – PRINCIPAIS SECTORES DE ACTIVIDADE INDUSTRIAL CONSUMIDORAS DE ÁGUA

(HM³ MÉDIOS ANUAIS)

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ANEXO 2 – PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL (FONTE: INAG/IGP 2002)