Disponibilidades hídricas
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Disponibilidades Hídricas
Geografia A -10º AnoProfessora: Anabela Fernandes
Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti
Bacia HidrográficaBacia hidrográfica ou bacia de drenagem é a área da superfície terrestredrenada por um rio principal e seus tributários, sendo limitada pelos divisoresde água.
Noção de débitoChama-se débito bruto à quantidade de água saída num ponto, na realidade numa secção de um curso de água durante um determinado período de tempo; utiliza-se a unidade m³/seg.Este pode ser um débito instantâneo(certa hora, dia), mas o mais utilizado é o débito médio (Q) calculado ao longo de vários anos.
Noção de regimeO débito médio varia segundo a estação do ano conforme chega mais ou menos água a rede hidrográfica, ao comportamento médio plurianual destas variações dá-se o nome de regime.
Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti GEO 10 - Disponibilidades Hídricas
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Ciclo da Água
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• Disponibilidades hídricas – quantidade de água disponível numa regiãodirectamente dependente das características do clima e, muito especialmente daprecipitação, quer em termos totais registados, quer na sua distribuição ao longodo ano.
• Evapotranspiração – quantidade de água devolvida à atmosfera.
• Escoamento superficial - quantidade de água escoada que alimenta osrios, ribeiros, lagoas , lagos e albufeiras.
• Escoamento subterrâneo - quantidade de água infiltrada que vai consistir noescoamento subterrâneo.
• Factores intervenientes no escoamento
Total de precipitaçãoTemperaturaCaracterísticas físicas do soloRelevoVegetaçãoAcção do Homem
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• Bacia Hidrográfica:Bacia hidrográfica é uma extensão de terra onde as águas, quer das chuvas quer da neve, seguem para um corpo de água (rio, lago, estuário, mar ou oceano).A bacia hidrográfica inclui as correntes e os rios que conduzem a água assim como as superfícies terrestres por onde a água passa para esses canais. Funciona como um funil que recolhe toda a água da existente na sua área e direcciona para uma via marítima. Cada bacia está separada topograficamente das outras bacias por tergos, colinas ou montanhas.
•Em geografia, a maneira como fluem as águas nas bacias hidrográficas são catalogadas da seguinte maneira:
•- Exorréicas: quando as águas drenam directamente para o mar;
•- Endorréicas: quando as águas drenam para um lago ou mar fechado;
•- Arréicas: quando as águas escoam alimentando os lençóis freáticos;
•- Criptorréica: quando o rio se infiltra no solo sem alimentar lençóis freáticos ou se evapora;
•O estudo do ciclo hidrológico mostra-nos que a água que passa por uma sessão qualquer de um curso de água tem a sua origem na água precipitada. Por vezes, uma porção de água que entre no sistema subterrâneo que se encontra por baixo de uma bacia, pode ir parar a outra bacia, uma vez que as direcções nem sempre correspondem à rede superficial.
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Importância das bacias hidrográficas em:•
Hidrologia: na hidrologia, as bacias hidrográficas são um ponto focal lógico para o estudo do movimento das águas dentro do ciclo hidrológico. A medida total de precipitação de uma determinada bacia fornece dados que podem ser interpretados de variadas maneiras. Se as medidas forem muitas e igualmente distribuídas sobre uma área de precipitação uniforme, o uso da média aritmética pode trazer bons resultados.
•Ecologia: as bacias hidrográficas são um importante elemento na ecologia, à medida que a água corre acima do solo, ela pode colher nutrientes, sedimentos e poluentes. Tal como a água, estes percorrem as passagens da bacia e podem afectar os processos ecológicos ao longo do caminho, assim como nos corpos de água que as recebem.
•Gestão de recursos: como as bacias hidrográficas são entidades coerentes no sentido hidrológico, é comum gerir os recursos de água na base de bacias individuais.
•
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Erosão Normal ou Fluvial
São três os processos geológicos que ocorrem ao longo do curso dos rios:
•- Erosão: é provocada pela extracção progressiva de materiais do leito das margens, sendo a pressão exercida pela água a responsável por este fenómeno, não esquecendo ainda a importância das épocas de cheias que é onde a velocidade das águas é maior. O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto maior for o seu caudal e a inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso;
•- Transporte: depois de removidos, os materiais estraídospassam a fazer parte da carga sólida do curso de água em que podem ser levados para outros locais;
•- Deposição: os materiais vão sendo depositados ao longo do leito ou nas margens. Os materiais mais pesados e de maiores dimensões depositam-se mais para o lado da nascente, enquanto que os de pequenas dimensões e mais leves depositam-se próximo da foz ou são transportados para o mar. É importante a deposição de materiais nas margens na ocorrência de cheias. Os aluviões são depósitos nas planícies de inundação e tornam essas zonas mais férteis.
Fase Jovem Curso superior, o rio
executa uma acção de
desgaste, vale em
garganta, declive
acentuado.
Fase Adulta Curso médio, o rio
executa uma acção de
transporte, vale mais
aberto, declive
diminui.
Fase Idosa Curso inferior, o rio
executa uma acção de
acumulação, vale
muito largo, declive
quase nulo.
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• Definição de leito: parte inferior de um vale fluvial, moldado pelo escoamento, eao longo do qual se deriva a maior parte do caudal e dos sedimentostransportados pelo escoamento em períodos entre cheias.
• Definição de leito de cheia: alargamento do leito maior de um curso de água que só é ocupado em períodos de cheias.
• Perfil transversal: o perfil transversal de um rio é a linha que une as duas margens de um rio passando pelo fundo de um rio.
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A REDE HIDROGRÁFICA PORTUGUESA
• A rede hidrográfica é densa apresentando um contraste norte-sul
• A norte o relevo é mais acidentado e a rede apresenta-se:
• Orientação
Maior densidadeMaior encaixe dos riosVales profundosDeclives acentuados
REDE INTERNACIONAL REDE NACIONAL
MinhoDouroTejoGuadiana
MondegoVougaSado
Este-OesteNordeste - SudoesteSul – Norte (Sado)Norte – Sul (Guadiana)
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• As disponibilidades hídricas variam essencialmente devido às quantidades deprecipitação, pelo que, em termos gerais, podemos dizer que existe umadiminuição no sentido norte-sul, com a passagem de rios com regimes regularesde tipo oceânico (Minho ou Douro) para rios de regime irregular ou torrencial(Guadiana), que, no período seco estival quase chegam a desaparecer, tal é adiminuição do caudal. Em termos de disponibilidade hídrica, Portugal, quandocomparado com os países da região euro-mediterrânea situa-se numa posiçãointermédia, mas, quando comparado com os seus vizinhos já está numa situaçãoprivilegiada, pois apenas utiliza 16% dos seus recursos hídricos renováveis(Ramos, 2005).
• Período seco estival: Período que regista uma diminuição do caudal comoconsequência da ausência de precipitação e do aumento da evaporação (devido aoaumento da temperatura). Em muitos casos, pode chegar mesmo a desaparecer.
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AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DE PORTUGUAL
Regime dos Rios
• As principais bacias são internacionais e são frequentemente uma fonte deconflitos. Espanha e Portugal partilham as principais bacias hidrográficas daPenínsula Ibérica, sendo que praticamente 2/3 do território português estãolocalizados em bacias internacionais. Portugal tende a ficar refém de qualqueriniciativa espanhola no domínio da gestão dos recursos hídricos, pois a sualocalização a jusante da Espanha constitui uma vulnerabilidade nacional quejustifica a adopção de um processo negocial contínuo, baseado nos DireitosInternacional e Comunitário, numa atitude de cooperação efectivae, principalmente, na implementação de medidas concretas que minimizem essavulnerabilidade.
• Predomina o Regime de escoamento irregular Variabilidade da precipitação
• Variação anual caudais de estiagem/caudais de cheia
• Variação interanual Variabilidade interanual da precipitação
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Perfil transversal de um curso de água
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Leito menor ordinário - corresponde ao leitopor onde corre um curso de água durante osperíodos de estiagem (de seca). Nalgumasregiões, o rio chega mesmo a secar.
Leito normal - como o próprio nome indicacorresponde ao leito normal do rio.
Leito maior, de inundação ou de cheia - nosperíodos de chuvas intensas, por vezes, aságuas sobem e transbordam as margens doleito normal.
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REGIME FLUVIAL /Variação dos caudais
Regime fluvial, regime de um rio – é avariação anual do caudal de um rio.Estando directamente dependente daprincipal fonte de alimentação – aprecipitação.
Factores condicionantes : Clima (regime térmico e pluviométrico) Relevo (declive, forma das vertentes)Natureza das rochas (permeabilidade)Cobertura Vegetal (com floresta 42% daprecipitação chega ao solo; sem vegetação100%)Acção do Homem ( construção debarragens, regularização dosrios, alterações da cobertura vegetal …)
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Norte – as precipitações são mais abundantes; os caudais médios anuais mensais são elevados
Sul – precipitações mais escassas;temperaturas mais elevadas / maior perda de águapor evaporação;os caudais são menores e com leito de estiagem.
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SECAS
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Sul: o aspecto mais marcante é a duração do período seco estival. Onde os leitosficam desprovidos de escoamento superficial.
Maiores caudais: ocorrem no Outono /Inverno (Dezembro a Março), após asprimeiras chuvas, as águas são absorvidas pelos solos ressequidos e evaporada pelatemperatura ainda elevada, só após a saturação começam a chegar aosrios, aumentando o seu caudal. No entanto em regiões de rochas permeáveis o caudalnão aumenta.
Regime Irregular carácter torrencialNorte: a irregularidade deve-se ao relevo montanhoso; às precipitações abundantesque escoam rapidamente devido ao acentuado dos declives e aos vales profundos eencaixados originando cheias brutais e de fácil propagação.
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Menores caudais – ocorrem no Verão, onde em rios mais pequenos se fica por um pequeno filete de água ou mesmo um leito seco. Regista-se períodos mais ou menos acentuados de ausência de chuva e temperatura elevada. As nascentes secam ou debitam pouca água; há uma parte retirada para irrigação; e regista-se retenção por barragens e represas.
Algarve – predominam as ribeiras têm regime irregular e torrencial. Correm em vales encaixados e com fortes declives na Serra Algarvia onde no Inverno as águas se precipitam a grande velocidade ; no Verão ,o caudal é reduzido ou secam.
Portugal Insular – pequena extensão territorial também dominam as ribeiras. Trata-se de regiões montanhosas, os leitos das ribeiras são irregulares de forte declive ocorrendo com frequência quedas de água e rápidos.
Açores – ribeiras mais caudalosas e de regime mais regular.
Madeira – ribeiras apresentam um regime mais irregular devido à distribuição das chuvas ao longo do ano.
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RIBEIRA GRANDE -Madeira RIBEIRA DO INFERNO-Madeira
RIBEIRA Ilha Terceira
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Barragens e albufeiras / Controlo dos caudais
• Barragem -“Estrutura construída transversalmente a um rio ou talvegue com afinalidade de obter elevação do seu nível de água e/ou de criar um reservatório deacumulação de água seja de regularização das vazões do rio, seja de outro fluido.”
• A decisão de construir uma barragem, como qualquer outra obra de EngenhariaCivil está associada à decisão de correr riscos e à gestão dos recursos hídricos.
• Vantagens - Relacionadas as suas finalidades; A produção de energia eléctrica
Regularização de caudais dos rios
Abastecimento de água às populações e
Às diversas actividades económicas
Incremento de actividades ligadas ao turismo e ao lazer
• Desvantagens - Destruição de florestas, habitats selvagens e terrenos agrícolas;Conflitos de objectivos socio-ambientais (Agricultura, Turismo); Deslocamento demilhares de pessoas; Alteração do escoamento superficial e do clima; Inundaçãode grandes superfícies
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Castelo do Bode (Zêzere - Tejo)
Aguieira (Mondego)
Alqueva (Guadiana)
Sta Luzia ( Unhais , Tejo)
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Conclusão :
• Norte apresenta maior densidade hidrográfica possui por isso maior número de barragens ; onde os rios são mais caudalosos e regulares devido a o total anual de precipitação e época seca mais curta e mais moderada, bem como a tipologia de relevo (montanhoso) propícia a construção destas infraestruturas.
• Sul só a barragem do Alqueva, contribuí para uma melhor gestão das águas e poderá ser um motor de desenvolvimento : Incrementar a irrigação
Introduzir culturas de regadio
Produção de energia hidroeléctrica
Pólo de desenvolvimento ligado ao turismo ( exploração de aldeias turísticas, barcos-casa, uso balnear, pesca, canoagem e outros desportos naúticos)
• Barragem reserva hídrica em lagos artificiais – as albufeiras
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O mapa da figura 2 representa o volume de água armazenado nas albufeiras das principais baciashidrográficas de Portugal Continental, em Dezembro de 2005, e os valores médios dos armazenamentos nessemesmo mês, no período entre 1990 e 2000.
Através da análise da figura 2, podemos concluir que, em Dezembro de 2005, os valores percentuais de armazenamento de água em albufeiras, por bacia hidrográfica, eram...
X.1 superiores à média de 1990-2000 apenas em duas bacias hidrográficas.
X.2 inferiores à média de 1990-2000 em todas as bacias hidrográficas.
X.3 inferiores à média de 1990-2000 apenas em duas bacias hidrográficas.
X.4 superiores à média de 1990-2000 em todas as bacias hidrográficas.
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Enxoé -Beja
Divor - Évora
Burga - Bragança
Albufeiras
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LAGOS E LAGOAS
• Lagos e lagoas – são depressões no terreno onde se acumula a água provenienteda chuva e de nascentes, constituindo reservatórios naturais;
• Em Portugal – a dimensão reduzida destes reservatórios só permite falar emlagoas;
• Origem das lagoas: Marinho/fluvial : localizam-se junto à costa, estando por vezes ligadas ao mar;
Ria Formosa
Ria de Aveiro
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Lagoas onde o mar só comunica com elas por acção do homem ou das marés
Lagoa de Sto André
Glaciária: localizam-se em regiões montanhosas,onde foram construídas pela acção erosiva das nevese gelos de antigos glaciares, acumulando as águas dachuva e do degelo
Lagoa de Óbidos
Lagoa Comprida – Serra da Estrela
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Vulcânica e tectónica: localizam-se nosAçores , constituem áreasdeprimidas, originárias do abatimento dascrateras do vulcão e conhecidas porcaldeiras.
Cársica : localizam-se em maciçoscalcários, constituindo depressõesprovocadas pela erosão ou abatimento
Lagoa das Sete Cidades
Lagoa na Serra dos Candeeiros
Pego do Inferno - TaviraLagoa do Fogo