DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

139
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DANILA GOMES PEREIRA DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES VOLTA REDONDA 2011

description

trabalho de conclusão de curso

Transcript of DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

Page 1: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DANILA GOMES PEREIRA

DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

VOLTA REDONDA 2011

Page 2: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

TCC apresentado ao Curso de Design do

UniFOA como requisito à obtenção do título

de bacharel em Design.

Aluno:

Danila Gomes Pereira

Orientador:

Prof. Luis Claudio Belmonte dos Santos

VOLTA REDONDA 2011

Page 3: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno:

Título do TCC:

Orientador:

Banca Examinadora:

_________________________________________________

Prof.

_________________________________________________

Prof.

_________________________________________________

Prof.

VOLTA REDONDA 2011

Page 4: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

Ás pessoas com necessidades

especiais - com deficiência de membros

superiores.

Page 5: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família

que meu deram forças para perseverar, em

especial ao meu querido tio Delmir de Freitas

Pereira, como educador que é, soube, com

competência, mediar minhas palavras.

Agradeço ao meu orientador Luis Claudio

Belmonte dos Santos por compartilhar sua

sabedoria e aos professores Moacyr Ennes

Amorim e Ana Paula Zarur de Andrade Silva

e Salz por ajudarem na construção do meu

conhecimento. Agradeço aos amigos que

estiveram do meu lado na caminhada de

quatro anos de graduação e a todos que

contribuíram direta ou indiretamente para a

realização desse trabalho.

Page 6: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

RESUMO

Este Projeto procurou levantar dados, possibilitar recursos tecnológicos e

ferramentas no intuito de facilitar e ampliar as atividades do cotidiano de pessoas

com necessidades especiais. O produto elaborado trata-se de um dispositivo de

input de informação para ser acionado com os pés. Tendo em foco pessoas com

malformação congênita de membros superiores, e visa atender tanto crianças

quanto adultos. Segue normas de ergonomia e baseia-se em estudos feitos com

descansos para os pés do digitador e dimensões de teclados comuns, gerando um

produto que melhore a operacionalidade, visibilidade e conforto. Por tanto, espera-

se, com isso, ajudar na inserção dessas pessoas na sociedade de forma ativa.

Palavras-chave: Desenho Acessível; Desenho Universal; Malformação Congênita

de Membros Superiores; Inclusão Social; Tecnologia Assistiva.

Page 7: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

ABSTRACT

This project consists in gathering data, to enable technological resources and

tools that aim to make the life of with special needs easier. The product, result of the

project, is an information input device with feet. Focusing on people with congenital

malformation of the upper limbs, the device aims fo be used by adults and children.

The project follows ergonomic standards and is based in studies for digitizer feet and

for the keyboard dimensions, developing a product that improves the operability,

visibility and comfort. Therefore, expect that the device will assist the users of the

project to participate actively in the society.

Key words: Universal Design; Accessible Design; Congenital malformation of

upper limbs; Social Inclusion; Assistive Technology.

Page 8: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................11 2. PROPOSTA........................................................................................................12

2.1. Objetivo ........................................................................................................12 2.2. Objetivos Operacionais ................................................................................12

3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................13 4. METODOLOGIA .................................................................................................16 5. CRONOGRAMA .................................................................................................17 6. PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................18

6.1. Reconhecimento ..........................................................................................18 6.2. Delimitação ..................................................................................................19 6.3. Formulação ..................................................................................................20

7. LEVANTAMENTO DE DADOS...........................................................................22 7.1. Espaço Projetual ..........................................................................................22

7.1.1. Características do Usuário ....................................................................22 7.2. Reabilitação .................................................................................................26

7.2.1. Próteses e Órteses ................................................................................27 7.3. Anatomia do Pé............................................................................................29

7.3.1. Cinesiologia dos Pés .............................................................................30 7.3.2. Medidas ergonômicas............................................................................31

7.4. Legislações ..................................................................................................38 7.5. Normas Técnicas .........................................................................................38 7.6. Desenho Acessível e Desenho Universal ....................................................44 7.7. Tecnologia Assistiva.....................................................................................46 7.8. Materiais.......................................................................................................48 7.9. AACD ...........................................................................................................53 7.10. Similares ......................................................................................................54

8. ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................64 8.1. O Usuário .....................................................................................................64 8.2. O Produto.....................................................................................................64 8.3. Similares ......................................................................................................65 8.4. Materiais.......................................................................................................75

9. SÍNTESE ............................................................................................................76 10. ALTERNATIVAS.................................................................................................78

10.1. Geração .......................................................................................................78

Page 9: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

10.2. Combinação .................................................................................................88 10.3. Escolha ........................................................................................................92

11. DESENVOLVIMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA...................................96 11.1. Representação Bidimensional Preliminar.....................................................96 11.2. Aprimoramento.............................................................................................97 11.3. Adequação Ergonômica .............................................................................100 11.4. Componentes Terceiros .............................................................................102 11.5. Materiais e Processos ................................................................................104 11.6. Cores..........................................................................................................105

12. DETALHAMENTO ............................................................................................108 12.1. Características Gerais do Produto .............................................................108 12.2. Especificações Técnicas ............................................................................108

12.2.1. Desenho Técnico de Conjunto ............................................................108 12.2.2. Desenho Técnico de Subconjunto .......................................................110

12.3. Renderings.................................................................................................117 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................123

Page 10: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

LISTA DE ANEXOS

Anexo 01..................................................................................................................126

Anexo 02..................................................................................................................128

Anexo 03..................................................................................................................130

Anexo 04..................................................................................................................131

Anexo 05..................................................................................................................133

Anexo 06..................................................................................................................134

Anexo 07..................................................................................................................137

Anexo 08..................................................................................................................138

Page 11: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

LISTA DE TABELA

Tabela 01....................................................................................................................41

Tabela 02....................................................................................................................42

Tabela 03....................................................................................................................95

Tabela 04..................................................................................................................104

Page 12: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

11

1. INTRODUÇÃO

O design tem como principal objetivo, solucionar problemas, portanto, com

base nos princípios de uma metodologia de projeto de produto que busca conhecer

e estudar a fundo o usuário, a partir de uma experiência vivenciada por portadores

de deficiência de membros superiores este projeto visa solucionar problemas

encontrados na operação de dispositivos de input de informações que se

comunicam com computadores em ambientes de laser, trabalho e/ ou residenciais.

O produto a ser projetado se destina a um grupo de pessoas as quais

manuseiam objetos com os pés, tendo como foco pessoas com malformação

congênita de membros superiores, atendendo tanto crianças como adultos. A fim de

inserir essas pessoas na sociedade de forma ativa, este projeto eleva a importância

da inclusão social, utilizando como palavras-chave: tecnologia assistiva, desenho

acessível e desenho universal. Portanto, projetar algo que facilite a vida dessas

pessoas é ter como ponto de partida o conceito que o design oferece, é possibilitar e

simplificar operações que até estão eram difíceis, é dar a importância e atenção de

direito ás pessoas com necessidades especiais.

Page 13: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

12

2. PROPOSTA

2.1. Objetivo

Elaborar um dispositivo de input de informação, para portadores de

necessidades especiais que manuseiam objetos com os pés.

2.2. Objetivos Operacionais

• Levantar informações pertinentes a área de atuação do projeto

(medicina de reabilitação);

• Pesquisar sobre deficiência dos membros superiores;

• Pesquisar sobre processos de treinamento para utilização dos

membros inferiores;

• Observar as necessidades dos usuários;

• Levantar normas técnicas;

• Pesquisar sobre dados ergonômicos dos membros inferiores

(movimento dos dedos);

• Pesquisar sobre as variáveis ergonômicas (adultos);

• Estudar similares;

• Analisar os dados;

• Desenvolver alternativas;

• Pesquisar sobre especificação e processos de fabricação;

• Escolher materiais;

• Fazer detalhamento técnico;

• Testar usabilidade;

• Elaborar a apresentação e

• Desenvolver o protótipo.

Page 14: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

13

3. JUSTIFICATIVA

Hoje vivemos inseridos em uma sociedade em que a tecnologia domina

muitos setores, inclusive a nossa vida, sem nos aperceber utilizamos

constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer

e simplificar as atividades do cotidiano, ela deixou de ser um simples diferencial para

se tornar obrigatoriedade, pois, segundo o artº 5º da CF/88 é assegurado que

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” 1

A evolução tecnológica caminha na direção de oportunizar uma vida mais

fácil. Portanto, quem não se disponibiliza dessas novas conquistas, (se sente) e

corre o risco de ser negligenciado, excluído da parcela da sociedade que usufrui

desses avanços. Um desafio é incluir pessoas com deficiência física nesse grupo

ativo sem que favoreça sentimentos de perdas e constrangimentos. Os recursos

oferecidos pela Tecnologia Assistiva vem proporcionar à pessoa com deficiência um

maior alcance de independência, qualidade de vida e inclusão social, através da

ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades

de seu aprendizado e trabalho.

Segundo o ATA VII do Comitê de Ajudas Técnica – CAT, a

“Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social." 2

Diante deste contexto, este projeto tem por meta, atender e flexibilizar

recursos que possam melhor atender a necessidade de pessoas com deficiências ou

limitações para que tenham a liberdade de executar tarefas corriqueiras e se incluam

na sociedade de maneira ativa e igualitária.

1 Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 5º. 1988. 2 Comitê de Ajudas Técnica, ATA VII. 2007.

Page 15: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

14

A partir de 1997 se consolida um novo título e novas conceituações da

Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens – CIDID

registrada em 1989, pela OMS (Organização Mundial de Saúde), denominada então,

Classificação Internacional das Deficiências, Atividades e Participação: um manual

da dimensão das incapacidades e da saúde – CIDDM-2, o documento fixa princípios

que enfatizam o apoio, os contextos ambientais e as potencialidades, ao invés da

valorização das incapacidades e das limitações. Um novo entendimento de práticas

relacionadas com a reabilitação e a inclusão é, segundo Romeu Sassaki,

“o processo pelo qual a sociedade se adapta para incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos” . 3

Para que haja inclusão, a sociedade deve ser cooresponsável, - através dos

seus cidadãos em práticas e esforços governamentais conjuntas -, para que ocorra

uma melhor distribuição e modificação, aplicando a humanização nos produtos

oferecidos através de seus profissionais, de maneira a atender e favorecer

necessidades de todos os seus membros, possibilitando a essas pessoas,

respeitando as necessidades próprias, o acesso aos serviços públicos, aos bens

culturais e aos produtos decorrentes de avanço social, político, econômico e

tecnológico da sociedade.

Visto que há um grupo de pessoas que além de ter gostos, afinidades,

preocupações estéticas e preocupações com conforto, este busca um produto que

se adeque a ele. O objetivo é fazer um produto que atenda e favoreça a maior

operacionalidade das pessoas com deficiência e limitações. Há uma carência de

produtos adequados a esse grupo de pessoas, para que possam exercer a função

com mais segurança em seu dia a dia. Para que haja essa execução mais eficiente

o produto deve ter uma estética, uma forma e um uso adaptado a elas.

O público dessa área é relativamente grande, e necessita de uma demanda

maior de produtos. A OMS estima que cerca de 10% da população de qualquer país

em tempo de paz é portadora de algum tipo de deficiência, 2% dessa deficiência é

3 SASSAKI, Romeu, Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 1997. p.3.

Page 16: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

15

física. Os resultados do Censo de 1991, realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE indica um percentual de 1,14% de pessoas

portadoras de deficiências na população brasileira.

Contudo, desenvolver um produto adaptado a pelo menos 1% da nossa

população é não só promover a essas pessoas o acesso a ambientes e atividades,

que até então eram restritos ou de difícil acesso, mas sem dúvida um papel

primordial de responsabilidade social.

Page 17: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

16

4. METODOLOGIA

A fim de organizar e detalhar precisamente as etapas mostradas nos objetivos

operacionais, o presente projeto seguirá uma metodologia aplicada a projeto de

produto segundo Gui Bonsiepe, para a coleta de informações, análise das

informações e desenvolvimento das alternativas.

Após a escolha do tema, serão levantadas bibliografias sobre deficiências

congênitas de membros superiores, processos de treinamento para utilização dos

membros inferiores, inclusão social, dados ergonômicos e normas; com a leitura e o

fichamento das mesmas. No decorrer da pesquisa, serão levantados dados sobre

medicina de reabilitação, sobre as necessidades do público alvo, modelos de

dispositivo de impute já existentes, normas técnicas e legislações. As pesquisas

serão feitas em livros e pela internet. A partir de então, será desenvolvida a proposta

do projeto.

Com base no que será levantado, se analisará as dificuldades encontradas

pelos usuários em utilizar os dispositivos existentes, reconhecendo, delimitando e

formulando a resolução desses problemas.

Após levantar as possíveis informações, serão feitas análises do produto,

como: análise das funções, análise estruturais, análise de materiais e análise da

relação com o meio ambiente – ciclo de vida. E análise dos dados relacionados aos

usuários.

Posteriormente todos os dados do projeto serão sintetizados, trazendo a

descrição das características do mesmo. A partir de então, na segunda parte do

projeto, a fase de concepção em que terá o desenvolvimento das alternativas e

possibilidades de acertos do produto entre geração, combinação e decisão. Após,

detalhamento e desenvolvimento da alternativa escolhida. Por fim, elaboração da

apresentação do projeto concluído e criação do protótipo.

Em Anexo1 o fluxograma das etapas juntamente com as ações a serem

executadas, representando a metodologia adotada para o processo de

desenvolvimento do projeto.

Page 18: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

17

5. CRONOGRAMA

Gráfico de Barras de Gantt.

Page 19: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

18

6. PROBLEMATIZAÇÃO

6.1. Reconhecimento

Com base na pesquisa feita até então, foi percebido que há uma ausência

enorme de modelos de dispositivos de impute de informação para pessoas com

deficiência nos membros superiores, Os que estão presentes no mercado

apresentam difícil entendimento e decadência estética.

Segundo Donald Norman, “objetos atraentes fazem as pessoas se sentirem

bem, o que por sua vez faz com que pensem de maneira criativa” 4 , enfatiza que as

emoções mudam a maneira como a mente humana soluciona problemas, fazendo

uma ligação entre estética e função, diz que o sistema emocional muda a maneira

como o sistema cognitivo opera. Por tanto, apresentar uma estética agradável e

organizada ao ver do usuário é “fazer com que se torne mais fácil para as pessoas

encontrar soluções para os problemas com que se deparam”. (NORMAN,2004, p.39)

Sendo assim, a estética é um desafio a ser superado na produção de

equipamento para deficientes físicos, Romeu Sassaki em sua obra “Inclusão:

construindo uma sociedade para todos” discorre sobre o desenho acessível que é

um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada especificamente para as

pessoas portadoras de deficiência, também conhecido como “desenho sem

barreiras” ou “arquitetura sem barreiras”. Ele alerta que,

os produtos e ambientes feitos com desenho acessível sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo caso, especial. Neste sentido, eles são estigmatizantes apesar de bem-vindos. 5 (SASSAKI, 1997)

Muitos utilizam-se de teclados convencionais para exercer as atividades, e como

esses são projetados para as mãos, possuem um dimensionamento ergonômico

inadequado para os pés, sofrem desconforto e até fadiga muscular para exercer a

função.

Já Ture Jönsson, define ‘sociedade para todos’ como

4 NORMAN, Donald; Design Emocional, Porque adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. 2004. p.39. 5 SASSAKI, Romeu. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 1997. p.140.

Page 20: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

19

“uma sociedade que se empenha para acolher as diferenças de todos os seus membros. Isto significa que temos que focalizar nossos esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade e sim em adaptar a sociedade ás pessoas”. 6

Pode-se notar na Figura 01 a adequação do usuário ao produto.

Fig. 01 - Completamente desconfortável o usuário improvisa com equipamentos inadequados

para se incluir ativamente no sistema de computação. Além de não ter dimensionamento adequado

para os membros inferiores, há também problemas na visualização das teclas.

Fonte: http://incluindovc.blogspot.com/2010_08_01_archive.html Acesso em: 15 de mai. 2011.

6.2. Delimitação

Será feita a seleção e a classificação de diferentes aspectos da situação

problemática que são: Sensório formal, Usabilidade, Produtividade, Estruturais e

Moventes, Informacionais e Resistência. 6 JÖNSSON, Ture. Educação Inclusiva, 1994. p.63 e 68.

Page 21: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

20

Sensório formal: A partir da ordem e complexidade da construção de um

dispositivo que tende a agregar valor a imagem do produto e agradar os olhos do

consumidor,sendo que nos formatos encontrados até então há um aparência bruta e

desconfortável.

Usabilidade: A utilização de teclados convencionais é presente na maioria dos

casos encontrados, por tanto, não há dimensionamento das teclas adequado para

os pés, as letras são pequenas para serem visualizadas a distância e não há apoio

adequado para os pés.

Produtividade: A produção requer moldes maiores de teclas, materiais

resistentes e demanda adequada ao número de pessoas com a necessidade do

produto e custo reduzido.

Estruturais e Moventes: Nos produtos encontrados não há regulagem de altura,

além da dificuldade nos subsistemas e componentes de estruturação, fixação (o

produto deve ter um ponto fixo para que não escorregue), locomoção (deve ser de

fácil locomoção) e movimentação do dispositivo (para ser movido quando

necessário).

Informacionais: Nota-se a ausência de representações positivas nos dispositivos

encontrados para esse grupo de pessoas, é preciso cumprir funções simbólicas para

que haja envolvimento com o usuário, que tenham claras as informações precisas e

estética agradável.

Resistências: Foi percebido que os materiais utilizados acabam quebrando com

facilidade, pois são dimensionados para as mãos, no entanto podem ser do mesmo

material só que com dimensionamentos de paredes e espaços mais encorpados

para suportar a pressão e o preso dos pés.

6.3. Formulação

Para maior conforto na execução da atividade o produto deverá ter um

dimensionamento ergonômico atendendo tanto a menor mulher quanto ao maior

Page 22: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

21

homem, otimizando assim o tamanho dos dedos e o tamanho do apoio para a área

do pé, isto é, desenvolvendo um suporte de apoio para o pé, diminuindo o

desconforto e a fadiga muscular. Deverá ter algumas regulagens para permitir maior

conforto e operação em função das variáveis de altura.

Para melhor visualização das teclas o tamanho das letras devem ser

aumentados para serem visualizadas de acordo com a distância dos olhos da

pessoa sentada ao pé.

Segundo Sassaki em sua apresentação do desenho universal como solução

aos estigmas oferecidos pelo desenho acessível, salienta que

os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência.” “É até possível que pessoas não-deficientes nem percebam, nesses produtos ou ambientes, certas especificidades que atendem as necessidades de pessoas com deficiência. (SASSAKI, 1997, p.141)

Sendo assim, o produto será destinado á pessoas com deficiência física,

respeitando suas necessidades e limitações, porém, com uma aparência

diferenciada dos produtos destinados á esse grupo de pessoas, agradando e

podendo também ser utilizado por pessoas “normais”.

Page 23: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

22

7. LEVANTAMENTO DE DADOS

7.1. Espaço Projetual

7.1.1. Características do Usuário

O presente projeto se destina ás pessoas que não possuem os membros

superiores ou sintam dificuldades em utilizá-los. Há diferentes casos anomalias

congênitas em que apresentam a deformação desses membros, dificultando assim o

controle motor dos mesmos.

Segundo Moore,

cada parte, tecido e órgão de um embrião tem um período crítico durante o qual seu desenvolvimento pode ser perturbado. O tipo de anomalia congênita produzida depende de quais partes, tecidos e órgãos são mais suscetíveis no momento da ação do teratógeno7 . 8 (MOORE, 2008)

Por tanto, as anomalias são resultados de eventos ocorridos durante o

período crítico do desenvolvimento embriológico. O período crítico do

desenvolvimento dos membros, por exemplo, é de 24 a 36 dias após a fertilização.

Moore ainda afirma que “pelo menos 2% das anomalias congênitas são causadas

por remédios e produtos químicos” (MOORE, 2008, p.486) e os fatores genéticos

são as causas mais comuns de anomalias congênitas, que causam cerca de um

terço de todos os defeitos ao nascimento e cerca de 85% das anomalias de causas

conhecidas.

Além de mostrar que, “as anomalias congênitas podem ser únicas ou

múltiplas e de pequeno ou grande significado clínico” (MOORE, 2008, p.496), isto é,

muitas crianças que nascem com anomalia, tem uma ou mais anomalias associadas.

“Cerca de 3% de todas as crianças recém-nascidas têm uma grande anomalia bem

evidente. Anomalias adicionais são detectadas após o nascimento.” (MOORE, 2008,

p.496) Visto em grande parte dos casos estudados a presença de múltiplas

7 Teratógeno é qualquer agente capaz de produzir uma anomalia congênita ou aumentar a incidência

de uma anomalia na população. 8 MOORE, Keith. Embriologia Clínica. Pág.485. 2008

Page 24: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

23

anomalias em um só indivíduo, o referido projeto se destina a casos específicos de

deficiência congênita que comprometem somente os membros superiores.

Segundo Carvajal, “Malformações congênitas dos membros superiores são

raros, afectando menos do que 0,2% dos nascidos vivos. Muitos deles são

pequenos defeitos que têm pouco comprometimento funcional.” 9 Existem inúmeras

classificações para a grande variedade de malformações congênitas da mão. Em

geral a Federação Internacional das Sociedades de Cirurgia da Mão divide em 7

grupos: (FISCM apud CARVAJAL)

I - Falha na formação das partes;

II - Falha da diferenciação das partes;

III - Duplicação;

IV - Overgrowth;

V - Enfraquecimento;

VI - Constrição síndrome de anel e

VII - Anormalidades esqueléticas generalizadas.

As malformações mais relevantes do grupo de pessoas que necessitam de

auxílio de próteses ou de equipamentos especiais, são as que se enquadram no

grupo I (Falha na formação das partes), sendo que essas possuem deformidades

nos braços apresentando problemas quanto a funcionalidade, enquanto que os

grupos restantes possuem deformidades em punhos e mãos sendo possível o

tratamento com cirurgias e há pouca perda na funcionalidade. No entanto, segue

abaixo, as deficiências e algumas de suas características, quanto a falha na

formação das partes no grupo I:

Déficits Transversal (Fotos em Anexo 02. Figs. 02, 03 e 04)

Amelia: ausência completa do membro superior;

Hemimelia: ausência de antebraço e mão;

Acheiria: nenhuma mão;

Adactyly: ausência de metacarpo e falanges e

Afalangia: ausência de todas as falanges.

9 CARVAJAL, Flor Urrusuno. As malformações congênitas dos membros superiores. Fonte:

http://revistaciencias.com. 23.04.2011

Page 25: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

24

Déficits Longitudinal IB (Fotos em Anexo 02. Fig. 05)

Focomelia Tipo I: completa ausência de ossos do membro ao alcance da

mão, que se liga diretamente ao tronco.

Focomelia Tipo II: a ausência do braço, braço curto ou antebraço sinostósico

segmento proximal da mão.

Focomelia Tipo III: a ausência do antebraço, vinculado diretamente ao úmero.

É a ausência ou déficit no desenvolvimento das estruturas ósseas proximal à

mão. Sua relação com a talidomida é bem conhecida.

Rádio Déficit (Fotos em Anexo 02. Fig. 06)

Tipo I: rádio distal curto.

Tipo II: o raio hipoplásico.

Tipo III: ausência parcial de rádio.

Tipo IV: Total ausência de rádio.

O rádio do tipo IV ou agenesia é o mais comum. Com exceção do tipo I, em

que o único achado clínico relevante é um polegar hipoplásico no resto há um braço

curto e um deslocamento radial da mão. Clubhand conhecido como radial (mão torta

radial) e é devido à falta de apoio e ação dos músculos radiais.

Déficit Ulnar (Fotos em Anexo 02. Figs. 07, 08 e 09) Tipo I: hipoplasia Ulnar.

Tipo II: ausência parcial da ulna distal.

Tipo III: a ausência completa de ulna.

Tipo IV: radiohumeral sinostose.

É a forma mais rara da deficiência longitudinal do membro superior. Ao

contrário da agenesia radial. Malformações são comuns no punho e mão, com a

ausência de IV e V dedos e ulnar dos ossos do carpo.

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência,

instrumento que orienta as ações do setor Saúde voltadas a esse seguimento

populacional, afirma que:

Page 26: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

25

as principais causas das deficiências são os transtornos congênitos e perinatais10 , decorrentes da falta de assistência inadequada às mulheres na fase reprodutivas; doenças transmissíveis e crônicas não-transmissíveis; perturbações psiquiátricas; abuso de álcool e de drogas; desnutrição; traumas e lesões, principalmente nos centros urbanos mais desenvolvidos, onde são crescentes os índices de violências e de acidentes de trânsito. 11

O Censo de 1991, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

– IBGE, indica que 44,4% dos deficientes físicos são do sexo feminino e 55,65% do

sexo masculino, a maior prevalência de deficiência motora na população masculina,

predominante entre jovens e adultos, sugere decorrer, sobretudo das causas

externas, tais como os acidentes de trabalho, de transito, etc.

Portanto, um outro grupo de portadores de deficiência são os amputados,

através de cirurgia ou acidente é removido alguma extremidade do corpo, na

amputação traumática é retirada a parte acidental do corpo, seja dedo, braço ou

perna. Muito comum em acidentes em fábricas, fazendas e em acidentes de

automóveis. Na medicina a amputação é usada para controlar a dor ou a doença no

membro afetado, como no câncer e na gangrena12.

A movimentação dos membros superiores é muito grande, atingindo

praticamente um hemisfério ideal situado à frente do indivíduo. As mãos atingem

praticamente todos os pontos que estejam situados dentro deste hemisfério e, mais

que isto, alguns pontos situados para trás dele. Por tanto, Fernando Bocolini afirma

que: o membro superior se caracteriza pela sua extrema mobilidade, atingindo, á altura da articulação escapuloumeral, mobilidade quase igual a 360 graus. Isto é obtido graças á articulação da cabeça do úmero (muito semelhante a uma esfera) com a cavidade glenóide da omoplanta de pequena superfície, que permite, portanto, movimentos em todas as direções. (BOCOLONI, 2000)

10 Perinatal: Pouco antes ou depois do nascimento. 11 Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Fonte:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual2.pdf. Acesso em: 20 mar. 2011 12 Gangrena: destruição da vida numa parte do corpo.

Page 27: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

26

7.2. Reabilitação

Segundo o Ministério da Saúde, reabilitação é “um processo global e

dinâmico orientado para a recuperação física e psicológica” 13. Isto é, a medicina de

reabilitação, pretende tratar ou atenuar as incapacidades causadas por doenças

crônicas, sequelas neurológicas ou lesões derivadas da gestação e do parto,

acidentes de trânsito e de trabalho. Para uma plena realização, as acções de

reabilitação devem abranger campos complementares, como a saúde, a educação,

a formação, o emprego, a segurança social, o controlo ambiental, o lazer, entre

outros.

E ainda, afirma que uma equipe qualificada para orientar e recuperar física e

psicologicamente um grupo de deficientes, é necessária uma junta multidisciplinar

de profissionais, composta por:

• Fisiatras;

• Enfermeiros;

• Fisioterapeutas;

• Terapeutas ocupacionais;

• Terapeutas da fala;

• Secretárias clínicas;

• Auxiliares de acção médica;

• Assistentes sociais e

• Psicólogos.

O processo de reabilitação induzido pelo Ministério da Saúde deve seguir os

seguintes passos:

• Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e

incapacidades existentes;

• Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação;

13 Ministério da Saúde, Portal da Saúde – O que é Reabilitação. 2005.

Fonte: http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm.

Acesso em: 25 de mai.2011.

Page 28: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

27

• Planeamento e prescrição do tratamento;

• Coadjuvação e apoio das diferentes acções médico-cirúrgicas;

• Prevenção do descondicionamento físico e psicológico, bem como

todas as seqüelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados;

• Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração

natural;

• Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais e

• Promoção da integração socioprofissional.

7.2.1. Próteses e Órteses

Segundo Araújo, próteses são:

dispositivos destinados a complementar a ausência de um membro (superior ou inferior) ou parte dele. A complementação visa a substituir função, composição e sustentação corporal, sempre que possível primando pela estética. (ARAÚJO apud LIANZA, 1995, p.70.)

A prótese é uma ferramenta de auxílio na interação do indivíduo com o meio.

No aspecto funcional, a utilização de aparelhos projetados para uso específico pode

ser comparada a atividades com ferramentas como alicates ou chaves de fenda. E

ainda, afirma que a prótese, nestes casos,

será indispensável e é desenhada visando a uma proposta bem definida. Trata-se de dispositivos terminais, não-convencionais, engenhosos e objetivos, sem nenhuma pretensão cosmética. (ARAÚJO apud LIANZA, 1995, p.71.)

Porém, Bocolini alerta que os “amputados de braços que tenham cotos muito

curtos não conseguirão com suas próteses mais do que uma flexão relativa,

pequeniníssima abdução e extensão quase normal.” (BOCOLINI, 2000, p.159) A

medida que articulações são perdidas, mais difícil se torna a reabilitação funcional

com o uso de próteses, sendo a perda do cotovelo um fator determinante para um

pior prognóstico. Nas amputações bilaterais dos membros superiores, o grau de

dependência é enorme, segundo Araújo, nesses casos é “bem-vindo qualquer

aparelho que permita o exercício de uma atividade que, sem ele, não poderia ser

realizada, por mais banal que fosse.” (ARAÚJO apud LIANZA, 1995.)

Page 29: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

28

Porém, Bocolini assegura que “quanto mais simples for a prótese de membro

superior, tanto mais eficiente e funcional será; quanto mais estética, mais desejável”

(BOCOLINI, 2000, p.159) dessa forma, a prótese ganha alta significância no aspecto

psíquico ou emocional do paciente. Mas, Araújo alerta que o fisiatra deve estar

atento ao indicar protetização do membro superior, pois deve-se valorizar o indivíduo

como um todo e não como um membro amputado simplesmente, declara que

“reabilitação não é sinônimo de protetização, ou seja, reabilitar sempre, protetizar

quando possível.” (ARAÚJO apud LIANZA, 1995.)

A órtese, conforme a definição ISO, é um apoio ou dispositivo externo

aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema

neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou

ortopédica. (ISO9999, 2007)

Chamados também como adaptadores, as órteses se diferenciam de uma

prótese pelo fato de não substituir o órgão ou membro incapacitado.

Na recente novela da TV Globo, “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, foi

mostrado pela atriz Aline Moraes (contracenando como Luciana, que após um

acidente fica tetraplégica), alguns equipamentos especiais para deficientes físicos.

Em Anexo 03, figs. 10,11 e 12.

As órteses mostradas nas figuras 10, 11 e 12 (em Anexo 03), são

adaptadores que facilitam o dia a dia dos deficientes, possuem ligas especiais de

aço e silicone, podendo ser modelados de acordo com a necessidade do usuário. O

adaptador (órtese) para teclado (Fig. 12 – Anexo 03) possui desenho ergonômico.

As órteses geralmente são prescritas/fabricadas/adaptadas por médicos

(geralmente ortopedistas e fisiatras), fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Por

tanto, auxiliam o membro acometido durante a reabilitação. Elas controlam,

preservam, modificam e aumentam a mobilidade com o intuito de corrigir desvios e

contraturas articulares, retrações tendinosas. As órteses proporcionam tratamentos

menos dolorosos, mais modernos e períodos de reabilitação muitas vezes mais

curtos, possibilitando um retorno mais rápido ao trabalho e às atividades de vida

diária como digitar, escovar os dentes ou pentear os cabelos. Atendendo tanto as

pessoas com deficiência nos membros superiores quanto as com traumas e lesões.

Page 30: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

29

7.3. Anatomia do Pé

O pé é a única parte do corpo em contacto com o chão quando estamos de

pé ou nos mexemos, e desempenham diferentes funções:

• Actuam como amortecedores;

• Ajudam-nos a manter o equilíbrio sobre superfícies desiguais e

• Proporcionam-nos a propulsão, elasticidade e flexibilidade necessárias

para caminhar, saltar e correr.

Segundo estudos feitos pela UFSC,

o pé humano é composto de 26 ossos assim distribuídos: sete ossos do tarso (tálus, calcâneo, cubóide e os três cuneiformes); cincos ossos do metatarso; 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o hálux, que tem apenas duas). 14 (UFSC)

Os ossos são mantidos unidos através dos ligamentos, que se totalizam em

um número de 107, formando as articulações. No pé, as articulações são em

número de 33: articulação superior do tornozelo, articulação subtalar, articulação

transversa do tarso, articulações tarsometatarsianas, articulações

metatarsofalangeanas, articulações interfalangeanas. O astrágalo, ou osso do

tornozelo, está conectado com os dois ossos longos da perna inferior formando a

articulação que permite que o pé se mexa para cima e para baixo.

Os movimentos do pé são realizados pelos músculos. Segundo estudiosos da

UFSC,

os músculos são classificados em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos possuem origem abaixo do joelho e inserção no pé, e realizam os movimentos do tornozelo como dorsiflexão, a plantiflexão, a inversão e eversão, além de atuarem na movimentação dos artelhos (dedos). Os músculos intrínsecos são representados pelos que se originam abaixo da articulação do tornozelo, podendo situar-se no dorso ou na planta do pé, estes músculos realizam a movimentação dos artelhos. (UFSC)

14 UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina. Anatomia do Pé. Fonte:

www.hu.ufsc.br/.../anatomia.html. Acesso em: 28 mai. 2011.

Page 31: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

30

Portanto, os músculos têm várias funções importantes. Movem os pés,

levantam os dedos, estabilizam os dedos no chão, controlam os movimentos do

tornozelo e suportam o arco.

Em Anexo 04 uma figura apresentada pela UFSC para representar partes do

pé humano, como articulações, músculos, tendões e ossos. (fig. 13)

Os tendões unem os músculos com os ossos e as articulações. O maior é o

tendão de Aquiles, que se estende desde o músculo do gémeo até ao calcanhar e

permite correr, saltar, subir escadas e ficar em bicos de pé. Já os ligamentos

mantêm os tendões no seu sítio e estabilizam as articulações. O mais comprido do

pé é a fascia plantar, que forma o arco entre o calcanhar e os dedos e permite

manter o equilíbrio e caminhar.

Os dedos do Pé Suas nomenclaturas são: Primeiro pododactilo ou mais especificamente

hálux, segundo pododáctilo, terceiro pododáctilo, quarto pododáctilo, quinto

pododáctilo. Pododactilo é sinônimo de "dedo do pé".

A pele da parte interna dos dedos, tem uma elevada concentração de

terminais nervosos, tornando-os os centros do sentido do tato; isto permite, por

exemplo, a leitura em Braille. Para, além disso, esta pele tem uma textura

especializada para a preensão, que dá origem às impressões digitais.

7.3.1. Cinesiologia dos Pés

A cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos.

De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. Portanto, os

movimentos dos pés e tornozelos são denominados: Dorsiflexão, Plantiflexão,

Inversão, Eversão, Abdução, Adução, Pronação e Supinação, estes serão

explicados abaixo, segundo o estudo anatômico da UFSC.

Dorsiflexão é o movimento de aproximação do dorso do pé à parte anterior da

perna. A amplitude desse movimento é em torno de 20°. Os músculos que atuam

neste movimento são o tibial anterior, o extensor longo dos dedos e o fibular terceiro.

Plantiflexão consiste em abaixar o pé procurando alinhá-lo em maior eixo com

a perna, elevando o calcanhar do chão. A amplitude média desse movimento é de

Page 32: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

31

50°. Esse movimento é realizado principalmente pelos músculos sóleo e

gastrocnêmios. (Imagem em Anexo 04, fig.14)

Inversão ocorre quando a borda medial do pé dirige-se em direção a parte

medial da perna. A amplitude máxima deste movimento é de 20°. Realizado

principalmente pelo músculo tibial posterior, e auxiliado pelos músculos

gastrocnêmios, sóleo e flexor longo dos dedos.

Eversão ocorre quando a borda lateral do pé dirige-se em direção a parte

lateral da perna. A amplitude máxima é de 5°. Realizado principalmente pelos

músculos fibular curto e longo, auxiliado pelos músculos extensor longo dos dedos e

fibular terceiro. (Em Anexo 04, fig. 15)

Abdução é o movimento que ocorre no plano transverso, com os artelhos

apontando para fora.

A adução consiste no movimento oposto, de apontar os artelhos para dentro.

(Em anexo 04, fig. 16)

Pronação este movimento é triplanar, ocorre com uma combinação de

movimentos sendo formado por uma eversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão,

onde o calcâneo move-se em relação ao tálus. (Em anexo 04, fig.17)

Supinação é o oposto da pronação, ocorrendo uma inversão do alcâneo,

adução e flexão plantar. (Em anexo 04, fig.18)

7.3.2. Medidas ergonômicas

Para um completo levantamento de dados, é indispensável informações sobre

assentos e modos de se sentar. Como o presente projeto se destina a ambientes

onde haja computadores, os dados a seguir são referentes a escritórios.

Segundo Henry Dreyfuss Associantes, uma cadeira de escritório universal é mais complicada do que a cadeira de jantar porque deverá acomodar duas posturas, uma ereta e a outra descontraída. A postura descontraída simula um assento de automóvel, que quem muitos adultos preferem. (ASSOCIANTES,2005)

A borda frontal do assento deve ser 125 mm mais larga, passando de 370 mm

para 495 mm, de modo a acomodar qualquer adulto. A profundidade do assento

dever ser 406mm, de modo a acomodar qualquer adulto. A largura do assento deve

Page 33: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

32

ser de 406 a 560 mm. Ajuste de ângulo do assento: 0-15°, em relação à horizontal. A

cadeira deve ser giratória e ter cinco ou seis pés, para ter estabilidade.

Os usuários gostam tanto de uma postura ereta para períodos curtos quanto

de uma postura relaxada que lembra um assento de automóvel para períodos mais

longos. Por tanto, as medidas variam do homem alto do percentil 99 da população

norte – americana á mulher baixa do percentil 1 da população norte-americana. A

seguir, figuras ilustrativas das mediras referentes.

Page 34: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

33

Fig. 19 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 54

Page 35: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

34

Fig. 20 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 55

Page 36: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

35

Baseado nos diagramas de controle com os pés em veículo de Henry

Dreyfuss, pode-se tomar como base algumas medidas de ângulos de conforto,

comprimento e largura dos pés. Abaixo, ilustrações dos ângulos de conforto e das

medidas dos pés.

Controles com os pés em veículos. Fig. 21

Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.

Page 37: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

36

Movimentos angulares dos componentes corporais. Fig. 22

Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 35.

Page 38: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

37

Medidas dos pés. Fig. 23.

Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.

Page 39: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

38

7.4. Legislações

A partir da década de 80 surgem as leis que visam garantir e assegurar todas

as pessoas portadoras de deficiência e voltadas para a sua reinserção na

sociedade. A Lei nº 7.853, de 24 de Outubro de 1989, dispõe sobre o apoio às

pessoas portadoras de deficiência, sua interação social, sobre a Coordenadoria

Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a

tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a

atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Cabendo o

Poder Público e seus órgãos assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pelo

exercício de seus direito básico. (Lei em Anexo 05)

Já a Lei n° 7.405, de 12 de Novembro de 1985, torna obrigatória a colocação

de “Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam

sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências. (Em

Anexo 06)

7.5. Normas Técnicas

A Associação Brasileira de Normas Técnicas formulou normas específicas

para acessibilidade, fundamentadas nos referidos instrumentos jurídicos, que vêm

apoiar a execução de projetos que objetivem a realização de intervenções

arquitetônicas urbanísticas e nos meios de transportes, por parte dos diferentes

agentes políticos da sociedade.

A ABNT NBR 9050 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade

(ABNT/CB–40), pela Comissão de Edificações e Meio (CE–40:001.01). O Projeto

circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09 de 30.09.2003, com o número

Projeto NBR 9050. Esta Norma (NBR 9050) estabelece critérios e parâmetros

técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação

de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de

acessibilidade. Para os efeitos desta Norma, algumas definições são aplicadas

como:

Deficiência: Redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e de utilização

Page 40: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

39

de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos, em caráter temporário ou permanente. Desenho universal: Aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população. Elemento: Qualquer dispositivo de comando, acionamento, comutação ou comunicação. São exemplos de elementos: telefones, intercomunicadores, interruptores, torneiras, registros, válvulas, botoeiras, painéis de comando, entre outros. Superfície de trabalho: Área para melhor manipulação, empunhadura e controle de objetos. Tecnologia assistiva: Conjunto de técnicas, aparelhos, instrumentos, produtos e procedimentos que visam auxiliar a mobilidade, percepção e utilização do meio ambiente e dos elementos por pessoas com deficiência. (ABNT NBR 9050, 2004)

Parâmetros antropométricos Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as

medidas entre 5% a 95% da população brasileira, ou seja, os extremos

correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de estatura elevada.

Aplicação dos ângulos de alcance visual Nos parâmetros antropométricos estabelecidos pela ABNT, é apresentada a

aplicação de ângulos de alcance visual. A figura 24, exemplifica em diferentes

distâncias horizontais a aplicação dos ângulos de alcance visual para pessoas

sentadas.

Page 41: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

40

Fig.24 Cones visuais da pessoa sentada – Fonte: ABNT

A ABNT alerta que,

Informações visuais devem seguir premissas de textura, dimensionamento e contraste de cor dos textos e das figuras para que sejam perceptíveis por pessoas com baixa visão. As informações visuais podem estar associadas aos caracteres em relevo. (ABNT NBR 9050, 2004, pg.15.)

Por tanto, a legibilidade de textos depende da iluminação do ambiente, do

contraste e da pureza da cor. Assegura que:

• Deve haver contraste entre a sinalização visual (texto ou figura e fundo)

e a superfície sobre a qual ela está afixada, cuidando para que a iluminação do

entorno - natural ou artificial - não prejudique a compreensão da informação.

Page 42: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

41

• Os textos e figuras, bem como o fundo das peças de sinalização,

devem ter acabamento fosco, evitando-se o uso de materiais brilhantes ou de alta

reflexão.

• A visibilidade da combinação de cores pode ser classificada de forma

decrescente em função dos contrastes. Recomenda-se utilização de cor

contrastante de 70% a 100% (claro sobre escuro ou escuro sobre claro).

A tabela 01 apresenta exemplos de contraste de cor em função da iluminação

do ambiente. E a tabela 02, a conclusão.

Tabela 01 – Fonte: ABNT

Page 43: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

42

Tabela 02 – Fonte: ABNT

Por tanto, quando a sinalização for retroiluminada, o fundo deve ter cor

contrastante, a figura e o texto devem ser translúcidos e a luz deve ser branca. E

quando for necessária a adaptação a pouca luz pelo observador, deve ser utilizado

texto ou figura clara sobre fundo escuro, mantendo-se o contraste.

Letras e números – Dimensionamento A dimensão das letras e números devem ser proporcionais à distância de

leitura, obedecendo à relação 1/200. Recomenda-se que textos e números

obedeçam às seguintes proporções, conforme figura 25.

a) largura da letra = 2/3 da altura;

b) espessura do traço = 1/6 da altura (caractere escuro sobre fundo claro) ou

1/7 da altura (caractere claro sobre fundo escuro);

c) distância entre letras = 1/5 da altura;

d) distância entre palavras = 2/3 da altura e

e) intervalo entre linhas = 1/5 da altura (a parte inferior dos caracteres da linha

superior deve ter uma espessura de traço distante da parte superior do caractere

mais alto da linha de baixo);

f) altura da letra minúscula = 2/3 da altura da letra maiúscula.

Page 44: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

43

H = Altura da letra maiúscula h = Altura da letra minúscula

Fig. 25 Proporções de textos e números Fonte: ABNT

Figura O desenho das figuras deve atender às seguintes condições:

a) contornos fortes e bem definidos;

b) simplicidade nas formas e poucos detalhes;

c) forma fechada, completa, com continuidade;

d) estabilidade da forma e

e) simetria.

Para a sinalização interna dos ambientes, a dimensão mínima das figuras

deve ser de 15 cm, considerando a legibilidade a uma distância máxima de 30 m.

Para distâncias superiores deve-se obedecer à relação entre distância de leitura e

altura do pictograma de 1:200.

Braille As informações em Braille devem estar posicionadas abaixo dos caracteres

ou figuras em relevo. O arranjo de seis pontos e o espaçamento entre as celas

Braille, conforme figura 26, devem atender às seguintes condições:

a) diâmetro do ponto na base: 2 mm;

b) espaçamento vertical e horizontal entre pontos – medido a partir do centro

de um ponto até o centro do próximo ponto: 2,7 mm;

c) largura da cela Braille: 4,7 mm;

d) altura da cela Braille:7,4 mm;

e) separação horizontal entre as celas Braille: 6,6 mm;

f) separação vertical entre as celas Braille: 10,8 mm e

g) altura do ponto: 0,65 mm.

Page 45: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

44

Dimensões em milímetros

Vista superior Corte

Fig. 26 Cela Braille Fonte: ABNT

7.6. Desenho Acessível e Desenho Universal

Desenho Acessível O movimento pela eliminação de barreiras arquitetônicas surgiu no início da

década de 60. Segundo Sassaki,

algumas universidades americanas foram pioneiras em se preocupar com a existência de barreiras físicas nos próprios prédios escolares, nos espaços abertos dos campi e nos transportes universitários e urbanos. (SASSAKI, 1997, pg.138)

Inicialmente o movimento procurou chamar a atenção da sociedade para a

existência desses obstáculos e para a necessidade de elimina-los ou, pelo menos,

reduzi-los ao mínimo possível. Foi aí que se começou a falar em ‘adaptação do meio

físico’.

O desenho acessível é um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada

especificamente para as pessoas portadoras de deficiência física, mental, auditiva,

visual ou múltipla, de tal modo que elas possam utilizar, com autonomia e

independência, tanto os ambientes físicos (espaços urbanos e edificações) e

transportes, agora adaptados, como os ambientes e transportes construídos com

acessibilidade já na fase de sua concepção.

Page 46: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

45

O desenho acessível é também conhecido como ‘desenho sem barreira’ ou

‘arquitetura sem barreiras’. Os produtos e ambientes feitos com desenho acessível

sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com

deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo

caso, especial. Sassaki afirma que nesse sentido, “eles são estigmatizantes apesar

de bem-vindos.”

As figuras 27 e 28 são exemplos de produtos acessíveis. A figura 27 são

teclados com letras maiores e com um acrílico protetor das teclas chamado Colméia.

A figura 28 são mouses especiais. (Figuras em Anexo 06)

Desenho Universal Para o arquiteto Steinfeld, “o desenho universal abrange produtos e edifícios

acessíveis e utilizáveis por todos, inclusive pelas pessoas com deficiência”

(STEINFELD, 1994, p. 87), daí ser ele diferente do desenho acessível.

Segundo Sassaki, “o desenho universal não é uma tecnologia direcionada

apenas aos que dele necessitam; é para todas as pessoas.” (SASSAKI, 1997,

pg.138) A idéia do desenho universal é evitar a necessidade de ambientes e

produtos especiais para pessoas com deficiência, no sentido de assegurar que todos

possam utilizar todos os componentes do ambiente e todos os produtos.

Steinfeld afirma que há quatro princípios básicos do desenho universal:

• Acomodar uma grande gama antropométrica, e isto significa acomodar pessoas de diferentes dimensões: altas, baixas, em pé, sentadas etc.; • Reduzir a quantidade de energia necessária para utilizar os produtos e o meio ambiente; • Tornar o ambiente e os produtos mais abrangentes; • A idéia do desenho de sistemas, no sentido de pensar em produtos e ambientes como sistemas, que talvez tenham peças intercambiáveis ou a possibilidade de acrescentar características para as pessoas que têm necessidades especiais.

Porém, Ana Claudia Carletto e Silvana Cambiaghi asseguram que conceitos

criados por Ron Mace e defendidos por um grupo de arquitetos na década de 90 são

mundialmente adotados como os sete princípios do desenho universal adotados

para qualquer programa de acessibilidade plena.

São eles:

1. Igualitário – Uso equiparável

Page 47: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

46

São espaços, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes iguais para todos. 2. Adaptável – Uso flexível Design de produtos ou espaços que atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas referências, sendo adaptáveis para qualquer uso. 3. Óbvio – Uso simples e intuitivo De fácil entendimento para que uma pessoa possa compreender, independente de sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração. 4. Conhecido – Informação de fácil percepção Quando a informação necessária é transmitida de forma a atender as necessidades do receptador, seja ela uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição. 5. Seguro – Tolerante ao erro Previsto para minimizar os riscos e possíveis conseqüências de ações acidentais ou não intencionais. 6. Sem esforço – Baixo esforço físico Para ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga. 7. Abrangente – Dimensão e espaço para aproximação e uso Que estabelece dimensões e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, bengalas etc.). 15

Os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não

parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência. Eles podem ser

utilizados por qualquer pessoa, deficiente ou não. É até possível que pessoas não-

deficientes nem percebam, nesses produtos ou ambientes, certas especificidades

que atendem às necessidades de pessoas com deficiência.

7.7. Tecnologia Assistiva

Segundo Bersch,

Tecnologia Assistiva – TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão. (BERSCH, 2008)

No entanto, a Tecnologia Assistiva é uma ferramenta de auxilio a inclusão,

que possibilitará ás pessoas com necessidades especiais maior alcance ás funções

desejadas, independência, qualidade de vida e acesso á sociedade e seus

benefícios, “através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu

ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho”. (BERSCH, 2008) 15 BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, Porto Alegre, RS, 2008.

Page 48: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

47

A termologia usada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de

Deficiência define Tecnologia Assistiva como um “conjunto de medidas adaptativas

ou equipamentos que visam a facilitar a independência funcional das pessoas com

deficiência”. 16 Já Sassaki, assegura que seria a

tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). 17 (SASSAKI apud BERSCH, 2011)

Visando facilitar a vida de pessoas portadoras de deficiências, melhorando

sua funcionalidade, alem das funções e estruturas do corpo, oportunizando à

participação em atividades, a TA oferece recursos que segundo Bersch e Sartoretto,

podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. 18 (BESCH e SARTERETTO, 2011)

E também, declaram que “os serviços de Tecnologia assistiva são

normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas”, tais

como:

• Fisioterapia • Terapia ocupacional • Fonoaudiologia • Educação • Psicologia • Enfermagem • Medicina • Engenharia

16 Ministério da Saúde, Portal da Saúde – O que é Reabilitação. 2005. Fonte: http://www.min-

saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm. Acesso em: 25 maio 2011. 17 Fonte: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html. Acesso em: 30 maio 2011. 18 Fonte: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo. Acesso em: 31 maio 2011.

Page 49: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

48

• Arquitetura • Design • Técnicos de muitas outras especialidades (BESCH e SARTERETTO, 2011)

Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da

Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê

de Ajudas Técnicas - CAT, a estruturar diretrizes a favor da Tecnologia Assistiva,

fazendo pesquisas em vários paises sobre o tema e propondo a criação de cursos

na área de tecnologia assistiva, assim como o desenvolvimento de outras ações

com o objetivo de formar recursos humanos qualificados. O Brasil vem trabalhando

pela construção de um sistema educacional inclusivo, visto a dimensão da

deficiência no país em 2000, comprovado pelo Censo Demográfico IBGE/2000, que

confirmam em números quantitativos desta dimensão:

População total: 169.872.856 População com deficiência: 24.600.250 População de 0 a 17 anos com deficiência: 2.850.604 0 a 4 anos: 370.530 5 a 9 anos: 707.763 10 a 14 anos: 1.083.039 15 a 17 anos: 689.272 18 a 24 anos: 1.682.760 (IBGE, 2000)

7.8. Materiais

Segundo Ashby e Johnson, os “materiais são a matéria –prima do

design”, afirmam que é essencial que os designers estejam atentos a evolução e o

surgimento de novos materiais. Pois,

nunca houve uma era na qual a evolução dos materiais tenha sido mais rápida e o âmbito de suas propriedades mais variado. O cardápio de materiais se expandiu com tanta rapidez que os designers podem ser perdoados por não saberem da existência de metade deles. Porém, para o designer, não saber é risco de fracasso: o que permite o design inovador é a exploração imaginativa de novos materiais ou de materiais aprimorados. (ASHBY e JOHNSON, 2010)

No entanto, em razão da idéia de sustentabilidade, as pessoas estão mais

conscientes das questões relacionadas à seleção de materiais.

Com tudo, a seguir, possíveis materiais para o produto a ser projetado.

Page 50: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

49

Poliuretano (PU) – Rígido O poliuretano ( PU), visto pela indústria Plastecno -Representações e

Comércio Ltda. é um plástico de engenharia, que substitui com muitas vantagens a

borracha e outros plásticos, graças às suas características:

- Excelente resistência ao desgaste. - Ótima resistência ao rasgo e a sua propagação. - Boa elasticidade. - Baixo coeficiente de atrito. - Excelente capacidade de suportar grandes cargas(tração e compressão) sem deformações. - Baixo índice de absorção de umidade. - Boa absorção de vibrações. - Boa resistência ao impacto. - Boa resistência ao encvelhecimento precose provocado pelo calor e umidade. - Boa resistência à ataques químicos: resiste bem a óleos, solventes, graxas, benzina e benzeno. - Não resiste a ácidos concentrados, soluções alcalinas, álcool, hidrocarbonetos clorados e amoniaco. - Nas durezas mais baixas, não é indicado para usinagem. - Sofre ação de raios ultravioleta (oxida-escurece). 19

Ashby e Johnson certificam que “as espumas de PU são baratas, fáceis de

conformar, e têm bom desempenho estrutural e boa resistência a hidrocarbonetos”.

Usos Típicos:

Acolchoados e assentos, embalagem, solas de calçados de corrida, pneus, rodas, mangueiras de combustíveis, engrenagens, mancais, rodas, para-choques de carros, adesivos, revestimentos de tecidos para infláveis, correias de transmissão, diafragmas, revestimentos residentes à lavagem a seco, móveis, isolamento térmico em refrigeradores e freezers. (ASHBY e JOHNSON, 2010, pg. 225)

Atributos Ecológiocos: Possui alto poder de reciclagem e o conteúdo de

energia, MJ/ kg 110-118.

Polipropileno (PP) Polipropileno (PP) ou polipropeno é um polímero ou plástico, derivado do

propeno ou propileno. Para Ashby e Johnson o “PP grau padrão é barato, leve e

dúctil, mas tem baixa resistência”. O polipropileno é um tipo de plástico que pode ser

moldado usando apenas aquecimento, ou seja, é um termoplástico. Possui 19 http://www.plastecno.com.br/produtos.php?categoria=83. 3.5.2011.

Page 51: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

50

propriedades muito semelhantes às do polietileno (PE), mas com ponto de

amolecimento mais elevado. Suas principais propriedades são:

- Baixo custo; - Elevada resistência química e a solventes; - Fácil moldagem; - Fácil coloração; - Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga; - Boa resistência ao impacto acima de 15 °C; - Boa estabilidade térmica e - Maior sensibilidade à luz UV e agentes de oxidação, sofrendo degradação com maior facilidade. (ASHBY e JOHNSON, 2010)

Segundo Michael Ashby e Kara Johnson, o PP “é excepcionalmente inerte e

fácil de reciclar, e pode ser incinerado para recuperar a energia que contém”.

Atributos Ecológicos: Apresenta potencial médio de reciclagem, conteúdo de

energia, MJ/KG 76-84

Pode ser usado em: brinquedos; bumerangues; copos plásticos; recipientes

para alimentos, remédios, produtos químicos; calças para eletrodomésticos; fibras;

Saca-rolhas; filmes orientados; tubos para cargas de canetas esferográficas;

carpetes; seringas de injeção; material hospitalar esterilizável; como Invólucro para

materiais altoclavaveis; autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de

baterias,interior de estofos, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no

habitáculo). Peças para máquinas de lavar; material aquático(pranchas de

bodyboard) e cabos para ferramentas manuais.

Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) O ABS é rígido, resistente e fácil de moldar. Tem a mais alta resistência ao

impacto de todos os polímeros. É bom para colorir e é possível obter metálicos

integrais (como o Plastics’Magix da GE).

Podem ser aplicado em: Indústria automobilística (painéis, frisos, maçanetas,

protetores laterais e frontais de para choques); eletrodomésticos; tubos de ABS

(transporte de fluídos a altas pressões); teclado de impressora, gabinetes de

computadores, telefones e televisores; carcaças de rádios e calculadoras.

Suas vantagens são: resistência química, alta HDT, alto brilho, facilidade de

processamento, característica de não manchar, custo/propriedades e excelente

acabamento superficial.

Page 52: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

51

Atributos Ecológicos: Apresenta potencial médio de reciclagem e conteúdo de

energia, MJ/kg 95-104.

Alumínio O alumínio é o elemento metálico mais abundante na crusta terrestre (8,13

%), logo a seguir ao oxigênio e silício, o terceiro elemento mais abundante. As ligas

de alumínio são leves, podem ser fortes e é fácil de trabalhar com elas. O alumínio

puro tem condutividade elétrica e condutividade térmica notáveis e é relativamente

barato. É um metal leve, macio e resistente. Possui um aspecto cinza prateado e

fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao

ar. O alumínio não é tóxico como metal, não-magnético, e não cria faíscas quando

exposto a atrito.

Pode ser usado em: condutores elétricos e térmicos, papel de alumínio,

chassis fundidos em matriz para eletrodomésticos e eletrônicos, latas de sumos,

forros e divisórias para a construção civil em construções. É usado também na

engenharia automotiva e na engenharia aeroespacial.

Ashby e Johnson afirmam que, “o minério de alumínio é abundante. A

extração do alumínio demanda muita energia, mas ele é fácil de reciclar com baixo

custo em energia.”

Atributos ecológicos: Apresenta alto potencial de reciclagem e o conteúdo de

energia, MJ/kg 235-335.

Borracha e Elastômero Jim define borracha como,

um material capaz de recuperar-se, rápida e forçadamente, de uma grande deformação. Em seu estado modificado, leva até 1 minuto para retrair-se menos de uma vez e meia seu comprimento natural após ter sido esticado, à temperatura ambiente, a um tamanho duas vezes maior que seu tamanho e mantido por 1 minuto antes da liberação. (LESKO, 2004)

Já o Elastômero, é definido como “um material macromolecular que, à

temperatura ambiente, é capaz de recobrar-se substancialmente tanto em forma

quanto em tamanho após a remoção de uma força deformante.” No entanto, a

diferença entre a borracha e o elastômero é baseada no tempo necessário para uma

Page 53: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

52

amostra deformada retornar ao seu tamanho inicial após ser retirada a força de

deformação.

Borracha Natural A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da

seringueira, é um elastômero de uso geral excelente e barato, com grande

capacidade de estiramento e propriedades que permitem o uso de -50°C a 115°C.

Segundo Lesko,

é a borracha mais indicada para propósitos gerais, possui alta deformidade com resistência enquanto deformada, a temperatura de serviço varia entre 65 a 250° F (aprox. 18 a 120°C). (LESKO, 2004, pg. 229)

Usada em pneus, molas, suportes e absorventes de energia, vedantes,

isolantes, acoplamentos, rolamentos e brinquedos.

Borracha Natural Sintética (Produzida Artificialmente) A borracha sintética, o Poliisopreno Sintético, é o material que mais se

assemelha a borracha natural, porem, é produzida a partir de derivados de petróleo.

Tanto uma como outra tem como polímero fundamental o poli-isopreno. A

diferenciação se dá por adição de pigmentos e processos de vulcanização com

graus distintos. Seus usos são os mesmos da borracha natural.

Dentre as borrachas sintéticas, destaca-se o Polibutadieno e dentre os

Elastômeros o Propileno-Etileno(EP, EPM, EPDM) para o uso em materiais que

precisam de baixa deformação. O Polibutadieno apresenta maior resiliência que a

borracha natural e a supera quanto à flexibilidade a baixa temperatura. É utilizado

em pneus, amortecedores de vibração, além de solas, correias transportadoras e de

transmissão, revestimento de rolos e outras aplicações que necessitem de um

composto com resistência à reversão. E os Elastômeros Propileno-Etileno, têm boa

resiliência, mínima deformação por compressão e boa resistência a produtos

químicos. É usado em calçados, cintos, mangueiras e isolamento elétrico.

Atributos Ecológicos: Todas as borrachas aqui citadas possuem baixo

potencial de reciclagem.

Page 54: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

53

7.9. AACD

Afim de obter dados sobre o público alvo do presente projeto, foi feita uma

visita a AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente, sediada no Rio de

Janeiro, que oferece total assistência na reabilitação de pessoas com deficiência

física. Além de conhecer os setores e a estrutura do local. Através de uma conversa

com a terapeuta ocupacional, Sulla Oliveira, que se ocupa em planejar e organizar o

quotidiano do paciente na realização de atividades diárias, melhorando o

desempenho funcional e reduzindo desvantagens, foram pontuadas melhorias na

operação de teclados, baseando-se em princípios percebidos e estudados por ela.

Segundo Sulla Oliveira, as pessoas com malformações congênitas, em geral,

tem um membro e o outro não, ou em especial, não tem os dois, elas mesmos fazer

a escolha de como vão manusear os objetos. E nós profissionais, deixamo-os livres

pra que façam a melhor escolha.

São feitos alguns tipos de adaptações com a boca, adaptações que encaixem

no coto, ou então com os próprios pés, na maioria dos casos eles acabam elegendo

os pés pelo fato de serem mais funcionais nessa forma. E isso varia de paciente

para paciente, cada um se adapta da forma mais funcional no dia-a-dia. Para o

treinamento, são escolhidos objetos mais leves e mais fáceis de serem

manuseados, para junto ao paciente, escolher o melhor jeito de manuseá-los.

As atividades do dia-a-dia são trabalhadas na Terapia Ocupacional de forma

que, tenta-se apresentar essas atividades da maneira mais natural possível,

inclusive a AACD possui uma sala de AVD (Atividade de Vida Diária), que simula o

ambiente familiar do paciente, já que não se tem a possibilidade de estar na casa

dele para visualizar suas dificuldade. Nessa sala há objetos como cama, microondas

e geladeira, adaptando o paciente a esses lugares. Se o paciente não consegue

abrir a geladeira, adapta-se uma alça na parte inferior, para que ele consiga com o

pé puxa-la. Fotos em Anexo 07 (figs. 29 e 30)

A falta de equilíbrio do tronco é um dos problemas mais encontrados na

operação com os pés; o paciente precisa ter um tronco muito forte para que consiga

o domínio de trazer o membro inferior até a boca. Exemplo: como levar a colher até

a boca, se ele não apresentar um bom equilíbrio e fortalecimento muscular, perderá

o controle e o alimento que estiver na colher irá cair. Segundo Sulla, isso não

impede o paciente de executar essa atividade, se o mesmo não conseguir esse

Page 55: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

54

fortalecimento, é posicionado em uma cadeira com apoio para as costas para que

ele consiga o controle. Porém, nem sempre o paciente terá esse apoio, pensando

nisso, tenta-se simular locais diferentes para treiná-lo.

Sulla afirma que, os pacientes que não possuem ou não apresentam

habilidades com os membros superiores, manuseiam os teclados com os pés, da

mesma que fariam com as mãos. Em alguns casos precisam de um auxílio, usando

uma prancha inclinada para melhor visualização das teclas, colocam um lápis entre

os dedos e teclam.

Na Associação não há teclados e mouses específicos para esses pacientes,

por isso, utilizam-se de uma colméia, isto é, uma placa adaptável de papelão que

possui furos, possibilitando direcionar o lápis ou o dedo ás teclas. Fotos em Anexo

07 (figs. 31, 32 e 33).

Quanto aos pacientes que utilizam os próprios dedos para praticar essa ação,

Sulla afirma que, possuem os dedos dos pés diferentes das pessoas que não o

utilizam dessa forma, eles são compridos e apresentam um espaço maior entre um e

outro, justamente por utilizarem como se utilizam os dedos das mãos, por tanto, o

corpo acaba se modificando.

A terapia ocupacional não apresenta um atendimento específico a essas

pessoas, pois cada paciente é único, a adaptação se modifica conforme a resposta

do paciente. Mas, o treinamento de controle do tronco, de fortalecimento do tronco, é

aplicado em todos. Esse é feito com uma bola ou um rolo. É necessário fazer-se um

preparo, isto é, exercícios antes para mais a frente trabalhar com as adaptações.

7.10. Similares

Similares são produtos existentes no mercado que possuem características,

funções e/ou estética que referenciam o produto ao qual será projetado.

Foram levantados nove similares. Abaixo, a ficha de cada um para

posteriormente ser feito a análises de funções e estruturais dos mesmos.

Page 56: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

55

Page 57: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

56

Page 58: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

57

Page 59: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

58

Page 60: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

59

Page 61: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

60

Page 62: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

61

Page 63: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

62

Page 64: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

63

Page 65: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

64

8. ANÁLISE DOS DADOS

8.1. O Usuário

Não é possível definir o usuário pelas suas limitações, pois cada um possui

diferentes maneiras de se reabilitar. Com base na pesquisa feita até então, pode se

afirmar que há diferenças nas formas de se manusear objetos, muitos usam os

dedos dos pés para exercer a função, enquanto outros necessitam de objetos de

apoio, fazendo adaptações. Portando, o atual projeto se destina tanto às pessoas

com malformações congênitas de membros superiores, quanto às amputadas.

Muitos utilizam o auxílio de próteses e órteses, quando possível, mas nem sempre

estes oferecem movimentos precisos para digitar em um teclado ou manusear um

mouse e sentem dificuldades em exercer essas atividades, com isso procuram se

adaptar aos produtos existentes ou fazer adaptações utilizando outros objetos.

8.2. O Produto

Visto as normas apresentadas pela ABNT, pode-se se referenciar em dados

que possibilitam melhor visualização das teclas como foi apresentado na aplicação

dos ângulos de alcance visual, respeitando o limite do alcance da visão da pessoa

sentada até o chão. Os contrastes entre as letras e o fundo apresentados nas

tabelas 01 e 02, permite que o usuário tenha melhor visualização das teclas á

distância. Segundo a ABNT as letras nesse caso devem ser proporcionais à

distância obedecendo à relação 1/200 e as figuras com contornos firmes e bem

definidos, com formas simples e com poucos detalhes.

O desenho acessível possibilita aos portadores de necessidades especiais a

acessibilidade e a inclusão em ambientes com arquitetura adaptada e ao acesso a

produtos projetados especialmente para essas pessoas, já o desenho universal

amplia o grupo de usuários projetando um produto de uso abrangente e

apresentando uma estética diferenciada do desenho acessível, mais original e sem

destinatário definido, isto é, se destinando a todas as pessoas sem distinção.

Page 66: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

65

8.3. Similares

Os similares apresentados possuem características diferentes, como:

• Conexão Bluetooth;

• Sistema de gerenciamento de energia;

• Tecnologia Multi-Touch;

• Mecanismo de controle a laser;

• Estrutura selada, á prova de água;

• Configuração expandida, variação de ângulo de inclinação;

• Acessibilidade;

• Material flexível;

• Material leve;

• Design flexível;

• Tecnologia BlueTrack™ e

• Projeção ergonômica.

No entanto, são divididos em teclados e mouses e dispositivos que

apresentam as operações em um só produto. Dentre todos, os relevantes para as

análises são o Teclado Sem Fio da Apple e o Magic Mouse da Apple.

O teclado apresenta boa inclinação para maior conforto, formas simplificadas,

dando clareza e transparecendo leveza. Material resistente ao impacto e conexão

bluetooth que permite a locomoção do produto. Porém, sendo projetado para as

mãos, ele não possui dimensionamento adequado para os pés e nem suporte de

apoio para os mesmos. Abaixo, as análises das funções e as análises estruturais,

respectivamente, do Teclado Sem Fio.

Page 67: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

66

Page 68: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

67

Page 69: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

68

Page 70: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

69

Page 71: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

70

O Magic Mouse, por ser projetado para a mão, acomoda confortavelmente a

palma da mão, por isso, não se adapta ao pé, tem um design simples, não possui

fios, portanto, possibilita a fácil locomoção, a área Multi-Touch abrange toda a

superfície superior, oferecendo movimentação livre para o controle do mouse. A

baixo, as análises das funções e as análises estruturais, respectivamente, do Magic

Mouse.

Page 72: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

71

Page 73: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

72

Page 74: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

73

Page 75: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

74

Page 76: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

75

8.4. Materiais

Os materiais levantados foram: o Poliuretano (PU) rígido, o Polipropileno

(PP), o Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS), o Alumínio, a Borracha e o

Elastômero. O PU, PP o ABS são termoplásticos resistentes a impacto, porém, o PP

e o ABS possuem médio potencial de reciclagem, enquanto que o Poliuretano

apresenta alto potencia. O Alumínio apresenta mais leveza entre os metais, além de

ser resistente e apresentar alto potencial de reciclagem. A Borracha e o Elastômero

são materiais que possuem baixo potencial de reciclagem, mas, são resistentes a

deformação, permitem a adição de pigmentos e geralmente são utilizados como

amortecedores.

Page 77: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

76

9. SÍNTESE

Serão apresentados aspectos relevantes, pré-definidos, do novo produto

através de características relacionadas às funções práticas de uso, funções de

linguagem, normas, materiais e ecologia. Obtendo de todas as análises feitas,

elementos primordiais para a construção de um produto que atenda as

necessidades do usuário e agregue valor diante ao mercado.

De acordo com as funções práticas de uso, o produto deve atender as

seguintes características:

• Resistência a produtos químicos;

• Estrutura selada, proteção contra água e resíduos;

• Sistema de amortecimento, contra o impacto, levando em consideração

o peso depositado ao pé na operação;

• Estrutura leve, para facilitar a locomoção;

• Fixação ao plano de apoio;

• Fácil limpeza, pois o ambiente de posicionamento do produto há fácil

contato com resíduos;

• Fácil manutenção;

• Mínimo de componentes, para que evite problemas na operação;

• Adequação ergonômica, possibilitando a operação em zona de

comporto e dimensionamento das teclas de acordo com as medidas antropométricas

dos dedos dos pés;

• Adaptações de pega com o pé, para que o usuário possa locomover o

produto com o pé e

• Conexão do teclado ao computador adaptado para o pé.

De acordo com as questões de linguagem, com relação às questões de signo

e estética, vai atender as seguintes características:

• Faixa etária: infantil, adolescente, jovem e adulto;

• Formas simplificadas;

• Linhas orgânicas, para facilitar o processo de operação e obter mais

conforto do usuário;

• Cores neutras;

• Acabamento liso, para que não acumule resíduos em texturas;

Page 78: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

77

• Aparência leve e original.

De acordo com as normas apresentada pela ABNT o produto seguirá as

seguintes características:

• Visualização de acordo com o ângulo de alcance para pessoas

sentadas;

• Letras nítidas e com dimensionamento adequado;

• Figuras simples e com contornos fortes e

• Informações em Braille.

De acordo com os materiais levantados, as possibilidades que existem são de

usar um material que atenda a flexibilidade – a borracha ou similar, e um material

estruturado, podendo ser o alumínio ou o plástico. Para que haja menos impacto

ambiental possível, o material mais indicado é o alumínio. Sendo em alumínio pode

ser feito utilizando processos básicos da produção, atendendo as necessidades do

produto projetado. E também poderá agregar o plástico com o processo de injeção.

A demanda da produção deve ser pequena devido o número de usuários,

deve se escolher materiais de baixo custo para que não encareça a produção, assim

como o PU e o ABS. Sendo que alguns materiais complementais podem ser

utilizados como: silicone, borracha ou acrílico.

Page 79: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

78

10. ALTERNATIVAS

10.1. Geração

Com base no que ficou definido como requisitos apresentados na síntese,

este capítulo vem solucionar os problemas encontrados pelo usuário ao operar o

mouse e o teclado tradicional. Além de todo estudo feito, até então, foram

levantados produtos operados com os pés, como skates, pedais e descansos para

os pés. Procurando nestes, inspirações para formas e mecanismos de regulagem.

O método definido para apresentar as primeiras idéias foi gerar a técnica

criativa com brainstormig20 e a partir destes escolher as principais possibilidades

detalhando-as através de croquis. Foram feitos três brainstorming e os conceitos

sugeridos são: leveza, movimento e conforto.

Fig.34 1º Brainstorming

20 Segundo Siqueira, é uma ferramenta para geração de novas idéias, conceitos e soluções para

qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação.

Page 80: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

79

Calvino, em sua obra “Seis propostas para o próximo Milênio”, identifica seis

virtudes a ser transmitida para as gerações vindouras, são elas: Leveza; Rapidez;

Exatidão; Visibilidade; Multiplicidade e Consistência. Demarcando o conceito do 1º

brainstorming, a leveza dentre as qualidades apresentadas, é associada à idéia de

precisão e determinação. Desta forma ela não seria nunca caracterizada por formas

vagas e aleatórias; mas sim, representada com formas simples e suaves, de modo

que transpareça algo preciso, ágil e claro.

Fig.35 2º Brainstorming

O conceito apresentado no 2º brainstorming vem transmitir ás formas a idéia

de movimento, representado por rampas e modelos ajustáveis, com a intenção de

promover uma ligação entre compreensão, agilidade de expressão e rapidez na

operação. Portanto, pode-se dizer que a rapidez esta ligada diretamente á facilidade

de operação, á funcionalidade e á economia de esforços.

Page 81: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

80

Fig. 36 3º Brainstorming

O conforto entendido como tudo o que constitui o bem-estar material, constitui

um dos principais objetivos da ergonomia. No entanto, este conceito define o 3º

Brainstorming, representado com linhas curvas sugerindo formas ergonômicas.

Oferecendo a ligação entre o produto e usuário, para que haja entrosamento e

desperte a afetividade.

As formas representadas neste estudo são inspiradas em objetos operados

com os pés, são eles: o skate e o apoio para os pés. Vejamo-os, nas figuras a

seguir.

Fig.37, Skate - Fonte: http://skatolatras.blogspot.com/2011/04/skate-tambem-e-cultura.html. Fig.38

Descanso para os pés - Fonte: http://www.multilaser.com.br/produtos.php?id=5397. Fig.39. Apoio

para o pé - Fonte: http://www.airmicro.com.br/produtos.html

Page 82: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

81

Assim sendo, a figura 37 é uma imagem do skate operado com o pé sendo

pressionado em sua lateral chamada Nose. A figura 38 é um descanso para os pés

da marca Multilaser, ergonômico, possui regulagem de altura e inclinação e material

resistente. A figura 39 é um apoio para o pé da marca Air Micro, possui regulagem

de altura com os próprios pés através de roldana giratória posicionada no centro do

apoio e balanço com inclinação que se ajusta de acordo com a postura do usuário.

Porém, foram gerados oito croquis para a análise e combinação das formas,

para então executar pré-modelos.

Os croquis foram separados em três grupos A, B e C, de acordo com as

afinidades de formas e conceitos, a fim de fazer a combinação entre eles e gerar

três alternativas, para a execução dos modelos preliminares.

Fazem parte do Grupo A as figuras 40, 41 e 42, mostradas a seguir.

Fig.40 Modelo 01

Sua forma é baseada em partes de um skate. Pensando em obter maior

conforto na operação e na visualização das teclas, possui uma inclinação

proporcionada pelo suporte fixo posicionado debaixo das teclas. Na parte superior

Page 83: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

82

apresenta uma pega ergonômica para melhor locomoção no teclado. Com touchpad

centralizado na parte plana e as teclas de controle do mouse nas laterais.

Fig.41 Modelo 02

Com estrutura fina este modelo apresenta a idéia de leveza, as linhas curvas

proporcionam formas orgânicas. Possui angulação de conforto na parte onde ficam

as teclas, mouse touchpad plano, as teclas de controle do mouse em uma das

laterais e suporte de fixação a superfície de apoio.

Page 84: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

83

Fig.42 Modelo 03

Proporcionando regulagem na inclinação, este modelo se ajusta ao gosto e

necessidade do usuário. Toda a área de operação, tanto as teclas planas quanto o

mouse touchpad possui angulação.

Os modelos do Grupo B serão mostrados nas figuras 43, 44 e 45, a seguir.

Page 85: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

84

Fig.43 Modelo 04

Este modelo apresenta toda a sua estrutura inclinada, o mouse touchpad e as

teclas de comando centralizadas. Sua estrutura semelhante a uma rampa dispõe em

suas laterais um corte onde proporciona as pegas para melhor locomoção do

teclado.

Page 86: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

85

Fig.44 Modelo 05

Baseado na estrutura e nos mecanismos do descanso para o pé, este modelo

proporciona regulagem de inclinação, podendo ser ajustado com a pressão do pé

exercida sobre suas laterais, pé ant-derrapante, teclas com luz interna, para melhor

visualização na falta de iluminação, mouse touchpad e as teclas de controle

centralizados.

Page 87: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

86

Fig.45 Modelo 06

Sua estrutura fina e curva induz a idéia de leveza. Possui superfície convexa,

apoio para o pé, mouse trackball em um dos lados e teclas de controle do mouse

uma em cada lateral.

O Grupo C é composto pelos Modelos 07 e 08, mostrados nas figuras 46 e 47

a seguir.

Page 88: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

87

Fig.46 Modelo 07

O Modelo 07, se dispõe de áreas de descanso para os pés nas laterais com

inclinação ergonômica e mouse trackball centralizado.

Page 89: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

88

Fig.47 Modelo 08

Com formas orgânicas, este modelo proporciona apoio para os pés na lateral

com inclinação ergonômica, mouse trackball em uma das laterais e teclas em alto

relevo.

10.2. Combinação

A partir das alternativas geradas, foram levantadas as melhores idéias dentro

dos grupos divididos e selecionadas as partes apresentadas nos modelos para

serem aplicas no projeto. Com isso, foram gerados três modelos, cada um com

idéias e formas respectivo de seu grupo.

Tendo os dimensionamentos de teclados e de descansos para os pés já

existentes para digitador, as medidas das partes do pé e ângulos de conforto para

homens e mulheres, foram calculadas e a partir destas definiu-se as medidas do

projeto.

Com uma mancha gráfica da área de atuação das teclas e do mouse já com

as medidas definidas utilizando-se da escala 1/3, proporcionando desenhos

Page 90: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

89

padronizados, foram desenhados os três modelos gerados pela combinação das

alternativas.

Segue, abaixo, a mancha gráfica utilizada para padronizar os desenhos.

Fig.48 Mancha Gráfica

A Mancha Gráfica demarcando a área de atuação, o teclado, o mouse e a

inclinação com o ângulo de conforto de acordo com os parâmetros ergonômicos

sugeridos por Dreyfuss.

A seguir os três modelos sugeridos pelos Grupos A, B e C, respectivamente.

Page 91: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

90

Fig.49 Modelo Grupo A

Fig.50 Modelo Grupo B

Page 92: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

91

Fig.51 Modelo Grupo C

A partir dos desenhos exibidos, acima, foram feitos modelos funcionais para a

tomada de decisão em relação ao dimensionamento geral das estruturas e as

operações; e, a definição do melhor posicionamento dos acessórios. Abaixo

imagens dos modelos feitos em papel paraná e isopor, na escala1/1.

Fig.52 Modelo Grupo A. Fig.53 Modelo Grupo B. Fig.54 Modelo Grupo C.

Os modelos funcionais expostos, acima, mostram a combinação das formas

de cada grupo.

Page 93: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

92

10.3. Escolha

A tomada de decisão é definida pelo modelo que melhor cumprir com as

necessidades e conforto na operação. Os parâmetros que definem a área de

conforto e operacionais, estático e dinâmico, delimitam estas questões de uso.

Por tanto, os modelos funcionais permitem que a decisão seja tomada com

melhor precisão, pois com estes, foram feitos testes funcionais.

Abaixo, imagens que demonstram a operação nos mesmos.

Fig.55 Modelo Grupo A

Essa alternativa aproxima a visualização e o acionamento das teclas, tem

estrutura leve, porém o apoio para os pés é muito baixo necessitando de

deslocamento de ângulo para operar as teclas.

Page 94: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

93

Fig.56 Modelo Grupo B

O acionamento é igual ao do Modelo Grupo B, porém a visualização e a

operação com o movimento do pé não necessita de uma distensão muito grande,

porém exige pequeno esforço. Mas é necessário que tenha um apoio para o pé na

parte da frente, nas laterais direita e esquerda com um pequeno adoçamento de

curvas na parte final. E o mouse trackball apresentado no Modelo Grupo C se

mostrou mais funcional na operação, este deverá substituir o touchpad nesta

alternativa.

Page 95: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

94

Fig.57 Modelo Grupo C

Esta alternativa possui o mouse trackball, sugerido por proporcionar mais

conforto na operação, mas, sua estrutura plana dificulta o acionamento e

visualização das teclas, forçando o pé e dificultando a leitura das teclas. Suas curvas

são muito acentuadas e apresenta uma área maior que a dos outros modelos.

Um dos métodos de definição utilizado neste projeto é a tabela de atributos,

onde é exibido os valores atribuídos aos conceitos de cada alternativa, afim de

definir a situação ideal. Abaixo, conforme a tabela de atributos.

Page 96: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

95

Tabela 03 Tabela de Atributos

Das três alternativas com suas variáveis apresentadas, o Modelo Grupo B se

mostrou mais confortável e mais operacional. No entanto, no próximo capítulo este

modelo será evoluído nos detalhes técnicos a partir dos argumentos levantados,

utilizando-se dos artifícios de cada modelo.

Page 97: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

96

11. DESENVOLVIMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA

11.1. Representação Bidimensional Preliminar

Como ficaram definidos alguns pontos positivos nos modelos funcionais

apresentados. A alternativa escolhida terá o apoio para os pés e o mouse trackball

sugerido no Modelo Grupo C. Definindo assim as características básicas do projeto.

Foi notado que as teclas de controle se encontravam muito próximas do mouse,

dificultando a operação, como podemos observar na figura abaixo.

Fig. 58

A seguir, um desenho esquemático com as características definidas.

Page 98: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

97

Fig. 59 Desenho Esquemático

11.2. Aprimoramento

Afim de proporcionar mais conforto na operação, foi feito um estudo da forma

apresentada pelo modelo escolhido, notando que a inclinação não está totalmente

segura, pois sua base não se apóia totalmente no plano, ficou concluído que deverá

ter um novo acessório de apoio.

Sabendo que, o acessório de apoio deverá suportar o peso depositado em

todas as teclas, inclusive da última carreira de teclas, posicionadas no topo do

teclado. Foram geradas três alternativas de apoio para que não haja balanço ao

pressionar as teclas.

Abaixo, o desenho das alternativas de apoio.

Page 99: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

98

Fig.60 Desenhos das alternativas de apoio.

O apoio Número 1, apresenta uma movimentação, possibilitando ao usuário

quando for operar o teclado, puxar com a pega ergonômica o pé de apoio nas

laterais e encaixa-lo quando não houver necessidade. O apoio Número 2, é um pé

fixo em cada lateral, tendo a sua base com material antiderrapante. E o apoio

Número 3, um suporte fixo em cada lateral.

Visto as três possibilidades de apoio e suas características, todas atendem a

necessidade, porém, esteticamente, o Número 3 se encaixa melhor na proposta

visual do projeto.

Um dos problemas encontrados pelos usuários na atividade de operar os

teclados convencionais nos ambientes adaptados, é a falta de iluminação. Por isso,

pensando na melhor visualização das teclas nesses ambientes, foi estudado

soluções de iluminação.

A primeira idéia era que tivesse luz no interior das teclas, possibilitando letras

mais nítidas, porem, visto que o mouse e toda a estrutura continuariam sem

iluminação; foi concluído que uma luminária giratória, isto é, iluminando vários

ângulos, solucionaria o problema.

A partir de um estudo feito sobre as luminárias de Led portáteis, suas

estruturas e mecanismos, foi elaborado uma luminária fixa no próprio teclado, com

Page 100: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

99

mecanismo giratório, possibilitando a movimentação através de uma pega

posicionada no cabo da mesma. Abaixo, luminárias portáteis que serviram como

base para o modelo da luminária.

Figs. 61 e 62 Luminárias de Led Portáteis

Para elaborar uma pega confortável e ergonômica no manuseio da luminária,

as medidas e o formato definido, são baseados em chinelos e em sandálias

rasteiras. A seguir, os modelos de sandálias utilizados para este estudo.

Figs. 64, 65 e 66 Sandálias rasteiras. Fonte: http://apoyato-calcados.blogspot.com/ Acesso em: 10 de

Outubro de 2011.

A seguir, o desenho esquemático da luminária de Led com a pega

ergonômica fixada no teclado.

Page 101: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

100

Fig.67 Desenho esquemático da Luminária.

11.3. Adequação Ergonômica

Como já apresentado nos capítulos anteriores, o presente projeto se baseia

nas medidas do homem com percentil 99 e da mulher com percentil 1 e os ângulos

de conforto usados para a projeção de controles com os pés em veículos,

defendidos por Dreyfuss. E, também, nas variações de dimensões dos teclados

convencionais e descansos para os pés do digitador.

O ângulo de conforto para os pés sugerido por Dreyfuss é de 75º(máximo) a

110º.

Page 102: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

101

Fig.68 Ângulo de conforto para o pé.

O produto projetado apresenta uma inclinação com 10º, formando assim um

ângulo de conforto de 80º.

As medidas usadas para a definição das dimensões dos detalhes, são as

medidas do pé do homem com percentil 99.

Fig.69 Medidas Antropométricas do Homem do percentil 99. Fonte: Fonte: As medidas do homem e

da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.

Baseando-se no formato do teclado de notbook e nas organizações de suas

teclas. Este teclado se distingue dos convencionais, mas, trás as mesmas funções.

Page 103: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

102

As medidas usadas para definir as teclas foram resultadas de cálculos feitos com a

medida dos dedos dos pés do homem com percentil 99.

A área de descanso para o pé nas laterais, terá um material flexível, se

adaptando ao formato e ao peso do pé do usuário, para obter mais conforto.

As letras das teclas serão aumentadas proporcionalmente a medida das

teclas, para melhor visualização.

11.4. Componentes Terceiros

Com a dificuldade de controlar os movimentos dos dedos dos pés para

manusear as teclas, algumas pessoas utilizam acessórios como: lápis e caneta para

auxiliar na operação. Desta forma:

Figs. 70 e 71 pessoas utilizando um lápis para auxiliar na operação das teclas.

Por tanto, foi criada uma Caneta Auxiliadora para auxiliar na operação. A

caneta, baseada nas medidas da parte do chinelo que fica entre os dedos, possui

uma pega ergonômica e confortável e a parte que entra em contato com a tecla,

antiderrapante. A seguir o desenho esquemático da Caneta Auxiliadora.

Page 104: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

103

Fig. 72 Desenho esquemático da Caneta Auxiliadora.

Como o produto projetado não possui cabos de conexão ao computador, sua

conexão será realizada através do bluetooth. Por tanto, foi elaborado um Dispositivo

de Conexão para disponibilizar a ligação entre o teclado e o computador.

Baseando-se em medidas ergonômicas o Dispositivo de Conexão foi

projetado para ser pego e acionado com o pé. Afim de proporcionar mais conforto ao

usuário, terá sua estrutura emborrachada com o elastômero, Santoprene®.

Na ponta do Dispositivo de Conexão terá um ímã que permitirá que fique

agrupado ao produto quando não estiver em uso.

Abaixo, um desenho esquemático do Dispositivo de Conexão.

Fig. 73 Desenho esquemático do Dispositivo de Conexão.

Page 105: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

104

11.5. Materiais e Processos

Os materiais definidos, para atender a necessidade do conforto e estética,

são: o alumínio (na estrutura), a borracha (no suporte de fixação), o santoprene® -

Polipropileno misturado com elastômero (na área do descanso para o pé, na pega

da luminária e na ponta e pega da Caneta Auxiliadora), o silicone (nas teclas) e o

ABS (no mouse e no botão de acionamento da luminária).

Abaixo especificações de cada material.

Tabela 04. Tabela de Materiais

Como o produto entrará em contato com ambientes sujeitos a resíduos, a

textura lisa e o teclado de silicone, selado, permitirá fácil limpeza e menos acúmulo

de resíduos.

Permitindo melhor visualização de toda a sua estrutura, inclusive das teclas, o

acabamento fusco evitará reflexos caso o usuário esteja utilizando a luminária.

Page 106: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

105

11.6. Cores

De acordo com os materiais definidos, e ciente das restrições de uso, foi feito

um estudo de cores possíveis para cada parte do produto. Com isso, as opções de

cores entre claras e escuras, sugeridas são: tons de cinza, vermelho, azul, amarelo,

laranja, verde e preta. Demonstradas na imagem a seguir.

Fig. 74 Demonstração do estudo das cores possíveis para o produto.

Essas são as cores possíveis de serem utilizadas, podendo ter uma gama

maior se for necessário. Porém, as cores neutras como o vermelho e o amarelo são

mais viáveis a este projeto, pois atenderá tanto homem quanto mulher, tanto criança

como adulto. Os modelos que se enquadram melhor no objetivo do projeto são os

que apresentam cores contrastantes, para melhor diferenciar a área de atuação. Por

tanto, os modelos sugeridos são:

Page 107: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

106

Fig. 75 Modelo 01

O primeiro Modelo apresenta a estrutura com a própria cor do alumínio sem

brilho, as teclas com um tom claro de cinza para apresentar mais contraste com as

letras pretas; as áreas do descanso para os pés com um tom escuro de cinza para

contrastar com a estrutura, demarcando melhor a área; as áreas de acionamento

como o mouse, a pega da luminária e o botão de controle da luz em vermelho, se

destacando em meio aos tons de cinza.

Fig. 76 Modelo 02

Page 108: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

107

O Modelo 02 apresenta a estrutura de alumínio preta fosca, se contrastando

das áreas de operação; a luminária amarela se diferenciando da estrutura; o teclado

com um tom de cinza claro, para obter maior com contraste com as letras pretas e

oferecer mais legibilidade em contato com a luz; o mouse e o botão de acionamento

da luz em amarelo para se destacarem na estrutura; as áreas de descanso para os

pés bem demarcadas em um tom claro de cinza.

Page 109: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

108

12. DETALHAMENTO

12.1. Características Gerais do Produto

Projetado com materiais resistentes, o dispositivo possui o teclado selado,

permitindo a higienização com mais segurança. Com a textura lisa para não

acumular resíduos em suas partes; apresenta também o acabamento fosco, para

que em contato com a luz não haja grandes reflexos. Suas teclas foram projetadas

para serem acionadas com os pés, por tanto, possui dimensionamento adequado ao

maior dedo do pé. Apresenta um ângulo de conforto de 10º em sua estrutura.

Abaixo, outras características do dispositivo:

• Mouse Trackball;

• Teclas de controle do mouse separadas, para maior conforto;

• Áreas de descanso para os pés;

• Suporte de fixação ao plano de apoio;

• Conexão Bluetooth, sem a presença de fios;

• Dispositivo de Conexão de encaixe no USB com medidas

ergonômicas;

• Caneta Auxiliadora;

• Luminária posicionável, com pega ergonômica.

12.2. Especificações Técnicas

12.2.1. Desenho Técnico de Conjunto Abaixo, o Desenho de Conjunto, com especificações de materiais aplicados e

dimensões do dispositivo projetado.

Page 110: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

109

Page 111: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

110

12.2.2. Desenho Técnico de Subconjunto A seguir, os desenhos das vistas do Dispositivo de Input de Informação e

seus acessórios (a Caneta Auxiliadora e o Dispositivo de Conexão).

Page 112: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

111

Page 113: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

112

Page 114: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

113

Page 115: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

114

Page 116: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

115

Page 117: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

116

Page 118: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

117

12.3. Renderings

Modelo 01

Fig.77 Modelo 01, vista lateral esquerda, mostrando detalhes da Caneta Auxiliadora e seu suporte de

encaixe.

Fig.78 Modelo 01, vista lateral direita.

Page 119: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

118

Fig.79 Modelo 01, vista superior.

Fig.80 Modelo 01, vista posterior, mostrando detalhes da Luminária.

Page 120: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

119

Fig.81 Modelo 01, vista frontal.

Dispositivo de Conexão do Modelo 01

Fig. 82 Dispositivo de Conexão Bluetooth do Modelo 01, vistas frontal e lateral esquerda, mostrando o

detalhe da pega e da luz de sinal interna na lateral.

Page 121: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

120

Modelo 02 O Modelo 02 apresenta outras sugestões de cores, a seguir as vistas do

deste modelo.

Fig.83 Modelo 02, vista frontal.

Fig.84 Modelo 02, vista superior, mostrando os detalhes do Dispositivo.

Page 122: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

121

Fig.85 Modelo 02, vista lateral direita.

Fig.86 Modelo 02, vista em perspectiva, mostrando detalhes da Luminária e da Caneta Auxiliadora.

Page 123: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

122

Dispositivo de Conexão do Modelo 02

Fig. 87 Dispositivo de Conexão Bluetooth do Modelo 02, vistas frontal e lateral esquerda, mostrando o

detalhe da pega e da luz de sinal interna na lateral.

Page 124: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

123

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1985). Lei nº 7.853. Brasília, DF: Senado Federal, 1985. BRASIL. Constituição (1989). Lei n° 7.405. Brasília, DF: Senado Federal, 1989. LIANZA, Sergio. Medicina de reabilitação 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 451p,1995. ______. ______ 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 471p,1982. ______. ______ 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 451p, 2001. NORMAN, Donald A. Design emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. DEIRÓ, Ana (Tradutor). Rio de Janeiro: Rocco, 2008. 278 p. : il. ISBN:9788532523327. Tradução de: Emotional design : why we love (or hate) everyday things Inclui bibliografia. Sassaki, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3ªed. Rio de Janeiro: WVA, 174p,1999. MOORE, Keith L; PERSAUD, T V N. Embriologia clínica. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 536p. ISBN:9788535226621. AVANZI, Osmar (Organizador).Ortopedia e traumatologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. xix, 491 p. : il. ISBN:9788572418270. BOCCOLINI, Fernando. Reabilitação: amputados - amputações - próteses. 2. Sao Paulo: Robe, 254p, 2000. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Sulla. Reabilitação. Entrevistadora: Danila Gomes. Nova Iguaçu, RJ: AACD, 2011. Entrevista concedida ao AACD, RJ, maio. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasil, 1989. BERSCHI, Rita. Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil. Introdução a Tecnologia Assistiva. Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/Introducao%20TA%20Rita%20Bersch.pdf> Acesso em: 12 mai. 2011. ELIZA, Professora. Inclusão com Tecnologia. 2010. Fotografia de um aluno com deficiência física digitando com os pés. Color. Disponível em: <http://incluindovc.blogspot.com/2010_08_01_archive.html> Acesso em 15 mai. 2011.

Page 125: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

124

BONSIEPE, Gui. Teoría y práctica del diseño industrial - Elementos para uma manualística crítica. Colección Comunicacion Visual. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1978. ROCHA, Ruth. Minidicionário. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2001. CALVINO, Italo. Seis Propostas para o próximo milênio: lições Americanas / Italo Calvino; tradução Ivo Barroso – São Paulo: Companhia das Letras, 3ª edição, 8ª reimpressão, 2010. LIMA, Marco Antonio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda. 2006. ASHKY,M.F. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design de produto / Michael Ashby e Kara Johnson; Tradução de Arlete Símile Marques; revisão técnica de Mara Martha Roberto e Ágata Tinoco. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. UNIVERSCIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Anatomia do Pé. Santa Catarina, SC. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.hu.ufsc.br/~grumad/anatomia.htm>. Acesso em: 28 de mai. 2011. RECUPERARTE, Terapia da Mão. Prado, Belo Horizonte, MG. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.recuperarte.com.br/ortese.htm>. Acesso em: 30 de mai. 2011. EXTRA, Ciência e Saúde. 2010. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/conheca-os-equipamentos-para-deficientes-usados-em-viver-vida-376418.html.> Acesso em: 28 de mai. 2011. SCHOLLBIOMECHANICS, Anatomia do Pé. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.schollbiomechanics.com/pt-PT/Professional/Pages/FootAnatomy.aspx>. Acesso em: 29 de mai. 2011. TECNOLOGIA OUTONAL, Desenho Universal ou Design Acessível. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.tecnologiaoutonal.com.br/2010/09/10/desenho-universal-ou-design-acessivel/> Acesso em: 25 de mai. 2011. ASSISTIVA, O que é Tecnologia Assistiva? 2011. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo>. Acesso em: 30 de mai. 2011. PLASTECNO REPRESENTAÇÕES E COMÉRCIO LTDA, Poliuretano (PU) – Chapa – Tarugo - Cepos. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.plastecno.com.br/produtos.php?categoria=83>. Acesso em: 30 de mai. 2011. SIQUEIRA, Jairo. Ferramentas de Criatividade, Brainstorming. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.ricardoalmeida.adm.br/brainstorming.pdf> Acesso em: 20 de Setembro de 2011.

Page 126: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

125

MULTILASER. Descanso para os pés. Fotografia do descanso para os pés. color. Disponível em: <http://www.multilaser.com.br/produtos.php?id=5397> Acesso em: 10 de Setembro de 2011. AIR MICRO. Apoio para os pés. Fotografia do apoio para o pé. color. Disponível em: <http://www.airmicro.com.br/produtos.html> Acesso em: 10 de Setembro de 2011. SKATÓLATRAS. Skate também é cultura. Fotografia de um skate sendo pressionado com o pé. color. Disponível em: <http://skatolatras.blogspot.com/2011/04/skate-tambem-e-cultura.html> Acesso em: 08 de Setembro de 2011. APOYATO. Sandália rasteirinha de dedo. Fotografias da sandália rasteira de dedo. color. Disponível em: <http://apoyato.mercadoshops.com.br/sandalia-rasteirinha-de-dedo_240xJM> Acesso em: 09 de Setembro de 2011.

Page 127: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

126

Anexo 01

Page 128: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

127

Page 129: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

128

Anexo 02

Fig. 02. Adactyly. Fig. 03. Afalangia. Fig. 04. Hemimelia.

Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Fig. 05. Focomelia

Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Fig. 06. Rádio do tipo IV ou agenesia

Page 130: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

129

Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Figs. 07, 08 e 09. Fenda da mão (déficit central)

Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Page 131: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

130

Anexo 03

Fig. 10, A órtese com encaixes para batom e pincel para blush. Fig. 11, Órtese para encaixe de

talheres. Fig. 12, Órtese para teclado.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/conheca-os-equipamentos-para-deficientes-

usados-em-viver-vida-376418.html. Acesso em 28 mai. 2011.

Page 132: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

131

Anexo 04

Fig. 13 Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 14 Movimentos: Dorsiflexão e Plantiflexão. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 15 Movimentos: Eversão e Inversão. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm

Page 133: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

132

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 16 Movimentos: Abdução e Adução. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 17 Movimento: Pronação. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 18 Movimento: Supinação. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Page 134: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

133

Anexo 05

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social,

sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de

Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos

dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá

outras providências.

Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de

deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à

educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância

e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem

seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e

entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua

competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e

adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

V - na área das edificações: a) a adoção e a efetiva execução de normas que

garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou removam

os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas

aedifícios, a logradouros e a meios de transporte.

Page 135: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

134

Anexo 06

LEI N° 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985.

Torna obrigatória a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" em todos os

locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência

e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e

eu sanciono a seguinte Lei:

Art . 1° - É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de

Acesso", em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por

pessoas portadoras de deficiência, e em todos os serviços que forem postos à sua

disposição ou que possibilitem o seu uso.

Art . 2° - Só é permitida a colocação do símbolo em edificações:

I - que ofereçam condições de acesso natural ou por meio de rampas construídas

com as especificações contidas nesta Lei;

II – cujas formas de acesso e circulação não estejam impedidas aos deficientes em

cadeira de rodas ou aparelhos ortopédicos em virtude da existência de degraus,

soleiras e demais obstáculos que dificultem sua locomoção;

III - que tenham porta de entrada com largura mínima de 90cm (noventa

centímetros);

IV - que tenham corredores ou passagens com largura mínima de 120cm (cento e

vinte centímetros);

V - que tenham elevador cuja largura da porta seja, no mínimo, de 100cm (cem

centímetros);

VI - que tenham sanitários apropriados ao uso do deficiente.

Art . 3° - Só é permitida a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" na

identificação de serviços cujo uso seja comprovadamente adequado às pessoas

portadoras de deficiência.

Page 136: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

135

Art . 4° - Observado o disposto nos anteriores artigos 2° e 3° desta Lei, é obrigatória

a colocação do símbolo na identificação dos seguintes locais e serviços, dentre

outros de interesse comunitário:

I – sede dos Poderes Executivo, legislativo e Judiciário, no Distrito Federal, nos

Estados, Territórios e Municípios;

II - prédios onde funcionam órgãos ou entidades públicas, quer de administração ou

de prestação de serviços;

III - edifícios residenciais, comerciais ou de escritórios;

IV – estabelecimentos de ensino em todos os níveis;

V - hospitais, clínicas e demais estabelecimentos do gênero;

VI - bibliotecas;

VII - supermercados, centros de compras e lojas de departamento;

VIII – edificações destinadas ao lazer, como estádios, cinemas, clubes, teatros e

parques recreativos;

IX - auditórios para convenções, congressos e conferências;

X - estabelecimentos bancários;

XI - bares e restaurantes;

XII - hotéis e motéis;

XIII - sindicatos e associações profissionais;

XIV - terminais aeroviários, rodoviários, ferroviários e metrôs;

XV - igrejas e demais templos religiosos;

XVI - tribunais federais e estaduais;

XVII - cartórios;

XVIII - todos os veículos de transporte coletivo que possibilitem o acesso e que

ofereçam vagas adequadas ao deficiente;

XIX - veículos que sejam conduzidos pelo deficiente;

XX - locais e respectivas vagas para estacionamento, as quais devem ter largura

mínima de 3,66m (três metros e sessenta e seis centímetros);

XXI - banheiros compatíveis ao uso da pessoa portadora de deficiência e à

mobilidade da sua cadeira de rodas;

XXII - elevadores cuja abertura da porta tenha, no mínimo, 100cm (cem centímetros)

e de dimensões internas mínimas de 120cm x 150cm (cento e vinte centímetros por

cento e cinqüenta centímetros);

Page 137: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

136

XXIII - telefones com altura máxima do receptáculo de fichas de 120cm (cento e

vinte centímetros);

XXIV – bebedouros adequados;

XXV - guias de calçada rebaixadas;

XXVI - vias e logradouros públicos que configurem rota de trajeto possível e

elaborado para o deficiente;

XXVII - rampas de acesso e circulação com piso antiderrapante; largura mínima de

120cm (cento e vinte centímetros); corrimão de ambos os lados com altura máxima

de 80cm (oitenta centímetros); proteção lateral de segurança; e declive de 5% (cinco

por cento) a 6% (seis por cento), nunca excedendo a 8,33% (oito vírgula trinta e três

por cento) e 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de comprimento;

XXVIII - escadas com largura mínima de 120cm (cento e vinte centímetros); corrimão

de ambos os lados coma altura máxima de 80cm (oitenta centímetros) e degraus

com altura máxima de 18cm (dezoito centímetros) e largura mínima de 25cm (vinte e

cinco centímetros).

Art . 5° - O Símbolo Internacional de Acesso deve• ser colocado, obrigatoriamente,

em local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao

desenho reproduzido no anexo desta Lei.

Art . 6°- É vedada a utilização do "Símbolo Internacional de Acesso" para finalidade

outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao

uso de pessoas portadoras de deficiência. Parágrafo único. O disposto no caput

deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meios

de comunicação relevantes para os interesses do deficiente.

Art . 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art . 8° - Revogam-se as disposições em contrário.

Page 138: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

137

Anexo 07

Fig. 27 Fonte: www.tecnologiaoutonal.com.br

Acesso em: 25 de mai. 2011.

Fig. 28 Fonte: www.tecnologiaoutonal.com.br

Acesso em: 25 de mai. 2011.

Page 139: DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

138

Anexo 08

Fig. 29 e 30 Sala de AVD - Atividade de Vida Diária, AACD, 2011.

Fig. 31, 32 e 33 Teclado e mouse com adaptações, AACD, 2011.