Dissipador de Energia

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Manual de Dissipador de Energia

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  • Curso de Manejo de guas pluviais Captulo 108- Dissipador de energia Tipo IX rampa dentada

    Engenheiro Plnio Tomaz 10/03/12 [email protected]

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    Dissipador de energia Tipo IX rampa dentada

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    Captulo 108- Dissipador de energia tipo IX rampa dentada

    108.1 Introduo O objetivo o dimensionamento do dissipador Tipo IX do USBR denominado no Brasil de rampa dentada. usado pela PMSP e pelo DNIT. 108.2 Bacia de dissipao Tipo IX do USBR

    Um dissipador de energia muito fcil de ser construdo o Tipo IX conforme Figura (108.3). Geralmente possuem a declividade 2:1 sendo 2 na horizontal e 1 na vertical. Podem ser ainda possuir declividade menor.

    O dissipador de energia tipo USBR Tipo IX no suscetvel a lixo e resduos que possam estar nas guas pluviais.

    A bacia de dissipao Tipo IX do USBR tambm adotada pela Prefeitura Municipal de So Paulo e chamada de Rampa Dentada e os melhores desempenhos ocorrem para vazes especficas de 3,35m3/s.m a 5,6m3/s.m. A PMSP recomenda ainda que haja no mnimo quatro linhas de dentes para que a dissipao de energia sema mais eficiente. 108.3 Critrios tcnicos de Peterka, 2005

    O dimensionamento de um dissipador de energia Tipo IX tem as seguintes recomendaes:

    Faixa de validade: 3,35m3/s Vazo mxima 5,67 m3/s/m. Velocidade no canal a montante: V

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    Figura 108.1 Dissipador de energia Tipo IX

    Fonte: Peterka, 2005

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    Figura 108.2-Melhor disposio do dissipador de energia Tipo IX

    Fonte: Peterka, 2005

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    Figura 108.3- Desenho esquemtico do perfil do dissipador de energia chamado

    rampa dentada (Tipo IX do Peterka) observando o pequeno reservatrio.

    Figura 108.4- Melhor disposio do dissipador de energia Tipo IX

    Fonte: Peterka, 2005

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    q =Q/W Sendo: q= vazo unitria (m3/s/m) W= largura (m) Q= vazo (m3/s) A velocidade mxima de entrada V1 calculada pela frmula emprica de Peterka adaptada para as unidades SI: V1= (g.q)1/3 - 1,5 Sendo: V1= velocidade na entrada (m/s) g= acelerao da gravidade 9,81m/s2 q =Q/W A velocidade critica Vc; VC= (g.q)1/3 Exemplo 108.7 Dimensionar um dissipador de energia USBR Tipo IX para um desnvel de 8,00m. So dados: Vazo Q= 22,17m3/s Dados do canal a montante n=0,013 (concreto) Declividade 2:1 Largura =B=6,5m Cota da soleira do vertedor do bueiro a jusante= 753,18m Cota do fundo do canal a jusante (m)= 750,18 Desnvel do dissipador= 3m Altura do nvel de gua que est no bueiro (m)= 1,55m Primeiro passo:

    Por tentativa supomos uma seo retangular com altura D (m) e largura B (m). Supomos B=6,5m q=Q/B= 22,17/6,5= 3,41m3s/m < 5,67m3/s/m e > 3,35m3/s/m OK

    Segundo passo: velocidade critica e velocidade mxima V1 na entrada da rampa dentada Velocidade critica VC= (g.q)1/3 VC= (9,81x3,41)1/3 =3,22m/s yc x B= 22,17/3,22= 6,89 yc= 6,89/6,5= 1,06m

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    A velocidade mxima de entrada V1 V1= (g.q)1/3 - 1,5 V1= (9,81x 3,41)1/3 - 1,5 =1,72m/s Portanto, a velocidade mxima de entrada 1,72m/s. Adoto V1= 1,72m/s (velocidade mxima adotada na entrada da rampa dentada) Equao da continuidade Q= AxV A= Q/V= 22,17/ 1,72= 12,89m2 A= B x H H= A/B= 12,89/6,5= 1,98m Portanto, a altura de gua na entrada 1,98m Quarto passo: pequeno reservatrio Truque: quero manter o nvel de gua que est vindo ao bueiro que 1,55m Transio do bueiro para a rampa dentada O bueiro tem 4,00m de largura por 2,00m de altura. A altura de gua 1,55m, a velocidade de sada no bueiro 3,59m/s e o numero de Froude 0,92. Canal de transio Segundo Cetesb, 1986 as experincias mostraram que transies em canais com ngulo de abertura ou contrao deve ser inferior a:

    tang = 1/ (3 . Fo) Sendo: = ngulo em radianos ou graus conforme Figura (18.29) Fo= nmero de Froude O comprimento de transio que vai do final do tubo at o incio da escada L dado pela equao:

    L= (3.Fo)x(B-D)/2 B=D+2.L x tang Sendo: L= comprimento de transio que vai do final do tubo at o incio da escada (m) Fo= nmero de Froude B= largura maior do trapzio ou largura da escada hidrulica (m) D= dimetro do tubo (m) tan = 1/ 3Fo= 1/(3x0,92) =0,36 F=0,92 B=6,5m D=2,00m L= 3F . (B-D)/2= 3 x 0,92 x (6,5-2) /2 = 6,21m Pequeno reservatorio Ver Figura (108.3) Rampa dentro do pequeno reservatorio= 6,21/2= 3,11m Comprimento do pequeno reservatorio= 6,21/2= 3,11m Profundidade = 0,43m Portanto, temos que fazer um pequeno reservatrio com profundidade= 1,98-1,55= 0,43m. Haver ento um pequeno reservatrio com 0,43m de profundidade antes da gua entrar na rampa dentada.

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    Profundidade do pequeno reservatrio = 0,43m Temos uma transio 1:4 quando a gua sai do bueiro e entra no degrau e tem um determinado comprimento L. Para o reservatrio pequeno supomos que tem L/2 em rampa e L/2 em reservatrio. Ento o pequeno reservatrio tem largura de 6,5m, profundidade de 0,43m e comprimento L/2 e declividade recomendada por Peterka de S=0,0018m/m. Quinto passo: Elementos de concreto na rampa dentada Altura critica= 1,06m O nmero de fileiras mnimo de dentes de concreto=4. Altura do dente H =0,80 x dc= 0,8 x 1,06= 0,85m Altura da parede lateral = 3 x H= 3 x 0,85= 2,54m Distancia entre os dentes na rampa= 2xH= 2 x 0,85= 1,70m Espaamento horizontal entre os dentes de concreto= 1,5x H=1,5 x 0,85=1,27m

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    108.4 Bibliografia e livros consultados -CETESB- Drenagem Urbana- Manual de projeto. 3 Ed. 1986, 452pginas. -DAEE (DEPARTAMENTO DE AGUAS E ENERGIA ELETRICA DO ESTADO DE SAO PAULO). Guia prtico para projetos de pequenas obras hidrulicas, 2005,124 pginas. -FHWA- Hydraulic Design of energy dissipators for culverts and channels, July, 2006. -LENCASTRE, ARMANDO. Hidrulica geral. Edio Luso-Brasileira, 1983, 653 pginas. -MAYS, LARRY W. Hydraulic design handbook. John Wiley& Sons, 2001, 761pginas. -MAYS, LARRY W. Stormwater collection systems design handbook- Handbook. McGraw-Hill, 2001. -MAYS, LARRY W. Water Resources Engineering. John Wiley& Sons, 2001, 761pginas. -PETERKA, A. J. Hydraulic design of stilling basins and energy. Havaii, 2005. US Department of the Interior-Bureau of Reclamation. ISBN 1-4102-2341-8. Nota: uma reimpresso do original. -PMSP (PREFEITURA MUNICIPAL DE SO PAULO). Diretrizes bsicas para projetos de drenagem urbana no municipio de So Paulo, 1998, 279 pginas, elaborado pela Fundao Centro Tecnolgico de Hidrulica (FCTH) coordenado por Carlos Lhoret Ramos, Mrio T. L. de Barros e Jos Carlos F. Palos. -SUBRAMANYA, KK. Flow in openlchannels. Tata McGraw-Hill, New Delhi, 3 ed, 2009, 548 pginas ISBN (13) 978-0-07-06966-3 -TAMADA, KIKUO. Dissipador de energia na engenharia hidrulica. EPUSP, 70 pginas, 1994, Notas de aula, PHD-727.