Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos...

44
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos morfológicos diagnósticosde Marmosa (Micoureus) (Mammalia, Didelphimorphia) na Mata Atlântica Roger Rodrigues Guimarães Vitória, ES Fevereiro, 2013

Transcript of Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos...

Page 1: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIacuteRITO SANTO

CENTRO DE CIEcircNCIAS HUMANAS E NATURAIS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM CIEcircNCIAS BIOLOacuteGICAS

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e

aspectos morfoloacutegicos diagnoacutesticosde Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata

Atlacircntica

Roger Rodrigues Guimaratildees

Vitoacuteria ES

Fevereiro 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIacuteRITO SANTO

CENTRO DE CIEcircNCIAS HUMANAS E NATURAIS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM CIEcircNCIAS BIOLOacuteGICAS

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e

aspectos morfoloacutegicos diagnoacutesticos de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata

Atlacircntica

Roger Rodrigues Guimaratildees

Orientador(a) Leonora Pires Costa

Dissertaccedilatildeo submetida ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Bioloacutegicas (Biologia Animal)

da Universidade Federal do Espiacuterito Santo como

requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de

Mestreem Biologia Animal

Vitoacuteria ES

Fevereiro 2013

Agradecimentos

Gostaria de agradecer as pessoas que sempre me acompanham e de alguma maneira

contribuiacuteram para eu chegar ateacute aqui Famiacutelia mesmo os que natildeo vejo com tanta

frequecircncia e amigos tanto no acircmbito pessoal quanto profissional e mesmo que natildeo

tenhamos tanto contato Natildeo posso deixar de citar certos nomes Thiago Lima Peixoto

Costa companheiro sempre presente nas alegrias e nas tristezas Fatima Izabel

Rodrigues matildee carinhosa Bruna Rodrigues Guimaratildees e Helio Joaquim Guimaratildees

Neto irmatilde e sobrinho queridos Tambeacutem natildeo posso esquecer os que natildeo se encontram

mais presentes aqui mas contribuiacuteram imensamente para o meu sucesso Helio

Joaquim Guimaratildees pai sempre presente em minha vida e minha avoacute querida Altina

Guimaratildees aleacutem de minha cachorrinha Laila Quero agradecer tambeacutem Leonora Pires

Costa pela paciecircncia e ter me aguumlentado todos esses anos Eacute noacuteis Aliaacutes a Yuri Leite

e a todos os meus colegas do LaMaB tambeacutem por terem me aturado sei que as vezes

natildeo eacute faacutecil Natildeo posso esquecer os incontaacuteveis socorros prestados pela Juliana Justino

Rita Gomes Rocha e pela minha ldquoco-orientadorardquo Ana Carolina Loss Rodrigues E

por uacuteltimo mas natildeo menos importante minha Best Kamila Souza Alves que me

acompanhou nessa jornada mestradiacutestica

Preciso agradecer tambeacutem os pesquisadores que gentilmente me cederam amostras

Pedro Rocha e Candelaacuteria Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG

Alexandre Christorff ULBRA-RS e Renta Pardini USP Tambeacutem deixar o

agradecimento agrave CAPES e FAPES pelo financiamento do projeto

SUMAacuteRIO

Resumo I

1 Introduccedilatildeo 01

2 Materiais e meacutetodos 03

21 - Amostragem 03

22 - Aspectos moleculares 04

23 - Aspectos morfoloacutegico05

3 Resultados 05

4 Discussatildeo 08

41 - Marcadores moleculares filogenias e biogeografia 08

411 -Citocromo b 08

411 -Irbp e anaacutelise concatenada 11

42 - Mapeamento morfoloacutegico 12

Referecircncias 14

Apecircndice 17

Figuras 24

Tabelas 25

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata Atlacircntica e implicaccedilotildees

sistemaacuteticas

Resumo As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) satildeo marsupiais didelfiacutedeos

neotropicais de ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul principalmente no Brasil Esse

subgecircnero sofreu grandes mudanccedilas taxonocircmicas na uacuteltima deacutecada sendo que sua espeacutecie

com maior distribuiccedilatildeo geograacutefica Marmosa (Micoureus) demerarae foi dividida em duas

espeacuteciesM (M) demerarae (ocorrendo do oeste amazonense ateacute o sul da Bahia) e M (M)

paraguayana (ocorrendo do norte do Espiacuterito Santo ateacute o Paraguai) O subgecircnero Micoureus

eacute um dos taacutexons que exibe uma clara distinccedilatildeo na regiatildeo do encontro dessas duas espeacutecies

estabelecendo contato nesta regiatildeo (entre o norte do Espiacuterito Santo e norte de Minas Gerais

e sul da Bahia)regiatildeo esta onde ocorre um processo de intergradaccedilatildeo nos espeacutecimes ou

seja espeacutecimes com assinatura molecular de M (M) demerarae possuindo caracteres

morfoloacutegicos de M (M) paraguayana e vice-versa Assim o presente estudo visou investigar

a diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa (Micoureus) tanto na aacuterea de contato entre

os taacutexons quanto em toda extensatildeo da Mata Atlacircntica aleacutem de tentar esclarecer a confusa

taxonomia do grupo Foram feitas anaacutelises geneacuteticas com dois marcadores moleculares irbp

(nuclear) e cit b (mitocondrial) em conjunto com o mapeamento de caracteres morfoloacutegicos

para tentar elucidar a questatildeo da intergradaccedilatildeo das espeacutecies na regiatildeo de contato O gene

mitocondrial recuperou dois clados monofileacuteticos atribuiacutedos agraves duas espeacutecies existentes no

bioma Outros clados com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica tambeacutem foram recuperados Foi

descoberto a presenccedila de um possiacutevel pseudogene no espeacutecime LPC 75 que poderia levar agrave

uma maacute interpretaccedilatildeo dos dados que poderia ser o primeiro registro de simpatria para as

duas espeacutecies O marcador nuclear obteve topologias diferentes natildeo se mostrando eficiente

em recuperar as duas linhagens monofileacuteticas das espeacutecies e nenhum dos clados mostram

alguma relaccedilatildeo filogeograacutefica A anaacutelise concatenada recuperou as duas linhagens da Mata

Atlacircntica mostrando que o cit b desse subgecircnero eacute altamente informativo quando

comparado com o gene nuclear utilizado neste trabalho Analisando a morfologia

descobrimos quatro novos polimorfismos para o caractere diagnoacutestico ldquonuacutemero de pecirclos nas

escamas da caudardquo ainda natildeo descritos na literatura Plotando os caracteres morfoloacutegicos

nas filogenias concluiacutemos que os mesmo caracteres diagnoacutesticos natildeo satildeo confiaacuteveis para a

distinccedilatildeo das espeacutecies A grande variaccedilatildeo morfoloacutegica e a grande divergecircncia gecircnica do

DNA mitocondrial poderia nos levar a crer que M (M) demerarae e M (M) paraguayana

tratam-se de uma uacutenica espeacutecieNo entanto a alta divergecircncia geneacutetica entre espeacutecimes

parapaacutetricos condiz com a distinccedilatildeo entre duas espeacutecies

Palavras-chave Marmosa (Micoureus) Mata Atlacircntica filogenias multigecircnicas

morfologia

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 2: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIacuteRITO SANTO

CENTRO DE CIEcircNCIAS HUMANAS E NATURAIS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM CIEcircNCIAS BIOLOacuteGICAS

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e

aspectos morfoloacutegicos diagnoacutesticos de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata

Atlacircntica

Roger Rodrigues Guimaratildees

Orientador(a) Leonora Pires Costa

Dissertaccedilatildeo submetida ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Bioloacutegicas (Biologia Animal)

da Universidade Federal do Espiacuterito Santo como

requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de

Mestreem Biologia Animal

Vitoacuteria ES

Fevereiro 2013

Agradecimentos

Gostaria de agradecer as pessoas que sempre me acompanham e de alguma maneira

contribuiacuteram para eu chegar ateacute aqui Famiacutelia mesmo os que natildeo vejo com tanta

frequecircncia e amigos tanto no acircmbito pessoal quanto profissional e mesmo que natildeo

tenhamos tanto contato Natildeo posso deixar de citar certos nomes Thiago Lima Peixoto

Costa companheiro sempre presente nas alegrias e nas tristezas Fatima Izabel

Rodrigues matildee carinhosa Bruna Rodrigues Guimaratildees e Helio Joaquim Guimaratildees

Neto irmatilde e sobrinho queridos Tambeacutem natildeo posso esquecer os que natildeo se encontram

mais presentes aqui mas contribuiacuteram imensamente para o meu sucesso Helio

Joaquim Guimaratildees pai sempre presente em minha vida e minha avoacute querida Altina

Guimaratildees aleacutem de minha cachorrinha Laila Quero agradecer tambeacutem Leonora Pires

Costa pela paciecircncia e ter me aguumlentado todos esses anos Eacute noacuteis Aliaacutes a Yuri Leite

e a todos os meus colegas do LaMaB tambeacutem por terem me aturado sei que as vezes

natildeo eacute faacutecil Natildeo posso esquecer os incontaacuteveis socorros prestados pela Juliana Justino

Rita Gomes Rocha e pela minha ldquoco-orientadorardquo Ana Carolina Loss Rodrigues E

por uacuteltimo mas natildeo menos importante minha Best Kamila Souza Alves que me

acompanhou nessa jornada mestradiacutestica

Preciso agradecer tambeacutem os pesquisadores que gentilmente me cederam amostras

Pedro Rocha e Candelaacuteria Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG

Alexandre Christorff ULBRA-RS e Renta Pardini USP Tambeacutem deixar o

agradecimento agrave CAPES e FAPES pelo financiamento do projeto

SUMAacuteRIO

Resumo I

1 Introduccedilatildeo 01

2 Materiais e meacutetodos 03

21 - Amostragem 03

22 - Aspectos moleculares 04

23 - Aspectos morfoloacutegico05

3 Resultados 05

4 Discussatildeo 08

41 - Marcadores moleculares filogenias e biogeografia 08

411 -Citocromo b 08

411 -Irbp e anaacutelise concatenada 11

42 - Mapeamento morfoloacutegico 12

Referecircncias 14

Apecircndice 17

Figuras 24

Tabelas 25

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata Atlacircntica e implicaccedilotildees

sistemaacuteticas

Resumo As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) satildeo marsupiais didelfiacutedeos

neotropicais de ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul principalmente no Brasil Esse

subgecircnero sofreu grandes mudanccedilas taxonocircmicas na uacuteltima deacutecada sendo que sua espeacutecie

com maior distribuiccedilatildeo geograacutefica Marmosa (Micoureus) demerarae foi dividida em duas

espeacuteciesM (M) demerarae (ocorrendo do oeste amazonense ateacute o sul da Bahia) e M (M)

paraguayana (ocorrendo do norte do Espiacuterito Santo ateacute o Paraguai) O subgecircnero Micoureus

eacute um dos taacutexons que exibe uma clara distinccedilatildeo na regiatildeo do encontro dessas duas espeacutecies

estabelecendo contato nesta regiatildeo (entre o norte do Espiacuterito Santo e norte de Minas Gerais

e sul da Bahia)regiatildeo esta onde ocorre um processo de intergradaccedilatildeo nos espeacutecimes ou

seja espeacutecimes com assinatura molecular de M (M) demerarae possuindo caracteres

morfoloacutegicos de M (M) paraguayana e vice-versa Assim o presente estudo visou investigar

a diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa (Micoureus) tanto na aacuterea de contato entre

os taacutexons quanto em toda extensatildeo da Mata Atlacircntica aleacutem de tentar esclarecer a confusa

taxonomia do grupo Foram feitas anaacutelises geneacuteticas com dois marcadores moleculares irbp

(nuclear) e cit b (mitocondrial) em conjunto com o mapeamento de caracteres morfoloacutegicos

para tentar elucidar a questatildeo da intergradaccedilatildeo das espeacutecies na regiatildeo de contato O gene

mitocondrial recuperou dois clados monofileacuteticos atribuiacutedos agraves duas espeacutecies existentes no

bioma Outros clados com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica tambeacutem foram recuperados Foi

descoberto a presenccedila de um possiacutevel pseudogene no espeacutecime LPC 75 que poderia levar agrave

uma maacute interpretaccedilatildeo dos dados que poderia ser o primeiro registro de simpatria para as

duas espeacutecies O marcador nuclear obteve topologias diferentes natildeo se mostrando eficiente

em recuperar as duas linhagens monofileacuteticas das espeacutecies e nenhum dos clados mostram

alguma relaccedilatildeo filogeograacutefica A anaacutelise concatenada recuperou as duas linhagens da Mata

Atlacircntica mostrando que o cit b desse subgecircnero eacute altamente informativo quando

comparado com o gene nuclear utilizado neste trabalho Analisando a morfologia

descobrimos quatro novos polimorfismos para o caractere diagnoacutestico ldquonuacutemero de pecirclos nas

escamas da caudardquo ainda natildeo descritos na literatura Plotando os caracteres morfoloacutegicos

nas filogenias concluiacutemos que os mesmo caracteres diagnoacutesticos natildeo satildeo confiaacuteveis para a

distinccedilatildeo das espeacutecies A grande variaccedilatildeo morfoloacutegica e a grande divergecircncia gecircnica do

DNA mitocondrial poderia nos levar a crer que M (M) demerarae e M (M) paraguayana

tratam-se de uma uacutenica espeacutecieNo entanto a alta divergecircncia geneacutetica entre espeacutecimes

parapaacutetricos condiz com a distinccedilatildeo entre duas espeacutecies

Palavras-chave Marmosa (Micoureus) Mata Atlacircntica filogenias multigecircnicas

morfologia

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 3: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Agradecimentos

Gostaria de agradecer as pessoas que sempre me acompanham e de alguma maneira

contribuiacuteram para eu chegar ateacute aqui Famiacutelia mesmo os que natildeo vejo com tanta

frequecircncia e amigos tanto no acircmbito pessoal quanto profissional e mesmo que natildeo

tenhamos tanto contato Natildeo posso deixar de citar certos nomes Thiago Lima Peixoto

Costa companheiro sempre presente nas alegrias e nas tristezas Fatima Izabel

Rodrigues matildee carinhosa Bruna Rodrigues Guimaratildees e Helio Joaquim Guimaratildees

Neto irmatilde e sobrinho queridos Tambeacutem natildeo posso esquecer os que natildeo se encontram

mais presentes aqui mas contribuiacuteram imensamente para o meu sucesso Helio

Joaquim Guimaratildees pai sempre presente em minha vida e minha avoacute querida Altina

Guimaratildees aleacutem de minha cachorrinha Laila Quero agradecer tambeacutem Leonora Pires

Costa pela paciecircncia e ter me aguumlentado todos esses anos Eacute noacuteis Aliaacutes a Yuri Leite

e a todos os meus colegas do LaMaB tambeacutem por terem me aturado sei que as vezes

natildeo eacute faacutecil Natildeo posso esquecer os incontaacuteveis socorros prestados pela Juliana Justino

Rita Gomes Rocha e pela minha ldquoco-orientadorardquo Ana Carolina Loss Rodrigues E

por uacuteltimo mas natildeo menos importante minha Best Kamila Souza Alves que me

acompanhou nessa jornada mestradiacutestica

Preciso agradecer tambeacutem os pesquisadores que gentilmente me cederam amostras

Pedro Rocha e Candelaacuteria Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG

Alexandre Christorff ULBRA-RS e Renta Pardini USP Tambeacutem deixar o

agradecimento agrave CAPES e FAPES pelo financiamento do projeto

SUMAacuteRIO

Resumo I

1 Introduccedilatildeo 01

2 Materiais e meacutetodos 03

21 - Amostragem 03

22 - Aspectos moleculares 04

23 - Aspectos morfoloacutegico05

3 Resultados 05

4 Discussatildeo 08

41 - Marcadores moleculares filogenias e biogeografia 08

411 -Citocromo b 08

411 -Irbp e anaacutelise concatenada 11

42 - Mapeamento morfoloacutegico 12

Referecircncias 14

Apecircndice 17

Figuras 24

Tabelas 25

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata Atlacircntica e implicaccedilotildees

sistemaacuteticas

Resumo As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) satildeo marsupiais didelfiacutedeos

neotropicais de ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul principalmente no Brasil Esse

subgecircnero sofreu grandes mudanccedilas taxonocircmicas na uacuteltima deacutecada sendo que sua espeacutecie

com maior distribuiccedilatildeo geograacutefica Marmosa (Micoureus) demerarae foi dividida em duas

espeacuteciesM (M) demerarae (ocorrendo do oeste amazonense ateacute o sul da Bahia) e M (M)

paraguayana (ocorrendo do norte do Espiacuterito Santo ateacute o Paraguai) O subgecircnero Micoureus

eacute um dos taacutexons que exibe uma clara distinccedilatildeo na regiatildeo do encontro dessas duas espeacutecies

estabelecendo contato nesta regiatildeo (entre o norte do Espiacuterito Santo e norte de Minas Gerais

e sul da Bahia)regiatildeo esta onde ocorre um processo de intergradaccedilatildeo nos espeacutecimes ou

seja espeacutecimes com assinatura molecular de M (M) demerarae possuindo caracteres

morfoloacutegicos de M (M) paraguayana e vice-versa Assim o presente estudo visou investigar

a diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa (Micoureus) tanto na aacuterea de contato entre

os taacutexons quanto em toda extensatildeo da Mata Atlacircntica aleacutem de tentar esclarecer a confusa

taxonomia do grupo Foram feitas anaacutelises geneacuteticas com dois marcadores moleculares irbp

(nuclear) e cit b (mitocondrial) em conjunto com o mapeamento de caracteres morfoloacutegicos

para tentar elucidar a questatildeo da intergradaccedilatildeo das espeacutecies na regiatildeo de contato O gene

mitocondrial recuperou dois clados monofileacuteticos atribuiacutedos agraves duas espeacutecies existentes no

bioma Outros clados com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica tambeacutem foram recuperados Foi

descoberto a presenccedila de um possiacutevel pseudogene no espeacutecime LPC 75 que poderia levar agrave

uma maacute interpretaccedilatildeo dos dados que poderia ser o primeiro registro de simpatria para as

duas espeacutecies O marcador nuclear obteve topologias diferentes natildeo se mostrando eficiente

em recuperar as duas linhagens monofileacuteticas das espeacutecies e nenhum dos clados mostram

alguma relaccedilatildeo filogeograacutefica A anaacutelise concatenada recuperou as duas linhagens da Mata

Atlacircntica mostrando que o cit b desse subgecircnero eacute altamente informativo quando

comparado com o gene nuclear utilizado neste trabalho Analisando a morfologia

descobrimos quatro novos polimorfismos para o caractere diagnoacutestico ldquonuacutemero de pecirclos nas

escamas da caudardquo ainda natildeo descritos na literatura Plotando os caracteres morfoloacutegicos

nas filogenias concluiacutemos que os mesmo caracteres diagnoacutesticos natildeo satildeo confiaacuteveis para a

distinccedilatildeo das espeacutecies A grande variaccedilatildeo morfoloacutegica e a grande divergecircncia gecircnica do

DNA mitocondrial poderia nos levar a crer que M (M) demerarae e M (M) paraguayana

tratam-se de uma uacutenica espeacutecieNo entanto a alta divergecircncia geneacutetica entre espeacutecimes

parapaacutetricos condiz com a distinccedilatildeo entre duas espeacutecies

Palavras-chave Marmosa (Micoureus) Mata Atlacircntica filogenias multigecircnicas

morfologia

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 4: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

SUMAacuteRIO

Resumo I

1 Introduccedilatildeo 01

2 Materiais e meacutetodos 03

21 - Amostragem 03

22 - Aspectos moleculares 04

23 - Aspectos morfoloacutegico05

3 Resultados 05

4 Discussatildeo 08

41 - Marcadores moleculares filogenias e biogeografia 08

411 -Citocromo b 08

411 -Irbp e anaacutelise concatenada 11

42 - Mapeamento morfoloacutegico 12

Referecircncias 14

Apecircndice 17

Figuras 24

Tabelas 25

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata Atlacircntica e implicaccedilotildees

sistemaacuteticas

Resumo As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) satildeo marsupiais didelfiacutedeos

neotropicais de ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul principalmente no Brasil Esse

subgecircnero sofreu grandes mudanccedilas taxonocircmicas na uacuteltima deacutecada sendo que sua espeacutecie

com maior distribuiccedilatildeo geograacutefica Marmosa (Micoureus) demerarae foi dividida em duas

espeacuteciesM (M) demerarae (ocorrendo do oeste amazonense ateacute o sul da Bahia) e M (M)

paraguayana (ocorrendo do norte do Espiacuterito Santo ateacute o Paraguai) O subgecircnero Micoureus

eacute um dos taacutexons que exibe uma clara distinccedilatildeo na regiatildeo do encontro dessas duas espeacutecies

estabelecendo contato nesta regiatildeo (entre o norte do Espiacuterito Santo e norte de Minas Gerais

e sul da Bahia)regiatildeo esta onde ocorre um processo de intergradaccedilatildeo nos espeacutecimes ou

seja espeacutecimes com assinatura molecular de M (M) demerarae possuindo caracteres

morfoloacutegicos de M (M) paraguayana e vice-versa Assim o presente estudo visou investigar

a diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa (Micoureus) tanto na aacuterea de contato entre

os taacutexons quanto em toda extensatildeo da Mata Atlacircntica aleacutem de tentar esclarecer a confusa

taxonomia do grupo Foram feitas anaacutelises geneacuteticas com dois marcadores moleculares irbp

(nuclear) e cit b (mitocondrial) em conjunto com o mapeamento de caracteres morfoloacutegicos

para tentar elucidar a questatildeo da intergradaccedilatildeo das espeacutecies na regiatildeo de contato O gene

mitocondrial recuperou dois clados monofileacuteticos atribuiacutedos agraves duas espeacutecies existentes no

bioma Outros clados com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica tambeacutem foram recuperados Foi

descoberto a presenccedila de um possiacutevel pseudogene no espeacutecime LPC 75 que poderia levar agrave

uma maacute interpretaccedilatildeo dos dados que poderia ser o primeiro registro de simpatria para as

duas espeacutecies O marcador nuclear obteve topologias diferentes natildeo se mostrando eficiente

em recuperar as duas linhagens monofileacuteticas das espeacutecies e nenhum dos clados mostram

alguma relaccedilatildeo filogeograacutefica A anaacutelise concatenada recuperou as duas linhagens da Mata

Atlacircntica mostrando que o cit b desse subgecircnero eacute altamente informativo quando

comparado com o gene nuclear utilizado neste trabalho Analisando a morfologia

descobrimos quatro novos polimorfismos para o caractere diagnoacutestico ldquonuacutemero de pecirclos nas

escamas da caudardquo ainda natildeo descritos na literatura Plotando os caracteres morfoloacutegicos

nas filogenias concluiacutemos que os mesmo caracteres diagnoacutesticos natildeo satildeo confiaacuteveis para a

distinccedilatildeo das espeacutecies A grande variaccedilatildeo morfoloacutegica e a grande divergecircncia gecircnica do

DNA mitocondrial poderia nos levar a crer que M (M) demerarae e M (M) paraguayana

tratam-se de uma uacutenica espeacutecieNo entanto a alta divergecircncia geneacutetica entre espeacutecimes

parapaacutetricos condiz com a distinccedilatildeo entre duas espeacutecies

Palavras-chave Marmosa (Micoureus) Mata Atlacircntica filogenias multigecircnicas

morfologia

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 5: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Distribuiccedilatildeo geograacutefica da diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa

(Micoureus) (Mammalia Didelphimorphia) na Mata Atlacircntica e implicaccedilotildees

sistemaacuteticas

Resumo As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) satildeo marsupiais didelfiacutedeos

neotropicais de ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul principalmente no Brasil Esse

subgecircnero sofreu grandes mudanccedilas taxonocircmicas na uacuteltima deacutecada sendo que sua espeacutecie

com maior distribuiccedilatildeo geograacutefica Marmosa (Micoureus) demerarae foi dividida em duas

espeacuteciesM (M) demerarae (ocorrendo do oeste amazonense ateacute o sul da Bahia) e M (M)

paraguayana (ocorrendo do norte do Espiacuterito Santo ateacute o Paraguai) O subgecircnero Micoureus

eacute um dos taacutexons que exibe uma clara distinccedilatildeo na regiatildeo do encontro dessas duas espeacutecies

estabelecendo contato nesta regiatildeo (entre o norte do Espiacuterito Santo e norte de Minas Gerais

e sul da Bahia)regiatildeo esta onde ocorre um processo de intergradaccedilatildeo nos espeacutecimes ou

seja espeacutecimes com assinatura molecular de M (M) demerarae possuindo caracteres

morfoloacutegicos de M (M) paraguayana e vice-versa Assim o presente estudo visou investigar

a diversidade geneacutetica e morfoloacutegica de Marmosa (Micoureus) tanto na aacuterea de contato entre

os taacutexons quanto em toda extensatildeo da Mata Atlacircntica aleacutem de tentar esclarecer a confusa

taxonomia do grupo Foram feitas anaacutelises geneacuteticas com dois marcadores moleculares irbp

(nuclear) e cit b (mitocondrial) em conjunto com o mapeamento de caracteres morfoloacutegicos

para tentar elucidar a questatildeo da intergradaccedilatildeo das espeacutecies na regiatildeo de contato O gene

mitocondrial recuperou dois clados monofileacuteticos atribuiacutedos agraves duas espeacutecies existentes no

bioma Outros clados com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica tambeacutem foram recuperados Foi

descoberto a presenccedila de um possiacutevel pseudogene no espeacutecime LPC 75 que poderia levar agrave

uma maacute interpretaccedilatildeo dos dados que poderia ser o primeiro registro de simpatria para as

duas espeacutecies O marcador nuclear obteve topologias diferentes natildeo se mostrando eficiente

em recuperar as duas linhagens monofileacuteticas das espeacutecies e nenhum dos clados mostram

alguma relaccedilatildeo filogeograacutefica A anaacutelise concatenada recuperou as duas linhagens da Mata

Atlacircntica mostrando que o cit b desse subgecircnero eacute altamente informativo quando

comparado com o gene nuclear utilizado neste trabalho Analisando a morfologia

descobrimos quatro novos polimorfismos para o caractere diagnoacutestico ldquonuacutemero de pecirclos nas

escamas da caudardquo ainda natildeo descritos na literatura Plotando os caracteres morfoloacutegicos

nas filogenias concluiacutemos que os mesmo caracteres diagnoacutesticos natildeo satildeo confiaacuteveis para a

distinccedilatildeo das espeacutecies A grande variaccedilatildeo morfoloacutegica e a grande divergecircncia gecircnica do

DNA mitocondrial poderia nos levar a crer que M (M) demerarae e M (M) paraguayana

tratam-se de uma uacutenica espeacutecieNo entanto a alta divergecircncia geneacutetica entre espeacutecimes

parapaacutetricos condiz com a distinccedilatildeo entre duas espeacutecies

Palavras-chave Marmosa (Micoureus) Mata Atlacircntica filogenias multigecircnicas

morfologia

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 6: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

1- Introduccedilatildeo

As cuiacutecas do subgecircnero Marmosa (Micoureus) Lesson 1842 satildeo marsupiais

didelfiacutedeos neotropicais de pequeno tamanho arboriacutecolas e de haacutebito noturno com

ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica Latina (Charles-Dominique et al 1981 Gardner

eCreighton 2008) Habitam desde aacutereas deflorestas uacutemidas e fechadas (eg Florestas

Amazocircnica e Atlacircntica) como tambeacutem aacutereas mais secas e abertas (egCerrado e

Caatinga) Atualmente satildeo reconhecidas seis espeacutecies desse subgecircnero M (M)

alstoni J A Allen 1990 M (M) constantiae Thomas 1904 M (M) demerarae

Thomas 1905 M (M) paraguayana Tate 1931 M (M) phaea Thomas 1899 e M

(M) regina Thomas 1898 (Figura 1) sendo quatro delas encontradas no Brasil Esse

taacutexon foi alvo de vaacuterios estudos taxonocircmicos durante a uacuteltima deacutecada (eg Voss et al

2009 Dias et al 2010 Gutieacuterrez et al 2010 De La Sancha et al 2012) e mesmo

assim ainda haacute conflito sobre seu status taxonocircmico e sobre a existecircncia de outras

espeacutecies ainda natildeo descritas (Costa 2003 Dias et al 2010) Uma revisatildeo para o

subgecircnero natildeo eacute feita desde Tate (1933) poreacutem o monofiletismo para o taacutexon

Marmosa (Micoureus) e a existecircncia de duas espeacutecies na Mata Atlacircntica eacute consensual

Patton et al (2000) atraveacutes de um estudo com DNA mitocondrial (mtDNA)

apontou dois grupos com divergecircncia gecircnica meacutedia de 107 o primeiro grupo de

ocorrecircncia amazocircnica e o segundo na Mata Atlacircntica Patton et al (2000) sugeriram

que o clado amazocircnico fosse associado com Micoureus demerarae (sensu Gardner

1993) e o clado da Mata Atlacircntica como Micoureus limae Thomas 1920 desde que

este epiteto especifico (correspondente a um espeacutecime proveniente de uma localidade

do Cearaacute) era o mais antigo disponiacutevel para uma espeacutecie da Mata Atlacircntica

Em outros estudos Costa (2001) e Patton amp Costa (2003) re-analisaramas

afinidades filogeograacuteficas em Marmosa(Micoureus) utilizando o mesmo gene

utilizado em Pattonet al (2000) poreacutem ampliando a amostragem geograacutefica anterior

incluindo aacutereas do Brasil Central e da Mata Atlacircntica do nordeste Os resultados

encontrados foram parcialmente similares aos de Patton et al (2000) No entanto os

primeiros autores supra citadosevidenciaram a existecircncia de dois clados na Mata

Atlacircntica com espeacutecimes do sudeste diferenciando-se de espeacutecimes do nordeste (que

por sua vez se agrupavam com espeacutecimes da Amazocircnia e do Brasil Central) com

divergecircncia geneacutetica de mais de 10 entre os clados Costa (2001) argumentou que o

epiacuteteto sugerido por Patton et al (2000) ndash limae - com localidade tipo no estado do

Cearaacute natildeo deveria ser empregado para denominar o grupo da Mata Atlacircntica do sul

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 7: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

haja visto que as amostras do nordeste se agruparam com o clado amazocircnico

correspondente agrave Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Ainda que Costa

(2001) reconhecesse paraguayana Tate 1931 com localidade tipo no nordeste do

Paraguai como o nome mais antigo para o grupo do centro sul da Ameacuterica do Sul a

autora natildeo utilizou este epiacuteteto para nomear este grupo pelo fato dessa localidade tipo

situar-se no limite de distribuiccedilatildeo entre os grupos amazocircnicos e da Mata Atlacircntica do

Sul podendo ser tambeacutem um sinocircnimo juacutenior de M demerarae de forma anaacuteloga agrave

M limae Portanto tanto Costa (2001) quanto Patton amp Costa (2003) sugeriram o

nome Micoureus travassosi Miranda-Ribeiro 1936 com localidade tipo no estado do

Rio de Janeiro para o grupo sul da Mata Atlacircntica Brant et al(2003) com base em

estudos morfoloacutegicos e moleculares com uma ampla amostragem geograacutefica

concluiu quea aacuterea de contato entre as duas espeacutecies encontravam-se na regiatildeo de

divisa entre os estados da Bahia e Norte de Minas Gerais e Espiacuterito Santo Essa

conclusatildeo obteve respaldo posteriormente nos trabalhos de Dias et al (2010) e

Neves et al (2011) sem no entanto que os limites de distribuiccedilatildeo entre as duas

espeacutecies fossem bem estabelecidos

Voss ampJansa (2003) argumentaram que o nome travassosi ainda precisava ser

propriamente analisado pois a descriccedilatildeo de Miranda-Ribeiro 1936 diz que a cauda

geralmente eacute menor do que o comprimento cabeccedila-cauda o que natildeo corresponde ao

que ocorre para todas as espeacutecies de Marmosa Micoureus onde o comprimento da

cauda eacute significantementemaior que o comprimento cabeccedila-cauda (Voss ampJansa

2003 Brant et al 2003) Ao lanccedilarem duacutevidas quanto a alocaccedilatildeo geneacuterica do taacutexon

travassosi Miranda-Ribeiro 1936 (ainda que o espeacutecime tipo natildeo tenha sido

examinado) Voss ampJansa (2003) sugerem o nome Micoureus paraguayanus Tate

1931 com localidade tipo no nordeste do Paraguai como o epiacuteteto mais apropriado

desde quea descriccedilatildeo morfoloacutegica da espeacutecie por Tate (1933) combinava quase

perfeitamente com os espeacutecimes analisados pelos autoresDe La Sancha et al (2012)

com dados geneacuteticos (cit b) de espeacutecimes do Paraguai obteve uma filogenia que

corrobora essa proposiccedilatildeo jaacute que esses espeacutecimes se agruparam com outros

espeacutecimes de Marmosa Micoureus da Mata Atlacircntica brasileira

Recentemente Voss ampJansa (2009) realocaram todo o gecircnero Micoureus dentro

do gecircnero Marmosa como subgecircnero com o intuito de deixar monofileacutetico o clado

[Marmosa + (ldquoMarmosardquolepida+Micoureus)] Esseremanejamento permitiu manter o

nome Micoureus (que representa um clado monofileacutetico) sem precisar criar outros

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 8: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

nomes decisatildeo essa corroborada posteriormente por outros autores (De La Sancha et

al 2012 Gutieacuterrez et al 2010)

Poucos estudos abrangendo a taxonomia e sistemaacutetica do grupo utilizam

caracteres morfoloacutegicos Brant et al(2003) realizou um estudo morfoloacutegico e

morfomeacutetrico com duzentos e vinte e oito espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)

distribuiacutedos em dezesseis estados brasileiros que corroborou a distinccedilatildeo dos dois

clados anteriormente constatados por Pattonet al (2000) e Costa (2001) com base em

dados moleculares Mas aleacutem disso verificou a existecircncia de um processo de

intergradaccedilatildeo morfoloacutegicade espeacutecimes encontrados na regiatildeo de encontro geograacutefico

dos dois clados (que representavam as espeacutecies M demerarae e M paraguayanus)

encontrados na anaacutelise molecular Ou seja no sudeste brasileiro eram encontrados

espeacutecimes com assinatura molecular mitocondrial de uma espeacutecie do subgecircnero e

caracteres morfoloacutegicos da espeacutecie irmatilde e vice-versaDado que o marcador molecular

ateacute entatildeo utilizado era apenas mitocondrial suscitou-se duacutevidas quanto a este

processo de intergradaccedilatildeo da morfologia Assim neste estudo optou-se pela

utilizaccedilatildeo de um marcador molecular nuclear na tentativa de elucidar a questatildeo

Portanto o presente estudo visou investigar a distribuiccedilatildeo geograacutefica da

diversidade geneacutetica de Marmosa (Micoureus) na Mata Atlacircntica a congruecircncia dos

padrotildees geneacuteticos inferidos a partir de dois marcadores moleculares (um mitocondrial

e outro nuclear) com a variaccedilatildeo morfoloacutegica registrada para o taacutexon na mesma aacuterea de

distribuiccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees sistemaacuteticas e biogeograacuteficas dos resultados

encontrados

2- Materiais e Meacutetodos

21 - Amostragem ndash Duas espeacutecies do subgecircnero Marmosa (Micoureus)foram

objeto de estudoM (M) demerarae e M (M) paraguayana O material para anaacutelises

geneacuteticas e morfoloacutegicas em sua maioria eacute proveniente respectivamente da Coleccedilatildeo

de Tecidos e DNA da UFES e da Coleccedilatildeo de Mamiacuteferos da UFES Outras amostras

foram cedidas pelas seguintes pesquisadoresinstituiccedilotildees Pedro Rocha e Candelaacuteria

Estarvillo UFBA Claacuteudia Guimaratildees Costa PUC-MG Alexandre Christorff

ULBRA-RS e Renta Pardini USP O material para as anaacutelises geneacuteticas foi retirado

de amostras de tecidos de fiacutegado muacutesculo ou orelha crio-preservadas em etanol No

total obteve-se 107sequumlecircncias para trecircs marcadores moleculares dois mitocondriais

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 9: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

(citocromo b e a subunidade I do citocromo oxidase) e outro nuclear

(interphotoreceptorretinoidbindingprotein) sendo duas destas paraogrupo externo

(VAL 08- M murina e JLP 15435- M (M) regina) Das 107 sequecircncias apenas duas

representam o marcador mitocondrial citocromo oxidase I Essas amostragem abrange

grande parte da regiatildeo central Mata Atlacircntica brasileira incluindo tambeacutem algumas

amostras isoladas no nordeste e sul do pais (Tabela 1 e Figura 2) Para os estudos

morfoloacutegicos aleacutem dos 228 espeacutecimes jaacute analisados em um estudo preacutevio (Brantet

al 2003) foram analisados 85 espeacutecimes de Marmosa (Micoureus) em preparo de

pele eou cracircnio ou em via liacutequida totalizando 313 indiviacuteduos

Os pontos de amostragem de vouchers eou amostras de tecidos dos espeacutecimes

estatildeo plotados e numerados nos mapas confeccionados usando o software Quantum

Gis 171 Wroclaw (Figura 2) e respectivas localidades especiacuteficas listadas na Tabela

1 e Apecircndice II Aacutereas natildeo incluiacutedas dentro dos limites do bioma Mata Atlacircntica

pertencendo ao bioma cerrado (amostras do Cerrado do estado de Minas Gerais foram

incluiacutedas nesse estudo com a finalidade de se entender melhor o processo de

intergradaccedilatildeo da morfologia em conjunto com as filogenias mesmo o escopo desse

trabalho sendo o bioma Mata Atlacircntica)

22 - Aspectos moleculares ndash Com intuito de obter sequecircncias parciais dos

genes mitocondriaiscitocromo b (citb) e subunidade I da citocromo oxidase (COI) e

parte do primeiro exondo gene nuclear interphotoreceptorretinoidbindingprotein

(irbp) as amostras de tecido foram submetidas ao protocolo de extraccedilatildeo de DNA com

sal (Medranoet al 1990) O DNA extraiacutedo foi quantificado no espectrofotocircmetro

NanoDrop (Thermo Fisher Scientific Inc) para a confirmaccedilatildeo da extraccedilatildeo e obtenccedilatildeo

da concentraccedilatildeo da amostra Todas as amostras foram diluiacutedas para uma concentraccedilatildeo

padratildeo de aproximadamente 40ngmicrol Foram amplificados 801 pares de base do cit b

657 pares de base do COI e 1200 pares de base do marcador nuclear (irbp)atraveacutes da

reaccedilatildeo em cadeia da polimerase (PCR) no termociclador com os primers MVZ05 e

MVZ16 LCO e HCOe os primers +IRBP217 e -IRBP1531 Os perfis de amplificaccedilatildeo

se encontram listados na Tabela 2O produto da PCR foi purificado com a enzima

ExoSap-IT (USB Corporation) com a finalidade de eliminar resiacuteduos da PCR que

poderiam inibir o sequenciamento A reaccedilatildeo do sequenciamento foi feito nas duas

direccedilotildees utilizando-seo kit Big Dye v31 no sequenciador ABI 310 (ambos da

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 10: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

AppliedBiosystems Inc)Para garantir maior qualidade foram geradas sequecircncias nas

duas direccedilotildees com os mesmos primers citados anteriormenteEm adiccedilatildeo algumas

sequecircncias utilizadas neste trabalho foram retiradas do GenBank (Tabela 1)

O programa Geneiousversatildeo 557 criado por Biomatters

(HTTPwwwgeneiouscom) foi utilizado para fazer o alinhamento manual das

sequecircncias usando o software ClustalW A relaccedilatildeo geneacutetica e o padratildeo de distribuiccedilatildeo

espacial dos haploacutetipos foram obtidos a partir da variaccedilatildeo nas sequecircncias do DNA

com o auxiacutelio dos programas DnaSP v5 (Librado e Rozas 2009) e NetWork 4610 de

Bandelt e Foster (1999)Redes de haploacutetipos foram construiacutedas individualmente para

cada gene e para dados concatenados atraveacutes do algoritmomedian-joining Somente

sequecircncias com haploacutetipos uacutenicos foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas do gene

mitocondrialPara as anaacutelises moleculares foram utilizadas 53sequecircnciasdecitb 2

sequecircncias de COI 40sequecircncias de irbp na anaacutelise concatenada (cit b + irbp) foram

utilizadas 37sequumlecircnciasO programa MEGA 50 de Tamuraet al (2011)foi usado para

calcular as divergecircncias inter e intraespeciacuteficas usando o modelo de substituiccedilatildeo

nucleotiacutedica de Kimura 2-paracircmetros (k2p)(Kimura 1980) As filogenias foram

inferidas a partir do programa PhyML 30 de Guindonet al (2010) usando a

plataforma online ATCG Bioinformatics(HTTPwwwatcg-montpellierfr) para o

meacutetodo de Maacutexima Verossimilhanccedila (MV) e o programa BEAST v174 de

Drummond e Rambault (2007)para a anaacutelise de Inferecircncia Bayesiana (IB)Os modelos

de substituiccedilatildeo de nucleotiacutedeos para as anaacutelises de MV e IB foram obtidos no

JModelTest 011 de Posada (2008) O suporte estatiacutestico dos clados para a MV foi

avaliado usando mil replicaccedilotildees de bootstrap Para a inferecircncia das probabilidades

posteriores (BPP)da IB foram utilizadas10 milhotildees de geraccedilotildees com amostragem a

cada mil geraccedilotildees Tambeacutem foram descartada 10 da amostragem o que corresponde

a mil aacutervores

23 - Aspectos morfoloacutegicos ndash Os indiviacuteduos foram alocados agraves espeacutecies

visadas no presente estudo de acordo com os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos

sugeridos por Brant et al(2003) sendo estes comprimento do pelo dorsal cor da

pelagem dorsal e nuacutemero de pelos nas escamas da cauda (Figura 3)Com intuito de

tentar entender o processo de intergradaccedilatildeo da morfologia dos espeacutecimes na regiatildeo de

encontro das duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) (Norte do Espiacuterito Santo e Sul

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 11: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

da Bahia)os caracteres foram aferidos a olho nu ou com ajuda de uma lupa e o

comprimento dos pelos dorsais a partir da regiatildeo posterior do corpo com ajuda de

uma reacutegua milimetradaseguindo as meacutedias das medidas feitas por Brantet al

(2003)Esses trecircs caracteres foram analisados em conjunto com a filogenia e tambeacutem

com a distribuiccedilatildeo geograacutefica das amostras para verificar a congruecircncia e a

contribuiccedilatildeo dos dados na identificaccedilatildeo das espeacuteciesOs espeacutecimes foram ainda

classificados de acordo com as classes de idade segundo Losset al (2011) Satildeo sete

classes sendo classes 1 2 3 e 4 jovens 5 sub-adulto e 6 e 7 adultos de acordo com o

padratildeo de desgaste dos dentes Neste estudo soacute foram utilizados indiviacuteduos das

classes 6 e 7

3- Resultados

As redes de haploacutetipos geradas no progrmaNetWork v4610 (Figura 4) resultaram

em 30haploacutetipos distintos com diversidadehaplotiacutepica de 09552 para o marcador

mitocondrial18haploacutetipospara o marcador nuclear com a diversidade haplotiacutepica de

08905 e 28haploacutetipos na anaacutelise concatenada com a diversidade haplotiacutepica de

09830A lista com todos os haploacutetipos encontra-se no Apecircndice I A rede de

haploacutetipos de citb(Figura 4a)para M (M) demeraraeevidenciou um haploacutetipo

central(H7) pertencente a vaacuterios espeacutecimes de localidades diferentes (Porto Seguro

Itacareacute Caravelas e Andaraiacute) que se dispersou e deu origem a outros

haploacutetiposTambeacutem um outro haploacutetipo mais divergente (H8) que eacute associado ao

espeacutecime LPC 898 (Alagoas) mais distante geograficamente Para M (M)

paraguayana houve estruturaccedilatildeo biogeograacutefica (esses agrupamentos seratildeo descritos

posteriormente pois satildeo anaacutelogos aos clados da filogenia do mesmo marcador

molecular) ao contraacuterio de M (M) demeraraePara a rede de irbp(Figuras 4b e 7)

houve pouca ou nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica assim como para a anaacutelise

concatenada(Figuras 4c e 8)

Os melhores modelos de evoluccedilatildeo determinado para cada marcador foram

sumarizados na Tabela 3 os quais foram aplicados para inferir as relaccedilotildees

filogeneacuteticas As duas metodologias empregadas para anaacutelises filogeneacuteticas MV e IB

recuperam topologias semelhantesPor isso seratildeo apresentadas apenas as aacutervores da

IB

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 12: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

A filogenia da IB recuperada a partir do DNA mitocondrial do citb obteve vaacuterios

agrupamentos monofileacuteticos conseguindo separar as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica

com alto suporte estatiacutestico (79 Figura 5) Para M (M) demerarae o espeacutecime

LPC 898 do estado de Alagoasficou basal ao clado dos espeacutecimes do estado da

Bahia com uma alta divergecircncia gecircnica de 26 (Figura 5) Para M (M)

paraguayana muitos cladosmonofileacuteticos com estruturaccedilatildeo biogeograacutefica

corroborada pela rede de haploacutetipos foram recuperados todos com alto suporte

estatiacutestico (BPP ge 095) (Figuras 5 e 6)Cladosdescritos por Neves et al (2011) como

os clados Norte do Rio Mucuri (NRM) (incluindo espeacutecimes do estado da Bahia) Sul

do Rio Doce (SRD) (envolvendo espeacutecimes dos municiacutepios Guarapari Viana e Santa

Tereza) e Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) (abrangendo os municiacutepios de Domingos

Martins Cariacica e Viana) tambeacutem foram recuperados neste estudo e seratildeo

empregados com os mesmos nomes (Figura 6) Outros clados recuperados por esta

filogenia foram descritos de acordo com a localizaccedilatildeo geograacutefica das amostras Para

ocladode M (M) demeraraeobteve-se dois agrupamentos O cladoNRMe o clado

Alagoas (AL) com um uacutenico espeacutecime do mesmo estado (Figuras 5 e 6) Para M (M)

paraguayanafoi recuperado um grupo aqui denominado de Centro-Minas Gerais

(CMG) abrangendo municiacutepios de Marlieacuteria Paracatu Nova Ponte Casa Branca e

Felixlacircndia Outro clado irmatildeo ao CMG foi nomeado como Centro-Sul (CSUL) que

engloba o clado SRDS aleacutem dos municiacutepios jaacute citado para este uacuteltimo (SRDS)

tambeacutem abrange municiacutepios de Satildeo Paulo (Cotia Capatildeo Bonito e Sorocaba) Rio de

Janeiro (Parati) e Paranaacute (Diamante do Norte) De forma anaacuteloga o clado SRD eacute

englobado pelo clado Norte de Minas Gerais-Centro Norte do Espiacuterito Santo

(NMG+CNES) envolvendo amostras de municiacutepios do estado do Espiacuterito Santo

(Linhares e Conceiccedilatildeo da Barra) e de Minas Gerais (Satildeo Gonccedilalo do Rio Preto

Turmalina e Berilo) E por uacuteltimo o clado Costa Sul com espeacutecimes de Capatildeo Bonito

ndash SP Gravataiacute ndash RS e Guapimirim ndash RJ (Figuras 5 e 6)

Dentre as amostras do municiacutepio de Turmalina foram utilizados dois indiviacuteduos

(YL 75 e LPC 75) De acordo com o mtDNA os dois espeacutecimes satildeo alocados a

diferentes clados relacionando os mesmos a diferentes espeacutecies YL 75 como M

(M) paraguayana e LPC 75 M (M) demerarae o que configuraria o primeiro

registro de simpatria entre as duas espeacutecies (Figuras 9) A amostra LPC 75

recuperava-se de forma basalem relaccedilatildeo aosclados NRM e AL divergindo 40 dos

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 13: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

mesmos (separados geograficamente por uma pequena distacircncia) e de 41 da

amostra YL 75 sendo que AL diverge 26de NRM em uma grande distacircncia

geograacutefica(Figura 5)Todavia o marcador nuclear(Figura 7) indica que os dois

espeacutecimes pertencem agrave mesma espeacutecie (recuperou-se um clado onde os dois

indiviacuteduos se agrupam com uma baixa divergecircncia gecircnica embora sem suporte

estatiacutestico)Resultado este corroborado pela morfologia desde que LPC 75 possui

claramente uma morfologia de M (M) paraguayana(Figura 9) e pela rede de

haploacutetipos (Figura 4b H3) onde os dois espeacutecimes compartilham o mesmo haploacutetipo

Objetivando-se uma comparaccedilatildeo com outro marcador mitocondrialforam analisadas

sequumlecircncias de COI dos dois espeacutecimes para comparaccedilatildeo com as de cit b Os dois

espeacutecimes divergem 02 de acordo com COI indicando que a sequecircncia decit b de

LPC 75 possivelmente se trata de um pseudogene assim natildeo podendo ser utilizada

para as anaacutelises filogeneacuteticas por natildeo apresentar homologia com as outras sequumlecircncias

O gene nuclear obteve uma filogenia com topologia diferente (Figura 7)da

encontrada para o marcador mitocondrial (Figura 5) O clado mitocondrial de M (M)

demerarae ficou polifileacutetico de acordo com o gene irbpPoreacutem apresenta um clado

com espeacutecimes da Bahiaaqui denominado de clado Bahia - embora haja espeacutecimes

provenientes de outras localidades do estado da Bahia que natildeo estatildeo agrupados com

esse clado (LPC 209 LPC 222 NLP 30 e RM 92)- com alto suporte (BPP = 1)

(Figura 7)Micoureus (M) parguayanatambeacutem mostrou-se polifileacutetico para esse

marcador

A aacutervore concatenada com os dois genes apresentou topologia semelhante agrave do

gene mitocondrial (Figura 8) onde as duas espeacutecies formam agrupamentos

monofileacuteticos(Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012 Costa 2003 Pattonet al

2000)

Dentre os caracteres diagnoacutesticos da morfologia no presente estudo foram

encontradosquatro padrotildees de pelos em escamas (Figura 10)Um padratildeo de quatro

pelos com quatro peloslocalizados lateralmente agrave base da escama de

aproximadamente mesmo tamanho (Figura 9b) outro de quatro pelos com um pelo

central longo ultrapassando a escama posterior e outros trecircs laterais de menor

comprimento(Figura 9c)umpadratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior

comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 14: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

tamanho(Figura 9a) e um com cinco pelos sendo um central de maior comprimento

ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor

comprimento e tamanhos parecidos (Figura 9d)

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos sugeridos por Brant et

al(2003) em conjunto com a filogenia de cit b(Figura 10) verificou-se queMarmosa

(M)demeraraeapresentao padratildeo propostocom trecircs pecirclos nas escamas da cauda

(sempre presente em todos os espeacutecimes examinados) e pelagem dorsal de cor

marrom ou amarronzada mas com variaccedilatildeo consideraacutevel no comprimento de

pelagem Jaacute M (M) parguayananatildeo apresenta nenhum padratildeo quanto ao pelos de

escamas da cauda apesar de possuir pelagem predominantemente cinza ou

acinzentada e comprimento longo de pelos

4- Discussatildeo

41 ndash Marcadores moleculares filogenias e biogeografia

411 ndash Citocromo b e biogeografia

O marcador mitocondrial do citocromo b foi eficiente em recuperar os dois clados

de M (Micoureus) como jaacute descritos por outros autores (Pattonet al 2000 Costa

2003 Dias et al 2010 De La Sanchaet al 2012) com alto valor de BPP (ge95) e uma

divergecircncia interespeciacutefica de 79 entre as duas espeacutecies da Mata Atlacircntica (Figura

5) Esse marcador eacute amplamente utilizado com alto sucesso em construir filogenias

inter e intraespeciacuteficas para diversos grupos de pequenos mamiacuteferos (Lossamp Leite

2011 VossampJansa 2009) Por possuir uma alta taxa de mutaccedilatildeo (quando comparado

com genes nucleares) padratildeo de heranccedila maternal haploidia e natildeo sofrer

recombinaccedilatildeo gecircnica (Avise 1998) esse gene mostra uma alta resoluccedilatildeo mesmo em

niacutevel de espeacutecie

No caso do espeacutecime LPC 75 coletado na Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde no

municiacutepio de Turmalina proacuteximo a zona de contato das duas espeacutecies (localidade

nuacutemero 17 Figura 2 e Tabela 1) haacute a peculiaridade do possiacutevel pseudogene Alguns

estudos reportam erros com as anaacutelises e interpretaccedilotildees filogeneacuteticas devido a co-

amplificaccedilatildeo atraveacutes da PCR de coacutepias nucleares do mtDNA (paraacuteloga) conhecidas

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 15: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

como Numts(Smith et al 1992 Cracraftet al 1998) Essas sequumlecircncias satildeo material

geneacutetico mitocondrial que foi transferido e integrado ao genoma nuclear como

material natildeo-codificante por isso sem relaccedilatildeo de ancestralidade (Bensassonet al

2001) (jaacute que o DNA nuclear estaacute sob efeito de taxas de mutaccedilatildeo mais lentas que o

mtDNA)Vaacuterios outros casos de Numts satildeo relatados pra diversos grupos de

mamiacuteferos placentaacuterios (eg Zhang et al 2006 Triantand De Woody 2008) Lemos

et al (2009) reportam vaacuterias sequumlecircncias de Numts em outros marsupiais didelfiacutedeos

sugerindo que a entrada de mtDNA no genoma nuclear ocorreu em mais de um

evento para o gecircnero Didelphis As uacutenicas diferenccedilas encontradas nas sequumlecircncias do

espeacutecime LPC 75 foram nos pares de base 355 356 e 357 Natildeo houve mudanccedila no

aminoaacutecido codificado (lisina) e natildeo foi encontrado coacutedon de parada Embora Numts

sejam amplamente relatados alguns casos de mtDNA altamente conservados aacutes

vezes mal interpretados como Numts (Rocha et al 2012 Zhang et al 2006) satildeo

encontrados Ainda que haja fortes indiacutecios de que a sequumlecircncia de citb do espeacutecime

LPC 75 seja um pseudogene outros procedimentos como clonagem in vitro satildeo

necessaacuterios para se obter a confirmaccedilatildeo

Na topologia de M (M) demerarae um espeacutecime proveniente de Alagoas foi

recuperado de forma basal em relaccedilatildeo ao clado NRM LPC 898 (com uma

divergecircncia gecircnica de 26 do NRM) (Figuras 5 e 6) Isso pode ser explicado pelo

isolamento geograacutefico entre populaccedilotildees de M (M) demerarae A populaccedilatildeo da qual

esse espeacutecime foi proveniente estaacute mais afastada geograficamente das populaccedilotildees dos

espeacutecimes que formam o clado NRM no estado da Bahia o que pode levar a uma

maior diversificaccedilatildeo das suas moleacuteculas de mtDNA Ou alternativamente pode ser

um artefato de teacutecnica da coleta devido a um hiato geograacutefico O espeacutecime mais ao

norte da Bahia (MCNM 2214) fica distante mais de 600 km do espeacutecime do estado de

Alagoas Novas coletas nesse hiato devem ser realizadas no nordeste a fim de tentar

esclarecer melhor as relaccedilotildees filogeneacuteticas intraespeciacuteficas e o conhecimento sobre a

diversidade desse subgecircnero nessa regiatildeo tatildeo pouco estudada Igualmente a adiccedilatildeo de

novas amostras de outros biomas como a Floresta Amazocircnica Chaco Caatinga pode

ajudar a elucidar essa alta divergecircncia Rocha et al ( 2011) utilizando a mesma

amostra (LPC 898) em uma filogenia mais abrangente com outras espeacutecies do

subgecircnero mostrou que este espeacutecime eacute mais proacuteximo filogeneticamente do clado

com amostras da Amazocircnia do que o clado com amostra da Bahia resultado

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 16: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

semelhante encontrado por Costa (2003) Por (1992) descreveu rotas de migraccedilatildeo

entre Mata Atlacircntica e Amazocircnia Costa (2003) indicou para M (M) demeraraeuma

rota que ligava o nordeste ao sudeste amazonense o que poderia explicar esse

agrupamento Outra possiacutevel explicaccedilatildeo seria a teoria de rios como barreira O Rio

Satildeo Francisco separa os dois clados (AL e NRM) sendo uma bacia grande

potencialmente capaz de atuar como uma barreira fiacutesica para a interrupccedilatildeo de troca de

fluxo gecircnico entre essas populaccedilotildees

Neves et al(2011) indicou o rio Mucuri como limite distribucional entre as duas

espeacutecies do subgecircnero na Mata Atlacircntica Entretanto com a maior amostragem deste

estudo pode-se concluir que esse rio natildeo eacute limite para as duas espeacutecies servindo

como barreira apenas no Corredor Central da Mata Atlacircntica (CCMA) (Figura 6) Isto

porque a distribuiccedilatildeo das duas espeacutecies se estendem para o interior do paiacutese mais

zonas de contato devem existir para aacutereas do Brasil Central assim como a zona de

contato encontrada no CCMA Outros rios podem influenciar localmente as

populaccedilotildees das duas espeacutecies assim como o rio Mucuri no CCMA (Neves et al

2011) Dias et al (2010) por exemplo destaca o rio Jequitinhonha como barreira para

populaccedilotildees do norte de Minas Gerais o que natildeo eacute corroborado pelos dados aqui

apresentados pois observando o mapa da Figura 6 notamos que este rio separa

apenas populaccedilotildees de M (M) demeraraeda Bahia natildeo servindo de barreira para as

duas espeacutecies

Tambeacutem se observou um aumento da aacuterea da distribuiccedilatildeo conhecida para M (M)

paraguayana de acordo com o mapa de localidades marginais apresentado por

Gardner e Creighton (2008) com expansatildeo para o noroeste e norte de Minas Gerais

(localidades 17 18 e 23 Figura 2) Marmosa (M) paraguayana ocorre no municiacutepio

de Paracatu (noroeste do estado de Minas Gerais proacuteximo agrave divisa com Goacuteias) aacuterea

pertencente ao bioma Cerrado mostrando que assim como M (M) demerarae a

espeacutecie pode ocorrer mais comumente do que se acredita em enclaves uacutemidos e matas

de galeria neste bioma De fato outros registros para M (M) demerarae jaacute foram

observados no Cerrado (Rocha et al 2011 Costa et al 2003) assim como para

outra espeacutecie do subgecircnero e M (M) constantiae ao sul da distribuiccedilatildeo(De La Sancha

et al 2012) Na anaacutelise filogeneacutetica as amostras provenientes do Cerrado natildeo se

agruparam agrave exclusatildeo de amostras da Mata Atlacircntica O clado CMG reuacutene espeacutecimes

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 17: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

da Floresta Atlacircntica e do Cerrado por exemplo assim como encontrado por Dias et

al(2010) e amostras de outras localidades do Cerrado como Turmalina (17) Satildeo

Gonccedilalo do Rio Preto (20) e Berilo (23) estatildeo mais proximamente associadas agrave

amostras de localidades da Mata Atlacircntica do que com as demais do Cerrado

presentes nas anaacutelises (Figuras 2 e 6) Para M (M) demerarae outros autores

observaram que o clado da Floresta Atlacircntica eacute mais relacionado com o Cerrado do

que com a Floresta Amazocircnica (Costa 2003 Dias et al 2010 De La Sancha et al

2012) O acima descrito ressalta a importacircncia dessas aacutereas uacutemidas de Cerrado ainda

tatildeo pouco inventariadas e estudadas na histoacuteria evolutiva dos mamiacuteferos ditos como

de Mata Atlacircntica ou Amazocircnicos

Outra hipoacutetese que poderia explicar a atual distribuiccedilatildeo do subgecircnero no bioma

Mata Atlacircntica seria a dos refuacutegios pleistocecircnicos Carnaval amp Moritz (2008) atraveacutes

de modelos paleoclimaacuteticos sugerem a existecircncia de refuacutegios ou aacutereas de

estabilidade na Floresta Atlacircntica durante os periacuteodos de glaciaccedilotildees pleistocecircnicas

quando houve grandes retraccedilotildees de aacutereas florestadas Essa hipoacutetese que poderia

explicar o elevado nuacutemero de endemismo de diversos taacutexons ndashaves lagartos e

preguiccedilas (Cabanneet al 2007 Pellegrino et al 2005 Moraes-Barros et al 2006)-

para essas aacutereas prevecirc a ocorrecircncia de dois grandes refuacutegios acima do rio Doce

refuacutegio da Bahia e acima do rio Satildeo Francisco em Pernambuco A existecircncia desses

refuacutegios poderia explicar os dois clados encontrados para M (M) demerarae no

nordeste da MA NRM e AL (estados da Bahia e Pernambuco respectivamente

Figura 6) Isso pode indicar que as glaciaccedilotildees do pleistoceno foram importantes

eventos vicariantes para separaccedilatildeo das duas linhagens de Marmosa (Micoureus) neste

bioma Rocha et al (2011) afirma ainda que a separaccedilatildeo do cladode Marmosa

(Micoureus)se deu no pleistoceno corroborando esta hipoacutetese

Aleacutem desses fatores outra variaacutevel a ser considerada satildeo as ecorregiotildees nas quais

os cladosde Marmosa (Micoureus)se encontram Os clados NRM e AL de M (M)

demerarae se enquadram em ecorregiotildees com fitofisionomias bem distintas na Mata

Atlacircntica (Figura 6) O Clado NMR se encontra na ecorregiatildeo Floresta Costeira da

Bahia enquanto que o espeacutecime LPC 898 (Clado AL) se encontra na ecorregiatildeo

Floresta Costeira de Pernambuco (WWF 2012) Para os clados de M (M)

paraguayananatildeo houve o mesmo padratildeo ou seja nenhum dos clados se enquadrou

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 18: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

dentro de apenas uma ecorregiatildeo mostrando que este taacutexon estaacute bem adaptado a

diferentes tipos de vegetaccedilatildeo e clima jaacute que tambeacutem possui uma distribuiccedilatildeo com

uma variaccedilatildeo latitudinal maior que M (M) demerarae que por sua vez possui uma

distribuiccedilatildeo com variaccedilatildeo longitudinal maior (Figura 1)

412 ndash Irbp e anaacutelise concatenada

A filogenia do gene nuclear recuperou topologias completamente diferentes das

do mtDNA com clados apicais sem nenhuma estruturaccedilatildeo biogeograacutefica natildeo

recuperando portanto os dois clados mitocondriais que assinalam a divergecircncia entre

as duas espeacutecies descritas (Figura 6) Loss amp Leite (2011) tambeacutem natildeo obtiveram

sucesso ao empregar esse marcador para inferir filogenias de roedores equimiacutedeos

devido a uma baixa taxa de divergecircncia nucleotiacutedica desse gene Outros estudos

tambeacutem reportam uma incongruecircncia entre o mtDNA e outros marcadores

moleculares nucleares (eg Martins et al 2009) alegando tambeacutem uma diferente taxa

de mutaccedilatildeo padrotildees diferentes de segregaccedilatildeo regulaccedilatildeo da transcriccedilatildeo e mecanismos

de reparo

Para a anaacutelise concatenada foi encontrado resultado similar ao do marcador

mitocondrial cit b recuperando cladosmonofileacuteticos de M(M)demeraraee M (M)

paraguayna Isso indica que o mtDNA de M (Micoureus)eacute altamente divergente

quando comparado com irbp a ponto de conseguir recuperar a monofilia de grupos

mesmo com uma matriz de caractere menor que a do gene nuclear como encontrado

por Lossamp Leite (2011) em suas anaacutelises Outros clados tambeacutem recuperados pela

filogenia do gene mitocondrial se mostraram presentes na anaacutelise concatenada

(Figuras 5 e 8) com alta BPP como por exemplo os clados Centro Minas Gerais

(CMG) e Sul do Rio Doce (SRD)

Em anaacutelises preacutevias do marcador cit b o espeacutecime de Turmalina (LPC 75) havia

se agrupado com o clado de M (M) demerarae enquanto que na anaacutelise com genes

concatenados o mesmo espeacutecime se agrupava com a outra espeacutecie irmatilde (Figura 9)

Isso mostra a importacircncia da utilizaccedilatildeo deste tipo de anaacutelise (concatenada) a fim de

uma abordagem mais robusta e consequentemente menor probabilidade de erros De

fato Lossamp Leite (2011) soacute conseguiram resolver politomias basais de roedores

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 19: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

equimiacutedios com a anaacutelise de genes concatenados evidenciando a maior robustez de

uma matriz de dados maior

42 ndash Mapeamento morfoloacutegico ndash

Analisando os caracteres morfoloacutegicos diagnoacutesticos em conjunto com a filogenia

obtida do marcador mitocondrial (Figura 11) podemos tirar algumas conclusotildees Os

uacutenicos caracteres que apresentaram um padratildeo foram a coloraccedilatildeo dos pelos dorsais e

nuacutemero de pelos nas escamas da cauda para M (M) demerarae que possuem a cor

mais amarronzada e trecircs pelos nas escamas Para a espeacutecie da Regiatildeo Nordeste da

Mata Atlacircntica o comprimento do pelo natildeo apresentou padratildeo esperado paraM (M)

demerarae segundo Brant et al (2003) pois espeacutecimes distantes geograficamente da

regiatildeo de encontro com M (M) paraguayana(NLP 30 em Nilo Peccedilanha por

exemplo) onde natildeo se esperaria a intergradaccedilatildeo dos caracteres morfoloacutegicos

possuem pelos do dorso com comprimento longo (uma caracteriacutestica de M (M)

paraguayana Para M (M) paraguayanao caractere mais confiaacutevel foi o

comprimento do pelo dorsal com exceccedilatildeo de alguns espeacutecimes (MCNU 215 e MAM

47 por exemplo) Assim vale notar que M (M) paraguayana antes considerada uma

espeacutecie tipicamente de floresta de latitudes mais baixas ou seja com temperaturas

mais amenas ou sazonalidade menor quando comparada com M (M) demerarae

possui em meacutedia pelos dorsais mais longos ndashFigura 3a- (Brant et al 2003)

Miranda-Ribeiro (1936) fazendo a descriccedilatildeo de um espeacutecime coletado em Angra dos

Reis-RJ relata ldquopelo muito mais longo (forma de montanha)rdquo Esse caractere carece

de mais pesquisas para verificar se essa associaccedilatildeo entre clima mais frio e tamanho

da pelagem dorsal maior estaacute correta para este grupo A coloraccedilatildeo da pelagem dorsal

tambeacutem se mostrou em sua maioria como o esperado (Brant et al 2003

VossampJansa 2003 De La Sancha et al 2012) para a espeacutecie da Mata Atlacircntica do

sudeste (cor acinzentada) O caractere mais polimoacuterfico e portanto menos confiaacutevel

foi o nuacutemero de pelos nas escamas natildeo obtendo um padratildeo para esta espeacutecie

Tate (1933) descreveu um padratildeo de pelos das escamas da cauda para o grupo

Marmosa cinerea como tambeacutem para outros grupos de marsupiais didelfiacutedeos que

inclui Micoureus demerarae (sensu Gardner 1993) Segundo Tate (1933) o grupo

possuiescamas com trecircs pelos um central e dois laterais a esse de aproximadamente o

mesmo tamanho(Figura 3c) sendo esta uma das uacutenicas descriccedilotildees para o caractere

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 20: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

publicada e amplamente utilizada por diversos autores (Voss ampJansa 2009 Brantet

al 2003 Rossi et al 2010) Brant et al (2003) relatou um novo padratildeo de cinco

pelos trecircs centrais de longo comprimento (ultrapassando a proacutexima escama) e dois

laterais a esses(Figura 3d) que atribuiu agrave M (M) paraguayna enquanto o arranjo

com apenas trecircs pelos foi relegado agrave M (M) demerarae No presente estudo foram

apresentados mais quatro polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda

(Figura 9) Todos arranjos com mais de trecircs pelos por escama satildeo atribuiacutedos agrave M (M)

paraguayana A descoberta de novos padrotildees para estas espeacutecies eacute de grande

relevacircncia para o campo da sistemaacutetica do grupo uma vez que este caractere eacute

amplamente utilizado em anaacutelises poreacutem difiacutecil de observar e por isso pouco

discutido Nenhuma referecircncia foi encontrada na literatura para quatro ou cinco pelos

nas escamas da cauda para o gecircnero Marmosa Segundo VossampJansa (2009) em um

estudo com todos marsupiais didelfiacutedeos apenas Lutreolina e Philander possuem

quatro ou mais pelos nas escamas da cauda

Outros caracteres observados por Brant et al (2003) tambeacutem apresentaram

diferenccedilas entre as duas espeacutecies analisadas neste trabalho aleacutem dos outros trecircs

caracteres diagnoacutesticos jaacute discutidos Satildeo elas coloraccedilatildeo da cauda e quatro medidas

cranianas (largura da caixa craniana comprimento da seacuterie molar superior distacircncia

transversal entre molares e largura miacutenima ao niacutevel do pterigoacuteide) embora natildeo

tenham obtido significacircncia estatiacutestica Todos os caracteres analisados por Brant et al

(2003) que mostraram diferenccedilas entre as espeacutecies apresentaram exceccedilotildees

Concluiacutemos que os caracteres diagnoacutesticos apontados por Brant et al (2003)

mesmo utilizados em conjunto natildeo satildeo suficientes para o reconhecimento das

espeacutecies de forma segura se fazendo necessaacuteria a utilizaccedilatildeo da geneacutetica para um

resultado mais embasado Principalmente de espeacutecimes na regiatildeo de encontro de M

(M) demeraraee M (M) paraguayana na divisa entre o norte do Espiacuterito Santo sul

da Bahia e nordeste de Minas Gerais

M (M) demeraraee M (M) paraguayana apresentam consideraacutevel variaccedilatildeo

morfoloacutegica intraespeciacutefica e ocorrem em ampla aacuterea geograacutefica de gradiente

latitudinal e longitudinal consideraacuteveis O gene nuclear utilizado natildeo apresentou

resoluccedilatildeo para a separaccedilatildeo entre amostras das duas espeacutecies Assim poderia-se supor

que as mesmas representassem uma uacutenica espeacutecie com um valor de divergecircncia

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 21: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

gecircnica mitocondrial alta (8 em meacutedia) entre clados regionais como observado para

outros taacutexons irmatildeos de Marmosa (Micoureus) (egGracilinanus em Losset al 2011)

Entretanto o registro de parapatria (Nova Viccedilosa localidade nuacutemero 10 e Conceiccedilatildeo

da Barra localidade nuacutemero 25 separadas por cerca de 100 km) para dois clados tatildeo

divergentes e o fato de que o clado do nordeste de M(M) demerarae eacute mais

proximamente relacionado a clados da Amazocircnia sugere que os dois agrupamentos

monofileacuteticos encontrados na Mata Atlacircntica representem realmente duas espeacutecies

distintas

Referecircncias

AVISE J C The history and purview of phylogeography a personal reflection

Molecular Ecology v 7 p 371-379 1998

BANDELT H-J FORSTER P ROumlHL A Median-joining networks for inferring

intraspecific phylogenies MolBiolEvol v16 n 1 p 37-48 jan1999

BATES J M HACKETT S J amp CRACRAFT J Area-relationships in the

neotropical lowlands a hypothesis based on raw distributions of passerine birds

JournalofBiogeography v 25 n 4 p 783-793 jul 1998

BRANT F C COSTA L P LEITE Y L R Variaccedilotildees morfoloacutegicas na pelagem e

no cracircnio da cuiacuteca Micoureusdemerarae (DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE)

suas implicaccedilotildees sistemaacuteticas In CONGRESSO BRASILEIRO DE

MASTOZOOLOGIA 2 2003 Belo Horizonte ResumoBelo Horizonte UFMG

2003 p 283-284

BENSASSON D ZHANG D X HARD D L HEWITT G M Mitochondrial

pseudogenes Evolution‟smisplacedwitnesses TrendsEcolEvol v 16 p 314-321

2001

CABANNE G S SANTOS F R amp MIYAKI C Y Phylogeography of

Xiphorhynchusfuscus (Passeriformes Dendrocolaptidae) vicariance and recente

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 22: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

demographic expansion in Southern Atlantic forest Biological Journal of the

Linnean Society v 91 n 1 p 73-84 mai 2007

CALDARA V JR Identidade taxonocircmica e variaccedilatildeo geograacutefica dos ouriccedilos-

cacheiros do leste do Brasil (Mammalia Erethizontidae Sphiggurus) 2008 68f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) - Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2008

CARNAVAL A C O Q amp MORITZ C Historical climate modelling predicts

patterns of current biodiversity in the Brazilian Atlantic forest Journal of

Biogeography v 35 n 7 p 1-15 jul 2008

CARNAVAL A C O Q et al Stability predicts genetic diversity in the Brazilian

Atlantic forest hotspot Science v 323 n 5915 p 785-789 fev 2009

CHARLES-DOMINIQUE P ATRAMENTOWICZ M GERARD H et al

Lesmammiferesfrugivoresarboricolesnocturnes d‟une forecirctguyanaises inter-

relatonsplantes-animaux Revue drsquoEcologie Terre et La Vie v35 n 1 p 341-345

fev 1981

COSTA L Pet al Biogeography of South American Forest Mammals Endemism

and Diversity in the Atlantic Forest Biotropica v 32 n 4b p 872-881 dez 2000

COSTA L P Phylogeography Studies on Neotropical Small Mammals Tese

(PHD in Integrative Biology) Graduate division of the University of California

Berkeley 2001

COSTA LP The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of

Brazil a study of molecular phylogeography with small mammals Journal of

Biogeography v 30 n 1 p 71-86 jan 2003

CRACAFT J FEINSTEIN J VAUGHN J HELM-BYCHOWSKY K Sorting

out tigers (Pantheratigris) Mitochondrial sequences nuclear inserts systematics and

conservation genetics AnimConserv v 1 p 139-150 1998

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 23: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

DE LA SANCHA NU et al Systematic of the subgenus of mouse opossums

Marmosa(Micoureus) (Didelphimorphia Didelphidae) with noteworthy records from

Paraguay Mammalian Biology v 77 n 4 p 229-236 jul 2012

DIAS I M G et al Delineating geographic boundaries of the woolly mouse

opossums Micoureusdemeraraeand Micoureusparaguayanus (Didelphimorphia

Didelphidae)Conservation Genetics v 11 n 4 p 1579-1585 jul 2010

DRUMMOND A J RAMBAUT A ldquoBEAST Bayesian evolutionary analysis by

sampling treesrdquo BMC Evol Biol v 7 n 1 p 214 nov 2007

ESTEEVES T E et al Genetic analyses reveal hybridization but no hybrid swarm in

one of the world‟s rarest birds Molecular Ecology v 19 n 23 p 5090-5100 nov

2010

GARDNER A L Order Didelphimorphia In WILSON D E REEDER D M

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

2 Ed Washington and London Smithsonian Institution Press 1993 p 15-23

GARDNER AL Order Didelphimorphia In WILSON DE REEDER DM

(Eds) Mammals Species of the World A Taxonomic and Geographic Reference

3 ed The Johns Hopkins University Press Baltimore 2005 p 3-18

GARDNER AL CREIGHTON GK Genus Marmosa Lesson 1842 In

GARDNER AL (Ed) Mammals of South America 2 ed University of Chicago

Press Chicago 2008 p 74-82

GUIDON S DUFAYARD J-F LEFORT V ANISOMOVA M HORDUK W

GASCUEL O New algorithms and Methods to estimate Maximum-Likelihood

Phylogenies Assessing the Performance of PhyML 30 Systematic Biology v 59 n

4 p 307-321 mar 2010

GUTIEacuteRREZ E E JANSA S A VOSS R S Molecular Systematics of Mouse

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 24: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Opossums (Didelohidae Marmosa) Assessing Species Limits using Mitochondrial

DNA Sequences with Comments on Phylogenetic Relationships and Biogeography

Bulletin of the American Museum of Natural History v 3692 n 22 p 1-22 jun

2010

HEBERT P D N CYWINSKA A BALL S L WAARD J R Biological

Identifications through DNA barcodes Proceedings of the Royal Society of London

B Biological Sciences v 270 p 313-321 2003

HUELSENBECK J P RONQUIST F MrBayes Bayesian inference of

phylogenetic trees Bioinformatics Applications Note v 17 p 754-755 nov 2001

JANSA S A FORSMAN J F VOSS R S Different patterns of selection on the

nuclear genes IRBP and DMP-1 affect the efficiency but not the outcome of

phylogeny estimation for didelphid marsupials Molecular Phylogenetics and

Evolution v 38 n 23 p 363-380 jul 2006

KIMURA M A single method for estimating evolutionary rate of base substitutions

through comparative studies of nucleotide sequencesJ Mol Evol v16 p 111-120

1980

LEITE Y L R Evolution and Systematics of the Atlantic Tree Rats genus

Phyllomys (Rodentia Echimyidae) with Description of Two New SpeciesUniversity

of California Publications in Zoology v 132 p 1-118 2003

LEMOS B CANAVEZ F MOREIRA M A M Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of the opossum genus Didelphis (Marsupialia

Didelphidae)J Hered v 90 p 543-547 1999

LIBRADO P ROZAS J DnaSP v5 a software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data Bioinformatics v 25 n 11 p 1451-1452 apr 2009

LOSS S et al Geographic variation phylogeny and systematic status of

Gracilinanusmicrotarsus (Mammalia Didelphimorphia Didelphidae)Zootaxa v

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 25: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

2761 p 1-33 2011

LOSS A C amp LEITE Y L R Evolutionary diversification of Phyllomys (Rodentia

Echimydae) in the Brazilian Atlantic ForestJournal of Mammalogy v 92 n 6 p

1352-1366 2011

MARTINS F M TEMPLETON A R PAVAN A C O KOHLBACH B

CMORGANTE J S Phylogeography of the common vampire bat

(Desmodusrotundus) Marked population structure Neotropical Pleistocene

vicariance and incongruence between nuclear and mtDNA markers BMC

Evolutionary Biology v 9 p294 dec 2009

MEDRANO J F AASEN E amp SHARROW L DNA extraction from nucleated

red-blood cellsBiotechniques v 8 p 43 feb 1990

MIRANDA-RIBEIRO A Didelphia ou Mammalia-Ovovivipara Marsupiaes

Didelphos Pedimanos ou Metatherios Revista do Museu Paulista v 20 p 245-427

1936

MORAES-BARROS N et al

ComparativephylogeographyoftheAtlanticforestendemicsloth (Bradypustorquatus)

andthewidespreadthree-toedsloth (Bradypusvariegatus) (Bradypodidade Xenarthra)

Geneacutetica v 126 p 189-198 jan 2006

MORITZ C amp FAITH DP Comparative phylogeography and the identification of

genetically divergent areas for conservation Molecular Ecology v 7 p 419-429

1998

NEVES A S Investigaccedilatildeo sobre uma zona de sutura no corredor central da

mata atlacircntica a partir da filogeografia de pequenos mamiacuteferos 2011 123 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Bioloacutegicas) ndash Universidade Federal do Espiacuterito

Santo Vitoacuteria 2011

PATTON J L SILVA M N F da MALCOM J R Mammals of the Rio Juruaacute

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 26: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

and the evolutionary and ecological diversification of AmazoniaBulletin of the

American Museum of Natural History v 244 p 1-36 2000

PATTON J L amp COSTA L P Molecular phylogeography and species limits in

rainforest didelphid marsupials of South America In JONES M DICKMAN C

ARCHER M (Eds) Predators with pouches the biology of carnivorous

marsupials 1 Ed CSIRO publishing Collingwood 2003 p 63-81

PELLEGRINO K C M et al Phylogeography and species limits in the

Gymnodactylusdarwinii complex (Gekkonidae Squamata) genetic structure

coincides with river systems in the Brazilian Atlantic Forest Biological Journal of

the Linnean Society v 85 p13ndash26 2005

POR F D Sooretama the Atlantic rain forest of Brazil SPB Academic Publishing

The Hague p 130 1992

POSADA D jModelTest Phylogenetic Model Averaging Molecular Biology and

Evolution v 25 p 1253-1256 2008

ROCHA R G et al Diversificaccedilatildeo Evolutiva no Brasil Central onde a

Amazocircnia e o Cerrado se encontram 2011 Tese (Doutorado em Biologia) ndash

Universidade de Aveiro Aveiro 2011

ROCHA R G LEITE Y L R FERREIRA E JUSTINO J COSTA L P

Highly conserved d-loop sequences in wolly mouse opossums Marmosa (Micoureus)

Mitochondrial DNA v 23 n 2 p 77-83 apr 2012

ROSSI R V VOSS R S LUNDE D P A revision of the Didelphid marsupial

genus Marmosa part 1 The species in Tate‟s bdquomexicana‟ and bdquomitis‟sections and

other closely related forms Bulleting of the American Museum of Natural History

v 334 p 1-83 jun 2003

SMITH M F THOMAS W K PATTON J L Mitochondrial DNA-like

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 27: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

sequences in the nuclear genome of an akodontine rodent MolBiolEvol v 9 p 204-

215 1992

SMITH M F amp PATTON J L Diversification of South American muroid rodents

evidence from mitochondrial DNA sequence data for the akondotine tribe Biological

Journal of the Linnean Society v 50 p 149-177 1993

STANHOPE M J CZELUSNIAK J ST S J NICKERSON J GOODMAN M

A molecular perspective on mammalian evolution from the gene

encondinginterphotoreceptor retinoid binding protein with convincing evidence for

monophyly Molecular Phylogenetics and Evolution v 1 p148-160 1992

TAMURA K PETERSON D PETERSON N STECHER G NEI M AND

KUMAR SMEGA5 Molecular Evolutionary Genetics Analysis using Maximum

Likelihood Evolutionary Distance and Maximum Parsimony MethodsMolecular

Biology and Evolution v 28 p 2731-2739 2011

TATE G H H A Systematic Revision of the Genus MarmosaBulletin American

Museum of Natural History v 66 n 1 p 53-70 Aug 1933

TCHAICKA L et al Phylogeography and population history of the crab-eating fox

(Cerdocyonthous)Molecular Ecology v 16 p 819ndash838 2007

TRIANT D A DE WOODY J A Molecular analyses of mitochondrial

pseudogenes within the nuclear genome of arvicoline rodentsGenetica v 32 n 1 p

21-33 2008

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic studies on didelphid marsupials II Non

molecular data and new IRBP sequences separate and combined analyses of

didelphine relationships with denser taacutexon sampling Bulleting of the American

Museum of Natural History v 76 p 1-82 2003

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 28: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

VOSS R S amp JANSA S A Phylogenetic relationships and classification of

didelphid marsupials and extant radiation of New World methatherian

mammalsBull Am Mus Nat Hist v 322 p 1-177 jun 2009

WWF Brasil Fundo mundial da

NaturezaDisponiacutevelemhttpwwwwwforgbrAcessoemDezembro de 2012

ZHANG D X HEWITT G M Nuclear integrations Challenges for mitochondrial

DNA markers Trends EcolEvol v 11 p 247-251 1996

ZHANG D X ZHANG Z SHEN F HOU R LV X BISONG Y Highly

conserverd d-loop-like nuclear mitochondrial sequences (Numts) in tiger

(Pantheratigris) J Genet v 85 p 107-116 2006

Apecircndice I

Haploacutetipos do marcador mitocontrial (citb)

Haploacutetipo1 [SLF291YL449SLF162SLF169MBML2309 LPC1189] Haploacutetipo2

[JEQ01YL75 TAX 01 LPC61] Haploacutetipo3 [LPC1286 LPC1288] Haploacutetipo4

[MCNM 2214MCNM 2224] Haploacutetipo5 [RM 120RM 116] Haploacutetipo6

[SLF76SLF96SLF91] Haploacutetipo7 [SLF64SLF66SLF70SLF71 LPC209

LPC222RM 109RM 219SLF22] Haploacutetipo 8 [LPC 898] Haploacutetipo 9 [CAM 50]

Haploacutetipo 10 [RM 198] Haploacutetipo 11 [RM 108 RM 92] Haploacutetipo 12 [NLP 30]

Haploacutetipo 13 [CRB 1287] Haploacutetpo 14 [CB 01 YL 81 LPC 86] Haploacutetipo 15

[MCNM 1985] Haploacutetipo 16 [RP 717 MAM 27 RP 787 RP 136] Haploacutetipo 17

[CTX 2930] Haploacutetipo 18 [LPC 1046] Haploacutetipo 19 [MBML 2505] Haploacutetipo 20

[LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo 21 [MBML 2370] Haploacutetipo 22 [LPC 975]

Haploacutetipo 23 [MCNU 215] Haploacutetipo 24 [LPC 326] Haploacutetipo 25 [LPC 792]

Haploacutetipo 26 [AP 23] Haploacutetipo 27 [MAM 47] Haploacutetipo 28 [YL39] Haploacutetipo

29 [LP 47] Haploacutetipo 30 [LPC 106]

Haploacutetipos do marcador nuclear (IRBP)

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 29: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Haploacutetipo 1 [MCNM 1985] Haploacutetipo 2 [LPC 61] Haploacutetipo 3 [LPC 75 YL 449

LPC 1286 RP 471 RP 717 YL 75 LPC 1185 SLF 291 TAX 01 MAM 47]

Haploacutetipo 4 [YL 445] Haploacutetipo 5 [LPC 326 YL 81] Haploacutetipo 6 [LPC 1046]

Haploacutetipo 7 [LPC 1006 LPC 975 LPC 986 SLF 169 LPC 86] Haploacutetipo 8 [RP

353] Haploacutetipo9 [RP 787] Haploacutetipo 10 [RP 136] Haploacutetipo 11 [NLP 30]

Haploacutetipo 12 [RM 92 SLF 96SLF 91 SLF 66 SLF 22 SLF 64 SLF 70] Haploacutetipo

13 [SLF 162] Haploacutetipo 14 [SLF 76] Haploacutetipo 15 [LPC 1189] Haploacutetipo 16

[LPC 1288] Haploacutetipo 17 [LPC 209] Haploacutetipo 18 [LPC 222]

Haploacutetipos dos marcadores nuclear e mitocondrial (genes concatenados)

Haploacutetipo1 [LPC 209] Haploacutetipo 2 [LPC 222] Haploacutetipo 3 [SLF 96 SLF 91]

Haploacutetipo 4 [LPC 1185 YL 449 SLF 291] Haploacutetipo 5 [MCNM 1985] Haploacutetipo

6 [RP 136] Haploacutetipo7 [LPC 61] Haploacutetipo 8 [LPC 326] Haploacutetipo 9 [YL 445]

Haploacutetipo 10 [SLF 70 SLF 66 SLF 22] Haploacutetipo 11 [LPC 975] Haploacutetipo 12

[LPC 1046] Haploacutetipo 13 [LPC 1006 LPC 986] Haploacutetipo14 [LPC1286]

Haploacutetipo15 [LPC 86] Haploacutetipo16 [MAM 47] Haploacutetipo17 [SLF

169]Haploacutetipo18 [TAX 01YL75] Haploacutetipo19 [LPC1189]Haploacutetipo20 [RP 717]

Haploacutetipo21 [SLF162] Haploacutetipo22 [YL81] Haploacutetipo23 [SLF76] Haploacutetipo24

[NLP30] Haploacutetipo25 [RP787]Haploacutetipo26 [LPC1288]

Apecircndice II

Espeacutecimes utilizados e localidades

BRASIL ndash Alagoas Satildeo Joseacute da Laje Usina de Serra Grande Mata do Brejo (LPC

898 ndash 8ordm57‟20rdquoS36ordm3‟56rdquoW) Amazonas Nova Empresa margem esquerda Rio

Juacuterua (JLP 15435 ndash 6ordm 48‟S70ordm 43‟ 59rdquoW) Bahia Andaraiacute Fazenda Santa Rita 8

km (LPC 209 LPC 222 ndash 12ordm48‟6rdquoS41ordm15‟41rdquo) Camamu (CAM 50) Caravelas

Fazenda Espada Ilha Ilha da Cassumba (SLF 70) Caravelas Fazenda Monte Castelo

(SLF 64 SLF 66 ndash 17ordm47‟40rdquoS39ordm15‟50rdquoW) Itacareacute Fazenda Rio Capitatildeo (RM 108

RM 109 ndash 14ordm20‟37rdquoS39ordm5‟13rdquoW) Itamari Fazenda Satildeo Roque (RM198 ndash

13ordm51‟54rdquoS39ordm40‟22rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Elma (SLF 22 SLF 96 ndash

17ordm58‟32rdquoS39ordm33‟53rdquo) Nova Viccedilosa Fazenda Joatildeo Guardo (SLF 76 ndash

17ordm58‟44rdquoS39ordm34‟2rdquoW) Nova Viccedilosa Fazenda Tucum (SLF 91 ndash

17ordm58‟29rdquoS39ordm33‟45rdquoW) Porto Seguro Parque Nacional do Pau Brasil (RM 219 ndash

16ordm30‟44rdquoS39ordm18‟13rdquoW) Salvador (MCNM 2214 MCNM 2224) Una Fazenda

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 30: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Bolandeira 1 kmS (LPC 106 ndash 15ordm21‟S39ordm0‟W) Una Reserva Bioloacutegica de Uma

(RM 92 ndash 15ordm10‟19rdquoS39ordm3‟40rdquoW) Uruccediluca Fazenda Catitu (RM 120 ndash

14ordm25‟27rdquoS39ordm3‟38rdquoW) Valenccedila (VAL 08) Espiacuterito Santo Cariacica Reserva

Bioloacutegica de Duas Bocas Alto Alegre (LPC 1006 LPC 1046 ndash

20ordm16‟52rdquoS40ordm31‟19rdquoW) Conceiccedilatildeo da Barra Floresta Nacional do Rio Preto (LPC

1286 LPC 1288 - 18ordm21‟19rdquoS39ordm50‟39rdquoW) Domingos Martins Pedra Azul

Hidreleacutetrica Satildeo Pedro (MBML 2505 ndash 20ordm21‟48rdquoS40ordm39‟33rdquo) Guarapari (MBML

2309 ndash 20ordm40‟S40ordm29‟51rdquo) Linhares Fazenda Bom Conselho (MBML 2370 ndash

19ordm23‟28rdquoS40ordm4‟20rdquoW)Linhares Reserva Natural da Vale do Rio Doce (TAX 01 ndash

19ordm6‟42rdquoS40ordm10‟16rdquoW) Linhares Fazenda Santa Terezinha 33 km NE (YL 39 ndash

19ordm8‟S39ordm57‟W) Santa Tereza Estaccedilatildeo Bioloacutegica Santa Luacutecia (YL 445 YL 449 ndash

19ordm58‟10rdquoS40ordm32‟24rdquoW) Viana Caracas (SLF 291) Viana Fazenda Boa Baixa

(SLF 162 SLF 169 ndash 20ordm23‟S40ordm27‟W) Viana Pimenta (LPC 975 LPC 986 ndash

20ordm22‟44rdquoS40ordm28‟5rdquoW) Viana Ribeira (LPC 1185 LPC 1189 ndash

20ordm22‟35rdquoS40ordm27‟30rdquoW) Minas Gerais Berilo Usina Hidreleacutetrica de Irapeacute (JEQ

01) Casa Branca Rola Moccedila (CB 01) Felixlacircndia Fazenda Santa Cruz (AP 23 ndash

18ordm46‟14rdquoS45ordm8‟34rdquoW) Marlieacuteria Parque Estadual do Rio Doce 13 km E (LPC 86

YL 81 ndash 19ordm43‟S42ordm39‟W) Nova Ponte Fazenda Capatildeo da Onccedila 11 km E (LPC 326

ndash 19ordm9‟5rdquoS47ordm33‟45rdquoW) Paracatu Usina Batalha ( MCNM 1985) Satildeo Gonccedilalo do

Rio Preto Parque Estadual do Rio Doce 15 km S (18ordm9‟S43ordm23‟W) Turmalina

Estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Acauatilde 17 km N (LPC 75 YL 75 ndash 17ordm8‟S42ordm46‟W) Paranaacute

Diamante do Norte (CTX 2930 ndash 22ordm37‟S52ordm51‟W) Rio de Janeiro Guapimirim

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CRB 1287) Parati Tarituba (LP 47 ndash

23ordm13‟S44ordm42‟W) Rio Grande do Sul Gravataiacute Morro Agudo (MCNU 215) Satildeo

Paulo Capatildeo Bonito Fazenda Intervales (MAM 27 MAM 47 ndash

24ordm19‟59rdquoS48ordm25‟W) Capatildeo Bonito Fazendo Sakamoto (RP 136 ndash

24ordm10‟447rdquoS48ordm14‟17rdquoW) Cotia Big Vale (RP 717 ndash 23ordm47‟4rdquoS47ordm0‟192rdquoW)

Cotia Chave (RP 471 ndash 23ordm42‟51rdquoS47ordmW) Cotia Psicoacutetica (RP 787 ndash

23ordm41‟45rdquoS46ordm57‟16rdquoW) Cotia Ruth (RP 353 ndash 23ordm40‟43rdquoS46ordm59‟13rdquoW)

Sorocaba Floresta Nacional de Ipanema 20 km NW (LPC 792 ndash

23ordm26‟7rdquoS47ordm37‟41rdquoW)

Figuras

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 31: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 1Aacuterea de ocorrecircncia das seis espeacutecies de Marmosa (Micoureus) Modificado de DelaSancha (2012)

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 32: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das amostras de tecidos de espeacutecimes utilizados nas anaacutelises geneacuteticas para as duas espeacutecies de Marmosa (Micoureus) A

lista das localidades especiacuteficas encontra-se na Tabela 1 com nuacutemeros correspondentes Ciacuterculos em azul identificam as amostras de M (M)

paraguayana e em vermelho as de M (M) demerarae

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 33: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 3 Ilustraccedilatildeo de caracteres diagnoacutesticos segundo Brant (2003) a)Comprimento do pelo dorsal Agrave esquerda M (M)demerarae (pecirclo curto) e agrave direita M (M)paraguayana (pecirclo longo) b)Coloraccedilatildeo da pelagem dorsal Agrave esquerda M (M) demerarae (pecirclo amarronzado) e agrave direita M (M) paraguayana (pecirclo acinzentado) c)e d)Nuacutemero de pecirclos nas escamas da cauda (modificado de Tate 1933) c)M (M)

demerarae (grupo Cinerea) (3 pecirclos) e d)M (M)paraguayana (5 pecirclos)

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 34: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 4 Rede de haploacutetipos para cada marcador a) cit b b) irbp e c) genes concatenados Em azul haploacutetipos de M (M) paraguayana e em vermelho haploacutetipos de M (M) demerarae segundo o mtDNA Lista com os haploacutetipos

encontra-se no apecircndice Asterisco no haploacutetipo H3 na rede ilustrada em b identifica o haploacutetipo compartilhado entre os espeacutecimes YL75 e LPC 75

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 35: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 5 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para esse marcador dentro dos clados Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae Nuacutemero entre parecircnteses representam as

localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 36: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 6 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o gene Cit b Em amarelo Clado Alagoas (AL) em laranja Clado Norte do Rio Mucuri (NRM) em azul ciano Clado Centro Minas (CMG) em verde Clado Centro

Sul (CSUL) que envolve o Clado Sul do Rio Doce Serrana (SRDS) em roxo Clado Norte Minas + Centro Norte Espiacuterito Santo englobando o clado Sul do Rio Doce e em rosa Clado Costa Sul Porcentagens

mostra a divergecircncia gecircnica dentro os clados

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 37: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 7 Aacutervore de IB para o gene IRBP Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA O asterisco chama atenccedilatildeo para os espeacutecimes YL 75 e LPC 75 que compartilham

o mesmo haploacutetipo de DNA nuclear (H3 na Fig 4b) e divergem entre si em 005Porcentagens representam as divergecircncias

gecircnicas para esse marcador dentro dos cladosNuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I)

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 38: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 8 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para os genes concatenados Ciacuterculos pretos nos noacutes significam BPP ge 095 Em azul M (M) paraguayana e

em vermelho M (M) demerarae segundo o mtDNA Nuacutemero entre parecircnteses representam as localidades (Figura 2 e Tabela 1) e entre colchetes os respectivos haploacutetipos dos espeacutecimes (lista com todos os haploacutetipos se encontra no Apecircndice I) Porcentagens representam as divergecircncias gecircnicas para

esse marcador dentro dos clados

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 39: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 9 Aacutervore de IB para Cit b e genes concatenados recuperadas em anaacutelises preacutevias O espeacutecime LPC 75 possivelmente possui um Numt por isso foi retirado das anaacutelises que envolviam o marcador Cit b Os espeacutecimes simpatricos (LPC 75

e YL 75) destacados em vermelho divergem geneticamente 41 pelo Cit b e 02 pelo COI Estes dois espeacutecimes ficam agrupados na mesma espeacutecie de acordo com a anaacutelise com genes concatenados o que natildeo ocorria para o gene mitocondrial aleacutem de possuiacuterem morfologia tiacutepica de M (M) paraguayana

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 40: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 10 Novos polimorfismos para o caractere pelos nas escamas da cauda descobertos nesse trabalho Padratildeo com trecircs pelos sendo um pelo central de maior comprimento que ultrapassa a escama posterior e dois outros laterais de menor tamanho(a)Padratildeo de quatro pelos com quatro pelos

localizados lateralmente agrave base da escama de aproximadamente mesmo tamanho (b) Quatro pelos com um pelo central longo ultrapassando a escama

posterior e outros trecircs laterais de menor comprimento (c) E um novo estado com cinco pelos sendo um central de maior comprimento ultrapassando a escama posterior e mais dois laterais de cada lado do central de menor comprimento e tamanhos parecidos (d) Os padrotildees b) c) e d) foram encontrados

exclusivamente em M (M) paraguayana e a) emM (M) paraguayana e M (M) demerarae

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 41: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Figura 11 Aacutervore de Inferecircncia Bayesiana para o marcador molecular Cit b com estados de caracteres morfoloacutegicos plotados ao

lado de cada espeacutecime identificadas pelas localidades de coleta e nuacutemero dos haploacutetiposcorrspondentes Em azul M (M) paraguayana e em vermelho M (M) demerarae

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 42: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Tabela 1 Lista de espeacutecimes de Marmosa (Micoureus)utilizados com seus respectivos nuacutemeros de coleta (Coacutedigo Amostra) nuacutemero de acesso do GenBank localidades nomes

empregados nas aacutervores (Descriccedilatildeo) (nuacutemero em parecircnteses eacute referente agrave localidade do espeacutecime) espeacutecie (de acordo com o DNA mitocondrial) e nuacutemero das localidades usadas nos mapas deste trabalho Amostras em azul foram usadas exclusivamente para o Cit b e em vermelho exclusivamente para irbp Em rosa espeacutecime (YL 75) cujo foi sequenciado o

COI para comparaccedilatildeo com outro espeacutecime simpaacutetrico aleacutem de todos os outros marcadores Em verde espeacutecime (LPC 75) que possivelmente possui Numt e por isso foi excluiacutedo

das anaacutelises com o Cit b e genes concatenados Os marcadores irbp e COI foram sequenciados para este espeacutecime (LPC 75)

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo

Page 43: Distribuição geográfica da diversidade genética e aspectos ...portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_6386_.pdf · CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS ... Não posso deixar de

Tabela 2 Marcadores e primers utilizados e suas respectivas sequecircncias fonte e perfis das PCR‟s

Tabela 3 Modelo de evoluccedilatildeo paracircmetro gamma proporccedilatildeo de siacutetios invariaacuteveis (Pinvar) distacircncia geneacutetica meacutedia (K2p) nuacutemeros de siacutetios variaacuteveis e nuacutemeros de siacutetios informativos para cada marcador e anaacutelise concatenada

Tabela 4 Divergecircncias gecircnicas para o Cit b entre e dentro dos clados com meacutedia e desvio padratildeo