Distribuição Gratuita Francisco Leite de Bittencourt...

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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 99 - Janeiro/2010 Distribuição Gratuita Não Tema a Tempestade Não Tema a Tempestade A Exaltação da Cortesia A Exaltação da Cortesia Homenagem a Dona Aparecida Homenagem a Dona Aparecida Destaques: Destaques: Francisco Leite de Francisco Leite de Bittencourt Sampaio Bittencourt Sampaio

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 99 - Janeiro/2010Distribuição Gratuita

Não Tema a TempestadeNão Tema a TempestadeA Exaltação da CortesiaA Exaltação da CortesiaHomenagem a Dona AparecidaHomenagem a Dona Aparecida

Destaques:Destaques:

Francisco Leite de Francisco Leite de Bittencourt SampaioBittencourt Sampaio

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Diante dos acontecimentos deste início de ano, tragédias e calamidades ocupam espaço nos noticiários.

Destruições assolam comunidades inteiras, chocando até mesmo aqueles que se en-contram mais distantes e que, aparentemente, não mantêm nenhuma relação com os en-volvidos.

A atenção é despertada em todos que, de certa forma, abandonam seus afazeres, seu lazer, sua preocupação com o material e o fi nanceiro, para observar, atentamente ou não, o sofrimento de muitas pessoas que perdem a vida ou o necessário teto para a sobrevivência.

O individualismo e a busca por satisfações imediatas são interrompidos, mesmo que momentaneamente, pois é impossível ignorar os fatos.

Do outro lado, mas ainda muito próximos do acontecido, gritos de horror ecoam no de-sespero daqueles que sofrem, sentindo-se ainda sob os escombros.

O pavor do desconhecido, as dores, a sensação sufocante do grande volume de terra sobre seus corpos, já sem vida porém, se sentem como se o espírito ainda utilizasse a matéria densa aqui na Terra.

Mas o tempo do corpo material, agora inerte, já se esgotou. É chegado o momento inadi-ável e necessário do retorno à Pátria Espiritual. O Pai de infi nita Misericórdia, que olha por todos, age com Suprema Sabedoria perante a reencarnação e a experiência de cada um.

A Justiça é plena e não há enganos nas situações inconsoláveis e incompreensíveis para nós, que temos visão reduzida ante os planos do Mais Alto.

As escolhas e atitudes de outrora se deparam com a Lei de Causa e Efeito e, ainda que compulsoriamente, acontece a transferência deste estágio transitório para a realidade espi-ritual, tão pouco lembrada quando se transita na escola da Terra.

Outras regiões onde o conhecimento espiritual está impresso no patrimônio histórico (como lembrete diário à refl exão da transitoriedade) e as oportunidades de reajuste foram lançadas de sobejo sofrem, agora, a ação da Natureza, pois os que lá habitam esquece-ram-se dos valores do espírito e voltam-se tão-somente aos interesses materiais. Ignoram, face às ocupações materiais que se arrastam no dia-a-dia, que é preciso ampliar a visão além do restrito individualismo improdutivo.

Construções arquitetônicas desmoronam no abalo das almas. As trincas nas constru-ções já vêm acontecendo há tempos, mas as pessoas não percebem a estrutura ruir na atmosfera de atitudes impensadas ou, então, no desfi le de mera fachada.

No desinteresse coletivo pelos valores espirituais, rompe-se o elo da organização física com os tesouros espirituais pela ação da Natureza, que segue seu curso necessário, sub-traindo valores históricos, frutos de remota sementeira, para que a região passe a dar o devido valor e importância à sustentação espiritual.

Necessário se fará reconstruir não só os recursos materiais mas, acima de tudo, os ali-cerces espirituais. É o chamado para aqueles que insistem na cegueira para as Verdades Eternas. Surge mais uma oportunidade para aqueles que estão dispostos a buscar a estra-da da iluminação espiritual.

Brotam novas esperanças nos corações e nas mãos daqueles que querem abraçar o trabalho da reconstrução, com o cuidado que desprezaram em prejuízo próprio.

Que aqueles que clamam por socorro, no desmoronamento que os soterrou no abismo invisível, roguem a Jesus que os ampare para que recebam, através das Mães da Espiritua-lidade que estão prontas para acolhê-los em seus corações maternais, a exemplo de Maria, o refazimento necessário.

Que abram os olhos da alma e conseguirão, então, compreender as necessidades desta reencarnação, removendo o véu grosseiro da carne, libertando-se da terra a sufocar-lhes, buscando novos recursos de elevação. Ninguém está só ou abandonado. O recurso da salvação existe para todos.

Que recebam o socorro do Mais Alto e a oportunidade do recomeço agora e sempre!

EditorialÍNDICEeditorial

Grandes Pioneiros: Francisco Leite de Bittencourt Sampaio - Pág. 3

Livro em Foco: Indicações do Caminho - Pág. 7

Cantinho do Verso em Prosa: Vem e Ajuda - Pág. 7

Homenagem: Dona Aparecida - Pág. 8Clube do Livro: Mediunidade e Sintonia

- Pág. 10Tema Livre: Operemos - Pág. 10 Atualidade: Não Tema a Tempestade -

Pág. 11Família: Refazimento - Pág. 12Pegada de Chico Xavier: Autenticidade

Mediúnica - Pág. 13Aconteceu: Festa de Natal - Pág. 14Contos: A Exaltação da Cortesia - Pág.

15Kardec em Estudo: Salvação dos

Ricos - Pág. 16Calendário: Janeiro - Pág. 18

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 11 - nº 99 - Janeiro/2010Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refl etem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim DoniniDiadema - SP - Brasil

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Endereço para correspondênciaCaixa Postal 42Diadema - SP

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E-mail: [email protected] Editorial

Antonio Ceglia RibeiroCladi de Oliveira Silva

Eduardo PereiraFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaIago Santos Muraro

Marcelo Russo LouresNereide Conceição Grecco Ribeiro

Reinaldo GimenezRoberto de Menezes Patrício

Rosangela Araújo NevesRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

Revisão gramaticalA. M. G.

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Imagem da Capahttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/

5/5c/Bittencourt_Sampaio.jpg

ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

Rua Souza Caldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

CNPJ: 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Para podermos entender a preocupação do Plano Es-piritual, com a evolução da Terra e a planifi cação do Alto, muitos foram os livros de mensagens que nos surgiram às mãos, através da mediunidade.

Dos pioneiros que reencarnaram com missões, em todos os campos de atividades, veio a Doutrina Espírita que, além de nos trazer o Consolador prometido por Jesus, mostrou-se em três aspectos diferentes: científi co, fi losófi co e religioso.

Levantada esta questão para Emmanuel, qual desses as-pectos o Espiritismo apontaria como o maior, ele nos dá a resposta como sendo a “Doutrina Espírita um triângulo de forças espirituais” (livro “O Consolador”). Ele ainda explica que a ciência e a fi losofi a se ligam à Terra num nobre princí-pio das investigações humanas, visando o aperfeiçoamento da Humanidade. Mas no aspecto religioso é que se encontra a grandeza divina, por trazer “A restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação defi nitiva do homem, para o seu imenso futuro espiritual.” (Emmanuel).

A Doutrina Espírita também trouxe para a Terra, através da arte, médiuns que transmitiram os mais elevados senti-mentos espirituais, na formação de ideais para a conduta humana.

A pintura, a música, a poesia, mediunicamente vindos do Além, abrem caminhos para se chegar a Deus, de uma for-ma harmônica de paz e de sabedoria.

Muitos foram os espíritos convocados por Jesus para reencarnarem com esses propósitos científi cos, literários e fi losófi cos.

Numa região chamada Laranjeiras, uma localidade da antiga província de Sergipe, reencarna o que se tornou para os meios político, jurídico e religioso, o grande poeta lírico e médium espírita, Francisco Leite de Bittencourt Sampaio.

Reencarnou como fi lho de um negociante português, com o mesmo nome do pai, o que era, até certo ponto, obriga-tório para os pais, que ti-nham orgulho que assim fosse (até pelo machismo existente nessa época); e de dona Maria de Sant’Ana Leite Sampaio, mulher muito afeita aos princípios católicos.

Nasceu Bittencourt Sampaio no dia 1° de feve-reiro de 1834. Os pais, de moral elevada e tementes a Deus, deram-lhe em sua primeira infância toda es-trutura de educação e séria disciplina religiosa. Cres-ceu o menino, mostrando a personalidade espiritual cujo arquivo de reencarna-

ções passadas foram se revelando com o passar dos anos.Sua inteligência superava-se às das outras crianças do

mesmo período escolar. Aprendeu a ler muito cedo e a for-mar trovas elogiadas pelo professores, pelo cabedal de co-nhecimento que as ilustravam, no sentido poético e de teor educativo.

Jovem e muito afoito nos estudos, Bittencourt Sampaio não perdia seu tempo, com os devaneios dos amigos da mesma idade. Enquanto esses queriam diversão, ele se de-bruçava sobre os livros de Direito, de temas políticos, de Jornalismo e de todos os assuntos que se referissem à Arte com todos os seus objetivos: músicas eruditas, teatro lírico com peças bem estruturadas, óperas de compositores fa-mosos; enfi m esse era o mundo que o atraía e ocupava seu campo mental.

Iniciou seus estudos de Direito, na Faculdade de Direito do Recife mas, algum tempo depois, transferiu-se para Aca-demia de São Paulo (atual Faculdade de Direito - Universi-dade de São Paulo).

Na faculdade de São Paulo veio fazer parte de uma turma de nomes notáveis, que muito fi zeram no campo político e da jurisprudência no Brasil, como: Bento Luis de Oliveira Lisboa, Manoel Alves de Araújo, Eleutério da Silva Prado e outros.

Tudo corria bem para Bittencourt Sampaio, satisfeito com os resultados acadêmicos quando, em 1856, começou uma epidemia causada pela “cólera-morbo”, que trouxe um afas-tamento geral entre o povo temeroso com a infecção que se espalhava rapidamente. Bittencourt Sampaio entregou-se de, corpo e alma, a combatê-la e ajudar os enfermos que eram recolhidos em todos os lugares possíveis para abran-dar muitas mortes que se sucediam, principalmente nas ruas, por não terem mais abrigos e lugares para enterrarem os que sucumbiam à doença.

Bittencourt Sampaio buscava, através da fé, for-ças para ajudar os médicos que, pela precariedade dos recursos medicinais, pro-curavam manter a higiene. Era aí, no princípio energé-tico, através da água, que Bittencourt buscava, junto a Deus, o auxílio de que precisava. Ele não sabia explicar, mas sentia que suas mãos fi cavam diferen-tes, ao tocar num recipien-te com água. Até a mediu-nidade de cura começara a afl orar, além de sua fa-cilidade poética e do caris-ma pessoal. Durante todo

Francisco Leite de Francisco Leite de Bittencourt SampaioBittencourt Sampaio

Vista aérea da cidade de Laranjeiras, SergipeVista aérea da cidade de Laranjeiras, Sergipe

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o tempo da epidemia, ele não parou. Os médicos fi caram admirados pelo quanto representava um fi lete de água que Bittencourt deixava correr pelas faces dos doentes, quando muitos se curavam. Ele só agradecia a Deus, em preces ditas em voz alta, para que todos pudessem crer num poder supremo que ultrapassava a ciência médica.

Passado o período epidêmico da “cólera-morbo”, o gover-no imperial quis condecorá-lo com a “Ordem da Rosa”, mas Bittencourt Sampaio recusou essa condecoração porque dizia ele, aos colegas, que fi zera esse trabalho como vo-luntário de uma Ordem pertencente a Deus e não a partido político algum.

Este ato se espalhou por toda a Faculdade de Direito, que lhe fi zeram uma surpresa entre os estudantes e professores com um discurso de “Honra ao Mérito” que também fi cou só em palavras, porque Bittencourt Sampaio não aceitou me-dalha nem coisa alguma material que lhe fosse entregue, dizendo, em agradecimento, que Deus já lhe havia dado a maior “honra”, em ter ajudado com a sobrevivência de mui-tos e a dele próprio.

De todos os lados vinham convites para que Bittencourt Sampaio enriquecesse as notícias dos periódicos existen-tes. Resolveu colaborar com a revista “O Guaraná”, que os estudantes de Direito editavam.

Em São Paulo, forneceu publicações literárias em “A Le-genda”. No “Ateneu Paulistano” com “Ensinos Literários” e também enviava suas colaborações para a “Revista Mensal do Ensino Filosófi co Paulistano” e para o “Correio Paulistano”.

Bittencourt Sampaio era descrito como homem elegan-te e de belos traços físicos, alto, louro, de profundos olhos azuis, cabelos compridos, levemente encaracolados, joga-dos para trás, de aspecto romântico e calmo em suas ati-tudes. A preferência de suas roupas era no estilo da época, principalmente entre os jovens estudantes e dados à inte-lectualidade: casaco azul com botões amarelos, com a gola rebordada, alta. Trazia sempre nas mãos a pasta com suas anotações e pertences de es-tudante e o chapéu, indispen-sável para todas as ocasiões.

Bittencourt Sampaio era afável com todos, mas de pou-cos amigos. Sua conversação não agradava aos jovens e ele não encontrava assuntos porque o seu interesse era discutir os contrastes nas te-orias de Victor Hugo, o futuro literário tão precário, para ele, no Brasil, as ideias de George Sand e seus escritos. O úni-co amigo que acompanhava seus ideais, a respeito da po-esia, música etc. era o senhor

Tavares Bastos.Este se admirava-se da inteligência do rapaz. Tavares

Bastos, mais velho e crítico literário, vira o espírito empreen-dedor de Bittencourt. Por isso, o entendia e a conversa entre eles se estendia até altas horas. Mas o estudante de Direito gostava de saraus, estava sempre presente em festas e não negava sua masculinidade. Isso deixava o senhor Tavares Bastos tranquilo.

Bacharelando-se em 1859, veio exercer a promotoria pública em Itabaiana e em Laranjeiras. E trabalhou, ainda, como inspetor do distrito literário dessas comarcas.

Após o período de experiências que pôde aproveitar em Laranjeiras, Bittencourt queria ir mais longe. Em 1861, ele resolveu sair da província de Sergipe e foi para a antiga cor-te do Rio de Janeiro, onde abriu um escritório de advocacia. Era seu primeiro contato com a profi ssão que escolhera. E a ela se dedicou por muitos anos, aperfeiçoando-se na prática de ouvir o povo, desde o mais simples até o mais poderoso em posses materiais. Com isso, brotou-lhe o desejo de se tornar um político honesto. Filiou-se ao Partido Liberal. Em 1861, foi eleito na província de Sergipe deputado à Assem-bleia Geral Legislativa. Depois de alguns anos, foi nomea-do, por uma carta imperial, para ser presidente do Estado do Espírito Santo e, em 1868, retornou à corte do Rio de Janeiro para cumprir seu mandato no Legislativo.

No ano de 1870, com os rumores acentuados para a Re-pública, ele se juntou aos ideais republicanos e desligou-se do Partido Liberal. Quando Saldanha da Gama, Quintino Bocaiúva e outros lutadores pela causa republicana assina-ram o ardoroso Manifesto para um Brasil livre, Bittencourt Sampaio uniu-se e tornou-se um ferrenho defensor desse manifesto, que procurou transformar num importante docu-mento histórico, sendo muito elogiado por Rui Barbosa e outros que já mencionavam a ideia abolicionista.

Passou a colaborar ativamente, como político, no órgão “A Reforma”, pertencente ao Partido Liberal da Corte. Foi tam-

bém redator do órgão “A República” e aliou-se aos amigos Aristi-des Lobo, Alfredo Pinto, Pompilho de Albuquer-que para fundar o Parti-do Republicano Federal. Isso aconteceu no dia 12 de janeiro de 1873.

Bittencourt Sampaio foi muito respeitado, como jornalista e políti-co, pela elevação, sin-ceridade e cumpridor de seus ideais, deixando claro seus feitos como gostava de se defender, Biblioteca Nacional do Rio de JaneiroBiblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Victor HugoVictor Hugo George SandGeorge Sand Tavares BastosTavares Bastos Saldanha da GamaSaldanha da Gama Quintino BocaiúvaQuintino Bocaiúva

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

dizendo que a política que exercia era em defesa dos mais fracos e não a de se associar aos corruptores e aproveita-dores do poder. Com alta moral, característica de seu estilo de vida, ninguém se opunha a seu mandato.

Após a proclamação da República, foi ele encarregado de inventariar os papéis existentes na Câmara dos Deputados e deixou de fazê-lo em 1890, quando se tornou redator de debates na Assembleia Constituinte.

Bittencourt foi o primeiro administrador da Biblioteca Na-cional do Rio de Janeiro e com o título ofi cial de diretor por-que, até o fi nal do Império, esses titulares eram menciona-dos como “bibliotecários”, permanecendo aí por dois anos.

Embora todas essas atividades: política, jornalística, Bit-tencourt não se descuidava da poesia. Quando escreveu “Flores Silvestres”, o crítico e poeta Silvio Romero, assim analisou sua composição: “Vejo aí duas composições; uma de inspiração local, sertaneja e outra que conduz a um tema geral. Há melodia no verso e gracio-sidade nos quadros que nos levam à nostalgia nas cenas descritas, de uma vida simples, fácil e descuidosa das regiões sertanejas e campesi-nas”.

Para o crítico Macedo Soares, Bittencourt, poeta, é o primeiro e, logo após, Gonçalves Dias.

Apesar de toda essa integração com a advocacia, os meios políticos, literários, o que se sabe é que Bit-tencourt não era indiferente à Doutrina Espírita. Pelo contrá-rio, aos poucos, ele foi assimilando a ideia religiosa, desde que notara a mediunidade de cura.

Ao ingressar na política, teve vários encontros com o en-tão vereador e médico Dr. Bezerra de Menezes. Em 1878, quando o também advogado Dr. Antônio Luis Sayão, rece-beu das mãos do médium Bittencourt Sampaio, uma porção medicamentosa, isto é: dois frascos que foram preenchidos com água e gotas de tinturas homeopáticas, que vieram a salvar sua esposa de uma doença incurável aos olhos da Medicina, atendendo a tantos outros chamamentos medi-únicos, Bittencourt passou a se dedicar com mais atenção ao Espiritismo, estudando a base kardequiana. O próprio Sayão, após esse fato ocorrido com sua esposa, passou a frequentar o grupo onde Bittencourt trabalhou durante anos, com o nome de: “Deus, Cristo e Caridade”. E depois, por divergências entre os colaboradores, quando foi dissolvido esse grupo, Sayão junto com Bittencourt fundou o “Grupo dos Humildes”.

Teve a oportunidade de trabalhar e ouvir a orientação do doutor Bezerra de Menezes, após a fundação da Federa-ção Espírita Brasileira, depois de 1884. Antes de se tornar Federação, era frequentada por espíritas e conhecida como “Grupo Ismael”, criado por Bittencourt Sampaio.

Pesquisadores sobre os primeiros agrupamentos surgi-dos no Rio de Janeiro fazem constar o “Grupo Confúcio”, surgido em agosto de 1873, e que Bittencourt Sampaio já fa-zia parte do mesmo, sendo, inclusive, um de seus diretores.

Em relatos feitos pelo senhor Almeida Nogueira, um dos admiradores do poeta, conta que foi nesse grupo que Bitten-court desenvolveu sua mediunidade receitista e os passes curativos, com remédios homeopáticos. Porém o que cati-vou esse grande poeta, a estudar a Doutrina Espírita, foi a parte da moral cristã, tão bem elucidada por Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”.

Outros afi rmam que, em 1876, Bittencourt fundou a “So-ciedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade” para presidir o que para ele era o mais importante: aprofundar-se nos estudos dos Evangelhos à luz do Espiritismo.

Os estudantes de Direito que frequentaram a faculda-de na mesma época de Bittencourt gravaram na memória

que, no ano de 1858, na sessão fúnebre em homenagem ao lente catedrático da Academia de Direi-to, doutor Gabriel José Rodrigues dos Santos, que ocasionou a todos profunda surpresa pela sua morte repentina, Bittencourt adentrando o auditório onde estava exposto o corpo do querido professor, após alguns segundos em voz comovi-da, declamou de improviso:

Morte! Palavra que traduz mistério!Sombra nas trevas a vagar, perdida!Pálido círio de clarões funéreo!Negro fantasma que se abraça à vida!

Contavam, ainda, que, por muito tempo, esse verso ser-viu de epígrafe aos noticiários fúnebres e também aos dis-cursos em velórios de grandes fi guras literárias.

Sendo Bittencourt Sampaio profundo admirador do pa-triarca da Independência, José Bonifácio de Andrade e Sil-va, quis juntar-se aos escritores e poetas que muito falavam da dedicação de José Bonifácio ao Brasil como: Machado de Assis, Valentim Magalhães e, principalmente, Rui Barbo-sa, a quem ele praticamente dedicou esse verso.

Sim! Ele entrou, de bênçãos radiantes,Pelo portão da luz da eternidade,Qual águia, que, dos céus na imensidade,Livre revoa, tão de nós distante!

Foram muitas as obras publicadas em prosa e verso pelo poeta Bittencourt. Valentim Magalhães, severo crítico da época, chegou a publicar, para os periódicos em que traba-lhava, que Bittencourt era um dos mais admiráveis talentos da literatura brasileira, principalmente naquele período de

Rui BarbosaRui Barbosa Aristides LoboAristides Lobo Silvio RomeroSilvio Romero Bezerra de MenezesBezerra de Menezes Antônio Luis SayãoAntônio Luis Sayão

Allan KardecAllan Kardec Valentim MagalhãesValentim Magalhães

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transição, quando escreveu “Poe-mas da Escravidão”. Parecia, dizia Valentim Magalhães, que o poeta co-nhecia todas as tristezas e segredos dos humanos. E o comparou como representante da escola criada por Goethe e Byron, cujas inteligências superavam as revelações expostas por esses em épocas muito ainda primitivas do ser humano. Mas, como sempre, Deus envolvia para que, re-encarnados, pudessem começar a trazer para a Terra as revelações de um mundo superior, com inteligên-cias voltadas para diferentes cultu-ras. E Bittencourt sabia captar esses mistérios.

Armindo Guaraná, editando o seu “Dicionário Biobiblio-gráfi co Sergipano”, descreveu que a maior obra escrita por Bittencourt foi “A Divina Epopeia de João Evangelista”. Esses versos decassílabos, segundo Guaraná é o quarto Evangelho de João Evangelista. Diz ainda que Bittencourt a completou, escrevendo-a, numa segunda parte, em prosa, encontrando-se em cada um dos cantos poéticos a explica-ção sobre a luz da Revelação Espírita, num longo prefácio questionando a divindade de Jesus.

Em 1895, o poeta dava início a mais uma obra: a Divina Tragédia do Gólgota, mas não conseguiu completá-la.

No dia 10 de outubro de 1895, ele vem a desencarnar no Rio de Janeiro. Mas, como todos aqueles que conseguem desempenhar as missões que lhes são atribuídas durante a reencarnação, logo que retornou à pátria espiritual, con-tinuou a tarefa, através da mediunidade. E, pelo médium Frederico Junior, encontrou Bittencourt afi nidades cristãs e trouxe três obras literárias que foram editadas pela FEB: “Jesus perante a Cristandade”, em 1897. Em 1901, Frederi-co Junior recebeu: “De Jesus para as Crianças” e, em 1907: “Do Calvário ao Apocalipse”.

Todas essas obras passaram pelas mãos dos críticos que conheciam perfeitamente o estilo incomparável de Bitten-court Sampaio e não houve dúvida alguma: eram autênticas.

Isso se deu porque Frederico Junior era um homem sim-ples, sem conhecimento algum de gramática, operário, ho-mem do povo, mas temente a Deus e responsável pelos

trabalhos que executava no “Grupo Espírita Fraternidade”, no Rio de Janeiro.

Bittencourt Sampaio deixou várias obras editadas, quan-do encarnado, destacando-se: “Flores Silvestres”, “A Nau da Liberdade”, “Nossa Senhora da Piedade” e, pela psico-grafi a do médium Francisco Candido Xavier destacam-se as poesias: À Virgem, A Maria, As Filhas da Terra, que fo-ram editadas pela FEB e se encontram no livro “Parnaso de Além-Túmulo” (em sua oitava edição de 1967).

À Virgem

Do teu trono de róseas alvoradas,Estende, mãe bendita, as mãos radiosas,Sobre a angústia das sendas escabrosasOnde choram as mães atormentadas.

Mãe de todas as mães infortunadasCom tua alma de lírios e de rosas,Mitiga a dor das almas desditosasEntre as sombras de míseras estradas.

Anjo consolador dos desterrados,Conforta os corações encarceradosNas algemas do mundo amargo e afl ito.

Ao teu olhar, as lágrimas da guerraE os quadros de amargor, que andam na Terra,São caminhos de luz para o Infi nito.

Bittencourt SampaioMais um emissário de Jesus

Eloísa

• Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Humberto de Campos, Editora FEB, 16ª ed., 1986.

• Grandes Espíritas do Brasil – Zêus Wantuil, FEB, 1ª ed., 1969.

• O Consolador - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora FEB, 6ª ed., 1976.

• Imagens:• http://www.ferias.tur.br/admin/

cidades/8804/g_Vista%20Aérea%20por%20Tito%20Garcez.jpg

• http://lh5.ggpht.com/fi gueira/SLANQ1MlEpI/AAAAAAAADsw/61qql7-VkIc/Biblioteca_Nacional_Rio_de_Janeiro.jpg

• http://pt.wikipedia.org

Bibliografia

Livro “A Divina Epopeia” Editora FEB

Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá também comprar livros

espíritas e ler o Seareiro eletrônico.

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Livro “Jesus Perante a Cristandade” Editora FEB

Livro “O Livro dos Espíritos” Editora FEB

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Repara, além das rosas do teu horto,Onde a luz do teu sonho brilha e mora,Os romeiros que seguem, vida afora,Padecendo afl ição e desconforto.

Infortunados náufragos sem porto,Tristes, rogando a paz de nova aurora,Levam consigo a dor que clama e choraSob as chagas do peito quase morto ...

Não te detenhas!... Vem, socorre e ajudaA multidão que passa, inquieta e muda,Implorando-te amor, consolo e abrigo...

Reparte o pão que te enriquece a mesa,Estendendo o teu horto de beleza,E o Mestre Amado habitará contigo.

Auta de Souza

Vem e AjudaVem e AjudaCultivamos, com o nosso esforço, um jardim e vemos que somos agraciados

com a beleza de fl ores de mil cores que alegram e perfumam o ambiente que nos rodeia.

Como agradecer a Deus por tanta beleza com que Ele nos cerca?Só há uma forma de agradecimento. Olhando pelos que passam, não muito

distantes de nós, que estão sofrendo por não terem o pão, o agasalho, o remédio e como consequência, vêem apagar a esperança de seus corações.

Acendamos esta esperança com o gesto de carinho que ampara.Ninguém nos culpa por possuirmos bens materiais, mas seremos cobrados,

pela nossa consciência, da destinação de tudo o que passou pelas nossas mãos.

Socorrendo o companheiro de jornada evolutiva que, provisoriamente passa por difi culdades, estaremos aproximando ainda mais Jesus de nossa vida e, como consequência, mais fl ores e perfumes enxergaremos à nossa volta.

WilsonBibliografi a: Auta de Souza - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Auta de Souza - Editora IDE.Imagem: http://rover2007.fi les.wordpress.com/2007/06/53-peregrino.jpg

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Reconhecendo que nos “pequenos fras-cos” temos os mais preciosos produtos, en-tendemos o conteúdo do pequeno e imenso livro: “INDICAÇÕES DO CAMINHO”.

No mundo tumultuado em que vivemos atualmente, estamos sempre buscando a indicação de um caminho certo e, quando o encontramos, sentimo-nos mais fortes para segui-lo.

Através de nosso especial amigo, Fran-cisco Cândido Xavier, Carlos Augusto, o Gugu, após seu desencarne, de forma trá-gica ao nosso entendimento, nos presenteia com pensamentos de amor e força, para

enfrentarmos todos os percalços que a vida nos oferece como crescimento espiritual.

Como complemento, temos, prefaciando o livro, Emmanuel, indicando-nos os cami-nhos, mas... para o encontro com o Divino Mestre.

“Não te afl ijas pelas difi culdades naturais do caminho.Tudo melhorará com a bênção de Deus.”

Muito, mas muito mais, descobriremos ao lê-lo.

Convidamos a todos para essa especial caminhada.

Vano

Livro em Focolivro em foco

Indicações do CaminhoIndicações do Caminho

Francisco Cândido XavierEspírito Carlos Augusto

Editora GEEM – 42 páginas

Franciisco CâCânddndidididoo XXaXaXa iviviviererer

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Desencarnou na manhã da terça-feira, 22/12/2009, às 9 horas, em Uberaba-MG, Dona Aparecida Conceição Fer-reira, fundadora do Hospital do Fogo Selvagem. O velório ocorreu na própria instituição. Exemplo de humildade e inesgotável amor ao próximo, Dona Cida, como era chama-da, se transformou em ícone da caridade naquela cidade mineira, sendo admirada pela comunidade em geral e por baluartes do movimento espírita, como Chico Xavier e Dr. Inácio Ferreira.

Chico Xavier também mudou a vida de Aparecida Con-ceição Ferreira, uma enfermeira do Setor de Isolamento da Santa Casa de Misericórdia. Especializada no tratamento de doença contagiosa, ela deu os primeiros passos em direção ao desconhecido, antes mesmo de conhecer o fe-nômeno de Pedro Leopoldo. No dia 8 de outubro de 1958, Aparecida abandonou o emprego para acompanhar doze vítimas de pênfi go foliáceo, o fogo-selvagem, uma doença cujos sintomas se assemelham a labaredas que percorrem o corpo e deixam na pele verdadeiras marcas de queima-dura. No começo, é muito parecido com alguém queimado: aparecem bolhas no peito, nas costas, na cabeça e no ros-to, alastrando-se para o restante do corpo.

Os pacientes, com os cor-pos cobertos de bolhas, mui-tas delas transformadas em crostas, receberam alta do hospital sem qualquer pers-pectiva de cura. A direção considerou o tratamento lon-go e caro demais.

A enfermeira, inconforma-da, pediu demissão e saiu pe-las ruas da cidade em busca de abrigo para as vítimas da doença inexplicável. Febris, algumas com os pés descal-ços, elas deixaram um rastro de sangue pelas calçadas e terminaram a via-crúcis sem ter onde fi car. As pessoas apenas olhavam para o grupo e ace-leravam os passos, sem conseguir disfarçar o nojo.

Aparecida levou as doze pessoas para a própria casa, pois eles não tinham para onde ir. Na época, a doença era considerada contagiosa. Os vizinhos fi caram apavorados. A família, também. O marido não aceitava, nem os fi lhos; daí deram um ultimato: “Ou nós, ou eles” e Dona Cida disse: ”Vocês já estão todos grandes e criados, eles não têm nin-guém, eu fi co com eles”. Foram-se embora de casa, mas, depois, voltaram, compreenderam a tarefa e passaram a ajudá-la.

Os doentes fi caram na casa por quatro dias até alguém, comovido, alugar um barracão, distante duas quadras. A temporada no novo endereço durou o mesmo período. Qua-tro dias depois, a prefeitura cedeu um pavilhão no Asilo São Vicente de Paulo, para os enfermos. Eles poderiam fi car ali durante dez dias, até conseguirem novo abrigo. Os dez dias

se prolongaram por dez anos e, desde a primeira noite, Apa-recida passou a morar com as vítimas do fogo selvagem.

Em 1959, o número de doentes já tinha quadruplicado. Um deles estava louco, descontrolado. Aparecida decidiu pedir socorro a Chico Xavier. Foi até a Comunhão Espírita Cristã com um amigo e o doente e, quando lhe apontaram o espírita, levou um susto. Viu um senhor com a cabeleira branca cortada “à la garçon” e reconheceu a fi gura estam-pada em livros de literatura: era Castro Alves. Chico ainda colocava no papel um poema assinado pelo morto ilustre, quando Aparecida voltou para casa. O doente estava inquie-to demais e não poderia esperar.

Na tarde seguinte, Aparecida teve outra surpresa. Rece-beu de um auxiliar de Chico Xavier dois conjuntos de rou-pas para cada doente: lençóis, fronhas, pijamas, toalhas de rosto e de banho. E ainda ganhou três vestidos e um par de sapatos. Ficou perplexa, pois nem havia conversado com o médium. Na época, cada doente tinha apenas um conjunto de roupas e, após o banho, precisava fi car nu, na cama, enquanto ela lavava e passava as mudas. Sua situa-ção também era precária. Aparecida andava descalça, tinha um único avental. Um detalhe deixou a ex-enfermeira ainda mais impressionada: os sapatos eram de número quarenta, um exagero para mulheres e um absurdo em relação a sua baixa estatura. Como Chico adivinhou?

Na mesma semana, o vidente voltou à cena, desta vez ao vivo

e em cores. Aparecida tentava levantar dinheiro para pagar o óleo de cozinha, tinha gasto doze cruzeiros, quando rece-beu a visita de Chico Xavier. Ele apareceu sozinho e lhe entregou um envelope. Den-tro dele, estavam trezentos cruzeiros, quantia sufi ciente para saldar a dívida e ainda reforçar a despensa. Ela fi cou admirada. Não acreditava em Espiritismo.

O trabalho aumentava a cada ano. Em 1960, se amon-

toavam 187 doentes na enfer-maria de Aparecida. Em 1961, o

número subiu para 363. O pavilhão do São Vicente de Paulo fi cou pequeno demais. A enfermeira colocou na cabeça uma ideia fi xa: iria construir um hospital. Um conhecido lhe ofe-receu um terreno por 300 mil. Aparecida nem pensou duas vezes. Saiu às ruas, com seus doentes, para pedir ajuda. Muita gente se apressava em lavar e desinfetar o chão por onde eles passavam e, mesmo diante deles, esfregavam com álcool as grades tocadas pelas vítimas do fogo selva-gem.

Apesar da resistência geral, Aparecida conseguiu juntar o dinheiro. Comprou o terreno, abriu uma cisterna, cortou ár-vores e lançou a pedra fundamental. Estava pronta para co-meçar a obra. Nem imaginava, mas tinha caído numa arma-dilha: comprara os lotes da pessoa errada. Os proprietários eram outros e estavam dispostos a processá-la por invasão de propriedade alheia. Pior: ela não tinha um documento para provar o pagamento do terreno.

Homenagemhomenagem

Dona AparecidaDona Aparecida

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Voltou à estaca zero. E pediu socorro a Chico Xavier. Bem relacionado, o espírita a encaminhou a um corretor de imóveis, que negociou a compra com os proprietários de verdade. Tudo sairia por 260 mil cruzeiros.

Mais calma, ela voltou até Chico e comunicou: — Vou a São Paulo porque, dizem, lá é só estender a

mão que o povo dá.Chico perguntou se ela conhecia a cidade e ouviu a res-

posta: — Só sei que fi ca para lá.E apontou a direção.Chico lhe deu um cartão endereçado a um radialista.

Aparecida foi à procura dele e tropeçou no dono dos Di-ários Associados, Assis Chateaubriand. Teve muita sorte. O empresário colocou à sua disposição suas emissoras de rádio. A campanha benefi cente arrecadou 720 mil cruzeiros. Aparecida tomou fôlego e avisou a Chico que iria iniciar as obras. Desta vez, ele foi desanimador.

Virá muita tempestade, ainda não é o momento. Aguarde-mos a hora para iniciar a construção.

Aparecida perdeu a paciência. Não iria aguardar hora al-guma. Comprou 22 mil tijolos e começou a acumular o ma-terial. Na semana seguinte, vizinhos pediram tijolos empres-tados. Nunca mais devolveram. A ex-enfermeira se lembrou do conselho de Chico e sossegou.

Em janeiro de 1962, Chico apareceu no hospital com a boa notícia:

— Você pode colocar os ovos para chocar, que agora vêm os pintinhos. Não espere pelos poderes públicos, São Paulo é que vai ajudar.

Em 1964, Aparecida voltou à capital paulista para pedir donativos. Com doentes ao redor, ela começou a abordar os transeuntes em baixo do Viaduto do Chá. Resultado: foi pre-sa por mendigar em nome de entidade fi ctícia. Ficou atrás das grades oito dias, até provar sua honestidade com ates-tados e cartas da Prefeitura, Câmara de Vereadores, juiz e delegado de Uberaba.

Ela levantaria o prédio e seria vítima de acusações cons-tantes: ganhava dinheiro à custa dos doentes; já recebia ajuda de Uberaba. A cada nova sala, os boatos se multipli-cavam. Um dia, Aparecida pensou em parar. Ouviu de Chi-co, já acostumado com a desconfi ança geral, uma contra-ordem fi rme:

— Se desistir, vão dizer que roubou o sufi ciente.Numa tarde, para estimular a ex-enfermeira, ele cometeu

uma rara indiscrição: revelou a Aparecida a última encar-nação dela. Aparecida tinha sido responsável pela morte de muitos “hereges” nas fogueiras da Inquisição. Na atual temporada, ela resgatava sua dívida. Os doentes também. As vítimas do fogo-selvagem, tratadas por ela, tinham obe-decido às suas ordens e incendiado os corpos.

Aparecida se aproximou do Espiritismo. Numa noite, foi a um centro espírita em São Paulo e sentiu vontade de sair de fi ninho. Ninguém a conhecia, mas o presidente da sessão chamou até a mesa a dirigente do hospital do fogo-selva-gem. Queria que ela aplicasse um passe na presidente do centro, vítima de uma paralisia repentina, que a impedia de andar. Aparecida nem se moveu. Nunca tinha dado passe em ninguém. O sujeito devia estar mal informado. No fi m da sessão, ele repetiu o convite. Era o próprio mentor espiritual do centro quem pedia a ajuda de Aparecida.

Ela tomou coragem e se apresentou. Em seguida, subiu três lances de escada para se encontrar com a doente. To-dos se concentraram em torno da cama. Aparecida sentiu

algo estranho nas mãos, no corpo, na cabeça. Sentiu medo. Mesmo assim, com suas rezas, realizou um “milagre”. A do-ente se levantou no dia seguinte e se tornou, não só amiga de Aparecida, como sua companheira em várias campa-nhas de assistência aos doentes do fogo-selvagem. A ex enfermeira mudou. Começou a aplicar passes curadores em seus doentes, com resultados surpreendentes.

O Hospital do Pênfi go viraria Lar da Caridade e, além de vítimas do fogo-selvagem, atenderia a “desamparados em geral”. Aparecida se transformou em mais uma devota de Chico Xavier. Baseou seu tratamento em valores fundamen-tais para o discípulo de Emmanuel: os doentes deveriam trabalhar e estudar, com disciplina, para ter melhoras, e pas-sou a reverenciar o aliado:

— Quando Chico vem ao hospital é como se Jesus che-gasse.

Para Dona Cida, diretora do hospital, o médium mineiro foi como um pai, auxiliando nas difi culdades e levando amor e conforto aos pacientes. Ele vinha ao hospital três vezes por semana, só parou de vir depois que fi cou impossibilita-do. Chico comparecia ao quarto dos doentes, conversava com eles, dava-lhes passes. E conforme ele os aplicava, um perfume saía de suas mãos para os pacientes. Além disso, sempre que estávamos passando por difi culdades, eu lhe pedia um auxílio e ele prontamente nos ajudava, dizia Dona Cida.

Após a desencarnação de Chico Xavier, as doações dimi-nuíram porque as caravanas aproveitavam a visita ao Grupo da Prece e passavam por lá deixando alimentos, produtos de higiene e limpeza. As doações em dinheiro serviam para pagamento de funcionários, contas de água, energia elétri-ca e telefone. Agora é preciso usar também a mesma verba para comprar alimentos, o que gera um gasto maior para a instituição.

Dona Cida recebia todos os visitantes com muito carinho. Tantas histórias ela contava aos que visitavam o hospital, alegrias, desapontamentos, dores do passado. Ela sempre dizia que: “se não fosse o povo de São Paulo e outras cida-des também, mas principalmente o povo de São Paulo, não teria chegado onde chegou”.

Receba nosso carinho e vibrações amorosas, querida ta-refeira, no seu retorno à Pátria Espiritual, onde dará conti-nuidade à sua jornada.

Abaixo mensagem, em forma de soneto, de Jésus Gon-çalves, psicografada por Chico Xavier em 05/11/1979, em Uberaba/MG:

Irmã Coragem“Deus te abençoe a Fé por onde fores, Adornando-a

de luzes renascentes, Nos sonhos e esperanças que acalentes, A suprimir pesares e amargores;

Deus te engrandeça em tudo quanto intentes, Embora suportando as próprias dores, No intuito de amparar os sofredores, Os cansados, os tristes e os doentes;

Irmã Coragem alma de alegria, Sempre servindo e amando dia-a-dia, Enaltecendo as provas benfazejas;

Sê grata à vida e à luta; chora e canta, Jesus te inspira a estrada clara e santa, Mensageira do Amor, Bendita Sejas!...”

Bibliografi a: As Vidas de Chico Xavier – Marcelo Souto Maior; Equipe LEEPP e Lar Espírita Pedro e Paulo; Pesquisas realizadas na Internet.Imagem: http://4.bp.blogspot.com/_IHfzSOKPpuo/SzH59BrsBII/AAAAAAAAB5I/5CbxBzRESRo/s400/Aparecida.jpg

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“...Operai a vossa salvação...” – Paulo – (Filipenses, 2:12)Quando falamos em religião, logo nos vem a ideia da

oração. Jesus, o exemplo a ser seguido, por várias vezes, parou as suas atividades para orar a Deus, o Pai Misericor-dioso.

Feita a oração, o Mestre voltava ao “trabalho”, demons-trando que não devemos fi car somente na oração.

Tal ensinamento foi também praticado pelos apóstolos, pois, após a crucifi cação, fundaram a Casa do Caminho, onde trabalhavam socorrendo os famintos, os doentes abandonados, as viúvas, os órfãos e todos aqueles que ti-nham perdido as esperanças.

Já o apóstolo Paulo, na carta escrita aos fi lipenses, repe-te: “... Operai a vossa salvação...”

Operar quer dizer “agir, efetuar, executar, ...”A própria palavra já nos pede ação, trabalho!Não podemos fi car somente na oração, sem movimen-

tarmos nossa energia, nosso amor, para ajudar as pessoas que necessitam de algo que podemos oferecer.

E o que entender por “salvação”? Salvar-nos do que?Se analisarmos bem a realidade, devemos nos esforçar

para salvar-nos de nós mesmos, de nossos vícios, de nos-sas imperfeições, da maldade que ainda faz morada em nosso coração.

Deixamos de agir para o bem e sabemos que não há meio termo: se não estamos fazendo o bem, estaremos fa-zendo o mal.

Aquela famosa frase: “Posso não ajudar, mas não faço o mal para ninguém” é falsa!

Se não ajudamos alguém que precisa, sendo que temos a capacidade de fazê-lo, então estamos deixando um com-panheiro sofrendo sem necessidade, pois poderíamos ali-viar o sofrimento dele. Isto não é fazer o mal?!

Por isso, Jesus disse que é necessário que o escândalo venha porque os homens, estando em expiação na Terra, punem-se a si mesmos pelo contato dos seus vícios, ou seja, quando não combatemos o mal, deixamos que ele nos prejudique.

E como combater o mal?Exercendo a caridade, o respeito e o amparo ao sofri-

mento alheio.Este foi o exemplo que Jesus nos deixou.Sigamos confi antes, cumprindo o nosso dever, pratican-

do o amor e a caridade.Mais adiante, falaremos:“A jornada foi longa e penosa.”Neste instante, lembraremos das palavras do Divino

Amigo:“Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos

aliviarei.”Adolpho

Tema Livretema livre

OperemosOperemos

Clube do Livroclube do livro

Enviado aos assinantes do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, no mês de Outubro de 2009, o livro Mediunidade e Sintonia, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel, tem como objetivo, esclarecer o papel da sintonia no mundo mediúnico.

Destaca:• Questões como a prática mediúnica e

a afi nidade e comunhão existentes sob as leis magnéticas que lhes presidem os fenômenos;

• O estudo e a prática do bem e o mal e a importância da sintonia entre ambos os lados, através da simplicidade;

• “Que a vossa mão esquerda ignore o bem praticado pela direita”;

• A preparação mediúnica na busca das potencialidades que são os valores

pertencentes a todas as criaturas;• O exemplo da faculdade de curar nos

demonstra que, para curar, é preciso trazer o coração por vaso transbordante de amor, pois quem realmente ama não encontra ensejo de reclamar;

• Encerra nos ensinando que, em verda-de, a tarefa mediúnica é a consagração do trabalhador ao ministério do Bem. O fenômeno, dentro dela, surge em último lugar porque, antes de tudo, essa tarefa representa caridade operante, fé ativa e devotamento ao próximo.

É a sintonia com a onda renovadora do Evangelho, que institui o “Amemo-nos uns aos outros”, qual Jesus se dedicou a nós em todos os dias da vida.

Eduquemo-nos!Marcelo

Mediunidade e SintoniaMediunidade e Sintonia

Francisco Cândido XavierEspírito Emmanuel

Editora CEU – 96 páginas4ª edição – 1986

FrFran icisco Cândido Xavier

Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edifi cantes mensagens.

Praça Presidente Castelo BrancoCentro - Diadema - SPTelefone (11) 4055-2955Horário de funcionamento: 8 às 19 horasSegunda-feira a Sábado

Li bá i d D t i E í it T 419 li Praça Presidente Castelo BrancoBanca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Atualidadeatualidade

Não Tema a TempestadeNão Tema a TempestadeOs desencontros de hoje, entre o que fazer e o que você

aspira como programa de vida – provocados por esses que se erguem como opositores de uma aparente felicidade, na realidade são os instrumentos da evolução, para que você desperte para a sua destinação espiritual.

Governos, leis, decretos e todas as medidas que com-põem a parafernália de um Estado chamado Moderno – se bem pareçam oprimir, por contrariar programas e desajus-tar as criaturas – em verdade são apenas prenúncios de um mundo em convulsão, e que se tornará melhor, logo mais.

Não lute, pois, contra aquilo, cujo benefício indireto lhe amadurecerá a alma, a fi m de você não fi car a dar socos no ar.

Dai a César o que é de César e dai a DEUS o que é de DEUS – recomendou-nos JESUS.

O SENHOR JESUS, quando nos conclamou ao cumpri-mento de nossos deveres para com o próximo e para a co-letividade, não nos conclamou a que dirigíssemos palavras ásperas para a condenação de César.

Ajustemo-nos às opressões próprias para os reajustes, e, se bem queiramos mais e mais, doemos a César nossas orações, reconhecendo que se a solução de nossas ques-tões pessoais são encargos que nos cabem, os ajustes dos que administram a coletividade é ação delegada ao CRIS-TO de DEUS.

Faça o melhor e confi e no Alto, porque o Governador da Vida lhe ofertará amparo.

Paz.(Mensagem psicografada em 20/05/1988, por Roque Jacintho, no

Grupo Espírita Fabiano de Cristo, no bairro de Americanópolis, cidade de São Paulo, SP)

Imagem: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=958021

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345 *Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Os Mensageiros – André Luiz*O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador - Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan KardecSabedoria de Paulo de Tarso – Roque Jacintho & J.Manahen; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque JacinthoTerapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan KardecO Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque JacinthoO Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA2ª

Domingo

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familia

São muitas as pressões que sofremos diariamente, seja no trabalho, no relaciona-mento com as pessoas, no trânsito, nas exigências e limites que temos a enfrentar e suportar. Necessitamos de um lugar onde possamos nos recompor, recuperar nossas energias, bom ânimo, coragem e esperança. Tantos locais existem atualmente como fonte renovadora, mas nenhum deles nos fará tão bem, nos dará tanto conforto, como em nosso lar. Devemos colaborar para que o lar permaneça como fonte acolhedora e de refazimento.

A mulher deve se conscientizar de que cabe a ela o trabalho de manter no lar um clima agradável, num ambiente tranquilo. Empenhando-se para que haja serenidade e tranquilidade. A conversa moderada, permitir que seus ouvidos ouçam, que ocorra o desabafo e, em pensamento, vibrar muito, rogando ao Mais Alto para que envolva o coração do familiar, assistindo-o nas necessidades.

A compreensão é fundamental. Quem é que não gostaria de ter alguém de confi an-ça, disposto a ouvi-lo, sem especulações?

Todo este esquema é muito bom e poderemos achar confortável estar do lado de quem procura um “ombro amigo”; no entanto, mais grandioso é estar preparado para oferecer esse “ombro amigo”, principalmente sem esperar gratidão ou reconhecimento.

Receber desabafos, inseguranças, insatisfações e devolver com estímulos de co-ragem, bom ânimo e esperança, também requer treinamento. E, na medida em que estivermos preparados, seremos como ímãs a atrair aqueles que se encontram em situações embaraçosas ou constrangedoras. Tudo, porém, deve iniciar dentro do lar. Vamos começar já?

RefazimentoRefazimento

Família

Treino Até... Poeta Quando a tristeza te alcança,Prossigue, não desanima.Realiza uma mudança,Transforma tudo em rima.

Procura bom ânimo,Não percas a auto-estima.Mal-estar é sinônimoDe frieza que alucina.

Onde o abandono?Se o nascer é constante?Faze o contorno,Segue adiante.

Sorrir e cantarolarAlivia a tensão.Se difícil é o caminhar,Defi ne-se a razão.

Fica atento, então,Vigia e relaxa.Com problema e afl ição,O remédio está na faixa.

A escolha da sintonia,É algo a ser modifi cado.Quem busca harmonia,Breve estará recuperado.

NereideImagem: http://iaramelopoemas.no.sapo.pt/POEMA%20MULHER%20SOL.jpg

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas.

Informe-se através: E-mail: [email protected] www.espiritismoeluz.org.br (11) 2758-6345 (com Cristiane) Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

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CHICOCHICO

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Em seu livro “Trinta Anos com Chico Xavier”, Clóvis Ta-vares relata um fato interessante que presenciou durante as visitas que continuadamente fazia a Uberaba. Faremos uma síntese do episódio.

Este fato ocorreu em 1966, numa manhã em que Chico costumava reunir companheiros para as orações matinais.

Feita a leitura de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, enquanto os visitantes faziam os comentários após a leitura do mesmo, Chico psicografava e, como sempre, várias men-sagens provinham dos espíritos ali presentes. Se fossem de caráter geral, escrita por algum dos mensageiros de Jesus, o médium as lia em voz alta e depois guardava-as para se-rem editadas e, se fossem particulares, isto é, se endereça-das a alguém participante da reunião, Chico as entregava ou lia depois de ter a permissão da pessoa. E dirigindo-se a ele, Clóvis Tavares, ao fi nal das tarefas, entregou-lhe várias páginas psicografadas, dizendo-lhe:

— Clóvis, essa mensagem é de uma jovem senhora de nome Emília Neves. Segundo consta, desencarnou tuber-culosa, na mais profunda miséria, em Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 20 de agosto de 1938. Após algum tempo do desencarne, ela foi levada a integrar-se na Escola Jesus Cristo, de Campos, a instituição dirigida por você.

Sabia Clóvis, que Chico fazia questão de que os dados fornecidos nessas mensagens fossem sempre checados, para ver se eram verdadeiros. Clóvis agradeceu a mensa-gem e se prontifi cou de, quando retornasse ao Rio, fazer um levantamento dos dados.

No dia seguinte, após a prece matinal e os comentários do Evangelho, ao término das psicografi as, Chico entrega a Clóvis outra anotação, esclarecendo:

— Clóvis, a nossa irmã Emilia Neves, de Itaperuna, que já esteve conosco, voltou e disse-me que anote em 20 de março de 1938 e não em agosto, como anotei. Mais uma vez, Clóvis agradeceu e se manteve no fi rme propósito de tudo ser confi rmado, pois notara que Chico fi cou apreensi-vo. Médium de muita responsabilidade, Chico não se tran-quilizava enquanto não tivesse em mãos a confi rmação do que recebia dos espíritos comunicantes.

Chegando a Campos, onde residia, Clóvis procurou por companheiros que eram colaboradores na Escola de Jesus Cristo, que conheciam pessoas em Itaperuna, para as infor-mações dadas pelo espírito de Emilia Neves.

Após alguns dias sem nada conseguirem, Clóvis e outro confrade, Rubens Carneiro, (que se interessava pelo fato, e lhe sugeriu por viajar para essa cidade, segundo ele, vizinha do norte fl uminense, portanto de fácil acesso) demandaram ao cemitério da cidade, onde nada encontraram, pois foram informados pelo administrador da necrópole que todo o obi-tuário de 1938 já não mais existia. Mas indicou-lhes que fos-sem ao cartório da cidade; lá, por certo, colheriam os dados desejados.

O local seria com o ofi cial do Registro Civil do Primeiro Distrito de Itaperuna, com o Sr. Benedito Sozinho de Souza.

Prontamente atendidos pelo Sr. Benedito, foi encontra-da a certidão, confi rmando a data que o espírito fornece-

ra, constando: Folhas 236 do livro 13 do registro de óbitos, onde se lê: “Emilia da Costa Neves, falecida aos 20 de mar-ço de 1938, às 19 horas neste distrito”, com outras notifi ca-ções: sexo feminino, cor branca, profi ssão doméstica, com 29 anos de idade, casada, fi lha de Manuel Costa Neves, lavrador, natural de Portugal e de Maria Costa Neves, do-méstica, também portuguesa. E, mais: Emilia Costa Neves era casada com o Sr. Manuel Josino de Lima, não legando bens em testamento e deixando três fi lhos menores – Glicé-rio, Jurandir e Helena.

Essa certidão foi entregue a Clóvis, assinada pelo ofi cial, o senhor Benedito Sozinho de Souza, no dia 29 de dezem-bro de 1966.

Clóvis Tavares ainda apurou o informe, dado por um mis-sionário protestante, morador em Itaperuna, o Sr. Correia, que conhecera pessoalmente Emilia e seus familiares de que ela desencarnara em extrema miséria, vítima de tuber-culose. Clóvis fi cou muito feliz, por ter confi rmado todos os dados relacionados pela estupenda mediunidade de Chico Xavier.

Voltou Clóvis a Uberaba, levando consigo os relatos a Chico, que também fi cou feliz pelas confi rmações.

Como sabemos, essas mensagens são muito importan-tes e de sérios comprometimentos, se não forem levadas a critério como Chico fazia.

São mensagens de teor íntimo do Espírito, para servir de exemplo a familiares e não de comunicações descuidadas que, por vezes, sabemos existir.

Chico Xavier, ao receber essas mensagens, nunca es-miuçava a vida do Espírito; nunca soube o nome, as men-sagens vinham espontâneas; por vezes, aliás sempre acon-tecia de familiares nada pedirem e fi cavam surpresos, ao fi nal das reuniões, em receberem notícias de seus entes queridos.

Chico, quando procurado para essas psicografi as, dizia:— “Se o Alto permitir, recebo o que me for pedido, porque

eu nada posso exigir. Nunca sabemos a condição dos de-sencarnados. Devemos orar e esperar. O trabalho que me é designado é do servo que espera cumprir ordens e não o de dar ordens ao Senhor”.

ErikaBibliografi a: Adaptação do livro “Trinta Anos com Chico Xavier” - Clóvis Tavares, Editora IDE, 1ª ed., 1967.

Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

Autenticidade MediúnicaAutenticidade Mediúnica

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O Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança as-sistiu durante todo o ano de 2009, aproximadamente 100 famílias, sendo que as reuniões realizadas na segunda-feira à tarde são direcionadas para o atendimento dessas famílias, que vêm, participam do estudo da Doutrina Espí-rita (principalmente de “O Evangelho segundo o Espiritis-mo”), recebem um lanche. Antes de retornarem para os seus lares, são distribuídos alimentos e roupas que chegam por doação.

Estas reuniões transcorrem em um clima de muita paz e amparo de nos-sos amigos espirituais.

Findando o ano de 2009, no dia 21 de dezembro, com enorme alegria de todos, foi realizada a Festa de Natal.

Cada família compareceu ao Nú-cleo, sendo recebida com muito cari-nho pela equipe de trabalhadores.

Após a prece de abertura, foram feitos comentários so-bre o sentido do Natal e da importância do nascimento de Jesus para a Humanidade.

As crianças (fi lhos, netos, ...) das famílias assistidas,

também comparece-ram à Festa de Natal, tendo sido explicado, de forma simples, o nascimento de Jesus.

Relembrando a ati-tude de Francisco de Assis e de Fabiano de Cristo, foi encenado o nascimento de Jesus, o presépio vivo, tendo

como participantes as crianças da Evangelização Infantil. A emoção foi muito grande, principalmente quando foi co-locado na manjedoura um bebê, fi lho de uma das compa-nheiras presentes.

As crianças cantaram músicas natalinas com muita ale-gria.

Após todos haverem tomado um lanche, iniciou-se a dis-tribuição das sacolas com os gêneros doados.

Neste ano, graças ao coração bondoso de muitos, as fa-mílias puderam levar para os seus lares uma boa quantida-de de alimentos, panetone, bolo e as crianças ganharam, além de um brinquedo, um saquinho de doces.

O mais importante de toda a Festa de Natal foi a con-fraternização entre trabalhadores e assistidos, reforçando a ideia de que todos somos irmãos, fi lho de um único Pai, que nos quer nos amando e respeitando. Esta é a verda-deira mensagem do Natal!

Conforme escreveu Emmanuel, através de Chico Xavier:“Jesus trazia consigo a mensagem da

verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou, vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.

Natal! Boa Nova! Vontade!...Estendamos a simpatia a todos e co-

mecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.” (livro “Segue-me”, Editora O Clarim)

Que o ano de 2010 possa transcorrer no mesmo clima de união que envolveu todos os trabalhos desta Festa de Natal e que saibamos viver em fraternidade!

Equipe Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança

Festa de NatalFesta de NatalAconteceu

A ó d b t f f it tá i

aconteceu

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Diante da multidão de sofredores desanimados, o Mestre Jesus relacionava os preceitos para a felicidade eterna, destacando, com ênfase, que os mansos herdariam a Terra.

Os discípulos, entre si, questionavam:— Esta afi rmação não encorajaria à preguiça mental? Se

o Evangelho precisa de espíritos esforçados na divulgação das verdades renovadoras, como conciliar com a falta de coragem? Se o mal era ousado e provocava o sofrimento em todos os níveis, como poderia o bem vencer sem reagir, mesmo que pacifi camente?

À noite, os discípulos se reuniram no lar de Simão Pedro para estudos edifi cantes. Contudo, traziam os questionamentos anteriores e entreolhavam-se curiosos.

Jesus percebia a expectativa de todos, mas esperava, sereno, que se pronunciassem.

Foi então que Judas perguntou:— Senhor, por que disse que os mansos herdariam a

Terra? Os corações acovardados desfrutarão desta bênção? Mesmo aqueles incapazes de comprovar a fé, nos momentos difíceis de luta e sacrifício, serão igualmente abençoados?

Jesus não respondeu, de imediato. Olhou a todos que estavam ao Seu redor, como a esperar por outras dúvidas que tivessem.

Pedro, readquirindo ânimo, perguntou:— Mestre, se um malfeitor vier a minha casa, não devo

lembrar-lhe sobre o respeito para com o próximo? Entregar-me-ei aos erros dele sem qualquer reação, mesmo que fraternalmente, a pretexto de guardar a mansuetude a que o Senhor se refere?

Jesus sorriu, como tantas vezes, e calmamente explicou:— Não destaquei a preguiça, que se mascara de

humildade, nem da covardia que se veste de prudência,

conforme as conveniências humanas. As criaturas que se afeiçoam a isso sofrerão duramente para reajustar suas índoles. Exaltei, na realidade, a cortesia, a amabilidade, de que somos credores uns dos outros.

Bem-aventurados os homens de trato ameno que sabem usar a energia construtiva entre o gesto de bondade e o verbo da compreensão!

Bem-aventurados os fi lhos do equilíbrio e da gentileza que aprendem a negar o mal, sem ferir o irmão ignorante que o solicita sem saber o que pede!

Abençoados os que repetem mil vezes a mesma lição, sem alarde, para que o próximo lhes aproveite a infl uenciação na felicidade justa de todos!

Bem-aventurados aqueles que sabem tratar o rico e o pobre, o sábio e o inculto, o bom e o mau, com espírito de serviço e entendimento, dando a cada um, de conformidade com os seus méritos e necessidades e deixando os sinais de melhoria, de elevação, bem-estar e contentamento por onde passam!

Em verdade, vos digo que a eles pertencerá o domínio espiritual da Terra, porque todo aquele que acolhe os semelhantes, dentro das normas do amor e do respeito, é senhor dos corações que se aperfeiçoam no mundo!

Compreendida a lição do Mestre, alívio e alegria transbordavam de todos.

Jesus pediu a Mateus que encerrasse o fraterno entendimento da noite, fazendo uma prece.

Reinaldo e SilvanaBibliografi a: adaptação do livro “Jesus no Lar” – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Neio Lúcio, capítulo “A Exaltação da Cortesia”, Editora FEB, 7ª ed.Imagem: http://www.lavistachurchofchrist.org/Pictures/Standard%20Bible%20Story%20Readers,%20Book%20Two/images/scan0069.jpg

contos

A Exaltação da CortesiaA Exaltação da CortesiaContos

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Vamos tentar refl etir sobre esse versículo:O que é Deus? Quem é Mamon?— Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de to-

das as coisas.(A perfeição)— Mamon, entre tantas interpretações, são os nossos

maus pensamentos, com suas ações.Assim, não é realmente possível, servir a Deus, tendo

nossas ações contrárias às Suas Leis.Deus, sendo a Inteligência Suprema, não criaria nada que

não fosse útil ao nosso crescimento moral e material.Se pensarmos nos ensinamentos da Sabedoria Divina,

vamos entender que realmente não somos ricos para ser-mos salvos, mas sim milionários!!

Materialmente:Se nesta encarnação não temos a riqueza que sonha-

mos, com certeza, em vidas anteriores, quando a tivemos, julgâmo-la “eterna” e, com certeza, não soubemos utilizá-la de acordo com as leis que o Mestre nos ensinou e, ao retor-narmos à nossa pátria de origem, apesar do sofrimento para deixá-la na Terra, aqui ela fi cou.

Em nova reencarnação, ainda ligados àqueles bens, cer-tamente traremos, inconscientemente, o sentimento de sua perda, tornando-nos infelizes por não possuí-los novamente, desenvolvendo em nosso íntimo, insatisfação, inveja e tan-tos outros defeitos.

Devemos observar nossos pendores quanto aos bens materiais, tirando os ensinamentos de Jesus, quando nos disse que: recebemos sempre o necessário.

Jesus, ainda, nos recomenda a lição sobre as “aves do céu”, que vivem livres, mesmo sem casas, todas são prote-gidas pelas bênçãos do Pai.

Como nosso crescimento espiritual é tão ínfi mo, devemos aproveitar todas as reencarnações para aprender como usá-las, em benefício dos nossos irmãos necessitados, caso ve-nhamos a recebê-las pela Misericórdia Divina.

Espiritualmente:

Nossa ligação aos bens materiais trava nossa inteligên-cia, a ponto de nos imaginarmos sem condições de ajudar a quem necessita, alegando nossos parcos recursos fi nan-ceiros etc., desacreditando nas virtudes que Deus coloca em nosso coração e que devemos buscá-las, burilando-as a cada uso.

A oração! Deixamos de perceber os imensos recursos de uma sincera oração. Inimagináveis à nossa compreensão!

O sorriso! Àqueles que temos em nosso lar, aos que en-contramos nas ruas, nos transportes, nos locais de trabalhos e onde mais estivermos, distribuindo-o sempre e de cora-ção. Ah! Se pudéssemos imaginar o quanto ele é importante!

Ouvir! O privilégio de ceder nossos ouvidos a quem ne-cessita falar para recolocar seus pensamentos novamente no equilíbrio necessário, retomando sua vida com mais es-tímulo e sentindo a presença de Deus quando proferirmos, nesse momento, somente Seus ensinamentos!

Nossas mãos, cedidas para atender a quem dela neces-site, pés, raciocínio, inteligência, sangue, olhos... Meu Deus, quanta riqueza esquecida! Quanto ainda precisamos apren-der?!

Como poderemos servir a dois senhores? Jamais!!!Realmente, temos que ser alertados sobre essa dualida-

de para que possamos servir, e muito bem, a um só Senhor.Nada nos impede de viver com as duas riquezas, – se é

que podemos chamar os bens materiais dessa forma – mas desde que tenhamos presente, em nossas ações, as lições sobre o assunto, passando a utilizá-las a benefi cio daqueles que necessitam não só do “pão material” como também do “pão espiritual”. Ambos alimentarão a Humanidade, aten-dendo, assim, a um só Senhor: DEUS.

Aprendamos a usá-las, sempre com Jesus, salvando-nos dos percalços que fazem parte da pior das riquezas, que é a do orgulho e egoísmo.

VanoBibliografi a: O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec, tra-dução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1987.Imagem:http://www.novavidacaxias.com.br/wp-content/uploads/2009/02/estu-dos_sobre_apocalipse.jpg

Kardec em Estudokardec em estudo

Salvação dos RicosSalvação dos Ricosfl ti b í l N li ã b t i i t

“Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar a outro, ou se há de chegar a um e desprezar a outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon. (Lucas, capítulo 16, versículo 13).”“NNNNNNN hhhhhh ddddd iiiii ddddd iii hhhh hhhhhháááá dddd bbbb ttttt , háhááháh dddd“NNNNNenenenenenhuhuhuhuuhummmmm seseseseservrvrvrvrvooooo o ppopopopopopopopoddedededede sss sererererervvivivivirr aaaaa ddododododoisisssisisisisi sssss s ssenenenenenhohohohohorererereresssss, pp porororororququuuuqueeeeee ouuuououououou hhhhh hhááááá dededede aaa abobboboboborrrrrrrrececececererererer a a u ummmm eeeeee amamamamamamamararararar aaaa a oooo o tututututrorororo, ouououou s see háhááháháhá ddddd deeee O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XVI – Item 1

17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

III ENCONTRO NACIONALDOS AMIGOS

DE CHICO XAVIER E SUA OBRA

Julho | 2010

17/07 | SÁBADO13h30 | 14h00 >> ABERTURA14h00 | 14h45 - Sônia Maria Barsante Santos 14h45 | 15h30 - Alexandre Caroli Rocha 15h30 | 15h40 - Lançamento de livros15h40 | 16h00 >> INTERVALO16h00 | 16h45 - Nena Galves 16h45 | 17h30 - Osvaldo Cordeiro

18/07 | DOMINGO 8h30 | 8h45 - Apresentação musical 8h45 | 9h30 - João Elias 9h30 | 10h15 - Izabel Mazucatti 10h15 | 11h00 - Haroldo Dutra Dias11h00 | 11h45 - Walter Barcelos11h45 | 12h30 >> ENCERRAMENTO

ENTRADA FRANCA

Local:Clube Sírio Libanês

Rua Major Eustáquio, 790 - Centro

Uberaba | MG

Informações:AME Uberaba

(34) 3312-6176 Maria Luísa (Jô)

(34) 3312-1077 Maria José

PROMOÇÃO: Pedro Leopoldo-MG: Aliança Municipal Espírita | Uberaba-MG: Aliança Municipal Espírita PATROCÍNIO: Pedro Leopoldo-MG: Casa de Chico Xavier | Fundação Cultural Chico Xavier

Uberaba-MG: Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier | Museu Chico Xavier | Leepp - Lar Espírita Editora Pedro e Paulo São Bernardo do Campo-SP: GEEM – Grupo Espírita Emmanuel

APOIO: Belo Horizonte-MG: Vinha de Luz - Serviço Editorial | Catanduva-SP: Candeia Distribuidora de Livros Pedro Leopoldo-MG: Turismo Inteligente | São Paulo-SP: Folha Espírita | Instituto Divulgação Editora André Luiz (Ideal) | Versátil Home Video

Santa Luzia-MG: Conselho Regional Espírita da Bacia do Alto Rio das Velhas | Uberaba-MG: Conselho Regional Espírita do Triângulo Sul | Recepta Turismo

O Espiritismo segundo Kardec e Chico Xavier

Homenageadas: Yolanda Cezar

Sylvia de Almeida BarsanteHeigorina Cunha

Elba de Melo ÁlvaresParticipações musicais:

Coral En-cantando Deus | AMIC | Campinas | SP Sérgio Santos | Uberaba | MG

PROGRAMAÇÃO

Somos uma grande família dispersa em diversos se-tores de trabalho com o Espiritismo por nossa bênção de luz. Hoje cada qual de nós permanece em linha particular de luta, mas amanhã estaremos todos novamente reunidos na Vida Real, apresentando, cada qual de nós, a soma dos esforços que levou a efeito para nos desincumbirmos dos sagrados deveres com que fomos agraciados, não é mesmo?”

08/03/1959Trecho de carta a D. Neném Aluotto

(ex-presidente da União Espírita Mineira)

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL17/07 | SÁBADO | 20h00 às 22h10Apresentação da peça teatral: “As três revelações” >> Grupo Estandarte Chico Xavier Local: Teatro Municipal Vera CruzRua São Benedito, 290 – Bairro São Benedito

Lançamento de livrosEurípedes Higino dos Reis | Chico Xavier – Apóstolo do BrasilCarlos Baccelli | 100 anos de Chico Xavier – Fenômeno humano e mediúnicoGeraldo Lemos Neto | Sementeira de paz, Colheita de bênçãos, Chico Xavier — o primeiro livroJhon Harley M. Marques | O voo da garça

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Calendáriocalendario

Dia 011858 - Em Paris, França, Allan Kardec

lança a Revista Espírita, publicação mensal que apresentava a situação mundial do Espiritismo, assim como textos e comunicações mediúnicas sobre assuntos diversos do movimen-to.

1846 - Nasce em Tours, França, Léon Denis. Foi um fi lósofo espírita e um dos principais continuadores do Espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Fez conferên-cias por toda a Europa em congres-sos internacionais espíritas e espiri-tualistas, defendendo ativamente a ideia da sobrevivência da alma e suas consequências, no campo da ética, nas relações humanas. Além disso, foi autor de vários livros doutrinários.

1875 - Publicada a primeira Folha Espírita do Rio de Janeiro e a segun-da do Brasil, com o nome de “Revista Espírita”.

1884 - Fundada, no Rio de Janeiro, a Federação Espírita Brasileira.

Dia 021889 - Nasce em Botucatu, São Paulo,

o professor Carlos Carmine Mirabelli, médium brasileiro; foi pesquisado por cientistas e principalmente pelo Instituto “César Lombroso”.

Dia 031412 - Nasce na França, Joana D’Arc.

Foi sacrifi cada na fogueira, devido aos seus ostensivos dons mediúni-cos.

Dia 041952 - Desencarna em Bristol, Inglaterra,

Ernest W. Oaten, espírita e compa-nheiro de Conan Doyle.

Dia 061868 - Lançada a primeira edição do li-

vro “A Gênese”, de Allan Kardec.Dia 07

1715 - Desencarna Fénelon, um dos Espíritos que colaboraram na Codifi cação Espírita.

Dia 091862 - Nasce em Gênova, Itália, Ernesto

Bozzano. Dedicou-se ao estudo dos fenômenos espíritas e foi autor de vá-

rias obras do gênero.Dia 10

1969 - Desencarna no Rio de Janeiro, Zilda Gama. Professora e médium psicógrafa, tendo produzido, por inter-médio do Espírito Victor Hugo, diver-sos romances mediúnicos.

Dia 111874 - Nasce em Natal, Rio Grande

do Norte, Adelaide Augusta Câmara, mais conhecida como Aura Celeste. Intelectual, dinâmica, extraordinária médium, além de poetisa, contista e educadora, foi uma das mais devota-das fi guras femininas do Espiritismo.

1971 - Desencarna José Pedro Freitas mais conhecido como “Zé Arigó”. Desenvolveu suas atividades para-normais, tornando nacional e interna-cionalmente conhecidas as cirurgias e curas realizadas, por intermédio de sua faculdade mediúnica, pela espí-rito que se denominava Dr. Fritz, um médico alemão falecido em 1918, du-rante a Primeira Guerra Mundial.

Dia 121827 - Nasce em Zurique, Suíça, o edu-

cador Johann Heinrich Pestalozzi. Teve grande infl uência na formação de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido, mais tarde, como Allan Kardec.

Dia 131910 - Desencarna Andrew Jackson

Davis, médium americano. Recebeu a obra “Filosofi a Harmônica” e foi um dos precursores do Espiritismo.

1968 - Realizada a primeira reunião de médicos espíritas para fundar a Associação de Médicos Espíritas, em São Paulo, SP.

Dia 151861 - Lançada a primeira edição de “O

Livro dos Médiuns”Dia 17

1875 - Nasce no Maranhão, Luís Olímpio Guillon Ribeiro. Engenheiro civil, exer-ceu vários cargos no Senado Federal. Foi presidente da FEB, dedicando-se com esmero às tarefas de divulgação, através da imprensa.

1901 - Desencarna em Roma, Itália, Frederic William Henry Myers, li-terato inglês, um dos fundadores da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres.

Dia 181969 - Desencarna no Rio de Janeiro,

Ismael Gomes Braga, jornalista ativo

do movimento espírita e esperantista.Dia 19

1947 - Desencarna no Rio de Janeiro, Frederico Figner. Autodidata, desta-cou-se como empresário no Brasil. Como espírita convicto, participou ati-vamente do movimento, sendo alma caridosa e lúcida.

Dia 201919 - Desencarna em São Paulo, Anália

Emília Franco Bastos. Professora, jor-nalista, poetisa e fi lantropa brasileira. Trabalhadora incansável e espírita convicta, constituiu 71 escolas, 2 al-bergues diurnos, 23 asilos, 1 colônia regeneradora para mulheres, 1 banda musical feminina, orquestras e grupos dramáticos, na capital e em 24 cida-des do interior.

Dia 211884 - Desencarna Amélie Gabrielle

Boudet, viúva de Allan Kardec.1883 - Fundada, por Augusto Elias da

Silva, a revista Reformador, órgão de divulgação da Federação Espírita Brasileira.

Dia 221909 - Desencarna em 1909, Antônio

Gonçalves da Silva Batuíra. Comerciante, converteu-se ao Espiritismo e se tornou ardoroso di-vulgador. Foi notável médium cura-dor. Criou vários grupos espíritas em vários estados.

Dia 251863 - Fundado em New York, EUA,

por Andrew Jackson Davis, o Liceu Espírita.

Dia 301938 - Desencarna em Matão, São

Paulo, Caírbar de Souza Schutel, um dos grandes vultos espíritas no Brasil. Político convertido ao Espiritismo, fundou o jornal “O Clarim” e a “Revista Internacional do Espiritismo”. Foi po-lemista de grandes recursos, tendo defendido a doutrina, por numerosas vezes, em praça pública. Escreveu várias obras.

Dia 311854 - Nasce em Nápoles, Itália,

Eusápia Paladino, notável médium de efeitos físicos. Foi pesquisada por inúmeros cientistas, convencendo a vários sobre a veracidade da comuni-cação espiritual.

Imagem:http://www.sxc.hu

JaneiroJaneiro

O QUE É VOLTA DO ESPÍRITODa mesma forma que desencarnar não é fácil, voltar ao corpo fí sico também não é. Neste livro, Roque Jacintho amplia nosso conhecimento sobre o assunto, abordando temas como a escolha do corpo fí sico e o esquecimento do passado.

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O QUE É MEDIUNIDADEElo de ligação entre diferentes dimensões vibratórias, a mediunidade é um fenômeno indiscuti velmente presente nos tempos modernos. Na Doutrina Espírita, o assunto é tratado de forma racional, como nos mostra Roque Jacintho nesta obra dirigida para iniciantes e iniciados.

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NAPOLEÃO BONAPARTENesta incursão no Tempo, o leitor vai se situar sob incrível olhar da Espiritualidade ante o renascimento de Napoleão Bonaparte, sua ascensão ao poder, seus equívocos, declínio e desencarne.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMOTradução, de Roque Jacintho, do original francês

Uma das cinco obras básicas da doutrina espírita.Nova edição revisada, em versão de fácil leitura e entendimento, de acordo com os originais do tradutor. Traz a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiriti smo e sua aplicação às diversas situações da vida.

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