Distribuição Inter-regional Do Emprego e Renda - Uma Análise de Insumo-produto Para Região Sul e...

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1 DISTRIBUIÇÃO INTER-REGIONAL DO EMPREGO E RENDA: UMA ANÁLISE DE INSUMO- PRODUTO PARA REGIÃO SUL E O RESTANTE DO BRASIL Angel dos Santos Fachinelli 1 Rita de Cássia Garcia Margonato 1 Ricardo Luis Lopes 2 Rossana Lott Rodrigues 3 Umberto Antônio Sesso Filho 3 RESUMO O objetivo deste estudo é analisar o efeito gerador e multiplicador de empregos e renda, em um sistema inter-regional de input-output. Para tal, foi utilizada a matriz da Região Sul e do Restante do Brasil, estimada para o ano de 2004 e organizada em 29 setores, juntamente com microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do mesmo ano. Considera-se a caracterização dos indivíduos de acordo com: escolaridade, faixa etária, rendimento, gênero e categoria de emprego (formal e informal). Entre os principais resultados, destacam-se como maior gerador de empregos na categoria formal o setor (26) Educação, e no ramo informal, o setor (1) Agropecuária, em ambas as regiões. O multiplicador de renda indicou, segundo a categoria de emprego, na Região Sul e Restante do Brasil, que o setor (10) Indústria Química apresenta o maior valor, tanto de formais quanto informais, seguido pelo setor (3) Indústria Alimentar. A geração de renda indicou que os setores que mais agregam os rendimentos na categoria formal na Região Sul são: (3) Indústria Extrativa, (23) Intermediação Financeira e Seguros e (26) Educação. No Restante do Brasil destacou-se (26) Educação. Palavras-chave: Geração de emprego e renda. Matriz inter-regional. Análise de insumo-produto ABSTRACT The aim of this paper is to analyze the generator and multiplier effect of jobs and income in an inter-regional input-output system. For this, it is used the estimated matrix from the Southern and the Rest of Brazil, which are organized in 29 sectors and refers to 2004. Besides, it is used the microdata from the National Household Sample Survey (PNAD) of the same year. It is considered the characterization of subjects according to 1 Mestrandas em Economia Regional, Programa de Pós Graduação em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) [email protected] , [email protected] . 2 Professor do Mestrado em Economia Regional do Programa de Pós Graduação em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Programa de Pós Graduação em Ciências Econômicas (PCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) [email protected] . 3 Professores do Mestrado em Economia Regional do Programa de Pós Graduação em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). [email protected] , [email protected]

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Artigo científico com modelagem de insumo-produto sobre distribuição inter-regional do emprego e renda

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distribuio inter-regional do emprego e renda: uma anlise de insumo-produto para regio sul e o restante do brasilAngel dos Santos Fachinelli

Rita de Cssia Garcia Margonato1Ricardo Luis Lopes

Rossana Lott Rodrigues3Umberto Antnio Sesso Filho3RESUMOO objetivo deste estudo analisar o efeito gerador e multiplicador de empregos e renda, em um sistema inter-regional de input-output. Para tal, foi utilizada a matriz da Regio Sul e do Restante do Brasil, estimada para o ano de 2004 e organizada em 29 setores, juntamente com microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) do mesmo ano. Considera-se a caracterizao dos indivduos de acordo com: escolaridade, faixa etria, rendimento, gnero e categoria de emprego (formal e informal). Entre os principais resultados, destacam-se como maior gerador de empregos na categoria formal o setor (26) Educao, e no ramo informal, o setor (1) Agropecuria, em ambas as regies. O multiplicador de renda indicou, segundo a categoria de emprego, na Regio Sul e Restante do Brasil, que o setor (10) Indstria Qumica apresenta o maior valor, tanto de formais quanto informais, seguido pelo setor (3) Indstria Alimentar. A gerao de renda indicou que os setores que mais agregam os rendimentos na categoria formal na Regio Sul so: (3) Indstria Extrativa, (23) Intermediao Financeira e Seguros e (26) Educao. No Restante do Brasil destacou-se (26) Educao.

Palavras-chave: Gerao de emprego e renda. Matriz inter-regional. Anlise de insumo-produtoABSTRACTThe aim of this paper is to analyze the generator and multiplier effect of jobs and income in an inter-regional input-output system. For this, it is used the estimated matrix from the Southern and the Rest of Brazil, which are organized in 29 sectors and refers to 2004. Besides, it is used the microdata from the National Household Sample Survey (PNAD) of the same year. It is considered the characterization of subjects according to educational level, age, income, gender and employment category (formal and informal). Among the key findings, stands out as the largest generator of jobs, in the formal category, the sector (26) Education and as informal sector, the sector (1) Agribusiness, in both regions. The income multiplier indicated, by category of employment, in the Southern and the Rest of Brazil that the sector (10) Chemical Industry has the highest contribution in both formal and informal categories, followed by sector (3) Food Industry. On Income generation, indicated that the most important sectors, in the formal category in the Southern are: (3) Mining and Quarrying, (23) Insurance and Financial Intermediation and (26) Education. In the Rest of Brazil which stood out is (26) Education.

Keywords: Income and employment generation. Matrix inter-regional. Input-output analysis. JEL: J6, J21, R231. INTRODUOA economia e a sociedade formam um complexo e dinmico objeto de estudo, o qual pode ser analisado sob diversos prismas. No aspecto econmico e produtivo, o conceito de setor reflete uma viso da economia que privilegia a complexidade e a diferena entre as partes que compem o sistema econmico. Segundo Erber (2002), trata-se de um conceito mesoeconmico, situado entre as anlises empresarial e a dos grandes agregados macroeconmicos, cuja funo reunir empresas ou atividades econmicas que apresentem elementos comuns. A atividade econmica, geradora do processo produtivo do pas, necessita de investimentos e de tecnologia para que haja incremento na produo. O investimento em conhecimento humano, bem como seus rendimentos decorrentes, so importante e complementares s inovaes tecnolgicas incorporadas no processo produtivo, de modo que, em conjunto, geram ganhos de produtividade nos setores, particularmente para as regies menos favorecidas.

Este estudo analisa especificamente os Estados que compem a Regio Sul, em separado dos Estados do Restante do Brasil, pelo fato desses trs Estados em conjunto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE, 2004), terem gerado quase 18% da produo interna do pas no ano de 2004. A regio apresentou ainda um produto interno bruto (PIB) per capita anual de R$12.079,83, R$13.403,29 e R$12.850,07 nos Estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respectivamente, os quais so bem superiores aos da mdia nacional que foi de R$11.658,10.Ao verificar os fatos ocorridos na economia brasileira, ao longo dos anos 2000, cujo cenrio foi de manuteno da estabilidade econmica, Pochmann (2006) destaca maior ritmo de crescimento do emprego no setor industrial e menor expanso das ocupaes tidas como precrias. De modo que se observou melhora nos indicadores relativos ao mercado de trabalho, decorrentes no apenas de fatores internos, mas inclusive, do cenrio econmico internacional favorvel ao crescimento ao longo da dcada.

Diante desse contexto de crescimento e estruturao do mercado de trabalho, o objetivo deste estudo analisar o efeito multiplicador e gerador de emprego e renda em um sistema inter-regional, por setores de atividade, da Regio Sul e Restante do Brasil no ano de 2004. Para tanto, utiliza-se o mtodo dos multiplicadores tipo I, de modo que, a partir dos coeficientes diretos e da matriz inversa de Leontief, seja possvel estimar, para cada setor da economia, o quanto gerado direta e indiretamente de emprego e renda para cada unidade monetria acrescida demanda final. Em conjunto com os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domiclios (PNAD), espera-se que tal mtodo possibilite identificar a distribuio e influncia de setores de atividade econmica; e o nvel de emprego e renda classificados para os 29 setores analisados. Este trabalho est constitudo em 5 sees, a comear por essa introduo. Os aspectos tericos que visam elucidar a caractersticas regionais do mercado de trabalho so abordados na segunda seo. Na terceira, so apresentados os procedimentos metodolgicos, a seguir so discutidos os resultados obtidos pela pesquisa e por fim, tm-se as consideraes finais. 2. EVIDNCIAS TERICAS E EMPRICAS SOBRE ESTUDOS INTER-REGIONAISA anlise de input-output (insumo-produto) o nome dado a um quadro analtico desenvolvido por Wassily Leontief, o qual se trata de um modelo de anlise intersetorial da interdependncia dos setores produtivos da economia. A informao fundamental da anlise de insumo-produto consiste no fluxo de produtos de cada setor, considerando sua produo para suprir o prprio setor e tambm para os demais, h ainda a relao com o respectivo consumo e demanda (MILLER e BLAIR, 2009).

Desse modo, a anlise de insumo-produto abrange diretamente a estrutura produtiva nacional. Como a composio setorial e produtiva dos Estados brasileiros distinta e sofrem transformaes ao longo do tempo, possvel identificar os setores mais dinmicos em cada regio, o que serve de indicativo aos rgos governamentais e de como podem atuar para estimular o crescimento da produo, emprego, consumo e da renda dos agentes econmicos.

Guilhoto, Conceio e Crocomo (1996) realizaram um estudo comparativo de duas bases matriciais da economia brasileira para os anos de 1975 e 1980 para verificar as mudanas ocorridas na estrutura produtiva, no consumo e distribuio de renda. Os resultados obtidos indicaram que o plo dinmico do consumo concentra-se nas classes de renda de 5 a 20 salrios mnimos. No ano de 1980 verificou-se uma economia mais aberta e interligada, em comparao observada em 1975, de forma que os autores inferem que as estratgias adotadas pelos setores implicaram em resultados diversos em relao produo, importao, salrios e distribuio de renda. Os resultados mostraram que no ano de 1980 a economia brasileira encontrava-se em um processo de estruturao, de modo a suportar polticas de (des)estabilizao implementadas pelo governo, de estar em condies de se restabelecer na dcada de 1990 e inserir-se no processo de globalizao.

Alm de estudos especficos para cada regio relevante considerar a interao entre as regies. Na literatura correlata a estudos regionais nota-se a importncia de verificar e explorar as relaes de interdependncia econmica entre as regies. Porsse, Haddad e Ribeiro (2003) estimaram uma matriz de insumo-produto inter-regional para o Rio Grande do Sul e Restante do Brasil com 26 setores. Os resultados finais revelaram diferenas entre as estruturas econmicas das regies, cujo impacto na variao da demanda final sobre a produo interna est associado, em especial, ao setor agroindustrial, embora o grau de integrao na economia em geral seja menor no Rio grande do Sul do que no Restante do pas.Santos e Haddad (2007) abordaram a questo da distribuio interestadual de renda no Brasil, com o objetivo de analisar os fluxos intra e entre os estados, os quais decorrem da produo e visam atender a demanda final de cada Estado. A partir de teorias econmicas como a de Rosentein-Rodan e Nurke, os autores abordam o crescimento equilibrado e os investimentos setoriais. Concluem que uma possvel soluo para a superao de desigualdades regionais seria uma poltica que realizasse um bloco de investimentos em reas especficas, resultando em maior diversidade produtiva.

Moretto et al. (2008) analisaram a dinmica da renda via efeito transbordamento do multiplicador de renda no sistema inter-regional, construdo para os estados da Regio Sul Restante do Brasil para o ano de 1999 e concluram pela existncia de maior integrao dos Estados do Sul com o Restante do Brasil do que dentro da prpria regio. importante atentar-se que to importante quanto a produo e a forma como se distribui, so as pessoas que a movem, que so o meio e a finalidade de tudo que produzido no pas. Assim, primordial conectar as anlises do sistema produtivo com o mercado de trabalho, a interao entre nmero de postos de trabalho gerados e a estrutura econmico produtiva do pas. Ambos constituem um complexo e dinmico objeto de estudo. Nesse aspecto, so amplamente discutidas no cenrio nacional e externo os fatores que determinam a conformao da participao dos trabalhos e dos respectivos rendimentos auferidos. Segundo Kon (2000), o estudo da remunerao dos trabalhadores em diferentes mercados de trabalho deve recusar as hipteses no muito realistas presentes nas teorias econmicas neoclssicas, pois, apesar de serem importante para isolar os princpios bsicos da oferta e da demanda, no so evidenciadas de fato. O que se percebe uma fora de trabalho heterognea, com diferenas entre os indivduos e no mercado de trabalho, de forma que essa heterogeneidade interfere diretamente na remunerao dos trabalhadores.

As abordagens tericas que defendem a existncia de segmentao ou dualidade no mercado de trabalho so bastante variadas e abrangem uma gama de variveis. Lima (1980) contempla a definio mais usual, caractersticas de mercados de trabalho segmentados. Segundo o autor, a demanda por trabalho, por parte das empresas e a estrutura econmicaprodutiva conformar o mercado de trabalho em primrio e secundrio.

A conformao do mercado de trabalho, da segmentao, mobilidade ocupacional e massa salarial, dependem do poder de mercado das empresas, devido ao poder de monoplio das mesmas e da intensidade tecnolgica das tcnicas produtivas. Logo, nesse enfoque, o papel da educao no menos importante, porm no to explcito e diretamente responsvel pela determinao salarial dos trabalhadores. Desse modo corrobora-se o papel fundamental da educao, que ora estritamente ressaltado na teoria do capital humano, mas que no deixa de ser considerado um fator relevante, no contexto do mercado de trabalho segmentado.

2.1 Caracterizao da amostra na Regio Sul e Restante do Brasil: identificao pessoal, setorial e rendimento do trabalho

As variveis selecionadas objetivam determinar o perfil dos trabalhadores ocupados no mercado de trabalho na Regio Sul e no Restante do Brasil, a fim de qualificar as principais diferenas regionais com base nas caractersticas pessoais, rendimento mdio e setores de atividade. Conforme apresentado na Tabela 1, no que tange as caractersticas pessoais, a varivel escolaridade constitui um aspecto diferenciado e ressaltado na Regio Sul comparativamente ao Restante do Brasil, uma vez que na amostra observada, a Regio Sul possui um percentual menor de pessoas com escolaridade entre 0 a 4 anos de estudo do que nas demais regies brasileiras, ou seja, o nmero de pessoas analfabetas ou (semi)analfabetas menor nessa regio. Situao inversa para pessoas com ensino mdio completo e/ou ensino superior, pois na Regio Sul 11,94% da amostra possui 12 ou mais anos de estudo, enquanto que no Restante do Brasil esse percentual foi de 14,07%, no ano de 2004. Tabela 1 Identificao pessoal da amostra na Regio Sul e Restante do Brasil- termos absolutos (1.000 pessoas) e percentuais relativos 2004 Regio Sul Restante do Brasil

V. absoluto

V. relativoV. absolutoV. relativo

Gnero

Mulher4.73740,5123.92540,14

Homem6.95659,4935.67656,86

Raa/Cor

Brancos9.60283,4128.37947,91

No brancos1.90916,5930.82652,09

Faixa etria

16 a 24 anos2.34620,0612.47925,41

25 a 29 anos1.55813,33 8.59115,98

30 a 39 anos3.12326,7116.19727,28

40 a 49 anos2.73223,3713.32420,32

50 a 65 anos1.93216,53 9.00911,02

Escolaridade

00 a 04 anos1.39012,0611.76519,83

05 a 09 anos4.71740,9321.02235,44

09 a 11 anos5.22745,3625.52243,03

12 ou mais1.57911,94 6.94914,07

Fonte: Dados da pesquisa a partir da PNAD 2004.A proporo feminina na amostra semelhante na Regio Sul e no Restante do Brasil. Apresenta ainda de forma clara maior concentrao de pessoas da cor branca que no Restante do Brasil, com 83,41% e 47,91%, respectivamente. Quanto aos grupos de faixa etria, constata-se que no Brasil h mais pessoas cujas faixas etrias encontram-se entre 16 a 24 anos, j na Regio Sul, verifica-se o oposto, pois na amostra observada, maior a concentrao de pessoas em faixas etrias mais elevadas.

Ao considerar os 29 setores e suas respectivas participaes percentuais na Regio Sul e no pas como um todo, nos quais se apresenta a distribuio da populao ocupada, em termos absolutos e relativos. Tm-se na Tabela 2 os percentuais de participao dos trabalhadores ocupados e gnero em ambas as regies observadas.

Tabela 2 Participao setorial por gnero na Regio Sul e Restante do Brasil termos absolutos (1.000 pessoas) e termos relativos 2004Regio sulRestante do Brasil

Homem MulherHomem Mulher

SetoresAbs.Rel.Abs.Rel.Abs.Rel.Abs.Rel.

1Agronegcio1.239,1720,59163,873,656.818,0720,19916,374,06

2Petrleo0,210,000,000,0053,280,164,220,02

3Ind. Extrativa2,130,040,390,0175,230,225,510,02

4Ind. Alimentar0,190,00146,253,25839,252,48505,202,24

5Txteis45,520,7679,261,76193,690,57361,041,60

6Vest. e Acessrios51,830,86229,135,10194,150,571.041,944,61

7 Couro e Calados155,812,59160,483,57263,550,78207,210,92

8 Madeira (sem mveis)147,312,4540,030,89302,990,9053,520,24

9Celulose, Papel e Grf.96,451,6035,390,79314,240,93126,260,56

10Ind. Qumica89,401,4834,470,74555,121,64183,280,81

11Artigos de Borracha51,680,8615,700,35182,560,5457,710,26

12Min. no metlicos94,791,5716,630,37398,001,1857,360,25

13Siderurgia e Metalurgia191,393,1827,730,62729,752,1681,030,36

14Mq. e Equipamentos119,441,9816,300,36433,981,2867,910,30

15Eletroeletrnicos36,750,6118,390,41175,420,5261,500,27

16Mveis e Ind. Diversas141,862,3669,661,55463,321,37174,070,77

17Ind. Automobilstica68,891,147,940,18414,401,2359,630,26

18SIUP67,951,1312,860,29373,331,1185,280,38

19Construo745,5412,3917,840,404.178,1912,3793,260,41

20Comrcio1.338,0922,23850,4118,926.888,3320,394.060,0017,97

21Transp. e Correio0,420,0128,620,642.207,886,54172,020,76

22Serv. de Informao44,890,7516,560,37227,160,6766,600,29

23Interm. Fin. e Seguros96,501,6083,921,87396,451,17372,511,65

24 Serv. Imob. e Aluguel76,391,2743,750,97520,931,54167,380,74

25 Servios a empresas319,815,31211,084,701.671,014,951.045,654,63

26Educao126,792,11523,8311,65816,432,422.966,9513,14

27Sade91,351,52363,208,08549,211,631.681,017,44

28Serv. Diversos216,433,601.074,6223,911.344,433,986.581,7929,14

29Adm. Pblica361,966,01206,164,592.196,516,501.330,865,89

Total dos Setores6.0191004.49410033.77710022.587100

Fonte: Dados da pesquisa a partir da PNAD 2004.Na amostra nota-se a evidente participao do gnero mulher mais presentes que os homens nos setores (4) Indstria de Alimentos, (5) Txtil, (6) Vesturio e Calados, (23) Intermediao financeira e de Seguros, (26) Educao, (27) Sade, e (28) setor de Servios Diversos. Esse quadro verificado na Regio Sul tpico e tambm ocorre no restante do mercado de trabalho brasileiro, so freqentemente apontados na literatura pertinente como fato devido persistncia das caractersticas da insero feminina no mercado de trabalho. Tabela 3 Participao setorial por categoria de emprego na Regio Sul e Restante do Brasil termos absolutos (1.000 pessoas) e percentuais relativos 2004

Regio sulBrasil

FormalInformalFormalInformal

SetoresAbs.Rel.Abs.Rel.Abs.Rel.Abs.Rel.

1Agronegcio198,933,501.112,4123,171.338,635,376.051,0220,74

2Petrleo0,210,000,000,0055,630,220,000,00

3Ind. Extrativa2,510,040,000,0062,450,2517,960,06

4Ind. Alimentar247,964,3673,441,53791,153,18500,011,71

5Txteis77,271,3642,770,89211,170,85330,601,13

6Vest. e Acessrios131,902,32131,582,74409,721,64771,202,64

7 Couro e Calados254,024,4750,771,06316,221,27130,630,45

8 Madeira (sem mveis)143,262,5234,290,71168,480,68170,290,58

9Celulose, Papel e Grf.96,121,6927,000,56284,761,14123,700,42

10Ind. Qumica108,461,9114,630,30585,492,35131,810,45

11Artigos de Borracha58,701,036,880,14192,130,7736,920,13

12Min. no metlicos82,851,4622,390,47295,081,18137,720,47

13Siderurgia e Metalurgia148,532,6148,971,02537,352,16228,730,78

14Mq. e Equipamentos112,361,9817,780,37420,181,6970,430,24

15Eletroeletrnicos48,930,863,800,08212,560,8519,090,07

16Mveis e Ind. Diversas134,092,3667,761,41209,690,84392,101,34

17Ind. Automobilstica69,771,232,980,06413,011,6652,270,18

18SIUP71,281,258,930,19386,891,5570,070,24

19Construo187,713,30521,7010,871.016,584,083.090,6010,59

20Comrcio1.000,1517,59947,4719,744.135,0516,605.919,5820,29

21Transp. e Correio247,734,36183,333,821.048,764,211.270,504,36

22Serv. de Informao28,030,4926,550,55114,640,46158,360,54

23Interm. Fin. e Seguros143,102,5231,870,66608,152,44142,780,49

24Serv. Imob. e Aluguel75,261,3236,030,75456,021,83199,050,68

25Servios a empresas274,804,83214,664,471.606,836,45969,823,32

26Educao548,429,6498,032,042.727,6210,951.010,103,46

27Sade316,905,57109,512,281.556,776,25575,121,97

28Serv. Diversos403,747,10870,8618,141.990,477,995.836,6420,01

29Adm. Pblica473,628,3394,501,972.765,2111,10762,162,61

Total dos Setores5.6871004.80110024.91710029.171100

Fonte: Dados da pesquisa a partir da PNAD 2004.Segundo Bruschini (2000), a partir da dcada de 90 ocorrem mudanas e continuidades no perfil da mo-de-obra feminina, entre as quais, a persistncia das mulheres em setores menos favorecidos da atividade econmica, da permanncia de fatores significativos como o emprego domstico no-registrado, atividades no-remuneradas ou por conta prpria. So algumas caractersticas que apresentaram avanos positivos nos anos 2000, porm nem todas as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho foram superadas. Persiste o predomnio da participao dos homens principalmente em ocupaes no setor (1) Agronegcio, (2) Indstria extrativa mineral e (19) Indstria da construo.

Na Tabela 3 so abordados os valores absolutos e os relativos (%) de participao de ocupados em empregos formais e informais dentro do total de setores, considerou-se os valores em termos relativos participao efetiva das categorias de cada setor em relao a 100% dos ocupados nos setores. Verificou-se um elevado percentual de ocupados em empregos sem vnculo empregatcio formalizado, principalmente no setor (1) Agronegcio, (19) Construo, (20) Comrcio e (28) Servios diversos, tanto para a Regio Sul como no Restante do Brasil. Uma explicao plausvel para esse fato, alm da sazonalidade recorrente do setor (1) Agronegcio, a elevada representatividade da agricultura familiar, caracterizada pelo parentesco entre o produtor e a mo-de-obra utilizada informalmente nos estabelecimentos agrcolas. Alm disso, nos setores (19) Construo e (20) Comrcio so tpicos a alta rotatividade dos trabalhadores, ligada a aspectos culturais, baixos salrios e pouca especializao dos mesmos.

A conformao da distribuio da ocupao entre os setores relevante em estudos de gerao e distribuio de renda, pois as peculiaridades setoriais esto vinculadas aos rendimentos auferidos pelos trabalhadores. Desse modo, diferencias de rendimento podem ser detectados e explicados por essas caractersticas regionais e/ou setoriais. Outro fator importante e que interfere na gerao de emprego e renda refere-se categoria de emprego, usualmente definida como vnculo formal e informal. Fatores ligados carga de tributos e encargos sociais impostas aos empregadores muitas vezes interfere no tipo de contratao da mo-de-obra, portanto, a literatura correlata procura mensurar impactos decorrentes de aumento do salrio mnimo, por exemplo, sobre o nmero de trabalhadores formais no mercado de trabalho brasileiro. A tendncia que, alm de aspectos culturais, a reproduo do padro de contratao no seja diferente na Regio Sul.

A Tabela 4 mostra a renda mdia do trabalhador por categoria formal e informal classificado entre os setores na Regio Sul e Restante do Brasil. Notou-se que entre os setores com maior valor em termos mdios destacam-se (2) Petrleo, (10) Indstria Qumica, (14) Mquinas e Equipamentos, (15) Eletroeletrnicos, (17) Indstria automobilstica, (18) SIUP, (22) Servios de Informao, (23) Intermediao Financeira e Seguros e (29) Administrao Pblica para a categoria de formal, valores observados em ambas as regies. Ao analisar os setores em forma conjunta verificou-se a discrepncia salarial entre os setores, de modo que, a mdia salarial dos setores esteja abaixo de R$1.000,00 nas duas regies estudadas. A partir da apresentao das variveis selecionadas, bem como das participaes por gnero nos setores de atividade econmica, tem-se um panorama geral do mercado de trabalho brasileiro quanto caracterizao dos trabalhadores. Embora se observe na Regio Sul salrio mdio mais elevado em alguns setores do que no Restante do Brasil, a mdia total de todos os setores de categoria formal no Restante do Brasil apresenta-se mais elevada do que na Regio Sul. Situao oposta encontrada quando se trata do segmento informal da economia, no qual o rendimento mdio total maior na Regio Sul. Tabela 4 Renda Mdia setorial por categoria de emprego na Regio Sul e Restante do Brasil termos absolutos em (R$) 2004

Regio sulBrasil

FormalInformalFormalInformal

1Agronegcio487,41553,51421,21260,46

2Petrleo2.000,0002.236,990

3Indstria Extrativa692,0001.107,52446,42

4Indstria Alimentar646,07474,75633,45342,17

5Txteis200,12728,17620,48177,76

6Vesturio e Acessrios399,64447,1463,72326,54

7 Couro e Calados542,27462,19481,69373,6

8 Madeira-exclusive mveis526,06403,54552,58380,84

9Celulose, Papel e Grfica768,87594,261.019,45595,8

10Indstria Qumica1.023,29828,921.130,68664,68

11Artigos de Borracha704,56485,29879,31596,67

12Minerais no metlicos659,6473,93624,41448,7

13Siderurgia e Metalurgia817,62642,6917,08579,85

14Mquinas e Equipamentos1.014,34914,11.018,72875,58

15 Eletroeletrnicos1.002,27442,121.039,711.272,73

16Mveis e Indstrias Diversas575,74515,9586,39404,26

17Indstria Automobilstica1.047,64751,491.308,98737,23

18SIUP1.236,62599,851.046,22445,78

19Construo676,34499,52713,62425,85

20Comrcio643,25675,25621,37521,92

21Transporte, Correio874,051.151,75803,66765,53

22Servios de Informao1.181,191.094,261.702,431.511,44

23Interm. Financeira e Seguros1.830,02924,461.624,041.160,06

24Servios Imobilirios e Aluguel576,13882,84584,89960,68

25Servios prestados a empresas691,081235,31184,87736,46

26Educao963,56604,92894,79464,54

27Sade862,931.220,23870,531.146,12

28Servios Diversos479,94314,8514,4284,57

29Administrao Pblica1.346,00730,921.308,84790,00

Mdia dos Setores849,73649,36934,75612,03

Fonte: Dados da pesquisa a partir da PNAD 2004.A seguir, tem-se a descrio da metodologia utilizada para mensurar a gerao e multiplicao de emprego e renda, na matriz inter-regional, da Regio Sul e Restante do Brasil para o ano de 2004.

3. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS3.1 Fonte de dados

Para a realizao deste estudo foi utilizada a estrutura setorial da matriz insumo-produto inter-regional Regio Sul Restante do Brasil, de 55 setores, estimada por Guilhoto e Sesso Filho (2005) para o ano de 2004. Utilizou-se ainda dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE, 2004).3.2 Procedimento de Pesquisa

A anlise dos dados obtidos por meio da PNAD de 2004 foi realizada a partir de uma amostra selecionada pelos autores. Constituda por indivduos que se declararam ocupados no setor urbano e eram economicamente ativos no ano de 2004, foram excludos da amostra os indivduos com idade inferior a 16 anos ou superior a 65 anos e os indgenas, devido a pouca representatividade populacional. So classificados como ocupados, segundo o IBGE, os indivduos que no perodo de referncia especificado (semana de referncia ou perodo de referncia de 365 dias) tinham trabalho durante todo ou parte desse perodo. Incluram-se, ainda, como ocupadas as pessoas que no exerceram o trabalho remunerado que tinham no perodo especificado por motivo de frias, licena, greve, etc. Desse modo, define-se a ocupao como sendo o cargo, funo, profisso ou ofcio exercido pela pessoa, os quais podem formar grupos ocupacionais de acordo com a similaridade da ocupao.

A classificao da fora de trabalho, segundo as posies na ocupao consiste em: empregador, autnomo e empregado; exclui-se da amostra o trabalhador no remunerado, trabalhador na produo para o prprio consumo e da construo para o prprio uso. A condio na ocupao considera, como trabalhador formal, os empregados e trabalhadores domsticos com carteira assinada, militares e funcionrios pblicos estatutrios e, como trabalhador informal, os empregados e trabalhadores domsticos sem carteira assinada e trabalhadores autnomos. O estudo da renda no engloba as contribuies sociais efetivas, considera-se, portanto, o rendimento mdio obtido do trabalho, distribudo nos setores analisados.3.3 Mtodos bsicos de anlise

3.3.1 Matriz insumo-produto inter-regional com duas regiesO modelo inter-regional de insumo-produto, tambm chamado de Modelo Isard, requer uma grande massa de dados, reais ou estimados, principalmente quanto s informaes sobre fluxos intersetoriais e inter-regionais (GUILHOTO, 2006 apud Isard, 1951).

No sistema inter-regional, h uma troca de relaes entre as regies, exportaes e importaes, que so expressas por meio do fluxo de bens que se destinam tanto ao consumo intermedirio como demanda final. De forma sinttica, pode-se apresentar o modelo, a partir do exemplo hipottico dos fluxos intersetoriais e inter-regionais de bens para as regies L e M, com 2 setores, como se segue na Figura 1:

- fluxo monetrio do setor i para o setor j da regio L,

- fluxo monetrio do setor i da regio M, para o setor j da regio L.

Setores - Regio LSetores - Regio MDF LDF M

Set.

Reg.

LInsumos Intermedirios LLInsumos Intermedirios LM LL LMProd.

Total

L

Set.

Reg.

MInsumos Intermedirios MLInsumos Intermedirios MM MLMMProd.

Total

M

Imp. Resto Mundo (M)Imp. Resto Mundo (M)MMM

Impostos Ind. Liq. (IIL)Impostos Ind. Liq. (IIL)IILIILIIL

Valor AdicionadoValor Adicionado

Prod. Total Regio LProd. Total Regio M

Figura 1 - Relaes de Insumo-Produto num sistema inter-regional

Fonte: Guilhoto (2006).

Pode-se montar a matriz: Z = em que e representam matrizes dos fluxos monetrios intra-regionais, e e , representam matrizes dos fluxos monetrios inter-regionais. (SESSO FILHO et al, 2011)A matriz inter-regional estimada por Guilhoto e Sesso Filho (2005) possui como Estados componentes da Regio Sul: Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para a realizao do estudo se agregou os Estados para compor a matriz inter-regional Z (Regio Sul- Restante do Brasil). Alm da agregao dos Estados que compe a Regio Sul, os 55 setores da matriz inter-regional estimada foram agregados em 29 setores, conforme apresentado no anexo A. 3.3.3. Multiplicadores

A partir dos coeficientes diretos e da matriz inversa de Leontief, possvel estimar, para cada setor da economia, o quanto gerado direta e indiretamente de emprego, importaes, impostos, salrios e valor adicionado para cada unidade monetria produzida para a demanda final. O gerador:

Em que:

o impacto total, direto e indireto, sobre a varivel em questo;

o ij-simo elemento da matriz inversa de Leontief e

o coeficiente direto da varivel em questo.

A gerao de emprego dentro dos setores econmicos parte do pressuposto de aumento na demanda final. O multiplicador encontrado, ento, dividindo-se o gerador pelo respectivo coeficiente direto:

Em que representa o multiplicador da varivel em questo, ou seja, o quanto gerado, direta e indiretamente, de emprego ou renda, no caso do presente estudo, para cada unidade diretamente gerada desses itens. O multiplicador de emprego e renda MVj que indica o quanto se produz para cada unidade monetria gasta no consumo final definido como:

o multiplicador da varivel do j-simo setor e as outras variveis so definidas segundo o expresso anteriormente. Quando o efeito de multiplicao se restringe somente demanda de insumos intermedirios, estes multiplicadores so chamados de multiplicadores do tipo I (GUILHOTO, 2006).

Este estudo objetiva-se na anlise dos multiplicadores do tipo I, de modo que este fornea o nmero de postos de trabalho gerados na economia em relao a cada setor de interesse, incorporando efeitos diretos e indiretos. O efeito do multiplicador neste estudo considera a demanda de insumos intermedirios, no endogeneizando a demanda das famlias.4. RESULTADOS E DISCUSSOA partir da matriz inter-regional e dos microdados da PNAD do ano de 2004, relativos s pessoas ocupadas, verificou-se o quanto de empregos e rendimento foi gerado direta e indiretamente, considerando o aumento de R$1.000.000,00 na demanda final.A Tabela 5 apresenta os nveis de gerao de emprego segundo a categoria formal e informal na Regio Sul e Restante do Brasil, em resposta a um incremento de 1.000.000 de reais na demanda final. Os setores (5) Vesturio e Acessrios, (6) Couro e Calados, (26) Educao e (28) Servios Diversos, apresentam maior incremento no emprego formal para os Estados da Regio Sul e Restante do Brasil. Em relao ao setor informal, verifica-se que os setores de (1) Agronegcio, (3) Indstria Alimentar, (5) Vesturio e Acessrios, (19) Construo e (28) Servios Diversos, para a Regio Sul e Restante do Brasil, possuem maior gerao de emprego como resposta ao aumento da demanda final. Ao se comparar a inter-relao das matrizes da Regio Sul e Restante do Brasil quanto formalidade nota-se uma uniformidade entre os 29 setores, com destaque para o setor (1) Agronegcio, que apresenta um nvel de empregos formal inferior ao de empregos informais, caracterizando-se como o que possui maior informalidade entre os demais setores em anlise. O setor (28) Servios Diversos, categoria que engloba servios como: servios e manuteno e reparao, alojamento e manuteno e outros servios conforme descrito no Anexo A, apresentou um nvel de gerao de emprego informal superior ao formal, fato que pode ser explicado pela adio de trabalhadores autnomos na categoria de informal.

O setor (19) Construo Civil apresenta um elevado nvel de gerao de emprego na categoria informal, sendo que este setor o maior componente da Formao Bruta de Capital Fixo e, por conseqncia, dos investimentos totais no pas. Seu desempenho para o ano de 2004, segundo Kureski et al (2008), mostra que o PIB do setor corresponde a 7,59% da economia brasileira, tendo gerado 15,2 milhes de empregos em 2004 .

No setor de (20) Comrcio, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comrcio divulgada pelo IBGE, indicou-se crescimento de 6,1% nas vendas do comrcio varejista em relao ao mesmo perodo de 2003, o crescimento de segmentos como hipermercados e comrcio varejista de calados demonstraram um crescimento substancial. O comrcio encerrou o ano de 2004 mantendo o quadro de taxas positivas, registrando na relao dezembro 04/dezembro 03 variaes de 18,76% para receita nominal de vendas e de 11,43% no volume de vendas. (IBGE, 2006).

A informalidade no setor (1) Agronegcio pode ser explicada, segundo Dinardi (2001), devido o fato de a agricultura ser composta em grande parte pela agricultura familiar, a qual se caracteriza por pequena propriedade e baixo rendimento. Abramovay (2000) relata que a agricultura familiar pode empregar trabalhadores permanentes e at cinco temporrios.

Tabela 5 Nveis de emprego segundo a categoria de emprego, na Regio Sul e Restante do Brasil, por setores de atividade econmica 2004Regio SulRestante do Brasil

FormalInformalFormalInformal

1Agronegcio17,1772,9324,6598,82

2Petrleo8,836,948,457,92

3Indstria Extrativa18,465,3512,298,79

4Indstria Alimentar20,7042,7920,8250,32

5Txteis27,9826,3320,2234,72

6Vesturio e Acessrios36,4439,0338,3668,91

7Couro e Calados37,5419,3433,5324,40

8Madeira-exclusive mveis25,2219,2828,2537,38

9Celulose, Papel e Grfica14,2112,4413,5012,88

10Indstria Qumica8,387,268,579,18

11Artigos de Borracha16,768,3613,299,41

12Minerais no metlicos20,5610,1919,1513,28

13Siderurgia e Metalurgia15,818,0510,347,44

14Mquinas e Equipamentos14,217,1113,427,77

15Eletroeletrnicos14,666,7612,637,66

16Mveis e Indstrias Diversas27,2217,5217,4626,42

17Indstria Automobilstica13,858,2212,839,12

18SIUP6,463,426,803,92

19Construo17,6033,3615,6233,65

20Comrcio25,6024,1028,3939,21

21Transporte e Correio17,5314,7117,1621,14

22Servios de Informao14,6113,6010,7913,08

23Interm. Financeira e Seguros11,316,679,856,59

24Servios Imob. e Aluguel3,262,423,142,24

25Servios prestados a empresas28,2423,1625,3118,34

26Educao42,3112,7533,4716,71

27Sade26,1415,0425,0815,80

28Servios Diversos33,1566,6729,0077,08

29Administrao Pblica20,118,3318,939,46

Fonte: Resultados da pesquisaSetores como (2) Petrleo, (10) Indstria Qumica, (18) SIUP e (24) Servios de Imobilirios e Aluguel, foram os que apresentaram menor nvel na gerao de empregos tanto na categoria formal quanto informal, em ambas as regies abordadas.

No que tange ao multiplicador de emprego do Tipo I destaca-se que para cada emprego criado no setor j, h um total de Wj empregos criados na economia como um todo. Logo, ao analisar os multiplicadores de emprego obtidos a partir do choque positivo aplicado na demanda final, tem-se os resultados apresentados na Tabela 6. Os Setores (2) Petrleo, (10) Indstria Qumica, (17) Indstria automobilstica foram os que se destacaram entre os demais em termos de multiplicao de empregos, quando considerada a categoria de ocupao formal. tpico do setor (2) Petrleo a formalidade do vnculo empregatcio, verificado neste estudo, para ambas as regies.Tabela 6 Multiplicador de emprego segundo a categoria de emprego, na Regio Sul e Restante do Brasil, por setores de atividade econmica 2004.

Regio SulRestante do Brasil

FormalInformalFormalInformal

1Agronegcio1,631,251,301,16

2Petrleo16,160,0010,900,00

3Indstria Extrativa1,570,002,105,26

4Indstria Alimentar3,6226,743,9415,12

5Txteis1,732,941,982,17

6Vesturio e Acessrios1,511,621,371,31

7 Couro e Calados1,704,371,743,05

8 Madeira-exclusive mveis1,785,701,662,18

9Celulose, Papel e Grfica2,387,422,224,87

10Indstria Qumica6,5638,895,0120,65

11Artigos de Borracha1,847,742,127,66

12Minerais no metlicos1,693,121,662,47

13Siderurgia e Metalurgia1,872,882,554,31

14Mquinas e Equipamentos2,507,932,317,98

15 Eletroeletrnicos2,3513,942,6417,89

16Mveis e Indstrias Diversas1,531,941,941,57

17Indstria Automobilstica4,5463,054,0422,71

18SIUP2,8812,202,588,26

19Construo1,791,221,781,26

20Comrcio1,211,201,181,14

21Transporte, Correio1,621,841,591,62

22Servios de Informao2,042,012,241,97

23Interm. Financeira e Seguros2,316,122,276,49

24Servios Imob. e Aluguel1,432,221,352,21

25Servios prestados a empresas1,251,311,261,51

26Educao1,141,921,141,54

27Sade1,462,421,412,39

28Servios Diversos1,271,191,311,19

29Administrao Pblica1,362,821,322,40

Fonte: Resultados da pesquisa.

Observa-se que os setores (3) Indstria Alimentar, (10) Indstria Qumica, (15) Eletroeletrnicos possuem um efeito multiplicador maior no setor informal em comparao aos demais setores, tambm apresentam maior efeito multiplicador na categoria informal do que na formal. A Indstria Alimentar est diretamente ligada ao Agronegcio, conforme destaca Bankuti, Shiavi e Souza Filho (2005), j que representa mais um canal de comercializao, com grande incentivo participao (maior preo recebido) e baixo nvel de enforcement da legislao sanitria.

A Tabela 7 apresenta os nveis de renda segundo a categoria de emprego, por setores de atividade econmica. Indica o quanto se gera de renda, direta e indiretamente para cada unidade monetria acrescida na demanda final, nota-se que os setores que mais agregaram valor, na categoria formal, na Regio Sul foram: (3) Indstria Extrativa, (23) Intermediao Financeira e Seguros, (26) Educao, (28) Servios Diversos, (29) Administrao Pblica. No Restante do Brasil destacou-se (26) Educao. Tabela 7 Nveis de renda segundo a categoria de emprego, na Regio Sul e Restante do Brasil, por setores de atividade econmica 2004

Regio SulRestante do Brasil

FormalInformalFormalInformal

1Agronegcio0,110,100,160,10

2Petrleo0,160,070,120,09

3Indstria Extrativa0,200,050,110,06

4Indstria Alimentar0,140,110,150,10

5Txteis0,100,150,170,07

6Vesturio e Acessrios0,150,140,190,12

7 Couro e Calados0,190,150,200,14

8 Madeira-exclusive mveis0,140,110,170,12

9Celulose, Papel e Grfica0,130,110,150,10

10Indstria Qumica0,100,070,110,07

11Artigos de Borracha0,140,100,140,10

12Minerais no metlicos0,150,120,150,11

13Siderurgia e Metalurgia0,130,100,110,07

14Mquinas e Equipamentos0,150,120,140,11

15 Eletroeletrnicos0,150,090,120,11

16Mveis e Indstrias Diversas0,140,110,150,10

17Indstria Automobilstica0,160,130,160,10

18SIUP0,120,070,100,05

19Construo0,120,090,140,09

20Comrcio0,160,170,160,13

21Transporte, Correio0,150,180,150,12

22Servios de Informao0,110,110,130,11

23Interm. Financeira e Seguros0,200,120,190,14

24Servios Imobilirios e Aluguel0,010,020,020,02

25Servios prestados a empresas0,150,220,220,14

26Educao0,370,240,400,21

27Sade0,190,240,200,22

28Servios Diversos0,250,170,230,13

29Administrao Pblica0,310,180,290,18

Fonte: Resultados da pesquisa.Estudos mostram como o nvel educacional um componente importante na gerao e elevao da renda da populao. O Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia de So Paulo- FGV- analisou a relao entre os efeitos da alfabetizao de adultos sobre salrio e emprego, obteve uma relao positiva entre alfabetizao e aumento de renda, destacou que um adulto analfabeto, ao aprender a ler e escrever tem um aumento em torno de 10% em sua renda. Entre aqueles que so empregados formais esse valor passa para cerca de 15% (PONCZEK e ROCHA, 2009).Ao analisar os resultados do multiplicador de renda, na Tabela 8 so apresentados, segundo a categoria de emprego formal e informal na Regio Sul e Restante do Brasil, os resultados do estudo. O setor (10) Indstria Qumica apresentou o maior multiplicador de renda, para ambas as regies, tanto para a categoria formal quanto informal, seguido pelo setor (3) Indstria Alimentar.Tabela 8 Multiplicador da renda segundo a categoria de emprego, na Regio Sul e Restante do Brasil, por setores de atividade econmica 2004

Regio SulRestante do Brasil

FormalInformalFormalInformal

1Agronegcio2,021,711,421,45

2Petrleo1,860,002,742,55

3Indstria Extrativa1,430,002,303,20

4Indstria Alimentar3,463,833,574,28

5Txteis4,551,881,952,93

6Vesturio e Acessrios2,111,801,791,60

7 Couro e Calados2,232,142,051,96

8 Madeira-exclusive mveis2,172,201,871,87

9Celulose, Papel e Grfica2,232,301,871,99

10Indstria Qumica4,604,552,924,03

11Artigos de Borracha2,122,262,001,99

12Minerais no metlicos1,942,021,841,79

13Siderurgia e Metalurgia2,122,072,312,37

14Mquinas e Equipamentos2,232,072,091,93

15 Eletroeletrnicos2,153,042,622,02

16Mveis e Indstrias Diversas2,151,991,911,90

17Indstria Automobilstica2,732,922,572,94

18SIUP1,732,131,912,33

19Construo1,972,061,701,83

20Comrcio1,281,261,321,27

21Transporte, Correio1,651,431,731,53

22Servios de Informao2,032,101,851,69

23Interm. Financeira e Seguros1,471,751,531,52

24Servios Imob. e Alugul1,971,561,931,38

25Servios prestados a empresas1,451,231,311,36

26Educao1,111,171,101,14

27Sade1,481,321,481,24

28Servios Diversos1,281,361,311,38

29Administrao Pblica1,201,301,221,25

Fonte: Resultados da pesquisa.

Os maiores multiplicadores na Regio Sul, na categoria formal so os setores (4) Indstria Alimentar, (5) Txteis e (10) Indstria Qumica; para a categoria informal os setores (4) Indstria Alimentar, (10) Indstria Qumica e (15) Eletroeletrnicos. Quanto ao conjunto dos Estados componentes do Restante do Brasil tem-se a (4) Indstria Alimentar, (3) Indstria Extrativa e (10) Indstria Qumica com o maior efeito multiplicador da renda para a categoria informal, ao passo que no segmento formal do mercado de trabalho, alm dos setores (10) Indstria Qumica e (4) Indstria Alimentar, o setor (2) Petrleo contribui significativamente para aumento no rendimento do Restante do Brasil. CONSIDERAES FINAISEste estudo apresentou anlises descritivas estatsticas e o efeito multiplicador do emprego e do rendimento para os setores de atividade econmica da Regio Sul e Restante do Brasil, no ano de 2004. A base informacional a matriz de insumo-produto estimada por Guilhoto e Sesso Filho (2005) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD).Os principais resultados observados referente s anlises estatsticas mostram grandes semelhanas nas amostras das duas regies, tais como a participao do gnero feminino nos setores. Destacou-se a evidente concentrao da raa/cor branca na Regio Sul 83,41% o que no verificado para o Restante do Brasil em que corresponde a um percentual de 47,41% fato explicado pelo processo de colonizao das regies brasileiras. Ao averiguar a distribuio intersetorial de empregos e renda o setor (1) Agronegcio mostrou-se predominncia de ocupao do gnero masculino e no setor (26) Educao, acentuada presena de mulheres. Quanto as categoria de emprego formal e informal, o setor (1) Agronegcio possui maior informalidade, seguido do setor (19) Construo. Os maiores rendimentos mdios so observados nos setores (2) Petrleo e (23) Intermediao Financeira e Seguro, ao considerar a categoria formal nas duas regies.

Os resultados inerentes ao estudo dos multiplicadores do tipo I em termos de gerao e multiplicao do emprego e renda, mostraram-se similares em ambas as regies, com pouca discrepncia setorial. Os nveis de gerao de emprego, segundo a categoria formal e informal na Regio Sul e Restante do Brasil, evidenciou-se que os setores (5) Vesturio e Acessrios, (6) Couro e Calados, (26) Educao e (28) Servios possuem maior incremento no emprego formal para ambas as regies. Os dados apresentados mostram que a capacidade de gerar empregos diretos informais maior para algumas atividades como: (1) Agronegcio e (3) Indstria Alimentar, os quais apresentam maior incremento na categoria informal. J na categoria formal, destacam-se os Setores (3) Indstria Alimentar, (10) Indstria Qumica e (15) Eletroeletrnicos, fato que sugere a importncia de melhorias na legislao quanto a empregabilidade, criao de novas empresas e ainda no requisito flexibilizao de encargos sociais, seguridade social e burocracia.No que tange o multiplicador de renda, indicou-se na Regio Sul e Restante do Brasil que o setor (10) Indstria Qumica apresenta o maior valor para ambas as regies nas categorias formal e informal, seguido pelo setor (3) Indstria Alimentar. A gerao de renda, segundo a categoria de emprego, por setores de atividade econmica, indicou o quanto se gerou de renda, direta e indiretamente para cada unidade monetria produzida na demanda final. Desse modo, os setores que mais agregaram valor, na categoria formal da Regio Sul foram a (3) Indstria Extrativa, (23) Intermediao Financeira e Seguros e (26) Educao. No Restante do Brasil destacou-se (26) Educao. Os resultados referentes ao nvel de renda gerados na economia tiveram destaque para o setor (26) Educao, o que demonstra o quanto esse setor precisa de polticas direcionadas a contribuir na gerao de valor e incremento setorial, j que um setor crucial para o efetivo crescimento e desenvolvimento econmico e social do pas.REFERNCIASAbramovay, R. Agricultura, diferenciao social e desempenho econmico. Projeto IPEA-NEAD/MDA Banco Mundial, So Paulo, FEA-USP, 2000.

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1Agricultura, silvicultura, explorao florestal1Agronegcio

2Pecuria e pesca

3Petrleo e gs natural2Petrleo

4Minrio de ferro3Indstria Extrativa

5Outros da indstria extrativa

6Alimentos e Bebidas4Indstria Alimentar

7Produtos do fumo

8Txteis5Txteis

9Artigos do vesturio e acessrios6Vesturio e Acessrios

10Artefatos de couro e calados7Couro e Calados

11Produtos de madeira - exclusive mveis8Madeira - exclusive mveis

12Celulose e produtos de papel9Celulose, Papel e Grfica

13Jornais, revistas, discos

14Refino de petrleo e coque10Indstria Qumica

15lcool

16Produtos qumicos

17Fabricao de resina e elastmeros

18Produtos farmacuticos

19Defensivos agrcolas

20Perfumaria, higiene e limpeza

21Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

22Produtos e preparados qumicos diversos

23Artigos de borracha e plstico11Artigos de Borracha

24Cimento12Minerais no metlicos

25Outros produtos de minerais no-metlicos

26Fabricao de ao e derivados13Siderurgia e Metalurgia

27Metalurgia de metais no-ferrosos

28Produtos de metal - exclusive mquinas e equipamentos

29Mquinas e equipamentos, inclusive manuteno e reparos14Mquinas e Equipamentos

30Mquinas para escritrio e equipamentos de informtica

31Eletrodomsticos15Eletroeletrnicos

32Mquinas, aparelhos e materiais eltricos

33Material eletrnico e equipamentos de comunicaes

34Aparelhos/instrumentos mdico-hospitalar, medida e ptico

35Mveis e produtos das indstrias diversas16Mveis e Indstrias Diversas

36Automveis, camionetas e utilitrios17Indstria Automobilstica

37Caminhes e nibus

38Peas e acessrios para veculos automotores

39Outros equipamentos de transporte

40Eletricidade e gs, gua, esgoto e limpeza urbana18SIUP

41Construo19Construo

42Comrcio20Comrcio

43Transporte, armazenagem e correio21Transporte, Correio

44Servios de informao22Servios de Informao

45Intermediao financeira e seguros23Interm. Financeira e Seguros

46Servios imobilirios e aluguel24Servios Imob. E Aluguel

47Servios prestados s empresas25Servios prestados a empresas

48Educao mercantil26Educao

49Educao pblica

50Sade mercantil27Sade

51Sade pblica

52Servios de manuteno e reparao 28Servios Diversos

53Servios de alojamento e alimentao

54Outros servios

55Administrao pblica e seguridade social29Administrao Pblica

Fonte: Elaborao dos Autores Mestrandas em Economia Regional, Programa de Ps Graduao em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) HYPERLINK "mailto: [email protected]" [email protected], HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected].

Professor do Mestrado em Economia Regional do Programa de Ps Graduao em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Programa de Ps Graduao em Cincias Econmicas (PCE) da Universidade Estadual de Maring (UEM) HYPERLINK "mailto:[email protected]" \t "_blank" [email protected].

3 Professores do Mestrado em Economia Regional do Programa de Ps Graduao em Economia (PPE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected], HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected]

Rosentein-Rodan: Problems of industrialization of Eastern and South-Eastern Europe. Economic Journal, 53. 1943.

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