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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO XIV - Nº 155 - SETEMBRO– 2008 EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected] Vença o bloqueio e dance! Páginas 10 e 11 14 anos Jornal pioneiro na dança de salão. Fundado em julho de 1994 Completo na Internet www.jornaldance.com.br Fale com a gente [email protected]

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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O XIV - Nº 155 - SETEMBRO– 2008EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected]

Vença o bloqueio e dance! Páginas 10 e 11

14 anosJornal pioneiro

na dança de salão.Fundado em julho de 1994

Completo na Internet

www.jornaldance.com.brFale com a gente

[email protected]

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2 Setembro/2008

Milton Saldanha

O jornal Dance, com 14 anos, é mensal e distribuído gratui-tamente nas principais instituições de dança, públicas e priva-das, da Região Metropolitana da Grande São Paulo. Temtambém repartes menores em diversas cidades brasilei-ras. Com tiragem de 10 mil exemplares, pode ser encontradonas melhores academias, bailes, casas noturnas, festivais dedança, eventos, restaurantes e outros locais, inclusive nãodançantes, como bares, padarias, lojas, etc. Está tambémcompleto na Internet.

Editor e jornalista responsável: Milton Saldanha (MTb.3.419; matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). RepórterEspecial: Rubem Mauro Machado (Rio de Janeiro); DanceCampinas; Luiza Bragion, editora regional; Ilustrações:Pedro de Carvalho Machado. Fotos: Milton Saldanha. Co-laboradores: Alexandre Barbosa da Silva (diagramação);Pedro de Carvalho Machado e André de Carvalho Machado.Impressão: LTJ Editora Gráfica. Reg. INPI: 820.257.311.Produção: Syntagma Comunicação Social.

Endereço: Rua Pais da Silva, 60 - Chácara Santo Antonio/Santo Amaro, São Paulo/SP. CEP 04718-020.Tels./Fax (11) 5182-3076 / 5184-0346 / 8192-3012Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet: Agen-da da Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected] reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor. Nenhumapessoa que não conste neste Expediente está autorizada a falar em nome do jornal.

Galvão Bueno, da Globo, inven-tou uma estranha teoria na Olim-píada da China: “medalha de

bronze é vitória; medalha de prata é der-rota”. Sua explicação para a tese malu-ca: o atleta tem que brigar pela medalhade bronze, ou não leva nada. Já a meda-lha de prata, segundo o criativo locutor,é uma derrota porque significa a perdado ouro.

E para o Galvão Bueno, depois des-sa, que medalha você daria?

É tão absurdo que eu até gosto. Comomeu sinal entra pela TVA, o pior é queme dou conta que pago para ouvir essascoisas.

Não bastasse o Brasil não saber per-der, ainda recebe esse tipo de educaçãode um veículo de massas do porte daGlobo. Onde, a propósito, já trabalheidurante minha carreira e vi como era di-fícil fazer um jornalismo realmente dequalidade. Havia barreiras de todo tipo,principalmente na célebre campanha dasDiretas Já, que acompanhei na chefia dereportagem do início até a lastimávelderrota no Congresso. Mas reconheçoque a Globo melhorou muito de algunsanos para cá, depois de sepultada a eraCollor, que ajudou a eleger por ordem da

“Algum dia aprenderemos que a felicidade se alicerça acima de tudo nasolidariedade e no humanismo. No desapego ao luxo inútil e medíocre. E também

nas conquistas menores, por vezes tão valiosas e nem tão menores assim”.

Ser vencedor, ou derrotado,às vezes é apenas uma questão de escolha

direção e contra a vontade da maioria dosfuncionários, principalmente jornalistas.

Os festivais e concursos de dançaque cubro há 14 anos, e os grandes even-tos esportivos que venho acompanhan-do a vida inteira, me convencem cadavez mais que somos um povo trágico nahora da competição: temos uma enormedificuldade de lidar com a derrota, que éum fato normal na vida do ser humano,principalmente no esporte e nas artes. Epior: transformamos maravilhosas vitó-rias em perdas lastimáveis pelo resto davida. Um exemplo é este, da medalha deprata. Um narrador, que tem seus mo-mentos de brilho, é honesto reconhecer,com um poderoso microfone na mão derepente fala uma barbaridade destas,classificando medalha de prata como der-rota. E quase todo mundo aceita e com-partilha dessa dor.

Caramba, vamos parar e pensar: amedalha de prata representa naqueledado momento o segundo melhor domundo numa determinada modalidade,individual ou coletiva. Brasileiros, isso éuma tremenda vitória! Quantos lutaram,às vezes com admirável competência egarra, e ficaram muito longe disso?

Todos aqueles que voltaram da Chi-na com medalhas no peito, mesmo debronze, deveriam ter sido recebidos comfesta, aplausos, desfile em carro de bom-beiro. Inclusive para se começar a ree-ducar nosso povo contra sua visão pes-simista de tudo.

Ao longo da minha vida de 63 anos jávi muitos dias de luto no Brasil. Um de-les, impossível de esquecer, foi aqueleda derrota da nossa Seleção para a Fran-ça, na Copa do Mundo. É claro que agente queria vencer, trazer o caneco,mas não deu. Jogamos mal e eles joga-ram bem. Mereceram. Passada a naturaldecepção inicial, xingado todo mundoque tinha que ser xingado, o que seriamelhor: ficar chorando como fracos, oufestejar como fortes a façanha de ser vicenum torneio com tantos países e tão durode vencer? Infelizmente, nossa opção foia primeira. Creio que, atingidos no or-gulho, e não preparados emocionalmen-te para aceitar perder, sequer nos pas-

sou pela cabeça a segunda alternativa.Algo muito semelhante ao que se passacom Cuba, que ainda não assimilou suadecadência nos jogos olímpicos, onde nopassado se alinhava com as grandes po-tências Estados Unidos e antiga UniãoSoviética.

Tudo o que a gente conseguiu comaquele dia de luto foi dar mais gostinho arivais, tipo Argentina, que já estavam emcasa há muitos dias, desclassificados.

O Brasil teria mostrado outra postu-ra ao mundo se tivesse feito uma grandefesta pela conquista de vice-campeão.Aliás, além da coleção de vitórias totais,dois vice em copas do mundo. Não épara qualquer time.

Por que a gente não vê isso?Certamente porque nos incutiram

uma falsa noção de valor, a do tudo ounada. Que se pode detectar culturalmentena intolerância religiosa, no ranço políti-co, na divisão extremada das classessociais. Somos o país dos extremos. Darua Oscar Freire e do Capão Redondo.Da lata velha e do carrão cintilante. Dafloresta densa e do desmatamento semcontrole. Do homem de bem e do bandi-do sem piedade. Do egoísta e do gene-roso. Do honesto e do corrupto. Da dig-nidade e da falta de pudor. Do campeãomundial e do pior dos abatidos, ainda queseja o vice.

Parabéns então aos nossos jovens dasalsa, que há dois anos consecutivosretornam do acirrado campeonato mun-dial de Porto Rico com a moral dos ven-cedores. E são! Não conseguimos ain-da o primeiro lugar, talvez um dia a gen-te chegue lá, mas eles sabem que estarentre os dez melhores do mundo é umatremenda façanha. Como foi tambémver alguns dos nossos tangueiros nasfinais do portentoso mundial de BuenosAires.

Só me falta alguém dizer que, ao con-trário do futebol, a dança não é movidapor paixão. Responderia: não existe dançasem tremenda paixão.

Seguidamente penso na sorte histó-rica deste país: ao contrário de tantosoutros, nunca sofreu nos tempos mo-dernos uma invasão militar do seu terri-

tório. Como a gente carregaria o pesodisso? Como lidaria com o trauma? Eu-ropeus superaram a ponto de criar ummercado e uma moeda comum. Asiáti-cos hoje são alinhados comerciais e po-líticos dos seus inimigos de ontem, in-clusive de quem destruiu suas lavourase jogou bomba atômica em suas cida-des.

Nós, certamente, passaríamos o restoda vida achando culpados. Não é a toaque tanta gente ainda atribui nossos de-feitos à herança genética da colonizaçãoportuguesa, como se os demais povosfossem formados por sábios e santos.Ignoram que uma vasta civilização pré-colombiana, do norte do Canadá à Terrado Fogo, foi dizimada pelos colonizado-res das Américas. Ignoram o genocídioque eles promoveram em toda extensãoda África, além de impedir que a educa-ção chegasse aos seus povos para nãoabrir as portas da liberdade e do desen-volvimento. Ignoram que foram todosos países da costa ocidental da Europaque transformaram o Mar do Norte nomais poluído do mundo. E que os norte-americanos, que cobiçam nossa Amazô-nia sob o pretexto da proteção ecológi-ca, acabaram com seus índios edesmataram a maior parte do territóriodos Estados Unidos, incluindo o Alasca.Como se não bastasse, jogaram o Agen-te Laranja em vastas áreas do SudesteAsiático, um crime que impede que nas-ça qualquer coisa em solos que anteseram férteis.

É com visão crítica, cultura e infor-mação que a gente sai do estágioderrotista e subserviente para uma con-cepção de Brasil realista mas sem pre-conceito e sem complexo de inferiorida-de em relação aos países mais ricos.Neles também o que não falta é podri-dão.

Algum dia aprenderemos que a feli-cidade se alicerça acima de tudo na soli-dariedade e no humanismo. No desape-go ao luxo inútil e medíocre. E tambémnas conquistas menores, por vezes tãovaliosas e nem tão menores assim. Puxa,é tão simples!

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3Setembro/2008

Para quem anda com saudades de umabanda gostosa de dançar, e que resgataalguns dos grandes sambas do passado

(do passado é maneira de dizer, porque sãoeternos), eis que surge a ABC Gafi.

Foi uma grata surpresa ver a estréia dabanda num grande baile, no Tênis Clube deSanto André, onde Anderson Mendes eVanessa Jardim comemoravam os dois anosde parceria, com a presença do mestre do ca-sal e convidado especial Jimmy de Oliveira,do Rio. Nascida há menos de dois meses, abanda toca todas as quintas na Troppo, umapequena e simpática casa de danças de SãoCaetano do Sul, mas até então não tinha expe-rimentado mover a pista de um grande salão.

A ABC Gafi ainda precisa de um poucomais de tempo para chegar perto da sua quasehomônima Cometa Gafi, ou da tradicionalFarinha Seca, mas está nesse caminho anima-dor. O mercado vive uma super-oferta de ban-das, mas aquelas realmente de qualidade paraouvir e dançar a gente conta nos dedos. E con-ta em menos dedos ainda aquelas que valori-zam o extraordinário samba e o originalíssimochorinho do nosso país, interpretandoPixinguinha, Noel Rosa, Ary Barroso,Chiquinha Gonzaga, Cartola, Lupicinio e tan-tos outros não apenas injustamente, mas cri-minosamente esquecidos.

Que me perdoem os apreciadores do pa-gode de porta de padaria, existe gosto paratudo e a gente tem que ser tolerante, a diversi-dade faz parte do mundo, mas os grandes sam-bas são os grandes sambas: eternos, lindos,poéticos, musicalmente ricos e inesquecíveispara quem tem bom gosto e, porque não di-zer, cultura musical.

A bem-vinda ABC Gafi nasce embalada

Seja bem-vindaBanda ABC Gafi!

nesse propósito e merece todas as oportuni-dades. Tem ainda muitos ajustes pela frente, éperceptível, mas chegará lá com certeza por-que reúne um plantel de músicos e vocal damelhor qualidade, arrebanhados um a um pelabatalhadora bailarina e grande dançarina desalão Magali Aparecida Sanches.

Habituada com o baile, e profissional dedança, a Magali tem a intuição que falta aosempresários que só pensam em ganhar algunstrocados e fazem todo tipo de concessão aogosto duvidoso.

Não posso garantir que todo mundo gos-te desse tipo de banda. O que se passa nacabeça e no coração de cada pessoa é algoíntimo e insondável. Meu critério exclusiva-mente pessoal para dizer se aprecio ou nãouma banda é muito simples: se ela me passavontade de sacudir o corpo e dançar, está apro-vada. Se fico na mesa apenas vendo o bailepassar, está reprovada. No caso da ABC Gafi,não apenas deu vontade de dançar como sentio orgulho de ouvir o maravilhoso samba bra-sileiro da mais autêntica raiz, como se fosseum hino sagrado da nossa cultura tão triste-mente sepultada.

Milton Saldanha

Integram a ABC GafiAndré Renato (percussão), Gil Mauá (bate-ria), Feijão (teclado), Pingo (baixo), PaulinhoCanhoto (guitarra), Clécio (trombone),Toninho (sax), Davi (trompete), Reinaldinho(cavaco) e os vocalistas Márcio Ribeiro,Eurides Macedo, Marília Moreira.Contatos: (11) 4427-8354 ou 9410-0439,com Magali.

Curso dedança árabe

O IC Árabe – Instituto de Cultura Áraberealiza até 27 de setembro o curso “Dança Árabe:História e Atualidade”, sob a coordenação dasbailarinas Cláudia Parolin e Cristina Antoniadis.As aulas, teóricas e práticas, são nas quartas esábados. Podem participar iniciantes e profissio-nais, homens e mulheres. 5084-5131.

A bailarina Alcione Barros, que preside aDançata, no Itaim Bibi, promoverá de 26 a 28 desetembro o I Dançata Máster Tango, reunindoquatro grandes nomes do tango portenho. Sãoos casais Julio Balmaceda e Corina de la Rosa,e Fabián Salas e Carolina Del Rivero. O pri-meiro casal desenvolve o estilo milongueiro,com muita elegância e charme para bailar nosalão. O segundo há anos trabalha com tangonovo. Fabián Salas é criador e dirige a organi-zação Cosmotango, que se tornou famosa porseu festival anual, o Cita, um dos melhores domundo na modalidade. As vagas para osworkshops são limitadas. A Dançata fica na ruaJoaquim Floriano, 1063 – Itaim Bibi. 3078-1804.

I DançataMáster Tango

Foto

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Anos 60, 70 e 80Dia 13 de setembro, sábado

Círculo MilitarTel. (11) 8152-1274

Cláudio

Baile Vale a PenaDançar de Novo

“Bailarina” faz promoçãopara leitores do DanceA “Bailarina”,indústria e comércio de artigos de

dança, dirigida pela empresária Sueli Moreno, estácomemorando 31 anos e uma das suas promoçõesespeciais neste setembro é o desconto de 10% paraos leitores do Dance. Os clientes devem apresentaro anúncio (ver página 4) para ganhar o desconto.Pode ser em xerox para colecionadores que não pos-sam recortar o jornal, ou printer para leitores daInternet. A “Bailarina” trabalha com dança, fitness,sportwar, fantasias, etc, incluindo também sapatosfemininos e masculinos para dança. A loja, com vas-to e variado estoque, que prima pelo atendimentogentil e onde Dance pode ser retirado gratuitamen-te todos os meses, fica na rua Dr. Eduardo de SouzaAranha 318, Itaim Bibi. (11) 3848-0303.www.bailarina.com.br

A tangueira Waldette festejou seu aniversá-rio com milonga no Caminito Tango Bar, em Cam-pinas, com direito a show de Antonio e Suzy e daCia de Dança Expressão – Victor Tegério. A sele-ção musical foi montada por Roberto Lehmann ea festa teve até caravana especial de São Paulo,capitaneada pela Confraria do Tango.

Tango em Campinas

Antonio e Suzy

Foto: Milton Saldanha

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4 Setembro/2008

Dia 17 de setembro, quarta, 18h às 23hJantar Dançante no Clube do Samba-rock

Bar PicassoR. Álvares Carvalho, 35 - A 50 metros do metrô Anhangabaú

Muito samba-rock no happy hour mais balançante deSão Paulo, com vários convidados.

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Sonia Santos

Dançando a BordoTango & Milonga

O melhormomento para

comprar éagora!

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5Setembro/2008

Daniel Oviedo eMariana Casagrande

Aula Especial21 de setembro

19h às 21h

Depois, show no Tanghetto

Rua Joaquim Floriano, 1063 – Itaim BibiMais informações e reservas: (11) 3078-1804 • www.dancata.art.br

Preparação Corporal para DançaAlcione Barros

Rua Joaquim Floriano, 1063 – Itaim Bibi • (11) 3078-1804 • www.dancata.art.br

Tango de Mulher11 de outubro

13h às 19h

Organização: Itamara Trípoli • Realização: Alcione Barros

ProgramaAdornos Aéreos

Kátia RodriguesMovimentos Elásticos

Márcia Mello

Tango SoloMargareth Kardosh

Corpo em MovimentoItamara Trípoli

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6 Setembro/2008

Campinas

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(11) 5182-3076 / 5184-0346 / 8192-3012

Conheça também nossa edição regional

Jornal pioneiro - 14 anos

Zais festejou 19 anoscom casa lotada

Grupo de tradicionais frequentadores do Zais: a partir da esquerda, em pé, Ciro Teajiri,Neide Binda, Paulo Kubo, Ivete Garcia, Paulo Gomes, Sueli Castilho, Mário Ono, EdnaMafalda, Hélyda Sadú, Eleny Passos, Robson Freitas, Angela Figueredo, Ivone Cardoso,Fernando Di Mathus, Juscelilno Ribeiro, Lorival de Lima e Telma Carvalho

O Baile de Comemoração dos 19 anos doZais, na Vila Mariana, lotou a casa durante atarde e noite da quinta-feira, dia 28 de agosto,e contou com a música animada da banda Ro-mânticos do Caribe. A decoração foi com ba-lões coloridos e teve farta distribuição de bolo.

Mas o principal foi o Bolo Vivo, formado por19 casais com traje a rigor e que dançaram avalsa. Cada casal representava um ano do Zais.Entre eles, professores de dança de salão eantigos clientes habituais, que lá estão todasas semanas.

Foto: Milton Saldanha

Academia Pulsarte, da bailarina, dançarina eempresária Gladys Altafini, festejou seu

primeiro aniversário dia 30 de agosto com umevento do tipo open house, que durou o diatodo, com aulas abertas, shows, coquetel, etc.Uma das estrelas da noite foi Steven Harper,mestre do sapateado americano, que tem escolaprópria no Rio e vem regularmente dar aulas naPulsarte.

A Pulsarte foi resultado de investimentode R$ 2 milhões. Um terreno baldio em decli-ve se transformou num prédio ultra modernode 1600 metros quadrados, totalmente proje-tado para ser uma escola de dança e espaçocultural de primeiro mundo. Com um detalhe:por estar em lugar alto, suas amplas áreas

Pulsarte completao primeiro ano

envidraçadas oferecem uma privilegiada vistada cidade. Tem 9 amplas salas de aulasclimatizadas, sala para fisioterapia e avalia-ção postural, anfiteatro modular, biblioteca,videoteca, briquedoteca, vestiários, cafeteria,recepção, vários banheiros, estacionamento eoutros recursos. A Pulsarte trabalha com va-riados ritmos da dança de salão, balé, contem-porâneo, flamenco, dança do ventre, jazz,sapateado, street dance, musicalização, artesplásticas, teatro, circo, vivências corporais eoutras atividades. A direção-geral é de GladysAltafini e direção educacional-artística de Si-mone Sant‘Anna.

Rua Pereira Leite, 55 – Alto de Pinheiros.3868-2008 ou 3482-7863.

www.pulsarte.com.br

O autor Milton Saldanha e o biografado Jai-me Arôxa, em promoção da Editora Senac

Rio, receberam em Noite de Autógrafos do li-vro “As 3 Vidas de Jaime Arôxa”, na LivrariaCultura, no Conjunto Nacional, na AvenidaPaulista, dia 21 de agosto, quinta. Apesar dohorário difícil para os profissionais de dança,foi expressivo o movimento de leitores, das19h às 22:30. Entre os presentes, FranciscoAncona, da Costa Cruzeiros, empresa que pa-trocinou a obra e organizou o primeiro e inédi-to lançamento a bordo, no navio Costa Fortu-na, durante o Dançando a Bordo.

O livro, com duas edições e 4 mil exempla-res, bestseller no segmento das publicações dedança, conta em vários episódios a peculiar epor vezes turbulenta vida de Jaime Arôxa, dainfância pobre, na periferia do Recife, ao suces-so nacional e internacional na dança, principal-mente na Alemanha. (11) 3170-4033.

“As 3 Vidas de Jaime Arôxa”teve noite de autógrafos

A professora e socióloga Arlete Feriani, tam-bém dançarina de salão e aluna na Dançart,veio do ABC especialmente para o evento

Foto: Angela Figueredo

Dança do ventreestá sempre forte

Passam os anos e a dança do ventre ficacada vez mais forte. Um exemplo foi a VIIIMostra Cultural de Danças – Arte & Magia,promovida no Club Homs dia 24 de agosto,domingo, por Estrela e Ályyta Suhair. O movi-mento foi intenso durante todo o dia no amplosalão, enquanto se revezavam no palco grupos ebailarinas das mais variadas cidades.

Estrela, com suas mãos e as de Paulo Razeck

Ályyta Suhair mostrando seu talento

Fotos: Milton Saldanha

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7Setembro/2008

Entrevista: Maurício Butenas

“O zouk é o fenômeno do momento!”

Maurício Butenas e Fernanda Giuzo

Trocar uma promissora e bem paga carrei-ra na publicidade pela vida de bailarino edançarino profissional foi a mais crucial

decisão na vida de Maurício Butenas. Alto, es-guio, loiro, traz no corpo e na face a herança dasorigens familiares dos avós e pais, uma misturade italianos com lituanos.

A publicidade perdeu um talento da área decriação e a dança ganhou mais um. A capacidade deMaurício não se mede na pista de baile, onde sem-pre se diverte muito, sem compromisso com rigo-res técnicos. Mas quando sobe ao palco este jo-vem de 34 anos, dançarino há 16, se transfigura emostra do que é capaz, com desempenho admirá-vel, onde a limpeza de sua dança se mostra porinteiro. Aprendeu dança contemporânea e, sob di-reção de Ivaldo Bertazzo, viveu a maior emoção desua carreira ao solar no palco do Theatro Munici-pal de São Paulo. Passou num teste e se tornouensaiador na equipe de Bertazzo. Fez trabalhos noexterior. Estudou balé clássico como preparaçãocorporal e para entender aquela linguagem. Dan-çou no palco com Marília Pera. Integra desde ocomeço as equipes de professores dos cruzeirosDançando a Bordo e Tango & Milonga, onde acontratação é extremamente exigente. Fez e conti-nua fazendo trabalhos com Junior Cervila, no Bra-sil e exterior, entre eles o Latin Dance. Ensina naMilena Malzoni Dance Center, Cia Brasileira deDanças de Salão, Art & Ballet, Academia MaraSantos, além de manter turmas próprias em ou-tros locais. Maurício Butenas, mais dedicado aosritmos latinos, agora fascinado pelo zouk, é indis-cutivelmente um dos grandes nomes da dança desalão brasileira.

Milton Saldanha

Dance – Como é sua família?Maurício – Muito pequena, porque meu pai eminha mãe eram filhos únicos. Para compensar,somos cinco irmãos, três mulheres e dois ho-mens. Sou o último deles.

Dance – Todos dançam?Maurício – Meus dois irmãos e meus pais, masapenas socialmente, por diversão. Aquela coisado baile da saudade, dois pra lá, dois pra cá.Quando eu era criança eles iam a bailes no Pal-meiras e cheguei a acompanhar. Gostava. Por-que admirava aquela coisa do Mickey Jackson,da dança dos anos 80, do break. Aí minha mãefez uma promessa e cortou uma das coisas quemais gostava, que era dançar. Mas eu comeceimesmo a dançar foi por influência do meu ir-mão, o Marcelo. Ele e minha irmã Miriam ti-nham conhecido a dupla Carla & Chico, quedavam aulas na faculdade de Medicina, na ruaHeitor Penteado. Fiquei muito curioso e fui veruma das aulas. Não pude acompanhar, porquenão tinha tempo, cursava desenho industrial eartes plásticas na Faap, me formei, trabalhei nissodurante 15 anos. Fui diretor de arte em agênciasde publicidade. Aí passei a ir a bailes, aprendiade olhar, e foi quando conheci o Andrei Udiloffe logo depois o João Carlos Ramos. Foi minhainserção realmente na dança.

Dance – Como foi o caminho para aprofissionalização?Maurício – Eu não tinha tempo para aprenderdança em academia, porque trabalhava de dia efazia faculdade à noite. Comecei a trabalhar muito

cedo, aos 17 anos. Certo dia o João Carlos Ra-mos, que se divida entre o Rio e São Paulo, meconvidou para ensaiar depois das 10 da noite,na antiga Strapolos, do Roberto Mendoza, noAlto de Pinheiros.

Dance – Aprendia o quê? Chegou a partici-par de shows?Maurício – Samba, e participei sim dos shows.Foi meu primeiro contato com a influência ca-rioca.

Dance – João é extraordinário coreógrafo.Maurício – Concordo! Toda essa geração cria-tiva de hoje, de composição coreográfica, vem

dele. Naquela época em que a gente era tosco, oJoão já era refinado.

Dance – Veio então a influência carioca?Maurício – Que se acentuou cada vez mais comminhas idas ao Rio em todos os fins de semana,e onde chegava a passar férias inteiras tomandoaulas com as feras. Fiz aulas em praticamentetodas as escolas do Rio, conheci todo mundo, ametodologia do Jaime Arôxa, etc. Fiz aulas comJimmy de Oliveira, Bolacha, Osvaldinho, AdílioPorto, Maria Antonieta. Trabalhei três anos comÉrico e Rachel.

Dance – E a publicidade, como ficava a estasalturas?Maurício – Estava casado com a Fabiana Terrae fui trabalhar numa grande agência, a Contexto.Mesmo assim dava aulas na escola do AndreiUdiloff, participava dos shows com eles. Dan-çando com a Fabiana, quando fiz minha primei-ra viagem internacional, para o Japão, comecei aobservar o Junior Cervila, o pessoal do tango,gente que ganhava um bom dinheiro com dança.Pensei e comecei a questionar, sinceramente:quem vive de dança, ou sei lá o que? O que fazou deixa de fazer? Este outro é um escravo quenão pode sair da academia, tem que dar aulas odia inteiro, todas as horas do dia; o outro lá sócorre atrás de shows... Não julgo ninguém, cadaum faz o que quer. Eu tinha que achar meu cami-

nho. Voltando para o Brasil, tomei a decisão:quando chegar vou pedir demissão (da agênciade publicidade). E foi o que fiz. Vendi tudo oque tinha, enxuguei até o limite, e o Junior mechamou para o Latin Dance.

Dance – Deve ter sido uma decisão difícil.Maurício – Foi extremamente difícil, balancei.Eu ganhava muito dinheiro na publicidade. Ti-nha carro, moto, apartamento. Ia largar tudo emudar radicalmente. Mas coloquei acima de tudoa qualidade de vida. Gosto do baile. Não tenhotalento para dança, mas sou esforçado.

Dance – Quem disse que não tem talento?

Maurício – Existe gente com talento nato, masàs vezes se perde, as vezes não. Sou esforçado,estudo muito.

Dance – Valeu a pena?Maurício – Valeu, claro. Aprendi muito com aFabiana. Depois recomecei a dançar com a KarinaCarvalho. As coisas foram dando certo, tenhotrabalho, aulas, espetáculos, viagens, estou coma equipe da Costa Cruzeiros, Dançando a Bor-do, Tango & Milonga.O bom nisso tudo é que participei de diversosprocessos: o processo de construção da salsa,por exemplo. Também o do samba, quando osamba carioca entrou em São Paulo, com o tra-balho precursor do João Carlos Ramos e a aca-demia do Celso Vieira. Tivemos o boom da dan-ça de salão, nos tempos do Moinho Santo An-tonio, muitos bailes, tocavam de tudo. Foi fan-tástico! E de repente o samba carioca não eramais a verdade, a gente queria descobrir outrascoisas. Então veio o tango, logo depois o WestCoast Swing. Tudo o que a gente dança hoje,essa estrutura linear, vem da dança de competi-ção. Essa influência norte-americana do WestCost nas danças latinas. Não há como negar isso,é histórico.

Dance – Sobre o samba, pouca gente sabedisso porque o João sempre foi excelente emmuitas coisas, mas muito ruim de marketing.

Maurício – É, muito ruim de marketing. Pô, ocara abriu todo um caminho, tem que ser reco-nhecido.

Dance – Você dança e ensina todos os rit-mos?Maurício – Domino bem os latinos. O samba,salsa, tango e agora o zouk. Neste momentoestou ligadíssimo no zouk.

Dance – O que é mais interessante, dançarvários ritmos ou se concentrar num só?Maurício – Eu não tive escolha. Para viverdisso, ganhar dinheiro, tenho que dançar tudo.Como tenho muito tempo de janela, pude agre-gar os valores. Mas é lógico que algumas pes-soas se dedicam a uma coisa só. É uma esco-lha. Mas tendo a técnica a gente dança qual-quer gênero. Já dancei até hip hop. A diferen-ça é que a gente gosta e pende mais para umlado. Convém observar ainda que dentro decada área existem ramificações. Quantos ti-pos de samba existem? De salsa? Salsa vocêpode dançar no um, no dois e no três. Existemsamba rock, de gafieira, partido alto, pagode eoutros.

Dance – Então agora é o momento do zouk?Maurício – O zouk agora é minha paixão! Equero fazer todo o possível para ajudar a me-lhorar a imagem do zouk como profissionalismo.Ainda é muito do baile, mas está crescendo. Amaioria das baladas, das festas semanais, hojesão do zouk. São três dias por semana com ca-sas lotadas. É um fenômeno. Não existe nenhumbaile semanal assim. No Carioca Club, por exem-plo, todas as quintas, há mais de 300 pessoas napista dançando. E chegam novas adesões todosos dias.

Dance – Está sem parceira fixa?Maurício – Depois que separei da Karina resol-vi seguir o caminho do Junior e de alguns outros,que hoje optaram por não ter parceira fixa. Tra-balham com várias parceiras. A gente vê o perfilpara um determinado papel, convida, ensaia muitoduas semanas, um mês, e dá tudo certo.

Dance – Diversas parceiras e namoradastambém?Maurício – Não, só parceiras. Agora estou co-meçando a trabalhar com Carolina Vieira e estouempolgado. É bailarina clássica formada, muitobonita, foi bailarina no Faustão e está vindo agorapara a dança de salão. É casada, a gente faz umtrabalho sério e profissional. Aliás, você fez umaboa pergunta. Eu não beijo mais mulher comquem danço. Quero manter totalmente separa-do o trabalho da vida pessoal.

Dance – Você é muito pentelho com parceira?Maurício – Ah, sou chato! Muito exigente.

Foto: Kriz Knack

ServiçoMaurício ButenasTodos os ritmos.Aulas e shows.(11) 9778-5854

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9Setembro/20088 Setembro/2008

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10 Setembro/2008

Você conhece alguém que caminhe na ruae se comporte no cotidiano com gestose atitudes de dança? Caso conheça, per-

gunto: O que você está esperando para chamaro camburão do hospício?

Dança é encenação e ponto final. Sem acei-tar isso como pressuposto, você, mulher ouhomem, iniciante ou veterano, jamais vencerá obloqueio. Se a bailarina, profissional ou amadora,tiver vergonha de erguer a perna, alongar umbraço, ou receio (aqui, por favor, não vai nenhu-ma grosseria, é um detalhe real) que vejam devi-do a um figurino ousado sua calcinha... Se tiveresse tipo de preocupação, jamais poderá conti-nuar dançando. É melhor que pare imediatamen-te. O mesmo vale para o homem metido a ma-chão e ligado o tempo todo em fazer marketingdisso, como quem luta contra algo oculto emseu íntimo... Da minha parte, ainda acho bemmelhor abraçar uma mulher na dança do que umhomem na luta livre...

Dança profissional, ou dança amadora numsimples bailinho, é tudo encenação. Para você,que mal consegue se mexer na aula, na prática ouno baile, tomo a liberdade de sugerir que comecea pensar nisso de agora em diante.

Eduque seu corpo para o movimento. Façaexercícios regularmente, alongue, ponha a traba-lhar a rede de fibras neurais que se ramificampor todos os membros. Afinal, quem manda emseu corpo, é sua mente ou aquela perna recalci-trante desprovida de neurônios?

Bloqueio não é coisa que se extirpe comuma pinça em dois segundos. Leva tempo, econforme o temperamento da pessoa, muitotempo. Suas causas podem ser as mais variadas.Um comentário grosseiro de um professor in-competente pode acionar esse gatilho. Podemexistir raízes na infância e cultura familiar. Podeter surgido de um choque ou grande frustração.Situações e momentos que se alojam no sub-consciente e nos acompanham pelo resto da vida,agindo, sem que a gente tenha uma percepçãoracional disso. A criança é um ser frágil e sensí-vel, indefeso e exposto a captar e absorver tudo.Até uma brincadeira mal colocada pode afetá-la.E o problema é que a infância não é algo queficou para trás. Ela vai nos acompanhar peloresto da vida, com o que teve de bom e de ruim.

O aluno de dança freado pelo bloqueio temque ser tratado com paciência e carinho, prote-gendo-se sua auto-estima. Ele pode superar issoe este texto tem o intuito de ajudá-lo.

Insistir e praticarJá disse algumas vezes nos meus comentá-

rios que venho tentando aprender tango. Façoaulas particulares regularmente com AlexandreBellarosa e Kátia Rodrigues, em breve pratica-rei também com Márcia Mello, já passei por

Dança é encenação.Aceite isso para vencer o bloqueio

Milton Saldanha

“Só a cabeça move os pés. É preciso que a gente se solte,mergulhe na brincadeira da encenação, enfrente o natural medo

inicial do ridículo e se exponha a ele para poder aprender”.

dezenas de mestres argentinos e brasileiros emworkshops, e sei muito bem o quanto é duroaprender certos passos. Principalmente quandose é exigente consigo próprio, meu caso. Entãoaqui vai o recado de quem também tem dificul-dade. Somos iguais.

Invejo pessoas como a argentina CarolUdoviko, que me contou em entrevista de capapara este jornal sua capacidade de repetir qual-quer passo de tango só de olhar alguém fazeruma única vez. Alexandre e Kátiatambém têm olhos fotográficos.Quem me dera ter como eles essepoder visual atrelado aos sentidos.O segredo disso deve estar em anose anos de prática intensa. E, afinal,eles são profissionais, eu dançopara me divertir.Para superar a di-ficuldade eu insis-to. Treino, treino,treino. Não há outro jeito.

No passado já fiz aulas dosmais variados ritmos, em diver-sas academias, para ir conhecen-do as diferentes correntes, umacuriosidade pessoal e um deverde oficio. Então me desculpemsalseros, zuqueiros e outroseiros, sambistas e afins, porquede uns quatro anos para cá minhaprincipal referência, como aluno, é otango. É onde busco intimidade comseus segredos, que não são poucos, e cadavez mais fascinantes. São minhas referênci-as mais recentes e onde me sinto mais segu-ro para surfar. Diria mais, na impossibili-dade de querer e poder aprender de tudo,o tango é a dança que escolhi para meaprofundar também em conteúdo teó-rico. Leio sobre isso, filmo e colecio-no cenas de passos, tenho mais decem CDs com todo tipo de música,vejo regularmente DVDs técnicose de grandes shows, estou sempreque possível presente nos melho-res festivais da modalidade, vou ateatros ver espetáculos e visitoBuenos Aires (cidade que adoro) nomínimo duas vezes por ano, voltandosempre carregado de material de estudo. Umfanático? Com certeza, assumido! Todo mundotem direito de ter alguma loucura, e essa é aminha. Melhor, convenhamos, que droga, álco-ol, cigarro, hipocondrismo, malhação narcisista,sofrer e brigar em campo de futebol ouconsumismo desvairado. Então façamos um acor-do, cada um respeite a loucura alheia...

Com tanta dedicação, já posso me assumircomo um especialista teórico em formação. Va-mos ser claros, entender não significa necessa-riamente saber fazer, ainda que a gente até tente.

E também não significa saber ensinar. Tenho umamigo que entende tudo de automóveis e moto-res e é incapaz de trocar uma peça.

É um escândalo, uma tremenda cara depau e principalmente uma irresponsa-bilidade alguém se assumir como professorde tango, de qualquer estilo, como tambémde outros ritmos, sem ter pelo menos dezanos de prática, conjugada com profundoestudo teórico sério, que passe inclusive poranatomia.

É por conta dessa sacanagem a proliferaçãode gente dançando mal. Tangueiros que pulametapas, “aprendem” rápido, fazem coisas hor-rendas na pista, e desconhecem o básico do bá-sico. Professores que estão causando contusõesnas pessoas, algumas ainda imperceptíveis, de

longo prazo, tipo desgaste das articulaçõesdos joelhos, e que só irão aparecer muitotempo depois, e quando já for tarde de-mais.

Verdades e mentirasEm todas as modalidades e rit-

mos a encenação está presente emcada gesto da nossa dança. Sóque há um detalhe fundamental:não basta a encenação, ela temque estar fortemente atrelada

à emoção.Essa história de que a

gente dança só para oprazer íntimo é uma

grande mentira,que todos con-tamos. É claro

que o prazer está vin-culado, é a base de tudo, se-não a gente ficaria em casa dor-

mindo ou vendo TV, e sem gas-tar. Mas é rigorosamente ver-

dadeiro que a gente dançatambém para ser vistodançando bem. E isso éótimo, é uma vaidadesaudável, que nos induza fazer bem as coisas ea ter apreço pela esté-

tica. É uma forma de respeito ao próprio corpoe ao senso crítico de quem nos rodeia.

Quando vemos um péssimo dançarino, semeixo, sem ritmo, sem ouvido musical e sem har-monia com a dama, isso incomoda. No tango, seele ou ela não souber caminhar e pisar, podeesquecer. Pode fazer mil ganchos e sacadas, serásempre horrível. O feio agride nossos olhos.Prefiro ser um chato exigente e criterioso do queum bonzinho idiota. E a questão, amigos, não éter um vasto repertório de passos (uma maravi-lha para quem aplica bem) e sim tentar fazer o

melhor possível com o pouco que se sabe. Notango sou obsessivo com a caminhada. “Ah,caminhar”, dirão, parece uma coisa simples.Concordo cem por cento quando Juan CarlosCopes, nosso grande mestre argentino, fala quea caminhada é o mais difícil do tango. E acres-cento: é também o mais bonito e gostoso defazer. Mais do que qualquer movimento aéreoou volcada rebuscada do tango show, é a cami-nhada que nos mostra quem dança ou não otango. Por quê? Simples: é a essência e a raizdessa dança, desde sua origem.

Percebo nas práticas e bailes uma enormedificuldade de certas damas na locomoção. Al-gumas são completamente travadas porque nãose liberam do racional. Ali não é para se movercomo na calçada da rua, no parque ou supermer-cado. A dança foi feita para a interpretação depersonagens. Um balé conta uma história. Umbaile também, a seu modo. Nenhuma mulher vaisair pela rua fazendo movimentos de cabeça dasalsa. No baile ela é uma rainha, joga o cabelo,insinua-se, provoca. Não é para valer, é tudouma brincadeira. E daí, se for para valer? O ho-mem pode responder com um atrevido avançode quadril. A ousadia é a marca do macho; mos-trar poder e dominar a cena é a da fêmea. Adança pode ser, ou simular, uma sedução. Umabelíssima sedução. A música pode nos remeter auma determinada lembrança feliz, ou seus acor-des são simplesmente um convite ao movimen-to do corpo. Então só é possível dançar quandoa gente se deixa dominar por essa magia. Semprecom muita emoção, insisto, senão será um atomecânico, talvez até correto e técnico, mas frio.

Você entrega seu corpo a uma farsa, não nosentido negativo que essa palavra também re-presenta, mas como forma de viver uma fanta-sia gostosa, fugindo das asperezas do mundoreal.

Solte seu corpo, deixe fluir, erga sem medo aperna para um adorno, não tenha excesso depudor e rebole no samba (isso vale principal-mente para os homens), aprenda a trabalhar aenergia de todo o seu corpo, concentrando-a oraaqui, ora ali. Funciona mais ou menos assim:uma parte do corpo trabalha para que as outrasse divirtam. E quem decide a cada momento oque vai trabalhar e o que vai se divertir é você.Isso se chama técnica. Pode ser a perna direita,a esquerda, um braço, o peito, a bacia, ometatarso, o calcanhar. É impossível, por exem-plo, rodar para qualquer lado com graça e equi-líbrio, mantendo o eixo, sem uma correta colo-cação da perna e do tronco, que estarão absor-vendo toda a energia. A chamada perna livrepoderá então brincar a vontade, criando efeitosbonitos.

Aula de dança é isso, aprender a usar e con-trolar sua energia, desenvolvendo habilidades.

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11Setembro/2008

Um exemplo simples é quando o professor fala“troque o peso, deixe tal perna livre”. Outroexemplo, mais sofisticado, caso do tango, quan-do se aprende que a propulsão pode partir dopeito, ou conforme a corrente, da bacia. Usarprincípios da física para que dois corpos se en-tendam e não sucubam à implacável lei da gravi-dade, indo se estatelar no chão. A partir dissoqualquer um dança e se torna capaz inclusive decriar passos novos e até inusitados.

Mas não bastam as aulas. Só a cabeça moveos pés. É preciso que a gente se solte, mergu-lhe na brincadeira da encenação, enfrente o na-tural medo inicial do ridículo e se exponha a elepara poder aprender. Comparando, é comoaprender um idioma. Quem teme errar e se calajamais falará. Na dança é o movimento. Quemnão solta suas travas nunca dançará. Vale apena tentar.

Respirar bem ajudaRespire fundo, sempre. Faltou dizer isso, e

raros professores trabalham essa parte tão fun-damental. Respire entre cada movimento, comona ginástica e no uso correto da voz, explorandoo diafragma. Isso relaxa a mente e oxigena todasas células do organismo, ajudando no equilíbrioe postura.

No apaixonante estudo da anatomia o li-vro “Corpo Humano, Real e Fascinante”, daexposição que esteve na Oca, no Ibirapuera,nos ensina que “um par de pulmões saudá-veis tem mais de 300 milhões de alvéolos,cuja área total de superfície seria suficientepara cobrir um campo de futebol”. Uma pes-soa fumante destrói essa maravilha, podendoem alguns casos reduzi-la a menos da metade.Um crime contra o próprio corpo e contra osfumantes passivos, que não optaram por essesuicídio coletivo.

Isso significa que nada impede que um fu-mante inveterado seja um bailarino, mas aschances e vantagens fisiológicas de um não fu-mante serão incomparavelmente melhores.

Recomendo aos mestres de dança que bus-quem informações com especialistas e procu-rem ler sobre o sistema respiratório do corpohumano. Suas aulas terão outra qualidade a par-tir disso, e seus alunos mostrarão outro desem-penho.

A dança será uma descoberta e um reencon-tro com seu corpo. Não vamos mentir, sempre édifícil aprender, mesmo (ou principalmente)para as grandes estrelas da dança. Mas compen-sa o esforço pelo prazer que proporciona, prin-cipalmente quando você vence um desafio queantes parecia intransponível. A dança, nesse sen-tido, é uma grande escola de vida.

Depois fica tudo mais fácil, lindo, gostoso.Como você sempre sonhou.

Aula de dança éaprender a usar e

controlar suaenergia,

desenvolvendohabilidades

CotovelosNunca dance com os cotovelos erguidos,

para não atingir involuntariamente outras pes-soas, principalmente nos giros. A posição cor-reta dos cotovelos, sobretudo por motivos desegurança, conforto, cansar menos e até de esté-tica, é que estejam apontados para o chão.

AbraçoNão se abraça na dança como quem pega um

saco de farinha. Serenidade e classe fazem todaa diferença e causam já no primeiro contato umabela impressão. Iniciar o abraço com suavidadee elegância, sem pressa, é um toque de classedos velhos milongueiros. Pode ser adotado nobolero, valsa e similares. As damas devem mos-trar a mesma calma e charme.

Peso ou conforto?Professores antigos do tango e conservado-

res ensinam que o braço que fica estendido deveestar duro. “Engessado”, como se brinca nasaulas. É polêmico. O braço tem que estar firme,mas jamais duro, porque isso pesa e cansa.Quem sofre mais é o cavalheiro, responsávelpela condução. Além de ser horrível na hora degirar, com o risco de atingir outros casais. Es-queça essa regra sem sentido. O braço não temque ficar durão e sim confortável e mais próxi-mo ao corpo nas pistas lotadas. Mas suficiente-mente firme para ajudar no equilíbrio do casal.Em salões lotados é absurdo e impossível dan-çar de bração esticado e duro.

Mão de ferroNos ritmos caribenhos, forró, samba-rock

há muito trabalho de braços. É comum se obser-var dançarinos que querem se exibir e quase ar-rebentam com as meninas. Aqueles egocêntricosque dançam sozinhos, usando a mulher só deescada. Calma, rapazes!

Tango valsaNo tango valsa não se faz pausa, adorno,

gancho, nada disso. A dança é contínua, porquea música exige isso, ensina o respeitado mestreargentino Miguel Zotto. Razão pela qual muitagente tem dificuldade ou simplesmente não con-segue dançar esse tipo de tango. Se for o seucaso, até aprender coloque-se no centro e deixeo entorno da pista livre para que os casais que jásabem possam circular com a rapidez necessá-ria. Depois que aprender, entre e arrase, circu-lando sempre.

Salto perigosoSenhoras e mocinhas, cuidado com o salto.

Não se faz movimentos perigosos, tipo erguer opé para trás (voleios), quando há outros casaispor perto. Essa brincadeira pode acabar numpronto socorro, com alguém sangrando e rouparasgada. Imaginou o constrangimento? E, porfavor, não usem aquele salto agulha assassino,que fura o pé alheio.

Cigarros e coposNa pista, jamais. Quando isso acontece

todo mundo já sabe que o personagem não édançarino. Ao ver isso, informe imediatamen-te a direção da casa, que tem obrigação decoibir o abuso.

Sem bate papoLá pelos anos 1960 a etiqueta recomendava

conversar durante a dança. Agora é ao contrário,ainda bem. Deixe o bate papo para a mesa. Quan-do se dança o que interessa é a sintonia entre osdois, a atenção na música e o se deixar levar pelaemoção. Quanto mais emoção, melhor se dança.Qualquer conversa quebra isso tudo.

Sem chicleteDançar mascando chiclete é muito feio. Pon-

to final.

Olho no olho?Depende. Cada situação na dança é diferen-

te. Há momentos em que fica bonito o olho noolho. Porém, forçar o tempo todo é até cons-trangedor. Insuportável é dançar com alguém quefica olhando para os lados o tempo todo. Issodenota falta de prazer na dança e total descasopelo parceiro, ou parceira.

A dama podeconvidar?

Sim. Está cada vez mais comum que asmulheres também convidem para dançar,principalmente em turmas que se encontramcom freqüência. E não há nada de errado seconvidar um cavalheiro que acabou de co-nhecer. Essa regra machista e tola de só ohomem convidar precisa desaparecer. O baileserá melhor quando todos tiverem essa li-berdade.

FichinhasO surgimento da figura do personal dancer é

uma realidade. Logo, algumas regras de etiquetaprecisam ser observadas. Por exemplo, não fi-car contando fichinhas na mesa. As casas preci-sam criar uma forma discreta de lidar com asfichinhas. E, se o personal convidar espontane-amente alguém para dançar, não pode depoiscobrar por isso.

Suor & hálitoTodo mundo sua quando dança, é normal.

Anormal é não ir ao banheiro de vez em quandopara se recompor. Se possível, leve uma camisaextra para trocar no meio do baile. O hálito re-quer cuidado especial e permanente. Depois devárias horas, fica vencido. Cuidado!

A seleção acabou.E agora?

Meninos, não larguem as meninas no meioda pista. É muito feio e uma das coisas que elasmais reclamam. É polido, elegante, gentil con-duzir a dama de volta à mesa, ou proximidadesse o acesso estiver complicado.

Leve o mestrepara casa

Graças à tecnologia você pode levar o mes-tre para casa e fazê-lo repetir duzentas vezesaquele passo complicado que não pegou na aula.Ele não vai cobrar hora extra nem reclamar derepetir a mesma coisa tantas vezes. A filmadorahoje é um equipamento indispensável no apren-dizado. Acabou o tempo em que se voltava doworkshop e no dia seguinte ninguém lembravade mais nada. Agora basta rodar a cena, pron-to, está tudo lá de volta. Filme inclusive vocêpróprio na aula, para auto-avaliação. Ajudamuito.

Dicas Tributo aIvonice Satie

Foto: Milton Saldanha/A

rquivo Dance

Adança brasileira perdeu dia 12 de agostoum dos seus maiores nomes em todos os

tempos. Morreu, aos 57 anos, a bailarina e core-ógrafa Ivonice Satie, que lutava contra um cân-cer e passou suas últimas horas internada noHospital Oswaldo Cruz. Ivonice, premiadíssimano Brasil e no exterior, teve uma carreirabelíssima, repleta de criatividade e realizações.Pessoalmente, era de uma simplicidade e doçuraque a todos encantava. Esta página inteira seriapequena para contar a vida e carreira de Ivonice,que começou na Escola Municipal de Bailadosde São Paulo aos 9 anos. A partir de 1968 inte-grou por 14 anos o Corpo de Baile do TeatroMunicipal de São Paulo, atual Balé da Cidade deSão Paulo, como bailarina, assistente de coreo-grafia e assistente de direção artística. Em 1982fez parte do elenco no Brasil de “A Chorus Line”,fazendo o personagem da chinesa Connie Wong,sendo também assistente de coreografia e dire-ção. De 1983 a 1989 compôs o elenco do Balletdu Grand Thèatre de Genève (Genebra, Suíça),como bailarina e assistente de coreografia.A par-tir de 1993 foi diretora artística do Balé da Cidadede São Paulo por seis anos, quando criou a Cia 2,voltada aos bailarinos veteranos. Mais recente-mente Ivonice fez parte do Conselho Consultivodo Festival de Dança de Joinville.

Politizada e inconformada com a realidadesocial brasileira, sem jamais esconder suas idéi-as contra o capitalismo selvagem, fez a sua par-te: de 1993 a 2003 foi assessora de linguagemartística da cidade de Diadema, onde criou a Ciade Danças de Diadema, transformando em bai-larinos pessoas simples da periferia. Em 1998criou o projeto de dança para portadores de de-ficiência física, atual Grupo Mão na Roda. Nes-se mesmo período criou o Núcleo de Balé Clás-sico, para a comunidade. Lutando por melhorescondições profissionais para sua categoria, foidiretora no Sindicato dos Artistas. A dança devemuito a Ivonice Satie. Ela nunca será esquecida.

Divirta-se e ajude oCantinho que EncontreiRosana Nóbrega está trabalhando intensa-

mente na organização do II E Ben – Baile Bene-ficente que acontecerá dia 27 de setembro, sába-do, a partir das 21h, na rua Gabriel Prestes 81,Santana, altura do 2155 da Av. Cruzeiro do Sul.Os recursos arrecadados serão destinados aoabrigo de menores Cantinho que Encontrei, naLapa, que cuida de 26 menores de 2 a 16 anos.Ao fechamento desta edição já estavam confir-madas apresentações dos grupos de MarcosBrilho, Escola Jaime Arôxa Santana, Cia La Lunae Movimento Livre. Tocará a Banda Los Pal-mas, com a DJ Natália Louro nos intervalos.São parceiros do evento o Programa Regional deVoluntários dos Correios e a Polícia Militar.

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12 Setembro/2008

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Promoção das quintasBilheteria R$ 5,00 e mesas R$ 10,00

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Baile da PrimaveraSábados à tarde – Promoção

Quem chegar entre 15h e 17h paga só R$ 7,00

Prática de TangoDia 19 de setembro, sexta – 22h à 1h

Baile de dança de salãoDia 27 de setembro, sábado – 22h

Feijoada DançanteAniversário de Marcelo Cunha

Avenida Club, dia 7 de setembro

TANGOTANGOTANGOTANGOTANGO

• Músicos, cantores e 12 bailarinos.• Convidados: Daniel Oviedo, Mariana Casagrande, Javier Amaya, PatríciaAmaya e Omar Forte.

Cia Tango & Paixão apresenta

TANGOTANGOTANGOTANGOTANGO“Homenagem a Carlos Gardel

e Astor Piazzolla”

6, sábado – Teatro Municipal Campos do Jordão.10, quarta – Club Paulistano – SP.12 a 14, sexta a domingo – Theatro São Pedro – SP.19, sexta – Teatro Municipal de Araras (SP).17, quarta – Milonga Villa PorteñaCom apresentação de Daniel Oviedo e Mariana Casagrande

Direção e produção: Nelson Lima e Márcia MelloInformações e reservas: (11) 3858-2783 / 7124-2374 / 9121-4020

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13Setembro/2008

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14 Setembro/2008

LEVEZA DO SERFotos: Milton Saldanha

Marcelo Cunha festeja seu aniversário na Fei-joada Dançante, a partir das 13h (e rolando todaa tarde), no Avenida Club, dia 7 de setembro,domingo. Com patrocínio e apoio do Consula-do Mineiro, Costa Cruzeiros, Centro de DançaJaime Arôxa do Campo Belo, Avenida Club eDance. 5561-5561.

Duda Lima fez palestra sobre “Biomecânicana Dança”, no 1º Encontro de Dança de Salão dePirituba, promovido por Flávia Rodrigues.

Anjos da Dança, movimento assistencial cria-do e coordenado por Fernando Melo, fará seupróximo baile beneficente dia 26 de setembro,no Carinhoso, na rua Leais Paulistanos, Ipiranga.Não esqueça a doação de pelo menos dois qui-los de alimentos não perecíveis. 9131-8023.

Eliane & Dulce recebem os dançarinos dia 12de setembro, sexta, no “Cocktail Dançante”, nosalão nobre do Circolo Italiano, Edifício Itália,na Av. São Luis 50, Centro – 1º andar. 2748-5039 / 2748-0175 ou 9381-1053.

Johana Copes, filha e parceira do célebre mes-tre Juan Carlos Copes, dirige de 1 a 7 de se-tembro a “Semana Especial Bailemos Tango”,em Buenos Aires. E de 23 a 27 de novembro oFestival com o mesmo título, reunindo mais de15 consagrados mestres. Dance, apoiador, es-tará lá.

Theo e Monica, mais equipe personal dos na-vios Costa, comandam novas “Noite a Bordo”,no Avenida, dias 3 de outubro e 7 de novembro.3814-7383 e 3031-3290.

Alex de Oliveira, da Axel, descansa das suasatividades internacionais em navios e aproveitapara circular na noite dançante paulistana. 6421-0591 ou 9970-0798.

Esmeralda Lezcano, do Tango B‘Aires, estáorganizando grupo de São Paulo para o “Festi-val Bailemos Tango”, de Johana Copes, emBuenos Aires, de 23 a 27 de novembro. Interes-sados no pacote podem saber todos os detalhesligando para 9221-4910 ou 3586-3165.

Sandra Ruthes, de Curitiba, informa o novosite do seu livro “Música para Dança de Salão”.www.musicads.com.br

Magali Sanches, do ABC, está empenhada emdesenvolver um projeto cultural contando a his-tória do samba. Será um show com músicos edançarinos de salão, cenários, figurinos, etc.Patrocinadores e apoiadores serão bem-vindos.Dance já é um deles. 4427-8354 ou 9410-0439.

Luciana Rodrigues, bailarina com vasta expe-riência na dança do ventre, além de ter estudadobalé clássico, jazz, sapateado, flamenco e dançacontemporânea, formada em dança pelaAnhembi Morumbi, abriu recentemente um es-paço para dança do ventre no Campo Belo, tra-balhando só com turmas reduzidas. 8969-5848.www.lucianarodrigues.com

Fabio Reis participa do Campeonato Nacionalde Forró, em Brasília, na primeira semana desetembro, dando aulas e competindo para obtermais um título de campeão.

Cânter, o belo bar do Jóckey Club, vem ofere-cendo ótimas quintas dançantes, com a promo-ção de Eliane & Dulce. Reveza música ao vivocom DJ. No verão serão totalmente abertas aslaterais e o baile ficará ainda mais irresistível.

Dance está conquistando cadavez mais leitores, em todo o Brasile também no exterior. Além dos 10mil exemplares impressos, distribu-ídos gratuitamente, e da edição com-pleta na Internet, assim que o jornalfica pronto o PDF (com todas as pá-ginas) está sendo enviado por e-mailpara mais de mil pessoas de todo oBrasil e de outros países. Quem qui-

ser fazer parte deste mailing ele-trônico, para receber Dance em pri-meira mão, algumas horas antes daedição impressa estar nas ruas, podefazer a solicitação por e-mail. O ser-viço é totalmente de graça. E mais:quem quiser pode repassar o jornalaos amigos.

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O poeta e escritor premiado Iván Serra Lima,uma das mais brilhantes culturas do nossomeio, fez a entrega da medalha internacio-nal Tango de Ouro em festa dedicada à...

...sempre elegante e encantadora dama dotango, Dona Tita

Márcia Mello e Nelson Lima estão com agenda lotada em setembro, com a temporada de 6ao dia 17 do espetáculo “Tango – Homenagem a Carlos Gardel e Astor Piazzolla”. Com elese grande elenco de convidados especiais: Daniel Oviedo e Mariana Casagrande, JavierAmaya e Patrícia Amaya, Omar Forte. Veja programação na página 4.

Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, soba regência de Érica Hindrikson e com quartetode saxofones, tocará obras de Villa-Lobos eAstor Piazzola na série “Pra Ver a Banda To-car”, no Centro Cultural Fiesp, Av. Paulista, 1313– dia 24 de setembro, quarta, ao meio-dia.

17º Masculino na Dança vai até 14 de setem-bro, no Centro Cultural São Paulo. 3383-3463.

São Paulo Cia de Dança apresenta“Polígono”, com coreografia de Alessio Silvestin,de 4 a 7 de setembro, no Teatro Sérgio Cardoso.3288-0136.

Loja Tudo de Dança, do ABC, assumiu a dis-tribuição no Brasil da marca Darcos, de BuenosAires. Em outubro lançará uma nova marca decalçados para dança, a Danzarini. 4438-1653.

Baile do Bolero de setembro será dia 13, sába-do, na Dançata, Itaim Bibi. 3078-1804.

Pablo Nievas e Valeria Zunino, diretamentede Buenos Aires, estarão no Búzios TangoWeekend, de 24 a 26 de outubro. A organizaçãodo evento, em local de dar água na boca, é deBob Cunha e Áurya Pires, do Rio. (21) 2556-7765 ou 9629-3072.

São Paulo voltou a estar bem representado noMundial de Tango de Buenos Aires, esta vezcom Emílio Ohnuma-Lucimara lima e FábioGraça-Sirlei de Fátima.

Roger Berriel já está mergulhando no planeja-mento do próximo Baila Costão, no Costão doSantinho, em Florianópolis, em julho de 2009.E promete boas surpresas. (48) 7811-6716.

Eu Adoro... nova série de livros infantis, come-çou com a obra “Eu Adoro Balé”, uma introdu-ção ao mundo mágico do clássico. Foi escritoem parceria com a Central School of Ballet, daInglaterra. Autoria de Naia Bray-Moffatt. Ver-são em português com 48 páginas. É para crian-ças mas marmanjos também aprendem.

Márcio Sorriso conseguiu novamente fazeruma grande confraternização, o Baile dos Ami-gos, dia 23 de agosto, no Círculo Militar. Nasaída meninas entregavam um delicioso choco-late recheado com amêndoa, acompanhado dopoema “Amigos meus”, de Vinicius de Moraes.Charmoso e inteligente, realmente.

Avenida Club reuniu a II Noite dos DJs, dia 24de agosto, com Christto, Hamaguchi, Regis,Robinho, Zé do Lago, mais as academias JaimeArôxa Campo Belo e Cia Terra.

Narcotango em Curitiba, promoção deOldemar de Nazaré, da agência P1, já ampla-mente noticiado por este jornal nas ediçõesanteriores, está cada vez mais cercado de gran-des expectativas à medida em que a data seaproxima, 20 e 21 de setembro. Dance vaicobrir e terá seu estande com diversas edi-ções para ampla distribuição gratuita. Umacaravana paulista já fez reservas. Uma daspresenças confirmadas é de Lucimara Lima,com os pés ainda quentinhos da participa-ção no mundial de Buenos Aires. Tambémirão Wilson-Thelma Pessi, João Braga eVirginia Holl, Stella Bello, Moacir deCastilho. Alexandre e Kátia darão workshopde tango novo no sábado. O show éimperdível e o baile promete, com grandesnomes da dança na pista.

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15Setembro/2008

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Tango – Bolero – Soltinho – SambaDia 12 de setembro, sexta, 22h

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No Clube Sírio LibanêsAv. Ana Costa, 473 – Gonzaga, Santos

Para informações sobre reservas de mesas, hotéis conveniados, serviços de van emicro-ônibus: (13) 9122-1370 ou (13) 3027-9346

Evento beneficente, com show surpresaHomenageado: Milton Saldanha

Promoção: Regina Martha e Adriano Silva

Apoio: Confraria do Tango, jornal Dance, Sonia Santos e Clube Sírio Libanês

Quem dança nãopode deixar de ler.

Nas livrarias oudiretamente com o jornal Dance

(11) 5182-3076 / 5184-0346 / [email protected]

Dia 20 de setembro, sábadoWorkshop de tango novo

Dia 21, domingoShow com Narcotango ao vivo

Info.: (41) 3014-7047 e 9903-8711www.arenatango.comwww.alexandreekatia.com

Em Curitiba!Além disso...O tangueiro brasileiro Daniel Raphael participouem agosto de evento musical e dançante de verãono Hudson, em Nova York.

A escola de dança Hapsara, de Mauá, com 14bailarinos, representou o o ABC no XII Fes-tival de Danças de Campos do Jordão, emagosto. Foi sua segunda participação. No anopassado alcançou notas máximas em váriascategorias.

A atriz Juliette Binoche, 44, irá se apresentarcomo bailarina pela primeira vez no espetáculode dança contemporânea “In-1”, em homenagemda França aos seus 25 anos de carreira. A estréiaserá em Londres, dia 18 de setembro. Em novem-bro entrará em cartaz em Paris.

José Augusto Marchiori, da unidadePompéia, agora faz parte também da dire-ção da Cia Terra Jardins, com a saída doZeca, que se mudou para o Rio por motivosprofissionais na área náutica, onde atua hámuitos anos.

Bob Cunha, com muitos amigos e alunos, lotou osalão do Olímpico, clube de Copacabana, no bailede aniversário do conhecido tangueiro carioca. Omomento culminante foi a apresentação do ani-

versariante com sua parceira Aurya Pires. O casaljá dançou em países de vários continentes e, entreoutros feitos, ganhou o Campeonato Tango Rio2006 e foi no mesmo ano semifinalista do IVMundial de Tango de Buenos Aires.

Ricardo Liendo e Philip Miha, com apoio doCarioca Club e Buena Vista Club, convi-dam para o “Baila Caribe, A Festa”, dia 13de setembro, sábado, com dois ambientes,muito zouk e salsa. Na Alameda Barros, 376– 5º andar. 3662-2946.

A temporada de dança de setembro em São Pauloestá oferecendo mais de 40 atrações, dos maisvariados gêneros, o que significa uma média de 1,3evento por dia, de domingo a domingo. Seria umfeito extraordinário se alguém conseguisse acom-panhar metade disso. Quem quiser montar umespetáculo de palco terá dificuldade para conse-guir data em teatros na cidade. Com o lamentávelincêndio do Teatro Cultura Artística, que tinhaduas salas de grande porte, ficou mais complicadoainda.

Típica Tango promove milonga dia 20 de se-tembro, em Campinas, na Av. Santa Izabel,484 – B. Geraldo. Dançam Lucas e Natacha,Matin e Florência.

Cia Terra, unidade Pompéia, dirigida porJosé Augusto Marchiori, organiza para 27 desetembro, sábado, o baile beneficente Brinque-do Esperança. Cada pessoa deve levar um brin-

Brinquedo Esperançaquedo, novo ou em bom estado. O estoque arre-cadado será destinado a creches e orfanatos daregião. Av. Pompéia, 1233. Tels. 3675-7667 ou3951-4550.

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