DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS DA GESTAÇÃO / ECLÂMPSIA - LUTTE UFT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Liga Acadêmica Tocantinense de Trauma e Emergência - LUTTE - DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS DA GESTAÇÃO / ECLÂMPSIA Letícia Tomáz & Raianny Queiroz 16/04/2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Liga Acadêmica Tocantinense

de Trauma e Emergência

- LUTTE -

DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS DA

GESTAÇÃO / ECLÂMPSIA

Letícia Tomáz & Raianny Queiroz16/04/2015

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

• Os distúrbios hipertensivos apresentam elevada

incidência na gestação e representam causa importante

de morbimortalidade perinatal.

• Pré-eclâmpsia: Aparecimento de hipertensão e

proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante

previamente normotensa.

• Eclâmpsia: Ocorrência de crises convulsivas, seguidas

ou não de coma, em uma paciente com pré-eclâmpsia,

descartando-se outras causas. As convulsões são

autolimitadas e precedidas de cefaleia, alterações

visuais, epigastralgia, dor no quadrante superior direito

do abdome.

DHGE

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FATORES DE RISCO

• Primiparidade;

• Gravidez múltipla;

• Doença Vascular Hipertensiva Crônica;

• Diabetes mellitus;

• Doença renal crônica;

• Doenças do colágeno;

• Trombofilias;

• Obesidade;

• Gestação molar;

• História familiar de DHEG.

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FISIOPATOLOGIA

• Etiologia da pré-eclâmpsia ainda é

desconhecida é motivo de investigação.

• Teoria da placentação anormal;

• Teoria da má adaptação;

• Teoria do estresse oxidativo;

• Teoria da suscetibilidade genética.

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FORMAS CLÍNICAS

• Pré-eclâmpsia:

1- Hipertensão: Sinal clínico mais frequente da síndrome;

PA maior ou igual a 140 x 90;

2- Proteinúria: Diagnóstico questionável na sua ausência;

Pesquisada por proteinúria de 24h, proteína em fita,

dosagem em amostra isolada e razão proteína/creatinina

urinária;

3 – Edema: Não deve validar ou descartar a presença

desta condição.

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CLASSIFICAÇÃO

• Pré-eclâmpsia leve:

Aumento súbito e exagerado do peso; edema; proteinúria

sinal mais tardio;

• Pré-eclâmpsia grave:

Presença de qualquer um dos sintomas da tabela indica

gravidade.

• Iminência de eclâmpsia:

Distúrbios cerebrais (cefaleia, torpor, obnubilação),

distúrbios visuais (turvação da visão, escuto-as, diplopia e

amaurose), dor epigástrica ou no quadrante superior

direito, reflexos tendinosos profundos exaltados.

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FORMAS CLÍNICAS

• Eclâmpsia:

1 - Presença de convulsões tônico-clônicas em uma paciente

com pré-eclâmpsia em geral são de curta duração);

2 – Pode ocorrer durante a gravidez, durante o trabalho de

parto ou no puerpério;

3 – 20% dos casos ocorrem na ausência de proteinúria;

4 – Causa exata ainda é incerta;

5 – Após convulsão: Estado pós-ictal (estado comatoso),

seguido de alterações respiratórias, taquicardia, hipertermia e

acidose láctica;

6 – Pode ser complicada por edema agudo de pulmão.

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CLASSIFICAÇÃO

• Não-complicada;

• Complicada:

Associada à coagulopatia, insuficiência respiratória,

cardíaca, icterícia, hipertermia, IRA e pressão

diastólica maior que 115mmHg;

• Descompensada:

Choque, coma, hemorragia cerebral ou necessidade

de assistência ventilatória.

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PREDIÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA

• Ganho excessivo de peso + elevação da PAD

Sinal de alerta!!!

- Teste de hipotensão supina ( Teste de Gant);

- Fundo de olho;

- Dopplerfluxometria

- Teste de angiotensina II

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

Hipertensão Leve:

• Os sintomas regridem imediatamente após o parto;

• Conservador até 37 semanas;

• Orientações Gerais ( aferição diária da PA/ Alimentos

que não devem ser ingeridos/ Ganho máx. de 500 g

por semana/Evitar elementos que dificultem o controle

da pressão arterial/Informações sobre os sinais clínicos

de agravamento;

DHGE

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

• O tratamento com anti hipertensivos e a restrição de

sódio não estão indicados;

• Administração de corticoides com menos de 34

semanas.

• Avaliar o bem-estar materno:

1. Ganho ponderal,PA

2. Hemograma e contagem de plaquetas

3. Uréia, creatinina e Ácido úrico

4. Transaminases hepáticas e LDH

5. EAS e Proteinúria de 24 h

DHGE

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

• Avaliar bem estar fetal:

1. Movimentação Fetal

2. CIUR

3. CTG

4. Dopplervelocimetria

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• Após acompanhamento e avaliação:

- Se proteinúria grave – internação

- Se controle da PA satisfatório – Aguardar o termo

- Se persistência da Hipertensão + Presença de sinais

clínicos de agravamento – Planejar interrupção imediata

da gestação.

DHGE

SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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• Pré-Eclâmpsia Grave/Eclâmpsia

• Surgimento de sinais como convulsões indicam

interrupção da gravidez;

• Gestações menores que 23 semanas devem ser

interrompidas pelo péssimo prognóstico;

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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• Medidas a serem tomadas 6 a 8 horas antes da

interrupção da estação. Em vigência de convulsões:

1. Vias aéreas livres;

2. Decúbito lateral;

3. Oxienoterapia.

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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• Sulfato de magnésio:

-Magnésio ( deve ser mantido nvíeis séricos entre 4 e 7

mEq/L e permanecer de 24 a 42h após o parto) ;

-Reflexos tendinosos profundos; ( se abolidos, sinal de

intoxicação por Mg);

-Diurese (se menor que 25-30 ml/h, ajustar a dose) ;

-Respiração ( se FR< 12 irpm, intoxicação);

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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• Tratamento da hipertensão: sempre que PAD > 105-110

mmHg e PAS > 160 mmHg.

-Tratamento agudo:

Hidralazina é o anti-hipertensivo de escolha. Dose de

5mg IV repetida de 15 a 20 min. até estabilização da PA;

Labetalol – droga de escolha segundo literatura

americana.

Nifedipina ( Bloq. Canais de CA ) -10 mg SL a cada 30

min. Primeira Linha segundo Freitas, 2006)

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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Tratamento crônico:

Metildopa – droga de escolha para tratamentode hipertensão crônica durante a gestação eestabilização dos casos em que se pretendeprolongar a gestação temporariamente (doseinicialde 250 mg VO 2X/dia ;

Inibidores da ECA – Totalmente contraindicados.

Diuréticos só devem ser usados em casos deedema agudo de pulmão e ICC.

DHGE

SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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Via de parto:

- Preferencialmente via vaginal, levando-se em

conta IG, condições fetais, presença de

cesariana, condições do colo.

- Opta-se pelo parto cesáreo quando: gestações

< 30 sem. com colo desfavorável; feto com

padrões desfavoráveis na CTG e no Doppler,

fetos < 1500 g.

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SEGUIMENTO E TRATAMENTO

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Prevenção e Prognóstico

• Prevenção:

• Aspirina – Paciente de ALTO RISCO.

- A partir de 14 sem. E deve ser interrompida

cerca de 5 dias antes do parto.

• Antioxidantes

• Cálcio

DHGE

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PROGNÓSTICO

• O prognóstico materno-fetal é diretamente relacionado à idade

gestacional e gravidade do quadro;

• Na eclâmpsia a mortalidade materna é elevada (10 a 15%);

• A principal causa de morte é a hemorragia cerebral( 60%),

seguida pelo edema agudo de pulmão.

• Em geral, danos hepáticos, renais, oculares, hematológicos e

neurológicos são reversíveis após o parto, ao contrário das

hemorragias cerebrais que podem levar a sequelas neurológicas

irreversíveis.

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OBRIGADO

www.LUTTEUFT.com

[email protected]

• FEBRASGO. Manual de gestação

de alto risco. 2011.

• MEDCURSO 2014. Obstetrícia, vol

04.

Referências