Ditadura militar e direitos humanos

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Ditadura Militar Regime Militar e suas Tortura

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Ditadura MilitarRegime Militar e suas Tortura

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Ditadura Militar no MundoDitadura é uma forma de governo em

que o governante (presidente, rei, primeiro ministro) exerce seu poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo político ao qual pertence. 

Na ditadura não a respeito à divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário). O ditador costuma exercer os três poderes.

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Ditadura Militar no MundoPara evitar oposição, as ditaduras

costumam proibir ou controlar os partidos políticos. Outras táticas ditatoriais envolvem a prisão de opositores políticos, censura aos meios de comunicação, controle dos sindicatos, proibição de manifestações públicas de oposição e supressão dos direitos civis. 

Os governos ditatoriais costumam apoiar seu poder no uso das forças armadas.

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Ditadura Militar no MundoNa segunda metade do século XX

surgiram vários governos ditatoriais na América Latina, geralmente através de golpes de Estado.

A conjuntura da época no mundo era de Guerra Fria, então esses defensores da extrema direita governavam com o discurso de combater os males do comunismo em seus respectivos países.

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Ditadura Militar: além do BrasilAssim como o Brasil, o Chile

passou por uma ditadura militar que provocou um grande retrocesso democrático no país.

No Chile, a ditadura durou quase 17 anos (de setembro de 1973 a março de 1990). Neste período, o Chile foi governado pelo general Augusto Pinochet.

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Ditadura Militar: ChileNo começo da década de 1970, o Chile

apresentava uma economia dependente dos investimentos externos (principalmente de multinacionais).

No campo político, o embate entre capitalistas e socialistas, reflexo da Guerra Fria, dividia o país.

Em 1970, foi eleito para a presidência o socialista Salvador Allende com apoio da Unidade Popular (grupo de partidos de esquerda).

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Ditadura Militar: ChileA intenção deste governo era, através de

reformas socialistas, combater a desigualdade social e promover o crescimento econômico. Desta forma, o Chile seria conduzido, sem violência, para um Estado socialista. 

Em 1973, ano do golpe militar, a crise econômica se agravou. A inflação estava na casa dos 300% e o PIB em queda. Estes fatores geraram uma grande insatisfação com o governo socialista de Salvador Allende.  

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Ditadura Militar: ChileEm 11 de setembro de 1973, as Forças

Armadas do Chile, através de um golpe de Estado, derrubaram o governo de Salvador Allende e deram início a um governo militar no país. Durante o Golpe, o Palácio de La Moneda (sede do governo) foi bombardeado pelo exército. Salvador Allende, antes das tropas o prenderem, se suicidou.

Começava assim a ditadura militar no Chile, que foi governado por quase 17 anos pelo general Augusto Pinochet.

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Pinochet saldando os soldados da Ditadura Chilena.

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Manifestação contra a prática de ditadura no Chile.

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General Augusto Pinochet.

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Ditadura Militar: ArgentinaA Argentina passou por situação

semelhante a do Brasil em relação a existência de um governo militar ditatorial.

A Ditadura na Argentina começou com um golpe de Estado dado por militares que assumiram o poder do país.

Durante sua vigência, foi um dos governos mais autoritários da América Latina no século XX.

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Ditadura Militar: ArgentinaA Ditadura na Argentina teve início com

um golpe militar no ano de 1966.O presidente Arturo Illia, que exercia o

cargo legalmente dentro da constituição, foi deposto no dia 28 de junho daquele ano e a partir de então se sucedeu uma série de governos de militares até 1973.

Os promovedores da Ditadura na Argentina, em semelhança ao Brasil, a determinavam como Revolução Argentina. 

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Ditadura Militar: ArgentinaLogo após a tomada de poder,

entrou em vigor no país o Estatuto da Revolução Argentina que legalizou as atividades dos militares.

A nova ‘constituição’ proibia a atividade dos partidos políticos e cancelava quase todos os direitos civis, sociais e políticos por conta de um quase constante Estado de Sítio.

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Ditadura Militar: ArgentinaAo longo do período de governo

militar, três indivíduos ocuparam o poder: o general Juan Carlos Onganía, o general Roberto Marcelo Levingston e o general Alejandro Agustín Lanusse.

A população queria Perón no governo do país, mas não pode ser eleito, então a população indicou Hector José Cámpora, que saiu vitorioso no pleito.

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Ditadura Militar: ArgentinaO período da Ditadura Militar na Argentina

foi cruel e sangrento, a estimativa é de que aproximadamente 30 mil argentinos foram seqüestrados pelos militares.

Os opositores que conseguiam se salvar fugiam do país, o que representa aproximadamente 2,5 milhões de argentinos.

Os militares alegam que mataram “apenas” oito mil civis, sendo que métodos tenebrosos de torturas e assassinatos foram utilizados pelos representantes do poder.

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  Manifestação contra a ditadura na Argentina.

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  Fotos de desaparecidos.

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  A Plaza de Mayo com mães perguntando o paradeiro de seus filhos.

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  General Juan Carlos Onganía.

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  General Roberto Marcelo Levingston.

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  General Alejandro Agustín Lanusse.

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  Peron.

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  Hector José Cámpora.

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Ditadura Militar no BrasilEsta época vai de 1964 a 1985.

Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.

A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso.

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Ditadura Militar no BrasilO governo de João Goulart (1961-1964)

foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média.

Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista.

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Ditadura Militar no BrasilEste estilo populista e de esquerda,

chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.

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Ditadura Militar no BrasilNo dia 13 de março de 1964, João Goulart

realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

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Ditadura Militar no BrasilO clima de crise política e as tensões

sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai.

Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato

Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.

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  João Goulart .

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  Foto Clássica contra a ditadura.

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  Foto Clássica mostrando força militar desnecessária na ditadura.

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  Tanque de Guerra usado pelos militares no momento do Golpe.

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  Charge.

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Ditadura Militar no Brasil:O Milagre Econômico

Na área econômica o país crescia rapidamente. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%.

Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura.

Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país.

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Ditadura Militar no Brasil:O Milagre Econômico

Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro.

Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

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  Mapa da Rodovia Transamazônica.

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  Transamazônica no inicio.

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  Transamazônica hoje.

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  Ponte Rio-Niteroi vista de cima.

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  Construção da Ponte Rio-Niteroi.

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  Ponte Rio-Niteroi.

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Ditadura Militar no Brasil:CASTELLO BRANCO (1964-1967) Castello Branco, general militar, foi eleito pelo

Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 

Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

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Ditadura Militar no Brasil:CASTELLO BRANCO (1964-1967) O governo militar impõe, em

janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

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  Castello Branco.

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 Foto da Bandeira do partido MDB acima Ulisses Guimarães.

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 Logotipos do partido ARENA.

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Ditadura Militar no Brasil:COSTA E SILVA (1967-1969) 

Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais.

A oposição ao regime militar cresce no país.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 

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Ditadura Militar no Brasil:COSTA E SILVA (1967-1969) 

Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. 

A guerrilha urbana começa a se organizar.

Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.

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Ditadura Militar no Brasil:COSTA E SILVA (1967-1969) 

No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ).

Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

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  Arthur da Costa e Silva.

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 Logotipo da UNE.

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 Assembléia da UNE.

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 Jornal Folha de São Paulo Divulgando o novo Ato Institucional nº 5.

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 Jornal Folha de São Paulo Divulgando o novo Ato Institucional nº 5.

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 Charge.

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Ditadura Militar no Brasil:JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969) Doente, Costa e Silva foi substituído por

uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).

Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional.

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Ditadura Militar no Brasil:JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)

Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".

No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo

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 Aurélio de Lira Tavares (Exército)

  Augusto Rademaker (Marinha)

  Márcio de Sousa e Melo

(Aeronáutica)

Formação da Junta Militar

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Embaixador norte-americano sequestrado Charles Elbrick.

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Jornal divulgando o sequestrado de Charles Elbrick.

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Ação Libertadora Nacional (ALN).

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Integrantes da ALN.

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 Bandeira representando o movimento MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro).

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  Em 1970, guerrilheiros do MR-8 e outros exilados da ditadura aguardavam o embarque para a Argélia.

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  Carlos Marighella.

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O QUE É ISSO COMPANHEIRO

Filme retratando o fato em que integrantes do ALN sequestram o embaixador americano Charles Elbrick.

  Cena do filme “O que é isso companheiro”

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Ditadura Militar no Brasil: MEDICI (1969-1974)

Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ".

A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas.

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Ditadura Militar no Brasil: MEDICI (1969-1974)

Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.

Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia.

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  Emílio Garrastazu Médici.

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  Prédio do DOI - CODI.

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A tortura do PAU DE ARARA.

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A tortura da CADEIRA ELÉTRICA – Cena da novela “Amor e Revolução”.

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  Chacina na Lapa - Pedro Pomar e Ângelo Arroyo.

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  CHARGE.

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  Guerrilheiros do Araguaia.

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  Chegada do exército para combater os Guerrilheiros do Araguaia.

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Ditadura Militar no Brasil: GEISEL (1974-1979)

Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura.

A oposição política começa a ganhar espaço.

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Ditadura Militar no Brasil: GEISEL (1974-1979)

Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda.

Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.

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Ditadura Militar no Brasil: GEISEL (1974-1979)

Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

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  Ernesto Geisel.

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 O jornalista Vladimir Herzog.

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 Foto da morte do jornalista Vladimir Herzog.

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 Foto da autopsia do jornalista Vladimir Herzog.

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  Manuel Fiel Filho.

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  Jornal divulgando a morte de Manuel Fiel Filho.

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  CHARGE.

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Ditadura Militar no Brasil: FIGUEIREDO (1979-1985) 

O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos.

Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade.

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Ditadura Militar no Brasil: FIGUEIREDO (1979-1985) 

A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB.

Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).

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  João Baptista Figueiredo.

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  cartaz da critica à anistia.

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DEM

PP

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  O antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro).

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  O Partido dos Trabalhadores (PT).

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  O Partido Democrático dos Trabalhista (PDT).

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Ícones contra a Ditadura:Algumas pessoas que lutaram

contra Ditadura.Muita gente possivelmente não

sabia o que estaca ocorrendo no Brasil durante esse período totalitário.

Famosos também foram contra a ditadura e muitos artistas conseguiram tripla a censura militar.

Vejamos agora alguns:

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Carlos LamarcaCarlos Lamarca foi um dos líderes da

oposição armada à ditadura militar brasileira instalada no país em 1964.

Capitão do Exército Brasileiro, desertou em 1969 tornando-se um dos comandantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Perseguido por mais de dois anos pelos militares, foi localizado e morto no interior da Bahia em 17 de setembro de 1971.

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Carlos Lamarca

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Foto do corpo de Carlos Lamarca.

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Chico BuarqueFrancisco Buarque de Hollanda, mais conhecido

por Chico Buarque, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Ameaçado pelo regime militar, esteve auto-exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho.

Uma das canções de Chico Buarque que criticam a o regime é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a regime militar.

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Chico Buarque

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Chico Buarque: Construção

Amou daquela vez como se fosse a últimaBeijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse o únicoE atravessou a rua com seu passo tímidoSubiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidasTijolo com tijolo num desenho mágicoSeus olhos embotados de cimento e lágrimaSentou pra descansar como se fosse sábadoComeu feijão com arroz como se fosse um príncipeBebeu e soluçou como se fosse um náufragoDançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbadoE flutuou no ar como se fosse um pássaroE se acabou no chão feito um pacote flácidoAgonizou no meio do passeio públicoMorreu na contramão atrapalhando o tráfegoAmou daquela vez como se fosse o últimoBeijou sua mulher como se fosse a únicaE cada filho seu como se fosse o pródigoE atravessou a rua com seu passo bêbadoSubiu a construção como se fosse sólidoErgueu no patamar quatro paredes mágicasTijolo com tijolo num desenho lógico

Seus olhos embotados de cimento e tráfegoSentou pra descansar como se fosse um príncipeComeu feijão com arroz como se fosse o máximoBebeu e soluçou como se fosse máquinaDançou e gargalhou como se fosse o próximoE tropeçou no céu como se ouvisse músicaE flutuou no ar como se fosse sábadoE se acabou no chão feito um pacote tímidoAgonizou no meio do passeio náufragoMorreu na contramão atrapalhando o públicoAmou daquela vez como se fosse máquinaBeijou sua mulher como se fosse lógicoErgueu no patamar quatro paredes flácidasSentou pra descansar como se fosse um pássaroE flutuou no ar como se fosse um príncipeE se acabou no chão feito um pacote bêbadoMorreu na contra-mão atrapalhando o sábado

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Chico Buarque: Geni e o Zepelim

De tudo que é nego tortoDo mangue e do cais do portoEla já foi namorada.O seu corpo é dos errantes,Dos cegos, dos retirantes;É de quem não tem mais nada.Dá-se assim desde meninaNa garagem, na cantina,Atrás do tanque, no mato.É a rainha dos detentos,Das loucas, dos lazarentos,Dos moleques do internato.E também vai amiúdeCo'os os velhinhos sem saúdeE as viúvas sem porvir.Ela é um poço de bondadeE é por isso que a cidadeVive sempre a repetir:"Joga pedra na Geni!Joga pedra na Geni!Ela é feita pra apanhar!Ela é boa de cuspir!Ela dá pra qualquer um!Maldita Geni!"

Um dia surgiu, brilhanteEntre as nuvens, flutuante,Um enorme zepelim.Pairou sobre os edifícios,Abriu dois mil orifíciosCom dois mil canhões assim.A cidade apavoradaSe quedou paralisadaPronta pra virar geléia,Mas do zepelim gigante

Desceu o seu comandanteDizendo: "Mudei de idéia!Quando vi nesta cidadeTanto horror e iniqüidade,Resolvi tudo explodir,Mas posso evitar o dramaSe aquela formosa damaEsta noite me servir".Essa dama era Geni!Mas não pode ser Geni!Ela é feita pra apanhar;Ela é boa de cuspir;Ela dá pra qualquer um;Maldita Geni!

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Raul SeixasRaul Santos Seixas foi um cantor e compositor

brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro.

No ano de 1973, Raul conseguiu um grande sucesso com a música "Ouro de Tolo" no álbum Krig-ha, Bandolo, uma música com letra quase autobiográfica, mas que debocha da Ditadura e do “Milagre Econômico".

A Ditadura, então, através do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) prendeu Raul e Paulo, pensando que a Sociedade Alternativa fosse um movimento armado contra o governo.

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Raul Seixas

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Raul Seixas: Ouro de Tolo Eu devia estar contente

Porque eu tenho um empregoSou um dito cidadão respeitávelE ganho quatro mil cruzeirosPor mês...

Eu devia agradecer ao SenhorPor ter tido sucessoNa vida como artistaEu devia estar felizPorque consegui comprarUm Corcel 73...

Eu devia estar alegreE satisfeitoPor morar em IpanemaDepois de ter passadoFome por dois anosAqui na Cidade Maravilhosa...

Ah!Eu devia estar sorrindoE orgulhosoPor ter finalmente vencido na vidaMas eu acho isso uma grande piadaE um tanto quanto perigosa...

Eu devia estar contentePor ter conseguidoTudo o que eu quisMas confesso abestalhadoQue eu estou decepcionado...

Porque foi tão fácil conseguirE agora eu me pergunto "e daí?"Eu tenho uma porçãoDe coisas grandes prá conquistarE eu não posso ficar aí parado...

Eu devia estar feliz pelo SenhorTer me concedido o domingoPrá ir com a famíliaNo Jardim ZoológicoDar pipoca aos macacos...

Ah!Mas que sujeito chato sou euQue não acha nada engraçadoMacaco, praia, carroJornal, tobogãEu acho tudo isso um saco...

É você olhar no espelho

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Raul Seixas: Mosca na SopaEu sou a moscaQue pousou em sua sopaEu sou a moscaQue pintou prá lhe abusar...(3x)

Eu sou a moscaQue perturba o seu sonoEu sou a moscaNo seu quarto a zumbizar...(2x)

E não adiantaVir me detetizarPois nem o DDTPode assim me exterminarPorque você mata umaE vem outra em meu lugar...

Eu sou a moscaQue pousou em sua sopaEu sou a moscaQue pintou prá lhe abusar...(2x)

"Atenção, eu sou a moscaA grande moscaA mosca que perturba o seu sonoEu sou a mosca no seu quartoA zum-zum-zumbizarObservando e abusandoOlha do outro lado agoraEu tô sempre junto de vocêÁgua mole em pedra duraTanto bate até que furaQuem, quem é?A mosca, meu irmão!”Eu sou a moscaQue posou em sua sopaEu sou a moscaQue pintou prá lhe abusar...(2x)E não adiantaVir me detetizarPois nem o DDTPode assim me exterminarPorque você mata umaE vem outra em meu lugar...Eu sou a moscaQue pousou em sua sopaEu sou a moscaQue pintou prá lhe abusar...(2x)