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ÉDITIONS CHANDEIGNE - 8 DE DEZEMBRO DE 2018 Michel Laban Dicionário de particularidades lexicais e morfossintácticas da expressão literária em português : Moçambique Formato : 190 x 248 2 volumes com capa dura 1536 p. (2 x 768 p.) 48 € isbn : 978-2-36732-183-7 com o apoio da 10 rue Tournefort 75005 - Paris Tél. 01 43 36 78 47 Fax. 09 70 62 46 07 www.editionschandeigne.fr Encomendas : Librairie Portugaise & Brésilienne 19/21 rue des Fossés Saint-Jacques 75005 PARIS 01 43 36 34 37 [email protected] ou directamente no site www.librairieportugaise.fr CHANDEIGNE A presente obra contribui para o conhecimento da língua portuguesa, por via do estudo das particularidades do português literário de Moçambique. Trata-se de um dicionário que abarca um período de cerca de quatro séculos (1609-2004), 239 autores, 477 obras (das quais 118 não literárias). O aspecto inovador deste trabalho, relativamente aos dicionários de língua portuguesa existentes , tem o seu fundamento, essencialmente, na recolha das definições junto dos autores (em vida) que utilizaram ou criaram as palavras, cujo levantamento nas obras estudadas foi feito de modo sistemático. Assim, o Dicionário, em dois volumes, propõe entradas seguidas de uma classificação morfoló- gica, citações nas quais figura a entrada e as definicões dadas pelos próprios autores. Caso se trate de uma criação – e as criações são numerosas – é utilizado um asterisco. A classificação onoma- siológica, por um lado, e a das particularidades morfossintácticas, por outro, completam a obra. É certo que a abundância de palavras e as múltiplas definições dadas pelos autores contribuem para um melhor conhecimento da língua literária de Moçambique, mas, daí decorre, sem qual- quer dúvida, um enriquecimento do português. Esta obra virá a ser um dicionário de referência para a língua portuguesa. Para apresentar Michel Laban (1946-2008), não se pode deixar de sublinhar o interesse que revelava pelo conhecimento e pela investigação. Recordemos a generosidade e dedicação que o caracterizavam. Tudo o interessava : outros mundos, outras culturas, outras literaturas... Entregou-se plenamente à elaboração deste dicionário e, se não tivesse sido o fim de vida precipitado, ainda hoje estaria a aperfeiçoá-lo, pois dois dos traços que definiam Michel Laban eram o perfeccionismo e o rigor. Michel Laban descobriu a língua portuguesa quando, em 1965, inscrito na licenciatura de espanhol, na Universidade de Alger, se apercebeu de que Solange Parvaux dava uma aula de português, que decidiu frequen- tar. Assim que foi criada a Agregação de Português, Michel Laban obteve-a com sucesso. A sua pesquisa envere- dou, sem dúvida, pela via africana não só por ter nascido na Argélia, mas também, por ter descoberto o escritor angolano Luandino Vieira, a quem consagraria a tese de doutoramento de 3° ciclo. Encontrou-se então confron- tado com uma revolução na língua portuguesa – processos de criação, desvios sintácticos, utilização de palavras vindas de línguas faladas em Angola – que se tornou um verdadeiro laboratório de pesquisa… A partir de 1981 leccionou na Universidade de Paris 3 onde foi titularizado como docente universitário em Literatura e civilização dos países africanos de língua portuguesa. Em 2001 foi nomeado Professor Catedrático na mesma universidade. Michel Laban publicou numerosos artigos e elaborou cerca de 600 entradas (que caracterizam o portu- guês de África) para a 3 a edição do Novo dicionário da língua portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Lembremos também Encontros com escritores - Angola (2 vol.), Cabo-Verde (2 vol.), Moçambique (3 vol.) e São Tomé e Príncipe (1 vol.). O percurso aqui esboçado demonstra a sua profunda ligação a África. com a colaboração de Maria Helena de Araújo Carreira e de Maria José Laban

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éditions chandeigne - 8 de dezembro de 2018

Michel LabanDicionário de particularidades lexicais emorfossintácticas da expressão literáriaem português : Moçambique

Formato : 190 x 2482 volumes com capa dura1536 p. (2 x 768 p.)48 €isbn : 978-2-36732-183-7

com o apoio da

10 rue Tournefort75005 - ParisTél. 01 43 36 78 47Fax. 09 70 62 46 07www.editionschandeigne.fr

Encomendas : Librairie Portugaise & Brésilienne19/21 rue des Fossés Saint-Jacques 75005 PARIS01 43 36 34 [email protected]

ou directamente no sitewww.librairieportugaise.fr

CHANDEIGNE

A presente obra contribui para o conhecimento da língua portuguesa, por via do estudo das particularidades do português literário de Moçambique. Trata-se de um dicionário que abarca um período de cerca de quatro séculos (1609-2004), 239 autores, 477 obras (das quais 118 não literárias).

O aspecto inovador deste trabalho, relativamente aos dicionários de língua portuguesa existentes , tem o seu fundamento, essencialmente, na recolha das definições junto dos autores (em vida) que utilizaram ou criaram as palavras, cujo levantamento nas obras estudadas foi feito de modo sistemático.

Assim, o Dicionário, em dois volumes, propõe entradas seguidas de uma classificação morfoló-gica, citações nas quais figura a entrada e as definicões dadas pelos próprios autores. Caso se trate de uma criação – e as criações são numerosas – é utilizado um asterisco. A classificação onoma-siológica, por um lado, e a das particularidades morfossintácticas, por outro, completam a obra.

É certo que a abundância de palavras e as múltiplas definições dadas pelos autores contribuem para um melhor conhecimento da língua literária de Moçambique, mas, daí decorre, sem qual-quer dúvida, um enriquecimento do português.

Esta obra virá a ser um dicionário de referência para a língua portuguesa.

Para apresentar Michel Laban (1946-2008), não se pode deixar de sublinhar o interesse que revelava pelo conhecimento e pela investigação. Recordemos a generosidade e dedicação que o caracterizavam. Tudo o interessava : outros mundos, outras culturas, outras literaturas... Entregou-se plenamente à elaboração deste dicionário e, se não tivesse sido o fim de vida precipitado, ainda hoje estaria a aperfeiçoá-lo, pois dois dos traços que definiam Michel Laban eram o perfeccionismo e o rigor.

Michel Laban descobriu a língua portuguesa quando, em 1965, inscrito na licenciatura de espanhol, na Universidade de Alger, se apercebeu de que Solange Parvaux dava uma aula de português, que decidiu frequen-tar. Assim que foi criada a Agregação de Português, Michel Laban obteve-a com sucesso. A sua pesquisa envere-dou, sem dúvida, pela via africana não só por ter nascido na Argélia, mas também, por ter descoberto o escritor angolano Luandino Vieira, a quem consagraria a tese de doutoramento de 3° ciclo. Encontrou-se então confron-tado com uma revolução na língua portuguesa – processos de criação, desvios sintácticos, utilização de palavras vindas de línguas faladas em Angola – que se tornou um verdadeiro laboratório de pesquisa…

A partir de 1981 leccionou na Universidade de Paris 3 onde foi titularizado como docente universitário em Literatura e civilização dos países africanos de língua portuguesa. Em 2001 foi nomeado Professor Catedrático na mesma universidade.

Michel Laban publicou numerosos artigos e elaborou cerca de 600 entradas (que caracterizam o portu-guês de África) para a 3a edição do Novo dicionário da língua portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Lembremos também Encontros com escritores - Angola (2 vol.), Cabo-Verde (2 vol.), Moçambique (3 vol.) e São Tomé e Príncipe (1 vol.).

O percurso aqui esboçado demonstra a sua profunda ligação a África.

com a colaboração de Maria Helena de Araújo Carreira

e de Maria José Laban

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Maria Helena Araújo Carreira é Professora Catedrática Emérita da Universidade Paris VIII, onde dirigiu, de 1997 a 2016, o Departamento de Estudos dos Países de Língua Portuguesa e a Equipa de investigação de linguística comparativa das línguas românicas, por ela criada. Especialista de linguística portuguesa, publicou igualmente estudos de linguística geral e comparativa (português / francês), assim como em didáctica das línguas estrangeiras (português, contacto de línguas e inter-compreensão entre línguas românicas). Os seus domínios privilegiados são a semântica, a pragmática, a comparação de línguas, a análise de discursos e de textos, bem como o ensino da língua portuguesa. Autora, nesses domínios, de numerosas publicações. Editou quatorze obras decorrentes de colóquios internacionais por ela organizados. Dirigiu, ou co-dirigiu em co-tutela, uma quinzena de teses de doutoramento concluídas ; três teses estão actualmente em curso sob a sua direcção.

Maria José Tição Fernandes Fafe Laban obteve o diploma da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em Pintura e da Universidade Paris III em Português. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, na Universidade de Paris I, em museologia geral e contemporânea et na Escola do Louvre, tendo estagiado em diferentes museus parisienses (Arts Décoratifs, Centre Georges Pompidou, Musée de Sceaux). Frequentou igualmente o Advanced Course of Fashion Design de da Saint Martin’s School of Art de Londres. Integrou a equipa que esteve na origem do serviço edu-cativo do Museu Calouste Gulbenkian de Lisboa.

Acompanhou a elaboração dos trabalhos do marido, Michel Laban (desde os anos 1980 até à data do seu falecimento em 2008). A partir de 2009, empenhou-se em terminar a obra de relevo de Michel Laban, Dicionário de particularidades lexicais e morfossintácticas do português literário - Moçambique, seguindo escrupulosamente o trabalho do autor e as suas orientações metodológicas.