DIVIDIR PARA CONQUISTAR: Software Livre na Educaçao

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DIVIDIR PARA CONQUISTAR: SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO Talyta Tabosa 1 , Adriano Passos 2 , Mayara Pimentel 3 , Carlos Diego Almeida 4 1234 Faculdades Nordeste, FANOR [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Palavras chaves: software livre; cultura digital; educação; compartilhamento; conhecimento; informação. Resumo. A interligação entre seres humanos conectados a aparatos tecnológicos presentes no século XXI, traz consigo o surgimento de uma nova sociedade, baseada no livre conhecimento, compartilhamento e criação colaborativa da informação, impactando desta maneira nos campos socioeconômico, cultural e educacional. Assim, nasce um novo paradigma no processo de ensino e aprendizagem, baseado na filosofia do software livre, que influencia na constante e livre adaptação da forma de produção e transmissão do conhecimento nas escolas e demais ambientes de ensino. Abstract. The interconnection between humans and technological devices seen so far in the twenty-first century brings with it the emergence of a new society that is based on the free knowledge, sharing and collaborative creation of information impacting, in effect, in the socioeconomic, cultural and educational fields. Thus a new paradigm is born in the process of teaching and learning, which are based on the free software philosophy, influencing in the free adaptation of forms production and transmission of knowledge at schools and other learning environments. 1. Introdução A interligação da rede mundial de computadores é uma realidade na civilização do século XXI, assim como o uso das tecnologias da informação, que a cada dia encontram-se mais presentes no cotidiano da vida humana. Qual a consequência disso? Uma sociedade exigente na qualificação profissional, que busca continuamente a informação e o conhecimento, gerando uma redobrada importância da educação. Sabemos que o desenvolvimento da ciência dar-se-á somente pela assegurada liberdade de transmissão e compartilhamento do conhecimento. Contudo, para mantermos a integridade e disponibilidade do mundo da pesquisa, idealizamos uma nova forma de convívio, onde todos aprendam com todos, através da troca de experiência para benefício mútuo. Para executar esta prática na sociedade do conhecimento mostramos que o uso da ferramenta do Software Livre incentiva à nova filosofia cultural que estamos vivenciando. Este artigo é constituído por oito seções, contando com a introdução. A segunda seção apresenta como foi esquematizada a elaboração desta pesquisa. Na sequência, seção três, abordamos o comportamento e as requisições da nova era da informação. A seção quatro explora o que significa a Cultura Digital e sua aplicação. Em seguida, seção cinco, mergulhamos na filosofia do Software Livre. Depois,

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A interligação entre seres humanos conectados a aparatos tecnológicos presentes no século XXI, traz consigo o surgimento de uma nova sociedade, baseada no livre conhecimento, compartilhamento e criação colaborativa da informação, impactando desta maneira nos campos socioeconômico, cultural e educacional. Assim, nasce um novo paradigma no processo de ensino e aprendizagem, baseado na filosofia do software livre, que influencia na constante e livre adaptação da forma de produção e transmissão do conhecimento nas escolas e demais ambientes de ensino.

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DIVIDIR PARA CONQUISTAR: SOFTWARE LIVRE NA

EDUCAÇÃO Talyta Tabosa

1, Adriano Passos

2, Mayara Pimentel

3, Carlos Diego Almeida

4

1234Faculdades Nordeste, FANOR

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected]

Palavras chaves: software livre; cultura digital; educação; compartilhamento;

conhecimento; informação.

Resumo. A interligação entre seres

humanos conectados a aparatos

tecnológicos presentes no século XXI,

traz consigo o surgimento de uma nova

sociedade, baseada no livre

conhecimento, compartilhamento e

criação colaborativa da informação,

impactando desta maneira nos campos

socioeconômico, cultural e educacional.

Assim, nasce um novo paradigma no

processo de ensino e aprendizagem,

baseado na filosofia do software livre,

que influencia na constante e livre

adaptação da forma de produção e

transmissão do conhecimento nas escolas

e demais ambientes de ensino.

Abstract. The interconnection

between humans and technological

devices seen so far in the twenty-first

century brings with it the emergence of a

new society that is based on the free

knowledge, sharing and collaborative

creation of information impacting, in

effect, in the socioeconomic, cultural and

educational fields. Thus a new paradigm

is born in the process of teaching and

learning, which are based on the free

software philosophy, influencing in the

free adaptation of forms production and

transmission of knowledge at schools and

other learning environments.

1. Introdução

A interligação da rede mundial de

computadores é uma realidade na

civilização do século XXI, assim como o

uso das tecnologias da informação, que a

cada dia encontram-se mais presentes no

cotidiano da vida humana. Qual a

consequência disso? Uma sociedade

exigente na qualificação profissional, que

busca continuamente a informação e o

conhecimento, gerando uma redobrada

importância da educação.

Sabemos que o desenvolvimento da

ciência dar-se-á somente pela assegurada

liberdade de transmissão e

compartilhamento do conhecimento.

Contudo, para mantermos a integridade e

disponibilidade do mundo da pesquisa,

idealizamos uma nova forma de convívio,

onde todos aprendam com todos, através

da troca de experiência para benefício

mútuo. Para executar esta prática na

sociedade do conhecimento mostramos

que o uso da ferramenta do Software

Livre incentiva à nova filosofia cultural

que estamos vivenciando.

Este artigo é constituído por oito seções,

contando com a introdução. A segunda

seção apresenta como foi esquematizada a

elaboração desta pesquisa. Na sequência,

seção três, abordamos o comportamento e

as requisições da nova era da informação.

A seção quatro explora o que significa a

Cultura Digital e sua aplicação. Em

seguida, seção cinco, mergulhamos na

filosofia do Software Livre. Depois,

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explanamos os resultados compreendidos

e encerramos nosso trabalho com a

conclusão da pesquisa levantada,

respectivamente nas seções seis e sete. As

referências bibliográficas utilizadas estão

disponibilizadas na seção oito.

2. Metodologia

Baseado nas orientações de Severino

[SEVERINO 2009], este artigo foi

desenvolvido através das pesquisas

explicativa, bibliográfica e qualitativa, as

quais permitiram, respectivamente,

identificar pontos determinantes para o

resultado questionado, conhecer trabalhos

científicos para embasamento no assunto

abordado e, por fim, analisar os dados

obtidos para a formulação da informação

desejada. Utilizamos o método dedutivo

para definirmos o universo da pesquisa,

sendo este a Tecnologia Educacional pelo

uso do Software Livre, e justificarmos

que essa união é benéfica nos dias atuais.

3. Educação no século XXI

O sistema educacional nunca foi tão

importante economicamente como nos

dias de hoje, tanto para a sociedade como

para os indivíduos. Todo o peso imposto

sobre as mudanças sociais, políticas,

econômicas e científicas obrigam uma

reforma na pedagogia da educação. As

escolas/ universidades devem

acompanhar a evolução tecnológica e

informacional, assim como os

professores, que, segundo Enguita

[ENGUITA 2004], precisam seguir a

evolução constante, seja do que ensinam,

de como ensinam ou ambas as coisas. Isto

tudo porque, não mais como antigamente,

os estudantes (e seus familiares) têm

domínio de alguma tecnologia que os

mestres ou educadores têm certa

dificuldade em usar ou mesmo explorar.

Quando perguntado sobre os cidadãos do

futuro, Seymour Papert expôs que

“precisamos adquirir habilidades

necessárias para participar da construção

do novo”. Segundo ele: “A verdadeira

habilidade competitiva é a habilidade de

aprender” [SOUZA 2008]. Assim,

democratizar o acesso ao conhecimento,

às tecnologias da informação e da

comunicação é talvez o maior desafio

para esta sociedade pós-moderna,

demandando esforços e mudanças nas

esferas econômica e educacional.

Como as tecnologias estão

permanentemente em mudança, a

aprendizagem contínua é conseqüência

natural do momento social e tecnológico

que vivemos, a ponto de podermos

chamar nossa sociedade de “sociedade da

aprendizagem”.

Os modelos pedagógicos estão sendo

quebrados. Mudam também os conteúdos,

os valores, as competências, as

performances e as habilidades tidas

socialmente como fundamentais para a

formação humana. Por isso é primordial a

capacitação de professores através da

aliança entre informática e educação,

estabelecendo um contato agradável com

algumas ferramentas necessárias em sua

trajetória profissional que obriga a

desaprender certos procedimentos

didáticos para inventar outros, frente aos

novos meios de armazenamento e difusão

da informação.

Utilizar as TIC’s (Tecnologias da

Informação e Comunicação) em sala de

aula como ferramentas de motivação,

integração e dinamização na

aprendizagem é o maior intuito da

Informática Educacional.

Foi a partir da iniciativa de Papert que

surgiu o Software Educativo como um

meio e/ou instrumento de colaboração no

desenvolvimento da aprendizagem e

mediador pedagógico. E, como bem

lembra Valente [VALENTE 1993], “a

verdadeira função do aparato educacional

não deve ser a de ensinar, mas sim a de

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criar condições de aprendizagem”. O

aluno torna-se um sujeito ativo de sua

aprendizagem, numa descoberta prazerosa

do conhecimento.

4. A Cultura Digital

Uma revolução silenciosa e discreta está

acontecendo, como infere Lévy [LÉVY

1999], vivemos hoje em uma dessas

épocas limítrofes na qual toda a antiga

ordem das representações e dos saberes

oscila para dar lugar a imaginários modos

de conhecimento e estilos de regulação

sociais ainda pouco estabilizados.

Conforme Silveiras [SILVEIRAS 2004],

o conhecimento é um conjunto de

informações articuladas e processadas de

modo específico, sendo o conhecimento

um bem social fundamental da

humanidade. Frutos dessa Era as TIC’s,

tem influenciado diretamente no contexto

social, político, econômico e cultural das

pessoas e nações. Os desdobramentos

dessa influência ainda não estão claros, as

possibilidades criadas à parte delas vão

além da forma de ter acesso, produzir e

compartilhar esse conhecimento.

Existem várias definições para o que é a

cultura digital. O mais ideal é começar

dizendo o que ela não é. Cultura Digital

não é uma tecnologia, e sim um sistema

de valores, de símbolos, de práticas e de

atitudes. É a cultura das redes, do

compartilhamento, da criação coletiva, da

convergência. São processos vivos de

articulação, processos políticos, sociais,

que impactam nosso modo de vida, de

construção e de formulação. E que

encontra no digital não um suporte, mas

um modo de elaboração. Ou seja, a

cultura digital é a cultura do século XXI,

a cultura contemporânea. A cultura digital

ou cybercultura propõe um olhar a partir

da perspectiva do digital e do tecnológico

no modo de ver, fazer e criar da

sociedade, e tudo isso em rede.

5. Filosofia do Software Livre

Segundo a definição criada pela Free

Software Foundation, Software Livre é

qualquer programa de computador que

pode ser usado, copiado, estudado e

redistribuído sem restrições. Mas sua

definição vai muito além da questão

técnica do software, tendo como um dos

seus pilares sua filosofia. Para Georg

Grev, Presidente da Free Software

Foundation Europe, o movimento do

Software Livre encontra as suas raízes na

filosofia da livre troca de conhecimentos

e de pensamentos, filosofia essa

encontrada tradicionalmente no campo

científico. Seguindo essa filosofia, os

programas de computadores, assim como

as ideias, não são tangíveis e podem ser

copiados sem perda, e a sua distribuição é

a base de um processo de evolução que

alimenta não apenas o desenvolvimento

do programa, mas também do

pensamento.

O conceito de Software Livre começou a

criar forma a partir dos anos 80, através

do projeto GNU, que teve como seu

idealizador Richard Stallman. Nessa

época, quase todos os softwares estavam

tendo seus códigos fechados, passando a

ser proprietário, o que significa que os

softwares tinham donos que proibiam e

impediam a cooperação entre os usuários,

mudando totalmente a lógica existente

entre os programadores daquela época,

que era a do compartilhamento e

colaboração no desenvolvimento e

melhorias dos softwares. Não conformado

com isso, Richard Stallman desenvolveu

um sistema operacional livre completo

chamado "GNU" (GNU's Not Unix, ou

GNU não é Unix) referindo se ao Sistema

Operacional Unix, que foi desenvolvido

inicialmente de forma aberta, mas depois

teve seu código fechado. Em seu

manifesto, intitulado O Manifesto GNU,

que foi escrito no início do Projeto GNU

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e tinha por objetivo pedir a participação e

ajuda de desenvolvedores, Richard

Stallman dizia que se recusava a quebrar

a solidariedade com os outros usuários, e

que se alguém gostava de um programa,

então devia compartilhá-lo com outras

pessoas que gostam dele. Em 1985

Richard Stallman fundou a Free Software

Foundation e criou a licença GPL

(General Public License) que definia

quarto tipos de liberdade para que o

software possa ser livre:

• A liberdade de executar o programa,

para qualquer propósito (liberdade no. 0)

• A liberdade de estudar como o programa

funciona, e adaptá-lo para as suas

necessidades (liberdade no. 1).

• A liberdade de redistribuir cópias de

modo que você possa ajudar ao seu

próximo (liberdade no. 2).

• A liberdade de aperfeiçoar o programa,

e liberar os seus aperfeiçoamentos, de

modo que toda a comunidade se beneficie

(liberdade no. o).

Um programa é software livre se os

usuários têm todas essas liberdades

garantidas. Consequentemente o acesso

ao código-fonte pelas demais pessoas é

uma condição necessária ao software

livre. Para que essas liberdades sejam

reais, elas têm que ser irrevogáveis. Caso

o desenvolvedor do software tenha o

poder de revogar a licença, o software não

é livre. Outra característica do Software

Livre é que se ele for modificado, sua

redistribuição tem que acontecer sob a

mesma licença, não podendo ter seu

código-fonte fechado, diferente de um

software que é colocado em domínio

público. Apoiar o software livre e o de

código aberto não é necessariamente o

mesmo que ser contra entidades

comerciais. É, de fato, apoiar um modelo

de desenvolvimento de software diferente

do que é praticado, por exemplo, pela

Microsoft. O mais importante para os

nossos propósitos é que apoiar o software

livre e o de código aberto não significa

ser contra copyrights. O software livre e o

de código aberto não são software em

domínio público. [LESSIG 2004]

Em 1998 foi criado pela OSI (Open

Source Initiative) o termo “Open Source”,

ou “Código Aberto”, que é um

movimento mais voltado ao mercado, que

prega que o software desse tipo traz

diversas vantagens técnicas e econômicas.

Enquanto a Free Software Foundation

usa o termo "Software Livre" envolta de

um discurso baseado em questões éticas,

direitos e liberdade, num contexto mais

amplo onde a informação é um legado da

humanidade e deve ser livre, sendo este

ambiente filosófico/ético e político como

uma parte essencial do movimento e um

dos seus pilares fundamentais, a OSI usa

o termo "Open Source" sob um ponto de

vista puramente técnico, ignorando todos

os aspectos filosóficos ou políticos, sendo

considerados estes aspectos como

prejudiciais à comercialização. O

software livre se opõe ao software

proprietário, mas não ao software

comercial. Software Livre é uma questão

de liberdade, não de preço. Para entender

o conceito, um famoso ditado é utilizado

que diz que você deve pensar em

Software Livre como "liberdade de

expressão", não em "cerveja grátis".

O Software Livre representa uma opção

pela criação, pela colaboração e pela

independência tecnológica e cultural, uma

vez que é baseado no princípio do

compartilhamento do conhecimento e na

solidariedade praticada pela inteligência

coletiva conectada na rede mundial de

computadores. Desta forma, o software

livre apresenta um caráter libertário, pois

permite a democratização do

conhecimento, a construção coletiva, o

estímulo à colaboração, à autonomia e a

independência tecnológica, pois não

podemos nos limitar a ser apenas

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consumidores de produtos e tecnologias

proprietárias. [GOMES 2008]

6. Análise dos resultados

A educação é a base para um país

desenvolvido economicamente,

socialmente e culturalmente. Sendo este

tão importante, principalmente nos dias

atuais, tem sido objeto de muitas

pesquisas e estudos relativos a seus

processos e metodologias.

A educação tem como principal objetivo

transmitir o conhecimento, e uma das

principais referências para esse processo é

a escola. Nela um novo paradigma de

ensino surge através da filosofia do

software livre, impactando, juntamente

com as demais TIC’s, na forma do ensino

atual, já que incentiva:

Livre conhecimento;

Criação colaborativa;

Compartilhamento das

informações.

Antigamente a escola era apenas um local

onde o conhecimento era repassado de

forma hierárquica, ou seja, o professor

tinha o conhecimento e passava isso para

o aluno. Hoje, devido às experiências

vivenciadas a partir da popularização do

acesso à informação e as TIC’s, esta

hierarquia está descaracterizada, já que os

mestres podem não ser os únicos

detentores do saber. Assim, uma nova

cultura de ensino origina-se, tornando a

escola não somente um local de acesso, e

sim de produção do conhecimento.

A cultura digital na educação pretende

evidenciar a união entre as tecnologias

para comunicação de forma a fazer as

pessoas pensarem e se relacionarem de

modo mais compartilhador e

colaborativo. Logo, vemos os Softwares

Livres como:

Estratégia de desenvolvimento

educacional.

Pois sua utilização demanda:

continuidade;

aprendizado;

constante aplicação de

conhecimentos.

Assim, agregam aos programas uma

adaptação livre de acordo com a

necessidade de cada instituição,

disciplina, professor e aluno.

7. Conclusão

Com este trabalho percebemos a

importância do compartilhamento das

informações e do conhecimento, como

forma de desenvolvimento do ensino para

o alcance do aprendizado contínuo.

“A política educacional deve se basear em

conhecimento aberto, pois a ciência

sempre foi feita com base em ideias

formatadas anteriormente” [SILVEIRA

apud MEDEIROS 2010]. Portanto, o livre

conhecimento, compartilhamento de

ideias e criação colaborativa fornece as

mudanças qualitativas no inédito

ambiente resultante da extensão das novas

redes de comunicação para a vida social e

cultural [LÉVY 1999].

“Os indivíduos se desenvolvem

intelectualmente a partir de exercícios e

estímulos oferecidos pelo meio que os

cercam” (PIAGET, 1982 apud Bello

1995). Assim, quanto mais estimulados

forem as crianças e jovens de hoje, mais a

sociedade tem a ganhar. Afinal a

capacidade de raciocínio do ser humano é

imensa e o avanço tecnológico tem muito

a contribuir, se usado na maneira correta.

Por tudo exposto, concluímos que o

Software Livre contribui para o

desenvolvimento da educação, a qual

sendo bem feita determina os bons

cidadãos e profissionais do futuro.

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Finalizamos este artigo propondo uma

reflexão sobre a interação e agregação do

conhecimento no presente sistema

educacional, para que a escola participe

ativamente como produtora de

conhecimento na construção coletiva do

mundo em que vivemos, construindo

assim uma nova escola que torne todos

continuamente aprendizes.

8. Referências Bibliográficas

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