Divulga Ciência - Julho/2012

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O cubiu contribui na melhora da dieta alimentar da população e sua produção desenvolve a economia sustentável para várias comunidades Jornal do Inpa Manaus, Julho 2012 - Ano IV - Ed.23- ISSN 2175-0866 www.inpa.gov.br Pesquisadora do Inpa explanou sobre áreas alagáveis na SBPC Pesquisadores do Inpa Acre apresentaram pôsteres na SBPC Xiloteca do Inpa revela potencial de comércio na SBPC Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPC Na SBPC, Raupp destacou os Institutos de pesquisa na socialização da informação O ministro relatou sobre o sistema de integração que permitirá a inclusão de todas as informações dispostas pelos Institutos de pesquisa do Brasil Inpa destaca fruto amazônico com potencial de comércio em palestra na SBPC Pág. 02 Pág. 02 Pág. 02 Pág. 03 Pág. 04 Pág. 05 Tecnologia de desinfecção de água desenvolvida no Inpa atrai estudantes no Maranhão Pág. 08 O debate aconteceu, no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Foto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes “A nova conjuntura Nacional, Regional e Internacional – Desafios para o Modelo Zona Fran- ca de Manaus” Boa leitura Pág. 02 O anúncio “Nós lavamos água” foi visto pelos estudantes maranhenses, que visitaram a SBPC, como solução para os problemas de poluição de água no Estado Foto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes Rede Clima apresentou artigo de pesquisador do Inpa na SBPC EDIÇÃO ESPECIAL SBPC

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Jornal de divulgação científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

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Page 1: Divulga Ciência - Julho/2012

O cubiu contribui na melhora da dieta alimentar da população e sua produção desenvolve a economia sustentável para várias comunidades

Jornal do Inpa

Manaus, Julho 2012 - Ano IV - Ed.23- ISSN 2175-0866www.inpa.gov.br

Pesquisadora do Inpa explanou sobre áreas alagáveis na SBPC

Pesquisadores do Inpa Acre apresentaram pôsteres na SBPC

Xiloteca do Inpa revela potencial de comércio na SBPC

Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPC

Na SBPC, Raupp destacou os Institutos de pesquisa na socialização da informação

O ministro relatou sobre o sistema de integração que permitirá a inclusão de todas as informações dispostas pelos Institutos de pesquisa do Brasil

Inpa destaca fruto amazônico com potencial de comércio em palestra na SBPC

Pág. 02

Pág. 02

Pág. 02

Pág. 03

Pág. 04 Pág. 05

Tecnologia de desinfecção de água desenvolvida no Inpa atrai estudantes no Maranhão

Pág. 08

O debate aconteceu, no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Foto: Eduardo Gomes

Foto: Eduardo Gomes

“A nova conjuntura

Nacional, Regional

e Internacional –

Desafios para o

Modelo Zona Fran-

ca de Manaus”

Boa leitura

Pág. 02

O anúncio “Nós lavamos água” foi visto pelos estudantes maranhenses, que visitaram a SBPC, como solução para os problemas de poluição de água no Estado

Foto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes

Rede Clima apresentou artigo de pesquisador do Inpa na SBPC

EDIÇÃO ESPECIAL

SBPC

Page 2: Divulga Ciência - Julho/2012

Uma das tradicionais atividades da

Reunião Anual da Sociedade Brasileira

para a o Progresso da Ciência (SBPC)

é a exposição de pôsteres, com traba-

lhos de estudantes e pesquisadores de

diversas universidades e unidades de

pesquisas do Brasil. Na 64ª edição do

evento,pesquisadores do Instituto Naci-

onal de Pesquisas da Amazônia

(Inpa/MCTI) no Acre (AC), expuseram

os resultados de seus trabalhos de

pesquisa.

De acordo com o coordenador do

Núcleo de Pesquisas do Inpa Acre,

Evandro Ferreira, a exposição incluiu

também trabalhos do Programa Institu-

cional de Bolsas de Iniciação Científica

(Pibic) do Inpa, que visa apoiar a políti-

ca de iniciação científica desenvolvida

nas Instituições de ensino e pesquisa

por meio da concessão de bolsas.

Página 02 - Julho 2012

Assessora de Comunicação: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) - Editora Chefe: Fernanda Farias - Repórteres: Eduardo Gomes e Fernanda Farias Editoração Eletrônica: Juliana Lima - Revisão: - Fotos: Eduardo Gomes Tiragem: 1000 - Edição 23 -Julho- ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.

Clarissa Bacellar

+55 92 3643-3100 / 3104 [email protected] ascom_inpa

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA/MCTI

Expediente Fale com a redação

Ministério daCiência e Tecnologia e Inovação

Tome Ciência

Pesquisadores do Inpa Acre apresentaram pôsteres na SBPC

No último dia da 64ª Reunião Anual

da Sociedade Brasileira para o Pro-

gresso da Ciência (SBPC), o comuni-

cador científico da Rede Clima, Fabia-

no Scarpa, apresentou em sua pales-

tra “Biodiversidade e Mudanças Ambi-

entais Globais” um artigo do pesquisa-

dor do Instituto Nacional de Pesquisas

da Amazônia (Inpa/MCTI), Philip

Fearnside, onde expõe que as hidrelé-

tricas contribuem mais para as mudan-

ças no clima do que as termelétricas

A Rede Clima trata-se de um progra-

ma, criado pelo Governo Federal, com

intuito de atender a demanda que vem

do Plano Nacional sobre as Mudanças

Climáticas. Seu principal objetivo é

gerar subsídios para que o Brasil

possa responder as mudanças climáti-

cas e assim aliviar seus efeitos.

Rede Clima apresenta artigo de pesquisador do Inpa na SBPC

Xiloteca do Inpa revela potencial de comércio na SBPC

Boa Leitura - Desafios para o Modelo Zona Franca de Manaus

Foto: Eduardo GomesFoto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes

Dentre a diversidade de flora e fauna

apresentada no estande do Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia

(Inpa/MCTI), na 64ª Reunião Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso

da Ciência (SBPC), foi possível encon-

trar várias espécies de madeiras ama-

zônicas em seus diferentes usos.

O objetivo principal da exposição da

xiloteca, segundo o anatomista de

madeira do Inpa, Jorge Freitas, é apre-

sentar a diversidade das espécies flo-

restais que se pode encontrar. “Quere-

mos mostrar as principais madeiras

comercializadas. Assim também como

as propriedades de cada uma, como

densidade e variação de cores. E ainda

sobre o livro “Potencial tecnológico de

madeiras e resíduos florestais da Ama-

zônia Central” (lançado na SBPC),

explicou.

Após a grande repercussão do seminário sobre o Modelo Zona Franca de Mana-

us, ocorrido no Inpa em 2011, nasceu a ideia de agregar diversas visões e panora-

mas do modelo ZF em uma só obra. O livro intitulado “A nova conjuntura Nacional,

Regional e Internacional – Desafios para o Modelo Zona Franca de Manaus”, foi

lançado em maio, no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI). Organizada pelo Diretor-Executivo da Fundação Amazô-

nica de Defesa da Biosfera (FDB), José Seráfico e pelo presidente da Associação

Panamazônica, Belisário Arce, a obra reuniu vários colaboradores, que em setem-

bro do ano passado palestraram sobre melhorias para o modelo, entre eles o coor-

denador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, onde falou sobre a notoriedade que

a Amazônia tem ganhado na mídia, além de por em debate questões que envol-

vem o desenvolvimento da nossa região, como o político, cultural, cientifico e eco-

nômico. A obra foi uma realização da FDB e da Panamazônica, financiada pelo

Governo do Estado do Amazonas com recursos da Fundação de Amparo à Pes-

quisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Page 3: Divulga Ciência - Julho/2012

amazônicos e onde o nível de inunda-

ção muda ao longo do ano. “Na Améri-

ca do Sul é estimada uma cobertura de

áreas úmidas em torno de 20%, e ocor-

rem em todos os biomas brasileiros,

cada um com suas próprias caracte-

rísticas”, disse.

Outro aspecto abordado por Pieda-

de em sua apresentação, foi o ritmo de

crescimento das árvores nos ambien-

tes alagáveis, estudados por meio da

dendocronologia, que permite aos

pesquisadores saber o tempo de

desenvolvimento das espécies arbóre-

as nas épocas de seca ou enchente.

Segundo a pesquisadora, nos últi-

mos 20 anos os estudos apontam picos

de cheias e secas mais intensas. Ela

também falou sobre um modelo de

estudo, utilizado como ferramenta que

possibilita saber, com dois meses de

antecedência, o pico de cheia nos rios

Julho - Página 03Educação e Sociedade

Pesquisadora do Inpa explana sobre áreas alagáveis na SBPCMesa redonda contou com a participação da pesquisadora do Inpa Maria Piedade, e de Carolina Silva da UNEMAT

|Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência

São Luiz – MA

Durante a

Sociedade Brasileira para o Progresso

da Ciência (SBPC), estudantes, pes-

quisadores e interessados em

conhecer e entender mais sobre

as áreas úmidas do Brasil, parti-

ciparam da mesa redonda intitu-

lada “Ecossistemas de áreas

úmidas brasileiras: vulnerabili-

dade e perspectivas de uso sus-

tentável”, que contou com apre-

sentações das pesquisadoras:

Maria Tereza Piedade, do Institu-

to Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI); e Caroli-

na Joana da Silva da Universida-

de do Estado do Mato Grosso

(UNEMAT), que aconteceu em São

Luís, no Maranhão.

Repiquete, períodos de seca e

enchente, perda de biodiversidade,

capacidade adaptativa que as popula-

ções tradicionais possuem para supe-

rar e se adaptar aos distúrbios e

mudanças de variação climáticas,

foram abordados na ocasião.

A pesquisadora do Inpa ministrou a

palestra intitulada “As áreas inundáveis

amazônicas: características, vulnera-

bilidade e perspectiva do uso sustentá-

vel”, para explicar sobre os ambientes

64ª Reunião Anual da

na região amazônica, como o caso

ocorrido este ano no Amazonas, onde

mais de 11 mil famílias sofreram com o

período da cheia.

Sobre a pesquisadora

Pesquisadora do Inpa desde 1988,

Maria Tereza Piedade estudou

mestrado (1985) e doutorado

(1988) em ecologia no Inpa. Suas

áreas de pesquisas são: ecologia

de áreas úmidas, ecofisiologia da

vegetação de áreas úmidas e uso

sustentável de áreas alagáveis

amazônicas.

Em 2011, Piedade foi agracia-

da, durante o Simpósio Latino

Americano em Bonn na Alema-

nha, com o prêmio Joachim Adis

de Ecologia Tropical Interdisciplinar,

em reconhecimento ao trabalho desen-

volvido na área de biologia e ecologia

na Amazônia.

Maria Tereza é natural de La Coruña,

Espanha, mas possui cidadania brasi-

leira e se tornou líder do Grupo de Coo-

peração Brasil-Alemanha em “Ecologia

de Áreas Alagáveis” desde 1992. Tam-

bém é membro do Comitê Científico

Internacional do Programa de Grande

Escala da Biosfera-Atmosfera na Ama-

zônia(LBA).

‘‘ ‘‘Na América do Sul é estimada uma cobertura

de áreas úmidas em torno de 20% e ocorrem

em todos os biomas brasileiros

Foto: Eduardo Gomes

Page 4: Divulga Ciência - Julho/2012

Página 04 - Julho 2012

Na SBPC, Raupp destacou os institutos de pesquisa na socialização da informação

Ministro de CT&I visita estande do Inpa na abertura da EXPOT&CFrutos, biojóias, madeiras, produtos e processos patenteados formam o diferencial Amazônico na EXPOT&C

Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência

São Luiz – MA

O primeiro dia de palestras e exposi-

ções da 64ª Reunião Anual da Socie-

dade Brasileira para o Progresso da

Ciência (SBPC), que aconteceu do dia

22 à 27 de julho, na Universidade Fede-

ral do Estado do Maranhão (UFMA),

iniciou com a palestra “Ciência, Tecno-

logia e Inovação como protagonista do

desenvolvimento sustentado” proferi-

da pelo ministro da Ciência, Tecnolo-

gia e Inovação (MCTI), Marco Antonio

Raupp, apresentado ao público pre-

sente pela presidente da SBPC, Hele-

na Nader.

Na conferência, o ministro começou

explicitando as medidas recentes e de

curto prazo que o MCTI tem realizado

para que o Brasil possa progredir

ainda mais em inovações científicas.

“Várias medidas recentes do ministé-

rio valem a pena mencionar como: a

renovação dos Institutos Nacionais de

Ciência e Tecnologia (INCTs); as tec-

nologias assistivas; o Programa Ciên-

cia sem Fronteiras; o reajuste das bol-

sas, ainda a subvenção econômica, e

sistema de crédito da Financiadora de

Estudos e Projetos (Finep). Em rela-

ção ao Programa Ciência sem Frontei-

ra, a novidade é que estamos firmando

uma parceria com a Universidade

de Harvard (Estados Unidos) e a

Universidade de Oxford (Reino

Unido)”, contou Raupp.

O ministro também relatou aos

presentes sobre a inovação de um

sistema que permitirá a inclusão de

todas as informações dispostas

pelos institutos de pesquisa do

Brasil. “Foi lançado no início desse

ano, um sistema de integração de

todas as bases de dados, para ser

disponibilizados na rede. E para

que isso facilite a pesquisa, esta-

mos envolvendo neste trabalho

vários Institutos do Brasil, como o

Inpa, o Instituto Mamirauá, entre

outros, tudo para promover o aces-

so à informação”, completou o

ministro.

Conferências

Diversas conferências foram

apresentada no dia 23. Entre elas, a

palestra do ganhador do Prêmio

Nobel de Química do ano de 2011,

Daniel Shechtman, explicou aos

participantes sobre a divulgação e

popularização da ciência, além de

explicar sobre a pesquisa que lhe

rendeu o prêmio Nobel.

O ministro relatou sobre o sistema de integração que permitirá a inclusão de todas as informações dispostas pelos institutos de pesquisa do Brasil

|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência

Meio Ambiente

Foto: Eduardo Gomes

São Luiz – MA

Pesquisas, projetos, Instituições e o

desenvolvimento da ciência no Brasil,

estiveram em foco na abertura da

EXPOT&C. A exposição, que é consi-

derada uma das mais relevantes da

área da pesquisa brasileira, é uma das

atividades realizadas na 64ª Reunião

Anual da Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência (SBPC), que

aconteceu na Universidade Federal do

Maranhão (UFMA), em São Luís (MA).

Na ocasião, estiveram presentes

autoridades como o Ministro de Ciên-

cia, Tecnologia e Inovação, Marco

Raupp; a presidente da SBPC, Helena

Nader; o diretor do Departamento de

Popularização da Ciência, Ildeu Morei-

ra e o Coordenador de Extensão do

Instituto Nacional de Pesquisas da Ama-

zônia (Inpa/MCTI), Carlos Roberto

Bueno. Durante a visitação na exposi-

ção, Raupp esteve no estande do Inpa,

onde teve breve conversa com Bueno,

sobre as potencialidades da Amazônia.

De acordo com Bueno, o primeiro dia

de exposição foi de grande relevância.

“O Estado do Maranhão é muito carac-

terístico, por suas praias, dunas, man-

gues, cerrado e também parte da Ama-

zônia, isso quer dizer que muitas das

tecnologias e conhecimentos de biodi-

versidades que nós temos, na região

mais central da Amazônia, servem pra

cá também. Essa abertura foi um

momento muito interessante e feliz

onde o ministro esteve aqui juntamente

com alguns visitantes internacionais,

que possuem inclusive interesse em

muitos dos resultados que o Inpa está

obtendo”, disse.

Bueno ressaltou também que a parti-

cipação da sociedade acadêmica, mos-

trou-se como um resultado positivo do

primeiro dia de ExpoT&C. “Tivemos

logo no início, vários professores e

estudantes de várias instituições, inclu-

sive da universidade federal e também

a do Estado”.

Page 5: Divulga Ciência - Julho/2012

Julho - Página 05Divulga Ciência

Tecnologia de desinfecção de água desenvolvida no Inpa atraiu estudantes no MaranhãoO anúncio “Nós lavamos água” foi visto pelos estudantes maranhenses, que visitaram a SBPC, como solução para os problemas de poluição de água no Estado

São Luiz – MA

Os olhares de quem passou pela 20ª

EXPOT&C, umas das atividade da 64ª

Reunião Anual da Sociedade Brasileira

para o Progresso da Ciência (SBPC),

que aconteceu na Universidade

Federal do Maranhão (UFMA),

logo foram atraídos para o anún-

cio “Nós lavamos água”. Trata-se

de uma tecnologia de desinfecção

solar de água, apresentada no

estande do Instituto Nacional de

P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a

(Inpa/MCTI).

De acordo com o Coordenador

de Extensão do Inpa, Carlos Bue-

no, a inovação é capaz de eliminar

os germes sem precisar utilizar

substâncias químicas. “O que se des-

cobriu foi que uma luz que emite raios

ultravioletas, pode purificar a água

somente com uma questão física, mas

para que isso aconteça a água precisa

estar o mais translúcida possível”,

explicou.

Gabriel Ferreira, 12, é estudante do

ensino fundamental da Unidade de

Educação Básica Primavera, em São

Luís, e resolveu conhecer a tecnologia,

pois acredita que ela poderia resolver a

questão de água contaminada nas

proximidades do local onde mora. “A

água que podemos beber, que vem

pelos canos, às vezes é poluída. Já

teve casos de pessoas que tiverem

que ir para o hospital”, contou.

Recentemente, noticiários brasilei-

ros destacaram os diversos casos de

poluição de águas ocorrentes atual-

mente no Estado do Maranhão.

Sobre a Tecnologia

O sistema solar de desinfecção de

água foi desenvolvido pelo pesquisa-

dor do Inpa, Roland Vetter. Trata-se de

um sistema capaz de tornar águas

sujas de rios e lagos em água potável

livre de germes, que já foi testado com

sucesso em aldeias remotas na região

Amazônica.

A inovação pode ser considerada

como um método para proteção contra

bactérias e outros micro-organismos

perigosos, em alguns casos podem

produzir efeitos negativos não somen-

te para o ser humano, mas também

para o meio ambiente.

“Eu acho que o que Inpa está

trazendo é uma inovação, princi-

palmente por termos uma cida-

de com grande quantidade de

águas poluídas. Futuramente se

a situação continuar assim, nós

precisaremos de equipamentos

como este”, desabafou Rodrigo

Pinheiro, estudante do ensino

médio, do Centro de Ensino

Raimundo Rodrigues, de Serra do

Maranhão.

Sobre o equipamento

O equipamento é compacto e agru-

pa tudo em uma única caixa movida

por energia solar. Purifica 400 litros de

água por horas.

‘‘ ‘‘O que se descobriu foi que uma luz que emite

raios ultravioletas, pode purificar a água

somente com uma questão física

|Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência

Foto: Eduardo Gomes

Page 6: Divulga Ciência - Julho/2012

Página 06 - Julho 2012 Ciência e Tecnologia

São Luiz – MA

Durante a 64ª Reunião Anual da

Sociedade Brasileira para o Progres-

so da Ciência (SBPC), ocorreu o lan-

çamento das novas obras da editora

do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI), apre-

sentados pelo diretor do Insti-

tuto, Adalberto Val, na Univer-

sidade Federal do Maranhão

(UFMA).

O diretor começou o lança-

mento comentando sobre as

diversidades e curiosidades da

região amazônica como fauna

e clima. “Na Amazônia não

existe apenas o calor, nas

regiões dos Andes, que ainda

é Amazônia, existe um clima total-

mente diferente. E isso poucas pes-

soas sabem”, comentou.

Toda essa diversidade da região

requer uma divulgação ampla das

pesquisas realizadas nos laboratóri-

os, pois é preciso promover um retor-

no à população, já que muitas pesqui-

sas realizadas vieram de indagações

de saberes tradicionais. “Um cientista

sempre procura meios para aprimo-

rar suas pesquisas, para poder desen-

volver melhorias para a população a

qual está inserido”, expôs.

Val comentou ainda com os partici-

pantes sobre a relevância das pessoas

serem bem instruídas, sem que se dis-

persem de sua cultura. “O Inpa se preo-

cupa em fazer a socialização do conhe-

cimento realizado em seus

laboratórios. E isso tudo propor-

ciona a inclusão de grande parte da

sociedade, pois possibilita que as pes-

soas conheçam e se desenvolvam na

própria região”, afirmou o diretor.

Novas publicações

Alguns exemplares das obras lança-

das na sessão foram sorteadas para o

público presente. Um dos ganhadores

foi o estudante de agronomia e admi-

nistração, Flávio Henrique da Silva,

que ganhou o livro “Frutos nativos da

Amazônia“, e ressaltou que o espaço é

importante porque possibilita ter conta-

to com livros sobre outras regiões. “Fi-

quei muito feliz em ganhar um livro da

região Amazônica, ainda mais que é na

minha área, foi bem gratificante parti-

cipar do lançamento”, comentou o

estudante.

As obras lançadas na SBPC foram:

“Guias de samambaias e licófitas”;

“Reserva Ducke e a biodiversidade

amazônica através de uma grade”;

“Frutos nativos da Amazônia comerci-

alizados nas feiras de Manaus”; “Po-

tencial tecnológico de madeiras da

Amazônia”; “A nova conjuntura nacio-

nal, regional e internacional - desafios

para o modelo Zona Franca de Mana-

us”; “Grupo de Estudos Estratégicos

Amazônicos - tomo IV”; “Noções bási-

cas de nutrição e higiene”; “Revista

Acta Amazônica” e “Cartilha Observan-

do borboletas”. As obras estão dispo-

níveis na Editora do Inpa e podem ser

adquiridas por meio dos contatos: (92)

3643 3223 / 3642 3438.

|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência

Diretor do Inpa apresenta novas publicações do Instituto na SBPCAs pessoas interessadas nas obras ganharam 30% de desconto comprando no estande da editora do Inpa

‘‘‘‘Um cientista sempre procura meios para aprimorar suas

pesquisas, para poder desenvolver melhorias para a população a qual

está inserido

Foto: Eduardo Gomes

Page 7: Divulga Ciência - Julho/2012

cas públicas para que não haja o des-

matamento desenfreado, se não

vamos ter mais espécies extintas, já

que 52% das espécies brasileiras, só

ocorrem na mata atlântica”, relatou.

Diversidade de espécies da fauna e

da flora também é encontrada em gran-

de escala no Maranhão. O pesqui-

sador da UFMA, Carlos Martinez,

discorreu sobre o “Encontro de Bio-

mas do Estado do Maranhão”, onde

abordou vários aspectos geográficos,

econômicos e ambientais e, entre eles,

as ações necessárias para recuperar a

floresta amazônica e o cerrado encon-

trado no Estado.

“O Maranhão encontra-se numa

encruzilhada geográfica, de um lado a

Amazônia, de outro o cerrado, e ainda

‘‘ ‘‘As questões abordadas são de extrema importância, pois acontece a questão de

regiões ecótonas, que são regiões em transição

ambiental

Junho - Página 07Divulga Ciência

Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPCO debate aconteceu, no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

São Luís - MA

O Estado do Maranhão não é ape-

nas conhecido pela singularidade de

sua cultura, mas também pela diversi-

dade de biomas que apresenta. Para

debater sobre o assunto na 64ª Reu-

nião Anual da Sociedade Brasileira

para o Progresso da Ciência

(SBPC), os pesquisadores Carlos

Martinez da UFMA e o pesquisa-

dor Gustavo Martineli, do Instituto

do Patrimônio Histórico e Artístico

e Nacional (IPHAN), ministraram a

mesa-redonda intitulada “Mara-

nhão: um encontro de biomas”,

coordenada pelo diretor do Institu-

to Nacional de Pesquisas da Ama-

zônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val.

Gustavo Martineli deu início à

mesa-redonda esclarecendo questões

que viabilizam ações e prioridades

para a conservação da Mata Atlântica,

e outros biomas, mostrando espécies

que já foram totalmente extintas.

“Na Mata Atlântica se concentra um

número grande de pesquisadores que

realizam estudos na região. O governo

precisa investir arduamente em políti-

a caatinga. Existem várias estratégias

para a recuperação das áreas que se

encontram degradadas, como o reflo-

restamento com espécies nativas, que

possui um potencial estratégico enor-

me. Mas reflorestar exige uma mudan-

ça grande de valores, pois consequen-

temente irá reduzir a superfície produti-

va”, esclareceu Martinez.

Para Adalberto Val, o assunto é fun-

damental para ajudar a entender

a biodiversidade do Estado do

Maranhão. “As questões abor-

dadas pelos pesquisadores, são

de extrema importância, pois

acontece a questão de regiões

ecótonas, que são regiões em

transição ambiental, entre um

ecossistema e outro. No caso do

Maranhão, temos o bioma da

Amazônia e do cerrado”, expôs.

Durante a SBPC, o Estado do Mara-

nhão apresentou aos participantes a

razão pelo qual foi escolhido como

cede do evento. Por conseguir agre-

gar, em só um Estado, diversidades

naturais, culturais e ainda de saberes

tradicionais.

Foto: Eduardo Gomes

|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência

Page 8: Divulga Ciência - Julho/2012

Página 08 - Julho 2012

Inpa destaca fruto amazônico com potencial de comércio em palestra na SBPCO cubiu contribui na melhora da dieta alimentar da população e sua produção desenvolve a economia sustentável para várias comunidades

São Luís - MA

Para mostrar toda diversidade bioló-

gica e cultural existente na Amazônia

para os participantes da 64ª Reunião

Anual da Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência (SBPC), o

coordenador de Extensão do Institu-

to Nacional de Pesquisas da Amazô-

nia (Inpa/MCTI), Carlos Bueno,

ministrou uma palestra sobre a biodi-

versidade da Amazônia, dando des-

taque para um fruto com potenciali-

dade diversa: o cubiu.

Bueno inicialmente apresentou ao

público curiosidades sobre a Amazô-

nia, como a explosão demográfica

que houve nas últimas décadas, e

ainda sobre as principais metas do

Instituto. “É importante apresentarmos

aos participantes sobre os principais

objetivos do Inpa, que é gerar e disse-

minar o conhecimento científico e capa-

citar recursos humanos para desenvol-

ver a Amazônia”, informou Bueno.

Cubiu

O público que acompanhou a pales-

tra desconhecia o fruto, mas nem por

isso deixou de experimentar algumas

guloseimas feitas do próprio cubiu. Um

dos que aprovaram o suco de cubiu foi o

funcionário público Judemar Filho, que

espera poder comprar produtos

feitos do fruto brevemente no

comércio. “A Amazônia é tão rica,

com frutos com potencial de comércio,

mas acaba que não conhecemos isso

no nosso dia a dia, pois ainda falta o incen-

tivo para que empresários invistam em

produtos amazônicos, só assim chegua-

rão às mesas de todo Brasil”, comentou.

Além da degustação, Bueno também

informou sobre os aspectos econômico,

sociais e nutricionais do fruto. “O cubiu é

um fruto que envolve vários benefícios,

além de ser utilizado na produção de ali-

mentos, como geléias e licores, ele tam-

Educação e Sociedade

| Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência

‘‘ ‘‘O cubiu é um fruto que envolve vários

benefícios, além de ser utilizado na produção

de alimentos, como geléias

bém atua na melhoria da dieta ali-

mentar, já que ele é rico em vitamina

B5; ajuda na defesa de doenças da

pele, como pelagra; e controla os

níveis elevados de colesterol e gli-

cose no sangue”, explicitou Bueno.

Além dos benefícios alimentares

para os consumidores do fruto,

há o benefício social, que con-

tribui para melhoria da renda

familiar das comunidades ribei-

rinhas e indígenas. “Os desafi-

os de produção desse fruto

existem, por isso é preciso o

investimento de políticas regio-

nais, estaduais e municipais, só

dessa forma será possível reali-

zar a tão almejada economia

verde para nossa região”, finalizou o

pesquisador.

Durante todos os dias da SBPC

foi possível encontrar outros frutos

amazônicos, além de curiosidades

da região amazônica, no estande do

Inpa, no Pavilhão 1, local destina-

dos aos institutos de pesquisas

ligados ao Ministério da Ciência,

Tecnologia e Inovação (MCTI).

Foto: Eduardo Gomes