Divulga Ciência - Julho/2012
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O cubiu contribui na melhora da dieta alimentar da população e sua produção desenvolve a economia sustentável para várias comunidades
Jornal do Inpa
Manaus, Julho 2012 - Ano IV - Ed.23- ISSN 2175-0866www.inpa.gov.br
Pesquisadora do Inpa explanou sobre áreas alagáveis na SBPC
Pesquisadores do Inpa Acre apresentaram pôsteres na SBPC
Xiloteca do Inpa revela potencial de comércio na SBPC
Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPC
Na SBPC, Raupp destacou os Institutos de pesquisa na socialização da informação
O ministro relatou sobre o sistema de integração que permitirá a inclusão de todas as informações dispostas pelos Institutos de pesquisa do Brasil
Inpa destaca fruto amazônico com potencial de comércio em palestra na SBPC
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Tecnologia de desinfecção de água desenvolvida no Inpa atrai estudantes no Maranhão
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O debate aconteceu, no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Foto: Eduardo Gomes
Foto: Eduardo Gomes
“A nova conjuntura
Nacional, Regional
e Internacional –
Desafios para o
Modelo Zona Fran-
ca de Manaus”
Boa leitura
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O anúncio “Nós lavamos água” foi visto pelos estudantes maranhenses, que visitaram a SBPC, como solução para os problemas de poluição de água no Estado
Foto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes
Rede Clima apresentou artigo de pesquisador do Inpa na SBPC
EDIÇÃO ESPECIAL
SBPC
Uma das tradicionais atividades da
Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para a o Progresso da Ciência (SBPC)
é a exposição de pôsteres, com traba-
lhos de estudantes e pesquisadores de
diversas universidades e unidades de
pesquisas do Brasil. Na 64ª edição do
evento,pesquisadores do Instituto Naci-
onal de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCTI) no Acre (AC), expuseram
os resultados de seus trabalhos de
pesquisa.
De acordo com o coordenador do
Núcleo de Pesquisas do Inpa Acre,
Evandro Ferreira, a exposição incluiu
também trabalhos do Programa Institu-
cional de Bolsas de Iniciação Científica
(Pibic) do Inpa, que visa apoiar a políti-
ca de iniciação científica desenvolvida
nas Instituições de ensino e pesquisa
por meio da concessão de bolsas.
Página 02 - Julho 2012
Assessora de Comunicação: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) - Editora Chefe: Fernanda Farias - Repórteres: Eduardo Gomes e Fernanda Farias Editoração Eletrônica: Juliana Lima - Revisão: - Fotos: Eduardo Gomes Tiragem: 1000 - Edição 23 -Julho- ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.
Clarissa Bacellar
+55 92 3643-3100 / 3104 [email protected] ascom_inpa
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA/MCTI
Expediente Fale com a redação
Ministério daCiência e Tecnologia e Inovação
Tome Ciência
Pesquisadores do Inpa Acre apresentaram pôsteres na SBPC
No último dia da 64ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Pro-
gresso da Ciência (SBPC), o comuni-
cador científico da Rede Clima, Fabia-
no Scarpa, apresentou em sua pales-
tra “Biodiversidade e Mudanças Ambi-
entais Globais” um artigo do pesquisa-
dor do Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCTI), Philip
Fearnside, onde expõe que as hidrelé-
tricas contribuem mais para as mudan-
ças no clima do que as termelétricas
A Rede Clima trata-se de um progra-
ma, criado pelo Governo Federal, com
intuito de atender a demanda que vem
do Plano Nacional sobre as Mudanças
Climáticas. Seu principal objetivo é
gerar subsídios para que o Brasil
possa responder as mudanças climáti-
cas e assim aliviar seus efeitos.
Rede Clima apresenta artigo de pesquisador do Inpa na SBPC
Xiloteca do Inpa revela potencial de comércio na SBPC
Boa Leitura - Desafios para o Modelo Zona Franca de Manaus
Foto: Eduardo GomesFoto: Eduardo Gomes Foto: Eduardo Gomes
Dentre a diversidade de flora e fauna
apresentada no estande do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCTI), na 64ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC), foi possível encon-
trar várias espécies de madeiras ama-
zônicas em seus diferentes usos.
O objetivo principal da exposição da
xiloteca, segundo o anatomista de
madeira do Inpa, Jorge Freitas, é apre-
sentar a diversidade das espécies flo-
restais que se pode encontrar. “Quere-
mos mostrar as principais madeiras
comercializadas. Assim também como
as propriedades de cada uma, como
densidade e variação de cores. E ainda
sobre o livro “Potencial tecnológico de
madeiras e resíduos florestais da Ama-
zônia Central” (lançado na SBPC),
explicou.
Após a grande repercussão do seminário sobre o Modelo Zona Franca de Mana-
us, ocorrido no Inpa em 2011, nasceu a ideia de agregar diversas visões e panora-
mas do modelo ZF em uma só obra. O livro intitulado “A nova conjuntura Nacional,
Regional e Internacional – Desafios para o Modelo Zona Franca de Manaus”, foi
lançado em maio, no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI). Organizada pelo Diretor-Executivo da Fundação Amazô-
nica de Defesa da Biosfera (FDB), José Seráfico e pelo presidente da Associação
Panamazônica, Belisário Arce, a obra reuniu vários colaboradores, que em setem-
bro do ano passado palestraram sobre melhorias para o modelo, entre eles o coor-
denador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, onde falou sobre a notoriedade que
a Amazônia tem ganhado na mídia, além de por em debate questões que envol-
vem o desenvolvimento da nossa região, como o político, cultural, cientifico e eco-
nômico. A obra foi uma realização da FDB e da Panamazônica, financiada pelo
Governo do Estado do Amazonas com recursos da Fundação de Amparo à Pes-
quisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
amazônicos e onde o nível de inunda-
ção muda ao longo do ano. “Na Améri-
ca do Sul é estimada uma cobertura de
áreas úmidas em torno de 20%, e ocor-
rem em todos os biomas brasileiros,
cada um com suas próprias caracte-
rísticas”, disse.
Outro aspecto abordado por Pieda-
de em sua apresentação, foi o ritmo de
crescimento das árvores nos ambien-
tes alagáveis, estudados por meio da
dendocronologia, que permite aos
pesquisadores saber o tempo de
desenvolvimento das espécies arbóre-
as nas épocas de seca ou enchente.
Segundo a pesquisadora, nos últi-
mos 20 anos os estudos apontam picos
de cheias e secas mais intensas. Ela
também falou sobre um modelo de
estudo, utilizado como ferramenta que
possibilita saber, com dois meses de
antecedência, o pico de cheia nos rios
Julho - Página 03Educação e Sociedade
Pesquisadora do Inpa explana sobre áreas alagáveis na SBPCMesa redonda contou com a participação da pesquisadora do Inpa Maria Piedade, e de Carolina Silva da UNEMAT
|Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência
São Luiz – MA
Durante a
Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC), estudantes, pes-
quisadores e interessados em
conhecer e entender mais sobre
as áreas úmidas do Brasil, parti-
ciparam da mesa redonda intitu-
lada “Ecossistemas de áreas
úmidas brasileiras: vulnerabili-
dade e perspectivas de uso sus-
tentável”, que contou com apre-
sentações das pesquisadoras:
Maria Tereza Piedade, do Institu-
to Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI); e Caroli-
na Joana da Silva da Universida-
de do Estado do Mato Grosso
(UNEMAT), que aconteceu em São
Luís, no Maranhão.
Repiquete, períodos de seca e
enchente, perda de biodiversidade,
capacidade adaptativa que as popula-
ções tradicionais possuem para supe-
rar e se adaptar aos distúrbios e
mudanças de variação climáticas,
foram abordados na ocasião.
A pesquisadora do Inpa ministrou a
palestra intitulada “As áreas inundáveis
amazônicas: características, vulnera-
bilidade e perspectiva do uso sustentá-
vel”, para explicar sobre os ambientes
64ª Reunião Anual da
na região amazônica, como o caso
ocorrido este ano no Amazonas, onde
mais de 11 mil famílias sofreram com o
período da cheia.
Sobre a pesquisadora
Pesquisadora do Inpa desde 1988,
Maria Tereza Piedade estudou
mestrado (1985) e doutorado
(1988) em ecologia no Inpa. Suas
áreas de pesquisas são: ecologia
de áreas úmidas, ecofisiologia da
vegetação de áreas úmidas e uso
sustentável de áreas alagáveis
amazônicas.
Em 2011, Piedade foi agracia-
da, durante o Simpósio Latino
Americano em Bonn na Alema-
nha, com o prêmio Joachim Adis
de Ecologia Tropical Interdisciplinar,
em reconhecimento ao trabalho desen-
volvido na área de biologia e ecologia
na Amazônia.
Maria Tereza é natural de La Coruña,
Espanha, mas possui cidadania brasi-
leira e se tornou líder do Grupo de Coo-
peração Brasil-Alemanha em “Ecologia
de Áreas Alagáveis” desde 1992. Tam-
bém é membro do Comitê Científico
Internacional do Programa de Grande
Escala da Biosfera-Atmosfera na Ama-
zônia(LBA).
‘‘ ‘‘Na América do Sul é estimada uma cobertura
de áreas úmidas em torno de 20% e ocorrem
em todos os biomas brasileiros
Foto: Eduardo Gomes
Página 04 - Julho 2012
Na SBPC, Raupp destacou os institutos de pesquisa na socialização da informação
Ministro de CT&I visita estande do Inpa na abertura da EXPOT&CFrutos, biojóias, madeiras, produtos e processos patenteados formam o diferencial Amazônico na EXPOT&C
Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência
São Luiz – MA
O primeiro dia de palestras e exposi-
ções da 64ª Reunião Anual da Socie-
dade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), que aconteceu do dia
22 à 27 de julho, na Universidade Fede-
ral do Estado do Maranhão (UFMA),
iniciou com a palestra “Ciência, Tecno-
logia e Inovação como protagonista do
desenvolvimento sustentado” proferi-
da pelo ministro da Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação (MCTI), Marco Antonio
Raupp, apresentado ao público pre-
sente pela presidente da SBPC, Hele-
na Nader.
Na conferência, o ministro começou
explicitando as medidas recentes e de
curto prazo que o MCTI tem realizado
para que o Brasil possa progredir
ainda mais em inovações científicas.
“Várias medidas recentes do ministé-
rio valem a pena mencionar como: a
renovação dos Institutos Nacionais de
Ciência e Tecnologia (INCTs); as tec-
nologias assistivas; o Programa Ciên-
cia sem Fronteiras; o reajuste das bol-
sas, ainda a subvenção econômica, e
sistema de crédito da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep). Em rela-
ção ao Programa Ciência sem Frontei-
ra, a novidade é que estamos firmando
uma parceria com a Universidade
de Harvard (Estados Unidos) e a
Universidade de Oxford (Reino
Unido)”, contou Raupp.
O ministro também relatou aos
presentes sobre a inovação de um
sistema que permitirá a inclusão de
todas as informações dispostas
pelos institutos de pesquisa do
Brasil. “Foi lançado no início desse
ano, um sistema de integração de
todas as bases de dados, para ser
disponibilizados na rede. E para
que isso facilite a pesquisa, esta-
mos envolvendo neste trabalho
vários Institutos do Brasil, como o
Inpa, o Instituto Mamirauá, entre
outros, tudo para promover o aces-
so à informação”, completou o
ministro.
Conferências
Diversas conferências foram
apresentada no dia 23. Entre elas, a
palestra do ganhador do Prêmio
Nobel de Química do ano de 2011,
Daniel Shechtman, explicou aos
participantes sobre a divulgação e
popularização da ciência, além de
explicar sobre a pesquisa que lhe
rendeu o prêmio Nobel.
O ministro relatou sobre o sistema de integração que permitirá a inclusão de todas as informações dispostas pelos institutos de pesquisa do Brasil
|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
Meio Ambiente
Foto: Eduardo Gomes
São Luiz – MA
Pesquisas, projetos, Instituições e o
desenvolvimento da ciência no Brasil,
estiveram em foco na abertura da
EXPOT&C. A exposição, que é consi-
derada uma das mais relevantes da
área da pesquisa brasileira, é uma das
atividades realizadas na 64ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), que
aconteceu na Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), em São Luís (MA).
Na ocasião, estiveram presentes
autoridades como o Ministro de Ciên-
cia, Tecnologia e Inovação, Marco
Raupp; a presidente da SBPC, Helena
Nader; o diretor do Departamento de
Popularização da Ciência, Ildeu Morei-
ra e o Coordenador de Extensão do
Instituto Nacional de Pesquisas da Ama-
zônia (Inpa/MCTI), Carlos Roberto
Bueno. Durante a visitação na exposi-
ção, Raupp esteve no estande do Inpa,
onde teve breve conversa com Bueno,
sobre as potencialidades da Amazônia.
De acordo com Bueno, o primeiro dia
de exposição foi de grande relevância.
“O Estado do Maranhão é muito carac-
terístico, por suas praias, dunas, man-
gues, cerrado e também parte da Ama-
zônia, isso quer dizer que muitas das
tecnologias e conhecimentos de biodi-
versidades que nós temos, na região
mais central da Amazônia, servem pra
cá também. Essa abertura foi um
momento muito interessante e feliz
onde o ministro esteve aqui juntamente
com alguns visitantes internacionais,
que possuem inclusive interesse em
muitos dos resultados que o Inpa está
obtendo”, disse.
Bueno ressaltou também que a parti-
cipação da sociedade acadêmica, mos-
trou-se como um resultado positivo do
primeiro dia de ExpoT&C. “Tivemos
logo no início, vários professores e
estudantes de várias instituições, inclu-
sive da universidade federal e também
a do Estado”.
Julho - Página 05Divulga Ciência
Tecnologia de desinfecção de água desenvolvida no Inpa atraiu estudantes no MaranhãoO anúncio “Nós lavamos água” foi visto pelos estudantes maranhenses, que visitaram a SBPC, como solução para os problemas de poluição de água no Estado
São Luiz – MA
Os olhares de quem passou pela 20ª
EXPOT&C, umas das atividade da 64ª
Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC),
que aconteceu na Universidade
Federal do Maranhão (UFMA),
logo foram atraídos para o anún-
cio “Nós lavamos água”. Trata-se
de uma tecnologia de desinfecção
solar de água, apresentada no
estande do Instituto Nacional de
P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a
(Inpa/MCTI).
De acordo com o Coordenador
de Extensão do Inpa, Carlos Bue-
no, a inovação é capaz de eliminar
os germes sem precisar utilizar
substâncias químicas. “O que se des-
cobriu foi que uma luz que emite raios
ultravioletas, pode purificar a água
somente com uma questão física, mas
para que isso aconteça a água precisa
estar o mais translúcida possível”,
explicou.
Gabriel Ferreira, 12, é estudante do
ensino fundamental da Unidade de
Educação Básica Primavera, em São
Luís, e resolveu conhecer a tecnologia,
pois acredita que ela poderia resolver a
questão de água contaminada nas
proximidades do local onde mora. “A
água que podemos beber, que vem
pelos canos, às vezes é poluída. Já
teve casos de pessoas que tiverem
que ir para o hospital”, contou.
Recentemente, noticiários brasilei-
ros destacaram os diversos casos de
poluição de águas ocorrentes atual-
mente no Estado do Maranhão.
Sobre a Tecnologia
O sistema solar de desinfecção de
água foi desenvolvido pelo pesquisa-
dor do Inpa, Roland Vetter. Trata-se de
um sistema capaz de tornar águas
sujas de rios e lagos em água potável
livre de germes, que já foi testado com
sucesso em aldeias remotas na região
Amazônica.
A inovação pode ser considerada
como um método para proteção contra
bactérias e outros micro-organismos
perigosos, em alguns casos podem
produzir efeitos negativos não somen-
te para o ser humano, mas também
para o meio ambiente.
“Eu acho que o que Inpa está
trazendo é uma inovação, princi-
palmente por termos uma cida-
de com grande quantidade de
águas poluídas. Futuramente se
a situação continuar assim, nós
precisaremos de equipamentos
como este”, desabafou Rodrigo
Pinheiro, estudante do ensino
médio, do Centro de Ensino
Raimundo Rodrigues, de Serra do
Maranhão.
Sobre o equipamento
O equipamento é compacto e agru-
pa tudo em uma única caixa movida
por energia solar. Purifica 400 litros de
água por horas.
‘‘ ‘‘O que se descobriu foi que uma luz que emite
raios ultravioletas, pode purificar a água
somente com uma questão física
|Eduardo GomesDa equipe do Divulga Ciência
Foto: Eduardo Gomes
Página 06 - Julho 2012 Ciência e Tecnologia
São Luiz – MA
Durante a 64ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progres-
so da Ciência (SBPC), ocorreu o lan-
çamento das novas obras da editora
do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI), apre-
sentados pelo diretor do Insti-
tuto, Adalberto Val, na Univer-
sidade Federal do Maranhão
(UFMA).
O diretor começou o lança-
mento comentando sobre as
diversidades e curiosidades da
região amazônica como fauna
e clima. “Na Amazônia não
existe apenas o calor, nas
regiões dos Andes, que ainda
é Amazônia, existe um clima total-
mente diferente. E isso poucas pes-
soas sabem”, comentou.
Toda essa diversidade da região
requer uma divulgação ampla das
pesquisas realizadas nos laboratóri-
os, pois é preciso promover um retor-
no à população, já que muitas pesqui-
sas realizadas vieram de indagações
de saberes tradicionais. “Um cientista
sempre procura meios para aprimo-
rar suas pesquisas, para poder desen-
volver melhorias para a população a
qual está inserido”, expôs.
Val comentou ainda com os partici-
pantes sobre a relevância das pessoas
serem bem instruídas, sem que se dis-
persem de sua cultura. “O Inpa se preo-
cupa em fazer a socialização do conhe-
cimento realizado em seus
laboratórios. E isso tudo propor-
ciona a inclusão de grande parte da
sociedade, pois possibilita que as pes-
soas conheçam e se desenvolvam na
própria região”, afirmou o diretor.
Novas publicações
Alguns exemplares das obras lança-
das na sessão foram sorteadas para o
público presente. Um dos ganhadores
foi o estudante de agronomia e admi-
nistração, Flávio Henrique da Silva,
que ganhou o livro “Frutos nativos da
Amazônia“, e ressaltou que o espaço é
importante porque possibilita ter conta-
to com livros sobre outras regiões. “Fi-
quei muito feliz em ganhar um livro da
região Amazônica, ainda mais que é na
minha área, foi bem gratificante parti-
cipar do lançamento”, comentou o
estudante.
As obras lançadas na SBPC foram:
“Guias de samambaias e licófitas”;
“Reserva Ducke e a biodiversidade
amazônica através de uma grade”;
“Frutos nativos da Amazônia comerci-
alizados nas feiras de Manaus”; “Po-
tencial tecnológico de madeiras da
Amazônia”; “A nova conjuntura nacio-
nal, regional e internacional - desafios
para o modelo Zona Franca de Mana-
us”; “Grupo de Estudos Estratégicos
Amazônicos - tomo IV”; “Noções bási-
cas de nutrição e higiene”; “Revista
Acta Amazônica” e “Cartilha Observan-
do borboletas”. As obras estão dispo-
níveis na Editora do Inpa e podem ser
adquiridas por meio dos contatos: (92)
3643 3223 / 3642 3438.
|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
Diretor do Inpa apresenta novas publicações do Instituto na SBPCAs pessoas interessadas nas obras ganharam 30% de desconto comprando no estande da editora do Inpa
‘‘‘‘Um cientista sempre procura meios para aprimorar suas
pesquisas, para poder desenvolver melhorias para a população a qual
está inserido
Foto: Eduardo Gomes
cas públicas para que não haja o des-
matamento desenfreado, se não
vamos ter mais espécies extintas, já
que 52% das espécies brasileiras, só
ocorrem na mata atlântica”, relatou.
Diversidade de espécies da fauna e
da flora também é encontrada em gran-
de escala no Maranhão. O pesqui-
sador da UFMA, Carlos Martinez,
discorreu sobre o “Encontro de Bio-
mas do Estado do Maranhão”, onde
abordou vários aspectos geográficos,
econômicos e ambientais e, entre eles,
as ações necessárias para recuperar a
floresta amazônica e o cerrado encon-
trado no Estado.
“O Maranhão encontra-se numa
encruzilhada geográfica, de um lado a
Amazônia, de outro o cerrado, e ainda
‘‘ ‘‘As questões abordadas são de extrema importância, pois acontece a questão de
regiões ecótonas, que são regiões em transição
ambiental
Junho - Página 07Divulga Ciência
Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPCO debate aconteceu, no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
São Luís - MA
O Estado do Maranhão não é ape-
nas conhecido pela singularidade de
sua cultura, mas também pela diversi-
dade de biomas que apresenta. Para
debater sobre o assunto na 64ª Reu-
nião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência
(SBPC), os pesquisadores Carlos
Martinez da UFMA e o pesquisa-
dor Gustavo Martineli, do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico
e Nacional (IPHAN), ministraram a
mesa-redonda intitulada “Mara-
nhão: um encontro de biomas”,
coordenada pelo diretor do Institu-
to Nacional de Pesquisas da Ama-
zônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val.
Gustavo Martineli deu início à
mesa-redonda esclarecendo questões
que viabilizam ações e prioridades
para a conservação da Mata Atlântica,
e outros biomas, mostrando espécies
que já foram totalmente extintas.
“Na Mata Atlântica se concentra um
número grande de pesquisadores que
realizam estudos na região. O governo
precisa investir arduamente em políti-
a caatinga. Existem várias estratégias
para a recuperação das áreas que se
encontram degradadas, como o reflo-
restamento com espécies nativas, que
possui um potencial estratégico enor-
me. Mas reflorestar exige uma mudan-
ça grande de valores, pois consequen-
temente irá reduzir a superfície produti-
va”, esclareceu Martinez.
Para Adalberto Val, o assunto é fun-
damental para ajudar a entender
a biodiversidade do Estado do
Maranhão. “As questões abor-
dadas pelos pesquisadores, são
de extrema importância, pois
acontece a questão de regiões
ecótonas, que são regiões em
transição ambiental, entre um
ecossistema e outro. No caso do
Maranhão, temos o bioma da
Amazônia e do cerrado”, expôs.
Durante a SBPC, o Estado do Mara-
nhão apresentou aos participantes a
razão pelo qual foi escolhido como
cede do evento. Por conseguir agre-
gar, em só um Estado, diversidades
naturais, culturais e ainda de saberes
tradicionais.
Foto: Eduardo Gomes
|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
Página 08 - Julho 2012
Inpa destaca fruto amazônico com potencial de comércio em palestra na SBPCO cubiu contribui na melhora da dieta alimentar da população e sua produção desenvolve a economia sustentável para várias comunidades
São Luís - MA
Para mostrar toda diversidade bioló-
gica e cultural existente na Amazônia
para os participantes da 64ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), o
coordenador de Extensão do Institu-
to Nacional de Pesquisas da Amazô-
nia (Inpa/MCTI), Carlos Bueno,
ministrou uma palestra sobre a biodi-
versidade da Amazônia, dando des-
taque para um fruto com potenciali-
dade diversa: o cubiu.
Bueno inicialmente apresentou ao
público curiosidades sobre a Amazô-
nia, como a explosão demográfica
que houve nas últimas décadas, e
ainda sobre as principais metas do
Instituto. “É importante apresentarmos
aos participantes sobre os principais
objetivos do Inpa, que é gerar e disse-
minar o conhecimento científico e capa-
citar recursos humanos para desenvol-
ver a Amazônia”, informou Bueno.
Cubiu
O público que acompanhou a pales-
tra desconhecia o fruto, mas nem por
isso deixou de experimentar algumas
guloseimas feitas do próprio cubiu. Um
dos que aprovaram o suco de cubiu foi o
funcionário público Judemar Filho, que
espera poder comprar produtos
feitos do fruto brevemente no
comércio. “A Amazônia é tão rica,
com frutos com potencial de comércio,
mas acaba que não conhecemos isso
no nosso dia a dia, pois ainda falta o incen-
tivo para que empresários invistam em
produtos amazônicos, só assim chegua-
rão às mesas de todo Brasil”, comentou.
Além da degustação, Bueno também
informou sobre os aspectos econômico,
sociais e nutricionais do fruto. “O cubiu é
um fruto que envolve vários benefícios,
além de ser utilizado na produção de ali-
mentos, como geléias e licores, ele tam-
Educação e Sociedade
| Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
‘‘ ‘‘O cubiu é um fruto que envolve vários
benefícios, além de ser utilizado na produção
de alimentos, como geléias
bém atua na melhoria da dieta ali-
mentar, já que ele é rico em vitamina
B5; ajuda na defesa de doenças da
pele, como pelagra; e controla os
níveis elevados de colesterol e gli-
cose no sangue”, explicitou Bueno.
Além dos benefícios alimentares
para os consumidores do fruto,
há o benefício social, que con-
tribui para melhoria da renda
familiar das comunidades ribei-
rinhas e indígenas. “Os desafi-
os de produção desse fruto
existem, por isso é preciso o
investimento de políticas regio-
nais, estaduais e municipais, só
dessa forma será possível reali-
zar a tão almejada economia
verde para nossa região”, finalizou o
pesquisador.
Durante todos os dias da SBPC
foi possível encontrar outros frutos
amazônicos, além de curiosidades
da região amazônica, no estande do
Inpa, no Pavilhão 1, local destina-
dos aos institutos de pesquisas
ligados ao Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI).
Foto: Eduardo Gomes