Divulgação 155 anos com festa - Dr Cláudio Cavalcanti · o Dia do Nutricionista. A coordenadora...

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Ano II - Nº 8 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2006 Palavra do Provedor: 155 anos em defesa da vida PÁGINA 2 PÁGINA 5 Tratamento de Alzheimer agora pelo SUS PÁGINA 3 Hospital chega aos 155 anos com festa O projeto é do arquiteto alagoano Pedro Cabral, que fez um estudo minuncioso para definir a nova ocupação física-espacial. Bolo temático com as diversas fachadas do hospital: mais de um metro de gostosura partilhado com os colaboradores da instituição Um coral improvisado foi o pontapé que faltava para oficializar a idéia; ao centro, a largada da minimaratona e o encanto de Djair Vieira Serão construídas duas torres gêmeas, cada uma com dez andares Médicos recebem troféu no seu dia PÁGINA 8 Plano diretor vai otimizar área física da SCMM Caminhada do idoso mobiliza cerca de três mil pessoas Aniversário tem atividades diversificadas e ampla participação Maceió 40 graus Sílvio Romero Sílvio Romero A. Noya Divulgação C oralistas afinados, atletas, intérpretes de Mú- sica Popular Brasileira, cronistas e poetas... Teve de tudo um pouco na comemoração dos 155 anos da SCMM, de 08 a 28 de setembro. A pro- gramação envolveu, principalmente, os colabora- dores. Foi um momento muito rico em termos de descobertas de talentos e da alegria por fazer par- te da instituição. O público externo teve a oportu- nidade de participar de dois eventos: missa solene e visita ao estande montado na orla da Jatiúca, com verificação de pressão arterial, teste de glice- mia e avaliação nutricional - tudo grátis. A intera- tividade dos colaboradores nas diversas atividades comemorativas superou as expectativas. PÁGINA A7

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Ano II - Nº 8 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2006

Palavra doProvedor:

155 anos em defesa da vida

PÁGINA 2

PÁGINA 5

Tratamento de Alzheimer

agora pelo SUS

PÁGINA 3

Hospital chega aos155 anos com festa

O projeto é do arquiteto alagoano PedroCabral, que fez um estudo minuncioso paradefinir a nova ocupação física-espacial.

Bolo temático com as diversas fachadas do hospital: mais de um metro de gostosura partilhado com os colaboradores da instituição

Um coral improvisado foi o pontapé que faltava para oficializar a idéia; ao centro, a largada da minimaratona e o encanto de Djair Vieira

Serão construídas duas torres gêmeas, cada uma com dez andares

Médicosrecebem troféu no seu dia

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Plano diretorvai otimizarárea física da SCMM

Caminhada do idoso mobiliza cerca de três mil pessoas

Aniversário tem atividades diversificadas e ampla participação

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Coralistas afinados, atletas, intérpretes de Mú-sica Popular Brasileira, cronistas e poetas...Teve de tudo um pouco na comemoração dos

155 anos da SCMM, de 08 a 28 de setembro. A pro-gramação envolveu, principalmente, os colabora-

dores. Foi um momento muito rico em termos dedescobertas de talentos e da alegria por fazer par-te da instituição. O público externo teve a oportu-nidade de participar de dois eventos: missa solenee visita ao estande montado na orla da Jatiúca,

com verificação de pressão arterial, teste de glice-mia e avaliação nutricional - tudo grátis. A intera-tividade dos colaboradores nas diversas atividadescomemorativas superou as expectativas.

PÁGINA A7

Dr. Humberto Gomes de MeloPROVEDOR

Dr. Paulo de LiraDIRETOR ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO

Dr. Gilvan DouradoDIRETOR MÉDICO

Dr. Renato RezendeVICE-DIRETOR MÉDICO

Benedito de Lira

Douglas Apratto Tenório

Duílio Marsiglia

Euclides Ferreira de Lima

Giovani A. C. Albuquerque

João Augusto Sobrinho

José Macário Barbosa

José Peixoto dos Santos

Marcos Davi Lemos de Melo

Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante

MESA ADMINISTRATIVA

Antonio NoyaGERENTE DE MARKETING

Fátima VasconcelosJORNALISTA - Nº 414 - DRT/AL

E x p e d i e n t e

Rua Barão de Maceió, 288 - Centro - CEP 57.020-360 - Maceió - Alagoas - BrasilFone/Fax 55 82 2123 6211 - E-mail [email protected]

Este informativo é produzido pela Gerência de Marketing da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

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DR. HUMBERTO GOMES DE MELO *

M O S A I C O

ACONTECEU - Este ano, o mês de setembrofoi atípico para os que fazem a Santa Casade Maceió, devido à extensa programaçãofestiva dos 155 anos. Mas isso não ofuscououtros eventos realizados no hospital, comoo Dia do Nutricionista. A coordenadora Cris-tina de Lira reuniu a equipe, no Centro deEstudos Professor Lourival de Melo Mota,com palestra interativa e um delicioso co-quetel de parabéns aos colegas da área.

NO PÓDIUM - Gente, justiça seja feita: acomissão organizadora da festa dos 155 a-nos do hospital está de parabéns. Primeiropela idéia de direcionar toda a programaçãopara os colaboradores. Foi uma prova de a-gradecimento pela dedicação de cada umao dia-a-dia da instituição. Quem, entre oscolaboradores, não se sentiu valorizado?Teve atividades para todos os estilos efaixas etárias. Para todos da comissão, aeterna gratidão da Santa Casa. Veja a lista:Coordenação Geral - SÍLVIO MELO, TACIANADE AMORIM, ANGELITA FARIAS, ROSA NEIDESILVA e GILVANETE PEREIRA. Líderes Multi-plicadores: ALESSANDRA ELINE MARINHO,ALINE HOLANDA DE FIGUEIREDO, VIVIANEMEDEIROS, DAMÁRIS GUSMÃO OLIVEIRA,DAIANA RÊGO MUNIZ, LUIZ CLÁUDIO ALBU-QUERQUE, LUZALANEIDE DE SOUZA, ANNASOFIA COSTA, SANDRA LÚCIA DE SOUZA, AN-TÔNIO CARLOS DA SILVA SANTOS, JOÃO CAR-LOS S. DOS SANTOS, ANA MARIA PEREIRAFEITOSA, ANA MÊNCIA PEREIRA FEITOSA, SI-RREZ DE AQUINO, BENEDITA SANTOS, JAEL-SON PIMENTEL, JOSELI BARROS, ANDREIABONFIM, ELIDA MINEIRO, INALDO NASCI-MENTO e ANA CLÁUDIA AURELIANO LIMA.

VOCÊ SABIA? O dr. Hélio Medeiros, além deser um excelente proctologista, é um ótimocantor; o dr.Ronald Mendonça, idem. Quemficou até altas horas na festa que a SantaCasa realizou no Dia do Médico, no HotelMeliá, saiu encantado com a veia artísticados dois colegas, que mandaram ver no re-pertório boêmio/romântico. Eles subiram aopalco com a espontaneidade que nem todovocalista profissional tem. Quem saiu cedonão sabe o que perdeu - gente, o melhorgeralmente acontece no fim do evento.

E MAIS - Entre os detalhes que ainda ge-ram buxixo sobre a festa dos médicosconstam a prova de amizade e a admiraçãode Abnadá Lyro ao dr. Osvaldo, que rece-beu homenagem póstuma do hospital. Ly-ro exibiu em power point fotos históricasdo homenageado, muitas das quais os fa-miliares sequer conheciam. As palavras ca-rinhosas de Abnadá também tiveram a fir-meza que só um admirador sabe impor.Sem falar que foi enfatizado o caráter hu-manista do médico como maior valor agre-gado ao saber científico. “Uma boa lição,principalmente, para quem está começandoa carreira”, comentou Welington Galvão,presidente do Sindicato dos Médicos de Ala-goas, ao ouvir as deferências.

PALMAS - Como é de praxe, todo ano, aSanta Casa faz uma homenagem póstuma ecinco homenagens aos colegas que aindaestão na ativa. Este ano, ao receber o tro-féu, nenhum dos cinco leu o discurso, pre-ferindo falar de improviso. Sucesso! O cole-ga escolhido para entregar o prêmio tam-bém falou no mesmo estilo. As palavras saí-ram do coração e foram ditas olho no olho.Melhor assim.

ETERNO - “É uma emoção ímpar saber que,após 21 anos da morte do meu avô, o hospi-tal ainda lembra com gratidão e afeto do seutrabalho”, Sofia, neta do dr. Osvaldo Bran-dão, ao agradecer a homenagem.

155 anos emdefesa da vida

P A L A V R A D O P R O V E D O R

A.No

ya

* Provedor, médico psiquiatra, presidente do Sindicato e Associação deHospitais de Alagoas e diretor da Confederação Nacional de Saúde - CNS.

“O envolvimentoexpressivo doscolaboradoresnas diversasatividades

comemorativasaos 155 anos da Santa Casa

de Maceió demonstra o clima de satisfação

reinante nainstituição”

T ranscorrido mais de um século e meio de existência, a Santa Casa deMisericórdia de Maceió continua em plena pulsação. Longe de riscos à suasaúde, a instituição - através da Irmandade, da sua Mesa Administrativa, dos

seus dirigentes, do seu corpo clínico e funcional, da sua clientela e de toda asociedade alagoana - olha para o passado e enxerga a força da filantropia; olha opresente e sente o amor como força motriz da evolução, no semblante e nas atitudesde todos os seus profissionais e colaboradores, que atentam para a busca de umfuturo ainda melhor.

É sempre oportuno rememorarmos um pouco da história para sabermos que omarco inicial da instituição ocorreu em 7 de setembro de 1851, com o lançamentoda pedra fundamental do então Hospital de Caridade, idealizado e construído pelocônego João Barbosa Cordeiro. A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia deMaceió foi constituída, oficialmente, em 23 de abril de 1857, com a aprovação doseu primeiro Compromisso (estatuto), onde consta como sua finalidade a direção doHospital de Caridade São Vicente de Paulo. Esse primeiro Compromisso foi reformadoem 26 de maio de 1885 e em 26 de janeiro de 1913. O Compromisso de 1913 sofreuduas alterações em 1982, mas a grande reforma estatutária só aconteceu na gestãode Lourival Nunes da Costa, em novembro de 2002, com as bênçãos e aprovação deDom José Carlos Melo, Arcebispo Metropolitano de Maceió. Em novembro de 2003houve uma adequação do Estatuto, aprovado no ano anterior, às normas do novoCódigo Civil.

As comemorações dos 155 anos da Santa Casa de Maceió, com o envolvimento detodos os nossos colaboradores, demonstram o clima de satisfação reinante na nossainstituição, externado nos torneios esportivos, participação na minimaratona - queteve a conotação de uma integração com a sociedade -, salutar participação e dispu-ta no concurso de redação, descoberta de novos talentos, com músicas, paródias einterpretações individuais e grupais, número expressivo de participantes na eleiçãodos colaboradores simpatia e comparecimento expressivo dos componentes do corpoclínico e funcional à missa festiva de São Vicente de Paulo e à solenidade depremiação e encerramento das festividades.

No momento em que estamos encerrando o atual mandato da MesaAdministrativa (final de dezembro) - que teve Lourival Nunes da Costa, durante ossete primeiros meses, à frente da Provedoria, cabendo a mim o cumprimento domandato pelos três anos e cinco meses restantes -, queremos externar os nossosagradecimentos, primeiramente, a Deus por estar sempre junto a nós, guiando osnossos passos e iluminando as nossas decisões; à Mesa Administrativa e Irmandade,pelo estímulo, colaboração e reconhecimento ao trabalho que vem sendo realizadona instituição; aos nossos parceiros: co-gestores, dirigentes da Santacoop, dirigentese colaboradoras da Rede Feminina de Combate ao Câncer, dirigentes das operadorasde planos de saúde e fornecedores; aos gestores do Sistema Único de Saúde; àsociedade alagoana, que reconhece e prestigia a Santa Casa; aos meus familiares eem especial a minha querida Rosinete, pela compreensão, conselhos e colaboraçãoem todos os momentos; e finalmente, o nosso muito obrigado aos nossos diretores,gerentes, assessores, coordenadores, supervisores e a todo o corpo clínico e funcionalda instituição, que vem contribuindo para o crescimento da nossa Santa Casa, sem-pre em defesa da vida!

Parentes e amigos também aderiram à caminhada, contagiados pela energia dos grupos da melhor idade; multidão acena para o trio, embalada por ritmos dançantes

Caminhada integragrupo de idosos

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Este ano, a Caminhada do Idoso promovi-da pelo Serviço de Geriatria da Santa Casade Misericórdia de Maceió colocou cerca

de três mil participantes na orla de Maceió,sendo mais de 50% da faixa etária a partir de65 anos de idade.

A concentração foi em frente ao Alagoinha,onde a Banda da Polícia Militar animou os par-

ticipantes. A colaboração de um grupo de re-creadores do Sesc também foi fundamentalnão só na condução do alongamento mas du-rante todo o percurso. Os seresteiros da Pitan-guinha deram um presente aos idosos, com aafinação e escolha do repertório.

A coordenadora do Serviço de Geriatria daSCMM, Helen Arruda, agradeceu a todos e lem-

brou o apoio de parceiros, como a SecretariaExecutiva da Saúde e a Universidade de Ciên-cias da Saúde de Alagoas (UNCISAL). “Agrade-ço a todos porque, sozinhos, não conseguiría-mos realizar esse evento, que tem como obje-tivo promover a integração dos diversos gruposde idosos, inclusive temos aqui delegações o-riundas do interior do Estado”.

Demência deAlzheimer já é

tratada na SCMM

Percurso foi do Alagoinhas, na Pajuçara, até a Praça Vera Arruda, no Stela Maris, onde os seresteiros da Pitanguinha e os recreadores do Sesc reforçaram a calorosidade com os atletas

GRISALHOS NA PISTA

A coordenadora do Serviço de Geriatria,Helen Arruda, disse que a novidade da SantaCasa para os idosos é o Centro de ReferênciaPara Tratamento de Demência de Alzheimer.“Trata-se de um serviço inédito no Estado eestamos com uma equipe multidisciplinarcomposta por geriatras, psicólogos, fonoau-diólogas, fisioterapeutas e nutricionista, to-dos especializados na atenção ao idoso ecom experiência nesse tipo de patologia”.

De acordo com o censo do IBGE 2000, oBrasil está com 15 milhões de idosos, ha-vendo previsão de 32 milhões para o ano de2025. Em Alagoas são 250 mil, sendo 52 milsó na capital. “Vale ressaltar que, após os 60anos de idade, 1% da população desenvolveAlzheimer. Daí em diante, a cada cinco anos,a chance do surgimento da doença é dupli-cado”, explica a geriatra, alertando para aimportância do acesso ao tratamento.

Segundo ela, é justamente a falta do a-cesso ao atendimento especializado que a-grava a doença. “Infelizmente, os familiaresrelevam o esquecimento apresentado pelo i-doso. As pessoas acham que é um sintomatolo, natural da idade, mas nem sempre é.Com o avanço da idade, realmente, ocorreum déficit de esquecimento, principalmente,nos sedentários, mas é necessário pesquisara gravidade do problema”.

O geriatra faz o diagnóstico clínico e, aodetectar Alzheimer, encaminha o pacientepara um neurologista. Agora, como a SCMMestá estruturada para fazer todo o tratamen-to, o processo ficou mais simples. Dois neu-ro-psicólogos estudiosos da falha da memó-ria, Gerônimo Veras e Roberta Fernandes,integram a equipe. Além disso, foi montadana instituição uma oficina para tratamentodo déficit de memória.

Além de Helen, mais quatro geriatras a-tuam no programa de Alzheimer: Oswaldo Li-beral, Mônica Lessa, Ronny Roselly e Solan-ge Novely, com o apoio de fisioterapeuta enutricionista que vai orientar o consumo deum cardápio (rico em Vitamina B12, porexemplo) que contribua para potencializar otratamento clínico. “ É a atuação integradada equipe que otimiza o sucesso do trata-mento”, observa Helen, acrescentando que oSUS vai fornecer medicação de Alzheimer pa-ra os pacientes cadastrados no programa daSanta Casa. Em média, o custo mensal coma doença é de R$ 200 por paciente, só commedicação.

Como a doença não tem cura, e sim con-trole, o paciente fica dependente do remé-dio pelo resto da vida, a fim de minimizar oesquecimento e recuperar a qualidade devida. De acordo com a médica, ainda não foidescoberta a causa da patologia, mas osestudos mostram que traumas no crânio po-dem contribuir com o surgimento da doen-ça, assim como o baixo nível de escolarida-de – nesse caso, o indivíduo não teve opor-tunidade de exercitar a memória com fre-qüência, gerando o agravante da preguiçamental. Males como hipertensão e diabetes,aliados ao sedentarismo, também são fa-tores de risco para o surgimento do mal deAlzheimer.

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4E N T R E V I S T A

Para crescer é precisoplanejar e ir além...

De modo geral, a cultura de planejamento estratégicojá está inserida em nosso meio?

Os investidores têm ciência de que a condução modernados negócios requer uma mudança profunda de mentalidadee de postura. A maioria já percebe que a gerência modernadeve estar sustentada por uma visão de futuro e por proces-sos de gestão onde a satisfação plena dos clientes seja resul-tante da qualidade dos produtos e serviços. As empresas demédio e pequeno portes começam a se preocupar com oplanejamento, sobretudo, em função da alta competitivida-de, onde os custos precisam ser competitivos e a gestão fi-nanceira, competente. Os vários eventos que são realizadosem Maceió, como o Pajuçara Management; as novas faculda-des, com cursos diversificados e congressos; e os cursos pro-movidos pelo Sebrae têm contribuído para a conscientizaçãoda importância da aplicação da ferramenta planejamentoestratégico.

O que mudou ou o que precisa mudar no perfil dasempresas?

Charles Handy, professor da London Business School, co-loca, com muita propriedade, que, no século 21, os vencedo-res serão os que ficarem à frente da curva de mudanças,criando novos mercados e caminhos, impondo novas regraspara competir e desafiando o “status quo”. A dinâmica domercado globalizado impõe às empresas rapidez nas solu-ções customizadas para os seus clientes, competências dife-renciadas em relação à concorrência, custos competitivos,processos integrados e de qualidade e equipes com foco nosclientes.

A parceria com fornecedores, clientes, colaboradores e asociedade (compromissos socioambientais) favorece o su-cesso das empresas globalizadas. Os líderes substituem os“chefes”, o que representa uma mudança de paradigma emque as bases eram a autoridade e a hierarquia para o líderapoiador de sua equipe, educador e empreendedor.

Ainda sofremos resquícios de um modelo administra-tivo ancorado no autoritarismo que já dominou o País?

O estilo gerencial brasileiro predominante ainda é auto-ritário – paternalista –, entretanto, existe nas empresas ummovimento de participação e descentralização das decisõesnum modelo de gestão participativa. A conseqüência é umambiente mais favorável à aprendizagem, à criatividade e àinovação.

O que falta para vencermos a visão amadora do negó-cio?

Responsabilidade social é um tema central e que tem si-do exigido nas empresas, mas a sua prática começa dentrode casa, quando o empresário proporciona condições ade-quadas de trabalho e investe na segurança, no meio ambien-te e na saúde dos colaboradores. O termo recursos humanos,que utilizamos ainda hoje, vem da época da Revolução In-dustrial, onde a mão-de-obra era considerada um fator limi-tado de produção. Hoje temos que resgatar o ser humano in-tegral – mente, corpo e espiritualidade –, trabalhando uma

gestão mais participativa e estimulando o autodesenvolvi-mento, a motivação e a aprendizagem contínua.

A busca por certificações de qualidade, como ISO eoutras, tem ajudado a mudar o modelo gerencial ou é aconcorrência o principal fator de mudanças?

Sem dúvida, os processos de certificações estimulam aparticipação dos trabalhadores na padronização e na melho-ria dos processos, aproximam os líderesde suas equipes e provocam uma revisãode valores (o que se constitui em mu-danças mais profundas). Muitas empre-sas, entretanto, ainda mudam não por-que querem, mas porque têm que mudar;a globalização impõe mudanças na for-ma de conduzir os negócios e de admi-nistrar as empresas.

Tecnologia, recursos humanos emídia. Dá para ir longe sem investi-mentos nesses três campos?

Existem outros fatores muito impor-tantes, como cultura e sistemas, entre-tanto, a valorização em todos os camposrepresenta diferenciais competitivos que contribuirão para oalcance da missão e da visão da empresa. Tudo começa como investimento em pessoas, pois são elas que produzem re-sultados.

Que surpresas foram exibidas no diagnóstico da San-tacoop?

Quero destacar como pontos positivos o nível de motiva-ção e de alinhamento interno da diretoria em torno dos pro-

jetos estratégicos da cooperativa e a visão de parceria naconstrução dos melhores resultados com a Santa Casa. Quan-to aos aspectos a evoluir destaco: a falta de indicadores demedição dos resultados da cooperativa, pois, se você nãomede, não controla e, conseqüentemente, não gerencia; pla-nejamento integrado e atualizado anualmente, orçamentoempresarial, investimento no desenvolvimento dos colabora-dores e, principalmente, uma estrutura de suporte/apoio erelacionamento com os cooperados, bem como o reposiona-mento da Santacoop Ponta Verde.

O que a Santacoop pode esperar após esse trabalho?Uma profissionalização da gestão, maior transparência

nos resultados, maior proximidade com os cooperados, novosserviços de apoio, crescimento da receita e gerenciamentode processos. O planejamento foi construído a partir de reu-niões preliminares com as equipes, incluindo SantacoopPonta verde e Presidência, seguidas de um seminário – quecontou com a participação dos líderes da cooperativa, dadiretoria e dos cooperados –, onde foram definidos os negó-cios, a missão, a visão e os princípios da Santacoop. Dia-gnosticados os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportu-nidades, partimos para definir a sobrevivência, o reposicio-namento e o crescimento, assim como as estratégias compe-titivas. O Plano Estratégico foi formatado para três anos, emtermos de objetivos, e detalhamos as metas/ações para oprimeiro ano.

O consultor é bem acolhido nas empresas?A consultoria, de modo algum, substitui o papel dos ges-

tores; pelo contrário, potencializa e responsabiliza a açãogerencial. O contrato de consultoria favorece um trabalho

técnico continuado, acompanhado e a-valiado mensalmente com os gestores,além de desenvolver competências atra-vés de treinamentos administrados pelaconsultoria. O Painel de Bordo – fer-ramenta que identifica e mede os indi-cadores de resultados – reflete as açõesda consultoria e a evolução da gestão.

Onde é mais difícil atuar, em em-presas familiar, pública e privada ouem cooperativas?

As empresas familiares são estru-turas complexas para serem trabalha-das, sobretudo, em função dos laçosexistentes. A empresa pública depende

muito de políticas e recursos que dêem sustentação aosprojetos prioritários. Na empresa privada, os processos detomada de decisão são mais ágeis e mais focados em resul-tados. As cooperativas são ambientes favorecidos pelosvalores cooperativistas, que sustentam processos decisó-rios mais participativos, por isso, mais demorados; entre-tanto, o ambiente é favorável a mudanças sem subestimara necessidade absoluta de um maior comprometimento doscooperados com a sua cooperativa.

A globalização impõe rapidez nas soluções customizadas

para os clientes e competências diferenciadas em relação à concorrência

Aldo Novaes é consultor de empresa, diretor da GPE Consultoria e psicólogopela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Gestãode Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem pós-graduação em

Gestão Empresarial de Cooperativas pela ESAMC e pós- graduação em Gestão deRecursos Humanos pela Universidade Estadual da Paraíba, com especialização emPsicodrama (ASBAP). Sua experiência profissional inclui mais de 80 planejamen-

tos estratégicos para os variados segmentos do mercado alagoano – como o daCooperativa dos Médicos da Santa Casa de Maceió - e também fora do Estado.Atraídos por essa sólida trajetória de trabalho, procuramos o profissional paratambém conhecer um pouco o nível de organização dos setores produtivos noatual contexto da globalização. Na entrevista abaixo, ele revela, entre outrascoisas, suas impressões técnicas acerca do crescimento da Santacoop. Confira:

Aldo: “Gestão moderna foca visão de futuro e satisfação dos clientes”

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No decorrer dos seus 155 anos, a SantaCasa de Maceió ampliou as suas instala-ções físicas de forma imediatista, mas a-

gora dispõe de um Plano Diretor Físico-Espa-cial, elaborado pelo arquiteto Pedro Cabral."Com esse documento em mãos estamos pron-tos para retomar obras que comportam maiordemanda de pacientes", disse o provedor dohospital, Humberto Gomes de Melo, frisandoque o Plano Diretor vai maximizar a funcionali-dade do hospital.

Segundo o arquiteto, "o primeiro passo foia revisão de uma bibliografia para a utilizaçãode conceitos e princípios de planejamento hos-pitalar que norteiam o estudo", destacou Pedroao apresentar o Plano Diretor para a Irmandadee colaboradores da instituição.

Em seguida da revisão bibliográfica foram i-dentificadas não apenas as falhas passíveis desolução, mas também as potencialidades, nasobras de atualização do espaço físico. Num ter-ceiro momento foram apresentadas as proposi-ções destacadas em programas e projetos espe-cíficos. Tudo foi projetado pensando não so-mente em resolver as necessidades imediatas,mas numa perspectiva de até dez anos a partirda sua implantação. "É muito comum que umaempresa e/ou instituição ganhe novas salasano-a-ano, conforme as suas necessidades ime-diatas e a sua dinâmica funcional, sem obser-vância da totalidade espacial. Com o Plano Di-retor atualizamos o espaço físico, seguindoprincípios de planejamento hospitalar e objeti-vando uma ação globalizada do objeto de estu-do", ressalta o arquiteto, esclarecendo que tudofoi baseado em normas internacionais e nacio-nais da construção hospitalar. "Ajustamos essesconceitos, sintetizando nos seguintes princí-pios: territorialidade, espacialidade, acessibili-dade, comunicabilidade, expansibilidade, eco-nomicidade, funcionalidade, flexibilidade, econfortabilidade", explica.

Do ponto de vista prático, entre as princi-pais mudanças propostas no Plano Diretor valecitar, antecipadamente, a integração dos aces-

sos com o sistema viário da cidade, facilitandoa chegada ao hospital; bem como redução dos16 acessos existentes para seis, redefinindo aporta de entrada do público, do corpo funcio-nal, fornecedores e serviços.

Os espaços anexos nas quadras vizinhas aohospital serão transformados em edifícios-gara-gem, com capacidade para mais de mil veículos.O anexo da Rua Dias Cabral será destinado aopúblico e o da Barão de Maceió,ao corpo funcional, com 600 va-gas. Os diversos pavilhões quecompõem o espaço-sede tambémserão integrados por meio da a-doção de um sistema viário inter-no, com circulações amplas e ra-cionais, de modo a permitir ma-ior fluidez e comunicação entreos serviços. Esse mesmo sistemaviário permitirá integração entreas possíveis áreas de expansãode cada unidade hospitalar, umnovo zoneamento de uso e reorganização dosmódulos de apoios técnico e logístico. Comisso, o atendimento será agilizado e haverá e-conomia em espaços físicos. Outra vantagem éque a relocalização das atribuições funcionaisvai favorecer a contigüidade de atividades a-fins, como aproximação das unidades de aten-dimento imediato e do apoio ao diagnóstico, àterapia e à internação. Outras atividades afins

também serão aproximadas. O Plano Diretor também recomenda adoção

de módulos físicos que evitem demolições epossibilitem adaptações de usos sem a necessi-dade de grandes reformas físicas. Para concreti-zar a ampliação da área física sem comprome-ter o funcionamento das atividades, o PD suge-re a construção de duas torres gêmeas. A obraserá erguida após a demolição de setores prati-

camente ociosos e/ou passíveisde transferência, sem gerar trans-tornos, como o depósito de resí-duos hospitalares, a subestação eo gerador de energia, o ambula-tório do SUS, a lavanderia, a nu-trição, a agência bancária, a cir-culação, a esterilização e peque-na parte dos pavilhões. Com isso,ganha-se, aproximadamente,3.000 m² para as torres gêmeas -serão dez pavimentos, totali-zando 15.000 m², sendo uma só

para consultórios, apoio técnico e logístico eoutra predominantemente para internações.

Todo o acesso do público se dará por umgrande lobby no centro das novas torres. Parachegar aos diversos setores, dos dois lados dastorres, é só tomar um elevador e dirigir-se aolocal desejado. Haverá rápido acesso inclusivepara as UTIs, o centro cirúrgico e a internação.Por meio de uma passarela longitudinal, tam-

bém será feita a redistribuição dos usuários aosdiversos setores do hospital - a maioria delesserá concentrada nas torres.

No térreo serão instalados serviços, como ode nutrição, facilitando o abastecimento; o La-boratório de Análises Clínicas. O Setor de Este-rilização será instalado no segundo piso de umadas torres. Ainda conforme o PD, uma parte an-tiga do hospital, voltada para a Rua Barão deMaceió, por ter valor histórico, será restaurada,seguindo princípios de preservação. Já as de-mais áreas serão modernizadas. O térreo do Ál-varo Peixoto será destinado à ampliação do A-poio ao Diagnóstico. As UTIs, por sua vez, serãodeslocadas para um pavimento na nova torre, nomesmo nível do centro cirúrgico. O espaço daatual UTI será usado na ampliação de leitos doHospital-Dia. E mais: será reservado um andarinteiro numa das torres para o Centro de Estu-dos. A cobertura de uma das torres será destina-da à área de conveniência, com serviços de lazere comércio, como bancos, lojas e demais opçõesde apoio logístico. Com essas mudanças, o atuallaboratório será transformado num espaço de la-zer dos funcionários. Além disso, onde hoje fun-ciona a Emergência 24 horas, será instalado ummoderno Banco de Sangue e Histopatologia. Notrabalho final há diversas outras propostas deplanejamento físico, que podem ser executadasna medida em que surgirem novas necessidadesda instituição.

Plano Diretor do hospitalé apresentado aos irmãos

Uma parte antiga do hospital, voltada para Barão de Maceió, será restaurada nos moldes de preservação. Já as demais áreas serão modernizadas

Pedro explica que ficarão apenas seis acessos em todo o hospital

Obra será erguida no espaço onde hoje ficam o depósito de resíduos hospitalares, a subestação e o gerador de energia, o ambulatório do SUS, a lavanderia, a nutrição, a agência bancária, a circulação, a esterilização e uma pequena parte dos pavilhões

6N O T A S

INFÂNCIA - Ah! Quem não se emocionoucom a festa do Dia da Criança na Creche SãoVicente de Paulo? É lá onde ficam os filhosdos colaboradores do hospital enquanto ospais trabalham. Foram muitas brincadeirase presentes para todos. Cerca de dois mesesantes, a coordenadora, Ana Mência, fezuma gincana para arrecadar brindes e con-seguiu mais de 600 brinquedos, que fize-ram a alegria da garotada - olha só a foto.As crianças da Pediatria também ganharampresentes. Valeu!

As crianças brincaram bastante,não só entreelas, mas também com os seus pais. Tevepai que parecia criança na festa de tanto in-teragir com a alegria da meninada. Os pa-lhaços foram Elson Zacarias e Antônio Car-los, que se entregaram às brincadeiras. Apintura no rosto foi feita entre um riso eoutro da meninada. O máximo!

PSICOLOGIA - Foi um sucesso o IV Simpósiode Psicologia Hospitalar, em 29/9, realizadono Centro de Estudos Professor Lourival deMelo Mota; basta ver a felicidade da equipede Psicologia com os palestrantes na fotoabaixo. Houve apresentação de uma pesqui-sa multisetorial intitulada Crenças Relacio-nadas ao Processo de Adoecimento e Cura,feita pelas psicólogas dos diversos setores:Nefrologia, Radioterapia, Quimioterapia, Pe-diatria e UTI. O simpósio foi abrilhantadopor Niraldo de Oliveira Santos, da Divisão dePsicologia do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da USP, e Marisa Decat deMoura. Foi, sem dúvida, um momento muitorico de troca de conhecimentos.

CURSO - Por falar em troca de conheci-mentos, a gerente de Risco e Controle deInfecção Hospitalar da SCMM, dra. TerezaAgra, realizou o I Curso de Educação Conti-nuada em Farmacovigilância, no começo deoutubro, tendo como facilitador DanielMarques Mota, farmacêutico da Anvisa. O e-vento faz parte de uma série de outras ati-vidades para otimizar o uso de medicação ede materiais médicos-hospitalares pela e-quipe da Santa Casa de Maceió. O curso te-ve excelente participação.

ESPECIAL - A cobertura do aniverário daSanta Casa estará na próxima edição do jor-nal dos colaboradores, o Expresso Saúde.Vamos mostrar, inclusive, as redações, aspoesias e as crônicas vencedoras doFestival de Talentos.

Os pacientes com distúrbios da tireóide,problema mais freqüente no sexo femini-no, agora já podem se beneficiar com a

nova técnica cirúrgica que reduz significativa-mente a cicatriz – em alguns casos a marca so-me totalmente. Trata-se da cirurgia minimamen-te invasiva (chamada de miniincisão) na área dacabeça e pescoço, com redução dos 12 cm ori-ginais (1906) para 3 cm na incisão atual. “Oprocedimento é uma tendência mundial e visaotimizar o aspecto da cicatriz, inclusive comoparte do tratamento, visto favorecer psicologi-camente a qualidade de vida do paciente”, diz ocirurgião Cláudio Eduardo de Oliveira Cavalcanti,pioneiro na técnica no Brasil.

Ele ressalta que, apesar de ser uma evolu-ção, a incisão mínima não garante resultadocompletamente satisfatório em todos os casos.“Há fatores individuais da fisiologia da cicatri-zação inerente a cada organismo e que inde-pendem da conduta técnica aplicada pelo cirur-gião”, observa o médico, que integra a equipeda Santa Casa de Misericórdia de Maceió e tam-bém é professor da Faculdade de Medicina daUniversidade Federal de Alagoas, coordenadorde cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Es-cola da Uncisal, pesquisador da Fapeal e coorde-nador de um grupo de pesquisa em câncer (car-cinogênese) cadastrado no CNPq, com douto-rado em cirurgia de cabeça e pescoço pela USP.

Segundo o profissional, o novo método po-de ser usado tanto para se retirar a metade datireóide (tireoidectomia parcial) quanto a glân-dula inteira (tireoidectomia total). “Em nossomeio, para cada grupo de 11 mulheres, há ape-nas um homem com distúrbios da tireóide, mashá opção de tratamento clínico ou cirúrgicocom significativa demanda”, esclarece, lem-brando que cada caso requer um estudo preci-so, a fim de se definir o procedimento mais a-dequado. “No universo dos pacientes de tireói-de, só 7% apresentam nódulo clinicamenteperceptível. A maioria é detectado através deexames de ultra-som, sendo 35% na faixa etá-ria entre 20 e 45 anos e 67% acima de 60 a-nos”, diz o especialista, frisando que os dis-túrbios da glândula decorrem das alterações noseu próprio metabolismo, induzidas pelo TSH,o hormônio estimulante.

Desde 2001, quando o cirurgião Cláudio Ca-valcanti padronizou a miniincisão no Brasil,muitos pacientes vêm sendo beneficiados coma técnica, mas tudo começou em Alagoas. Omédico alagoano já fez demonstração práticada cirurgia para colegas de todo o País – a maisrecente foi em Aracaju, em agosto, além de terministrado um curso pré-congresso no Encon-tro Brasileiro de Tireóide, no último mês de ju-nho, para endocrinologistas e cirurgiões.

De acordo com o médico, de 1906 até pou-

co tempo, a cirurgia de tireóide vinha se man-tendo imutável até que, em 1996, surgiu na li-teratura mundial o padrão minimamente inva-sivo. Nos três anos seguintes (até 1999) forampublicados diversos estudos abordando a novi-dade. Em 2001, já respaldado pela experiênciaoperando com miniincisão, Cláudio Cavalcantiapresentou esse novo conceito para a Socie-dade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoçoem congresso nacional da especialidade. Doisanos após, ele foi convidado a fazer explanaçãodo tema durante o I Simpósio Brasileiro de Ci-rurgia Minimamente Invasiva para Tireóide,realizado no Hospital Sírio Libanês, em SãoPaulo, organizado pelo Dr. Lenine GarciaBrandão, professor Livre Docente da USP. Foi apartir desse evento que o conceito minima-mente invasivo passou a ser difundido no meiocientífico nacional.

A técnica foi publicada na Revista do ColégioBrasileiro de Cirurgiões e divulgada em oito con-gressos nacionais, o que contribuiu para a sua a-desão pela classe médica. Hoje, a cirurgia é feitaem São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito San-to, Sergipe, Maranhão e Piauí. A cirurgia de ti-reóide com incisão mínima tem despertado tantoo interesse da comunidade médica que, atual-mente, já existem 253 trabalhos sobre o tema. Aadesão é crescente: em 1996 surgiu a primeiraexperiência; em 2001, cinco; hoje constam 253.

Nova técnica reduzcicatriz no pescoço

O médico Cláudio Cavalcanti, cirurgião de cabeça e pescoço, padronizou no Brasil a miniincisão da cirurgia de tireóide e atualmente desenvolve pesquisa de tumores

CIRURGIA

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Foi com uma ampla programação (7 a 28 desetembro), envolvendo o público interno,que a Santa Casa de Maceió comemorou os

155 anos. A idéia não podia ter sido melhor, co-mo disse o gerente de Gestão Com Pessoas, SílvioMelo, classificando o resultado como excelente.“A participação dos colaboradores superou nossasexpectativas. Houve muito entusiasmo por partede todos os setores do hospital, gerando uma fes-ta emocionante”.

Logo na entrada do hospital, no dia 8 de se-tembro, a dupla de artistas/colaboradores Eriglei-de, da Rede Feminina de Combate ao Câncer, eDjair Vieira, da UTI Geral, deu um show! Com voze violão, eles saudaram os visitantes com umacanja de boas-vindas, sem deixar dúvidas do cli-ma festivo, anunciado numa faixa em frente àinstituição, mencionando o aniversário.

Entre os eventos externos constaram o torne-io de futebol society, no Sesc-Guaxuma, numamanhã de sábado (9/9), com mais de 12 times,incluindo masculino e feminino, bem como umaminimaratona na orla da Jatiúca (23/9), com es-tande para auferição de pressão arterial, teste deglicemia e avaliação nutricional - tudo grátis pa-ra a comunidade.

A maioria das atividades foi realizada interna-mente, no Centro de Estudos Professor Lourival deMelo Mota. Houve torneio de xadrez (18/9) e re-creação com aula de dança, descontraindo mui-tos colaboradores. Ah! A exposição de trabalhosartísticos (Festival de Talentos) foi visitada pormuita gente. No dia 19 houve concurso de inter-pretação musical, predominando MPB, mas a sur-presa foi uma composição de autoria de DjairVieira. Ele fez uma paródia, adaptando a melodiado sucesso “Tou Rindo à Toa”, a um fato real docotidiano da Santa Casa. “Como técnico de enfer-magem fiquei emocionado com o agradecimentode uma paciente que voltou para falar da sua sa-tisfação com o atendimento. Daí fiz a música”,explicou Djair antes de apresentar seu show.

Todas as apresentações foram pontuadas e noencerramento da festa houve entrega de troféuaos primeiros lugares. Na platéia, não faltou tor-cida organizada para os diversos candidatos.

A maior surpresa foi o coral da SCMM, com-posto, em sua maioria, pela equipe de enfer-magem, mas na primeira apresentação foi feita aabertura oficial das inscrições para outros colabo-radores interessados.

Muitos talentos foram revelados. Belas vozes,como a de Léa Alexandre, técnica de enfermagemdo 3º andar; Jardel Camilo, balconista da Farmá-cia; Maria José, Fernando e tantos outros.

Teve ainda o concurso de redação, conto epoesia com o tema "Como eu vejo a Santa Casade Maceió" e o oncurso colaborador e colabora-dora Simpatia. Os vencedores foram a farmacêu-tica Lara Noya e Fernando, mas o ponto culmi-nante da programação dos 155 anos foi a missaem Ação de Graças, celebrada pelos padres CíceroLenisvaldo Miranda e Henrique Soares.

Aniversário do hospitalatrai os diversos setores

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Mesa farta e decoração caprichada para a grande festaO provedor com a maestrina Zara Cristina Moraes Momento de degustação do cobiçado bolo de aniversário, que foi cortado após o tradicional coro de parabéns

Auditório lotado mostra o interesse dos colaboradores com as atividades relacionadas ao local de trabalho

Integrantes da comissão organizadora foram homenageadas por ocasião dos 155 anos da Santa Casa de Maceió

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Projeto leva alegria parapacientes da Pediatria

Oprojeto Sorria, você está na bibliotecado Estado, desenvolvido na Pediatria daSanta Casa de Misericórdia de Maceió

desde 2005, vem otimizando a resposta dascrianças ao tratamento. É que o trabalho levaafeto e entretenimento através de atividadeslúdicas e incentivo à literatura infantil. “A nos-sa proposta é justamente minimizar o impactoemocional da criança, que é tirada do aconche-go do lar para o hospital. É importante que elasestejam bem, do ponto de vista psicológico, eque a sua capacidade de imaginação não percaa referência dos sonhos próprios do universoinfantil”, disse Maria Luiza Russo Duarte, pro-fessora do curso de Biblioteconomia da Ufal ediretora da Biblioteca Pública Estadual, autorado referido projeto.

“Quando vim apresentar esse projeto aqui,no hospital, tive uma excelente receptividadedo provedor Humberto Gomes de Melo e da as-sistente social Maria José Araújo. Todo o traba-lho é feito voluntariamente, às quinta-feiras”,esclarece Luiza, enfatizando que essa experiên-cia já foi assunto de tese de conclusão de cursode uma de suas alunas na Ufal. Aliás, algumasestudantes de Bibioteconomia também aderi-ram ao projeto, passando a se integrar ao gru-po de voluntários.

Toda quinta-feira há sempre uma históriainfantil diferente, contada de forma inusitada.Muitos livros são colocados à disposição na salade leitura, num verdadeiro cenário para o mo-mento de interpretação dos textos. Tem fanto-che, palhaço, bichos de estimação feitos com

espuma, muito papel recortado e colorido e,principalmente, muita amorosidade. Assim, ascrianças não sofrem tanto com os efeitos cola-terais dos tratamentos. “Elas saem do leito eaqui encontram outras crianças também em fa-se de recuperação da saúde. Paralelamente há

profissionais cuidadosos, medicamentos, silên-cio, enfim, é uma mudança brusca no cotidianodas crianças. A nossa idéia é proporcionar umaharmonização e, apesar de não ganharmos di-nheiro com isso (somos voluntárias), temos acerteza de uma melhor perspectiva para essascrianças. A leitura favorece isso e muito mais. Apartir dessa vivência estamos contribuindo como gosto pela leitura. É através dos livros que oimaginário passeia sem limites, levando paramuito longe as dores física e emocional. Atravésdos livros, a gente faz viagens inesquecíveis,suaviza a vida e ganha o saber”, explica Luíza.

A equipe também traz violão e improvisaum show ao vivo para descontrair os pacientese despertar o gosto pela leitura; os pais apro-vam a iniciativa. “A hora mais feliz para o meufilho é quando esse pessoal chega. Ele fica otempo todo perguntando pelas tias, que brin-cam e contam histórias. Eu trago o menino a-qui, para a sala de leitura, e ele folheia os li-vros como quem está recordando os momentosde alegria das quinta-feiras”, disse a mãe Joa-quina dos Santos.

As voluntárias Maria Lúcia Melo de Andrade,Antonieta Mírian Carneiro e Marise Sarmento a-firmam que é muito gratificante doar amor e le-var o riso para as crianças através do projeto.

VOLUNTARIADO

A voluntária Marise entregando à criança uma das bonecas que são personagens do teatro de fantoches

Adiplomação das médicas Ana Paula Ca-valcante e Maria Carolina Lacerda, ocor-rida no Centro de Estudos Professor Lou-

rival de Melo Mota, no dia 28 de fevereiro, mar-cou mais um passo histórico na tradição de en-sino da SCMM. “Tratam-se das primeiras residen-tes formadas na instituição – e o melhor: ambasaprovadas com distinção no exame da SociedadeBrasileira de Nefrologia. Portanto, elas recebe-ram a titulação imediatamente após a conclusãoda especialização, o que atesta a qualidade docurso”, disse o provedor do hospital, HumbertoGomes de Melo.

O coordenador do curso, Paulo Celso Carva-lho Carreiro, afirmou que o desempenho dasduas médicas deixou todo o corpo docente or-gulhoso. “O nosso curso é credenciado peloMEC, que exigiu uma série de normas técnicasantes de autorizar o funcionamento da residên-cia médica. Temos uma grade curricular que écumprida à risca, com profunda dedicação daspartes envolvidas. Ana Paula e Carolina estão

prontas para o mercado e sempre foram alta-mente responsáveis e comprometidas com a boaprática médica.” Já o presidente do Instituto deNefrologia, Dagmar Vaz, ressaltou a sua gratidãoa todas as pessoas que se empenharam paraconcretizar o sonho do credenciamento da resi-dência em nefrologia pelo MEC. “Destaco, prin-cipalmente, o professor-doutor Mário Jucá, oprovedor Humberto Gomes de Melo e o nosso e-terno entusiasta Duílio Marsíglia, bem comoHélvio Chagas”, frisou Dagmar, presenteando ostrês com uma placa de agradecimento no mo-mento da solenidade de diplomação de Paula eCarolina. Ele também agradeceu ao corpo doen-te e às próprias residentes por terem acreditadono curso. Sobre a tradição de ensino da SCMM,a médica Georgina Lira Serchis, que integra a e-quipe do Instituto de Nefrologia Ribamar Vaz, a-proveitou a ocasião para apresentar, no data-show, um histórico da ligação do hospital com aformação médica e a pesquisa, deixando clara avocação da instituição de saúde para o ofício.

Nefrologistas são diplomadasapós conclusão dos estudos

Ana Paula e Maria Carolina: as primeiras nefrologistas formadas pela SCMM através do Instituto Ribamar Vaz

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