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  • a posio social ou poltica de um indivduo. Em vez disso, era a porta de entrada para uma minoria poderosa que controlava grande parte dos assuntos do Estado, tanto pblicos como privados. A alfabetizao garantia o controle sobre os sistemas de informao da sociedade, algo desde sempre crucial para a vida das sociedades, atingindo o auge hoje em dia. Estima-se que a indstria da informao represente mais de metade do produto interno bruto dos modernos Estados industriais. A informao era um negcio florescente na antiga Mesopotmia. Nos nossos dias, o maior de todos os negcios. um fato curioso, mas inegvel, que todos os grandes professores e fundadores de religies cujas doutrinas nos chegaram se opunham aos princpios de organizao social aqui enumerados. Todos foram rebeldes, revolucionrios, lutaram contra os interesses e poderes do seu tempo. No teremos ento de concluir que a sua rebeldia explica, pelo menos em parte, o sucesso conseguido? Abrao e os outros patriarcas e profetas judeus comearam por proclamar que seu deus tribal era o maior de todos os deuses e acabaram por insistir que apenas havia um Deus, Jeov, para todos os homens. Os politestas pagos veneravam sempre pelos menos dois tipos de deuses, os bons e os maus. Os deuses bons eram responsveis por tudo de bom que acontecia, enquanto os maus eram responsveis pelas coisas ms. Adorar estes ltimos era reconhecer a sua existncia, o que por sua vez era a tentativa de evitar a influncia destes deuses. Os judeus foram os primeiros a insistir que o homem o nico responsvel pelas suas aes, no podendo culpar os deuses.

  • Jesus e seus seguidores e intrpretes cristos levaram essa doutrina revolucionria ainda mais longe. Eva fora tentada por Satans e Ado por Eva. Ambos tinham sucumbido ao pecado e morte. Mas o Demnio no podia ser culpado pela desobedincia do homem. Fora este quem se condenara ao exlio do den; ele e a mulher teriam de suportar as consequncias eternamente. Por amar Ado e Eva e toda a sua prole, Deus resgatou e redimiu a humanidade com o sangue do seu filho nico. Contudo, a responsabilidade permanece no lugar indicado pelos judeus: dentro da alma humana individual. Confcio, por motivos talvez originrios das circunstncias especiais de sua vida, rebelouse contra o sistema feudal do seu tempo, o qual baseava a organizao social no nascimento. Apenas o mrito dotava os indivduos da capacidade de ocupar posies elevadas na sociedade ou no Estado e o mrito deveria ser determinado pela erudio. Este princpio foi adotado pelo Estado chins a um nvel superficial. Mas, se Confcio regressasse, ser que diria que o verdadeiro mrito mostrado de forma adequada atravs do conhecimento de qualquer conjunto de textos, de sua autoria ou no? Estaria se referindo a algo mais profundo e mais