DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A pesquisa é um procedimento reflexivo...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRO-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Maria Abadia da Silva Oliveira O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL JUNTO AO EDUCADOR E AO EDUCANDO ORIETADOR: PROF.ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY FORMOSA JULHO/2007 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A pesquisa é um procedimento reflexivo...

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRO-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Maria Abadia da Silva Oliveira

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL JUNTO

AO EDUCADOR E AO EDUCANDO

ORIETADOR: PROF.ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY

FORMOSA JULHO/2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRO-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL JUNTO AO

EDUCADOR E AO EDUCANDO

MARIA ABADIA DA SILVA OLIVEIRA

Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Orientação Educacional.

FORMOSA JULHO/ 2007

AGRADECIMENTO:

A Deus por iluminar os nossos caminhos, ajudando-nos a vencer todos os

obstáculos.

Aos mestres por compartilharem conosco os seus conhecimentos, colocando em

nossas mãos as ferramentas com as quais abriremos novos horizontes, rumo à satisfação

de nossos ideais profissionais e humanos.

A banca examinadora pela atenção e disponibilidade em participar desse

momento tão importante, de crescimento pessoal e intelectual.

Aos familiares e amigos que, além de

nos ampararem nas dificuldades, foram

fontes de apoio e impulso na busca

contínua do conhecimento.

RESUMO

A educação teve suas fases difíceis, e tem passado por várias mudanças em seu meio;

hoje podemos contar com uma educação que busca qualidade com liberdade, e assim

verificamos que as mudanças educacionais vêm transformando os moldes do sistema

escolar. A escola passou a ter importância política e social, enquanto fato de

desenvolvimento, fato que levou ao alargamento e obrigatoriedade básicos gerando o

aumento de uma educação formal. Para prevenir e atuar, a escola precisa conhecer mais

sobre a vida de seus alunos e seus problemas, buscando compreender em que situação a

aprendizagem surge se instala e se reproduz. A escola é um espaço privilegiado para as

ações das políticas públicas, onde se vê a única possibilidade da verdadeira integração

social em interface com a família, com a comunidade e com o mercado de trabalho.

METODOLOGIA

O presente estudo fará parte constante desse projeto, a questão principal é a

disponibilidade para levantar os dados necessários e que indicam as propriedades para

trabalhar com a questão da auto-estima nas séries iniciais do ensino fundamental,

colhendo todas as informações, observando, pesquisando e analisando as necessidades.

A pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos em dadas relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento. As pesquisas, portanto são um procedimento formal, com métodos reflexivos que requer um tratamento cientifico e se constrói no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (ANDER-EGG. 1978, p. 28).

Para Oliveira (2002, p.117), “a pesquisa tem por objetivo estabelecer uma

série de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões

que existem em todos os ramos do conhecimento”. Já na visão de Cervo (2002, p.63), “é

uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego

de processos científicos e que parte de uma dúvida ou problema e, com o uso do método

científico, busca uma resposta ou solução”.

O método a ser utilizado será o indutivo que “possibilita o

desenvolvimento de enunciados gerais sobre as observações acumuladas de casos

específicos ou proposições que possam ter validade universal” (OLIVEIRA, 2002,

p.60), e (CERVO, 2002, p.32),” a conclusão está para as premissas, como o todo está

para as partes. De verdades particulares concluímos verdades gerais”.

Em relação ao tipo de pesquisa será utilizada a pesquisa bibliográfica que

segundo Oliveira (2002, p.119), “tem como finalidade conhecer as diferentes formas de

contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno,

realizado em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, especialmente naqueles

acervos que fazem parte do catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais”, e que para

Cervo (2002, p.65) é que “procura explicar um problema a partir de referências teóricas

publicadas em documentos, buscando conhecer as contribuições científicas do passado

sobre determinado assunto”.

Já a pesquisa descritiva é para Oliveira (2002, p.128) a que tem como

finalidade “observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito

do seu conteúdo” e que também Cervo (2002, p.66) a descreve como a que “observa,

registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”.

Para a coleta de dados os procedimentos serão por meio de:

Documental: A coleta será feita por analises de documentos escritos que

denominaremos fontes primárias (LAKATOS, 2000, p.174).

Bibliográfica: É aquela que abrange toda a bibliografia já tornada pública

em relação ao tema de estudo (LAKATOS. 2000, p.183). Para Cervo (2002, p.89) “a

fonte das informações estará na forma de documentos escritos”.

Observação: que segundo Cervo (2002, p.27) é quando se aplica

atentamente o sentido físico a um objeto, para de ela adquirir um conhecimento claro e

preciso.

Para Lakatos (2000, p.190) “é uma técnica para conseguir informações e

utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”.

Questionário: que para Cervo (2002, p.46) “não é simples conversa”, mas

uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio de interrogatório

dados para as pesquisas, já para Lakatos (2000, p.195) “é um encontro entre duas

pessoas para se obter informações a respeito de determinado assunto mediante

conversas ou escritos de natureza profissional”.

A fonte de informações se dará por meio de:

Campo: que consiste na observação dos fatos que possibilita o

estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições e eventos,

observados e comprovados (OLIVEIRA, 2002, p.124).

Bibliográficas: para Cervo (2002, p. 66) tem o intuito de recolher

informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura

respostas. é aquela realizada em biblioteca ou locais que sirvam como fonte de

informação (OLIVEIRA,2002, p.119).

Quanto à natureza dos dados será qualitativa que segundo Oliveira (2002, p.117) é que

permitirá um maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos

comportamentos ou atitudes dos indivíduos, nos leva a uma série de leituras sobre o

assunto da pesquisa, descreve e relata o que diferentes autores ou especialistas escrevem

sobre o assunto e, a partir daí, estabelece uma série de correlações para, ao final, darmos

nosso ponto de vista conclusivo.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................

01

CAPÍTULO I – A

LEI..............................................................................................................04

1.1- Histórico.......................................................................................................

.....05

CAPÍTULO II – UMA VISÃO AMNTROPOLÓGICA DA SOCIEDADE QUE

ENGLOBA O ENSINO APRENDIZAGEM COMO RESPONSABILIDADE DA

ESCOLA E DA

FAMÍLIA.............................................................................................................................

.....14

2.1- Universo familiar: palco da

violência....................................................................17

2.2- O trabalho infanto-

juvenil......................................................................................20

2.3- Trabalho Infantil

Doméstico..................................................................................25

2.4- Lugar de criança é na

Escola.................................................................................28

2.5- Os meninos de rua no

Brasil..................................................................................30

CAPÍTULO III – A REALIDADE NAS ESCOLAS DE PLANALTINA DE

GOIÁS...........36

CONSIDERAÇÕES

FINAIS...................................................................................................45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48

METODOLOGIA

O presente estudo fará parte constante desse projeto, a questão principal é a

disponibilidade para levantar os dados necessários e que indicam as propriedades para

trabalhar com a questão da auto-estima nas séries iniciais do ensino fundamental,

colhendo todas as informações, observando, pesquisando e analisando as necessidades.

A pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos em dadas relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento. As pesquisas, portanto são um procedimento formal, com métodos reflexivos que requer um tratamento cientifico e se constrói no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (ANDER-EGG. 1978, p. 28).

Para Oliveira (2002, p.117), “a pesquisa tem por objetivo estabelecer uma

série de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões

que existem em todos os ramos do conhecimento”. Já na visão de Cervo (2002, p.63), “é

uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego

de processos científicos e que parte de uma dúvida ou problema e, com o uso do método

científico, busca uma resposta ou solução”.

O método a ser utilizado será o indutivo que “possibilita o

desenvolvimento de enunciados gerais sobre as observações acumuladas de casos

específicos ou proposições que possam ter validade universal” (OLIVEIRA, 2002,

p.60), e (CERVO, 2002, p.32),” a conclusão está para as premissas, como o todo está

para as partes. De verdades particulares concluímos verdades gerais”.

Em relação ao tipo de pesquisa será utilizada a pesquisa bibliográfica que

segundo Oliveira (2002, p.119), “tem como finalidade conhecer as diferentes formas de

contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno,

realizado em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, especialmente naqueles

acervos que fazem parte do catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais”, e que para

Cervo (2002, p.65) é que “procura explicar um problema a partir de referências teóricas

publicadas em documentos, buscando conhecer as contribuições científicas do passado

sobre determinado assunto”.

Já a pesquisa descritiva é para Oliveira (2002, p.128) a que tem como

finalidade “observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito

do seu conteúdo” e que também Cervo (2002, p.66) a descreve como a que “observa,

registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”.

Para a coleta de dados os procedimentos serão por meio de:

Documental: A coleta será feita por analises de documentos escritos que

denominaremos fontes primárias (LAKATOS, 2000, p.174).

Bibliográfica: É aquela que abrange toda a bibliografia já tornada pública

em relação ao tema de estudo (LAKATOS. 2000, p.183). Para Cervo (2002, p.89) “a

fonte das informações estará na forma de documentos escritos”.

Observação: que segundo Cervo (2002, p.27) é quando se aplica

atentamente o sentido físico a um objeto, para de ela adquirir um conhecimento claro e

preciso.

Para Lakatos (2000, p.190) “é uma técnica para conseguir informações e

utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”.

Questionário: que para Cervo (2002, p.46) “não é simples conversa”, mas

uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio de interrogatório

dados para as pesquisas, já para Lakatos (2000, p.195) “é um encontro entre duas

pessoas para se obter informações a respeito de determinado assunto mediante

conversas ou escritos de natureza profissional”.

A fonte de informações se dará por meio de:

Campo: que consiste na observação dos fatos que possibilita o

estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições e eventos,

observados e comprovados (OLIVEIRA, 2002, p.124).

Bibliográficas: para Cervo (2002, p. 66) tem o intuito de recolher

informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura

respostas. é aquela realizada em biblioteca ou locais que sirvam como fonte de

informação (OLIVEIRA,2002, p.119).

Quanto à natureza dos dados será qualitativa que segundo Oliveira (2002, p.117) é que

permitirá um maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos

comportamentos ou atitudes dos indivíduos, nos leva a uma série de leituras sobre o

assunto da pesquisa, descreve e relata o que diferentes autores ou especialistas escrevem

sobre o assunto e, a partir daí, estabelece uma série de correlações para, ao final, darmos

nosso ponto de vista conclusivo.

INTRODUÇÃO

A educação é um dos elementos essenciais responsáveis pela organização

das experiências dos indivíduos na vida cotidiana, e em alguns casos, pelo

desenvolvimento de sua personalidade, sendo que para formalizar esta educação as

instituições de ensino enfrentam sérias dificuldades. Dentre elas, uma das mais

preocupantes é a falta de interesse do aluno pelo conteúdo e conseqüentemente, os

imensos problemas que afetam diretamente a aprendizagem, ora causados por diversos

fatores, internos e externos a escola.

Esta pesquisa visa mostrar algumas das formulações consideradas

responsáveis por este problema, refletindo a luz da Orientação Pedagógica e da

Psicologia, como outras áreas afins que nos levam a aprender o fenômeno da segurança

no agir, se propõem promover uma integração entre docentes e discentes da comunidade

Escolar visando um aprendizado significativo e uma integração social efetiva. Pois,

somente a educação efetivamente correta é o pilar que consiste na pedra fundamental do

sucesso e da satisfação do viver de um aluno na escola.

Atualmente temos podido ver largos avanços no que condiz a realidade no

âmbito educacional, cada vez mais se reconhece a importância do desempenho do papel

do orientador educacional para o alcance de uma aprendizagem significativa, e seu

papel não está restrito a apenas sanar problemas e suas atribuições vão mais além do

que se imaginou há tempos atrás. Devemos isso à compreensão que o “educado é o

agente integral do meio, e não o meio é que gera o ser” (LUCK, 2000:24).

O objetivo precípuo desta pesquisa foi compreender a integração entre

educador, educando e orientador educacional na importância significativa do ensino

aprendizagem também no processo emocional, comportamental, socioeconômico e

cultural.

A abordagem deste trabalho terá questões diretamente relacionadas ao

trabalho da Orientação Educacional, suas expectativas e suas limitações; principalmente

nos problemas que estes profissionais enfrentam para desempenharem suas atividades

nesta área onde a evolução caminha a passos largos.

Hoje a idéia que se forma, não se baseia em uma mera citação ideológica e

sim num paradoxo a relação interpessoal entre aluno-professor, aluno-direção, aluno-

pais e por fim aluno-comunidade, com intermédio do orientador para essas construções

de pontes e trocas de saberes, sem deixar de lado a verdadeira função do orientador que

deve sempre ser à de conselheiro e assistente em tempo integral, op podendo assim

abolir a idéia de que o orientador é uma espécie de suporte para os professores.

O Capítulo I aborda as bases de um orientador suas atuações e as leis que os amparam, onde se estabelece a concepção dos estudos éticos e pedagógicos relacionados à necessidade de tornar fundamentada a busca de ações para um ensino aprendizado significativo para os alunos.

O Capítulo II apresenta os benefícios do aconselhamento escolar num contexto psicológico avaliativo, sociológico e biológico como fator preponderante no desenvolvimento da aprendizagem e da ação do orientador Educacioanl.

O Capítulo III desenvolve a partir da análise da relação professor e

orientador educacional no processo de prevenção da baixa auto-estima relações

específicas das no processo educativo, mostrando que a auto-estima, além de ser um

facilitador da aprendizagem, desenvolve habilidades significativas no âmbito

educacional.

O Capítulo IV quer verificar as ações que contribuíram para a evolução

cronológica para o avanço no processo de ensino aprendizagem, no que se refere a

orientação educacional.

Diante da problematização, e para a elaboração deste trabalho, fez-se uso da

análise e interpretação de diversas obras e textos, bem como o levantamento de fontes

documentais e bibliográficas que abordaram o tema em questão, propondo o estudo de

uma concepção sobre a necessidade do aluno em manter uma sociabilização com vista

em uma aprendizagem elevada para o bom desempenho educacional e a utilização de

uma metodologia que se estabeleça, um fator de desencadeamento de um processo que

atenda aos interesses e necessidades dos alunos, de forma a propiciar aprendizagens

significativas. Dessa forma, centrou-se a atenção àquilo que, efetivamente, possa ser

uma contribuição à prática pedagógica. Por meio dos métodos o indutivo e dedutivo a

pesquisa será por meio de analises de documentos escritos, bibliográficos, e

observações. Este trabalho apoia-se nos conhecimentos advindos de professoras e

orientadoras pedagógicas da análise de literatura o qual propõe um esboço teórico,

baseado na realidade escolar e também na prática pedagógica.

A análise de dados está baseada em pesquisa de campo onde foram

questionadas pedagogas sobre a importância do ensino aprendizagem no processo de

elevação da integração escolar. Este estudo apontou situações que, quando presentes na

vida social escolar, são precipitadoras e/ou mantenedoras de confiabilidade na

potencialidade do aluno para aprender, em criar condições favoráveis para o

crescimento e autoconhecimento do aluno, em deixar livre para aprender a manifestar

seus sentimentos, e escolher suas direções, conhecendo os seus próprios problemas e

decidindo seu curso de ação, viver as conseqüências de suas escolhas.

CAPÍTULO I

AS BASES DE UM ORIENTADOR

1.1- A atuação do orientador educacional sobre referências da L.D.B. Leis

de Diretrizes e Bases.

A visão do papel do orientador como profissional da área educacional e suas

atribuições, só vieram no início do século passado. Esta conscientização começou

através da implantação de uma nova pedagogia trazida pelos americanos.

E segundo Nerici (1974) só a partir daí muitos educadores despertaram para

os benefícios da ação conjunta com o orientador, no meio educacional ele diz sobre o

emblobamento do novo profissional.

“Logo no início do século XX, deu se uma ampliação natural no campo da Orientação Educacional, obedecendo às necessidades assistir o educando no desenvolvimento de todas as suas estruturas: Física, mental, moral, social, estética, científica, política e religiosa...”(Schumdte Pereira, Apud Nerici, 1974:64)

O processo deu-se naturalmente até mais tarde ser instalado como

obrigatório em todo o meio escolar o aparato de um orientador. O orientador

educacional veio para reconhecer ações que sempre estiveram implícitas nas instituições

e muitas vezes nem valorizadas, já que desde os primórdios, foram relatados históricos

de professores que mesmo sem preparação prévia nesta área sempre se destacaram nas

instituições como educadores, diretores, coordenadores mais dedicados e que

demonstraram interesse e sociabilidades com seus alunos sendo sempre aberto a

diálogos.

Para se entender melhor o papel do orientador educacional dentro da

constituição escolar, explicaremos melhores suas atribuições e deliberações

fundamentadas na LDB.

No art. 27 seção III da LDB, explica-se a Orientação educacional com:

Ø O objetivo de contribuir para melhoria do ensino público,

promovendo ação-reflexão das atividades educativas, como forma de

facilitar a socialização do conhecimento e ampliar as possibilidades

do aluno de compreender e agir como cidadão crítico, analítico e

participativo.

No atr. 28 são explicadas suas atribuições em uma breve ação; que se resume

em;

Ø Empale o serviço de orientação educacional, proporcionar sua

acessibilidade e englobamento de todos os agentes participativos da

escola e da comunidade;

Ø Ajudar a elaborar e executar o Projeto Político Pedagógico da

escola, visando atribuir às necessidades e interesses dos alunos;

Ø Desenvolver com ajuda dos alunos metas para acompanhar o

rendimento dos alunos, identificando possíveis causas de

indisciplina e de demais fatores que sejam propulsoras de baixo

rendimento escolar, e de uma análise e crítica que promova interesse

e participação de ambos.

Ø Participar de conselho de classe e reuniões de professores e de pais,

avaliando e auxiliando sempre no processo de ensino e

aprendizagem.

Dentre estes dois artigos da LDB, podemos ter uma breve noção da atuação

de um orientador educacional e de suas atribuições profissionais, não se pode omitir os

dados que levam a confusão que há sobre as funções de coordenador e de um

orientador, sendo que estes são vistos como profissionais de atuação similares. Para que

isso não acontece o próprio orientador deve conhecer suas atribuições e deixa-las bem

claras, até mesmo, para que não haja divergências dentro da instituição escolar, não

dando oportunidade para que os outros profissionais da área se confundam e desta

forma atrapalhe, evitando que as atividades de Orientação Educacional sejam bem

desempenhadas.

O papel do orientador tende ser mais amplo do que se imagina, sua ação vai

além do recinto escolar sua atuação integra a comunidade ao meio escola e os conceitos

morais aplicados nele ao meio social.

“A educação nacional, inspirada nos princípios de liberdade nos ideais de solidariedade humana, objetiva o plano desenvolvimento das pessoas, seu preparo para o exercício responsável da cidadania e suas qualificações para o trabalho” (art.2 do título I da nova LDB).

E certamente tem um significado muito importante para os indivíduos, ou

seja, os alunos que este sistema de parceria aconteça, já que para muitos o que se passa

na escola , ou o que se vê dentro dela está muito fora do real contexto, isso implica

como uma ação benéfica deste profissional de conciliar suas ações com o cotidiano dos

alunos que são atendidos, não se esquecendo que a ação só terá resultado se as mesmas

forem voltadas para a fundamentação e construção de suas identidades como pessoas,

cidadãos e seguindo as sugestões de Içami Tiba (1986), que afirma, sempre o orientador

como outro profissional qualquer da educação, deve ter consciência de uma grande

verdade que é com suas ações ajudar ou influenciar jovens tornando-os propulsores de

ações coletivas em prol da sociedade.

A escola, como instituição social, tem um papel conjunto com a sociedade

de propor ações Inter-relacionadas e inter-influentes, onde a ação numa das áreas se

refletirá nas demais (LUCK 1999), e para que isso aconteça torna-se como nunca a

importância do papel do orientador educacional um mediador, ou seja, promotor de

ações que as interliguem.

1.2- Princípios Éticos/profissionais

Pela lei 5692, de 11/08/71 só possível o desenvolvimento da real atuação do

orientador educacional a partir do momento que suas ações tenham fundamento de uma

única visão, o educando como ser principal delas, que devem ser compostas por um

contexto ético para maior desempenho profissional d sua pare, suas intervenções devem

ser estritamente ética e desvinculada ao âmbito pessoal; seu trabalho deve se limitar em

diagnosticar e tratar os problemas co-relacionados às dificuldades de aprendizagem.

Outro fator que deve se considerado para um maior rendimento de suas

atividades é o fator comunidade – família perante o aluno, não esquecendo que esta

reflexão se ações que influenciam os alunos, será de grande valia para seus diagnósticos

e intervenção pedagógica em cada caso. É desaconselhável que o orientador como outro

profissional do âmbito escolar tenha opiniões formadas, inflexíveis e que determine

valores, gostos, posições, ideologias, sociais e outros. Que possam influenciar ou

determinar as atividades, ações ou pensamentos dos alunos.

E é sempre importante que suas ações sejam reais e que seus resultados são

visíveis, avaliados juntos com o nível do andamento da aprendizagem da instituição,

não se esquecendo jamais que há todo momento o meio escolar se transforma através da

multipluralidade de suas ações.

Em conseqüência, a experimentação e a indução desempenham um papel

fundamental no desenvolvimento educacional. O ensino está determinado, não só pela

estrutura interna do conhecimento como também por objetivos de desenvolvimento

intelectual, deve-se ressaltar ainda que a sociedade atual é imprescindível à articulação

de conceitos relacionados com a vida diária, e em muitas situações da vida social.

O processo construtivo do conhecimento, tanto no seu caráter histórico,

como na sua apropriação pelo indivíduo trás sua formalização e estruturação dos

conhecimentos como sistema dedutivo, não é o ponto de partida, e sim, o ponto de

chegada de um longo processo de construção de instrumentos intelectuais, eficazes para

interpretar, analisar, explicar, prever e transformar determinados aspectos da realidade.

A preocupação de propiciar uma aprendizagem por meio de compreensão, da

construção de conceitos, da elaboração de estratégias, enfatizam a exploração de

situações-problemas, do uso do material concreto, da valorização da criatividade e da

participação do educando, inclusive o erro, a troca de informações e as experiências,

como forma de motivação, certamente, contribuirão para o sucesso do ensino e

principalmente da aprendizagem. (SANTOS, 1996)

A mudança do Ensino Fundamental e suas orientações são bastante válidas pois

toda tentativa de renovação e melhoria no ensino são importantes, principalmente na

medida de que o mais importante é formar o educando em um cidadão capaz de

observar, interpretar e avaliar. (LIPMAN, 1994).

Para termos uma sociedade estruturada e capaz de construir um país em

condições de gerar empregos e dignidade social é necessário que esta estrutura se faça

em bases sólidas e precisas, não permitindo nenhuma evasão em conhecimentos no

limiar de sua formação. Compreendemos então a importância do corpo docente da

escola na construção de uma noção, onde esta categoria de profissionais carrega em sua

responsabilidade muito mais que uma profissão e o mero cumprimento de seus deveres

mensais, são eles os educadores responsáveis por toda a estrutura de uma nação

determinando futuro e o presente de cada criança, jovem ou adulto dando-lhes interesse

e ensinando-lhes os valores do conhecimento para que estes mudem suas vidas e a vida

de cada pessoa que fizer parte deste ciclo social e toda esta nação. Contudo o papel do

orientador educacional junto com a comunidade escolar precisa desejar encontrar esta

verdade do saber para que em conjunto se possa crescer e refazer esta realidade que até

então é fato comum para todos os brasileiros - analfabetos letrados. (LIPMAN, 1994).

Tudo isso é ética, somente cidadãos críticos e formadores de opiniões

podem ser éticos, a educação ética acontece quando os valores no conteúdo e no

exercício do ato de educar são valores humanos e humanizadores, a solidariedade, o

desenvolvimento integral de cada um e de todos. Para a ética não basta que exista um

elemento de princípios fundamentais e direito definidos nas Constituições ou nos PCNs.

Os desafios éticos para uma nação e o de universalizar os direitos reais, permitindo a

todos a cidadania plena, cotidiana e ativa.

1.3- A orientação Educacional e seu auxílio no desenvolvimento do PPP (Projeto

Político Pedagógico).

O orientador da escola em grande importância na criação e desenvolvimento

do PPP da escola, onde conjuntamente com a direção e com os professores definem as

metas e a atividades que serão desempenhadas durante todo ano letivo.

Visando sempre estabelecer a missão e os objetivos do PPP, que são:

Ø Orientador de ações, como instrumento de auto-avaliação.

Ø A elaboração e a implantação de um plano de processo contínuo de

reflexão e ação.

Ø Apoiar a interação de discentes e docentes com ação que visem esta

aproximação pára a construção do mesmo com o objetivo de

viabilizar e interar democrática e social.

Ø A construção de um projeto que atenda a todos e seus objetivos de

forma democrática e social.

Segundo MOREIRA (2000), a relação entre os objetivos e a criação do PPP

da escola, está relacionada diretamente e que a seleção de conteúdos dêem ser criteriosa

e com a participação do orientador educacional, já que o desempenho do

aconselhamento lhe da base para o desenvolvimento educacional de cada classe e aluno,

sendo de seu conhecimento o problema de aprendizagem de cada aluno; evitando assim

um ensino fragmentado e associado a realidade dos mesmos.

CAPÍTULO III

3- O PEDAGOGO-ORIENTADOR EDUCACIONAL E AÇÕES QUE

PREVINEM A BAIXA AUTO-ESTIMA NO ENSINO

APRENDIZAGEM

As formulações pertinentes à identificação do profissional da educação

como professor - docente, está direcionada a supor que ele seja também um educador.

Mas o que cabe ressaltar é que num sentido mais restrito o pedagogo é igualmente o

professor, mas a tradição os consagrou como professor aquele que pratica a atividade

pedagógica, ou seja, ensinar um determinado conteúdo. Já o pedagogo é aquele

profissional que se encarrega de outras atividades pedagógicas, formuladas pela vida

social da escola.

Mas vale ressaltar também que as tarefas dos profissionais da educação

são inseridas em um projeto coletivo, onde as atividades específicas se articulam com o

todo, caracterizado por objetivos e finalidades comuns a escola. Sem haver separação

entre as partes identificando cada setor como os que detêm um saber específico que irá

permitir o controle sobre os demais, como afirma Grinspun, (2002) em seu discurso

sobre as tarefas dos profissionais da área da educação.

O mito de sua desqualificação para aprender, inserido no ambiente escolar, impede que sua bagagem cultural própria seja aproveitada ou mesmo reconhecida, instituindo-se uma imensa dissociação entre a vivência e a experiência escolar (AQUINO, 1991, p.189).

E podemos verificar qual deve ser o papel da Orientação Educacional

frente a estas observações, e as análises já feitas sobre o baixo rendimento do ensino

aprendizagem diante do alto nível de baixa auto-estima, e esta se faz presente

respondendo com suas atribuições aos papéis que lhes são devidos.

A Orientação Educacional hoje está voltada para um maior entendimento das diferenças individuais.

Estabelece também uma função básica de relações de ajuda, sendo que esta deva ocorrer no nível, na forma e no espaço em que ocorre a educação.

A Orientação Educacional deve promover os meios disponíveis para que ocorram diferentes manifestações, traduzindo nas formas alternativas de educação. Mais do que um interesse em participar, discutir as questões do trabalho, realizar tarefas que possibilitem o melhor conhecimento do aluno, de seu auto-conceito, de sua auto-estima, a Orientação Educacional, envolvida basicamente em questões de valores sociais, poderá discutir e questionar o próprio papel da educação para o presente e o futuro desses alunos (GRINSPUN, 2002, p.165).

No mundo contemporâneo não apenas apresenta-se como sociedade

pedagógica como pede ações pedagógicas mais complexas e definidas, implicando

assim numa capacitação teórica e profissional de pedagogos e professores para

autenticar o sistema de ensino. E muito além daquelas que temos. A inserção do

pedagogo na condição pós-moderna os obriga a uma abertura científica e tecnológica de

modo a desenvolver uma prática investigativa e profissional. Conceituando assim uma

prática menos excludente, onde o aluno precisamente será assistido por um trabalho

mais complexo, formulando assim maiores decisões para os profissionais da área.

A escola requer o concurso de vários profissionais. Compreender a natureza do trabalho coletivo na escola. Apontar para a necessidade de que a nova organização escolar se dê a partir da constatação de que o trabalho de educação escolar assenta-se numa prática social coletiva de vários profissionais que possuem diferentes especialidades (...) A organização da escola compete aos profissionais docentes e não-docentes. Seria ingênuo advogar que o professor de sala de aula devesse suprir todas as funções que estão fora da sala de aula, mas que interferem no trabalho docente (PIMENTA, 1988, p.55).

Segundo Grinspun (2002, p.29), em seu texto a Orientação Educacional,

deverá estar permeada e comprometida com:

- Construção do conhecimento:

- Realidade concreta da vida dos alunos;

- Responsabilidade do processo educacional na formação da cidadania;

- Atividade realizada na prática social;

- A construção da educação como diversidade;

- O planejamento e a efetivação do projeto político – pedagógico da

escola em termos de sua finalidade;

- Construção da rede de subjetividade.

Quando propomos a discutir as causas da baixa auto-estima, deparamos-nos

com uma série de fatores que norteiam este processo. É diante destes fatos que

propomos algumas soluções. Podemos analisar a partir do contexto social em que os

alunos estão inseridos, e diante das diferenças e desigualdades sociais produzidas pela

própria sociedade, são neste contexto que a Orientação Educacional será inserida e onde

a relação deste profissional com alunos será de extrema importância.

Há uma necessidade real de reconhecer esta complexidade que envolve

toda a sociedade: a escola possui um papel fundamental neste processo, com

profissionais qualificados para analisar os fatores que alimentam a baixa auto-estima

nas crianças causando sérias conseqüências. Que é determinada por alguns fatores

norteadores da baixa auto-estima:

A rejeição:

Fontana (1998, p.277), afirma que a “auto-estima refere-se ao valor que damos a nós mesmos”. De fato, é

algo que contribuirá muito para todo o desenvolvimento psicológico e intelectual das pessoas, pois quando a pessoa não conceitua a se valorizar, se aceitar, ela se sentirá incapaz para tudo na vida, onde sentimentos de baixa auto-estima passarão a ocupar lugares em sua vida que poderá comprometer todo o seu desempenho.

Má comunicação:

A auto-estima é tão crucial para uma pessoa como o eixo é bom para o desempenho do maquinário. Com muita

freqüência a baixa auto-estima é a raiz de uma má comunicação, de brigas entre irmãos, incompatibilidades na adolescência e sentimentos de desânimo.

A visão que uma criança tem de si mesma pode exercer um efeito positivo ou negativo em sua vida e relacionamentos. A dádiva de maior valor que os pais podem legar aos filhos é o amor, a afeição e sentimentos saudáveis de auto-estima (HUMPHREYS, 2001).

Socialização:

Com quem um adolescente irá se relacionar se vê a si mesmo como um perdedor fracassado? Os estudos mostram

que aqueles que se consideram “ganhadores” se associam entre si e o mesmo ocorre com os que se consideram perdedores. Cada decisão e escolha feita por uma pessoa são determinadas pela auto-estima. As pessoas se associam, vivem e tratam umas com as outras de acordo com a visão que possuem de si mesmas. A auto-estima determina também que profissão e cônjuge que a criança escolherá no futuro. Ela influencia cada decisão feita (MOYSES, 1997).

O sentimento de valor que acompanha essa percepção que temos

de nos próprios se constituiu na nossa auto-estima. Ou seja, ela é

a resposta no plano coletivo de um processo originado no plano

cognitivo. É a avaliação daquilo que sabemos a nosso respeito:

gosto de ser assim ou não? (MOYSES, 1.997, p. 18).

Os fatores que norteiam a baixa auto-estima das crianças são inúmeros, mas

podemos delimitar uma grande fonte causadora deste mal; a falta de preparação dos

profissionais da área. Os diversos métodos existentes para aumentar o interesse dos

alunos pelas aulas dependem unicamente da conduta do professor, e diante desta relação

que este poderá optar por práticas educativas que facilitem uma melhor vivência do

aluno na escola.

A teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir para sua transformação, mas para isso tem que sair de si mesma e, em primeiro lugar, tem que ser assimilada pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos, tal transformação. Entre a teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências, de organização dos meios materiais e planos concretos de ação; tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas (VASQUEZ. 1.977, p. 207).

A criança deverá ser influenciada a realizar atividades que venha a

contribuir para a sua auto-estima.

3.1- O papel do professor na prática educativa

As condutas do professor influem sobre as percepções que os alunos têm de sua própria relação com os professores. Não basta o que o professor faz; é necessário que o aluno perceba o interesse do professor. O trato do professor com os alunos concretos (ou com todo cada um em seu momento) tem um impacto muito poderoso sob os alunos. Talvez nós professores, não pensemos no que supões para alguns alunos ver que o professor se fixa neles, que sabe que existem, que não passam despercebidos. A disponibilidade, o interesse etc., tem de ser comunicados aos alunos. E tal comunicação afeta a percepção que eles têm do professor e, conseqüentemente, influi em sua dedicação às tarefas de aprendizado. (MORAES, 1999, p.60).

Quando o professor demonstra interesse pelo aluno, o seu rendimento melhora muito, pois o mesmo tenta satisfazer suas perspectivas. Acaba mostrando maior interesse em fazer as tarefas em suas aulas. Muito deles não tem ninguém que se mostrem interessados em suas vidas, mas quando há alguém que fala tal coisa eles se sentem importantes.

A conduta do professor influi sobre a motivação e a dedicação do aluno ao aprendizado. O aluno se vê influenciado por sua percepção do professor, como o vê e como vê sua relação com ele, e pelo que o professor de fato faz; comunica expectativas, responde adequadamente, proporciona ajuda estratégia, etc. Uma conclusão que aparece em muitas pesquisas sobre o que acontece na sala de aula é esta: com freqüência, os alunos menos motivados, menos comprometidos com seu aprendizado, menos ativos... Recebem de seus professores comentários, ou do tipo de comunicação, que os desmotivam ainda mais. E, ao contrário, os alunos que desde o início se mostram ativos e motivados recebem mais reforços do professor, mais comunicação. (MORAIS, 1999, p.61-62).

Podemos detectar este tipo de comportamento como errado, na verdade é

um comportamento próprio do ser humano. Sendo que o professor precisa policiar-se,

porque os que mais precisam de sua atenção e seus comentários positivos são os que

estão desmotivados. Sempre que possível o professor deverá conhecer o motivo de

tamanha falta de interesses. Quando o aluno sentir seu interesse é bem provável que

mudará de postura, já que ele despertou a atenção do professor e agora sentirá

importante.

Convém ainda chamar a atenção para o fato de que os alunos não se dividem em bons alunos (dá gosto estar com eles) e maus alunos (daríamos qualquer coisa para perdê-los de vista), para nós entendermos e exagerando os extremos. Com freqüência há os alunos comuns que simplesmente são ignorados, que passam despercebidos sem mais nem menos e que poderíamos dar muito mais de si mesmo se captassem que o professor é pessoas importantes e valiosas. (MORAIS, 1999, p.62).

O professor tem que ser atencioso com todos e ter uma sensibilidade muito

aguçada para conseguir enxergar além da imagem que o aluno tem em sala de aula. É

preciso muita atenção para que nenhum problema escape, estando sempre atento as

mudanças de comportamento.

Ser amigo dos alunos, compreensivo e companheiro é ser realmente, sujeito, é

ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo de construção do conhecimento,

agindo como agente entre os objetos do saber e a aprendizagem, serem para o aluno seu

decifrador de códigos e receptor de suas linguagens, significa estabelecer limites e

construir democraticamente uma interação, onde em lugar da opressão e da prepotência,

eleva-se a dignidade de quem educa, a certeza de quem planta amanhãs. (ANTUNES,

2002, p.07).

O professor precisa ser curioso para encontrar os alunos que freqüentemente

passam despercebidos que, talvez, pelo seu comportamento ou mesmo por timidez não

são percebidos. Ele precisa estar preparado para desenvolver algumas atitudes de

socialização nestes alunos e também para um melhor aproveitamento, e quando isto

ocorrer o professor deverá conhecer o verdadeiro potencial do aluno.

Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender

com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma

descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se

aprende e aprendendo se ensina.

Sua filosofia de educação é um clamor universal em favor da esperança para

todos os membros da raça humana oprimida e descriminada. Neste sentido, afirma que

qualquer iniciativa de aprendizagem só toma dimensão humana quando se realiza a

"expulsão do opressor de dentro do oprimido", como libertação da culpa (imposta) pelo

"seu fracasso no mundo". (FREIRE, 1997, p. 104)

Por outro lado, Freire (1997) insiste na "especificidade humana" do ensino,

enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem autoritarismos e

arrogância. Só assim, diz ele, nascerá um clima de respeito mútuo e disciplina saudável

entre "a autoridade docente e as liberdades dos alunos, (...) reinventando o ser humano

na aprendizagem de sua autonomia" (p.105). Conseqüentemente, não se poderá separar

"prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de

respeito aos alunos, ensinar de aprender" (pp.106-107).

A idéia de coerência profissional indica que o ensino exige do docente

comprometimento existencial, do qual nasce autêntica solidariedade entre educador e

educandos, pois ninguém se pode contentar com uma maneira neutra de estar no mundo.

Ensinar, por essência é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição,

uma decisão, por vezes, até uma ruptura com o passado e o presente. Pois, quando fala

de "educação como intervenção", P. Freire refere-se a mudanças reais na sociedade: no

campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, a

terra, a educação, a saúde" (FREIRE, 1997, p.123).

Para Freire, a educação é ideológica, mas dialogante e atentiva, para que se

possa estabelecer a autêntica comunicação da aprendizagem, entre gente, com alma,

sentimentos e emoções, desejos e sonhos. A sua pedagogia é "fundada na ética, no

respeito a dignidade e `a própria autonomia do educando"(p.11). E é "vigilante contra

todas as práticas de desumanização" (p.12). É necessário que "o saber-fazer da auto

reflexão crítica e o saber-ser da sabedoria exercitada ajudem a evitar a "degradação

humana" e o discurso fatalista da globalização", como ele tão bem diz.

Para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão

que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia

do ser de todos os educandos. O princípio enunciado por Paulo Freire, o homem, o

filósofo, o Professor que por excelência verdadeiramente promoveu a inclusão de todos

os alunos e alunas numa escolaridade que dignifica e respeita os educandos (por

respeitar a sua leitura do mundo como ponte de libertação e autonomia de ser pensante e

influente no seu próprio desenvolvimento) mostra que assim, alunos com baixa auto-

estima farão parte do sistema educacional efetivamente.

3.2- Contribuição do estímulo familiar para a auto-estima da criança

Do clima emocional que se estabelece em um lar, depende muito o relacionamento entre pais e filhos. A harmonia do casal e o tratamento igual dispensado a todos os filhos, sem privilegiar um ou outro, são elementos fundamentais para a obtenção de um bom clima emocional. (DROUET, 2003, p.209).

A família é o primeiro contato que a criança tem com o grupo (pai e mãe)

onde ela é aceita como pessoa amada e esperada. A criança cresce neste meio e é

através de seu desenvolvimento, fase a fase, que ela aprende a ser uma pessoa

estruturada ou não emocionalmente.

A questão do tratamento entre filhos, de como devem ser educados,

dependem somente de como os pais irão lidar ou a forma de como encontrar, para saber

tratar cada filho e de como respeitar a individualidade de cada um, mas não

privilegiando um e desprezando outros, devido à capacidade que cada um possui para

realizar tarefas, ou aptidões diferentes (STRROCHI, 2003)

Segundo as formulações de Drouet (2003), existem vários “lares instáveis” e

lares desfeitos por causa de relacionamentos entre casais e destes com seus filhos. A

separação do casal deixa nos filhos um sentimento de rejeição. Diante das formulações

de Cury (2001, p.23), em seu texto sobre o treinamento da emoção para ser feliz, nós

mostra que “ser pai exige um constante treinamento em que os erros corrigem as rotas e

as lagrimas acertam os caminhos. Educar filhos é uma tarefa complexa”. Existem outros fatores em que o sentimento de rejeição está presente como: pais que não gostam dos filhos

por algum motivo, chegando até a odiá-los. São pais que espancam seus filhos, provocando neles revolta e sentimento de injustiça. A rivalidade entre irmãos, enfim “discussões violentas, agressões físicas que perturbam o ambiente familiar”. (DROUET, 2003, p.209).

Todas as situações pai/filho estão carregadas de sentimentos. Só as ações paternas imbuídas de sentimentos positivos por nosso filho convencem-no de sua importância para nós, uma experiência de que ele necessita

desesperadamente para poder acreditar que também pode ser importante par os outros (BETTELHEIM, 1989, p.52).

As questões econômicas também têm provocado rejeição entre pais e filhos

pela falta de emprego, em que os pais se encontram acabam tornando-se muito severos e

autoritários. São fatores que atingem o relacionamento familiar, levando pais e filhos a

uma série de conflitos que geram desajustes no âmbito familiar, provocando assim a

baixa-estima, onde os filhos tornam-se crianças problemáticas.

Em termos educacionais, a importância da família não está restrita apenas a garantia para a criança de um ambiente doméstico seguro. Os pais também precisam demonstrar um interesse real pelas atividades escolares do filho, uma vez que tal interesse está positivamente associado ao progresso escolar da criança. Por meio de seu interesse na educação do filho, os pais mostram à criança a importância que dão a um bom progresso escolar e a ela como pessoa. (FONTANA, 1998, p.40).

Neste aspecto a família pode contribuir para o aumento da baixa-estima nas

crianças em relação ao contexto familiar e se não tratado de forma adequada, isto

poderá ficar em suas vidas até a fase adulta provocando vários desajustes emocionais. A

família é um fator muito importante neste contexto, o acompanhamento é de extrema

necessidade como podemos perceber na afirmativa de Fontana:

O interesse dos pais também costuma fazer com que eles ajudem à criança nos

deveres escolares e freqüentem as atividades promovidas pela escola, tornando-se assim

familiarizado com a escola, com seus padrões e valores. Isso significa que eles

procurarão conhecer os professores do filho e recorrer a eles em busca de conselhos,

enquanto os professores também se beneficiam por ficar sabendo mais sobre o ambiente

familiar da criança e para poder discutir problemas de aprendizado nos casos em que os

pais tiverem condições de ajudar. (FONTANA, 1998, p.40).

A família estar presente em todas as atividades que envolvem seus componentes, quando possível; mas é imprescindível a presença dos pais na escola e no processo de aprendizagem. Quando os pais acompanham o desenvolvimento de seus filhos no processo de ensino aprendizagem, as crianças são mais interessadas em aprender o que o professor ensina pelo estímulo que tem dos mesmos. Outra questão importante é a relação da família-escola, no que diz respeito ao contato que os pais têm com o professor e a recíproca é verdadeira. Este contato proporcionará uma troca de informações que ajudará o professor a conhecer melhor o aluno, assim como sua família poderá ajudá-lo em sua relação com a escola. (FONTANA, 1998)

CAPÍTULO IV

4- A AÇÃO COTIDIANA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL.

A questão da aprendizagem constitui, pois, uma temática psicopedagógico

que viabiliza uma reflexão sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender,

indicando que é necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem e ensino,

uma vez que, em última instância, sem aprendizagem não há ensino.

O professor, desde a educação infantil até a universitária, representa um dos elementos-chave na formação e no desenvolvimento de gerações mais abertas, livres, seguras, competentes e, sobretudo, mais felizes e eficientes em suas vivências e resultados. Isso significa que assim como o ensino interliga-se à aprendizagem, a educação também se inter-relaciona com a aprendizagem. Sendo que esse inter-relacionamento implica no seio de um conjunto de influencias que por refletirem na educação também comprometem ou afetam o aprendizado, tanto dentro da escola como do contexto de vida em geral (VOLI, 1998, p 43).

Na base do ensino escolar existe uma prática de abertura, comunicação intra

e interpessoal, de compreensão e continuidade, com um substrato psicológico

consciente e subconsciente do professor e de seus alunos. A personalidade do professor

projeta-se na criança e intervém em sua formação para a vida.

De forma simplificada a educação compreende toda capacidade e habilidade

que contribui para o desenvolvimento da pessoa, correspondendo, portanto, à

aprendizagem, cuja expressão máxima refere-se à mudança no ou do comportamento do

indivíduo perante certa situação, devido a uma experiência.

Voli, (1998) conseqüentemente e segundo os paradigmas propostos para

educar de forma efetiva para um mundo melhor, precisa-se de educadores que sejam

capazes de se relacionar consigo próprios aceitando incondicionalmente suas próprias

diferenças e tenham uma visão essencialmente positiva da vida e das relações humanas.

O professor, como pessoa realizada e com auto-estima elevada, poderá, assim, projetar

em seus alunos um modelo de adulto que os motive e ajude a conseguir uma formação

pessoal similar. Para isso, contudo, é necessário estar consciente do que se deve mudar

na educação.

Um grupo de psicopedagogos respondeu um interessante questionário que

permitiu uma averiguação sobre a baixa auto-estima dos alunos das séries iniciais na

rede pública e privada o que nos propiciou algumas conclusões. Entende-se por isso a

utilização educativa da vergonha e da culpa para obter das crianças disciplina,

resultados acadêmicos e comportamentos condizentes com as expectativas dos

educadores (pais e professores). Na realidade, podemos considerá-lo a causa principal

da desmotivação e renuncia à própria autenticidade e auto-estima das crianças desde a

infância, com a conseqüente interrupção ou atraso em seu amadurecimento, total ou

parcial, dependendo do caso.

A maior parte das crianças que chegam à escola, provenientes de um meio

familiar problemático, sob o ponto de vista de sua formação pessoal apresentam baixa

auto-estima. Assim, encontramos nas relações aluno/professor situações como:

- Tratamento autoritário ou de submissão em classe;

- Dificuldade de comunicação ou dialogo;

- Defesas do ego;

- Separação e preconceitos de vários tipos;

- Medos;

- Vergonha;

- Culpa;

- Ressentimento etc.

4.1- Uma visão antropológica da sociedade que engloba o ensino aprendizagem

como responsabilidade da escola e da família.

Em meados deste século o aumento significativo da importância dada à

escolarização foi notório. A escola passou a ter importância política e social, enquanto

fato de desenvolvimento, fato que levou ao alargamento e obrigatoriedade da

escolaridade básica gerando-se o aumento de uma educação formal. Este aumento

conduziu à massificação do ensino fazendo surgir problemas para os quais a escola não

estava preparada para responder, o que leva ao "aparecimento" de novos conceitos

como: “universalização, igualdade de oportunidades, educação formal, educação

permanente, eficácia, qualidade, capacidade de adaptação”,... (MOREIRA, 1996, p 54)

Durante anos a escola foi um espaço fechado e isolado do restante da

comunidade, cabendo-lhe o papel de ensinar a ler, escrever e contar, sem ter em conta

outras necessidades tão ou mais importantes para um desenvolvimento do aluno como

um cidadão pensante.

Neste novo contexto torna-se imprescindível, a interação da escola com a

família de modo a gerar-se uma colaboração no sentido de se obter um significativo

processo ensino/aprendizagem.

Moreira (1996), assinala que se geralmente a necessidade de articular a

família com a escola é um fato, este, torna-se indispensável para as crianças com

dificuldades, podemos então entender que alunos que apresentam baixa auto-estima têm

necessidade de uma orientação especial onde escola e famílias estejam integradas.

Dois dos agentes de socialização mais importantes ao longo da vida do

indivíduo e que contextualizam o seu desenvolvimento, são sem dúvida a família e a

escola. Eles são indispensáveis ao indivíduo dos tempos modernos como forma de

enriquecimento das experiências de socialização.

Evidenciada a importância destes dois sistemas (família e escola), que são

estruturalmente diferentes, uma vez que as crianças na família, são usualmente, tratadas

como indivíduos e nas escolas, são tratadas enquanto pertença de um grupo. As relações

da escola com a criança tendem a ser transitórias, impessoais e racionais. As relações da

família com a criança tendem a ser prolongadas, pessoalizadas e emocionais (PIRES,

FERNANDES E FORMOSINHO 1991).

Enquanto ser eminentemente social o homem necessita de interagir em

"grupos" de modo a subsistir. Um dos primeiros grupos em que o homem se insere é a

família. Em todas as sociedades, a família e os laços que por via dela se criam entre

indivíduos e grupos, constituem elementos fundamentais de agrupamento e

diferenciação social (OLIVEIRA, 2002. p.135)

No século XIX, a responsabilidade cada vez maior da maternidade, faz

afirmar a esposa perante o marido, tornando-a o eixo central da família e das

aprendizagens do indivíduo (OLIVEIRA, 2002, p.152).

A família é, um núcleo de importância preponderante na aprendizagem do

indivíduo, especialmente no que toca aos papeis primários e a grande parte do

conhecimento de atividades de rotina.

Para Pires, Fernandes e Formosinho (1991) a família continua a ser

preponderante ao desempenho de uma boa socialização, e indispensável para o

equilíbrio sócio-emocional dos seus membros.

Durante muito tempo a escola foi uma organização destinada somente aos

religiosos e hipoteticamente a alguns privilegiados. Só a partir do século XII a escola,

enquanto instituição, deixa de estar inteiramente dependente da igreja, embora siga um

mesmo sistema de organização. [...] durante um período de cerca de 200 anos a escola passou de um meio excepcional de educação de alguns para a situação de instituição educativa universal por onde todos devem passar. O estado abandonou a sua posição de desinteresse e alheamento em relação à educação escolar para se tornar o seu principal promotor e responsável. A educação fornecida pela escola tornou-se de tal forma predominante que o próprio termo educação se identifica freqüentemente com educação escolar. (PIRES, FERNANDES E FORMOSINHO, 1991, p.78)

A escola afasta-se assim das outras instâncias educativas através de um

processo crescente de institucionalização. Esta transformação, acentuada pela crescente

participação estatal denota-a como um contexto de particularidades únicas no processo

de desenvolvimento/socialização do indivíduo. (PIRES, FERNANDES E

FORMOSINHO, 1991).

Estes autores referem que esta institucionalização é produto de uma

especialização assumida pela escola. Este fato revela, assim, uma outra vertente da

escola, para além da educativa que é a de certificação. Tratando-se de uma competência

quase exclusiva da escola.

Neste século a escola é encarada como um direito pressupondo-se a sua

obrigatoriedade e gratuidade aumentando assim o seu poder na dinâmica social.

No entanto o "contexto escola" é um agrupamento que não se subordina à

livre escolha dos indivíduos. À partida, e com limites bem delineados, todas as "regras

do jogo" estão difinidas. A escola resulta assim num sistema onde se processa uma ação

social específica e que a caracteriza, "a educação não é o resultado de uma ação

individual entre pais e filho ou o professor e o aluno, mas entre duas categorias sociais

distintas[...]" (PIRES, FERNANDES E FORMOSINHO 1991, p. 26)

A escola é o reflexo da sociedade. A sua ação produz-se fatalmente ligada às

próprias modificações que se sucedem nas coletividades humanas. Enquanto

agrupamento social é previsível que se encontrem na escola os problemas dessa mesma

sociedade (OLIVEIRA, 2002).

Atualmente é difícil negar o papel determinante que a comunidade em geral,

e especificamente a família, desempenham na escola. Um papel baseado, não na

dependência, mas numa cooperação que se torna essencial assegurar.

Neste sentido e num contexto de mudança cada vez mais rápido levou a

tentativas de nova concepção da relação família/escola.

Nesta perspectiva podemos dizer que à abertura da escola ao todo social, se

torna pertinente na relação que esta mantém com a família. A existência de relações

positivas da escola com a família implica, quase que por inerência, uma abertura

baseada numa dinâmica de articulação/integração/comunicação.

4.2- O Sistema Público do Ensino Fundamental no Brasil de Hoje

Para Arroyo (1995) diariamente, a mídia brasileira, principalmente através

dos noticiários noturnos das televisões, mostra a decadência física das escolas públicas

em todo o país. Além do sucateamento provocado pela ação do tempo e da ausência de

manutenção por parte das autoridades, essas escolas ainda são pichadas, assaltadas e

depredadas por ações de vândalos, quase sempre reunidos em gangues de delinqüentes

juvenis.

O Estado brasileiro, que deveria não só manter essas escolas públicas,

como, também, resguardar tão importante aparelho social, fazendo-se presente na vida

daquelas comunidades escolares, ao afastar-se dessas funções complementares favorece

a que escolas públicas, como as três investigadas para este trabalho, tornem-se reféns da

comunidade desassistida e desagregada que a circunda, onde muitos alunos se

matriculam apenas para garantir uma refeição diária decente.

Essas crianças se refugiam nas escolas, local onde elas podem além de se

alimentar, de serem crianças, brincando no pátio com relativa segurança, ou seja, a

escola não é apenas um instrumento de repassar conhecimento, e estas desejam que este

local seja mais bonito e, assim, passar mais tempo nele, pois a realidade de suas vidas,

fora da escola, é cinza.

Sem querer passar a falsa idéia de que todo pobre é marginal, ou de que todo

negro ou mulato – os que não são brancos – enquadram-se como bandidos em potencial,

fica claro aqui que vândalos, gangues e delinqüentes juvenis afloram hoje, de forma

considerável, não só nas camadas subalternas da população, como também em suas

camadas média e alta, com agressividade crescente, replicando, nos trópicos, tendência

pós-moderna e global verificada nas sociedades contemporâneas.

Apesar dessa realidade e dos programas e verbas oficiais destinadas ao sistema de ensino fundamental do país, tipo Bolsa-Escola, por exemplo, o fato é que a educação escolar pública dirigida às camadas populares nos últimos 40 anos experimentou avanços significativos, produzidos quase que exclusivamente pela ação de várias gerações de professores e professoras mal remunerados que, mesmo diante de dificuldades profissionais e operacionais, raramente negligenciaram sobre a importância do seu papel social e da função social da escola (ARROYO, 1995 citado por FARIA FILHO, 1996).

Autores como Padovani (1993) admitem que a Arte, onde se localiza o Belo

Estético, ao lado da Religião e da Filosofia, deveria ser considerada entre as mais altas

atividades do espírito humano. O próprio autor admite, também, que não apenas em

obras artísticas perfeitas é que o Belo Estético se manifesta. Além da pintura, da

escultura, da literatura, da música ou da dança, ele pode manifestar-se de forma

espontânea em qualquer tipo de gesto humano, seja ele um sorriso, um timbre vocal

perfeito, ou pode se revelar num quintal bem varrido e cuidado.

A omissão do Estado brasileiro, em relação à educação pública e à miséria

que circunda escolas periféricas em todo país, é fenômeno que se agrava nos últimos

trinta anos. Também pode provocar efeitos idênticos em profissionais da Educação que,

como se sabe, são historicamente mal remunerados.

A ineficiência do Poder Público em garantir educação de qualidade para

todos, atinge, não apenas o sistema público do Ensino Fundamental, como também as

próprias Universidades Públicas.

Apesar da ineficiência estatal em relação à tão graves questões sociais,

bandeiras eleitorais como dignidade, auto-estima, motivação, esperança, trabalho e

salário para as populações subalternas conseguiram eleger os últimos três presidentes da

República (PIMENTA, 1988).

Prometer dignidade e valorização às populações periféricas, uma dignidade

e uma valorização visíveis minimamente, nem que seja num jardim de escola pode

potencializar a revolta, a baixa estima, a desmotivação de alunos que anseiam pela ação

efetiva do Estado. (HUMPHREYS, 2001).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A auto-estima pode ser aprendida, visto que os sentimentos, desejos

e anseios de cada indivíduo está relacionado a sua situação psíquica, assim, a

auto-estima depende da valorização, percepção, aceitação e importância da

vida de cada um com relação a si e aos outros, reconhecer estes valores

significa ser consciente, não apenas da própria forma de agir em determinados

momentos, mas também da potencialidade e possibilidades que farão presente

no dia a dia.

Percebe-se ao final deste estudo que o aluno que tem motivação

para estudar e não se sente obrigado a isso tem resultados melhores, os que

apresentam quadro de baixa auto-estima permanecem parcialmente

bloqueados para a aprendizagem, são inseguros e geralmente sentem medo

do novo, porém esses sentimentos e valores são reversíveis, caso seja

realizado diferentes dinâmicas de relação na escola e em outros contextos

educacionais. O resultado deste tipo de trabalho é que aprendamos a nos

respeitar pelo que somos e aos outros pelo que são, respeitar e aceitar as

diferenças pessoais, a idéias de cada indivíduo é a chave para o encontro da

auto-estima e do equilíbrio emocional.

Podemos de forma mais abrangente apontar situações que, quando

presentes na vida de uma pessoa, acarretam danos importantes para a vida e

conseqüentemente para a aprendizagem, tais como: críticas, rejeições,

humilhações, abandono, desvalorizações e perdas. Importante frisar que a

construção dessa percepção negativa de si mesmo é resultado de interações

sociais.

Neste estudo buscou-se o autoconhecimento, - professores seguros

transmitem segurança -, pois ele permite entender e identificar o que acontece

consigo e com os que estão a sua volta. Ou seja, quais fatos ocorreram que

geram sentimentos de impotência, tristeza, ansiedade.

Procurou-se ainda encontrar maneiras alternativas de agir em

determinadas situações, onde alunos são apresentados com baixa auto-estima

e não têm rendimento escolar satisfatório.

Entende-se no término deste que valorizar a individualidade

empenhando em atividades que tragam felicidade, cuidado e amando cada um

é o caminho para fazer com que o aluno se senta especial.

Observa-se que é imprescindível a presença dos pais na escola e no

processo de aprendizagem. Quando os pais acompanham o desenvolvimento

de seus filhos eles são mais interessados em aprender. Outra questão

importante é a relação da família-escola, isto proporciona uma troca de

informações que ajudará o professor a conhecer melhor o aluno, assim como

sua família poderá ajudá-lo em sua relação com a escola.

Na pesquisa de campo realizada notou-se que os professores

questionados estão bem preparados para detectar os sintomas da baixo auto-

estima entre os alunos, contudo, as escolas da rede oficial de ensino ainda não

estão bem preparadas pedagogicamente para solucionar esta questão, conta-

se apenas com o bom senso e boa vontade dos educadores para alcançar o

objetivo maior que é o ensino aprendizagem.

Os problemas que se encontram entranhados nos anais da

educação são múltiplos e a solução inexiste, contudo, o profissional que lida

com alunos desmotivados, baixa auto-estima ou ainda revoltados com o

sistema, precisam se superar demonstrando um forte apego a educação e

amor pelo aluno, para que possa desenvolver um trabalho digno e com

resultados satisfatórios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Uma visão antropológica da sociedade que engloba o ensino

aprendizagem como responsabilidade da escola e da família.

Em meados deste século o aumento significativo da importância dada à

escolarização foi notório. A escola passou a ter importância política e social,

enquanto fato de desenvolvimento, fato que levou ao alargamento e

obrigatoriedade da escolaridade básica gerando-se o aumento de uma

educação formal. Este aumento conduziu à massificação do ensino fazendo

surgir problemas para os quais a escola não estava preparada para responder,

o que leva ao "aparecimento" de novos conceitos como: ‘universalização,

igualdade de oportunidades, educação formal, educação permanente, eficácia,

qualidade, capacidade de adaptação’,... (CUNHA, 1989, p. 54).

Durante anos a escola foi um espaço fechado e isolado do restante da

comunidade, cabendo-lhe o papel de ensinar a ler, escrever e contar, sem ter

em conta outras necessidades tão ou mais importantes para um

desenvolvimento do aluno como um cidadão pensante.

Neste novo contexto torna-se imprescindível, a interação da escola com

a família de modo a gerar-se uma colaboração no sentido de se obter um

significativo processo ensino/aprendizagem.

D'OREY, (1993, p. 21) assinala que se geralmente a necessidade de

articular a família com a escola é um fato, este, torna-se indispensável para "as

crianças com dificuldades", podemos então entender que alunos que

apresentam baixa auto-estima têm necessidade de uma orientação especial

onde escola e família estejam integradas.

Dois dos agentes de socialização mais importantes ao longo da vida do

indivíduo e que contextualizam o seu desenvolvimento, são sem dúvida a

família e a escola. Eles são indispensáveis ao indivíduo dos tempos modernos

como forma de enriquecimento das experiências de socialização.

Evidenciada a importância destes dois sistemas (família e escola), que

são estruturalmente diferentes, uma vez que as crianças na família, são

usualmente, tratadas como indivíduos e nas escolas, são tratadas enquanto

pertença de um grupo. As relações da escola com a criança tendem a ser

transitórias, impessoais e racionais. As relações da família com a criança

tendem a ser prolongadas, pessoalizadas e emocionais (DAVIS, 1989).

Enquanto ser eminentemente social o homem necessita de interagir em

"grupos" de modo a subsistir. Um dos primeiros grupos em que o homem se

insere é a família. Em todas as sociedades, a família e os laços que por via

dela se criam entre indivíduos e grupos, constituem elementos fundamentais de

agrupamento e diferenciação social (OLIVEIRA, 2002. p.135)

No século XIX, a responsabilidade cada vez maior da maternidade, faz

afirmar a esposa perante o marido, tornando-a o eixo central da família e das

aprendizagens do indivíduo (Oliveira, 2002, p.152).

A família é, um núcleo de importância preponderante na aprendizagem

do indivíduo, especialmente no que toca aos papeis primários e a grande parte

do conhecimento de atividades de rotina.

Para BARATA (1990) a família continua a ser preponderante ao

desempenho de uma boa socialização, e indispensável para o equilíbrio sócio-

emocional dos seus membros.

Durante muito tempo a escola foi uma organização destinada somente

aos religiosos e hipoteticamente a alguns privilegiados. Só a partir do século XII

a escola, enquanto instituição, deixa de estar inteiramente dependente da

igreja, embora siga um mesmo sistema de organização.

[...]durante um período de cerca de 200 anos a escola passou de um meio excepcional de educação de alguns para a situação de instituição educativa universal por onde todos devem passar. O estado abandonou a sua posição de desinteresse e alheamento em relação à educação escolar para se tornar o seu principal promotor e responsável. A educação fornecida pela escola tornou-se de tal forma predominante que o próprio termo educação se identifica freqüentemente com educação escolar. (PIRES E FERNANDES, 1991, p.78)

A escola afasta-se assim das outras instâncias educativas através de um

processo crescente de institucionalização. Esta transformação, acentuada pela

crescente participação estatal denota-a como um contexto de particularidades

únicas no processo de desenvolvimento/socialização do indivíduo. (PIRES;

FERNANDES, 1991)

Estes autores bem como LIMA e HAGLUND (1982) referem que esta

institucionalização é produto de uma especialização assumida pela escola.

Este facto revela, assim, uma outra vertente da escola, para além da educativa

que é a de certificação. Tratando-se de uma competência quase exclusiva da

escola.

LIMA e HAGLUND (1982) classificam o contexto escola tendo em conta

duas vertentes: a escola enquanto instituição do estado e, a escola enquanto

unidade de ensino.

Neste século a escola é encarada como um direito pressupondo-se a

sua obrigatoriedade e gratuidade aumentando assim o seu poder na dinâmica

social.

No entanto o "contexto escola" é um agrupamento que não se subordina

à livre escolha dos indivíduos. À partida, e com limites bem delineados, todas

as "regras do jogo" estão difinidas. A escola resulta assim num sistema onde

se processa uma ação social específica e que a caracteriza, "ou seja, a

educação não é o resultado de uma acção individual entre pais e filho -

educação familiar - ou o professor e o aluno - educação escolar mas entre duas

categorias sociais distintas[...]" ( PIRES, FERNANDES e LIMA, p. 26)

A escola é o reflexo da sociedade. A sua ação produz-se fatalmente

ligada às próprias modificações que se sucedem nas cole tividades humanas.

Enquanto agrupamento social é previsível que se encontrem na escola os

problemas dessa mesma sociedade (LIMA e HAGLUND, 1982).

Atualmente é difícil negar o papel determinante que a comunidade em

geral, e especificamente a família, desempenham na escola. Um papel

baseado, não na dependência, mas numa cooperação que se torna essencial

assegurar.

Neste sentido e num contexto de mudança cada vez mais rápido levou a

que implicitamente há já alguns anos se venha a assistir a tentativas de

reconceptualização da relação família/escola.

Nesta perspectiva podemos dizer que à abertura da escola ao todo

social, se torna pertinente na relação que esta mantém com a família. A

existência de relações positivas da escola com a família implica, quase que por

inerência, uma abertura baseada numa dinâmica de

articulação/integração/comunicação.