DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Aline dos Santos Silva Gomes Alonso Orientador...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA PSICOMOTRICIDADE NA VIDA DA TERCEIRA IDADE Aline dos Santos Silva Gomes Alonso Orientador Professora Me Fátima Alves Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Aline dos Santos Silva Gomes Alonso Orientador...

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PSICOMOTRICIDADE NA VIDA DA TERCEIRA IDADE

Aline dos Santos Silva Gomes Alonso

Orientador

Professora Me Fátima Alves

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PSICOMOTRICIDADE NA VIDA DA TERCEIRA IDADE

Apresentação de monografia à AVM

Faculdade Integrada como requisito parcial

para obtenção do grau de especialista em

PSICOMOTRICIDADE. Por: (Aline Alonso)

Rio de Janeiro

2015

AGRADECIMENTO

...Aos Familiares, amigos, minhas alunas.

Que contribuíram direto ou indiretamente, meu coordenado,

Sergio Cordeiro para a conclusão deste trabalho acadêmico...

DEDICATÓRIA

...Primeiramente á Deus depois minha mãe, minha filhota que sempre ao Meu lado Obrigada!...

RESUMO

Trata a pesquisa sobre o tema Psicomotricidade e terceira idade, objetivando compreender melhor a importância e as possibilidades de trabalho psicomotor na Terceira Idade. Tem como objetivos específicos verificar as possíveis formas de trabalho psicomotor com idosos; conhecer o tema da psicomotricididade do ponto de vista psicológico; conhecer trabalhos na área social, psicológica e física voltados para o tema proposto; desenvolver estudo no sentido de apresentar trabalhos de psicomotricidade que têm sido realizados com sucesso no Estado do Rio de Janeiro.

Palavras-chave: psicomotricidade. Terceira Idade. Qualidade de Vida. Autonomia do Idoso

METODOLOGIA

O método de pesquisa escolhido é descritivo, visando esclarecer o conceito de abuso e de violência, cometido contra o idoso no interior da família, com a intenção de também aprimorar a abordagem do Serviço Social a partir da confrontação entre diferentes idéias acerca do tema.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................8

CAPÍTULO I - A Psicomotricidade...................................................10

CAPÍTULO II - Terceira Idade..........................................................17

CAPÍTULO III - Atividade Fisíca na Terceira Idade..........................21

CONCLUSÃO ..................................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................29

WEBGRAFIA ...................................................................................33

ÍNDICE.............................................................................................35

INTRODUÇÃO

Trata a pesquisa sobre o tema Psicomotricidade e terceira idade, objetivando compreender melhor a importância e as possibilidades de trabalho psicomotor na Terceira Idade.

A Gerontologia explica a velhice pelas mudanças ou surgimento de novos comportamentos, os quais seriam identificados através da atividade física.

Assim, dentre os objetivos específicos pretende-se verificar as possíveis formas de trabalho psicomotor com idosos; conhecer o tema da psicomotricididade do ponto de vista psicológico; conhecer trabalhos na área social, psicológica e física voltados para o tema proposto; desenvolver estudo no sentido de apresentar trabalhos de psicomotricidade que têm sido realizados com sucesso no Estado do Rio de Janeiro.

O adulto médio possui capacidades cognitivas para aprender, por isso, avaliar com precisão o nível de cognição torna-se menos importante. É importante avaliar o conhecimento atual sobre a área de conteúdo. Avaliar as habilidades físicas, concentrando-se na experiência do passado com as habilidades e os sentimentos do adulto sobre as competências de manipulação. Isso ajuda a determinar a quantidade e o tipo de prática que será necessário para dominar as habilidades psicomotoras.

Dessa maneira, a psicomotricidade na terceira idade significa a possibilidade de vida com qualidade para os indivíduos, e promove, além da saúde física e mental, o contato social entre pessoas cuja vida se encontra reduzida socialmente, gerando bem estar e ampliando a autonomia de vida pessoal.

Para alcançar os objetivos propostos, a pesquisa está estruturada em quatro capítulos: o primeiro trata sobre os aspectos amplos da psicomotricidade, conceito, importância na qualidade de vida e aspectos concernentes ao tema da pesquisa.

O segundo capítulo apresenta a terceira idade, as questões que estão relacionadas com essa fase da vida, qualidade de vida e saúde.

O terceiro capítulo apresenta a atividade física na terceira idade e sua contribuição para a longevidade.

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Finalmente, o quarto capítulo traz o diálogo sobre a psicomotricidade na vida das pessoas idosas.

O problema de pesquisa consiste na pergunta: “Qual a importância do trabalho psicomotor para adultos que já atingiram a terceira idade?”.

O método de pesquisa escolhido é descritivo, visando esclarecer o conceito de abuso e de violência, cometido contra o idoso no interior da família, com a intenção de também aprimorar a abordagem do Serviço Social a partir da confrontação entre diferentes idéias acerca do tema.

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CAPÍTULO I

A PSICOMOTRICIDADE

O capítulo busca discorrer sobre o tema da psicomotricididade do ponto de vista psicológico.

Psicomotricidade é a relação entre as funções cognitivas e movimento físico, sendo que a aprendizagem psicomotora é demonstrada por habilidades físicas tais como o movimento, a coordenação, a manipulação, a destreza, força, velocidade. São ações que demonstram as habilidades motoras finas, como a utilização de instrumentos de precisão ou ferramentas, ou ações que evidenciam habilidades motoras, tais como o uso do corpo na dança, performance musical ou atlético (FONSECA, 2010).

Le Boulch citado Paim e Kruel (2012, p. 1) explicitam a psicomotricidade compreendendo “a imagem corporal como a conjunção da etapa do corpo vivido, que corresponde ao corpo identificado [...]como seu próprio Eu, ou seja, a apropriação da imagem do corpo como sua, com a etapa do corpo percebido”.

A imagem corporal é uma idéia mental, sobre o corpo físico e como cada um se percebe. A imagem corporal é algo que muda constantemente, uma vez que se baseia mais no sentimento do que em um fato.

Ao mesmo tempo que cada um possui e habita muitos corpos diferentes, há um corpo social, o que apresenta para o mundo, permite que os outros reconheçam e identifiquem. Outra dimensão corporal é o corpo experiente, que dá um sentido de identidade. Além disso há uma imagem do corpo mental, que é uma representação interna do corpo. Estas são questões complexas e centrais no trabalho da terapeuta psicomotor. Outra questão central é que não importa o quanto se tenta compreender o corpo, ele será sempre um mistério. O corpo é ao mesmo tempo fascinante e difícil de entender. Os terapeutas que atuam com psicomotricidade sempre precisam ter em mente que o corpo é a base do indivíduo. O corpo é, simultaneamente, um objeto e um assunto para o indivíduo, bem como um fenômeno social interligado com nossa esfera social. A percepção humana do mundo é baseada na experiência corporal e toda a experiência humana tem lugar em um corpo vivo. O corpo é a base da percepção do mundo que rodeia cada indivíduo e possibilita refletir, bem como sobre as relações e ações tomadas. A consciência do corpo totalmente integrado é essencial para o desenvolvimento pessoal e importante, a fim de

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desenvolver uma aceitação do self. (AKASHA, 2014) Assim a psicomotricidade auxilia a coordenar o esquema corporal de cada um.

A psicomotricidade é a “organização do esquema corporal resultante das sensações corpóreas, da noção espacial do corpo e do domínio dos movimentos. [...] surge, então, da união da imagem visual do corpo com as sensações táteis e cinestésicas correspondentes” (LE BOULCH apud Paim e Kruel, 2012, p. 1).

“Psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato motor harmônico. É a sintonia fina que coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as manifesta em conhecimento e aprendizado (LUSSAC, 2008, p. 1)”.

Imagem corporal saudável significa que o ser está confortável com o corpo que tem. Isso não significa que pensa que seu corpo é perfeito, mas sim que aceita e se compromete a amar e cuidar do corpo. Imagem corporal saudável significa ter um relacionamento positivo com o corpo.

Para Maciel e Guerra (2007, p. 1)

Considerando este novo paradigma social e seus reflexos na dimensão da saúde, surge no campo da epidemiologia o conceito de capacidade funcional, para definir instrumentalizar e operacionalizar a saúde no idoso. Esta nova visão, com ênfase na avaliação da funcionalidade, significa a valorização de uma vida autônoma, mesmo sendo o idoso portador de uma ou mais enfermidades. Trata-se, portanto, de um enfoque que transcende o simples diagnóstico e tratamento de doenças específicas, englobando fatores sociais, físicos e cognitivos que afetam a saúde dos idosos. Da mesma forma, essa nova maneira de conduzir a avaliação geriátrica pode contribuir para o aumento da precisão diagnóstica, diminuição dos internamentos hospitalares, uso de medicamentos e, por fim, para a redução dos gastos sanitários, constituindo-se assim, no mais importante instrumento de planejamento das ações de saúde para esta população

Costa et al (2012) explicitam que o envelhecimento é um processo de regressão biopsicossocial e pode ser observado em todos os seres vivos, expressas por perder a sua capacidade ao longo da vida por causa da influência de diferentes variáveis, como a genética, os danos acumulados e

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estilo de vida, bem como as alterações psicoemocionais. Envelhecimento sem incapacidade tornou-se imprescindível para a manutenção de uma boa qualidade de vida. Assim, a alocação de profissionais de saúde como agentes de mudança no contexto da atenção integral a pessoas de idade tornou-se um facilitador no processo de educação em saúde. Dentro dessa perspectiva, a fisioterapia e outras áreas devem apoiar ações de saúde para idosos, tentando preservá-los com a capacidade funcional máxima e independência física e mental na comunidade. Portanto, as alternativas que atendam a diferentes condições de idosos biológicos, psicológicos e sociais deve ser oferecido, no prazo de modelos de atenção que são baseados em atenção primária à saúde, enfatizando a promoção de saúde e prevenção de doenças e incapacidades que afetam estas pessoas. A fim de favorecer as ações desses fatores e visando um envelhecimento ativo, o aspecto psicomotor desempenha um papel importante na promoção da saúde do idoso por diferentes dimensões, como preventiva, educativa, reeducacional, proporcionando benefícios biopsicossocial e, consequentemente, a qualidade de vida. Diante do exposto e da inter-relação entre a educação e saúde, tendo como elo a psicomotora, a escolha de avaliar a qualidade de vida de idosos ativa subjetiva (participantes de um programa de atividade psicomotora) e inativos, e estabelecendo, assim, a devida comparação. A pesquisa de Costa et al (2012) teve como objetivo investigar se o nível de qualidade de vida dos idosos é influenciado pelo ensino de exercícios psicomotores como estratégia de educação em saúde. Tendo sido um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento quase experimental apenas com o pós-teste. Os resultados mostraram que os domínios apresentam na qualidade de construção de vida (físico, as relações psicológicas, sociais e ambientais) e a qualidade de vida total, apresentando diferenças estatísticas significativas entre idosos ativos e inativos (p≤0,05); bem como o teste de Berg, que foi favorável para idosos ativos cerca de equilíbrio funcional, com a diferença de 7,5 da pontuação média, e assim, o que representa menor risco de quedas. Assim, conclui-se que a prática de exercícios psicomotores é um indicativo de uma melhor qualidade de vida.

A pesquisa de Lussac aborda a “história e o desenvolvimento da psicomotricidade, sua definição, conceitos e seu desenvolvimento, e ainda outros aspectos, como: a definição de psicomotricista e suas respectivas áreas de trabalho e intervenção”, além de nicho, clientela e mercado de trabalho (LUSSAC, 2008, p. 1), apresentando a gênese ou história da psicomotricidade:

Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex

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cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos distúrbios da atividade gestual, da atividade práxica. Portanto, o "esquema anátomo-clínico" que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, o termo Psicomotricidade, no ano de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico (SBP, 2003). (LUSSAC, 2008, p. 1)

Foi o objetivo do estudo de Capellini et al investigar efeitos da atividade motora sobre as condições psicossociais e funcionais (através de um questionário multidimensional assistido) de 53 pessoas (39 do sexo feminino, 14 do sexo masculino) idosos em Florença, Itália. Além disso, a ADL (teste de Atividades da Vida Diária) e teste de Pfeiffer (questionário estado mental portátil short) foram aplicados para testar a autonomia da vida cotidiana e na presença de perturbação intelectual de origem orgânica. A atividade motora apareceu para influenciar as condições significativamente psicossociais e funcionais, ou seja, a atividade motora foi significativamente correlacionada com a sensação subjetiva de autonomia e independência, e com a variável de ter passatempos, bem como com uma boa postura e andar (caminhadas). Com ADL e testes Pfeiffer resultou ausência das respectivas patologias (CAP

A Psicomotricidade no Brasil foi norteada pela escola francesa. Durante as primeiras décadas do século XX, época da primeira guerra mundial, quando as mulheres adentraram firmemente no trabalho formal enquanto suas crianças ficavam nas creches, a escola francesa também influenciou mundialmente a psiquiatria infantil, a psicologia e a pedagogia. Em 1909, a figura de Dupré, ELLINI et al, 2008). Situando a história da psicomotricidade no Brasil: neuropsiquiatra, é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que é ele quem afirma a independência da debilidade motora, antecedente do sintoma psicomotor, de um possível correlato neurológico. Neste período o tônus axial começava a ser estudado por André Thomas e Saint-Anné Dargassie. Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como

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instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo, e discursar sobre o tônus e o relaxamento. Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico. Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico. Ajuriaguerra aproveitou os subsídios de Wallon em relação ao tônus ao estudar o diálogo tônico. A relaxação psicotônica foi abordada por Giselle Soubiran (SBP, 2003) e (ISPE-GAE, 2007). (LUSSAC, 2008, p. 1)

De acordo com Reisberg et al (1982) existem estágios em que se podem classificas as fases do idoso, começando pela fase sem demência, quando uma pessoa funciona normalmente, não tem perda de memória, e é mentalmente saudável. Passando por uma fase de declínio cognitivo muito leve, estágio esse usado para descrever o esquecimento normal associado ao envelhecimento; por exemplo, o esquecimento de nomes e, familiaridade com objetos deixados. Os sintomas não são evidentes para os entes queridos ou o médico. Seguida pela fase de declínio cognitivo leve que inclui aumento esquecimento, ligeira dificuldade de concentração, diminuição do desempenho no trabalho. As pessoas podem se perder com mais frequência ou têm dificuldade em encontrar as palavras certas. Nesta fase, os entes queridos de uma pessoa vão começar a notar um declínio cognitivo. Duração média: 7 anos antes do início da demência (REISBERG et al, 1982).

Declínio cognitivo moderado: esta fase inclui dificuldade de concentração, diminuição da memória dos acontecimentos recentes, e as dificuldades da gestão das finanças ou viajando sozinho para novos locais. As pessoas têm problemas para completar tarefas complexas de forma eficiente ou com precisão e podem estar em negação sobre seus sintomas. Eles também podem começar a retirar da família ou amigos, porque a socialização torna-se difícil. Nesta fase, um médico pode detectar problemas cognitivos claras durante uma entrevista ao paciente e do exame. Duração média: 2 anos. Declínio cognitivo moderadamente grave: Pessoas nesta fase têm grandes deficiências de memória e de precisar de alguma ajuda para completar suas atividades diárias (vestir, tomar banho, preparar refeições). A perda de memória é mais proeminente e pode incluir os principais aspectos relevantes da vida atual; por exemplo, as pessoas podem não lembrar seu endereço ou

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número de telefone e pode não saber a hora ou dia ou onde eles estão. Duração média: 1,5 anos. Declínio cognitivo grave: As pessoas na Fase 6 necessitam de assistência extensiva para realizar atividades diárias. Eles começam a esquecer os nomes de familiares próximos e têm pouca memória dos acontecimentos recentes. Muitas pessoas podem se lembrar apenas alguns detalhes da vida anterior. Eles também têm dificuldade em contagem regressiva de 10 e terminar tarefas. Incontinência (perda do controle da bexiga ou do intestino) é um problema nesta fase. Capacidade de falar declínios. Mudanças de personalidade, tais como delírios (acreditando que algo seja verdade que não é), compulsões (repetindo um comportamento simples, como a limpeza), ou a ansiedade e agitação pode ocorrer. Duração média: 2,5 anos. Muito grave declínio cognitivo: Pessoas nesta fase têm essencialmente nenhuma capacidade de falar ou comunicar. Eles necessitam de assistência com a maioria das atividades (por exemplo, usar o banheiro, comer). Eles muitas vezes perdem habilidades psicomotoras, por exemplo, a capacidade de andar. Duração média: 2,5 anos (REISBERG et al, 1982).

No geral, os psicomotricistas não costumam gostar do termo motricidade, pois enxergam a motricidade indissociável da psique humana. O termo motricidade é mais utilizado pela área da educação física no âmbito da perspectiva do treinamento esportivo, ligado à coordenação motora como qualidade física, sendo interpretado de forma diferente da perspectiva da Psicomotricidade. Também há uma área do conhecimento que trata a motricidade como um dos seus objetos teóricos e práticos de estudo: é a da Ciência da Motricidade Humana - CMH, ou Cineantropologia, articulada com um corpo epistemológico próprio e que enfoca amotricidade sob um paradigma diferente do da Psicomotricidade. Mas visto que, quando se aborda a motricidade humana, a psique humana não é deixada de fora, certos embates semânticos não merecem tantas linhas de discussão. È necessário observar os objetos de estudos sob a perspectiva de cada área do conhecimento para uma compreensão isenta de poluição epistemológica ou preconceito científico. (LUSSAC, 2008, p. 1)

Hopman-Rock et al (1999) testaram os efeitos do programa de ativação psicomotora (PAP) no comportamento e cognição de idosos com demência. Com teste randomizado controlado com um grupo experimental e um grupo de controle. Pós-teste após 6 meses.O Projeto de atenção Grupo de idosos com demência que vivem em 11 casas diferentes para os idosos na Holanda. Cento

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e trinta e quatro indivíduos entraram no estudo (72 no grupo experimental e 62 no grupo controle), 42 dos quais desistiram (27 no grupo experimental e 15 no grupo controle). Assim, comportamento individual e comportamento do grupo foram registrados com duas escalas holandeses (BIP e SIPO respectivamente) desenvolvidos e validados para uso em populações psico. Cognição foi medida com a curta e as longas versões do teste de triagem cognitiva (CST-14 e CST-20). Deficiência foi medida com o Índice de Barthel. Uso de medicamentos, quedas, outros acidentes e eventos de vida foram registrados. O PAP tinha um efeito benéfico sobre a cognição (CST-14, F = 2,63, p <ou = 0,05, o efeito de tamanho 0,4) (CST-20, F = 3,77, p <ou = 0,05, o efeito de tamanho de 0,5) e aumentou grupo positiva comportamento em participantes com problemas cognitivos relativamente suaves (SIPO, F = 4,46 p <ou = 0,05). O PAP estabiliza o desempenho cognitivo e tem alguns efeitos benéficos sobre o comportamento. Resultados positivos foram apoiados por uma avaliação do processo realizado simultaneamente.

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CAPÍTULO II

TERCEIRA IDADE

Hoje se tem uma quantidade ainda pequena de trabalhos que tratam do assunto, embora pesquisadores da área de Educação Física, Serviço Social e Psicologia tenham publicado trabalhos que tratam das intervenções e resultados de trabalhos com psicomotricidade na terceira idade. Nesta pesquisa se pretende abranger a contribuição dessas áreas ao tema, como forma de entender quais resultados se deve ou se pode esperar de um trabalho com psicomotricidade. Nessa perspectiva a vida social e a vida física e mental ganharam também realce e se constatou a necessidade de organizar trabalhos voltados para a psicomotricidade na terceira idade. Como delimitação necessária os aspectos do problema da terceira idade em relação a família ou trabalho não serão considerados, tendo em conta que são temas paralelos e que necessitam de um exame especialista. O lugar social do idoso foi sendo paulatinamente entendido pelos profissionais que tratam com a questão social e legal. Isso ocorreu em função das modificações ocorridas no tempo de vida dos individuos, que tem aumentado nas últimas décadas, e também no desenvolvimento de um certo olhar sobre a velhice como época de maior vulnerabilidade e exposição dos individuos e de suas relações.

De acordo com Bookman e Kimbrel (2011) uma pequena parcela de idosos vive em instalações de reabilitação, geralmente em uma base de curto prazo. Entre 5 e 6 por cento dos idosos vive em uma instalação como asilos (longa duração), lar de idosos, com cuidadores que fazem visitas regulares ou intermitentes para visitar e monitorar o cuidado a ser prestado. A maioria dos idosos vivem em suas próprias casas, onde necessitam eventuais supervisões para segurança deles, além da disponibilidade de serviços à comunidade, tais como transporte, serviços sociais e outras oportunidades.

Atualmente, amor, carinho, proximidade e relacionamento são propostos como pilares do evento familiar. Lipovetsky critica os discursos em que a educação legítima inclui uma disciplina rigorosa, onde escutar os filhos incentiva as crianças em sua tirania e ingratidão futura e onde temos de mostrar autoridade, se quiser construir caráter temperado, com capacidade de responder aos desafios da vida, a educação centrou-se sobre o reconhecimento de cada pessoa na família, no ser humano e estético, que envolve novas práticas, enfocando o amor, respeito e relacionamento. (BUILES CORREA e BEDOYA HERNANDEZ, 2008)

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Na cultura oriental o idoso é o detentor da sabedoria e digno de profundo respeito. Assim, conselhos são instados a partir de quem não tem apenas uma soma de anos, mas também os valores, experiências e sabedoria para orientar os mais jovens nos desafios e caminhos oferecidos pela vida.

Além da perda de força, a capacidade do músculo de exercer força rapidamente (potência) parece diminuir com a idade. Essa habilidade é vital e pode servir como um mecanismo protetor nas quedas, uma das causa mais importantes de lesões. Tal potência não tem sido muito estudada em idosos, apesar desta valência ser considerada mais importante que a própria força devido à importância desta para o cumprimento das capacidades funcionais do indivíduo que exigem um desenvolvimento rápido de força. Num estudo de Bassey et al. apud Fleck e Kraemer (1999) a potência de extensores de perna foi significativamente correlacionada com a velocidade de se levantar da cadeira, velocidade e potência de subir escadas e velocidade de caminhadas. As correlações entre potência e capacidade funcional foram maiores nas mulheres do que nos homens. Para ambos os sexos, entretanto, os dados indicaram que a potência é importante para o desempenho das atividades diárias, e que se a potência diminui, também diminui a capacidade de realizações dessas atividades. Hakkinen e Hakkinen apud Fleck e Kraemer (1999) sugeriram que a capacidade de produzir força no início de uma curva força-tempo pode ser comprometida pelo envelhecimento. O tempo necessário para produzir força isométrica máxima foi significativamente mais longo nas mulheres de 70 anos do que nas de 30 e 50 anos.

(TARTARUGA et al, 2005, p. 1)

Atualmente, “os idosos devem resolver a maior parte dos seus problemas sozinhos, devem frequentar grupos de terceira idade e ler livros de autoajuda, porque a depressão é ameaça constante, face às doenças que os ameaçam durante o envelhecimento”. (WHITAKER, 2010, p. 1)

De acordo com Araujo (2006) envelhecimento mundial das pessoas está aumentando, inclusive no Brasil, sendo importante a adoção de medidas para lidar com esta situação. No Brasil, a maioria dos idosos é mulher, vive em casas com outras gerações, sendo referência econômica nessas casas, estando no nível econômico mais baixo, esses idosos têm pelo menos uma doença crônica, sendo independente para fazer atividades de vida diária, a

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maioria procura os serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Os idosos brasileiros expostos a situações de vulnerabilidade social estão sujeitos à interferência direta dos determinantes sociais no processo saúde-doença. O Apoio Social inclui políticas e redes sociais, que desempenha um papel como agente de integração do idoso na sociedade, cabe assim, diminuir os riscos de exclusão social e, consequentemente, os danos à saúde por meio de medidas de Promoção de Saúde.

Loureiro et al (2013) apresentam a perspectiva de que mudanças demográficas, como resultado do processo de envelhecimento que ocorre na sociedade contemporânea são seguidas por mudanças na morbidade e mortalidade da população, o que é evidente na prevalência de doenças crônicas. Aquelas afetam principalmente a população idosa e pode eventualmente levar a comprometimento da capacidade funcional desses indivíduos, que estão em necessidade de cuidados permanentes.Dessa forma, a promoção da qualidade de vida para essas pessoas é fundamental para garantir felicidade e longevidade:

Contudo, importa salientar que mesmo as actividades voluntárias produzem bens, mesmo que de modo indirecto: ao cuidar dos netos, o idoso permite aos seus filhos o aumento do tempo dedicado à sua carreira, possibilitando então a optimização do seu desempenho. Encontramos então duas dimensões paralelas inerentes ao conceito de EP: uma objectiva, que enfatiza os contributos realizados pelo idoso para com os seus familiares, grupo social ou comunidade, e uma visão subjectiva, que privilegia a componente afectiva do processo, no sentido das suas consequências positivas em termo de bem-estar e qualidade de vida do idoso (GONÇALVE et al, 2006, p. 139).

Na pesquisa de Petriz et al (2004) foi observado que no trabalho com os idosos, tanto em atividades de extensão e durante diferentes momentos da pesquisa, foram os pesquisadores testemunhas de um processo de transformação verdadeiro em relação a expectativas, pedidos e produções, bem como as representações sociais acerca do envelhecimento, velhice e suas possibilidades antes de uma velhice lúcida, ativa e prolongada. Nesse processo de mudança, a orientação profissional não parece estranha, uma vez que a metamorfose sofrida por indivíduos idosos apresenta o desafio de aceitar a própria velhice e fazer algo sobre isso.

A conservação de autonomia nos idosos está ligada à qualidade de vida. Dessa forma, uma maneira de se “quantificar a qualidade de vida de um

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indivíduo é através do grau de autonomia com que o mesmo desempenha as funções do dia-a-dia que o fazem independente dentro de seu contexto socioeconômico-cultural”.(KALACHE et al,1987, p. 1)

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CAPÍTULO III

ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

Especialmente após a década de 1950, uma mudança na pirâmide etária do mundo ocorreu. O processo de envelhecimento que antes era restrito aos países desenvolvidos está ocorrendo nos países em desenvolvimento e mais rapidamente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto a França demorou 115 anos para que sua população idosa dobrasse, na China isso vai ocorrer em apenas 27 anos. No Brasil, as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2004) indicam que 8,9% da população é formada por pessoas com 60 anos ou mais. Esta mudança na pirâmide etária tem feito os estudos sobre o envelhecimento e velhice um foco de atenção e levado a ações de agentes sociais e governamentais, além de ações por parte dos profissionais de saúde. Dentre os diversos transtornos que afetam os idosos, a saúde mental merece atenção especial. Depressão e demência têm incapacitado idosos em todo o mundo, uma vez que essas condições levam à perda de independência e, quase inevitavelmente, à perda de autonomia. Transtornos mentais afetam 20% da população idosa e, entre estes, demência e depressão são altamente prevalentes. No Brasil , cerca de 10 milhões de idosos sofrem de depressão. Segundo a OMS, a participação em atividades físicas leves e moderadas pode retardar o declínio funcional. Assim, uma vida ativa melhora a saúde mental e contribui na gerência de desordens como depressão e demência. Há evidências de que idosos fisicamente ativos apresentam menor prevalência de doenças mentais do que idosos não-ativos (BENEDETTI et al, 2008).

Pucci et al (2012) empreenderam pesquisa objetivando resumir e analisar evidências da associação entre atividade física e qualidade de vida, por meio de uma revisão sistemática da literatura em três bases de dados eletrônicas: PubMed, Lilacs e SciELO, tendo utilizado os seguintes descritores: "atividade física", "atividade motora", "exercício", "caminhar", "em execução", "aptidão física", "esporte", "estilo de vida", "qualidade de vida", "WHOQOL" e "SF". Assim, foram selecionados 38 estudos publicados entre 1980 e 2010, utilizado qualquer instrumento para medir a atividade física e qualquer versão do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey ou a World Quality Organization of Life para avaliar a qualidade de vida. A maioria dos estudos revisados foram transversais (68%), 18% experimentais, 8% prospectivo de coorte de acompanhamento e 5%-design misto (transversal e longitudinal). O questionário mais utilizado para avaliar a qualidade de vida foi

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SF-36 (71%) e atividade física foi auto-relatada em 82% dos estudos revisados. O maior nível de atividade física foi associada a uma melhor percepção da qualidade de vida em idosos, adultos aparentemente saudáveis e indivíduos com diferentes condições clínicas, tendo concluído que existe uma associação positiva entre a atividade física e qualidade de vida que varia de acordo com o domínio analisado.Os benefícios do exercício físico regular são bem conhecidos e demonstrados em populações de diferentes idades.Os adolescentes que participam de uma série de atividades físicas, tais como o envolvimento em esportes na escola e usando os centros de recreação de bairro são menos propensos a se envolver em comportamentos de alto risco do que aqueles que não o fizeram. Além disso, as pessoas envolvidas na atividade de lazer vigoroso têm reduzido o risco de mau funcionamento físico mais tarde na vida (BABWAH e NUNES, 2010).

Figura 1 saúde de idosos longevos em Santa Catarina

Fonte: Mazo et al, 2012

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O estudo de CHEIK et al contribuem especialmente ao concluir que a realização de exercícios físicos sob orientação e com parâmetros fisiológicos resultantes de avaliações, seja cardiorrespiratória e ou ergoespirométrica, acompanhada de treinamento em intensidade e volume correspondente ao limiar anaeróbio e ou limiar anaeróbio ventilatório I (LAVI) “pode auxiliar na redução dos escores indicativos para a depressão e ansiedade em idosos com mais de 60 anos”.(CHEIK et al, 2003, P. 49)

Para um indivíduo ingressar num programa de atividade física, este encontra algumas barreiras principalmente relacionadas à motivação interna. Ao buscar a motivação necessária para tal mudança no estilo de vida, passa por estágios de acordo com o modelo transteorético que vão desde o desconhecimento dos benefícios da prática ("estágio de pré-contemplação"), onde estão as maiores barreiras, até o estágio de "manutenção", onde a atividade física foi incorporada em seu cotidiano, tornando-se um hábito. Entre esses estágios, existem outros que permeiam este processo, como o estágio de "contemplação", em que os efeitos e benefícios da atividade física são conhecidos, mas não há a prática efetiva. Existe, ainda, o estágio de "preparação", quando se percebem mudanças no comportamento do indivíduo, pois este começa a praticar as atividades, porém sem regularidade. Além disso, ainda existe o estágio de "ação", no qual o indivíduo tem a motivação necessária para mudar seu estilo de vida, tornando-se mais ativo. (CAVALLI et al, 2014, p. 1)

Um estilo de vida pouco saudável, com baixa atividade física contribui para o excesso de peso e obesidade, fatores de risco para doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e câncer. Há também uma relação direta entre o nível de atividade física na infância e na idade adulta. Os idosos que não executam atividade física são candidatos de alto risco para doenças crônicas e esses são já doentes, podendo piorar ou ter complicações presentes, tornando-se uma questão de grande impacto para essas pessoas. Um comportamento de baixa atividade física ou sedentário pode ser devido a barreiras internas ou externas, Dr. Nola J. Pender da Promoção da Saúde mexicana, diz que as barreiras percebidas internas ou externas são os obstáculos que impedem os idosos de adotar um estilo de vida saudável, as barreiras externas são estímulos ambientais e interações significativas, enquanto barreiras internas são aspectos físicos e emocionais (ANDRADE OSORIO et al, 2013). Aqui entra em cena aspectos do ambiente e da imagem corporal que o idoso tem de si mesmo.

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Medeiros et al (2014) traçam um paralelo entre qualidade de vida promovida pelo exercício físico em idosos e revelam o quadro “de ingresso e permanência dos idosos participantes nas modalidades de atividades físicas no GETI/UDESC”:

Figura 2 quadro “de ingresso e permanência dos idosos participantes nas modalidades de atividades físicas no GETI/UDESC”

Fonte: Medeiros et al (2014)

A evidência está aumentando que o exercício promove a boa saúde, melhora o controle de doenças crônicas, incluindo diabetes mellitus e hipertensão diminuindo assim o risco de desenvolver complicações dessas doenças. Apesar dessas evidência, em muitos países desenvolvidos e em

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desenvolvimento muitas pessoas não exercem atividades. Os resultados deste estudo foram encontrados para ser semelhantes aos observados na Alemanha e na Jamaica, com 33,4% de pessoas que indicam que não exercem atividades físicas. Considerando que 66,6% das pessoas responderam que exercem pelo menos uma vez por semana, apenas 10,7% das pessoas que exerceram conhecem o volume mínimo e duração do exercício recomendados. (BABWAH e NUNES, 2010).

Ainda com base nos estudos de Cavalli et al:

O estudo identificou diferenças significativas entre os grupos, relacionadas principalmente a variáveis sociodemográficas, nas quais os participantes portugueses (PESEA) apresentaram média de idade superior aos idosos brasileiros (NATI), bem como número superior de homens. Isso já era esperado, considerando-se a diferença de desenvolvimento econômico e social dos países envolvidos. Entretanto, mesmo vivendo realidades culturais diferentes, os brasileiros do NATI e os portugueses do PESEA compartilham objetivos e motivação para a prática de atividade física. Constatou-se, também, forte relação estabelecida entre atividade física e saúde, em ambos os projetos sociais estudados nos dois países, visto que a principal importância atribuída à prática de atividade física regular foi a prevenção de doenças. Desse modo, os idosos têm mostrado que buscam, ao participar de programas de atividade física, alternativas para envelhecer com saúde e bem-estar.

Os governos devem procurar, por meio da elaboração de políticas públicas, fomentar a organização e criação de mais programas de atividades físicas voltados para a terceira idade, já que, atualmente, o elevado número de idosos é uma realidade e deve ter atenção especial. Além disso, sabendo dos benefícios que a atividade física proporciona à saúde, principalmente no que diz respeito à prevenção de doenças, os gastos com o sistema de saúde poderiam ser minimizados, proporcionando melhorias em outros setores da sociedade. (CAVALLI et al, 2014, p. 1)

Observou-se uma associação positiva entre o conhecimento dos benefícios do exercício físico e do envolvimento real na atividade física. Para promover o exercício físico, é, portanto, recomendado que as pessoas ser aconselhados regularmente dos benefícios do exercício, bem como a possibilidade de acumular 30 minutos de atividade física na maioria dos dias da

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semana, fazendo intensidade moderada de exercício, em sessões de pelo menos 10 minutos (BABWAH e NUNES, 2010).

A promoção da saúde é uma atividade importante durante todo o ciclo de vida. Os adultos mais velhos não são muito velhos para parar de fumar, começar a se exercitar, ou mudar suas dietas. Um dos maiores desafios é dissipar equívocos sobre a promoção da saúde dos idosos.

É importante para o profissional, compreender as mudanças fisiológicas normais que ocorrem com a idade e para saber como adaptar estratégias de ensino para acomodar mudanças. O envelhecimento normal e doenças crônicas se tornam mais prevalentes após a quinta ou sexta décadas de vida, a maioria do ensino de saúde para adultos mais velhos se concentra na doença e gestão de doença. As pessoas mais velhas são muitas vezes levadas a lidar com diferentes tipos de perdas, incluindo a perda de um cônjuge, amigos de longa data, e capacidades físicas individuais. É importante para interagir com cada paciente idoso como um indivíduo único, capaz de aprender e mudar. Ensino dos pacientes para as pessoas mais velhas devem ser entregues com o mesmo entusiasmo e convicção com que é prestado aos mais jovens.

Além das questões específicas de doença ou recomendações de tratamento, muitos adultos mais velhos estão interessados em sexualidade e envelhecimento, exercício, nutrição e outros temas relacionados à prevenção da doença e promoção da qualidade de vida. Barreiras do paciente mais velho para a independência devem ser avaliadas para ajudá-los a encontrar formas de maximizar os pontos fortes e promover a independência. O cuidador fica muitas vezes em uma posição excelente para ajudar os pacientes a seguir as recomendações médicas, fornecendo informações, considerando as necessidades individuais dos pacientes, a construção de uma consciência de serviços comunitários que podem ajudar a diminuir o isolamento social, e ajudá-los a manter a sua independência.

A capacidade de aprendizagem geralmente permanece em um nível eficiente bem na década de 80. Na verdade, a incapacidade de absorver nova informação pode ser a primeira indicação de um processo de doença subclínica em uma pessoa que envelhece. Em vez de usar modificações estereotipadas, como sessões mais curtas ou um ritmo mais lento, vale que o profissional se certifique de avaliar cada pessoa individulamente. Embora o doente idoso possa aprender com dificuldade, muitos idosos não exigem nenhumamodificação em estratégias de ensino. É importante dar a todos os mais velhos a oportunidade de mostrar sua curiosidade e experiência ao longo da vida.

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CONCLUSÃO

Avaliação de idosos precisa se concentrar nas mudanças físicas experimentadas por um determinado indivíduo. A avaliação psicossocial também é importante em trabalhar com grupos de idade adulta. Ao trabalhar com o paciente idoso, às vezes se pode sentir sobrecarregado tentando ensinar um paciente e a família quando o idoso frágil pode ter vários problemas médicos e mais de 10 medicamentos de uso diário, e é dependente em várias atividades da vida diária.

Ajudar os seus pacientes mais idosos e suas famílias com informações sobre como obter informações sobre recursos. Alguns pacientes mais velhos podem acessar sites da Internet por conta própria como fontes de informação em saúde. Em outros casos, filhos e netos podem querer assumir a tarefa de localizar materiais de recursos na Internet. Os seguintes sites estão entre os muitos os úteis para idosos e seus cuidadores:

No entanto, esses pacientes e seus familiares precisam de mais educação e apoio que se pode oferecer. Através de uma cuidadosa avaliação dos fatores de desenvolvimento, seleção de estratégias de ensino que são adequadas à idade, e compensação em caso de necessidade de superar os déficits normais observadas com o envelhecimento, é possível pode planejar atividades que sejam eficazes e tragam qualidade de vida ao paciente.

Mais importante ainda, as melhorias na resistência, força e flexibilidade podem acontecer através da formação. Treinamento refere-se à atividade que melhora o desempenho através de uma alteração orgânica mensurável no corpo. Ao contrário melhorias na coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão surgem através da prática. A prática refere-se a atividade que melhora o desempenho por meio de mudanças no sistema nervoso.

Potência e velocidade são adaptações de treinamento e prática.O modelo de Standard Crossfit's Fitness Segunda sugere que a forma física pode ser medida pela capacidade para desempenhar bem as tarefas preconizadas em relação a outros indivíduos. A implicação aqui é que a aptidão exige uma capacidade de executar bem todas as tarefas, mesmo as tarefas desconhecidas, as tarefas combinadas infinitamente variadas combinações.

Idosos que fizeram palavras cruzadas quatro dias por semana tiveram um risco mensurável menor de demência do que aqueles que fizeram os quebra-cabeças, uma vez por semana. Se você não pode ter aulas ou sair para

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dançar quatro vezes por semana, em seguida, dança, tanto quanto puder. Mais sempre é melhor.

E fazê-lo agora, quanto mais cedo melhor. É essencial começar a construir a reserva cognitiva agora. Algum dia o idoso vai precisar de muitas dessas pedras de piso trilhadas quanto possível.

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ÍNDICE

Folha de Rosto....................................................................................2

Agradecimento....................................................................................3

Dedicatória..........................................................................................4

Resumo...............................................................................................5

Metodologia.........................................................................................6

Sumário...............................................................................................7

Introdução............................................................................................8

A Psicomotricidade.............................................................................10

Terceira Idade...................................................................................17

Atividade Fisíca na Terceira Idade.....................................................21

Conclusão...........................................................................................27

Referências Bibliográficas..................................................................29

Webgrafia ..........................................................................................33

Índice..................................................................................................35

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