DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · numa estratégia competitiva na decisão de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO MERCHANDISING NO VAREJO
ALIMENTÍCIO
Por: Andre Luiz Sabatino
Orientador
Professor: Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO MERCHANDISING NO VAREJO
ALIMENTÍCIO
Apresentação de monografia à UVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Varejo.
Rio de Janeiro, agosto de 2013
AGRADECIMENTOS
A Deus, força maior que me abençoa e me faz viver
momentos tão felizes, junto a todos os meus familiares e
amigos, que sempre estiveram juntos na busca de meus
ideais,
Ao meu Orientador, Professor Jorge Tadeu Vieira
Lourenço, pela atenção e apoio durante a realização
desse trabalho monográfico,
A todos os Mestres, que com paciência transmitiram os
conhecimentos necessários para que eu obtivesse as
oportunidades em minha vida profissional.
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, que sempre
estiveram ao meu lado nos momentos
mais difíceis da vida.
RESUMO Este estudo possui como objetivo demonstrar que o merchandising consiste numa estratégia competitiva na decisão de compra dos consumidores, percebendo que nos últimos tempos tem havido um aumento significativo com relação aos pontos-de-venda mediante a promoção de ações de marketing de inúmeras empresas. Isso abre possibilidades para aumentar o volume diário dos negócios, onde o ponto-de-venda irá representar a ocasião e o espaço para onde concentranp0se todas as ferramentas que constituem a venda, ou seja, produto, consumidor e valor monetário. Há de se observar que o merchandising eficiente poderá alavancar um índice eficaz e vendas, conquistando novos clientes e obtendo resultados melhores que consolidem os produtos às marcas. Isso sem dúvida faz com que varejistas e fabricantes construam uma identidade de fidelização do consumidor, que deverá interagir com o produto e o ponto-de-venda, sentindo-se participativo no ambiente direcionado para suas necessidades e aspirações. Cabe ao gestor de vendas supervisionar o processo que gira em torno da equipe de vendas, garantindo maior volume de vendas, sem esquecer a sua responsabilidade para com a satisfação do cliente/consumidor. Ante ao exposto, é possível concluir que os varejistas têm sido bastante receptivos no que se refere aos programas de merchandising no ponto-de-venda, embora sejam exigentes na questão da qualidade, organização e quantidade dos programas. Logo, será preciso elaborar canais de comunicação promocional que influencie as decisões de compras dos consumidores, incluindo nessa abrangência empresas alimentícias como, por exemplo, a BRF-FOODS (Sadia e Perdigão), a fim de alcançar melhores resultados nas vendas de produtos considerando a sua marca.
METODOLOGIA
A metodologia que será utilizada consta de uma pesquisa
bibliográfica realizada através da leitura e análise textual de livros, artigos,
revistas, jornais, teses e dissertações que estão disponíveis em sites da
internet, para que assim seja possível construir um estudo claro e simples, que
ao final atenda aos objetivos propostos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CONHECENDO O MERCHANDISING 10
CAPÍTULO II
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCHANDISING 19
CAPÍTULO III
MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV): FERRAMENTA
DE MARKETING ESTRATÉGICO 28
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 47
FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
8
INTRODUÇÃO
O tema delimita-se ao estudo do merchandising estratégico,
identificando tanto a importância de comunicação como o mix de marketing que
influenciam os consumidores a apresentarem uma resposta ao mercado
competitivo.
Nesse contexto, torna-se necessário que se conheça as funções e
vantagens do merchandising como uma ferramenta estratégica que cada vez
mais vem sendo utilizada nas organizações, inclusive em empresas
alimentícias como, por exemplo, a BRF - FOODS (Sadia e Perdigão) com a
finalidade de fidelizar clientes e, assim, alcançar melhores resultados nas
vendas de seus produtos.
O objetivo geral da pesquisa será demonstrar que o merchandising
consiste numa estratégia competitiva na decisão de compra dos consumidores.
Especificamente, visa mostrar a evolução do merchandising no canal de
alimento, onde se terá oportunidades de agregar novas soluções ampliadas do
conceito de propaganda no ponto-de-venda (PDV).
Para tanto, se propõe investigar como o merchandising no ponto-de-
venda influencia na decisão de compra do consumidor?
A escolha do tema se justifica em razão do pesquisador desse
trabalho, atuar profissionalmente dentro de uma empresa de produtos
alimentícios e, por isso acredita que o conceito de merchandising está sendo
cada vez mais utilizado, não somente por grandes empresas, como por outras
de menor porte, buscando encontrar novas soluções estratégicas para obter
maior rendimento financeiro.
Dessa forma, cada empresa busca manter a interação do
consumidor com o produto e o ponto-de-venda, consolidando seus produtos e
marcas por mais tempo no mercado. Será necessário que se criem novas
promoções, oferecendo condições especiais, que certamente aumentarão o
9
número de vendas, e, por conseguinte, a rotatividade do produto dentre outras
vantagens.
Para que se entenda melhor o tema apresentado dividiu-se o
trabalho em três capítulos. Entretanto, antes deles há uma breve introdução, na
qual são descritas algumas considerações importantes que podem auxiliar no
desenvolvimento e conclusão do estudo.
O capítulo I expõe alguns conceitos cuja finalidade é respaldar
teoricamente o tema a ser estudado. Além disso, estabelece a diferença entre
merchandising e promoção de vendas apontando, por conseguinte seus
objetivos comuns, descrevendo sobre a evolução do merchandising no canal
de alimentos.
O capítulo II fala de modo resumido sobre a evolução histórica do
merchandising, desde os primeiros sinais até a época de hoje, onde se deve
acompanhar todo o ciclo de vida de um produto até o seu desempenho em
relação aos consumidores. Explica ainda o merchandising no ponto-de-venda,
suas técnicas e tipos para que além de atender as necessidades das empresas
promovendo resultados satisfatórios.
O capítulo III aborda o merchandising no ponto-de-venda como uma
ferramenta de marketing estratégico na decisão de compra dos consumidores,
sobretudo, quando se trata de empresas de produtos alimentícios. São
sugeridas ainda algumas dicas de merchandising na gestão de varejo,
garantindo assim, a eficiência das ações de marketing no PDV.
Concluindo o trabalho, espera-se que haja por parte dos gestores de
vendas o comprometimento de responsabilidade, em relação a sua função, que
pode apresentar variações, levando-se em conta o tamanho da empresa ou do
negócio, mantendo uma estrutura essencial das ações que devem ser
constituídas com a devida capacidade e conhecimento técnico.
10
CAPÍTULO I
CONHECENDO O MERCHANDISING
O presente capítulo tem como finalidade conhecer um pouco mais
sobre o merchandising e a importância de alguns conceitos que são
necessários para o entendimento do desenvolvimento desse estudo.
Logo, caberá estabelecer algumas diferenças de termos, assim
como objetivos comuns que complementam o conjunto de atividades que
acompanham o produto ou serviço prestado pela empresa desde o ciclo de sua
criação até os resultados finais que satisfazem os consumidores em suas
necessidades básicas, tornando-os fidelizados a algumas empresas.
1.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
O vocábulo inglês “merchandise” em português, segundo Blessa
(2011, p.7) quer dizer “mercadoria”, e o termo “merchandiser” corresponde a
palavra “negociante”. Mas quando se trata de traduzir o vocábulo
“merchandising” encontra-se o termo “mercadização”, expressão que em língua
vernácula não corresponde precisamente à atividade como é vista nos meios
empresariais.
Nesse sentido, Blessa (2011, p. 7) expõe que a palavra
“merchandising”, corresponde a uma derivação do termo “merchandise” que
muitos o traduzem como “operação com mercadorias”.
O termo “merchandising”, segundo Blessa (2011, p. 7) corresponde
ao “conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação
destacada dos produtos da loja, de maneira tal que acelere sua rotatividade”.
11
Já a Enciclopédia e Dicionários da Porto Editora (2003, [s.p.]) define
a palavra merchandising como “um conjunto de técnicas de promoção da
venda de um produto", que se baseia em dois aspectos, que são o “estudo do
comportamento e das expectativas do consumidor”, na expectativa de
aumentar a rentabilidade das vendas de uma organização empresarial.
1.2 CONCEITOS IMPORTANTES
Além dessas considerações, será necessário que se ampliem os
conhecimentos, incluindo novos conceitos que clamam por promoções de
vendas realizadas no varejo ou no ponto-de-venda (PDV), e com isso tendem a
maximizar a rotatividade dos estoques existentes nas empresas.
Dentre esses conceitos aparece o de marketing de varejo ou “trade
marketing”, que prioriza o relacionamento estratégico entre o fornecedor e os
pontos-de-venda, instituindo um elo entre áreas de marketing e vendas, que
ocorre no próprio ambiente empresarial. (grifo nosso).
Vale dizer que o marketing de varejo consiste numa ação integrada,
cuja finalidade seria o planejamento dos canais de venda e os clientes-chave
(conhecidos como key accounts). Essa atividade tem como objetivo aprimorar o
“posicionamento no varejo” e, com isso, garantir a “atuação da marca junto aos
consumidores”, como assevera Blessa (2011, p.1).
Não se pode esquecer que há inúmeros conceitos sobre o
marketing, que pode muitas vezes ser uma ferramenta valiosa no mundo
empresarial. Na visão de Kotler (2000, p. 29) é possível “estabelecer uma
distinção entre definições sociais e gerenciais”.
No contexto social evidencia a função cumprida pelo marketing no
âmbito da sociedade. Além disso, essa definição pode ser entendida como um
processo social através do qual, indivíduos e grupos, conseguem o que
necessitam ou o que desejam, desde que levem com consideração a “criação,
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oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”, como
afirma Kotler (2000, p. 30).
Em se tratando de conceito de marketing, Blessa diz que ele pode
ser considerado como:
“um processo de planejamento, execução, preço,
comunicação e distribuição de ideias, bens e serviços, de
modo a criar trocas (comércio) que satisfaçam aos
objetivos individuais e organizacionais”. (BLESSA, 2000,
p. 1).
Sendo assim, as atividades de marketing podem estar de acordo
com o ponto de vista de cada organização empresarial, porém tende a ser vista
como um processo mais ou menos amplo.
Diante dos conceitos que fazem parte da abordagem do tema em
questão será importante ainda que se conheça a diferença entre merchandising
e promoção de vendas.
1.3 - DIFERENCIANDO MERCHANDISING E PROMOÇÃO DE VENDAS
Tendo em vista a existência de muita confusão em relação aos
termos merchandising e promoção de vendas, é que se recorre aos
ensinamentos de Blessa (2011), para melhor entendê-los. De acordo com a
autora, o merchandising está além da promoção de vendas, entretanto, ele a
emprega como elemento capaz de concretizar sua ação.
Percebe-se que o merchandising pode utilizar a propaganda (nos
casos em que faz a divulgação de ofertas de produtos e/ou serviços através da
13
mídia), ou como promoção de vendas (no momento em que lança mão de
preços mais baixos, ofertando, por exemplo, brindes aos seus clientes) e,
dessa foram, acaba ampliando sua estratégia com relação ao aumento de
vendas. Não se pode esquecer que a propaganda seria aquela divulgação
relacionada ao produto e/ou serviço com a finalidade de informar e estimular o
interesse de compra nos clientes/consumidores.
Nesse sentido, Blessa descreve que a propaganda poderá valer-se
de:
“inúmeros veículos (canais), pelos quais são transmitidas
suas mensagens. Os mais conhecidos são a televisão, o
rádio, o jornal, a revista, o outdoor (mídia exterior), a mala
direta e a internet, entre outros. (...) é todo esforço feito
pelos meios de comunicação para levar o comprador ao
produto. Faz com que o produto seja conhecido através
da mídia, para que o consumidor vá à loja.” (BLESSA,
2011, p. 5).
Através da inserção de informações gratuitas na mídia, pode existir
uma atividade com a finalidade de divulgar uma determinada empresa, marca
ou mesmo os produtos e/ou serviços, que se denomina publicidade. Para
Baudrillard (apud CARVALHO, 2000, p.107) a publicidade cria “uma nova
linguagem”, onde o texto publicitário se dirige a um receptor que pode ser para
um individuo ou para um grupo, que possui desejos e necessidades, e busca
sua identificação com certo produto ou marca.
Nessa linha de pensamento, observa-se que a mensagem
publicitária consiste em informar as características dos produtos, e que sua
função deve ser objetivamente clara e essencial, mediante ao conjunto de
mensagens transmitidas ao público consumidor.
Cabe ressaltar que o merchandising pode ser percebido como o
somatório de atividades “promocionais e materiais de ponto-de-venda”, visando
14
controlar o estágio final da “comunicação mercadológica - a hora da compra”,
conforme relata Blessa (2011, p. 4).
Notadamente, a diferença entre o material de promoção de vendas e
material de PDV consiste no fato de que a promoção de vendas se propõe a
acrescentar uma determinada vantagem ao produto por tempo determinado. Já
o material do ponto-de-venda, de acordo com Blessa (2011, p. 4) poderá ser
“um display que dure anos, uma embalagem promocional ou um cartazete que
fique exposto por meses”.
Por conseguinte, não se deve confundir propaganda com promoção
de vendas e merchandising, embora entre os dois últimos, se encontre
objetivos comuns, como se verá no tópico seguinte.
1.3.1 Objetivos comuns entre merchandising e promoção de vendas
Antes se elucidar quais são os objetivos comuns entre o
merchandising e promoção de vendas, será importante explicar que uma
operação de promoção incide em se agregar a um produto uma conveniência
provisória, cujo intuito seria estimular o seu uso, além da compra e/ou da sua
distribuição. (TRIGO; FALCÃO, 2000).
Ainda que as diversas campanhas promocionais possuam vida
breve, elas se encaixam dentro de um programa de marketing, e, como tal,
influenciam o comportamento de compra do público a qual se destina,
procurando dessa forma, alcançar efeitos imediatos, mesmo que seja por
tempo limitado.
Trigo e Falcão (2000) destacam que as campanhas promocionais
possuem também objetivos cuja intenção é certamente aumentar as vendas,
esperando, que se trave maior aproximação do produto com o consumidor.
Entretanto, quando se trata dos objetivos comuns entre
merchandising e promoção de vendas, Blessa diz que eles podem:
15
“induzir novos consumidores à experimentação e à
compra; influenciar consumidores atuais, estimulando
fidelidade à compra; aumentar participação no mercado;
apresentar inovações; diferenciar uma marca de seus
concorrentes; eliminar estoques nos pontos-de-venda;
provocar estoque do produto no lar; gerar tráfego nas
lojas; dar incentivo aos canais de distribuição (PDVs)”.
(BLESSA, 2011, p. 4).
Sobre o estabelecimento de limites entre merchandising e promoção
de vendas há muita dificuldade, haja vista que ambos podem ser considerados
ferramentas de comunicação, indicando o aceleramento e desenvolvimento da
transferência de produtos e/ou serviços, englobando não apenas o produtor
quanto o consumidor final. Por esse motivo, o merchandising corresponde a
uma ação, visando aumentar a lucratividade das operações comerciais.
Nessa linha de raciocínio, Pancrázio (2000) adverte que o
merchandising proporciona a promoção de venda e, esta por sua vez, busca
desenvolver e acelerar o merchandising, contando com diferentes tipos de
promoção de vendas, um assunto que será tratado adiante.
1.3.2 Tipos de promoção de vendas
Na visão de Silva Filho et al. (2008, p.43) há diferentes tipos de
promoção de vendas, entretanto os autores definem a promoção de vendas
como sendo atividades cuja finalidade é “induzir compras para estimular
vendas”. Os autores destacam ainda que “o comprador pode ser o consumidor
final, um intermediário ou a própria equipe interna da empresa”. (p.43).
Já Blessa (2011) ressalta que todos os dias novas promoções de
vendas podem ser criadas, e assim, cita exemplos como: leve 3, pague 2;
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descontos de 25 %; sorteios; produto a mais na embalagem; brindes acoplados
ao produto; embalagens retornáveis, além de outras opções que sugerem
inúmeras ofertas promocionais, ou outras vantagens, que “valorize mais o
investimento do consumidor”. (BLESSA, 2011, p. 3).
A contemplação dessas ofertas no PDV, não ocorre apenas nos
supermercados, mas em padarias, farmácias, lojas virtuais na internet entre
outras. Nesse sentido, Terra (2009) assegura que os pontos-de-venda podem
encantar:
“(...) a vida dos consumidores em diversos canais de
venda. (...) a inteligência do merchandising se faz nos
mínimos detalhes, na layoutização, no trabalho por
universo de produtos, gestão por categorias, em
pequenos detalhes que percebemos em todos os
segmentos de compra”. (TERRA, 2009, [s.p.]).
Diante desses pressupostos, pode-se observar que em gestão de
varejo, o merchandising vem ao longo dos anos crescendo nos canais de
distribuição de alimento, embora, esta seja uma atividade bem antiga em
qualquer segmento do mundo mercadológico.
1.4 O MERCHANDISING EVOLUINDO NOS CANAIS DE ALIMENTO
Observa-se que um determinado negócio muitas vezes se
caracteriza a partir de inúmeras variáveis, dentre elas as necessidades do
consumidor, a tecnologia, o processo de produção, a procura, concorrência e
inovação e até o merchandising. Tudo isso afeta um aspecto comum, que se
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refere a dinâmica do produto, que gera para as empresas, sobretudo as de
alimentos, um acréscimo nas vendas e, consequentemente, maior rentabilidade
empresarial. O que nos fez observar as diversas mudanças ocorridas nos
últimos anos, no que se refere a merchandising no varejo de alimentos
brasileiro.
Na visão de Terra (2005, p. 1) tudo começou através de um estudo
feito pelo “Super e Hipermercados” - POPAI Brasil, conhecido
internacionalmente como Point of Purchase Advertising International, e que até
nos dias atuais continua promovendo um ciclo revolucionário no que diz
respeito ao merchandising nos pontos-de-venda. Este estudo deixou bem claro,
que:
“o consumidor estava mais racional em suas compras e,
consequentemente, menos encantado com o ato de ir ao
supermercado. A redução do poder de compra e o
aumento de gastos com novos produtos que entraram no
mercado (celular, internet, TV a cabo, etc.) diminuíram o
número de itens comprados neste canal.” (TERRA, 2005,
p.1).
O resultado do estudo evidencia também sobre a importância da
comunicação voltada para o ponto-de-venda dos investimentos publicitários
que vem ocorrendo neste segmento. Assim sendo, uma empresa varejista
somente apresentará um diferencial quando mostrar seu crescimento,
capacidade e inteligência organizacional no gerenciamento de suas
informações. Entretanto, esse mesmo estudo fez com que se notasse o quanto
consumidor almejava por transformações e novidades no ponto-de-venda.
Ressalta-se que a partir daí, outros novos estudos, vem sendo
realizados, com o intuito de confirmar o valor, em que se pode unir o prazer nas
ações de compra, fazendo com que os ambientes possam ser agradáveis e,
além disso, chamem a atenção do consumidor.
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Nesse cenário, percebe-se que a cada dia os pontos-de-venda
aparecem com maior poder criativo, desenvolvendo e aplicando novas
estratégias, tanto em pequenos quanto em grandes pontos, contudo grande
parte está direcionada para o ato da compra, sendo esta uma oportunidade ou
ainda um diferencial, que faz o consumidor sair lucrando. (TERRA, 2005).
Segundo Terra (2005) tudo isso promove uma ação na qual podem
ser utilizadas características relacionadas à questão do emocional, ou seja,
ações que venham seduzir o consumidor comprar mais.
De acordo com a autora, seria este o papel do merchandising, ou
seja, fez com que vários super e hipermercados continuassem lutando em
busca de resultados financeiros melhores.
Com o passar dos anos, surgiram novas expectativas com relação
ao merchandising e por esse motivo, reservou-se o próximo capítulo para
mostrar como aconteceu a evolução histórica do merchandising entre outras
questões que envolvem esse tema.
19
CAPÍTULO II
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCHANDISING
Este capítulo apresenta a evolução histórica do merchandising como
uma atividade que vem desde a antiguidade, em que os homens que viveram
na Idade Média, deram seus primeiros passos para a venda de algumas
mercadorias, pelas ruas principais das cidades, onde gritavam e corriam com
outros mascates a fim de chamar a atenção de quem passava pelo local, e
dessa forma, esperavam vender seus produtos. Como afirma Blessa (2011,
p.7) essa ação serviu para mostrar que já se estaria então praticando “o
merchandising”.
Na visao atual, o merchandising aparece “com o próprio marketing e
intensificou-se com o surgimento do auto-serviço nos Estados Unidos, na
década de 30”, como assegura Blessa (2011, p. 7).
Deve-se explicar que o auto-serviço, surgiu em Nova York, quando
Michel Cullen, tem uma ideia diferente dos padrões daquela época, criando o
primeiro supermercado do mundo, chamado “King Cullen Supermarket”, que
fez o maior sucesso, e dois anos depois, surgiram outros supermecados em
seu País. No Brasil, o sistema chegou apenas em 1947, sendo que os
primeiros supermercados abertos ao público, deu-se em Sao Paulo (em 1953 e
1954) e no Rio de Janeiro, no ano de 1956. (BLESSA, 2011).
Nessa mesma década, diversas lojas montadas com balcões,
passaram a notar o sucesso das vitrines em relação ao público consumidor.
Isso fez com que os donos das lojas, notassem que quando se colocava as
mercadorias expostas, aumentavam as vendas.
Sendo assim, decidiram, modificar o interior de suas lojas, colocando
vitrines, esperando que o consumidor ao ver o produto exposto, teria a
oportunidade de escolher aquele que mais lhe agradesse dentre os diferentes
tipos de mercadoria. Nesse caso, o consumidor estaria percebendo
20
visualmente o produto, que o faz comprar no PDV, tendo em vista que a visão
seria o primeiro sentido do ser humano que o consumidor usa no processo de
escolha.
Nas palavras de Blessa (2011, p. 11), “o consumidor interpreta como
sinais de qualidade de um produto a marca, o preço, a aparência física e a
reputação do PDV no qual e opferecido”.
Com o passar dos anos deu-se a transformação das lojas em auto-
serviços. O tempo passa, e com ele surgiram os primeiros supermercados.
Esse cenário, iria promover o marchadising dando ênfase as todas as
mercadorias que estavam a venda, isso foi o ponto de partida para uma
mudança que incluia o layaout da loja, criando-se os corredores com
prateleiras, em que se colocavam disponiveis os produtos e a sua promoção,
como pode ser percebido na Figura 1, a seguir:
Figura 1 – Corredores com prateleiras e promoções de produtos. Fonte: Disponivel em: <http://2011bucaneiro.xpg.uol.com.br>. Acesso em: julho de 2013.
21
No mundo atual, o merchandising pode ser considerado como “algo
mais completo”, que deve sempre acompanhar “todo o ciclo de vida de um
produto”, indo desde a adaptação da imagem com relação ao PDVs até o
desempenho diante os clientes/consumidores, segundo Blessa, (2001, p. 8).
O merchadising no PDV, na visão de Memória é:
“a última comunicação, na qual os anunciantes buscam
captar a atenção dos consumidores. É a guerra nos
pontos-de-venda, em que a melhor comunicação é a que
ganha à batalha, ou melhor, a compra do produto.”
(MEMÓRIA, 2010, p. 2).
No entando, quando se fala em merchandising no PDV, acredita-se
que ele seja visto como “a mídia, mais rápida e eficaz”, e de acordo com as
palavras de Blessa (2011, p. 8) seria “a única”, em que a mensagem deve levar
em conta “três elementos chaves”, para a realização de “uma venda: o
consumidor, o produto, e o dinheiro”.
2.1 - A IMPORTÂNCIA DO PONTO DE VENDA
Não é somente a qualidade do produto e/ou serviço que se
disponibiliza aos clientes que deve ter importância, será necessário também
dar destaque ao ponto-de-venda (PDV).
Para Costa (2008) o ponto-de-venda acabou se tornando uma mídia,
que requer das organizações empresariais, bastante atenção quando se trata
de desenvolver ações publicitárias ou de materiais que estejam relacionados às
suas propagandas.
22
Além disso, percebe-se o quanto é necessário que se ofereça ao
cliente uma experiência no PDV, que certamente poderá promover:
“um impacto positivo tanto nos consumidores como nos
negócios de sua empresa. Afinal, a atração e vivência que
o cliente tem com uma marca e sua percepção em
relação ao produto fazem toda a diferença e permeará a
distância entre sua empresa e a concorrente. Uma boa
impressão no ato da compra é fundamental para
surpreender o consumidor e fidelizá-lo”. (GUAZZELLI,
2013, [s.p.]).
Diante do que foi exposto, será importante que se conheça algumas
técnicas de merchandising para que se atendam as metas e objetivos de venda
investindo de forma que os conhecimentos de marketing colaborem
positivamente com o sucesso esperado.
2.1.1 - Técnicas de Merchandising
Nessa parte do estudo, serão abordadas de forma resumida
algumas técnicas de merchandising inseridas na comunicação; no layout de
loja; na exibitécnica; exposição e ambientação de linhas; disposição de
produtos; arrumação em gôndola; vitrinismo entre outras que podem alavancar
os negócios de uma empresa em seu ponto-de-venda.
- na comunicação – a identificação poderá colaborar para satisfazer
as necessidades do consumidor. Exemplos: placas suspensas que determinam
os grupos de produtos, sendo que estas devem estar visíveis e bem legíveis.
Ressalta-se que um dos pontos importantes dessa comunicação é o preço do
produto, que deverá ser informado ao consumidor, tendo em vista que ele é
23
que irá decidir a compra final. Para Blessa (2011, p. 39), “o maior fator
estimulador de compras por impulso é a oferta de preço”.
Qualquer informação sobre o produto deve ser anunciada de modo
claro e simples. Quando se faz um anúncio de mercadorias em jornais,
tablóides, TVs, será preciso colocá-las em locais de destaque na loja, isso
facilitaria o consumidor a encontrá-las. É necessário, portanto, que haja um
sincronismo entre produto da oferta e o desejo do consumidor. (BLESSA,
2011).
- no layout de loja – este deverá ser elaborado considerando-se o
tipo e a classe de consumidor que se deseja alcançar, bem como os produtos
que se deseja vender. No entanto, para desenhá-lo, será importante procurar
um profissional qualificado em arquitetura de varejo, com experiência nessa
área. Será necessário um projeto que envolva a imagem idealizada da loja,
devendo estar de acordo com a sua localização, público-alvo e ainda com o
seu próprio estilo, o que certamente poderá influenciar de modo positivo a
decisão de compra dos clientes/consumidores.
- na exibitécnica – é no local que se expõe os produtos que se
aplicam as técnicas mais funcionais e vitais do merchandising. Na exibitécnica
é considerada uma ferramenta do merchandising que começou a ser utilizada
desde a época da antiguidade. Os mercadores daquele tempo entenderam que
quando colocavam os produtos expostos estes vendiam rapidamente. Para
Blessa (2011, p. 43) essa experiência nos leva a “um conceito de
merchandising que diz: visibilidade cria vendas”. Logo, criar um bom
planejamento para expor os produtos, chama a atenção dos consumidores, e
os estimula a comprar. Quando não se expõe a mercadoria, abre-se
possibilidades para que as vendas diminuam.
- exposição e ambientação de linhas – existem dois tipos de
exposição/ambientação: a promocional e a institucional. As primeiras podem
ser cenográficas, ou seja, tendem somente maximizar o movimento de
produtos ou de algumas categorias. Um exemplo típico é a decoração das lojas
em determinadas épocas, como o verão, onde lançam novos produtos, como
24
bronzeadores, biquínis entre outros. Já as ambientações institucionais, são
elaboradas com a intenção de estabelecer uma atmosfera de compra,
cativando a seduzindo clientes. Nesse sentido, têm-se como exemplos: o
carnaval, natal, copa do mundo além de outros, que apenas produzem
benefícios para as lojas no todo, e não para um produto de forma direta.
(BLESSA, 2001).
- disposição de produtos – o planejamento para se expor as
mercadorias pela loja e prateleiras deve atender a quatro objetivos: separação;
visibilidade; acessibilidade e disponibilidade. É preciso que os itens sejam
separados por categorias, para que o consumidor os encontre com facilidade.
Todo produto deverá estar visível a cerca de pelo menos três metros
de distância, o acesso dos produtos é um fator imprescindível, sobretudo no
ponto-de-venda. A exposição adequada pode gerar inúmeras vantagens, haja
vista, que essa forma estratégica facilita as compras, propõe economia de
tempo, lembra as necessidades e ainda busca romper com a monotonia.
(BLESSA, 2001).
- arrumação em gôndola - A gôndola sem dúvida é um dos
equipamentos essenciais de uma loja. Segundo a visão de Carvalho (2011,
[s.p.]), “as gôndolas e a iluminação precisam estar casadas. Uma boa
iluminação destaca as mercadorias e atrai o consumidor por mais tempo na
loja”. Expor o produto arrumado na prateleira de forma atraente é uma maneira
de se vender mais. A escolha mais apropriada da gôndola fará toda a
diferença.
- vitrinismo – o vitrinismo pode ser considerado a arte que visa ao
máximo estimular todos os sentidos de quem deseja comprar algo, de modo
quase simultâneo. Através do olhar, o vitrinismo espera compor uma imagem
mental e projetar sua própria imagem, utilizando produtos e/ou serviços
oferecidos. Isso estabelece um elo importante entre comprador e vendedor. Em
outras palavras, essa ligação tende a seduzir e encantar o comprador, sugere
as primeiras impressões com relação a identidade da marca e a maneira de
25
usar o produto exposto na vitrine. Como revela Gusmão (2009), estudos
evidenciam que mais de 50% das vendas, tem como fonte efetiva a vitrine.
Cabe frisar que no comércio varejista as vitrines representam um
grande potencial de participação nas vendas. Essas técnicas são muito usadas
nos pontos-de-venda, por diversas as empresas nacionais e estrangeiras, o
que pode influenciar o comportamento do consumidor, no momento de decidir
a compra.
2.2 - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Hoje é importante que se conheça, estude e monitore de forma
constante a questão do comportamento dos consumidores. pois, com essa
preocupação, os profissionais de marketing e gestores empresariais podem
detectar oportunidades e ameaças aos seus negócios com a possível
insatisfação ou recusa de seus clientes.
Na análise detalhada dos diversos comportamentos dos
consumidores, é possível visar as melhores estratégias de lançamento de um
produto ou a melhor forma de atacar na divulgação de um serviço, para que
com isso, aconteça a relação que dar sentido ao trabalho dos profissionais da
área de marketing, que dispõe da troca entre empresa e cliente, de forma a
satisfazer as necessidades de ambos.
Na visão de Kotler (2000, p. 182), “o ponto de partida para
compreender o comportamento do consumidor é o modelo de estímulo e
resposta”. Segundo o autor:
“Estímulos ambientais e de marketing penetram no
consciente do comprador. As características do
comprador e seus processos de decisão levam a certas
decisões de compra. A tarefa do profissional de marketing
26
é entender o que acontece no consciente do comparador
entre achegada do estimulo externo e a decisão de
compra”. (KOTLER, 2000, p. 182)
Além de todas essas abordagens, será importante estudar como os
indivíduos, grupos e organizações fazem suas escolhas, compram, utilizam e
descartam produtos, serviços ou experiências que satisfazem seus desejos e
necessidades. (BLESSA, 2011).
Quando se faz o estudo do comportamento e a psicologia do
consumidor, não deve ser esquecida a inclusão do produtor e do vendedor,
além de outras figuras importantes como o profissional de marketing, de
vendas, donos da empresa e indústria, gestores empresariais entre outros, que
sabem exatamente dizer qual o produto ou o desejo do consumidor em
comprar. Mas será o PDV quem nos dá a resposta do consumidor mais
apropriada com relação às estratégias usadas para atender as suas exigências
no atual mercado competitivo.
Cabe ressaltar que o comportamento de compra do consumidor na
visão de Kotler (2000, p. 183) muitas vezes recebe influência de “fatores
culturais, sociais, pessoais e psicológicos”. O autor destaca ainda que os
fatores culturais tendam a exercer uma influência maior sobre esse
comportamento. Os fatores culturais envolvem a cultura, subcultura e classe
social.
De acordo com o entendimento de Kotler (2000, p.183), “a cultura é
o principal determinante do comportamento e dos desejos da pessoa”.
Quanto à subcultura, pode-se dizer que ela corresponde a um
segmento inserido numa cultura, onde será possível compartilhar valores e
padrões de conduta, diferentes da cultura universal, como explicam Churchill e
Peter (2000).
Sobre a classe social, Kotler (2000, p. 183) descreve que elas “não
refletem apenas a renda, mas também nos indicadores como ocupação, grau
27
de instrução e área de residência”. O autor acrescenta ainda que a classe
social “é a estratificação social das sociedades humanas”. (p. 183).
Continuando, se verifica que o consumidor pode ser influenciado
também pelos “fatores sociais, como grupos de referência, família e papeis
sociais e status”, segundo o entendimento de Kotler (2000, p. 185).
Vale frisar que os grupos de referência exercem influência direta
sobre um indivíduo e são conhecidos como grupos de afinidade, e podem ser
primários como família, amigos, colegas de trabalho, vizinhos em que esse
indivíduo interage de modo contínuo e informalmente. Por sua vez, a família é
a organização mais importante na compra de produtos de consumo na
sociedade e tem sido bastante estudada. O posicionamento de um indivíduo
em cada grupo poderá ser definido em termos de papeis e status.
Os fatores pessoais como idade, aspectos individuais, estágios de
ciclo de vida, ocupação, estilo de vida, circunstâncias econômicas,
personalidade e auto-imagem podem também exercer influências mediante a
decisão do comprador. (KOTLER, 2000).
Segundo o mesmo autor, quando se trata de fatores psicológicos, é
possível se perceber que eles influenciam as opções de compra de um
indivíduo, onde predominam a motivação, percepção, aprendizagem e crenças
e atitudes.
Acredita-se que através de pesquisas de campo no contexto
mercadológico, há de se encontrar diversas variantes que tendem a influenciar
o comportamento do consumidor, que poderá reagir de forma positiva ou
negativamente, quando o mesmo deseja comprar um ou outro produto.
Segundo Drucker (apud BLESSA, 2011, p. 62), “qualidade não é
aquilo que o produto diz ter, é o que o consumidor reconhece e se dispõe a
pagar para tê-lo”.
Nesse cenário, cabe destacar a importância do merchandising no
PDV, como ferramenta de marketing estratégico, capaz influenciar o
28
comportamento do consumidor e, dessa forma, alavancar as vendas em
diversas empresas.
29
CAPÍTULO III
MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV):
FERRAMENTA DE MARKETING ESTRATÉGICO
O objetivo deste capítulo é mostrar o merchandising no ponto-de-
venda (PDV) como ferramenta de marketing estratégico na decisão de compra
dos consumidores. Trata, por conseguinte, sobre a importância de
comunicação como mix de marketing, sugerindo ainda algumas dicas de
merchandising na gestão de varejo, o que poderá sem dúvida garantir a
eficiência das ações de marketing no PDV.
Dessa forma, verifica-se que o merchandising no ponto-de-venda
pode ser visto como uma ferramenta importante que influencia nas compras
por impulso, colaborando, por sua vez com toda a publicidade da empresa e do
produto. (MONTEIRO, 2010).
Vale ressaltar que as campanhas relacionadas aos produtos devem
conter elementos tais como: cor, logo, luz entre outros que atraem consumidor,
além de considerar os materiais de merchandisingi, que quando bem
produzidos reforçam a mensagem e aumentam sua eficácia no PDV.
(MONTEIRO, 2010).
Portanto, será de grande importância que haja ações no PDV que
possibilitem alcançar experiências sensoriais que incluem a visão, audição,
olfato, paladar, e tato cuja finalidade é impressionar os clientes/consumidores.
Há de se destacar que essas ações quando praticadas no PDV,
segundo palavras de Blessa (2011, p. 78), “devem ser tratadas como um show,
que leva os seus expectadores/consumidores um pouco de felicidade,
relacionamento, novidade e experimentação”.
Por esse motivo, cabe ao criador de merchandising e também de
marketing elaborar ações de entretenimento, o que pode ser o diferencial entre
as demais existentes. Ao direcionar as ações dessa maneira, desenvolve-se
30
um estímulo que gera resultados excelentes no que diz respeito às ações de
vendas e de fidelização de marca, e consequentemente, o cliente/consumidor.
Cabe lembrar que essas ações necessitam fazer parte de um plano
de comunicação de marketing da empresa, no qual o PDV deverá ser tão
valorizado quanto uma campanha de televisão.
Nesse contexto, Blessa (2011) adverte que todos os tipos de
sinalização, material impresso ou displays possui diversas finalidades, tais
como informar, lembrar, persuadir, expor e vender o que confirma que o PDV é
uma forma que influencia na decisão de compra de um determinado produto.
Para tanto, será preciso destacar alguns pontos fundamentais na
criação e confecção de materiais de PDV, cabendo ainda a inclusão dos
mesmos no projeto promocional da loja que envolve, de acordo com a visão de
Blessa (2011, p. 98), “a criatividade, originalidade e funcionalidade.”
Devido à importância desses pontos, segue uma explicação
resumida de cada um:
a) criatividade – neste tipo de material é preciso que se seja criativo
e sendo direcionado para o espaço onde será aplicado;
b) originalidade – deve conter tema adequado, idéia inédita, com um
texto breve, fácil de ser entendido com um impacto visual capaz de transmitir a
mensagem desejada onde o comprador poderá memorizá-la por um período de
tempo maior;
c) funcionalidade – deve ser simples, mantendo boa arrumação do
produto, colocação e montagem fáceis que irão garantir a aceitação do produto
e de seu uso pelos lojistas. (BLESSA, 2011).
Há de se ressaltar que para aqueles fornecedores que atualmente
não possuem condições de fazer propaganda na mídia impressa ou eletrônica,
os materiais de PDV será uma escolha mais razoável para o momento.
Entretanto, cada programa de marketing, sobretudo no PDV deverá ser flexível,
sendo criados conforme as necessidades de cada rede de mercado local ou
tipo de comércio específico.
31
Nesse contexto, Blessa assegura que:
“Apesar de toda a sua importância estratégica, os
materiais de PDV ainda são tratados em segundo plano.
Frequentemente, não se dá a devida atenção criativa que
eles merecem e precisam”. (BLESSA, 2011, p. 99).
Para que se obtenha a eficácia desses materiais no PDV, é
relevante que sejam verificados, alguns pontos como a verba disponível; as
características do produto; o público-alvo daquele ponto-de-venda; exposição
dos produtos dentro ou fora das gôndolas, a quantidade de ponto-de-venda
que se pretende atender entre outros critérios.
Após definir e analisar o material é preciso confeccioná-lo em
tamanho e tipo adequado, expondo-o em local onde se tenha maior tráfego de
público, mantendo o produto em alcance do olhar dentro de um ângulo visual
adequado, devendo o produto estar em local acessível para pegá-lo, sem
grande esforço.
Não se esqueça os materiais de PDV funcionam como uma boa
ferramenta estratégica, desde que o excesso de produtos nas prateleiras não
encubra outro produto, o que pode tornar algumas ofertas desacreditadas pelo
consumidor.
Além dos materiais de PDV citados anteriormente existem outros
como, por exemplo, adesivo, bandeja para degustação, banner, bandeirolas,
etiquetas de preço, faixas nas gôndolas, entre tantos outros que podem ser
usados pelo comércio varejista que facilita a fortalece a imagem da marca,
podendo promover a divulgação de mensagens no local de compra,
estabelecendo uma comunicação entre o varejista e o consumidor.
32
PRODUTO
4 P’s
PRAÇA
PROMOÇÃO
PREÇO
3.1 A IMPORTÂNCIA DAE COMUNICAÇÃO E DO MIX DE MARKETING
Uma empresa que lança mão de um conjunto de ferramentas de
comunicação está empregando o mix de comunicação e, assim, passa a
desenvolver um mix de marketing, tendo como apoio a integração de: produto,
preço, distribuição e decisões de comunicação, na qual o estudo da
comunicação tende a promover a combinação de diferentes estratégias.
Kotler (2000 apud SOUZA, 2008, p. 18) assegura que o composto
de marketing “consiste em tudo que a empresa pode fazer para influenciar a
demanda de seu produto.”
Dessa forma, abrem-se possibilidades estratégicas que podem estar
vinculadas as “quatros variáveis conhecidas como os 4 P’s: (...) produto, preço,
praça (ponto de venda e distribuição) e promoção (comunicação)”, segundo
Souza (2008, p. 18).
Verifica-se que sobre o composto de marketing, existem
divergências acerca dos 4 P’s, descrever ou não o mix de marketing. Mas o
conjunto dessas variáveis, pode ser representado pela Figura 2, a seguir:
Figura 2 – Os 4 P’s. Fonte: Criação do pesquisador (2013).
33
Levando-se em consideração os 4P’s, apontados no quadro anterior,
passa-se então e explicá-los com maiores detalhes.
- produto – consiste numa ferramenta fundamental, onde planeja e
desenvolver os produtos e/ou serviços certos, conforme as necessidades e
gostos dos consumidores, porém a empresa deverá ter uma estrutura capaz de
aceitar as transformações. Deve haver variedades de produto, boa qualidade,
um design que facilite a compra, embalagem modernas, garantias e
devoluções, lembrando que tudo isso atrai o consumidor na aquisição do
produto. Kotler e Armstrong (2003) consideram produtos todos os bens físicos,
serviços, pessoas, lugares, eventos, organizações ou uma combinação de um
ou demais itens.
- preço - é uma ferramenta bastante crítica, uma vez que, quando se
atribui valor ao produto ofertado, a empresa necessita promover a base
adequada para o preço do produto. Desse modo, será possível oferecer
descontos, melhores condições de pagamento, de prazo e de crédito além de
outras ofertas relacionadas ao produto. (MARAN; PEREIRA, 2004).
- praça (ponto de venda e distribuição) – é importante frisar que as
empresas podem optar pelos canais de distribuição que preferirem, isso faz
com que o produto esteja acessível e disponível ao público-alvo. Nesse caso,
Maran e Pereira, afirmam que as empresas nesse caso precisam de:
“selecionar bons intermediários (revendedores) para
atender prontamente seus clientes, sem deixar nada a
desejar. Engloba canais, cobertura, sortimento,
localização, estoque e transporte”. (MARAN; PEREIRA,
2004, p. 13).
- promoção (comunicação) – consiste numa ferramenta usada pela
empresa a fim de informar, estimular e promover o comércio ou a divulgação
de seus produtos no mercado competitivo. (CERTO; PETER, 2005).
34
Cabe lembrar que tudo na vida passa por mudanças e que em todo
momento o mundo evolui no cenário empresarial. Por essa razão, o composto
de marketing recebeu diversas contribuições que marcaram épocas e
ampliaram os rumos do mercado contemporâneo.
Quando se trata da importância da comunicação e do mix de
marketing, nota-se que os profissionais de marketing devem examinar as
vantagens e os custos específicos de cada ferramenta promocional. Devem
levar em consideração o tipo de mercado de produto, em que estão operando,
identificando a melhor estratégia para ser usada, observando se os
consumidores acham-se preparados para realizar uma compra.
Para Kotler (2000) será necessário que as empresas levem em
consideração alguns fatores na questão do desenvolvimento do mix de
promoção, entre eles: tipo de mercado de produto, qual estratégia que será
usada a de push (pressão) ou de pull (atração), estágio do ciclo de vida do
produto, além da classificação da empresa.
Cada um desses fatores merece uma atenção especial, para que os
mesmos sejam entendidos no ambiente de atuação. Sendo assim, segue uma
breve explicação a respeito.
- tipo de mercado de produto – sobre o assunto, adverte-se que as
alocações promocionais tendem a variar do mercado consumidor para o
mercado empresarial. Algumas empresas vendem ao consumidor final e dessa
forma, gastam muito mais com promoção de vendas, com propaganda, vendas
pessoais e relações públicas, considerando essa ordem. (KOTLER, 2000).
Verifica-se que as vendas pessoais nos mercados empresariais
mostram-se mais complexas e dispendiosas, que sugerem margem de riscos,
no caso dos mercados terem um número limitado de empresas de grande
porte.
- estratégia push (pressão) ou de pull (atração) – todas as empresas
devem optar por um tipo de estratégia, sendo que a de push engloba o uso de
equipes de vendas e da promoção empresarial com a finalidade de induzir
intermediários a expor, promover e vender o produto aos clientes/consumidores
35
finais. Já a estratégia de pull é adequada quando houver elevado grau de
fidelidade da marca e ainda um vasto envolvimento na categoria. Nesse caso,
“o fabricante usa a propaganda e a promoção do consumidor para induzi-lo a
pedir o produto a aos intermediários, fazendo com que eles encomendem”,
segundo explicações de Kotler (2000, p.587).
- estágio do ciclo de vida do produto - ciclo de vida do produto e sua
eficácia é uma ferramenta promocional que pode variar em diversos estágios.
Nesse sentido, cabe destacar que o produto tramita por quatro fases, a saber:
introdução, crescimento, maturidade e declínio, sendo que em cada uma, as
vendas e lucros tendem a passar por uma evolução de forma distinta, o que
sugerir a aceitação de estratégias de marketing que pro conseguinte, são
também diferentes.
- classificação da empresa – no mercado as empresas líderes
possuem maiores benefícios vindo das propagandas, ao invés de vir da
promoção de vendas. Sendo assim, pequenas empresas concorrentes no
mercado apresentam maior lucro quando usam a promoção de vendas em mix
de comunicação de marketing.
Por conseguinte, será necessário que as empresas façam uma
avaliação sobre a eficácia do mix de comunicação de marketing, que no
entender de Kotler (2000, p. 590) incide em: “perguntar aos integrantes do
público-alvo se reconhecem ou se lembram da mensagem e suas atitudes
anteriores e atuais em relação ao produto e à empresa”.
Após verificar as diferenças entre a comunicação pessoal e a
comunicação de massa, as empresas devem investir estrategicamente em
diferentes ferramentas de comunicação.
Na visão de Kotler (2000) para que seja desenvolvida uma
comunicação eficaz de marketing torna-se importante que o profissional da
área opere considerando oito etapas, conforme mostra o Quadro 1, abaixo:
36
Quadro 1 - Etapas para a comunicação de marketing eficaz.
AS OITO ETAPAS PARA A COMUNICAÇÃO DE MARKETING EFICAZ
1ª - identificar o público-alvo;
2ª - estabelecer os objetivos da comunicação de marketing;
3ª - preparar a mensagem;
4ª - promover a seleção dos canais de comunicação;
5ª - prever o orçamento total de comunicação;
6ª – decidir sobre o mix de comunicação;
7ª – ajustar os resultados da comunicação;
8ª - gerenciar a técnica de comunicação de marketing.
Fonte: Adaptado de KOTLER (2000, p. 572).
Além disso, há outros fatores que precisam ser analisados pelas
empresas, cujo objetivo é desenvolver o mix de promoção, ou seja, o tipo de
produto, ou que tipo de estratégia deverá ser utilizado a fim de atrair o
consumidor, gerando então a comunicação de marketing (promoção).
Sendo assim, Costa e Morais (2008, p.3) afirmam que “todo o
material do composto promocional de marketing” deve, por conseguinte, ser
elaborado de modo que se reflita não somente o “conceito” quanto “à imagem
da marca”.
Em se tratando de comunicação de massa, o mix de comunicação
deve abranger a propaganda, vendas, promoção de vendas, marketing direto
ou publicidade. Quanto a comunicação pessoal disponibilizada para a empresa,
percebe-se que esta acontece no modo de venda pessoal.
Nesse sentido, as empresas podem fazer suas escolhas usando
quatro ferramentas essenciais de comunicação de massa, ou seja, utilizando a
propaganda, promoção de vendas, marketing direto e publicidade. (COSTA;
MORAIS, 2008).
37
Já Kotler (2000) diz que é de grande importância considerar dentro
desse rol de ferramentas a comunicação boca a boca, que se apresenta com o
um canal informal, em que os consumidores promovem a propaganda entre
outros consumidores.
Ressalta-se que isso pode acontecer quando alguém comprou um
produto e, em seguida fez algum comentário acerca do mesmo, fornecendo
assim, a indicação para outros consumidores, dando dicas informais, e ainda
promovendo a propagando do produto ou do serviço que ele adquirido.
Costa e Morais (2008) asseveram que quando se tratar da
comunicação da organização empresarial com o mercado, esta se define como
parte essencial do papel de marketing.
Já Carvalho e Vergara (2000) afirmam que quando a organização
empresarial não se preocupa com seu planejamento publicitário, ou então,
ignora as promoções de vendas, e não conhece a assistência de imprensa, não
oferecendo apoio à sua força de vendas, ela terá poucas chances em obter a
preferência de consumidores.
Seguindo essa linha de pensamento, Costa e Morais assinalam que:
“Apesar da propaganda não contar com a vantagem da
comunicação direta, com o feedback imediato do cliente,
é um dos mais importantes meios de comunicação do
composto promocional. Porém, a propaganda apresenta
vantagens de atingir um número determinado de
consumidores de acordo com as características e os
objetivos determinados pela organização”. (COSTA;
MORAIS, 2008, p. 4).
Diante de tantas ferramentas estratégicas é importante que se ajuste
as mesmas a localização da loja, com a finalidade de alcançar o público-alvo e
estimular o consumo, sobretudo no ponto-de-venda.
38
3.2 DICAS DE MERCHANDISING NA GESTÃO DE VAREJO
Na área da gestão de varejo buscar incentivos para aumentar a
competitividade de mercado e incrementar as vendas no PDV é algo que vem
ampliando os estudos que abrangem novas pesquisas científicas relacionadas
ao merchandising no mercado competitivo, que entre outras coisas, anseia não
apenas obter a lucratividade com também aumentar as vendas no comércio
varejista.
Nesse cenário, os estudos de Oliveira et al. afirmam que:
“Os bons resultados do merchandising ficam evidente ao
proporcionar as empresas, a obtenção de seus objetivos
em relação às vendas. Porém, para que isso aconteça é
necessário haver treinamentos específicos para aplicação
e utilização do merchandising nos pontos-de-venda,
sempre considerando as diferentes posturas
comportamentais de funcionários e clientes.” (OLIVEIRA
et al., 2007, p. 12).
Nessa linha de pensamento, Blessa (2011) explica que o bom
merchandising tende a aumentar a lucratividade do produto, quando estimula a
compra por impulso. Em outras palavras, seria aquela compra que não foi
planejada, embora tenha sido efetivada seguindo um desejo repentino, só
porque o consumidor pode visualizar a mercadoria exposta.
Para que o merchandising obtenha sucesso, torna-se eficaz a
inclusão de diferentes departamentos, como por exemplo, o departamento de
vendas, de marketing, logística além de outros setores da empresa.
Dessa forma, será possível que se relacionem as ações de
merchandising a elementos relevantes, como, por exemplo, o estabelecimento
39
de um mix de produtos específico para atender o público-alvo. Isso implica na
criação de um mix de produtos, que deve estar exposto no PDV.
De acordo com palavras de Oliveira et al. (2007, p. 30) é
fundamental a apresentação de “produtos âncoras”, considerados como
aqueles de “marcas fortes e conhecidas”, que devem ser agrupados levando
em consideração os desejos e necessidades do consumidor.
Na de gestão de varejo alimentício, observa-se que as empresas
necessitam estão em constante disputa para atrair a atenção do consumidor,
pois ele está deixando de ser fiel a um ponto-de-venda. Isso faz com que a
cada dia as compras sejam realizadas em diferentes canais, tendo em vista
que o consumidor tem chance para comprar o mesmo produto em diferentes
pontos e com preços diferenciados. (BOURAHLI, 2010).
Devido às condições do mercado moderno, percebe-se que as
empresas necessitam não somente estudar como compreender o
comportamento do consumidor, o que as conduz a direcionar suas estratégias
de marketing.
Nessa linha de raciocínio, Bourahli afirma também que:
“Com a similaridade no mix de produtos, nos serviços
ofertados pelos canais e mais opções de PDV próximos, o
consumidor passou a dissolver suas compras ao longo do
mês, ou seja, aumentou o número de idas mensais às
lojas para realizar suas compras.” (BOURAHLI, 2010,
p.2).
Contudo, quando se trata de empresas que operam no ramo
alimentício, é importante dar destaque ao anúncio oficial da formação da Brasil
Foods S.A. - BRF, que em 19 de maio de 2009, se tornou uma das maiores
empresas líderes no segmento alimentício do mercado brasileiro e do mundo,
40
conforme explicam Costa e Santos (2009) a fusão ocorreu entre as empresas
Sadia e Perdigão.
Os estudos de Costa e Santos assinalam que a criação da Brasil
Foods S.A. – BRF, também engloba:
“um aspecto estratégico fundamental que é a criação de
multinacionais brasileiras capazes de competir, fazer
frente a outros grandes conglomerados estrangeiros e
servir como ponte para uma integração mais altiva do país
em relação à economia mundial”. (COSTA; SANTOS,
2009, p. 173).
Além disso, os mesmos autores registram que a Brasil Foods
acabou sendo considerada uma das maiores empresas de alimentos do
mundo, atuando com uma gestão atual, com gerenciamento corporativo e de
marcas fortes, que diversifica seu portfólio e ainda exporta para mais de cento
e dez países.
Segundo uma reportagem publicada pela Revista Exame (2009,
p.20) as duas empresas possuem pontos fortes. Sendo que a Sadia possui
uma marca forte, e depende pouco do mercado “asiático e europeu, ambos
afetados pela crise”. Já a Perdigão apresenta “maior portfólio de produtos,
especialmente lácteos e possui uma estrutura de custos mais enxuta”.
Vale dizer que um dos elementos essenciais para que haja a
ampliação de estratégias de marketing de sucesso no varejo alimentício, é
preciso não apenas identificar as necessidades dos consumidores de uma
determinada empresa, como também compreender como se concretiza o
processo de decisão, levando em conta o perfil de cada consumidor. Além do
mais, espera-se que com a aplicação do merchandising como uma ferramenta
que impulsiona a venda de varejo no PDV, outros supermercados nacionais e
mundiais possam obter resultados satisfatórios de lucratividade além de serem
reconhecidos no Brasil e no mundo.
41
1. Descubra qual a imagem visual que seu produto tem no ponto-de-venda. Pesquise os pontos fortes e fracos da embalagem, do material promocional, dos displays e da localização.
2. Encontre o diferencial entre seu produto e dos demais concorrentes. Classifique-os entre os outros.
3. Identifique e atenda às necessidades de seu consumidor.
4. Trace objetivos e planos de trabalho para os PDVs, assim como se planeja mídia. Calcule a porcentagem esperada de venda ou público a atingir.
5. Analise sempre os resultados de suas ações nos PDVs, para medir acertos, perdas, tendências sazonais e calcular riscos nas próximas ações.
6. Tente agregar valor a seus produtos com demonstrações, degustações e promoções.
7. Ouça o consumidor e o varejista sobre o que eles acham de seu produto e de sua equipe de merchandising.
8. Invista em novidades para o lojista e para o consumidor.
9. Crie materiais simples, fáceis de montar, compreensíveis e que não poluam as lojas.
10. Mantenha-se sempre em parceria com o trade (varejo), mas saiba desafiar os limites impostos por alguns varejistas que não tem padrões coerentes de aceitação de ações e materiais promocionais.
11. Tenha agilidade para repor estoques.
12. Estimule sua equipe de campo com conversas francas e motive-a a alcançar metas possíveis, pois a confiança rege 100% da conduta e entusiasmo de funcionários que estão 99% do tempo longe de você nos PDVs.
13. Dê total cobertura a sua equipe, que enfrenta uma batalha diária no varejo. Acompanhe sua equipe constantemente, mesmo que por meio de supervisores. Nunca menospreze um funcionário seu, por meros interesses comerciais.
14. Adote um dia da semana para rodar os PDVs e enxergar o que seus consumidores enxergam diariamente.
15. Tenha flexibilidade e descentralize suas decisões.
16. Não tente corrigir falhas na política de preços de sua empresa com promoção. Assim, você estará promovendo o concorrente.
17. Exija que sua agência de propaganda tome conhecimento do qe acontece com seu produto dentro do ponto-de-venda.
18. Se você não conseguir acompanhar todos esses itens, contrate uma agência de merchandising e terceirize sua equipe.
Não se pode esquecer que para tanto, será necessário elaborar um
bom planejamento de merchandising. Logo, sugerem-se algumas dicas
mencionadas por Blessa (2011) com a finalidade de realizar este planejamento.
Veja-se o Quadro 2, a seguir:
Quadro 2 - Dicas para planejar um bom merchandising. Fonte: Adaptado de Blessa (2011, p. 8-9).
42
CONCLUSÃO
Ao término desse estudo chega-se a conclusão de que o
merchandising no ponto-de-venda possui grande importância no varejo
alimentício. Para tato, será necessário considerar que hoje o varejo se traduz
numa das forças comerciais mais poderosas, quando seguidas por atividades
de merchandising.
Verifica-se que as grandes empresas de nacionais e mundiais, como
por exemplo, a Brasil Foods S.A. – BRF, que produz produtos com o objetivo
de erguer sua marca através de campanhas fortes, que possam manter seus
consumidores fidelizados por mais tempo não somente em relação a marca
quanto ao produto, que pode ser encontrado em diferentes locais de venda.
Hoje o consumidor é muito mais exigente. A procura pela compra de
certos produtos acontece por impulso, o que confirma o valor e a influência dos
materiais de PDV, das técnicas de merchandising que vem sendo analisada
como uma ferramenta de marketing, capaz de sensibilizar, persuadir e fidelizar
clientes, o que de certa forma promove a vantagem do mercado competitivo.
Nesse sentido, é preciso criar experiências positivas com relação ao
consumidor, analisando os tipos de promoção de vendas, que mais se
aproxima do comportamento do consumidor. Deve-se considerar o espaço de
movimentação do cliente (corredores), as cores, o layout da loja, a altura dos
expositores, etiquetas de preços, a iluminação, entre outras características que
personalizam o merchandising no PDV.
Acredita-se que muitas empresas da área de varejo, estão cada vez
mais preocupadas com seu potencial de venda, e por esse motivo, procuram
saber quem são seus consumidores, visando conhecer quais são os seus
desejos e necessidades para então, aplicar as técnicas de merchandising,
utilizando o gerenciamento por categorias, buscando atraí-lo e fidelizá-lo e a
cada novo dia, aumentar a sua clientela e a lucratividade da empresa.
43
Quando se trata do ponto-de-venda, nota-se que este vem ganhado
especial atenção nos últimos anos, e vem sendo apontado como a mídia de
massa que dirige os esforços do marketing.
Complementando essa linha de pensamento, conclui-se que o
marketing de varejo acabou se transformando em uma ferramenta de grande
importância para o marketing mix, não se esquecendo de ressaltar também a
importância do gerenciamento da técnica de comunicação de marketing. Além
disso, sugere-se que sejam revistas as oito etapas para a obtenção de uma
comunicação de marketing eficaz.
Cabe ao gestor de varejo, junto aos demais colaboradores da
empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte fazer uso de sua
capacidade e criatividade e originalidade para elaborar projetos que estejam
alinhados a uma estratégia eficaz de comunicação de marketing, sobretudo no
ponto-de-venda.
Por fim espera-se que os gestores de vendas conheçam a estrutura
do mercado em que operam, sendo capazes de identificar os pontos de valor
percebido pelo consumidor, investigando também, a sua opinião em relação ao
produto e a marca, buscando ainda saber quais são suas necessidades e
desejos frente a empresa varejista, principalmente se ela for uma empresa de
produtos alimentícios.
De outro lado, requer ainda a identificação dos seus concorrentes,
para então, estabelecer metas de crescimento, e criar um planejamento que lhe
mostre tanto as operações internas, em relação a custos e despesas, incluindo
também as expectativas futuras de melhorar a fidelização do cliente, obtendo
maior lucratividade com as vendas no PDV.
44
BIBLIOGRAFIA CITADA
BLESSA, Regina. Merchandising no ponto-de-venda. 4 ed. – 7. reimpr. - São Paulo: Atlas, 2011.
CARVALHO, Luciene. (2011). Matéria sobre expositores para supermercados. Revista Gôndola, n. 192. Disponível em: <http://www.arquiteturaemarketing.com.br>. Acesso em: julho de 2013.
CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 2000.
CARVALHO, José Luis Felício dos Santos de; VERGARA, Sylvia Constant. Repensando os roteiros de marketing de serviços: análise crítica da teoria dos scripts cognitivos. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. Anais... Florianópolis: ANPAD, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br> Acesso em: julho de 2013.
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47
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ....................................................................................... 02
AGRADECIMENTO ....................................................................................... 03
DEDICATÓRIA ............................................................................................... 04
RESUMO ....................................................................................................... 05
METODOLOGIA ............................................................................................ 06
SUMÁRIO ...................................................................................................... 07
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 08
CAPÍTULO I
CONHECENDO O MERCHANDISING ......................................................... 10
1.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................ 10
1.2 - CONCEITOS IMPORTANTES ............................................................... 11
1.3 – DIFERENCIANDO MERCHANDISING E PROMOÇÃO DE VENDAS .. 12
1.3.1 - Objetivos comuns entre Merchandising e promoção de vendas ......... 14
1.3.2 – Tipos de promoção de vendas ........................................................... 15
1.4 – O MERCHANDISING EVOLUINDO NOS CANAIS DE ALIMENTO ...... 16
CAPÍTULO II
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCHANDISING ......................................... 19
2.1 – A IMPORTÂNCIA DO PONTO DE VENDA ........................................... 21
2.1.1 – Técnicas de Merchandising ................................................................ 22
2.2 – O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ......................................... 25
CAPÍTULO III
MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV): FERRAMENTA
DE MARKETING ESTRATÉGICO ................................................................. 28
3.1 - A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO E DO MIX DE MARKETING ... 32
3.2 - DICAS DE MERCHANDISING NA GESTÃO DE VAREJO .................... 38
CONCLUSÃO ................................................................................................ 42
BIBLIOGRAFIA CITADA ................................................................................ 44
ÍNDICE ........................................................................................................... 47
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: “A IMPORTÂNCIA DO MERCHANDISING NO VAREJO
ALIMENTÍCIO”.
Autor: André Luiz Sabatino
Data da entrega: ____/_________/_____
Avaliado por: Conceito:
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