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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS NOS PROCESSOS DE
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Por: Marina de Castro Ribeiro
Orientador
Prof. Carlos Cereja
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS NOS PROCESSOS DE
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Recursos
Humanos.
Por: Marina de Castro Ribeiro
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, por todo carinho e
empenho para que mais essa etapa fosse
vencida. Ao meu noivo, Marcos Abreu da
Silva Junior, por nunca ter me deixado
desistir e nem mesmo desanimar.
RESUMO
O presente trabalho visa a abordar a importância das redes sociais
virtuais como uma nova ferramenta utilizada nos processos de recrutamento e
seleção de talentos. Para tal, no primeiro capítulo teremos um referencial
teórico sobre as mudanças ocorridas no setor de recursos humanos ao longo
dos anos. No segundo capítulo apresentamos as redes sociais virtuais,
surgimento das mais importantes, difundidas e as que obtiveram um maior
alcance e durabilidade. No terceiro capítulo temos o processo de recrutamento
com alguns conceitos, diferenças entre recrutamento interno e externo e
vantagens e desvantagens de ambos. No capitulo seguinte, tratamos do
processo de seleção com seus conceitos, técnicas e procedimentos. Já no
quinto capítulo encontramos uma ligação entre os processos de recrutamento,
os de seleção e as redes sociais virtuais. No último capítulo, a conclusão,
mostramos o quanto a utilização dessa ferramenta pode ser eficiente e trazer
resultados muito satisfatórios, se for bem empregada dentro das organizações.
METODOLOGIA
A pesquisa será realizada em caráter qualitativo evidenciando a
importância, dentro do setor de recrutamento e seleção, das redes sociais
virtuais nos dias atuais. Para isso, serão realizadas pesquisas em livros,
artigos, revistas, jornais e outras fontes que contribuam com o
desenvolvimento do assunto.
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
CAPÍTULO I ..................................................................................................................... 8
REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 8
CAPÍTULO II ................................................................................................................. 13
AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS .............................................................................. 13
CAPÍTULO III ................................................................................................................ 15
O PROCESSO DE RECRUTAMENTO .................................................................... 15
CAPÍTULO IV ................................................................................................................ 23
O PROCESSO DE SELEÇÃO ................................................................................... 23
CAPÍTULO V ................................................................................................................. 33
O RECRUTAMENTO E AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS ..................................... 33
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................. 39
ANEXOS ........................................................................................................................ 40
7
INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho trata da importância das redes sociais virtuais nas
atividades de recrutamento e seleção de talentos e tratar da questão, como os
avanços dessas redes acrescentam a esses processos?
As redes sociais e as relações humanas estão sendo reconfiguradas de
tal modo que tanto o profissional, quanto a empresa tem a possibilidade do uso
dessa poderosa ferramenta em alavancar seus resultados, para isso, é
necessário compreender o diferencial da ferramenta redes sociais para o setor
de recursos humanos, entender como as redes sociais otimizam os processos
de recrutamento e seleção e reforçar o grande alcance que elas atingem e seu
inegável valor dentro da empresa.
O setor de recrutamento e seleção sempre buscou maneiras de atrair os
melhores profissionais e optou por diversas maneiras de divulgação das
oportunidades, uma dessas maneiras nos últimos tempos é via internet. De
maneira paralela a isso, os profissionais buscam as oportunidades nos mais
variados meios de comunicação e atualmente o mais difundido e usado é via
internet.
O trabalho divide-se em cinco capítulos. No primeiro, temos uma
abordagem sobre as transformações pela qual o setor passou. No segundo,
apresentamos um breve histórico das redes sociais. No terceiro, mostramos os
conceitos de recrutamento e seus subtipos. No quarto, apresentamos os
conceitos e técnicas de seleção de talentos e já no quinto capítulo, mostramos
a correspondência existente entre os dois processos e as redes sociais.
8
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Gary Dessler (2005), o setor de Recursos Humanos
passou por diversos momentos. O primeiro deles, no início do século XX,
mantinha o departamento de recursos humanos para controlar as admissões e
demissões feitas pelos supervisores, controlar os pagamentos e administrar os
planos de benefícios. Grande parte do trabalho consistia em assegurar que os
procedimentos fossem seguidos.
De acordo com o mesmo autor “Quando a tecnologia em áreas
como testes e entrevistas começou a surgir, o departamento de recursos
humanos passou a desempenhar um papel maior na seleção”.
Um segundo momento da administração de pessoal ocorreu com
o surgimento da legislação dos sindicatos, na década de 30, e também “uma
nova ênfase à proteção da empresa em sua interação com os sindicatos”.
Nesse período, o departamento de pessoal era, geralmente, comandado pelos
donos da empresa.
Na década seguinte, houve a Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) que passaram a resguardar tanto mais o funcionário quanto a empresa.
O recrutamento era realizado via jornais de boa circulação e eventualmente
anúncios de rádio, a seleção por um longo período contava de uma prova
específica e muitas vezes datilografia era a maior exigência. Já aqui, o
departamento era comandado por uma chefia de pessoal, que por ter que
possuir um amplo conhecimento das leis trabalhistas, era dirigido por um
profissional da área do direito, como advogados ou bacharéis e seguiu assim
até o final da década de 70.
9
O terceiro momento aconteceu nas décadas de 60 com a
legislação sobre discriminação, a promulgação de leis de segurança do
trabalho, saúde ocupacional e pensões. O departamento também oferecia
especialização em áreas como recrutamento, seleção e treinamento. O setor
conseguia corresponder até muito bem ao que era exigido pela organização,
mas ainda não havia nenhuma preocupação com a implantação de condições
que melhorassem a qualidade de vida dos trabalhadores na empresa.
A área de pessoal aumentava seu status ao passo que negociava com
sindicatos e contratava de modo igualitário, contribuía tanto protegendo a
organização de problemas quanto pela competitividade que fornecia à
empresa.
Uma mudança maior começou a ocorrer a partir da década de 70. O
modelo de organização taylorista começou a entrar em crise em função do
contexto de recessão econômica e, ainda, com o ressurgimento do movimento
operário, em que para assegurar maiores benefícios para os funcionários,
faziam maiores pressões na empresa. Essa nova realidade econômica, política
e social exigiu, por parte da empresa, novas práticas em relação à política de
recursos humanos.
Já na década de 90 o setor passou de protetor para planejador, e
de lá pra cá a área foi evoluindo e, em algumas empresas, já ocupa um papel
de destaque e grande importância na tomada de decisões.
As mudanças no setor de recursos humanos eram lentas, pois o
mercado também era pouco exigente. Porém, logo após esse período a
maneira da empresa gerenciar seus funcionários passou a ser considerado um
elemento crítico e, por sua vez, conforme Dessler:
“as melhores práticas de recursos humanos para muitas
empresas foi investir em contratações altamente
seletivas, equipes e decisões de trabalho
descentralizadas, altos salários, treinamento extensivo e
muito compartilhamento de informações entre
funcionários e gerência”. (DESSLER, 2005, p.9,10).
10
Para Chiavenato as mudanças na maneira de lidar com as
pessoas, dentro das organizações, e nas funções dos recursos humanos
podem ser divididas em três eras: Industrialização Clássica, Neoclássica e Era
da Informação.
Na Industrialização Clássica, os departamentos de pessoal
executavam atividades burocráticas e as pessoas eram consideradas
continuações das máquinas, conforme Chiavenato diz:
“Os departamentos de relações industriais se restringem
a atividades operacionais e burocráticas, recebendo
instruções da cúpula sobre como proceder. As pessoas
são consideradas apêndices das máquinas e meras
fornecedoras de esforço físico e muscular, predominando
o conceito de mão de obra.” (CHIAVENATO, 2010, p. 42).
Na Industrialização Neoclássica, os antigos departamentos de
pessoal passam a ser chamados de departamentos de recursos humanos e
além de tarefas operacionais e burocráticas desenvolvem também funções
operacionais e táticas. Nas palavras de Chiavenato:
“Cuidam do recrutamento, seleção, treinamento,
avaliação, remuneração, higiene e segurança do trabalho
e de relações trabalhistas e sindicais, com várias doses
de centralização e monopólio dessas atividades.”
(CHIAVENATO,2010, p.42).
Na Era da Informação os departamentos de recursos humanos
são substituídos pelas equipes de gestão de pessoas. As pessoas passam a
serem vistas como agentes ativos, não mais passivos, e parceiras das
organizações, segundo Chiavenato:
11
“...lidar com as pessoas deixou de ser um problema e
passou a ser a solução para as organizações. Deixou de
ser um desafio e passou a ser uma vantagem competitiva
para as organizações bem sucedidas.” (CHIAVENATO,
2010, p. 42).
Ver quadro comparativo das três eras no anexo 1.
Nos últimos tempos, o setor passou por muitas transformações,
de acordo com Chiavenato (2010): “os papéis hoje assumidos pelos
profissionais de RH são múltiplos: eles devem desempenhar papéis
operacionais e ao mesmo tempo estratégicos” (p.45).
Ainda de acordo com as ideias do autor, existem seis processos
básicos incluídos nesse novo modelo de gestão de pessoas, são eles:
• Processos de agregar pessoas: utilizados para a inclusão
de novas pessoas na empresa. Constituídos pelo
recrutamento e seleção.
• Processos de aplicar pessoas: utilizados para demonstrar
as atividades que serão realizadas pelas pessoas e
acompanhar seu desempenho. Constituídos pelo desenho
organizacional, desenho de cargos, análise e descrição de
cargos, orientação das pessoas e avaliação de
desempenho.
• Processos de recompensar pessoas: utilizados para
satisfazer as necessidades individuais. Constituídos pela
remuneração, benefícios, serviços sociais e recompensas.
• Processos de desenvolver pessoas: utilizados para
desenvolver e aperfeiçoar o profissional e pessoal das
12
pessoas. Constituídos pelo treinamento, desenvolvimento,
gestão do conhecimento, gestão de competências,
aprendizagem e desenvolvimento de carreiras.
• Processos de manter pessoas: utilizados para a criação de
ambientes favoráveis para que as pessoas desenvolvam
suas funções de maneira saudável. Constituídos pela
cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança
e qualidade de vida.
• Processos de monitorar pessoas: utilizados para
acompanhar e verificar os resultados das tarefas
realizadas. Constituídos pelo banco de dados e sistemas
das informações gerenciais.
Todos os processos são de igual importância dentro das
organizações e a uma má realização de qualquer um deles influencia direta ou
indiretamente os demais, tal a ligação existente entre eles.
O novo papel da gestão de pessoas é lidar com pessoas, com o
trabalho delas, com a cultura organizacional, com o modo que a gestão é
utilizada elos gerentes e gestores, enfim, como o capital humano.
13
CAPÍTULO II
AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS
Muitas foram as mudanças introduzidas no setor de gestão de
pessoas pelo aumento significativo por parte da população no uso das redes
sociais virtuais.
O setor de recursos humanos pode visualizar essas redes como
uma ferramenta útil e ágil no processo de captação e seleção de profissionais
para suas organizações.
Logo após o surgimento da internet, mais especificamente na
década de 90, idealizada por Tim Barners-Lee surgiria a web que mantinha
como principal propósito o compartilhamento de arquivos com seus amigos.
Assim, os e-mails foram a primeira forma de relacionamento na
web. Posteriormente, com um aumento significativo no número de usuários,
notou-se a necessidade da criação de uma rede mais abrangente, com uma
ampliação das redes de contatos e daí surgiu o “ClassMates.com”, em 1995.
Pouco tempo depois surgiria o “AOL Instant Mensseger”, em
1997, pioneiro na categoria bate papo, popularizando as mensagens
instantâneas.
Também em 1997 surgiu o “Sixdegress” que foi a primeira rede
social que permitiu a publicação, criação de um perfil virtual e visualização de
perfis de terceiros. Tinha como propósito aumentar a lista de contatos, através
de amigos de amigos.
Em 2002 foi criada a “Friendster”, que mantinha o conceito de
aumentar o círculo de amizades e por isso, fazia uma ligação entre pessoas
com interesses em comum.
Em 2003 duas redes sociais foram criadas: O “My Space” que se
destacou por ser uma rede social totalmente interativa, tornando-se a rede
social mais popular, principalmente nos Estados Unidos. E também foi o ano
14
do “LinkedIn” que tinha uma proposta diferenciada. Ele não tinha como foco a
interação de pessoas com outros amigos e sim a ligação de pessoas pelo seu
perfil profissional.
Em 2004 foi o nascimento do “Orkut”, tinha como proposta a
criação de novas amizades e conseguiu alcançar sucesso mundial.
Em 2004 também foi o ano de criação de outra rede que
conseguiu alcance mundial: o “Facebook”, que no início seria utilizado somente
pelos estudantes de Harvard e em 2006 teve seu uso difundido entre outros
usuários pelo mundo todo. Atualmente, é a rede social mais popular do país e
possui um grande poder de adaptação às novas tendências.
Já em 2006 tivemos a criação do “Twitter” que inovou o mercado
das redes sociais no que diz respeito à velocidade da informação. Outra
inovação do Twitter é que nele só é possível digitar mensagens de, no máximo,
140 caracteres.
As redes sociais virtuais são grupos ou espaços específicos na
Internet, que permitem partilhar dados e informações, sendo estas de caráter
geral ou específico, das mais diversas formas (textos, arquivos, imagens fotos,
vídeos, etc.). Há também a formação de grupos por afinidade, formando
comunidades virtuais, com ou sem autorização, e de espaços abertos ou não
para discussões, debates e apresentação de temas variados.
Vale ressaltar que algumas outras redes sociais digitais
apareceram entre algumas das já citadas anteriormente. Separamos as mais
importantes, difundidas e que conseguiram maior alcance entre os usuários e
durabilidade.
15
CAPÍTULO III
O PROCESSO DE RECRUTAMENTO
Existem muitas concepções a respeito do conceito de
recrutamento e todas são igualmente importantes e válidas.
Segundo Bohlander, Snell, Sherman (2003, p. 76), “O
recrutamento é o processo de localizar e incentivar candidatos potenciais a
disputar vagas existentes ou previstas”. E continuam com:
“O preenchimento de determinada vaga por alguém de
dentro ou de fora da empresa dependerá da
disponibilidade do pessoal, das políticas de RH e dos
requisitos do cargo a ser preenchido.” (BOHLANDER,
SNELL, SHERMAN, 2003, p. 76).
Para Chiavenato (2010, p. 115):
“É o conjunto de políticas é ações destinadas a atrair e
agregar talentos à organização para dotá-la das
competências necessárias ao seu sucesso.”
(CHIAVENATO, 2010, p. 115).
E ainda de acordo com Chiavenato (apud Walter R. Mahler): “É o
conjunto de atividades desenhadas para atrair candidatos qualificados para
uma organização.” Conforme Chiavenato (apud John M. Ivancevich),
recrutamento:
“É um conjunto de técnicas e procedimentos que visa
atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes
de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente
16
um sistema de informação, por meio do qual a
organização divulga e oferece ao mercado de recursos
humanos as oportunidades de emprego que pretende
preencher.” (CHIAVENATO, 2010, p. 115, apud JOHN M.
IVANCEVICH).
Ainda segundo Chiavenato (apud John M. Ivancevich):
“É o processo de atrair um conjunto de candidatos para
um particular cargo. Ele deve anunciar a disponibilidade
do cargo no mercado e atrair candidatos qualificados para
disputa-lo. O mercado do qual a organização a
organização tenta buscar os candidatos pode ser interno,
externo ou uma combinação de ambos. Em outras
palavras, a organização deve buscar candidatos dentro
dela, fora dela ou em ambos os contextos.
(CHIAVENATO, 2010, p.115, apud JOHN M.
IVANCEVICH).
Seja qual for o conceito adotado pela empresa, o importante é
que o recrutamento é considerado uma ferramenta de captação de talentos,
que possuam as competências exigidas, para a realização de tarefas
previamente determinadas. Como apresenta Chiavenato (2010): “O
recrutamento deve ser uma atividade contínua e ininterrupta.” (p.117)
O processo de recrutamento pode, ainda, ser dividido em interno
ou externo.
3.1 - Recrutamento Interno
O recrutamento interno consiste em preencher oportunidades
surgidas dentro da organização com profissionais de dentro da própria
empresa.
17
Algumas das vantagens, afirmam Bohlander, Snell e Sherman
(2003, p. 76): “Preenchendo vagas dessa maneira, uma empresa pode
capitalizar o investimento feito no recrutamento, seleção, treinamento e
desenvolvimento de seus atuais funcionários”. E como desvantagem, apontam:
“Candidatos contratados de fora, principalmente para
certas posições técnicas e gerenciais, podem ser uma
fonte de ideias e podem trazer consigo os conhecimentos
mais recentes adquiridos de seus empregadores
anteriores". (Bohlander, Snell e Sherman, 2003, p. 76).
Conforme diz Chiavenato: “o recrutamento interno aborda os
atuais colaboradores da organização...” e continua:
“... funciona através da oferta de promoções (cargos mais
elevados e, portanto, mais complexos, mas dentro da
mesma área de atividade da pessoas) e de transferências
(cargos do mesmo nível, mas que envolvam outras
habilidades e conhecimentos da pessoa e situados em
outra área de atividade na organização).” (CHIAVENATO,
2010, p. 115).
O autor ainda nos comtempla com uma série de vantagens e
desvantagens do recrutamento interno, como:
Vantagens:
� “Aproveita melhor o potencial humano da organização.”
� “Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos
atuais funcionários.”
� “Incentiva a permanência e a fidelidade dos funcionários à
organização.”
18
� “Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança
ambiental.”
� “Não requer socialização organizacional de novos
membros.”
� “Probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são
bem conhecidos.”
� “Custa financeiramente menos do que fazer recrutamento
externo.”
Desvantagens:
� “Pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e
expectativas.”
� “Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual.”
� “Mantem quase inalterado o atual patrimônio humano da
organização.”
� “Ideal para empresas burocráticas e mecanísticas.”
� “Mantem e conserva a cultura organizacional existente.”
� “Funciona como um sistema fechado de reciclagem
contínua.”
(CHIAVENATO, 2010, p.117).
3.2 - Recrutamento Externo
O recrutamento externo consiste em atrair os melhores
candidatos disponíveis no mercado de trabalho.
Chiavenato (2010, p. 120), sugere algumas técnicas para o
recrutamento externo como:
• “Anúncios em jornais e revistas especializadas”: jornais
locais ou regionais são, geralmente, utilizados para cargos
19
como funcionários, supervisores e gerentes de escritório.
Jornais mais populares são os mais indicados para cargos
de empregados especializados. Já as revistas
especializadas são utilizadas para cargos mais específicos.
• “Agências de recrutamento”: as empresas podem recorrer
as empresas de recrutamento para que essas forneçam
candidatos já, previamente, cadastrados em seu banco de
dados. Para cargos mais elevados existem as agências de
headhunters que entrevistam e já pré-selecionam os
candidatos que disputam as vagas de mais alto grau.
“Existem três tipos de agências de recrutamento": As
“Agências operadas pelo governo no nível federal,
estadual ou municipal”; “agências associadas com
organizações não lucrativas” e as “agências particulares ou
privadas de recrutamento”.
• “Contatos com escolas, universidades e agremiações”: o
importante é desenvolver uma rede de contatos com estes
estabelecimentos para divulgar as oportunidades que o
mercado está oferecendo e “criar uma atitude favorável
entre os candidatos em potencial.” (CHIAVENATO, 2010,
p. 122).
• “Cartazes ou anúncios em locais visíveis”: indicado para o
recrutamento de cargos simples. Técnica de baixo custo.
• “Apresentação de candidatos por indicação de
funcionários”: a empresa estimula os funcionários a
recomendarem ou apresentarem candidatos. Também tem
baixo custo para os recrutadores.
• “Consulta aos arquivos de candidatos”: banco de dados de
candidatos que se apresentaram ou que não foram
selecionados em recrutamentos anteriores.
20
• “Recrutamento virtual”: recrutamento feito através dos
meios eletrônicos, tem um alto valor agregado por seu
imediatismo e na facilidade de interação entre recrutadores
e candidatos, dispensando qualquer tipo de intermediário.
• “Banco de candidatos ou banco de talentos”: é um banco
formado por candidatos que não aproveitados em outros
processos.
Veremos, a seguir, as vantagens e desvantagens, segundo
Chiavenato, do recrutamento externo:
Vantagens:
� “Introduz sangue novo na organização: talentos,
habilidades, expectativas”.
� “Enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos
talentos e habilidades”.
� “Aumenta o capital intelectual ao incluir novos
conhecimentos e destrezas”.
� “Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas
aspirações”.
• “Incentiva a interação da organização com o mercado de
recursos humanos”.
• “Indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o
capital intelectual”.
21
Desvantagens:
� “Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários
da organização”.
� “Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer
oportunidades a estranhos”.
� “Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos
candidatos externos. Isso significa custos operacionais”.
� “Exige esquemas de socialização organizacional para os
novos funcionários”.
� “É mais custos, oneroso, demorado e inseguro que o
recrutamento interno”.
(CHIAVENATO, 2010, p. 119).
Ver quadro no anexo 2.
Nas palavras de Chiavenato (2010, p. 129): “O recrutamento não
é uma atividade que possa ser isolada da estratégia da empresa”. E continua:
“O recrutamento é o conjunto de atividades desenhadas
para atrair um conjunto de candidatos qualificados para
uma organização”.
Completa com:
“Recrutar pessoas passou a ser estratégico para as
organizações. Atrair talento é fundamental para o sucesso
organizacional, seja no longo ou no curto prazo”.
22
E finaliza com:
“O desafio principal do recrutamento é agregar valor à
organização e às pessoas. Como toda e qualquer
atividade importante, o recrutamento deve proporcionar
resultados para ambas as partes”.
23
CAPÍTULO IV
O PROCESSO DE SELEÇÃO
A seleção de pessoas é um processo que ocorre posteriormente
ao recrutamento. Após a organização fazer a divulgação do cargo em aberto
começa o procedimento de, entre os candidatos disponíveis, escolher o que
melhor se adequa a organização e ao cargo oferecido.
Segundo Chiavenato (2012, p. 133): “... a seleção é uma
atividade de escolha, de classificação e de decisão e, portanto, restritiva e
obstativa”.
Funcionando como uma espécie de filtro, a seleção permite que
só os candidatos com um específico conjunto de características, determinados
pela empresa, possam nela ingressar.
Vamos apresentar alguns conceitos de seleção que vigoraram e
ainda vigoram nos dias atuais.
“seleção é o processo pelo qual uma organização escolhe
de uma lista de candidatos a pessoa que melhor alcança
os critérios de seleção para a posição disponível,
considerando as atuais condições do mercado”.
(CHIAVENATO apud DAVID A. CENZO & STEPHEN P.
ROBBINS).
“seleção é a obtenção e uso da informação a respeito de
candidatos recrutados externamente para escolher qual
deles deverá receber a oferta de emprego”.
(CHIAVENATO apud JOHN M. IVANCEVICH).
“seleção é um processo decisório baseado em dados
confiáveis para agregar talentos e competências capazes
24
de contribuir no longo prazo para o sucesso da
organização”. (CHIAVENATO apud GEORGE T.
MILKOVICH).
O processo de seleção que melhor atende as organizações nos
dias atuais é aquela que foca as competências indispensáveis para o sucesso
empresarial.
Sendo assim, existem duas vertentes que fundamentam o
processo seletivo, segundo Chiavenato (2010, p. 134): “o cargo a ser
preenchido ou as competências a serem capturadas”. Assim:
“de um lado, o processo seletivo baseia-se em dados e
informações sobre o cargo a ser preenchido ou, de outro
lado, ocorre em função das competências desejadas pela
organização”. (CHIAVENATO, 2010, p. 134).
Dependendo do foco, o processo seletivo pode ser feito de
algumas maneiras:
• “Seleção como um processo de comparação”: regido de
um lado pelos requisitos do cargo a ser ocupado e no outro
lado estão as características dos candidatos que
concorrem para essa vaga. Ocorre uma comparação entre
ambos e podem surgir três situações distintas: o candidato
ter suas características consideradas abaixo do desejado,
no nível desejado e acima do nível desejado.
• “Seleção como um processo de decisão e escolha”:
acontece de vários candidatos possuírem as
características exigidas pela organização para a ocupação
de determinado cargo. A empresa de seleção aplica
técnicas de seleção e indica os que considerar melhor.
25
Cabe a empresa requisitante escolher e decidir quem
ocupará o cargo pretendido.
� “Modelo de colocação, seleção e classificação de
candidatos”: No modelo de colocação só existe uma
vaga e um candidato. O candidato deve ser admitido
se qualquer rejeição. No modelo de seleção existem
vários candidatos para uma vaga. É feita uma
comparação entre cada candidato e a vaga
existente, se aprovado o candidato deverá ser
admitido e se reprovado o candidato deverá ser
dispensado do processo. Já no modelo de
classificação, existem vários candidatos para cada
vaga e várias vagas para cada candidato. O
candidato vai tendo suas características
comparadas com as exigidas pelo cargo e se
aprovado, será admitido e se rejeitado, será
comparado com outros requisitos exigidos por
outras vagas que pretendem ser preenchidas.
Conforme diz Chiavenato:
“... parte de um conceito ampliado de candidato: a
organização não o considera interessado em um
único e determinado cargo, mas candidato da
organização e que poderá ser posicionado no cargo
mais adequado às suas características. É a
abordagem mais ampla e eficaz”. (CHAVENTATO,
2010, p. 136).
� “Modelo de agregação de valor”: cada candidato é
visto a partir das características que poderá oferecer
à organização. Se essas características
26
interessarem, o candidato será admitido, se não
interessarem, do ponto de vista organizacional, será
rejeitado.
“a ideia básica é incrementar o portfólio de
competências organizacionais que garantem a
competitividade organizacional”. (CHIAVENATO,
2010, p. 136).
Ver quadro no anexo 3.
Existe ainda a parte que consiste na identificação das
características pessoais dos candidatos. Chiavenato (2010, p. 137) diz: “Quase
sempre, as características individuais estão relacionadas com quatro aspectos
principais”. A saber, são eles:
• “Execução da tarefa em si”: a tarefa a ser cumprida
necessita de características específicas. Exemplos de
características: facilidade para lidar com números, aptidão
verbal, aptidão auditiva e etc.
• “Interdependência com outras tarefas”: a tarefa a ser
cumprida depende de outras tarefas para ser iniciada ou
terminada. Exemplos de características: facilidade de
coordenação, resistência à frustração e etc.
• “Interdependência com outras pessoas”: a tarefa a ser
cumprida exige contato com pessoas de diferentes níveis
hierárquicos. Exemplos de características: colaboração e
cooperação, iniciativa, facilidade de comunicação e etc.
• “Interdependência com a unidade organizacional ou com a
própria organização”: a tarefa a ser cumprida exige do
candidato identificação com a área ou departamento ao
qual ele pertencerá.
27
A seleção pode acabar sendo um processo de comparação e
escolha, mas para isso ela deve oferecer alguns padrões para que essa
comparação possa ser feita. Geralmente, o padrão de comparação é fornecido
a partir do cargo que deverá ser preenchido ou das competências que o
candidato deve possuir para ocupar tal posição.
Quando a informação for a partir da descrição do cargo existem
cinco maneiras dela ser coletada. Segundo Chiavenato (2010, p. 139) são
elas:
• “Descrição e análise do cargo”: Consiste no levantamento
do conteúdo do cargo e das características que o cargo
exige do candidato que irá ocupa-la. Feito isso, o processo
se concentrará na pesquisa e na avaliação dos requisitos
solicitados e nas características possuídas pelos
candidatos. Na opinião de Chiavenato:
“A colheita de informações baseadas na descrição e
análise do cargo é muito superior em qualidade e
quantidade às demais outras maneiras”. (CHIAVENATO,
2010, p. 139).
• “Técnica dos incidentes críticos”: Técnica altamente
subjetiva que consiste dos requisitantes do cargo,
anotações com características desejáveis e indesejáveis já
percebidas, por eles, em momentos anteriores, por outros
funcionários que ocuparam esse mesmo cargo.
“...constituí um excelente meio de colheita de dados a
respeito de cargos cujo conteúdo depende basicamente
das características pessoais que o ocupante do cargo
deverá possuir para um desempenho bem-sucedido”.
(CHIAVENATO, 2010, p. 140).
28
• “Requisição de pessoal”: ordem de serviço emitida para
solicitar uma pessoa para ocupar determinado cargo. Nela
constam ainda campos preenchidos, pelo requisitante da
vaga, com os requisitos e características desejáveis ao
candidato.
• “Análise do cargo no mercado”: quando se trata de um
cargo novo ou de cargos que estão altamente ligados a
evolução tecnológica, algumas empresas fazem uma
comparação com cargos similares existentes em outras
empresas ou em organizações de sucesso para a
obtenção de informações sobre o cargo. Nas palavras de
Chiavenato:
“Modernamente, as empresas estão fazendo
benchmarking, isto é, comparando os seus cargos com a
estrutura dos cargos das empresas bem-sucedidas no
mercado, no sentido de desenhá-los melhor e adequá-los
às novas demandas do mercado”. (CHIAVENATO, 2010,
p. 140).
• “Hipótese de trabalho”: consiste numa aproximação do
conteúdo exigido pelo cargo e de que características o
ocupante deverá possuir. Conforme Chiavenato (2010,
p.142): “Trata-se de estabelecer hipóteses ou ideias
antecipadas a respeito do cargo a ser preenchido”.
O processo seletivo pode ser definido também pelas
competências individuais. Quanto mais bem definida for a competência
desejada melhor será a comparação realizada entre os candidatos que a
possuírem. De acordo com Chiavenato (2010, p. 142): “As competências
podem ser hierarquizadas da seguinte maneira”, em: competências essenciais
29
da organização que são as competências organizacionais que mantem sua
vantagem competitiva; em competências funcionais que são competências
especializadas criadas ou mantidas por cada departamento dentro da
organização e que servem de base para as competências organizacionais
essenciais; em competências gerenciais que são competências individuais que
devem ser possuídas por cada pessoa que ocupe um cargo de gestor de
pessoas e em competências individuais que são competências pessoais que
cada indivíduo deve possuir para poder atuar na organização.
Depois de possuir a descrição do cargo a ser preenchido ou das
competências desejadas passamos para a próxima etapa, que consiste em
verificar qual dos candidatos recrutados possui todas ou a maioria das
caraterísticas descritas.
Para conseguir averiguar essas informações necessitamos
selecionar ou desenvolver o melhor conjunto de técnicas de seleção e assim
conseguir comparar e escolher os candidatos mais adequados.
Chiavenato (2010, p. 143) divide as técnicas de seleção em cinco
categorias, a saber: “entrevista, prova de conhecimento ou capacidade, testes
psicológicos, testes de personalidade e técnicas de simulação”.
• “Entrevista de seleção”: técnica mais utilizada nas
organizações. Ocorre da interação entre entrevistado e
entrevistador. São aplicados vários estímulos no
entrevistado a fim de descobrir se o candidato possui as
competências desejadas. Para que haja maior
confiabilidade no processo de entrevista, dois quesitos
precisam estar bem estruturados: a construção do
processo de entrevista e o treinamento dos
entrevistadores.
Vantagens:
� “Permite contato face a face com o candidato”.
30
� “Proporciona interação direta com o candidato”.
� “Focaliza o candidato como pessoa humana”.
� “Permite avaliar como o candidato se comporta e suas
reações”.
Desvantagens:
� “Técnica altamente subjetiva e forte margem de erro e
variação”.
� “Nem sempre o candidato se sai bem na entrevista”.
� “Difícil comparar vários candidatos entre si”.
� “Exige treinamento do entrevistador”.
� “Exige conhecimento a respeito do cargo e suas
características básicas”.
As entrevistas podem ser de quatro tipos: “totalmente
padronizada, padronizada apenas nas perguntas, diretiva ou
não diretiva”.
• “Provas de conhecimentos ou de capacidades”: utilizadas
para avaliar o nível de conhecimentos do candidato em
relação ao cargo a ser preenchido. São classificadas
quanto à forma de aplicação (provas orais, escritas ou de
realização), à abrangência (provas gerais ou específicas) e
quanto à organização (provas tradicionais ou objetivas).
• “Testes psicológicos”: são utilizados como uma medida de
desempenho. São aplicados sob condições padronizadas e
se baseiam em amostras estatísticas de comparação.
• “Testes de personalidade”: revelam alguns aspectos das
características superficiais das pessoas, como os
determinados pelo caráter e os determinados pelo
temperamento. Nas palavras de Chiavenato (2010, p. 155):
31
“O termo personalidade representa a integração única de
características mensuráveis relacionadas com aspectos
permanentes e consistentes de uma pessoa".
• “Técnicas de simulação”: São técnicas de dinâmica de
grupo e são usadas como um complemento do
diagnóstico.
São muitas as maneiras existentes de se selecionar candidatos,
por isso, cada organização deve escolher e elaborar como funcionará o seu
processo de seleção para que ele atenda às necessidades reais com eficiência
e eficácia. Conforme diz Chiavenato:
“Apesar do seu custo operacional aparentemente
elevado, o processo seletivo traz importantes resultados
para a organização como:
� Adequação das pessoas ao cargo e satisfação no
trabalho.
� Rapidez no ajustamento e integração do novo
empregado às novas funções.
� Melhoria gradativa do potencial humano através da
escolha sistemática dos melhores talentos.
� Estabilidade e permanência das pessoas e redução
da rotatividade.
� Maior rendimento e produtividade pelo aumento da
capacidade das pessoas.
� Melhoria do nível das relações humanas pela
elevação do moral.
� Menores investimentos e esforços em treinamento,
pela maior facilidade em aprender as tarefas do
cargo e novas atividades trazidas pela inovação.
32
E o incremento do capital humano na organização, o
que significa aumento de competências e do capital
intelectual”.
33
CAPÍTULO V
O RECRUTAMENTO E AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS
O processo de recrutamento e seleção é essencial dentro de um
mercado altamente competitivo. Dessa forma, uma das maneiras de buscar,
atrair e selecionar profissionais que se identifiquem tanto com a cultura quanto
com as exigências organizacionais é utilizar os meios de comunicação.
A própria internet e, principalmente, as redes sociais virtuais
introduziram na sociedade uma nova forma de relação interpessoal e
comunicação.
As redes sociais são cada vez mais utilizadas por profissionais de
recursos humanos para recrutar talentos. Captar candidatos nas redes, criar
páginas nas redes sociais para contatar candidatos aos programas de trainees,
investir em hotsites para divulgação de vagas, trabalhar a divulgação nas
diversas redes, buscar profissionais online e observar o perfil dos candidatos
em suas páginas pessoais estão entre as novas ferramentas de comunicação
no dia a dia dos profissionais de recursos humanos.
As redes sociais de trabalho e/ou empresariais compartilham
informações com estudantes, executivos de diversas áreas. As informações
compartilhadas são de eventos, cursos, vagas para trabalho, entre outros,
todos envolvendo áreas profissionais. Os membros podem indicar colegas
dentro das redes para serem contratados, facilitando assim, a sua própria
divulgação.
Essa nova maneira de se pensar em recrutamento tem sido de
muita serventia nas empresas que resolveram adotar, além do método
tradicional, essa nova forma de captação de talentos.
As empresas perceberam nesse novo jeito de fazer o processo
uma oportunidade no aumento do alcance na divulgação das oportunidades.
Se antes, por exemplo, com um anúncio você alcançava um bairro de um
34
grande estado, hoje com as redes sociais o anúncio consegue alcançar todo
um país. E ainda temos a agilidade que esse novo método trouxe consigo.
Logo após a publicação de uma oportunidade já é possível receber inúmeras
respostas e candidatos a fim de participarem do processo.
Pode-se citar como característica do recrutamento virtual:
comunicação das vagas através da internet/intranet, uso de tecnologias para a
triagem de currículos, banco de dados atualizado e eficiente na busca por
características específicas, feedback on-line bem como modernas formas de
avaliação incluindo bancos curriculares, sites especializados em oferta de
trabalho, salas de bate papo e fóruns de discussões.
A fim de otimizar o uso dessa ferramenta, Octavio Pitaluga Neto,
fundador da Tech-bridges Marketing Ltda., postado no site www.rh.com.br, lista
10 dicas sobre as redes sociais nos recursos humanos das empresas.
1 - Defina sua meta - O trabalho com redes sociais permite alcançá-la. Pode
ser no recrutamento e seleção da equipe interna, como fator motivacional para
reter os melhores talentos e, mesmo, ajudando na transição de carreira
daqueles que se desligam.
2 - Conheça as principais redes sociais - Não basta registrar-se em dois
sites e achar que está tudo certo. Os sites não fazem nada por você, se não
começar a fazer por si próprio. Capacite sua equipe interna para atuar em
redes sociais, objetivando atingir as metas corporativas. Esse é um excelente
desafio a ser liderado pelo RH das empresas juntamente com as áreas de
Marketing e Negócios. O ROI (Return Over Investment) só será positivo se
você aplicar o conhecimento de imediato.
3 - Contribua com as redes - Preencha seu perfil com foto, seja transparente.
Não se esconda e nem fique apenas tirando das redes, sem oferecer qualquer
contrapartida. Publique regularmente as oportunidades disponíveis na sua
empresa.
35
4 - Ative seus contatos - Convide as pessoas a se conectarem a você nas
principais ferramentas de sua escolha e entenda que elas nem sempre estarão
em todas, mas apenas naquelas de sua maior afinidade. Construa uma
comunidade de profissionais de valor que saberão indicar outros profissionais
do mesmo quilate para compor sua equipe.
5 - Tenha um blog corporativo - Em português e/ou em idioma estrangeiro.
Defina a proposta única e o posicionamento do mesmo. Integre seu blog a
outras redes sociais, fazendo dele o ponto central de contato com seus pares.
6 - Desenhe uma estratégia on-line - Complementando suas ações no
mundo real, tenha uma clara estratégia em mídias sociais usando de todos os
recursos disponíveis de forma integrada com foco nos objetivos da empresa.
7 - Organize palestras - Não basta apenas ter ação on-line. Apareça para o
mundo e compartilhe seu conhecimento com palestras de preferência em
fóruns específicos e privilegiados. Convide palestrantes externos, uma vez que
eles poderão apresentar uma visão inovadora à sua empresa.
8 - Agende eventos de networking - Seus funcionários são os embaixadores
da empresa em qualquer lugar. Estimule-os a organizar e a participar de
eventos de networking. Esteja sempre atento às oportunidades de indicar um
talento ou oportunidade de negócio para a empresa. Publique os eventos nas
principais redes sociais. Tenha atenção ao novo estilo de liderança em redes
de relacionamentos, CNO - Chief Networking Officer.
9 - Tenha sua própria rede social - Ao invés de ter os contatos apenas nas
redes espalhadas, centralize-os num banco de dados e depois migre o mesmo
para uma rede social ao redor de sua marca/nome. Uma rede social ativa e
vibrante impacta positivamente no valuation do seu negócio e torna seu
trabalho de recrutamento e seleção infinitamente mais fácil além de uma
substancial redução nos custos do processo.
10 - Integre com Web-TV - Já existem formas e integrar Web-Tv as redes
sociais. A Web-TV pode funcionar como um canal de comunicação interna e
36
com os diversos colaboradores externos. Pode, inclusive, tornar-se um
repositório de vídeos educacionais e de mensagens institucionais aos mais
diversos grupos de stakeholders.
Não podemos esquecer que o recrutamento online não substitui o
recrutamento feito de forma convencional. Um serve para auxiliar o outro, e
para que haja perfeita interação entre eles é preciso que os recrutadores
também sejam treinados para a utilização adequada dessa nova ferramenta.
37
CONCLUSÃO
Muitas foram as mudanças ocorridas no setor de recursos
humanos ao longo dos anos, o setor mudou de nome, avançou com suas
características e passou de setor operacional para estratégico.
Com o avanço tecnológico, as organizações que melhor
aproveitaram esses avanços na hora da captação de talentos perceberam que,
se bem utilizada, as redes sociais virtuais abrem um novo universo de
possibilidades e aumentam, de forma muito considerável, o alcance das
informações que a empresa deseja divulgar.
A cada dia aumenta o número de empresas que utilizam as redes
sociais virtuais em seu processo de recrutamento, seleção entre outros,
aumentando a importância, do que veio a se tornar, uma nova ferramenta para
o setor.
As empresas utilizam as redes, aproveitando o grande tráfego de
usuários, como uma ferramenta de agregação da informação nos espaços
virtuais, permitindo um fácil acesso a todos os interessados e principalmente,
gerando uma economia nos investimentos.
O que devemos ressaltar é que são necessários profissionais
qualificados para que os pontos positivos na utilização da redes superem os
negativos, pois uma utilização inadequada pode trazer tanto prejuízos na
imagem da organização quanto prejuízos financeiros.
Por ser um método ainda recente e cujas potencialidades não
estão completamente exploradas, as redes sociais funcionam ainda como um
complemento aos meios tradicionais de recrutamento, não superando a
utilização destes últimos. As empresas continuam a recorrer, na maioria, aos
jornais, site da própria empresa, sites de recrutamento, entre outros. Desta
forma, o recrutamento online é encarado como mais um meio à disposição
para atingir o objetivo, apesar de já recorrerem com bastante frequência a
algumas das redes sociais.
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Atualmente algumas empresas criaram as suas próprias redes
sociais online enquanto elemento facilitador da comunicação entre todos os
colaboradores da empresa. Estas redes proporcionam uma maior interação
entre empresa e trabalhador, e ao mesmo tempo, são também utilizadas para
publicitar as ofertas de recrutamento interno. Desta forma, os trabalhadores
estão constantemente informados sobre o que de mais relevante acontece no
seu local de trabalho.
Para se alcançar o sucesso no uso desse método é preciso ter
acesso a todas as informações e de forma atualizada, descartar aquelas que
foram úteis e deram certo no passado mais que agora se tornam obsoletas. É
necessário que os envolvidos no processo tenham uma nova conduta e que
possa desenvolver um pensamento maior sobre o processo.
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOHLANDER, George; SNELL, Scott & SHERMAN, Arthur. Administração de
Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. OLIVEIRA, Natanael. A história das redes sociais. Disponível em:
http://www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/. Acesso em:
18/12/2012.
NETO, Octavio Pitaluga. A área de RH e as redes sociais. Disponível em:
http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Artigo/6374/a-area-de-rh-e-as-redes-
sociais.html. Acesso em 21/12/2012.
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ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Quadro comparativo; Anexo 2 >> Quadro que exemplifica uma forma eficiente de recrutamento tanto
interno quanto externo;
Anexo 3 >> Quadro “responsabilidade de linha – função de staff”; Anexo 4 >> Quadro “identificação das características pessoais dos candidatos”;
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ANEXO 1 Quadro comparativo das três eras no setor de recursos humanos.
Características Relações Industriais Administração de recursos humanos Gestão de pessoas
Formato do trabalho Centralização total das
operações no órgão de RH
Responsabilidade de linha e função de staff
Descentralização rumo aos gerentes e
às suas equipes
Nível de atuação Burocratizada e operacional. Rotina
Departamentalizada e tática
Focalização global e estratégica no negócio
Comando da ação
Decisões vindas da cúpula da organização e ações centralizadas
no órgão de RH
Decisões vindas da cúpula da área e
ações centralizadas no órgão de RH
Decisões e ações do gerente e de sua
equipe de trabalho
Tipo de atividade
Execução de serviços especializados. Centralização e
isolamento da área
Consultoria interna e prestação de serviços
especializados
Consultoria interna. Descentralização e compartilhamento
Principais atividades
Admissão, demissão, controle de
frequência, legislação do trabalho, disciplina,
relações sindicais, ordem
Recrutamento, seleção, treinamento,
administração de salários, benefícios, higiene e segurança,
relações sindicais
Como os gerentes e suas equipes podem
escolher, treinar, liderar, motivar, avaliar
e recompensar os seus participantes
Missão da área
Vigilância, coerção, coação, punições.
Confinamento social das pessoas
Atrair e manter os melhores funcionários
Criar a melhor empresa e a melhor
qualidade de trabalho
(CHIAVENTATO, 2010, p. 44).
42
ANEXO 2
Quadro que exemplifica uma forma eficiente de recrutamento tanto interno quanto externo:
Recrutamento interno Recrutamento externo
Os cargos vagos são preenchidos por funcionários, que são selecionados e promovidos dentro da organização
Os cargos vagos são preenchidos por candidatos externos que são
selecionados e ingressam na organização
Os candidatos são recrutados internamente dentro dos quadros da
própria organização
Os candidatos são recrutados externamente no mercado de
recursos humanos
Os candidatos já são conhecidos pela organização, passaram por testes de seleção, passaram por programas de
treinamento e foram avaliados quanto ao seu desempenho
Os candidatos são desconhecidos pela organização e precisam ser
testados e avaliados pelo processo seletivo
As oportunidades de emprego melhor são oferecidas aos próprios funcionários,
que podem subir a postos melhores e desenvolver sua carreira profissional
dentro da organização
As oportunidades de emprego são oferecidas ao mercado, cujos candidatos podem disputá-la
(BOHLANDER, SNELL E SHERMAN, 2003, p. 78).
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ANEXO 3
Quadro “responsabilidade de linha – função de staff”.
Responsabilidade de linha Função de staff Decidir quanto ao preenchimento do cargo vago através da emissão da
Requisição de Empregado
Verificar o arquivo de candidatos e/ou executar o processo de recrutamento
Decidir quanto às características básicas dos candidatos
Fazer as entrevistas de triagem dos candidatos que se apresentam
Entrevistar os candidatos Desenvolver técnicas de seleção mais adequadas
Avaliar e comparar os candidatos através dos resultados das entrevistas
e das demais técnicas de seleção
Preparar e treinar os gerentes nas técnicas de entrevistar candidatos
Decidir a respeito da aprovação ou rejeição dos candidatos
Aplicar testes psicométricos ou de personalidade, se necessário
Escolher o candidato final ao cargo Assessorar os gerentes no processo seletivo, se necessário (CHIAVENATO, 2010, p. 137)
44
ANEXO 4
Quadro “identificação das características pessoais dos candidatos”.
(CHIAVENATO, 2010, p. 139)
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
DEDICATÓRIA 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS 8
CAPÍTULO II
AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS 13
CAPÍTULO III
O PROCESSO DE RECRUTAMENTO 15
3.1 – Recrutamento Interno 16
3.2 – Recrutamento Externo 18
CAPÍTULO IV
O PROCESSO DE SELEÇÃO 23
CAPÍTULO V
O RECRUTAMENTO E AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
AXEXOS 40
ÍNDICE 45