DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · O questionário foi aplicado sem campo para ......
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Indisciplina escolar uma realidade e um desafio para escola
atual
Por: Alex Dias Cerqueira
Orientador
Prof. Vilson Sérgio
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Indisciplina escolar uma realidade e um desafio para a escola
atual
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Administração e Supervisão
Escolar
Por:Vilson Sérgio
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela
presença constante em meu ser.
Agradeço profundamente aos
professores e aos colegas de turma
que contribuíram diretamente para
conclusão deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha Esposa,
Filhos, Mãe e Pai pela paciência e ajuda
para que eu pudesse cumprir mais essa
etapa em minha vida.
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RESUMO
Ao olharmos para o meio educacional no Brasil, iremos encontrar uma
realidade que é o problema da indisciplina escolar. Dentro dessa situação
encontramos cada escola com uma postura diferente buscando definir os
limites e disciplinar seus alunos conforme suas filosofias pedagógicas. E sendo
este assunto um desafio para as famílias, escola e também para nossa área
profissional, buscamos esse tema para desenvolver este trabalho.
Tendo em vista que a sala de aula vem a cada dia mostrando os
reflexos de arestas deixadas no desenvolvimento moral da criança e
adolescente tanto no lar como na escola. O trabalho buscou desenvolver este
assunto dividindo-o em três problemas de estudo: o primeiro problema
estudado foi a família do mundo atual, onde ficou demonstrado que as
mudanças ocorridas dentro da estrutura familiar, vem acarretando mudanças
no comportamento das crianças e adolescentes. O segundo problema foi a
liberdade e os novos tempos, onde constatamos que pela falta de uma melhor
orientação as crianças e os adolescentes não estão tendo uma boa base para
exercer bem essa liberdade, e por fim o terceiro problema foi a escola e a
indisciplina, onde foi possível constatar que em muitas situações por falta de
um maior dialogo problemas pequenos se tornam grandes problemas e com
isso a indisciplina aumenta dentro do meio escolar.
Por fim o trabalho mostra que a indisciplina que vem ocorrendo dentro
das escolas não é culpa de um fator isolado, e sim pela multiplicidade de
influências que as crianças e os adolescentes vem sofrendo ao longo do seu
desenvolvimento.
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METODOLOGIA
A abordagem metodológica do trabalho teve por base um levantamento
bibliográfico que procurou explorar a formação da moralidade, tendo como
ponto inicial os estudos de Tiba, seguido de autores renomados.
Além deste, foi realizada uma pesquisa de opinião através da aplicação
de um questionário para vinte professores de 6º e 7º ano do Ensino
Fundamental de duas escolas da rede particular do Município do Rio de
Janeiro.
O questionário foi aplicado sem campo para identificação do nome dos
participantes da pesquisa para preservar a identidade de cada um, assim como
também não será divulgado o nome das escolas.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Família do Mundo Atual 11
CAPÍTULO II - A Liberdade e os Novos Tempos 18
CAPÍTULO III – A Escola e a Indisciplina 25
CONCLUSÃO 37
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
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INTRODUÇÃO
A sequência de episódios violentos envolvendo o espaço escolar não
deixa dúvida quanto a necessidade de se trazer este grande tema em debate.
Em meio a tantas diversidades, regras e combinados, a escola é um local em
que a indisciplina acontece e trás tantas dúvidas. Desta forma, nos últimos
tempos muito tem se discutido sobre a indisciplina na escola, ou melhor, a
indisciplina dos educandos.
A sala de aula tem a cada dia mostrado os reflexos de arestas deixadas
no desenvolvimento da educação moral da criança e adolescente tanto no lar
quanto na escola, e nos últimos dias tem sido uma preocupação crescente
entre os educadores escolares. Nos corredores, no pátio, nas imediações da
escola e principalmente em sala de aula o comportamento dos alunos são
considerados indisciplinados.
Observamos e constatamos as conversas paralelas, dispersão, falta de
vontade de fazer a lição, alunos que não trazem matérias pertinentes às aulas,
fazem bagunça, riscam as carteiras com compasso, comem em sala, mascam
chiclete e colocam em baixo da carteira, não gostam de usar o uniforme e
tantas coisas mais. Estes retratos e situações vêm acontecendo com mais
frequência e nem pais e educadores sabem ao certo onde está a raiz do
problema.
A deficiência da educação no lar é uma realidade, pais tem que
trabalhar e muitos ainda estudam para se qualificar e melhorar o seu currículo.
Em contra partida crianças são deixadas cada vez mais precocemente em
escolas ou até mesmo com avós e babás, essa realidade tem contribuído para
esta queda de qualidade na educação e falta de limites a serem observados
desde a 1º infância.
Nas escolas não é muito diferente o problema, onde os profissionais ou
professores não estão preparados para identificar o problema e assumir
algumas responsabilidades dos pais.
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Os professores, além de trabalhar de maneira eficiente os conteúdos,
precisam participar e/ou colaborar com o processo de disciplina, isto é,
estabelecendo junto aos alunos as regras e limites na sala de aula num clima
de respeito mútuo. Muitas vezes o educador não está preparado para estas
situações.
O problema da disciplina hoje percorre os corredores das escolas,
atravessa os portões e atinge toda sociedade de maneira geral, em todas as
classes sociais.
A sociedade atual espera uma postura da escola diferentemente do que
ocorria no passado, onde a escola era vista como mera transmissora de
conhecimentos e a valorização de aspectos morais éticos para a formação do
futuro cidadão era feita quase que exclusivamente pela família.
A falta de disciplina pelos adolescentes é percebida como uma conduta
extremamente permissiva por parte dos familiares e professores, que implica
uma deficiência na construção de uma postura adequada para o
desenvolvimento de um ser social.
Espero através dessa pesquisa obter informações básicas sobre a
moralidade e como o adolescente se comporta na sala de aula, e através
destas informações investigar a partir do questionário as principais
características de reação do professor em meio à indisciplina de seus alunos, e
fornecer novas informações para resolução dos conflitos gerados à partir de
situações problemas.
Sabe-se que se o relacionamento for pautado em respeito mútuo, o
jovem perceberá a necessidade de respeitar as pessoas com as quais convive.
Porém, respeitar o adolescente não passa por deixa-lo livre para fazer o
que bem lhe convier.
No entanto, o que ocorre é que com tantos psicologismos e
pedagogismo, pensou-se que a educação autoritária que acontecia há tempos
atrás, devia-se passar para uma total permissividade e espontaneidade, fato
este que faz com que algumas de nossas crianças e adolescentes, estejam
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crescendo sem o menor respeito às regras e leis, desconsiderando valores,
sentimentos, enfim, desconsiderando as pessoas, o ser humano.
Dentro dessa linha de pensamento fica claro que não adianta fechar os
olhos para essa realidade, é preciso identificar o problema e buscar resolve-lo
por completo, para que esse problema não venha se repetir.
Visando investigar esse problema mais a fundo o presente estudo foi
dividido em três problemas. O primeiro problema é a família do mundo atual, o
segundo problema é a liberdade e os novos tempos e o terceiro problema é a
escola e a indisciplina.
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CAPÍTULO I
A FAMÍLIA DO MUNDO ATUAL
A realidade em que vivemos apresenta um mundo em grande mudança,
e essas mudanças tem ocorrido de forma cada vez mais acelerada. Dentro
dessa nova realidade se encontram as famílias tendo que se adaptar a esse
novo mundo.
Se voltarmos nossos olhos ao passado veremos as famílias compostas
com pai, mãe e filhos. Onde o pai saia para trabalhar e a mãe ficava em casa
cuidando dos filhos. Hoje essa realidade não é bem assim, pai e mãe estão
inseridos no mercado de trabalho e aos filhos restou as consequências dessa
nova realidade.
Segundo FALSARELLA (2007) a família era a célula da reprodução
social por excelência, assegurava o bom andamento da sociedade civil,
essencial à estabilidade do estado. Era a instância primaria de formação de
bons cidadãos (p35).
Dentro dessa visão a família era o sustentáculo da sociedade e cabia a
ela trazer o equilíbrio, porém o mundo mudou e a família também.
Atualmente as mulheres tem ocupado cada vez mais o mercado de
trabalho, nos bancos Universitários, e já são vistas em grandes quantidades
nas grandes empresas além de profissões que antes eram vistas como
masculina hoje já são ocupadas pelas mulheres.
A realidade de família do mundo atual diz que hoje homem e mulher são
os provedores do lar, e em muitos lares a renda da mulher tem superado a do
homem.
Segundo TIBA (2006) “o papel de mãe sofreu um duro golpe na
sensação de ter que estar junto dos seus filhos, pois ela tem que ficar muito
tempo fora de casa por causa do trabalho”(p.82). O que tem ficado claro é que
muitas crianças chegam a escola antes de estarem preparadas para a
convivência escolar. Cada vez mais cedo a criança tem sido colocada na
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escola, em muitos casos devido ao ritmo de trabalho dos pais. Por conta disso
muitas reações podem surgir. Cabe a todos os envolvidos nesse processo
entender que as crianças estão enfrentando muitas mudanças e alguns
comportamentos apresentados são o caminho que elas encontram para se
adaptar e “sobreviver”. Nessa nova realidade que estão enfrentando as
crianças utilizam todas as armas que elas conhecem, ou porque já viram
alguém usando, ou porque já usaram em alguma outra situação.
É comum algumas atitudes apresentadas por essas crianças como:
birras, choro, mordidas, simulação de dores, bater em colegas, tentar agredir
professor e outras coisas mais. Esses são alguns caminhos que algumas
crianças encontram para tentar se livrar dessa nova realidade que invadiu sua
vida que é o universo escolar. Os professores com todo jeito e educação não
devem permitir tais manifestações, mesmo na presença dos pais o professor
deve intervir, porque essas situações prejudicam a convivência de todos.
Os alunos de forma generalizada sofrem reflexo do meio em que estão
inseridos. O problema disciplinar é, frequentemente, repercussão dos conflitos
da família e do meio social envolvente.
Atualmente o grande foco das criticas e da atribuição de
responsabilidade pelos problemas da disciplina na escola está sendo o aluno
e, especialmente sua família. Objetivamente, VASCONCELLOS (1998)
declara que a família não está cumprindo sua tarefa de estabelecer limites,
desenvolver hábitos básicos. A escola precisa investir no trabalho de formação
e conscientização dos pais. Deve-se esclarecer aos pais a concepção de
disciplina da escola, de forma a minimizar a distância entre a disciplina
domiciliar e a escolar
Percebe-se que cada vez mais os alunos vêm à escola com menos
limites trabalhados pela família. Muitos pais chegam mesmo a passar toda a
responsabilidade para a escola: “pode bater, pode fazer o que quiser; eu já não
posso mais com ele”. Segundo VASCONCELLOS (1988) “ percebemos hoje
duas realidades contraditórias nas famílias: ou a ausência de regras, ou a
imposição autoritária de normas” ( p102).
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Diante de toda crise, muitas famílias estão desorientadas. Muitos
educadores argumentam que não seria tarefa da escola este trabalho com as
famílias. De fato, só que concretamente se não fizermos algo já, enquanto
lutamos por mudança mais estruturais, nosso trabalho com as crianças ficará
muito mais difícil. VASCONCELLOS (1988) comenta que o problema da
disciplina de uma forma generalizada está associado à desvalorização da
escola por parte dos pais: eles raramente aparecem na escola, nas reuniões,
pouco acompanhamento às lições e o dia-dia do aluno no ambiente escolar.
Temos que entender que a família realmente é o primeiro elemento
socializador da criança, não podemos ignorar este fator, mas também não
podemos lhe atribuir toda a culpa pela a indisciplina da criança. Em casa, há
modos diferentes de promover a disciplina.
Segundo TIBA (2006) “ à escola cabe tomar medidas que proíbam,
inibam ou dificultem tais inadequações. Mas não cabe à escola tratar esses
comportamentos” (p150). Fica claro que a escola deve participar desse
processo buscando caminhos para resolver o problema, porém a família deve
sempre está envolvida a cabe à ela buscar todas as ajudas necessárias para
resolução do problema. É dever da escola sempre participar aos pais todo o
comportamento não-natural da criança para que eles possam tomar as
medidas necessárias. Hoje essa realidade está muito presente no universo
escolar e as crianças estão cada vez mais cedo tendo que se adaptar a essa
nova realidade, com tudo isso se faz necessário a todos os que participam
desse processo muita paciência, carinho, atenção e ação para resolver o
problema e ajudar a essas crianças .
Diante dessa nova realidade as mães tem sofrido bastante, pois elas
tem o costume de ficarem se julgando e penalizando.
Com isso a mãe passa entender que todos os problemas que os filhos
venham a enfrentar são culpa dela. TIBA (2006) afirma que “no relacionamento
mãe sufocada / filhos folgados o pai deve interceder para ajudar mãe e filho a
redimensionarem a situação”(p.83).
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Ao invés de ficar se penalizando a mãe deve buscar alternativas que
vão permitir aos filhos se sentirem valorizados e não abandonados. Um bom
caminho que a mãe pode tomar é determinar aos filhos algumas tarefas de
casa que eles podem executar durante o seu dia.
Agindo assim a mãe está inserindo o filho dentro do contexto da família
e consequentemente a criança irá se sentir valorizada, com essas atividades a
mãe já estará internalizando valores importantíssimos para vida do filho.
A criança que se sente valorizada pela família, é uma criança que passa
a ter uma autoestima elevada e o respeito às orientações dos pais passa a ser
muito maior.
Cabe ao pai entender que ele também é muito importante nesse
processo e ele deve apoiar as ações da mãe. Dentro desse processo cabe aos
pais incentivar e valorizar sempre as atividades realizadas pelo filho, nesse
momento não deve realizar criticas e sim valorizar as ações realizadas pelo
filho.
Segundo TIBA (2006) “cada criança tem o seu ritmo, umas são mais
concentradas que outras e gostam de ver o seu trabalho pronto”(p,49).
Nesse desafio chamado educação de filhos, os pais não devem ficar
comparando as crianças entre si e nem mesmo os irmãos. Temos que
entender que crianças são diferentes e devem ter suas características
respeitadas.
Cabe aos pais entenderem que nesse assunto, só tem um resultado ou
todos ganham, ou todos perdem, não tem meio termo. Portanto cabe aos pais
se unirem e buscarem juntos solucionarem todos os problemas.
Outra realidade que tem trazido grandes mudanças na família são as
separações. Os casamentos tem se acabado com muita facilidade, os casais
se preparam tanto, gastam muitas vazes grandes soma de dinheiro em festas
e os casamentos estão durando cada vez menos, e diante dessa realidade
como ficam os filhos?
Normalmente os pais se casam novamente e os filhos ficam em
segundo plano, e em muitos casos são abandonados pelos seus pais.
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GRUNSPUN, 2002, p.12 apud TIBA, 2002,p.12) afirma que “ com amor
os filhos podem ser criados, ou melhor, eles se criam se os pais não
atrapalharem. No amor um filho se cria sozinho, mas por mais que seja amado
ele não se educa sozinho”.
Muitas crianças tem apresentado problemas graves de relacionamentos
e indisciplina na escola devido a esse momento de instabilidade familiar, onde
os filhos muitas vezes acabam perdendo a referência e ficando no meio dessa
guerra.
Cabe aos pais entenderem que mesmo quando o casamento acaba os
filhos não acabam, e devem ser cuidado pelos pais. Infelizmente crianças
estão sofrendo com essa realidade, a educação dos filhos é de total
responsabilidade dos pais, e eles não podem se esquecer dessa realidade,
independente de constituírem uma nova família eles não podem abandonar os
filhos do primeiro casamento.
TIBA (2006) afirma que “ausência física não se compensa com
presentes nem com permissividade”(p.87).
Filhos estão sendo abandonados a cuidados de terceiros, infelizmente
muitos pais não estão conseguindo equilibrar essa nova estrutura de família e
para compensar esse abandono e distanciamento dos filhos tem tentado suprir
essas ausências com muitos presentes e permitindo os filhos fazerem o que
quiser. O que esses pais não estão conseguindo enxergar é o mal que estão
trazendo para os filhos. Nada nem ninguém consegue suprir a atenção e a
presença dos pais.
Uma outra realidade que tem aparecido dentro do modelo de família do
mundo atual, são os pais que estão passando a trabalhar dentro da sua própria
casa. Quando olhamos essa nova situação nos parece ser uma boa, porém
muitos não estão sabendo separar o tempo de trabalho, e o tempo de
dedicação a família. Essa nova realidade tem apresentado crianças que os
pais estão em casa, mas devido o descontrole com o horário de trabalho ficam
abandonados dentro da sua própria casa, e o que é pior com a presença dos
próprios pais.
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TIBA (2006) diz “os pais precisam estar atentos à questão da
convivência familiar. Devem observar que os filhos não exigem ação dos pais
o tempo todo. Mas exigem, a cada tempo, um pouco. Por isso vale a pena
atender no momento em que o filho solicita”(p.89).
De acordo com a citação acima fica claro que os filhos não precisam de
atenção o tempo inteiro, porém não podem ficar abandonados pelos pais o
tempo inteiro, e sendo ensinados pela TV, amigos e internet. Devem os pais
equilibrarem melhor seus horários, de maneira que eles consigam tempo para
ensinarem e fazerem companhia aos filhos.
O que temos presenciado é que muitas crianças tem apresentado
comportamentos inadequados para chamar a atenção dos pais. O que tem
sido evidenciado que devido a essas novas estruturas de família do mundo
atual, onde os limites, as orientações e os exemplos de pais tem ficado em
segundo plano, os filhos estão crescendo de maneira descompensada e estão
apresentando grandes problemas na sociedade e na escola.
A família mudou e a educação das crianças tem ficado em segundo
plano, hoje é muito comum encontrarmos crianças que estão sendo educadas
pela TV, onde ficam a mercê de todo tipo de influências e acabam assistindo
programas que não são próprios para sua idade.
PARRAT( 2012) afirma que “ a TV assume a função de educação no
lugar dos pais, e esse tempo roubado dos pais produz problemas relacionados
com o desabamento do universo simbólico e psíquico das crianças”(p,61).
As crianças estão assistindo programas com fortes cenas de violência, e
isso tem se tornado comum em sua vida e quando essas situações se
apresentarem de forma real, elas acabam achando tudo normal. Essas cenas
de violências estão se tornando cada vez mais presentes na vida dos
pequenos, de forma que eles estão perdendo a noção do que é certo e o que é
errado. É dever dos pais selecionarem de forma bem criteriosa os programas
que os seus filhos podem assistir.
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PARRAT(2012) diz que “ os meios televisivos não são agressivos em si,
mas expressam e são espelhos de aspectos agressivos de uma
sociedade”(p61).
A realidade tem mostrado que a TV tem sido mãe e pai em muitos lares,
e esse mundo violento e sem respeito tem invadido a mente das crianças
através da TV. Cabe os pais tomarem uma posição e reavaliarem o caminho
que estão escolhendo para os seus filhos, pois o futuro que está se
desenhando é muito preocupante.
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CAPÍTULO II
A LIBERDADE E OS NOVOS TEMPOS
A maior liberdade que o ser humano tem é o poder de escolha. A todo
momento temos que escolher o próximo ato da nossa vida. Diante dessa
realidade é que vamos colhendo as consequências do uso da nossa liberdade
que são as nossas escolhas.
A liberdade é relativa, pois quando escolhemos deixamos para trás uma
segunda opção que naquele momento não nos parece ser a melhor. Logo
temos que entender que o exercício da liberdade envolve perdas, e as crianças
devem ser ensinadas desde pequenas com essa realidade.
Segundo TIBA (2006) “ a vida propicia tantas oportunidades que se não
houver responsabilidade, qualquer pessoa pode se desorganizar ou se
perder”(p62).
Cabe aos pais auxiliarem os filhos, dando a eles base para conseguirem
aproveitar as oportunidades sem perderem o rumo, uma casa onde crianças
escolhem sem a orientação dos adultos a tendência é surgirem crianças com
liberdade sem responsabilidade. É dever dos pais ensinarem aos filhos desde
pequeno a terem liberdade com responsabilidade. A responsabilidade é
necessário a todo o ser humano, quanto mais cedo as crianças aprendem
melhor será o seu caminho.
TIBA (2006) afirma que “ a criança não sabe o que é liberdade pessoal.
Simplesmente faz o que tem vontade de fazer”(p64).
Dentro desse processo de ensinar os filhos os pais devem acostuma-los
com pequenas tarefas dentro do lar, como por exemplo guardar os brinquedos,
tomar banho sozinho e cumprir os horários de alimentação.
Tem-se enfrentado muitos problemas com indisciplina na escola porque
muitas crianças estão chegando na escola sem saber usufruir a sua liberdade
e também sem conseguir fazer escolhas. As crianças só querem ganhar e ter
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os seus desejos atendidos, e na escola elas acabam encontrando barreiras
que muitas vazes não encontram em casa .
No mundo atual tem sido comum encontrarmos muitas famílias onde os
pais não estão aguentando mais o comportamento do filho. São famílias onde
filhos fazem o que querem, não respeitam os pais e consequentemente na
escola essas crianças estão repetindo o mesmo comportamento. O que tem
chamado mais a atenção é que na maioria das vazes são crianças que não
passam de 10 anos.
Outra realidade que encontramos muito na escola são crianças tímidas
e muito inseguras além de não terem confiança para fazerem escolhas.
Segundo TIBA (2006) “a criança hipersaciada também pode tornar-se tímida.
Afinal, os pais hipersolícitos atendem a todas as suas vontades, e ela não
aprende a se virar sozinha”(p66).
Muitas vezes os pais na ânsia de querer proteger acabam não
permitindo aos filhos enfrentarem os desafios, pois esses pais se colocam a
frente querendo resolver tudo. É comum na escola encontrarmos crianças sem
capacidade de escolha e muito tímidas, e isso tudo é reflexo de famílias que
não permitem ao filho a oportunidade de crescimento.
Em contra partida encontramos na escola também crianças que não
conseguem exercer a sua liberdade porque tem medo de fazerem escolhas.
TIBA (2006) afirma que “ uma educação severa, em que o erro é castigado e o
acerto nem sempre premiado, gera pessoas tímidas. Portanto a timidez pode
ser resultado e pais muito exigentes”(p67).
Fica claro que os pais tem total influência sobre a educação dos filhos.
O mundo tem apresentado famílias que só estão destacando o erro dos filhos
e se esquecendo de valorizar as qualidades. Quando a repressão dos pais é
muito grande, as crianças perdem a confiança e sem essa confiança acabam
restando dois caminhos, ou elas vão ficar quietas ou vão bagunçar para
chamar a atenção.
No passado, o limite era castrador, e o castigo corporal, o pai era
colocado em uma posição muitas vezes inalcançável pelos filhos. O acesso ao
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pai era restrito e o pai apresentava a imagem daquele general punidor pronto a
entrar em ação quando o filho cometesse algum erro. Essa situação colocou
um grande distanciamento entre pai e filho. Segundo TIBA (2006) com voz
grossa, paciência curta e mão pesada, os pais patriarcas autoritários mais
adestravam que educavam os filhos”(p69).
Porém essa realidade não ficou no passado, ainda em nossos dias
encontramos famílias com essas características, onde os filhos não tem a
menor confiança nos pais. Muitas crianças estão apresentando mal
comportamento na escola por não terem uma referência no lar, essas crianças
por medo da violência do pai estão mentindo e inventando coisas para não
serem agredidas dentro do próprio lar.
Hoje encontramos dentro de nossas escolas crianças que não
conseguem exercer sua liberdade por não terem uma base no lar e também
não conseguem respeitar o próximo e acabam querendo resolver todos os
seus problemas na violência. Essas crianças se tornaram frutos dessas
famílias desorganizadas e sem limites que encontramos na sociedade
brasileira
Dentro dessa linha de como as crianças estão exercendo a sua
liberdade, fica claro que os pais tem total influência na formação dos filhos.
TIBA (2006) afirma que “ nenhuma família pode ser regida por
criança”(p72).
Muitas vezes ficamos entre dois caminhos, ou os pais são muito rígidos
ou permissivos demais. E os filhos vão crescendo e sabendo jogar muito bem
com essas realidades. Na escola encontramos crianças que controlam toda
uma família, e por terem o controle do lar não querem aceitar as regras
impostas pela escola e pela sociedade.
Segundo TIBA (2006) “ seja qual for a geração, os pais podem estar
criando tiranos e não educando seus filhos para serem futuros cidadãos”(p72).
Aqui estão algumas atitudes dos pais registradas por Tiba que estão
permitindo aos filhos uma visão errada do uso da sua liberdade:
- Pais que fazem tudo que os filhos exigem.
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- Pais que sedem a insistência do filho, mesmo sabendo que não é
correto.
- Pais que aceitam a verdade do filho como absoluta.
- Pais que prometem castigo e não cumprem.
- Pais que viram verdadeiros empregados dos filhos
- Pais que administram suas atividades de acordo com as vontades dos
filhos.
- Pais que permitem os filhos determinarem sua própria alimentação.
Os pais não podem esquecer que eles são a parte adulta nessa relação
e que foi confiado a eles a educação dos filhos, os valores, princípios e todos
os comportamentos adquiridos pela criança irão passar pela postura desses
pais. Mas infelizmente em muitos lares são as crianças que estão no controle
das ações e por permissão dos próprios pais.
Quando os pais agem dessa maneira, a imagem que eles passam para
os filhos é que eles tem a liberdade de agir assim com qualquer pessoa, os
pais são o referencial para os filhos, quando esses são omissos os filhos
sente-se o ser todo poderoso. Na escola é muito comum encontrarmos
crianças desrespeitando funcionários como serventes, monitores e
professores. O que tem que ficar claro é que p mal comportamento não
começa de uma hora para outra.
Essas situações denunciam que em algum momento a família deixou de
atuar, permitindo assim a criança adquirir posturas erradas. TIBA (2006) afirma
que “ os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu favor”(p75).
É de total responsabilidade dos pais colocarem valores na educação
dos filhos para que eles possam ter uma boa base e consequentemente
fazerem boas escolhas e um bom uso da liberdade.
Cabe aos pais em parceria com a escola ensinar as crianças a adquirir
regras e conduta de valores, essas regras devem ser passadas pelos pais e
pela escola. Segundo PARRAT (2012) “ quando as crianças são capazes de
respeitar limites, é possível para elas, com ajuda dos pais e professores ir além
desses limites”(p79).
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Portanto os pais e a escola devem estabelecer as regras e os limites
que a criança deverá obedecer, mais não podemos esquecer que essas regras
devem ser claras e obedecer a faixa etária da criança. Os pais e a escola só
devem criar novas regras quando as primeiras já foram bem assimiladas. É
papel dos pais e da escola incentivar as crianças a buscarem novas
descobertas, sem é claro deixar de respeitar os limites. Por isso é possível e
muito contribuir para a criança conseguir sua autonomia. Dar
responsabilidades a criança não traumatiza mas ajuda no desenvolvimento, e
os limites não devem ser entendidos apenas no sentido negativo, eles devem
ser explorados também pelo lado positivo, já que eles permitem a criança se
localizar e saber qual a sua posição no espaço social, isso permite a criança
sentir-se segura.
Uma boa maneira dos pais e da escola ajudarem as crianças a entender
melhor os seus limites é mostrando- as que elas não podem fazer o que
quiser. É importante mostrar a criança o porque dos limites, porém os pais e a
escola devem ser sempre muito claros e nunca desrespeitarem o poder de
absorção e entendimento da criança.
Os parâmetros estabelecidos devem contribuir para o crescimento da
criança e ajudar no uso da sua liberdade.
PARRAT (2012) afirma que “bater numa criança porque não respeitou
as regras não contribui na aquisição de valores morais”(p80). Cabe aos pais
entenderem que nesse jogo de relações com os filhos o castigo tem sentindo,
porém quando a criança percebe o seu significado. Porém a realidade tem
mostrado que em muitas relações os pais não estão permitindo as crianças o
entendimento das coisas e estão disciplinando e punindo sem explicar o que
houve. Nesse processo fica claro que a família e a escola tem que está do
mesmo lado e trabalhando em conjunto para os objetivos a serem alcançados,
dentro dessa realidade de ensinar as crianças fazem um bom uso da sua
liberdade sem ser indisciplina com as pessoas, sem ser violenta e respeitar as
regras da escola. Penso que em alguns casos para prevenir a indisciplina com
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as pessoas, sem ser violenta é preciso a ajuda e participação de especialistas
como por exemplo psicólogos.
Esses especialistas em muitos casos organizam a situação mostrando
as partes caminhos diferentes daqueles escolhidos, onde só se enxergava
conflitos. PARRAT (2012) afirma que “ quando todos os participantes de um
projeto são considerados como pessoas tendendo a ser autônomas,
forçosamente haverá pontos de vista diferentes que podem criar
conflitos”(p80).
Normalmente temos a tendência em querer evitar os conflitos, porém
em muitos casos eles podem ser o caminho para que as partes analisem e
passem a compreender melhor a situação. Por isso penso que sempre que
houver uma situação de conflito o primeiro passo a ser dado deve ser a busca
do dialogo entre as partes para poder achar o melhor caminho a seguir. Na
relação com a indisciplina dos alunos, escola e família podem até divergir em
algumas situações, porém devem discutir os pontos e ideias divergentes mas
nunca podem esquecer que são parceiros nesse processo que é a formação
dessas crianças e jovens. Infelizmente nessa relação família /escola o conflito
aparece e em muitos casos alguns pais por pagarem a escola acham que ela é
responsável pela educação dos filhos.
Quando a escola solicita aos pais para reclamar o mau comportamento
dos filhos, a família se autodefende colocando toda culpa na escola. Dentro
dessa realidade de conflito família / filhos conhecendo muito bem os pais,
conseguem contar as historias de acordo com os seus interesses e acabam
dificultando cada vez mais a relação família / escola.
TIBA (2006) afirma que “ não se pode fazer tudo o que se quer, pois a
vontade tem que ser educada”(p189).
As crianças e os jovens tem usado o seu poder de escolha para
satisfazer somente aos seus interesses, e para ter êxito tem muitos casos
jogado com os seus pais e com a escola. Nessa relação a grande dificuldade
para conseguir o êxito, é que os pais estão preferindo se unir aos filhos e
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estão se esquecendo que as regras existem para o beneficio de todos e que a
disciplina faz parte da educação de uma sociedade.
O maior erro não é defender os filhos, pois isso é o que se espera de
pais presentes, o erro é não buscar as verdades dos fatos e muitas vezes
fechar os olhos para os acontecimentos que são claros. A realidade tem
mostrado famílias que se colocam em defesa do filho contra a escola mesmo
sabendo que o filho está errado. Infelizmente essas famílias estão perdendo
oportunidades de ensinar os filhos ética , respeito as regras e as pessoas. O
maior problema nesses casos não é propriamente o erro da criança, e sim a
chance que a família desperdiça de ensinar o filho o que é certo.
Segundo TIBA (2006) “ todos os pais precisam de autoridade
educacional para preparar bem os filhos para a vida”(p190). Os pais devem ser
isentos para que possam verdadeiramente tomar decisões que irão realmente
contribuir para educação saudável dos filhos, em momentos de crise os pais
devem dar bastante atenção aos fatos, e não ficarem presos somente ao lado
sentimental e emocional.
25
CAPÍTULO III
A ESCOLA E A INDISCIPLINA
A disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas
por todos dentro da comunidade escolar. Como em qualquer relação temos
que levar em consideração as características de cada um dos envolvidos,
professor, funcionários, alunos, além das características do ambiente.
Nesse processo de disciplina o professor é fundamental e de grande
importância, pois ele vai gerenciar os relacionamentos dentro de sala de aula.
Cabe também ao professor manter o controle dos alunos para que o ambiente
em sala de aula fique propicio e o aprendizado escolar possa ocorrer. Segundo
TIBA (2006) “o professor tem que identificar as dificuldades existentes na
classe para poder dar um bom andamento à aula”(p126). Dentro dessa
realidade penso que a função do professor não é apenas se preocupar com os
conteúdos a serem aplicados, deve ele também observar todos os
comportamentos apresentados pelos alunos, para poder intervir e manter um
bom ambiente em sala de aula.
O professor deve também nunca esquecer que ele tem uma grande
missão que é ensinar, portanto independente da sua relação com a direção da
escola, ele deve sempre entender que os alunos não podem receber
resquícios dessa relação. O professor deve sempre se lembrar que ele exerce
grande poder de influência sobre os alunos, porém o seu desempenho em sala
de aula é o principal motivo de sua contratação, portanto ele não pode nem
deve agir independente das regras da escola principalmente nas ações
disciplinares. Por todos esses fatores é importante que a escola tenha bem
definidos os padrões básicos de atitudes a serem tomadas diante de
indisciplina mais comuns, e assim permitir que a escola tenha um dia a dia
mais facilitado e com isso facilite o entendimento do aluno.
26
Nesse processo de indisciplina escolar e o sucesso do aprendizado o
aluno é uma peça chave, mais infelizmente esse aluno se apresenta cada vez
mais desmotivado, e é papel da escola descobrir o caminho para inverter essa
realidade e começar a mudar o rumo dessa historia. Segundo TIBA(2006) “o
ambiente interfere na disciplina”(p128). Alguns fatores tem exercido grande
influência para termos alunos indisciplinados como: salas muito quentes, salas
escuras, barulhentas e com pouco espaço devido ao grande número de
alunos. Esses fatores tem contribuído e muito para o aumento da indisciplina
na escola, quando juntamos esses fatores a realidade de vida que cada aluno
traz verificamos que a sala de aula se torna um ambiente perfeito para os
conflitos.
Uma sala de aula é composta por alunos que estão ali por diferentes
motivos e objetivos, dentro dessa realidade encontramos alunos interessados
e alunos que estão ali por obrigação dos pais, e consequentemente muitos
desses tem um só objetivo desequilibrar o professor e atrapalhar o bom
andamento da aula, sendo assim para conseguir um bom ambiente em sala
cabe ao professor identificar esses alunos e buscar uma maneira de envolve-
los dentro do processo educacional. TIBA( 2006) afirma que “ nem todos na
classe são inimigos do professor, os alunos saudáveis ( amigos), em geral, são
a maioria”(p129).
Esses alunos são aliados do professor, e quando bem cativados e
envolvidos, serão elementos importantíssimos para que os outros alunos
indisciplinados possam ser alcançados. TIBA( 2006) afirma que “ quanto maior
for o número desses alunos, maior será a interação do professor com a
classe”(p 130). Portanto uma característica que não pode faltar para um
professor que deseja fazer sucesso na escola do mundo atual é a capacidade
de saber fazer bons relacionamentos com seus alunos, pois esse é um bom
caminho para acabar com a indisciplina na sala de aula.
Aprender é alimentar a alma, mas infelizmente estamos vivendo em
uma sociedade onde muitos valores estão trocados, atualmente com as
famílias desestruturadas muitos alunos já estão satisfeitos com aquilo que
27
sabem e se recusam a aprender coisas novas, com essa realidade o desafio
da escola se torna ainda maior que é conseguir despertar esses alunos.
Portanto é de total responsabilidade da equipe escolar, apresentar aulas
atrativas, envolventes, atualizadas, para que esses alunos do mundo virtual
possam ser alcançados, envolvidos e despertados. É dever do professor fazer
com que as aulas monótonas e desatualizadas fiquem na historia da escola do
passado. No mundo do saber atual, para alcançar os alunos não basta ao
professor apenas dominar os conteúdos, para esse professor ter o controle da
turma e colaborar para a diminuição da indisciplina escolar e contribuir para
termos um ambiente escolar mais saudável será necessário está antenado
com o mundo digital e globalizado.
Segundo TIBA( 2006) “ ensinar pode ser bastante prazeroso, porque é
dividir o saber com quem não sabe. Não só o saber formal das escolas, mas
também o informal, que as vezes é muito mais construtivo”(p131). No mundo
atual um bom caminho para a escola e para o professor diminuírem com
indisciplina escolar é entenderem que esse aluno que chega a escola hoje, já
traz com ele muita informação e muito conhecimento. Por isso tudo é prudente
por parte da escola e do professor estarem atentos a essa realidade, pois o
aluno da escola atual tem muita opinião e deve ser ouvido por todos da escola,
afinal esse aluno é um cliente e deve ser bem cuidado.
Hoje o mundo do saber permite ao professor muitos caminhos para que
ele alcance seus alunos, por isso espera-se que o professor seja muito
cuidadoso ao preparar suas aulas e que ele não se esqueça que o seu objetivo
é o de alcançar sempre todos os seus alunos. TIBA( 2006) afirma que “ o
professor deve ter muita criatividade para tornar sua aula apetitosa. Os
fundamentais são alegria, bom humor, interação, respeito humano e
disciplina”(p132). Penso que se o professor integrou tudo que aprendeu a sua
vida, ele terá toda capacidade de correlacionar os conteúdos a serem
ensinados com os fatos do cotidiano da vida. Agindo assim esse professor
conseguira trazer a escola para vida do aluno e a tendência será envolver esse
aluno despertando da inercia e acabando com a indisciplina em sua aula, e
28
resgatando esse aluno para o mundo do saber. Cabe o professor entender que
isso é possível, mas para se tornar realidade vai depender muito da sua ação.
A realidade apresentada no atual momento diz que ficar reclamando e apenas
punindo os alunos não vai levar ninguém a lugar nenhum, é dever desses que
tem o poder da ação fazer de tudo para mudar essa realidade que estamos
enfrentando que são alunos desmotivados e indisciplinados. Eu acredito que
com boas ações da escola e dos professores é possível mudarmos essa
realidade.
Muitos motivos podem levar um aluno a não apresentar um bom
comportamento, em atividades que necessitem de uma interação funcional na
escola. Tiba apresenta algumas, na qual serão destacadas a seguir:
Distúrbios (perturbação da psique): indisciplina, birras, distúrbios
neuróticos, distúrbios leves de comportamento, uso de drogas, distúrbios de
personalidade e deficiência mental.
Distúrbios relacionais entre professores e alunos.
Distúrbios e desmandos de professores.
Método psicopedagógico.
Durante muito tempo o aluno que apresentava um comportamento
diferente daquele considerado normal, era rotulado como rebelde e
problemático. Porém temos que entender que esses alunos tem sua própria
historia e suas reações a determinadas situações podem variar devido a essas
experiências já adquiridas. É fundamental que a escola e a família, conheçam
esses meninos e meninas para que eles dentro das suas limitações e
dificuldades possam realmente serem ajudados.
Segundo TIBA( 2006) “ quanto mais equilibrado for o jovem, menos
acentuadas e conturbadas serão todas essas etapas. Quanto mais nítidas elas
forem, mais sofridas deve estar sendo a passagem pela adolescência “(p148).
Cabe a todos os envolvidos nesse processo entenderem que os
adolescente não funcionam nem como crianças e nem como adultos. Portanto
para se obter melhor resultados com eles, o melhor caminho é desafia-los e
leva-los a ritmo de competições. Temos que entender que esse grupo em geral
29
adoram a escola porém não gostam das aulas. É característica desse grupo,
que precisem de apoio financeiro e afetivo, porém detestam adultos donos da
verdade, mandões, autoritários, repetitivos, inconstantes e arrogantes. Por
tanto cabe aos adultos ficarem atentos a essa realidade, para que por suas
próprias atitudes não despertem nesses jovens comportamentos
indisciplinados, a realidade mostra que o jovem tem muita dificuldade em lidar
com situações que não lhe agrada, portanto para conseguirmos um bom
ambiente na escola, vai ser necessário aos adultos dessa relação uma boa
dose de sabedoria e paciência.
Fica muito claro que os pais assim com a escola, que conseguem agir
adequadamente com as crianças e com os jovens, respeitando o nível que eles
se encontram poderão ajudar muito mais no crescimento e desenvolvimento
dos mesmos. Segundo TIBA( 2006) “ pais e professores tem de amadurecer
também com desenvolvimento dos filhos. O mínimo exigido é a mudança de
relacionamento com eles”(p149). Fica claro na observação de Tiba que a
família e a escola devem respeitar o desenvolvimento dos filhos e alunos,
nesse processo chamado educação, os adultos devem está muito atentos ao
vocabulário, orientações, cobranças e elogios esses devem ser sempre no
nível da criança ou do adolescente. Quando não agimos assim seja em casa
ou na escola, estamos contribuindo para que essa criança ou adolescente
tenha um comportamento indisciplinado, em resposta a nossa ação.
Temos que entender que atitudes fora do padrão, geralmente é o
caminho que esses alunos encontram para nos dizer que não gostaram ou não
estão de acordo com a nossa atitude. Na escola cabe ao professor sempre
está se auto avaliando para certificar-se que suas atitudes não estão
despertando em seus alunos comportamentos rebeldes, agressivos e
indisciplinados. É importante destacar também alguns comportamentos
comuns aos adolescentes, mas que podem atrapalhar os professores e gerar
problemas nas aulas, são eles: conversas excessivas entre alunos, brigas, um
sentimento de amizade intenso, despertamento sexual e uso de celular durante
30
as aulas. Esses pontos são bastante presentes no universo escolar e cabe aos
professores e a escola administra-los.
Segundo ATUNES( 1999) “ auto – estima do aluno constitui elemento
crucial em seu desempenho e, portanto, em seu interesse e em sua postura
disciplinar”( p38).
O professor deve sempre estimular seus alunos e desafia-los, com o
intuito de melhorar o aprendizado, porém jamais deve permitir que os limites
sejam ultrapassados. A discursão em classe pode ocorrer entre os alunos,
desde que o assunto central seja o problema proposto pelo professor em
sempre respeitados, independente das vontades de cada um. TIBA (2006)
afirma que “qualquer briga em classe, verbal ou corporal, deve ser
impedida”(p161). Nesse processo o professor deve sempre está muito atento
para perceber as reações de seus alunos e não permitir as agressões. Na fase
de adolescência qualquer reação diferente pode ser entendida como
provocação e terminar em briga.
Alguns alunos são bastante desafiadores e tentam intimidar a todos
inclusive aos professores, portanto o professor deve logo intervir para evitar
que um pequeno fogo se transforme em um incêndio. Nem sempre é possível
descobrir o culpado ou evitar as brigas, é verdade que muitas vezes o histórico
escolar pode ajudar, porém quando essas situações ocorrem a escola não
pode fechar os olhos, deve intervir e buscar esclarecer os fatos e tentar
identificar os culpados. Nesse tipo de situação a escola deve agir rápido,
porque a sua ação poderá inibir outras atitudes desses alunos.
TIBA (2006) afirma que “aluno que não respeita os outros, precisa ser
educado ou ser tratado”(p164). O que deve ficar claro é que a educação cabe
aos pais e à escola, e quando se faz necessário um tratamento este cabe aos
pais e ao profissional de saúde. O que não pode acontecer é o aluno que
apronta e infringe as regras ser tratado como se nada tivesse ocorrido,
portanto é dever da escola buscar solucionar todos os problemas de
indisciplina que se apresentam na unidade escolar, pois todos os alunos
31
devem entender que eles tem direitos e merecem ser bem tratados, porém
eles também tem deveres e devem obedecer as regras.
Escola e professores não podem fechar os olhos para essas situações,
porém devem entender que esses comportamentos não podem ser
considerados apenas como atos de indisciplina. Devemos deixar claro que
essas situações devem ser tratadas com sabedoria pela escola e professores,
e sempre que elas fugirem muito do que se considera como “normal” a família
deve ser solicitada a participar. É importante entender que além das conversas
a punição também faz parte do processo educativo e em muitos casos
dependendo da ação do aluno ela se faz necessária.
TIBA( 2006) afirma que “ nesses casos, o professor deve ficar atento
para identificar se essas são características constantes de um aluno ou
episódios que refletem dificuldades momentâneas”(p153). O que chama muito
a minha atenção é que nem sempre uma atitude fora do padrão, é um ato de
indisciplina. Por isso penso que toda atenção do professor se faz necessária
quando este está diante de uma classe, porque aquele aluno que julgamos
como indisciplinado pode ser o que mais precisa de nossa ajuda. Os
professores devem está atentos a esses alunos, porque eles podem está
pedindo socorro, e o professor pode ser o caminho que esse aluno encontrou
para pedir ajuda. Como escola não podemos banalizar e nem apenas nos
deter só no problema, é preciso ter um olhar de amor e muita atenção para
ajudarmos esses alunos a superarem suas dificuldades.
Nesse estudo foi aplicado uma pesquisa com vinte professores do 6º e
7º ano do Ensino Fundamental, esses profissionais fazem parte de duas
escolas da rede particular do Município do Rio de Janeiro, a seguir iremos
trazer a pesquisa e os resultados.
1ª Formação acadêmica, Ensino Médio
- Ensino Médio 09
- Magistério 05
- Técnico 06
32
A grande maioria como podemos verificar acima cursou o ensino médio
não profissionalizante, más também temos cursos técnicos e o magistério que
demonstra a opção de se preparar para lecionar e optar pela área da educação
como profissional.
2ª Formação acadêmica, Ensino Superior:
- Letras 04 - Matemática 03
- Composição e Regência 01 - Física 01
- Biologia 02 - Ciência da Computação 03
- Pedagogia 01 - Psicologia 01
- Educação Física 01 - História 01
- Geografia 01 - Artes 01
Todos os professores que lecionam nas escolas pesquisadas já estão
formados, e alguns dão aulas em outras escolas.
3ª Formação acadêmica, Pós- graduação:
- Não tem Pós- graduação 15
- Cursando 04
- Pós- graduação 01
O Resultado foi satisfatório onde boa parte está fazendo especializações para
crescimento profissional, intelectual e os demais demonstram interesse em se
especializar.
33
4ª Como você define disciplina em sala de aula?
(A) Alunos quietos enfileirados, obedientes.
(B) Um conjunto de regras que são obedecidas incontestavelmente
(C) É um processo de respeito às regras e interação social entre alunos e
professores.
(D) Domínio próprio, boa postura, bom censo.
(E) Outro.
Verificando os resultados acima 55% responderam a alternativa “C” um
processo de respeito às regras e interação social entre alunos e professores e
42% a alternativa “D” domínio próprio, boa postura, bom censo. Segundo
VASCONCELLOS (1998) “ a disciplina significa a capacidade de comandar a si
mesmo de se impor aos caprichos individuais, às veleidades desordenadas,
significa, enfim, uma regra de vida”(p 103).
Basicamente verificamos que os professores têm boa noção de disciplina
onde podemos dizer que o objetivo de acordo com VASCONCELLOS ( 1998) é
conseguir o autogoverno dos sujeitos participantes do processo educativo, e
dessa forma a devida condição para o trabalho coletivo em sala de aula, onde
almejamos uma disciplina consciente e interativa, marcada pela participação,
respeito, responsabilidade, construção do conhecimento e formação do caráter
e cidadania.
5ª O que você tem feito para evitar a indisciplina em sala de aula?
(A) Converso com os alunos e juntos estabelecemos as regras da sala de
aula.
(B) Converso com os alunos e explico as minhas regras para minha aula.
(C) Converso com os pais e mostro minha maneira de trabalhar e peço que
me ajudem.
(D) Ameaço tirar alguns privilégios
(E) Ameaço com sanções, advertência escrita, suspenção da aula.
34
(F) Ameaço colocar o aluno para fora da classe no primeiro gesto
indisciplinado.
(G) Preparo bem as aulas, promovo atividades interessantes.
(H) Procuro não me atrasar, sou sempre pontual.
(I) Outro.
Como essa questão pode escolher mais de uma alternativa a porcentagem
de critérios a serem utilizados em sala de aula é bem vasto e dependendo das
situações o professor costuma variar a sua posição em referência a problemas
ocorridos em sala de aula.
Onde 15% marcaram letra “A”/ 13% marcaram tetra “B” / 7% letra “C” / 2%
letra “D” / 7% letra “E” / 1% letra “F” / 11% letra “G” / 7% letra “H” e 2% letra “I”.
O que ficou evidenciado nessa pesquisa é que os professores estabelecem
suas regras com seus alunos e juntos decidem com trabalhar estas questões
de funcionamento da sala.
6ª Em sala de aula quais as principais dificuldades que você tem
encontrado em relação a indisciplina?
(A) Desobediência às normas, regras e ao professor.
(B) Agressão física ou verbal, discussão.
(C) Conversas excessivas, brincadeiras, piadinhas, gracejos.
(D) Falta de limites, aluno quer ir ao banheiro e tomar água a toda hora,
comportamento inadequado.
(E) Rejeição à participação das atividades, e trabalhos propostos.
(F) Desinteresse por parte do aluno que falta muito.
(G) Outro.
A grande maioria respondeu que a alternativa “C” conversas excessivas,
brincadeiras, piadinhas, gracejos é o grande vilão em sala de aula onde tem
contribuído para o desgaste da relação professor – aluno.
35
7ª Como você tem agido para solucionar situações problemas e
indisciplina em sala?
(A) Converso com o aluno em partícula, o mais rápido possível.
(B) Encaminho à orientadora ou diretor disciplina para solução do
problema.
(C) Chamo a atenção do aluno em sala na frente dos outros, e repreendo
quantas vezes for necessário.
(D) Convoco os pais, tiro nota, e coloco o aluno para fora da aula.
(E) Ouço o aluno, avalio a situação, exponho de que maneira seria melhor.
(F) Outro.
A 7ª pergunta é voltada em como o professor lida com a indisciplina em
sala de aula, suas principais dificuldades e como costuma solucionar seus
problemas diante das dificuldades encontradas e 34% encaminha à
orientadora ou diretor disciplina para solução do problema e 31% “A” conversa
com o aluno em particular, o mais rápido possível.
Estas respostas demonstram atitudes diferentes de como resolver
indisciplina em sala e contradiz a resposta da pergunta 5 onde eles
responderam que tentam resolver o problema com o aluno, e aqui vemos que
o professor costuma mandar para a administração da escola para que tomem
providências.
8ª Como você analisa a participação da família em relação à educação
moral?
(A) É fundamental o trabalho da família em estabelecer limites e a
moralidade infantil sem intervenção da escola.
(B) O desenvolvimento moral deve acontecer nesta ordem: Família, escola
e sociedade.
(C) A família é o primeiro agente regulador moral e estabelece regras,
limites, critérios e a escola complementa e interage junto à família e à
sociedade.
36
(D) A responsabilidade de educar as crianças é da escola e os pais devem
complementar em casa.
(E) A educação moral da criança acontece de maneira autônoma não
precisa de agente regulador ( família / escola / sociedade), ela acontece
conforme o amadurecimento natural do sujeito.
(F) Outro .
Metade dos professores concordaram que a família é o primeiro agente
regulador e estabelece regras, limites e a escola complementa e interage junto
à família e à sociedade (49%). Fica claro que quando a família tem diálogo
com seus filhos e estabelece critérios para desenvolver a autonomia, e apoia a
escola e seus professores, todo o contexto é favorecido para o crescimento e
amadurecimento dos alunos, gerando assim comportamentos mais maduros e
comprometidos com a educação moral tanto na escola quanto no ambiente
familiar.
9ª Você tem se interessado pelo assunto (in) disciplina em sala de aula e
na escola? Como?
(A) Participo de reuniões especiais, palestras.
(B) Leio jornais, revistas, assisto TV, internet.
(C) Não me interesso pelo assunto.
(D) Me interesso, mais não tenho tido tempo.
(E) Não é função do professor, é problema dos pais e da administração da
escola.
(F) Outro.
Segundo VASCOCELLOS ( 1988) “ os educadores devem se comprometer
com o processo de transformação da realidade, alimentando um projeto
comum de escola e sociedade” ( p 107). Metade dos entrevistados 50%
respondeu que se informa do assunto por meio de comunicação popular e
quando aparecem matérias a respeito do assunto, outros 38% responderam
que procuram participar de reuniões especiais, palestras para aprender com
37
especialistas novos métodos de trabalho e se dispõem interessados pelo
assunto para maior habilidade e para minimizar situações de indisciplina em
suas aulas. Isso demonstra o interesse destes professores em querer crescer
e juntos com seus alunos a medida que estão melhor preparados para lidar
com a moralidade e desenvolver a autonomia de seus alunos.
A pesquisa mostrou que um bom número dos professores respondentes
procura se informar sobre o tema disciplina e muitos participam de reuniões
especiais e palestras buscando novos procedimentos e novos caminhos que
minimizem situações de indisciplina em suas aulas. Isso demonstra interesse
destes professores em querer crescer junto com seus alunos, pois acreditam
que podem contribuir com a formação moral dos mesmos na direção da
autonomia.
38
CONCLUSÃO
A partir dos conceitos de moralidade e da análise dos aspectos
causadores da indisciplina, pode-se concluir que a sociedade não aceita mais
uma disciplina tradicional, autoritária, que coloca todo o poder nas mãos do
professor, nem a disciplina liberal que dá liberdade total aos alunos, isso
porque a própria sociedade não é mais a mesma, faz-se necessário então uma
disciplina democrática, não imposta, onde existam diálogo e autoridade
assumida sem culpas, com segurança e bom senso.
Uma boa relação professor-aluno é um importante trunfo na gestão da
sala de aula, pois os alunos dão uma enorme importância à pessoa do
professor e no campo disciplinar, o “gostar” ou “não gostar” do professor pode
fazer a diferença: pode significar ganhar ou não alunos. Estabelecer relações
interpessoais positivas para com aluno, saber ouvi-lo, ser empático, inspirar
confiança, respeitar o aluno, confiar nele, não o humilhar, tudo isso com a dose
certa de firmeza são condições necessárias para o cumprimento das decisões
tomadas.
Podemos concluir que, de um lado, relacionar a indisciplina observada
na escola a fatores inerentes à “natureza” de cada aluno ou de faixa etária
representada é um grande equívoco, pois a moral é definida com a convivência
diária. Por outro lado o comportamento indisciplinado não resulta de fatores
isolados (como por exemplo, exclusivamente da educação familiar, da
influência da TV, da falta de autoridade do professor, da violência da
sociedade atual, etc.) mas da multiplicidade de influências que recaem sobre a
criança e o adolescente ao longo de seu desenvolvimento.
O importante é estabelecer parâmetros, colocar limites à criança e ao
adolescente de 6º à 7º, e essa função principal deve começar nos tenros
meses de vida, pelos pais e estendido a professores que ajudarão a formar,
39
trabalhar e aperfeiçoar o caráter e a dar limites e estabelecer regras que
certamente usarão para vida inteira.
Essas regras devem ser discutidas, elaboradas, partilhadas e cumpridas
num clima de diálogo e respeito mútuo, sem imposição, sem ameaças de
punição.
No tocante à prática do prêmio – castigo devem ser abandonada, pois
não educam.
A preocupação com a disciplina na escola se mostrou relevante pelo
simples motivo de que os professores estão tendo problemas significativos
com a indisciplina em sala de aula.
Verificamos que na grande maioria, os professores mostraram ter um
bom conhecimento de como trabalhar a disciplina, bem como resolver
situações problemas onde os alunos são orientados sobre critérios para o bom
andamento da aula com a participação de todos, tanto no cumprimento das
regras, quanto na elaboração das mesmas.
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ANEXO
PESQUISA REALIZADA COM VINTE PROFESSORES DO 6º E 7º
ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PARTICULAR DO
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
1ª Formação acadêmica, Ensino Médio
- Ensino Médio 09
- Magistério 05
- Técnico 06
2ª Formação acadêmica, Ensino Superior:
- Letras 04 - Matemática 03
- Composição e Regência 01 - Física 01
- Biologia 02 - Ciência da Computação 03
- Pedagogia 01 - Psicologia 01
- Educação Física 01 - História 01
-Geografia 01 - Artes 01
3ª Formação acadêmica, Pós- graduação:
- Não tem Pós- graduação 15
- Cursando 04
- Pós- graduação 01
41
4ª Como você define disciplina em sala de aula?
(A) Alunos quietos enfileirados, obedientes.
(B) Um conjunto de regras que são obedecidas incontestavelmente
(C) É um processo de respeito às regras e interação social entre alunos e
professores.
(D) Domínio próprio, boa postura, bom censo.
(E) Outro.
5ª O que você tem feito para evitar a indisciplina em sala de aula?
(J) Converso com os alunos e juntos estabelecemos as regras da sala de
aula.
(K) Converso com os alunos e explico as minhas regras para minha aula.
(L) Converso com os pais e mostro minha maneira de trabalhar e peço que
me ajudem.
(M) Ameaço tirar alguns privilégios
(N) Ameaço com sanções, advertência escrita, suspenção da aula.
(O) Ameaço colocar o aluno para fora da classe no primeiro gesto
indisciplinado.
(P) Preparo bem as aulas, promovo atividades interessantes.
(Q) Procuro não me atrasar, sou sempre pontual.
(R) Outro.
6ª Em sala de aula quais as principais dificuldades que você tem
encontrado em relação a indisciplina?
(A) Desobediência às normas, regras e ao professor.
(B) Agressão física ou verbal, discussão.
(C) Conversas excessivas, brincadeiras, piadinhas, gracejos.
(D) Falta de limites, aluno quer ir ao banheiro e tomar água a toda hora,
comportamento inadequado.
(E) Rejeição à participação das atividades, e trabalhos propostos.
42
(F) Desinteresse por parte do aluno que falta muito.
(G) Outro.
7ª Como você tem agido para solucionar situações problemas e
indisciplina em sala?
(A) Converso com o aluno em partícula, o mais rápido possível.
(B) Encaminho à orientadora ou diretor disciplina para solução do
problema.
(C) Chamo a atenção do aluno em sala na frente dos outros, e repreendo
quantas vezes for necessário.
(D) Convoco os pais, tiro nota, e coloco o aluno para fora da aula.
(E) Ouço o aluno, avalio a situação, exponho de que maneira seria melhor.
(F) Outro.
8ª Como você analisa a participação da família em relação à educação
moral?
(G) É fundamental o trabalho da família em estabelecer limites e a
moralidade infantil sem intervenção da escola.
(H) O desenvolvimento moral deve acontecer nesta ordem: Família, escola
e sociedade.
(I) A família é o primeiro agente regulador moral e estabelece regras,
limites, critérios e a escola complementa e interage junto à família e à
sociedade.
(J) A responsabilidade de educar as crianças é da escola e os pais devem
complementar em casa.
(K) A educação moral da criança acontece de maneira autônoma não
precisa de agente regulador ( família / escola / sociedade), ela acontece
conforme o amadurecimento natural do sujeito.
(L) Outro .
43
9ª Você tem se interessado pelo assunto (in) disciplina em sala de aula e
na escola? Como?
(A) Participo de reuniões especiais, palestras.
(B) Leio jornais, revistas, assisto TV, internet.
(C) Não me interesso pelo assunto.
(D) Me interesso, mais não tenho tido tempo.
(E) Não é função do professor, é problema dos pais e da administração da
escola.
(F) Outro.
44
BIBLIOGRAFIA CITADA
FALSARELLA, ANA MARIA. E A Família Como Vai? In: Presença Pedagógica
N84- V.14.Belo Horizonte – MG: Dimensão, 2008.
TIBA, IÇAMI. Disciplina: Limite Na Medida Certa. Novos Paradigmas – Ed. Ver.
Atual. São Paulo: Intregare, 2006.
PARRAT, SILVIA – DAYAN. Trad. SILVIA BEATRIZ ADOUE e AUGUSTO
JUNCAL – Como Enfrentar A Indisciplina Na Escola 2 Ed, São Paulo, 2012.
ANTUNES, CELSO. A Dimensão de Uma Mudança: Atenção, Criatividade,
Disciplina, Distúrbios De Aprendizagem, Propostas E Projetos. São Paulo:
Papirus, 1999.
VASCONCELLOS, CELSO dos S. Construção da Disciplina Consciente e
Interativa em Sala de Aula e na Escola, 11ª Ed, São Paulo: Libertad, 1998.
TIBA, IÇAMI. Adolescente: Quem Ama, Educa! São Paulo: Ed Interage, 2005.
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A FAMÍLIA DO MUNDO ATUAL 11
CAPÍTULO II
A LIBERDADE E OS NOVOS TEMPOS 18
CAPÍTULO III
A ESCOLA E A INDISCIPLINA 25
CONCLUSÃO 37
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 45
FICHA DE AVALIAÇÃO 46
46
FICHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TÍTULO
INDISCIPLINA ESCOLAR UMA REALIDADE E UM
DESAFIO PARA A ESCOLA ATUAL
PROFESSOR ORIENTADOR VILSON SÉRGIO
DATA DA ENTREGA JANEIRO DE 2014
PROFESSOR AVALIADOR -----------------------
CONCEITO -----------------------