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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA VIABILIDADE DE INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO. Por: Eduardo Lessa Gosling Mercês Orientador Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

VIABILIDADE DE INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO.

Por: Eduardo Lessa Gosling Mercês

Orientador

Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

VIABILIDADE DE INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em finanças e gestão

corporativa.

Por: Eduardo Lessa Gosling Mercês

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AGRADECIMENTOS

A Deus, minha família, aos meus

amigos, minha orientadora e todos os

colegas de trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais por estarem

torcendo e se orgulhando, não importa

aonde estejam. Também dedico aos

meus parentes próximos: Tia, prima e

padrasto.

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RESUMO

. Este trabalho tem como propósito analisar a viabilidade de

investimento no mercado imobiliário atual, levando em consideração a situação

econômica brasileira. O estudo em questão facilitará na tomada de decisão

sobre o momento de investir neste negócio, ou seja, se o mercado imobiliário

está favorável ou não. Sempre que algum investidor pretende ingressar neste

ramo é comum o surgimento de algumas dúvidas sobre a venda ou o aluguel

do imóvel ou também, qual o capital necessário para iniciar um investimento.

Mesmo que seja encontrado o valor ideal para o perfil do investidor e suas

expectativas é importante saber também o seu tempo de retorno financeiro.

Com a volatilidade da economia brasileira é muito importante analisar o

perfil de seus consumidores, acertar seu público alvo é fundamental para um

negócio ter sucesso, ao contrário poderia gerar prejuízo e perda de tempo para

os envolvidos, portanto deve ser feito uma análise de forma minuciosa e definir

para qual tipo de público deve ser direcionado o investimento nos dias de hoje.

Nesta monografia todos estes pontos citados acima serão abordados e

com certeza ajudarão nas tomadas de decisões para um negócio dentro do

mercado imobiliário brasileiro.

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METODOLOGIA

Durante toda a jornada de estudos para a construção desta monografia, muitas

informações foram absorvidas. A única fonte de pesquisa foi a internet, pois

nela existe a possibilidade de conhecer todos os tipos de assunto e de forma

profunda. Foram vistos muitos artigos, reportagens, textos e vídeos, todos os

recursos foram importantes para a construção de uma opinião real sobre o

tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

CAPÍTULO II 24

CAPÍTULO III 32

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

ÍNDICE 53

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INTRODUÇÃO

Este tema foi escolhido devido à grande variedade de critérios a serem

analisados quando se trata de um investimento no ramo imobiliário, a situação

econômica do país interfere diretamente no negócio e por isso, a base desse

estudo é analisar a viabilidade econômica brasileira, para se investir no

mercado de imóveis atualmente.

Quando se fala de investimento se fala de risco e por isso é muito

importante se preparar para imprevistos que poderão aparecer no futuro. Um

negócio com planejamento e estudo adequado diminui o risco, nunca zera,

mas cerca todas as possibilidades de algo inesperado acontecer e desta

forma, será mais fácil lidar com as dificuldades quando aparecerem.

Diante da volatilidade da economia, deve-se ter alguns cuidados antes

de investir nesse ramo, como por exemplo: analisar se existem mais pessoas

comprando do que alugando imóveis, se as taxas de juros estão razoáveis, ou

seja, acessíveis para novos investimentos e se o negócio está atrativo para

investidores.

No primeiro semestre de 2015, foi possível perceber que o crescimento

imobiliário quando não estagnado, estava crescendo abaixo da inflação. Esta

informação é muito importante para uma tomada de decisão, mas não pode

ser vista como único critério, pois existem outros pontos a serem analisados.

Será possível analisar também neste trabalho, os possíveis tipos de

público alvo de acordo com a economia atual. O objetivo é entender se há

algum tipo, alguma classe de consumidores interessados em investir

atualmente no mercado imobiliário, mesmo diante de baixa ou nenhuma

expectativa de crescimento. Este ponto é muito importante para conter

esforços desnecessários e focar o investimento no público certo.

Poderá também ser visto neste estudo, as possíveis escolhas entre

vender ou alugar um imóvel após o investimento, que dependerá do perfil de

cada investidor e do tempo de retorno esperado. Necessário nesse caso,

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entender as tendências do mercado, analisar o poder de compra dos

consumidores.

Com um algumas informações colhidas, já se pode pensar em quanto

de capital será necessário para iniciar um investimento, que dependerá da

escolha de seu público alvo e para qual perfil de clientes o investimento será

direcionado. Se o foco for em imóveis mais populares, poderá iniciar com baixo

investimento, mas se a direção estiver para imóveis maiores, atingindo classes

sociais com maior poder de compra, isso elevará capital inicial de investimento.

Só então com todos estes pontos definidos, que poderemos pensar no

tempo de retorno referente ao capital investido, levando em consideração claro

a diferença entre vender e alugar um imóvel, são fluxos de caixa diferentes,

portanto tempos diferentes.

Para definir o tempo de retorno financeiro do projeto, existem algumas

técnicas que serão mencionadas na parte final do trabalho, são elas: o

Payback simples, o VPL (Valor Presente Líquido) e a TIR (Taxa Interna de

Retorno).

As melhores técnicas são o VPL, porque define o custo do dinheiro no

tempo e a TIR, pois expressa a rentabilidade do projeto.

.

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CAPÍTULO I

ANALISAR OS POSSÍVEIS TIPOS DE PÚBLICO ALVO

PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO DE ACORDO A

ECONOMIA ATUAL.

1.1 - Definição público alvo:

Para cada tipo de negócio, existe uma grande variedade de clientes e cada

um com suas exigências e necessidades. Entender essas exigências e

necessidades é a principal condição para definir um público alvo. Entende-

se este público como os principais clientes para o negócio, que podem ser

definidos seguindo os seguintes critérios: faixa etária, região, classe social,

poder de compra, comportamento ou preferências. Para ter um resultado

assertivo deve-se definir mais de um critério. Seguem adiante dois

exemplos: O restaurante X é especializado em frutos do mar (preferência),

localizado no bairro do Leblon (região), atende a classe média alta (classe

social), que exige muita qualidade tanto no atendimento, quanto nos

produtos vendidos. O restaurante Y funciona através de um sistema sem

balança, aonde cobra um preço fixo e seu cliente se serve a vontade

(preferência), localizado em Madureira (região), atende a classe operária

(classe social), que não faz tanta questão de qualidade no atendimento e

conforto, mas preço baixo e boa quantidade de comida. Fazendo uma

comparação entre os dois restaurantes, o X atende a classe "A" e o Y

atende a classe "C".

A definição do público alvo deve ser a primeira coisa a ser feita para abrir

uma empresa. A identificação dos seus clientes vai direcionar a elaboração

e divulgação de seu produto ou serviço, fazendo com que seja possível

atingir os clientes certos, otimizando o tempo e reduzindo custos. Levando

para o lado das vendas, esse conhecimento também pode auxiliar na

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definição das metas, evitando o desgaste de sua equipe. Importante

também acrescentar que é necessário analisar se o público alvo definido é

grande o suficiente para sustentar o negócio, levando em consideração os

concorrentes da região. Existem alguns passos a serem seguidos, que

auxiliarão a definir o público alvo, são eles:

- Quem são: Como primeiro passo é importante identificar quem são os

maiores consumidores atualmente no que diz respeito ao seu negócio e

informações pessoais como: Sexo, idade, suas motivações, necessidades,

estado civil, classe social, cultural e política.

- O que consomem: Os hábitos devem ser analisados nesse momento,

verificando pontos como a frequência e o volume que se é consumido e

depois aprofundar a pesquisa aos itens específicos da área de atuação da

sua empresa que já são consumidos por esses clientes

- Onde compram: Nessa etapa, deve-se dar maior atenção ao local preferido

de consumo dos seus principais clientes.

-Quando compram: Importante analisar a frequência de consumo desse

produto ou serviço, se estão sempre comprando ou apenas em algumas

ocasiões e quais ocasiões são essas, como exemplo: Carnaval, páscoa,

natal e etc.

-Por que compram: Neste momento pode-se entender a motivação de

compra do cliente. Por isso é importante perguntar como eles escolhem o

produto, quais critérios utilizados e quem dispara o gatilho de decisão de

compra.

1-2 Análise de Mercado:

A análise de mercado ajuda a encontrar caminhos para começar bem um

negócio e crescer no decorrer do tempo. Ajuda também a otimizar esforços,

colocar energia nas ações que realmente podem fazer diferença. Analisar o

mercado é levantar informações cruciais para o negócio sobre a economia,

os consumidores, a concorrência, os fornecedores, etcL

Parte desta análise pode ser feita através do levantamento de informações

que estão disponíveis no mercado. E que certamente, se forem bem

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analisadas, servirão como uma ferramenta rica para os empreendedores e

gestores.

Outra parte dessa análise pode ser feita visitando a concorrência e os

fornecedores. É preciso olhar com lente de aumento o que está sendo feito

e como está sendo feito. O que está dando certo e o que está dando errado.

Neste primeiro levantamento, já é possível ter uma boa referência de

mercado: market-share (participação de mercado) dos principais

concorrentes, potencial de mercado, saturação do mercado, tamanho e

força dos concorrentes, riscos impostos pela economiaL Nesta fase, já dá

para começar a levantar pontos fortes, pontos fracos, forças e fraquezas

(Análise SWOT) dos principais concorrentes e do seu negócio.

A decisão de compra faz parte de um processo feito pelos consumidores

referente a percepção que eles possuem de um problema. A partir disso,

existe um movimento em direção a sua resolução.

Essa avaliação vem de um modelo genérico de decisão, que se baseia em

cinco passos dados pelo consumidor no ato da compra.

Seguem:

• Reconhecimento do problema (necessidade);

• Busca pela resolução;

• Avaliação da alternativa;

• Opção;

• Avaliação pós-aquisição

As características dos clientes são identificadas na análise de mercado, de

acordo com os critérios que seguem. Usar essas categorias para descrever

o padrão da clientela e determinar ser perfil, por meio do agrupamento dos

indivíduos descritos. Com certeza, isso ajudará nas campanhas de

marketing.

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Dados demográficos:

• Faixa de idade

• Sexo

• Renda

• Ocupação

• Religião

• Raça / grupo étnico

• Grau de instrução

• Classe social

• Dados geográficos

• País

• Região

• Estado / município / cidade / vila

• Densidade populacional

• Clima

Dados psicográficos:

• Líder ou comandado;

• Extrovertido ou introvertido;

• Orientado para autorrealização ou satisfeito com o status quo;

• Independente ou dependente;

• Conservador, liberal, tradicional ou progressista;

• Socialmente consciente ou egocêntrico.

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Consumidor (comportamental):

• Taxa de uso do produto;

• Benefícios procurados;

• Método de uso;

• Frequência de uso;

• Frequência de compra.

1-3 Crise econômica no mercado de imóveis.

Para identificar o público alvo ideal para o mercado imobiliário atualmente,

precisa-se inicialmente entender como está a economia brasileira, se está

vivendo um momento de política expansionista ou contracionista, ou seja,

políticas monetárias adotadas com um determinado objetivo, pode ser para

aquecer ou desacelerar a economia, depende da situação em que ela se

encontra. Na política de expansão econômica existem três ferramentas

capazes de influenciar o cenário, a primeira chamada de "Open Market",

aonde nesse momento o governo intervém comprando títulos públicos dos

bancos, injetando dinheiro no mercado, a segunda se chama depósito

compulsório, aonde o banco central define aos bancos uma reserva

obrigatória de dinheiro e de acordo com a política expansionista, o BACEN

diminui essa taxa. A terceira se chama taxa de redesconto, quando por

diversos motivos os bancos precisam de ajuda financeira e uma taxa é

cobrada para o financiamento, esta taxa acompanhando sempre o depósito

compulsório também é reduzida. Adotando essa política monetária se

alimenta o consumo, as taxas de juros diminuem e aumentam a facilidade

de crédito. Já em uma economia contraída, existe o processo inverso, as

mesmas ferramentas são utilizadas, só que de forma diferente, no "Open

Market", o governo dessa vez intervém vendendo títulos públicos aos

bancos para diminuir a liquidez do mercado, aumenta a taxa de depósito

compulsório e de redesconto. Essa política é adotada para conter a inflação,

normalmente isso ocorre pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, gerando

elevação dos preços e por isso, medidas contracionistas devem ser

tomadas para equilibrar a economia. Os processos de política monetária são

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constantes, serão sempre aplicados de acordo com o cenário atual, existe

um ciclo econômico que exige sempre um tipo de política.

Como comentado acima, o mercado brasileiro se comporta de forma cíclica.

Em alguns momentos em alta e outros em baixa. Existem diversos fatores

que quando estão presentes favorecem a alta e na sua ausência favorecem

a baixa. São eles:

1. Alta disponibilidade de crédito;

2. Baixa taxa de juros;

3. Baixa taxa de desemprego;

4. Aumento da renda;

5. Baixo endividamento das famílias;

6. Crescimento populacional e demanda por imóveis

Na ausência dos itens acima, o mercado mergulha em um ciclo de baixa. É

claro que existem outras variáveis, muitas que derivam destas listadas.

O último ciclo de crescimento iniciou no final de 2005, sendo dividido em

dois momentos. O primeiro ocorreu entre 2005 e 2009, potencializado pelo

crescimento da economia, estabilização da inflação, aumento real da renda,

redução da taxa de desemprego e etc. Isso se iniciou devido as exportações

subirem em quantidade e em preços. Muitos alimentos e muito minério

foram exportados, principalmente para a China.

Chegando em 2009, tivemos o segundo momento pelas medidas anticíclicas

adotadas pelo governo para conter os efeitos da crise econômica mundial

de 2008. Não foi oferecido tanto dinheiro rápido e fácil para quem desejasse

comprar.

Dentro desta política expansionista tivemos o maior efeito dela, que foi o

retorno da inflação muito acima do centro da meta. O país não tinha a

infraestrutura necessária e as empresas não estavam preparadas o

suficiente para suprir o crescimento da demanda.

Os preços no mercado imobiliário dispararam, isso ocorreu pela baixa

quantidade de oferta para atender a gigante demanda, gerada pela grande

facilidade de crédito oferecida. Naqueles anos, o mercado estava com todas

as condições favoráveis para expandir. Os bancos ofereciam créditos de

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forma rápida e fácil, juros baixos, a renda crescia com baixo nível de

desemprego e muitas famílias sonhavam com o seu primeiro imóvel. Diante

disso, muitas construtoras perceberam a ótima oportunidade. Uma boa

quantidade de construtoras receberam investimentos e algumas chegaram a

abrir seu capital na bolsa de valores.

Impressionante, diante de um piscar de olhos, todos os brasileiros tinham

condições de comprar seu imóvel dos sonhos assumindo enormes dividas

de até 35 anos para pagar.

O grande problema de toda essa demanda repentina foi a enorme pressão

nos preços dos imóveis. As empresas imobiliárias não tinham estoques de

apartamentos prontos para o consumo e quem tinha algum imóvel usado,

não estava disposto a vender diante do aumento dos preços. Todos os

imóveis valorizaram, não existia diferença entre bairros, bastava estar em

condições razoáveis de moradia que já existia o interesse de compra por

parte de tantos sonhadores pelo seu primeiro imóvel.

Nunca na história se viu uma demanda tão grande e na mesma proporção a

tranquilidade em assumir gigantes prestações, dívidas de longo prazo. As

pessoas estavam tirando dinheiro da renda fixa, que rendia abaixo

comparando com os preços imobiliários, para comprar a primeira

oportunidade que surgia pela frente.

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O ciclo de expansão chegou ao seu fim:

Tudo que é bom dura pouco e como todos sabem a economia vive de

ciclos. O homem ainda não encontrou uma forma de combater as crises

econômicas e reduzir os impactos negativos desses ciclos nas vidas das

pessoas.

Os governos e os bancos centrais assumiram a responsabilidade de evitar

que a amplitude do movimento seja muito grande, ou seja, quando você

cresce rápido e de maneira descontrolada o tombo tende a ser maior e os

bancos centrais tentam controlar a aceleração e a desaceleração das

economias.

O que sabemos é que o acumulo de dívidas não faz de ninguém realmente

mais rico. Muito crédito fácil e barato permite comprar mais coisas e com

mais facilidade, isso tudo dá a impressão de que a economia melhorou, mas

é um engano. Na verdade, as pessoas estão mais pobres, por estarem

comprometendo suas rendas futuras.

Dessa forma pode se concluir que o crescimento baseado apenas na

expansão do crédito não é sustentável. Um país cheio de dívidas não

significa ser um país mais rico. Um país rico é formado com alta

produtividade, podendo assim acumular riquezas, valores reais.

O gráfico abaixo mencionado em Lopes, B. L. Endividamento das Famílias e

Crescimento Econômico. Economia e finanças fáceis, Set. 2013. Disponível

em: https://financasfaceis.wordpress.com/2013/09/05/endividamento-das-

familias-e-crescimento-economico/. Acesso em: 13/07/2015. Mostra o rápido

crescimento das famílias brasileiras ao longo dos anos, do período de 2005

a 2013, mais precisamente no final do 1º semestre de 2013, chegou-se a

recorde de 44,8% de endividamento, em relação a renda acumulada dos

últimos 12 meses.

Logo adiante do ano eleitoral de 2014, quando a verdade sobre a economia

foi escondida, o governo reeleito resolveu inverter a política econômica para

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evitar uma tragédia maior como o descontrole da inflação e perda do grau

de investimento.

Diante da troca do ministro da fazenda a então atual política monetária

expansionista foi substituída por uma política monetária contracionista. O

principal objetivo dessa política é diminuir o poder de compra das famílias,

assim diminuirá o consumo e os preços logo param de subir. O problema é

que com isso se paralisa a economia e produz diversas consequências

negativas para o mercado imobiliário e outros setores. Seguem abaixo

algumas delas:

Elevação na taxa básica de juros: Juros mais elevados, dificulta o acesso ao

crédito e assim, desestimula o investimento das empresas e pessoas. Os

investidores que possuem dinheiro preferem mantê-lo na renda fixa a

investir no mercado imobiliário, assim ele aproveita os juros elevados, ou

seja, remunerações mais generosas. Os imóveis perdem atratividade nos

investimentos a curto prazo já que possuem baixa valorização. Da mesma

forma os alugueis, porque o proprietário tende a comparar com a renda fixa

(custo de oportunidade), caso ele opte em vender o imóvel para aplicar o

dinheiro.

Alta nos juros do financiamento imobiliário: A elevação dos juros diminui o

poder de compra das famílias, as prestações ficam mais difíceis de serem

quitadas. Normalmente os bancos não aceitam parcelar imóveis quando as

parcelas comprometem mais do que 30% das rendas familiares.

Aumento do desemprego: O desemprego sempre trará um sentimento de

insegurança quando se pensa em comprar um imóvel, não importa se seja a

vista ou parcelado. Quando se é pago tudo de uma vez, normalmente o

comprador usa seu dinheiro reservado que pode fazer falta em uma

situação de desemprego e para assumir parcelamentos a perder de vista,

também não se pode nem pensar em perder sua renda mensal.

Um outro ponto muito importante e negativo para o investidor, foi a alteração

feita pela Caixa Econômica Federal no crédito para financiamento de

imóveis usados.

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Segundo informações colhidas em: Do Uol, em São Paulo. Caixa reduz de

80% para 50% o valor máximo para financiar imóveis usados. Uol economia,

Maio, 2015. Disponível em:

http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/04/27/caixa-economica-

reduz-limite-maximo-para-parcelamento-de-imoveis-usados.htm. Data de

acesso: 14/07/2015 - 19:19min. "A Caixa Econômica Federal decidiu reduzir

o limite máximo de financiamento de imóveis usados de 80% para 50%, nos

casos que utilizem recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e

Empréstimo (SBPE). Este tipo de negócio representa 27% de todos os

imóveis financiados em 2015 pela Caixa. As alterações entram em vigor no

dia 4 de maio e valem apenas para novos contratos".

Rasteira nos imóveis usados afeta os novos: A maior parte dos imóveis à

venda no Brasil são de imóveis usados. Em muitas cidades aonde não

ocorreu nenhum tipo de expansão imobiliária, o mercado foi sustentado pela

venda dos usados. A quantidade de pessoas que podem arcar com os 50%

do seu imóvel a vista e financiar o restante é bem pequena. A atitude

tomada pela caixa com redução de credito afetará o mercado de usados em

todo o país, até que as pessoas consigam formar poupança para arcar com

esse custo, mas existe um porém, porque os poupadores provavelmente

não estarão disponíveis a investir os 50% do imóvel, já que podem aguardar

o momento de crise e investir em outras oportunidades, como a renda fixa

por exemplo, que os juros são mais atraentes. O medo de desemprego e

inflação freiam o investimento e o consumo.

Outro ponto muito importante a ser comentado é a dificuldade que o

mercado de imóveis novos também enfrentará. Mesmo as alterações da

CEF não atingindo esse mercado diretamente, ele será de alguma forma

afetado. Na maioria dos casos, quando se planeja comprar um imóvel novo,

vende-se o usado para quitar uma parte da dívida. Na verdade isso é muito

comum e por isso, teremos problemas em toda a movimentação do

mercado, tanto dos novos quanto dos usados.

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Oportunidades aparecendo: Nos momentos de crise surgem boas

oportunidades, já que é possível fazer excelentes transações pela queda no

consumo e consequentemente a queda no preço. Como a economia se

movimenta em ciclos é totalmente viável, comprar um imóvel quando quase

ninguém deseja e aguardar o momento certo até as coisas voltarem ao

normal. O principal ponto nessa questão é saber reconhecer bons imóveis,

aqueles que realmente valem a pena o investimento e encontrar o melhor

momento, quando o mercado está muito frio e os preços no chão.

No momento de crise, as construtoras também sofrem dificuldades para

arcar com suas despesas e por isso, bons descontos podem ser

encontrados no mercado.

No momento, a política econômica está reduzindo o crédito, elevando os

juros e produzindo muitas condições negativas para o setor e existe uma

grande probabilidade de a situação continuar se agravando. Isto pode ser

visto como problema por uns e oportunidades para outros.

1-4 Análise Dos Possíveis Compradores Atualmente

Atualmente, segundo informações colhidas por Bonatelli C. Fundos e

investidores estrangeiros estão à caça de imóveis com desconto. Estadão,

São Paulo, Fev, 2015. Podendo ser encontrado em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fundos-e-investidores-

estrangeiros-estao-a-caca-de-imoveis-com-desconto-imp-,1629827. Data de

acesso: 16/07/2015.

¨Maré baixa para imóveis possibilita compra com desconto de 30% para

investidores especializados e fundos¨.

O mercado para economia brasileira começou desaquecido. Um deles é o

imobiliário que está cada vez mais com seus preços em direção ao chão.

Isso tudo está sendo gerado pelos altos estoques e pelas dificuldades de

fechar um negócio, isso em ambos os segmentos, tanto o comercial quanto

o residencial.

Muitos estrangeiros estão de olho em nosso mercado, já que existe uma

grande expectativa pela compra de imóveis com até 30% de desconto, que

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poderão ser vendidos mais a frente com um preço mais alto. Outros

oportunistas são as gestoras de fundos, que arrecadam dinheiro fora do

país para aproveitar a boa leva de preços baixos nos imóveis brasileiros.

Agora o alvo. Todo esse esforço vindo de fora do país está com o foco

direcionado para as incorporadoras e construtoras que precisam arcar com

o vencimento de seus ativos e possuem também, grande necessidade de

capital de giro para empreender em novos projetos. Essa dificuldade em

NCG se dá pela dificuldade atual na obtenção de crédito, já que eles ficaram

mais caros e restritos.

Segundo o site Bonatelli em: Bonatelli C. Fundos e investidores

estrangeiros estão à caça de imóveis com desconto. Estadão, São Paulo,

Fev, 2015. Podendo ser encontrado em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fundos-e-investidores-

estrangeiros-estao-a-caca-de-imoveis-com-desconto-imp-,1629827. Data de

acesso: 16/07/2015.

" Em busca dessas oportunidades, a gestora VBI Real Estate, sediada em

São Paulo, acaba de iniciar captações captações nos EUA e na Europa

para montar seu segundo fundo destinado à compra de empreendimentos

residenciais com preços retraídos. O primeiro deles, constituído em 2014,

levantou US$ 150 milhões. Dessa vez, o fundo será de US$ 300 milhões".

Os estrangeiros estão investindo em nosso mercado sabendo do

desaquecimento da economia e precisam ter boa visão empreendedora

para identificar bons negócios que poderão ser vendidos a preços mais

elevados no futuro, quando a economia retomar seu ciclo de crescimento.

No exterior essa estratégia ganhou o nome de "distressed investment" ou

investimento em dificuldade.

Com o fundo estruturado para 2014, a VBI Real Estate investiu em

participação em quase 30 investimentos residenciais distribuídos pelos

estados de São Paulo, Rio de janeiro, Goiás e pela Região Nordeste. Os

imóveis nessas regiões estão sendo comercializados em cerca de 20% a

30% inferior ao preço de venda praticados pelas incorporadoras nos

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estandes e ainda podendo aumentar quando a NCG da incorporadora for

mais urgente.

Esta tendência de retorno dos estrangeiros ao mercado imobiliário brasileiro

é justificada pelo fim das incertezas do período eleitoral e pela valorização

do dólar frente ao real. Sabe-se que muitos projetos foram lançados no Rio

de Janeiro e em São Paulo durante o crescimento imobiliário, mas o

problema é que muitas das obras foram concluídas no momento de

desaquecimento da economia brasileira. O resultado disso é a diferença

gritante entre oferta e demanda por imóveis e além disso, o preço do aluguel

em baixa. A situação parece ser bem difícil para o mercado imobiliário, mas

ainda por piorar, porque no segundo semestre de 2015 outros

empreendimentos que ainda não estão prontos ficarão, aumentando ainda

mais a oferta no mercado.

A crise econômica de 2015 está atingindo a todas as classes, mas

principalmente as de menor poder aquisitivo, segundo Salgado A. Crise e

alta inflação no país põem em risco ganhos da classe C. Desemprego e

deterioração da renda do trabalho atingirão mais as famílias de menor poder

aquisitivo, ressaltam analistas. Brasil Econômico, Rio de Janeiro, Abril,

2015. Podendo ser encontrado em:

http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2015-04-23/crise-e-alta-inflacao-no-

pais-poem-em-risco-ganhos-da-classe-c.html. Data de acesso: 20/07/2015.

" O atual cenário de desaquecimento da atividade econômica e inflação alta

vai afetar diretamente as famílias de menor poder aquisitivo, as mesmas

que conseguiram ascender na pirâmide social nos últimos 10 anos, graças,

principalmente, ao aumento da renda do trabalho. Para analistas, os

principais efeitos da estagflação sobre as classes média e baixa serão a

deterioração da renda, o desemprego e o aumento da informalidade".

"A renda originária do trabalho responde hoje, na média, por 78,5% do total

da massa de rendimentos dos brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Em 2004, esse percentual era menor, de 77,5%. O

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aumento da renda possibilitou o processo de mobilidade social das famílias

nos últimos 10 anos, com destaque para as classes A, B e C".

"A participação da renda do trabalho entre as classes A e B passou de

78,9% em 2004 para 82,4%, em 2013. Movimento similar aconteceu na C,

onde o trabalho, que respondia por 78,5% dos rendimentos, passou a

representar 78,8%. Com o avanço do desemprego, cuja taxa mensal de

desocupação subiu de 5,3% para 5,9% em fevereiro deste ano, de acordo

com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE), aumentam os riscos de

um eventual retrocesso social das classes médias e baixas, conforme

aponta a economista sênior do Bradesco Ana Maria Bonomi Barufi".

“Em momentos de crise e recessão econômica, observamos que as

parcelas da população de renda mais baixa são as primeiras a serem

afetadas na estabilidade de emprego e condições de trabalho mais

favoráveis”, diz Barufi.

“A renda do trabalho é um importante componente de rendimento dessas

famílias. Quando há a perda do emprego de algum membro, isso afeta

diretamente toda a estrutura familiar”, acrescenta a economista, que ressalta

o aumento do fluxo de trabalhadores desempregados para a informalidade

nessas ocasiões.

Diante de todas essas informações colhidas, pode-se entender que todas as

classes estão sendo atingidas, mas principalmente as de menor poder

aquisitivo, a diminuição da renda, atinge diretamente a família, aonde fica

muito mais difícil custear a alimentação, a saúde e educação. A economia

vive de ciclos e por isso, acredita-se que vai melhorar, o difícil é saber o

tempo que isto acontecerá.

O setor imobiliário está vivendo uma fase de baixas, já que está difícil até

para custos básicos de vida, imagina para questões que não são

prioridades, como a troca de um imóvel ou a compra de uma casa própria

para sair do aluguel.

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CAPÍTULO 2

ENTENDER SOBRE AS POSSIBILIDADES ENTRE

VENDER OU ALUGAR UM IMÓVEL

2.1 - Locações:

A crise está assombrando o setor de vendas imobiliárias, isso é um fato, não

há o que ser feito em relação a isso, mas por outro lado, existem algumas

manobras que podem pelo menos aliviar os prejuízos gerados por um imóvel

fechado por exemplo. Existem proprietários que estão recorrendo a feirões de

imóveis, que oferecem ao futuro inquilino a possibilidade de alugar um

apartamento e ser isento dos três primeiros meses de aluguel.

Está estratégia mencionada acima sobre a isenção dos três primeiros meses,

tem como objetivo diminuir os prejuízos para os proprietários e incentivar a

locação. Está mudança é nova e surgiu com a crise atual, mas já vem

mostrando resultados.

Hoje em dia, a maioria das pessoas que procuram imóveis já estão optando

por alugueis e além disso pretendem trocar de imóvel. A estratégia dos três

meses de isenção foi definida pensando no primeiro mês para que o inquilino

possa cumprir com tranqüilidade o aviso de ocupação, o próximo mês para a

vistoria e o terceiro para ajudar com todos os custos da mudança

Fatores que já mostravam os tempos de crise começaram a dar sinal no ano

passado, mas tomou maiores proporções agora em 2015. A diminuição das

locações também foi empurrada para baixo pela grande quantidade de imóveis

novos ofertados em alguns estados.

A grande queda nas locações pode ser verificada pelo gráfico, retirando em

http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/pesquisa-de-locacao/, feito se

baseando na cidade de São Paulo, a cidade de maior movimentação

imobiliária do Brasil.

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PESQUISA DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

VARIAÇÃO (%) DO VALOR MÉDIO COMPARADO COM O IGP-M NOS

ÚLTIMOS 12 MESES

Bom, na contra mão da estrada aonde a queda no preço dos alugueis

predomina, existe um ponto importante, as alterações feitas pela Caixa

Econômica Federal, ao mesmo tempo que dificulta a compra de imóveis

usados, aumenta a procura por imóveis alugados, levando a uma tendência de

alta no preço dos alugueis. As alterações foram apenas para a liberação de

crédito para o financiamento da compra de imóveis usados, elevando a

entrada de 20% para 50% do valor total, para os imóveis até R$ 750.000,00.

Agora, para os imóveis acima desse valor, a situação é ainda pior, a entrada

passou de 30% para 60% do total.

Um dos fatores que levou a CEF a reduzir o crédito imobiliário foi a grande

massa de retirada de valores da poupança, que é o principal recurso para a

disponibilização de crédito feito pelo banco. Com isso, a solução foi elevar os

juros desses empréstimos, dificuldade ainda mais a vida de quem sonhava em

comprar um imóvel.

Não para por ai. A tendência é piorar, os empréstimos ficarão ainda mais caros

já que proporcionalmente a retirada de dinheiro da poupança não para de

crescer.

Diante desse quadro, surgem duas consequências, a primeira leva a um leve

equilíbrio na relação entre queda e crescimento dos preços dos alugueis, já

que aumentará a demanda por locações. Esta tendência de elevação no preço

esbarra no teto da renda média da populacional, que está em declínio,

impedindo a progressão da elevação de preço. A segunda consequência será

no preço de venda dos imóveis, já que a demanda por este tipo de produto

diminuirá e grandes estoques de imóveis prontos estão se acumulando.

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2.2 - Mercado de imóveis residenciais:

Enquanto a situação para se conseguir um financiamento está difícil, para

quem tem a oportunidade de comprar um imóvel a vista pode aproveitar

excelentes descontos nas transações. Construtoras de uma forma

impressionante chegam a oferecer até 50% de desconto em leilões realizados.

Esse cenário de desaquecimento da economia, dá a oportunidade de fazer

excelentes negócios.

Segundo Mendonça H. Mercado imobiliário vive seu ajuste e abre espaço para

barganha em 2015, El País, São Paulo, Abr, 2015. Podendo ser encontrado

em :

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/01/politica/1427914453_617511.html.

Data de acesso: 21/07/2015.

" Em São Paulo, o estoque de imóveis residenciais prontos é recorde, com

mais 31 mil unidades à espera de comprador, segundo dados da Geoimóveis.

Para se ter uma ideia, a média registrada na capital paulista é de 17 mil. No

Rio de Janeiro, o número de estoque atual é de 11 mil. Já em Belo Horizonte,

4.768 unidades prontas ainda não foram vendidas".

Lembrando que para o segundo semestre de 2015, a previsão é de que os

estoques aumentem ainda mais, muitos empreendimentos ainda estão

concluindo seus projetos e isso, aumentará ainda mais o poder de barganha

por parte dos compradores, a hora é essa, propostas antes vistas como

indecentes podem ser colocadas na mesa e analisadas friamente pelas

construtoras, pode dar certo.

Estes elevados estoques geram custos para as incorporadoras, que preferem

vender a um preço abaixo do mercado do que arcar com as despesas. Agora,

quem tiver paciência e controlar sua ansiedade, pode aguardar o mercado

desaquecer ainda mais, assim conseguirão preços ainda menores e

conseguirão comprar o imóvel realmente desejado.

Sabe-se que à hora de investir no tão sonhada imóvel próprio parece estar

próximo ou para quem tem um perfil de investidor, fazer um excelente

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investimento, comprando bem abaixo do preço de mercado, lembrando que

são investimentos a longo prazo, pois é necessário esperar a economia

retornar aos padrões normais. Porém, existe um ponto nessa negociação que

deve ser levado em consideração. Os consumidores devem se atentar

bastante no que estão comprando. Analisar bem o bairro escolhido, verificar a

metragem do apartamento, pois estão cada vez mais reduzidos, muitas das

vezes incompatíveis com o preço de venda e ficar muito, mas muito atentos as

armações criadas por construtoras.

Muitas construtoras ou incorporadoras criam uma forma de enganar seu

cliente, forçando a gastar mais do que o acordado, por isso, comprar imóvel

na planta não é tarefa simples, e os candidatos precisam ficar muito atentos

com as armadilhas preparadas por muitas empresas. Além dos problemas

normais achados na maioria dos contratos, que definem cláusulas abusivas e

alto desequilíbrio entre construtoras e clientes, a fase pós-vendas também

reserva alguns truques e malandragens que colocam os compradores em

situações desagradáveis.

Em alguns momentos, usando a tática de coação ou ameaça, muitos

estabelecimentos aproveitam da incerteza por parte dos compradores para

lhes exigir comportamentos que só geram mais prejuízos, assim garantindo as

empresas de uma forma desleal o lucro e se livrando de problemas em razão

dos descumprimentos de contrato.

Entende-se que quase todas as construtoras/incorporadoras cumprem com

sua responsabilidade contratual e mantém uma relação de boa fé com seus

clientes, mas é importante levar em consideração as desleais e por isso é

necessário ter atenção.

O momento típico para as articulações de má fé é na hora da entrega das

chaves. As empresas informam no contrato que um determinado valor, muito

alto por sinal, se refere a parcela das chaves e no momento da venda,

prometem ao cliente que essa parcela pode ser incluída no financiamento. A

questão é que isso não significa que o apartamento será entregue naquele

momento da venda, refere-se apenas a uma parcela intermediária, com data

de vencimento fixa e coincide com a suposta entrega do imóvel. Essa omissão

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de informações reais sobre os detalhes do negócio, levam o comprador a

entender que esse valor só será cobrado na entrega do apartamento, isso é

má fé e deve ser coibido.

Nas situações em que a obra atrasa, normalmente a empresa exige a quitação

desta parcela e, como o cliente estava despreparado para pagar, não

consegue assumir a divida sobre o valor total e passa a ser ameaçado de

protesto, juros são cobrados, multas e até de rescindir o contrato.

Por outro lado, numa atitude de bondade, a empresa cede a possibilidade de

adiamento desse vencimento para a entrega efetiva da unidade, mas exige

que o cliente assine uma novação ou aditivo contratual concordando também

com não cumprimento do compromisso com a data de entrega, sem reclamar

indenizações. Acuado e sem saída, o comprador acaba aceitando a "oferta".

Quem estiver em uma situação dessas deve se manter calmo e não assinar

em hipótese alguma nenhum tipo de acordo ou documento, pois a lei e a

justiça garantem a inexigibilidade do pagamento em razão do contrato não

cumprido. Se a empresa não entregar na data acordada, não pode exigir o

pagamento e o cliente jamais deve abrir mão de processá-la para ter garantido

esse direito

Existe também um outro tipo de truque que é bastante utilizado e tem haver

com o crédito associativo. O que é? É uma modalidade especial de

financiamento para construções de baixo poder aquisitivo, cujo contrato é

assinado pelo cliente com a CEF, antes ou durante a obra. Depois que o

contrato é assinado, a dívida passa para a Caixa e a construtora começa a

receber os valores da construção de acordo com o andamento dos trabalhos.

O cliente paga juros pelo empréstimo – chamado de juros de medição -, e

corrige o valor passando-o para a construtora, que possui os recursos

garantidos para a obra. Embora essa correção seja menor que o INCC (Índice

Nacional de Custos da Construção), tem suas compensações para a empresa,

como garantia do capital e das vendas.

Depois que o contrato é assinado, a construtora passa ao cliente total quitação

da dívida do imóvel, pois a Caixa passa a ser a credora. Para burlar a norma,

as empresas costumam exigir que o cliente, no mesmo momento, a assinar

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uma confissão de dívida, que o obrigará a pagar a diferença entre a correção

aplicada pela Caixa e o INCC ao final do contrato. Quando o imóvel fica pronto,

se o cliente não pagar o chamado "resíduo", não recebe o imóvel. Um

verdadeiro golpe.

Acordos propostos pelas empresas raramente são bons para o consumidor e

não devem ser chamados desta forma. Em regra são impostos, retiram os

direitos do comprador e previnem as condenações judiciais. O mais importante

é saber que ninguém, em situação alguma, é obrigado a assinar aditivos ou

novações

2.3 Mercado de imóveis comerciais:

Agora, se a situação parece complicada para locações residenciais, para as

comerciais ainda é pior. Isso já é um fato, o cenário econômico existente no

Brasil, faz com que o comércio se prepare para um período mais complicado

do que o ocorrido em 2014, quando o volume de vendas foi o menor dos

últimos oito anos.

A elevação dos juros, da inflação e da inadimplência, além dos exagerados

preços dos alugueis, fazem com que as lojas fechem, muitos comerciantes

passem o ponto e muitas lojas fiquem fechadas durante meses, muitos

disponíveis para locação em pontos da cidade que serviam de referência para

o comércio, como Avenida dos Bandeirantes, no Bairro Mangabeiras, Avenida

Brasil, no Funcionários, e Avenida Prudente de Morais, no Cidade Jardim. Na

maioria dos imóveis comerciais dessa região, pode-se ser encontrado ofertas

para locação ou placas de “passo ponto”,

O que pode-se perceber na atual condição do mercado de imóveis comerciais

é que além de muitas estarem fechando suas portas, a quantidade de

empresas sendo criadas para equilibrar esta balança é cada vez menor,

quando comparada com os anos anteriores.

Tudo é visto como uma bola de neve, porque quando existe elevação da

inflação e taxas de juros, o poder de compra das famílias diminui, com o

consumo afetado, os comerciantes também deixam de consumir, levando a

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queda da produtividade das indústrias. Todo esse ciclo levam muitas empresas

a falência, perde-se todo o sentido do comércio já que não existe mais

movimentação.

Segundo Gustavo L. É hora de investir em imóveis comerciais, diz Ernst &

Young. ISTOÉ DINHEIRO. Jan, 2015. Podendo ser encontrado em:

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/financas/20150116/hora-investir-

imoveis-comerciais-diz-ernst-young/224620.shtml. Data de acesso:

23/07/2015.

"O mercado imobiliário brasileiro não terá um bom ano. Com um ciclo de baixa

da economia e o adiamento de investimentos por parte das empresas, a

expectativa é que o mercado corporativo de imóveis mostre retração. Com

isso, surge um ambiente propício para novas aquisições. A constatação é da

consultaria inglesa Ernst & Young que recomenda aos investidores

aproveitarem as pechinchas em 2015 para usufruírem a retomada da demanda

em 2016."

"O estudo realizado pela Ernst & Young com mais de 250 empresários e

investidores do setor indica três possíveis cenários para o segmento de

escritórios de São Paulo. O otimista, o base e o pessimista. No otimista, o PIB

do país cresceria para 2,2% já em 2015. No cenário base o país cresceria em

torno de 0,8% em 2014, com uma recuperação a partir de 2015. E o cenário

pessimista considera a manutenção de um crescimento do PIB abaixo de 1%

até 2016."

O momento é ruim, ninguém pode negar, mas a parte boa é que em situações

assim, de total desaquecimento do mercado, boas oportunidades podem ser

aproveitadas, principalmente no ramo comercial.

Diante desse quadro, quando a economia começar retomar sua direção de

crescimento e isso vai acontecer, quem tiver a oportunidade de investir em

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pontos comerciais, principalmente agora em tempos de crise, terá maiores

chances de lucrar com esse retorno da economia.

A desaceleração da economia e o aumento de ofertas de espaços para

escritórios ou lojas, aumentaram o poder de negociação dos inquilinos que

visam alugar imóveis para esta finalidade.Agora é a hora do inquilino. Existem

excelentes opções no mercado, porque imóveis que nunca ficaram

desocupados antes agora estão.

O péssimo desempenho da economia atual afeta diretamente o mercado de

imóveis corporativos, mais ainda do que os residenciais. A consequência é que

inquilinos conseguem ótimas vantagens no momento da negociação, como por

exemplo, carência de meses pagando um aluguel menor e mobiliário completo

para facilitar sua instalação. Em uma das negociações existentes, uma laje foi

oferecida como brinde a uma empresa que alugou um escritório.

"No primeiro trimestre de 2015 o resultado de contratos fechados para

locações de lojas aumentou em torno de 40%, comparado com o mesmo

período do ano passado, referência baseada em pequenos comércios.

Abaixo também pode-se analisar o que foi mencionado acima por gráficos.

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CAPÍTULO 3

ESTUDAR O QUANTO DE CAPITAL SE FAZ

NECESSÁRIO PARA INICIAR UM INVESTIMENTO

IMOBILIÁRIO E SOBRE O TEMPO DE RETORNO

FINANCEIRO DO INVESTIMENTO

3-1 Avaliação imobiliária

Para iniciar um investimento imobiliário, primeiro é necessário saber para qual

tipo de público é necessário será direcionado o investimento, qual tipo de

imóvel, como: casas, apartamentos, se serão novos ou usados, para vender ou

alugar, em qual região está mais propício para investir, entre outras

informações.

Com algumas informações em mente, fica mais fácil definir o quanto de capital

será necessário para iniciar um investimento.

Outro ponto muito importante a ser comentado é o tipo de investimento que

será praticado, se for a longo prazo, pode-se optar por investimentos ligados

aos aluguéis, que terá um tempo maior de retorno para cobrir o investimento

inicial e começar a gerar lucro. Nessa situação, um fluxo de caixa pode ser

montado, descontando a inflação e assim, definir em quanto tempo o montante

inicial retornará.

No gráfico abaixo, pode se verificar que há um investimento inicial (capital),

entradas no fluxo de caixa (receitas com alugueis), saídas de caixa (despesas

de manutenção do imóvel) e ao fim, o valor futuro.

Quando o investidor procura um retorno a curto prazo, a proposta já é

diferente, ele pode optar pela venda do seu investimento, assim terá um

retorno muito mais rápido, claro que não pode esquecer do momento que será

ofertado este empreendimento, pois quando será vendido é um fator que não

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pode ser definido, apenas seguir um tendência, não tem como calcular o

tempo de venda.

Para reduzir o tempo de venda devem-se buscar consultorias junto a

corretores de imóveis para que uma avaliação seja feita, buscando definir um

preço ideal para cada tipo de imóvel.

Existem diversas formas de avaliar o preço de um imóvel. Algumas são mais

apuradas e indicadas para as pessoas que desejam estipular um valor mais

preciso ao colocar o imóvel à venda. Já outras técnicas, mais superficiais,

podem ser aconselhadas para as pessoas que apenas querem ter uma noção

do valor do seu patrimônio.

Nas situações em que o imóvel é colocado à venda em uma imobiliária,

normalmente ela faz a avaliação sem custo. Porém, se o proprietário quiser

consultar um corretor somente para isso, ele cobrará um valor à parte pelo

serviço.

Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis divulgam nos seus próprios

sites uma tabela com os honorários dos principais serviços executados por

corretores, como por exemplo, os percentuais de comissões por venda,

locações e avaliações do valor do imóvel. No estado de São Paulo, uma

avaliação feita por escrito é fixada em 1% do valor do imóvel e um parecer

verbal custa para o cliente, no mínimo, uma anuidade do Creci, que em 2013 é

de 456 reais

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Em Yazbek P. Exame, São Paulo, Maio, 2013. Como descobrir quanto vale o

seu imóvel

Podendo ser analisado em: http://exame.abril.com.br/seu-

dinheiro/noticias/como-descobrir-quanto-vale-o-seu-imovel. Data de acesso:

02/08/2015.

“Segundo o presidente do Creci, José Augusto Viana Neto, na maioria dos

casos os corretores visitam o imóvel e sugerem o valor ao proprietário

verbalmente. Mas, também é possível solicitar uma avaliação documentada, o

chamado “Parecer técnico de avaliação mercadológica”. “Esse documento

fornece um valor para o imóvel e explica em detalhes porque foi determinado

aquele preço. Ele inclui dados da estrutura do imóvel, comparativos de imóveis

semelhantes vendidos na região e informações sobre zoneamento,

infraestrutura e de mobilidade urbana”, diz”.

Todos os corretores podem opinar sobre o valor de uma determinada

propriedade, mas para fazer um parecer técnico, é necessário que o

profissional tenha o título de avaliador imobiliário, que é garantido apenas a

corretores graduados em gestão imobiliária ou com especialidade em

avaliação imobiliária concedido por cursos do Conselho Federal de Corretores

de Imóveis (Cofeci). É possível consultar a lista dos corretores com título de

avaliador imobiliário no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI),

no site do Cofeci.

O parecer técnico é essencial em ocasiões aonde parentes ou cônjuges em

processo de divórcio não entram em acordo sobre o valor de um imóvel

herdado ou compartilhado prestes a ser colocado a venda. Também serve

para ser utilizado em em permutas de imóveis ou em caso de inadimplência,

quando um banco toma o imóvel e o proprietário afirma que a propriedade tem

um valor acima do indicado pela instituição.

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Em Yazbek P. Exame, São Paulo, Maio, 2013. Como descobrir quanto vale o

seu imóvel

Podendo ser analisado em: http://exame.abril.com.br/seu-

dinheiro/noticias/como-descobrir-quanto-vale-o-seu-imovel. Data de acesso:

02/08/2015.

“Para proprietários que não se encontram nessas situações, o parecer técnico

pode ser apenas uma maneira de se resguardar nas negociações. “O parecer

técnico é muito bom para que a pessoa não tenha ansiedade ao fazer o

negócio, porque o proprietário passa a conhecer o preço de mercado do seu

imóvel e entende exatamente se está o vendendo por um preço acima ou

abaixo do seu valor”, afirma o presidente do Creci.”

“Ele acrescenta que, no caso da venda de imóveis usados, como a negociação

é permeada por muitas contrapropostas, o parecer técnico é apresentado para

dar base ao valor estipulado pelo vendedor.”

Existem profissionais como engenheiros e arquitetos que também podem

definir valores para imóveis ou elaborar pareceres técnicos. Porém, contudo,

entretanto, a consulta a corretores é de muita importante, pois eles estão

ligados intimamente com o mercado da região. Por isso, engenheiros e

arquitetos para construírem um adequado parecer devem consultar um corretor

para ajudar no processo.

Agora, em situações de que a pessoa deseja apenas ter uma idéia de quanto

vale o seu imóvel, a opção mais indicada é fazer uma simples pesquisa na

internet. Existem alguns sites, como o “Quanto Vale meu Apê?” e o “123i”, que

possuem algumas ferramentas que permitem ao interessado encontrar

estimativas do valor exato do seu imóvel ou de imóveis parecidos na região.

No site Quanto Vale meu Apê, o usuário informa a área, o número de

dormitórios, suítes, vagas do imóvel e a sua localização. O sistema

disponibiliza uma estimativa de mercado do preço de imóveis parecidos

localizados no mesmo bairro. O serviço está disponível para os estados de

Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e do Distrito Federal.

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Consultar os preços dos imóveis parecidos à venda na mesma rua, ou em

endereços próximos pode ajudar a ter uma ideia do valor do imóvel sem

preciosismo ou para quem quer confirmar o valor de uma avaliação feita por

uma imobiliária. O ideal é que se verifique imóveis ofertados com o mesmo

tamanho, em edifícios semelhantes e padrão arquitetônico parecido. Muitas

vezes a referência poder ser encontrada até mesmo no próprio edifício, se

baseando em valores praticados em vendas recentemente praticadas.

Para auxiliar ainda mais na pesquisa é recomendado que além de todas as

formas de definir um preço, também é interessante que dê uma caminhada

pela região e busque informações com moradores, porteiros e zeladores sobre

quanto estão valendo os imóveis pela redondeza.

3-2 Custo de uma construção

Quando se pensa em custo de uma determinada construção é importante

analisar o CUB relacionado àquele empreendimento.

Como principal indicador dentro do setor da construção, o Custo Unitário

Básico (CUB) é calculado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil de

todo o país, mensalmente. Produz o preço completo da obra com a finalidade

de execução do acordado na lei de incorporação de edificações habitacionais

em condomínio, garantindo aos possíveis compradores uma referência à

realidade dos custos.

Deve ser ressaltado que o Custo Unitário Básico (CUB) é um valor meramente

para orientação na Construção Civil, não serve para ser utilizado como custo

real da obra, pois este somente é obtido através de um orçamento completo

possuindo todas as especificações do projeto.

A variação percentual mensal do CUB atualmente serve como ferramenta de

reajuste de preços nos contratos que envolvem compra de apartamentos em

construção e até

Acatando o preparado no art. 54 da Lei 4.591/64, os Sindicatos da Indústria da

Construção Civil estão obrigados a expressar o CUB até o dia 5 do mês

subseqüente, adotando, como referência do indicador, o mês da publicação e

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coleta de preços e salários.Dessa forma, o CUB a ser usado será o do mês

anterior à data de sua divulgação.

Lembrando que o custo real de um empreendimento é obtido através de uma

análise de um projeto completo com suas especificações.

A engenharia de custos durante os anos criou diversas formas de se

determinar a estimativa do custo de produção voltado para obras civis, porém o

objetivo maior de cada método é o mesmo, ou seja, definir uma estimativa de

custo baixo de produção para o projeto ou empreendimento a ser concretizado.

Estimativa que faz parte da fase inicial de visão do projeto, onde são

selecionados alguns níveis de decisões a serem tomados em sobre o projeto,

portanto o primeiro estudo feito para se definir a viabilidade de um

empreendimento é a estimativa de custo.

Sabe se que o planejamento e o gerenciamento dos serviços e da mão-de-

obra é visto com uma das etapas mais importantes, por que é uma etapa

constante ao longo do tempo de execução da obra, assim se torna uma etapa

muito delicada, visando ter uma estimativa precisa e por isso, todos os

serviços que serão realizados devem possuir uma escala de execução, onde

são observados alguns fatores fundamentais para o levantamento dos custos,

são eles:

•Significado do processo executivo para cada serviço;

•Preparação de um plano de ação, caso o processo executivo sofra alguma

mudança;

•Composição unitária dos materiais e equipamentos;

•Dimensionamento e composição unitária da mão-de-obra;

•Levantamento quantitativo de cada serviço;

•Definição de preço de todos os insumos que formam cada serviço;

•Levantamento dos impostos e encargos sociais;

•Elaboração da rede de suprimentos e o tipo de mecanização dentro do

canteiro;

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•Elaboração de cronogramas como: mão-de-obra, equipamentos e o físico-

financeiro para todos os serviços.

Agora falando um pouco sobre os custos indiretos que fazem parte de uma

etapa que se baseia principalmente em todo o custo que envolve a obra, como

por exemplo, o custo mensal de energia elétrica, água, telefone, café, almoço e

material de limpeza que são utilizados dentro do canteiro de obras, pagamento

dos honorários do engenheiro, mestre-de-obras, técnico em edificações,

almoxarife, apontador e o custo mensal do escritório, custo esse que é rateado

entre o número de obras que a empresa tem dentro do período.

O estudo financeiro é uma etapa que precisa ser bem analisado, o

empreendimento possui um período de concretização que é imprevisível e isso

mostra que a estimativa de custo é uma função de variáveis relacionadas ao

tempo que trabalham com fatores econômicos como: inflação, juros e índices

econômicos.

O problema é que todo projeto, por definição, é único e por isso possui outra

característica que faz com que a decisão de desembolsar aquele orçamento ao

longo da duração do projeto seja difícil. Todo projeto tem um risco ligado a ele.

Para auxiliar o investidor na sua tomada de decisão, em outras palavras, se

vale a pena investir em um projeto, existem algumas técnicas de análise de

investimento.

São elas, as três principais técnicas de análise de investimentos: Payback

Simples, Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR).

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3-3 Retorno financeiro

O fluxo de caixa de um projeto

A saída e entrada de recursos financeiros (dinheiro) no projeto é chamada de

fluxo de caixa.

Durante o projeto o fluxo de caixa é negativo ,ou seja, existem apenas saídas

de recursos financeiros.

No final do projeto, quando o produto ou serviço está pronto e é

comercializado, em tese, o fluxo de caixa é positivo, pois existem entradas de

dinheiro.

Em síntese, ao decorrer do projeto, melhor dizendo, durante o ciclo de vida do

projeto, existe despesa/investimento e durante o ciclo de vida do

produto/serviço existe receita ou recuperação do investimento injetado no

projeto.

Payback simples

O Payback, é uma das técnicas de análise de investimento mais usadas. Esta

técnica calcula prazo que o investidor precisará para recuperar o investimento.

Assim, o payback permeia desde o ciclo de vida do projeto até o ciclo de vida

do produto. Talvez por este motivo seja dito como uma técnica recomendada

para projetos com risco elevado.

De acordo com o ponto de vista do payback, o projeto é considerado viável

quando o prazo encontrado como resultado do cálculo estiver abaixo do que o

prazo desejado para a recuperação do investimento.

Exemplo:

• Orçamento do projeto: 50.000,00

• Prazo do projeto: 2 anos

• Receita anual obtida com a comercialização do produto/serviço no final

do projeto: 5.000,00

• Prazo desejado para recuperação do investimento: 12 anos

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Cálculo do Payback = Valor do investimento \ Valor da receita esperada

Assim,

Payback = 50.000 \ 5.000 = 10 anos

Como o prazo esperado para recuperação do investimento era de 12 anos e o

cálculo do Payback resultou em um prazo de 10 anos, o projeto é considerado

viável.

Lembrando que existem alguns pontos negativos no cálculo do Payback

simples que são: Não considerar o custo do dinheiro ao longo do tempo. O

enfoque ser apenas na variável tempo e não considerar a receita depois do

período de recuperação do investimento.

VPL – Valor Presente Líquido

O VPL é calculado descontando o fluxo de caixa a uma taxa especificada,

colocando assim, todos os valores para a situação de início, a um valor

presente líquido. Essa taxa especificada normalmente corresponde a uma de

retorno mínimo que deve ser obtido por um projeto.

De acordo com o ponto de vista do VPL, um prjeto é considerado viável

quando o resultado de seu cáculo é maior que zero., pois isso quer dizer que o

projeto dará um retorno maior do que a taxa especificada.

Exemplo:

- Orçamento do projeto: 10.000,00

- Receita com a comercialização do produto/serviço no 1º ano: 2.000,00

- Receita com a comercialização do produto/serviço no 2º ano: 2.500,00

- Receita com a comercialização do produto/serviço no 3º ano: 3.000,00

- Receita com a comercialização do produto/serviço no 4º ano: 3.500,00

- Taxa de desconto (i): 2%

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VPL = - 10.000 + 1.960,78 + 2.402,92 + 2.826,97 + 3.233,46

VPL = - 10.000 + 10.424,13

VPL = + 424,13

Como o VPL foi maior do que zero o projeto é considerado viável.

TIR – Taxa Interna de Retorno

A TIR tem total foco apenas na variável taxa, ao mesmo tempo que o Payback

simples tem na variável tempo e o VPL no valor do fluxo de caixa em uma data

base.

O cálculo da TIR pretende calcular a taxa de juros que gera um resultado nulo

o VPL.

A TIR é um número obtido internamente no projeto a partir dos fluxos de caixa

esperados.

Exemplo:

Se for utilizado o caso anterior, temos que fazer VPL = 0.

Assim,

i = 3,59% = TIR

A TIR tem que estar acima da taxa de remuneração recebida pela aplicação do

valor do orçamento do projeto em outra aplicação.

Logo,

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Se, hipoteticamente, a taxa de remuneração de mercado for 2%, como a TIR

do projeto foi 3,59%, ele é considerado viável.

Se a TIR for maior do que a taxa de remuneração de mercado, o projeto é

viável.

Se a TIR for igual a taxa de juros de mercado, o projeto é indiferente, pois a

rentabilidade é nula.

Se a TIR for menor do que a taxa de juros de mercado, o projeto é inviável.

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CONCLUSÃO

Atualmente, diante da crise econômica brasileira, existe um mercado

desfavorável, gerado pela falta de confiança de investimento em qualquer tipo

de negócio, incluindo o imobiliário.

Diante do que foi entendido neste estudo sobre a viabilidade de

investimento no mercado imobiliário brasileiro atualmente. Foi possível definir

uma posição sobre algumas forma de investimento no ramo.

Inicialmente no plano de pesquisa, foi levantada a hipótese de que o

mercado era desfavorável, gerado pela falta de confiança de investimento em

qualquer tipo de negócio, inclusive no imobiliário.

De certa forma, foi comprovado de que a hipótese é verdadeira, mas

não de forma absoluta. A idéia de que pela crise econômica brasileira o

mercado imobiliário se tornou desfavorável, inviável é verdadeira, porém foi

possível entender que mesmo diante de um momento de crise é possível

prosperar, depende apenas da expectativa colocada em cada investimento.

Foi percebido que com a crise, o consumo diminui e junto com eles os

preços dos imóveis, tanto para compra e venda, como para aluguéis. O

investidor que procura um retorno a longo prazo, pode muito bem comprar por

um excelente preço e aguardar o melhor momento para a venda. O cliente que

planeja buscar bons preços para aluguel no mercado, vive um ótimo momento,

o leque de opções é muito grande e o poder de negociação também.

Desta forma, foi concluído que o mercado está desfavorável, não é um

bom momento para investimentos no ramo imobiliário, os preços estão em

queda e a rentabilidade equilibrada ou as vezes caminhando abaixo da

inflação. Está favorável apenas para investimento a longo prazo e para

moradia.

Pensando no futuro, de acordo com o que foi estudado, a inclinação

que aponta a queda de preços nos imóveis, indicará que a situação ainda vai

se agravar mais. Muitos empreendimentos ainda estão ficando prontos, os

estoques de imóveis das construtoras ficará ainda mais lotado e com isso a

oferta aumenta, gerando queda nos preços, fato inevitável. Dessa forma quem

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tiver paciência para aguardar, ainda pode conseguir comprar ou alugar um

imóvel com condições realmente favoráveis, pois no momento a economia está

voltando ao normal, pode dizer que a "bolha está murchando".

Apenas com bastante competência o Brasil conseguirá sair dessa

situação, porque ao mesmo tempo que uma política monetária de aquecimento

da economia seria interessante para aumentar o consumo, ela também

aumentaria a inflação e ela já está bem alta, o segredo é encontrar o equilíbrio

para no futuro conseguir retomar o crescimento histórico dos últimos anos..

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ANEXOS

Índice de anexos

Para a construção desse trabalho, todo o conteúdo desse trabalho foi

pesquisado via internet, pois o sua informações são muito vastas e todo tipo de

informação é encontrada com maior praticidade, no anexo 1, seguem alguns

exemplos.

Anexo 1 >> Reportagens

Anexo 2 >> Internet;

Anexo 3 >> Questionários

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ANEXO 1

PRODUZINDO O MATERIAL

Página virtual VEJA

Por Mariana Barros - Cidades sem fronteiras - Desafios de um

mundo urbano

04/05/2015 às 12:42 \ Mercado

Milhares de brasileiros que pretendiam comprar um imóvel ficarão a ver navios. A

Caixa Econômica Federal, responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do

país, mudou as regras do jogo. Para os imóveis que valem até 750 mil reais, a entrada

mínima de 20% passou para 50%. Ou seja, quem não tiver na mão metade do valor

total, não consegue financiar o restante. Já para os imóveis que valem mais de 750 mil

reais, a situação é ainda mais complicada. A entrada passou de 30% para 60% do total.

As alterações valem para os imóveis usados.

Mesmo se as regras não tivessem mudado, o setor já enfrentaria problemas. É o que

mostra o balanço do primeiro trimestre feito pela Abecip (associação do crédito

imobiliário): pela primeira vez desde 2002, houve queda no financiamento imobiliário.

E a decisão da Caixa de reduzir o teto só reforça essa tendência para os próximos meses.

Primeiro, porque a debandada da poupança continua. E, como os depósitos em

poupança são a principal fonte de recurso para os bancos oferecerem financiamento, o

jeito é fechar a torneira e reduzir o volume oferecido (reservas secando a níveis críticos,

pessoas obrigadas a diminuir o consumo… poupança tem volume morto?).

De acordo o analista da JP Morgan Marcelo Motta, para continuar emprestando sem

poder usar o dinheiro da poupança, a Caixa tem de arcar com um custo mais alto, o que

significa aumentar os preços do empréstimo e tirar os incentivos dessa linha. “O

empréstimo continuará ficando mais difícil e mais caro, dado o nível de juros e o fato

que o estoque de poupança está acabando”, afirma.

Mas as complicações não param por aí.

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Segundo o economista e pesquisador Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice

FipeZap, a dificuldade para adquirir um imóvel terá duas consequências. A primeira é

mais imediata e menos impactante. Trata-se do aumento da demanda por locação e o

consequente aumento do preço dos aluguéis. Acontece que, como a renda da população

está em queda, não há margem para esses valores subirem demais — ou não haverá

quem pague por eles.

A segunda consequência é a diminuição do valor de venda dos imóveis. Até 2012, o

Brasil aparecia entre os países que tiveram as maiores valorizações imobiliárias. De lá

para cá, porém, o cenário mudou. No ano passado, o crescimento foi de apenas 0,9%,

enquanto o Reino Unido registrou alta de 9%. E o que teremos neste ano é uma queda

real de até 3% nos preços, previsão que já vem se desenhando desde o início deste ano.

Na China, depois de vinte anos de expansão, a desaceleração do mercado imobiliário e

da construção civil foram de tal ordem que até o sistema bancário ficou ameaçado. Com

uma experiência como essa no horizonte, cabe ao Brasil todo o cuidado e atenção para

evitar que o momento atual avance em direção a cenários econômicos ainda mais

complicados.

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ANEXO 2

INTERNET

UOL NOTÌCIAS Comprador de imóvel na planta sofre com truques de construtoras Marcelo Tapai - Especial para o

UOL12/01/201506h00

Comprar imóvel na planta não é tarefa simples, e os candidatos precisam

ficar muito atentos com as armadilhas preparadas por muitas empresas. Além dos

problemas comuns encontrados na maioria dos contratos, que preveem cláusulas

abusivas e grande desequilíbrio entre construtoras e compradores, a fase pós-vendas

também reserva truques e macetes que colocam os compradores em situações de grande

desvantagem.

Em muitos casos, usando de pura coação e ameaça, muitas empresas

lidam com a insegurança dos compradores para lhes exigir comportamentos que só

trazem mais prejuízos, mas que de certa forma garante às empresas desleais garantir seu

lucro e se safar das punições em razão dos descumprimentos contratuais.

Evidente que boa parte das construtoras cumpre o contrato e mantém uma

relação absolutamente honesta com seus clientes. Mas no mercado existem as ruins e,

com essas, o cliente precisa atenção redobrada.

Um dos truques mais comuns está na parcela das chaves. As empresas

colocam no contrato que determinado valor, normalmente alto, é referente à parcela das

chaves e, no momento da venda, prometem ao cliente que essa parcela pode ser incluída

no financiamento. Ocorre que esse pagamento não está atrelado à entrega da unidade.

Ela é uma parcela intermediária, com data de vencimento fixa e que coincide com a

suposta entrega do imóvel. O "apelido" confunde o comprador, que imagina que esse

valor só lhe será exigido quando o imóvel for entregue.

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No caso de atraso da obra, a empresa passa a exigir o pagamento desta parcela e, como o

cliente não estava preparado para pagá-la, muitas vezes não tem o valor e passa a ser

ameaçado de protesto, de cobrança de juros e multa e até de rescisão do contrato.

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ANEXO 3

QUESTIONÁRIOS

Os ventos mudaram no mercado imobiliário. Após o boom de 2010, o aumento

do preços dos imóveis da cidade de São Paulo tornou-se rotina, e o valor do

metro quadrado mais do que triplicou em algumas regiões, numa brusca

atualização de valores que vinham sendo represados. Desde meados do ano

passado, porém,o cenário é outro. Projeções do setor para este ano indicam

os preços deixarão de subir no mesmo ritmo de antes para apenas

acompanhar a inflação. Em alguns casos, ficarão até mesmo abaixo dela,

como forma de as incorporadoras conseguirem desaguar seus estoques de

lançamentos. A desaceleração da economia já vinha tornando mais lenta a

venda de novas unidades, e a tendência deve se intensificar a partir de hoje,

quando começam a valer as novas taxas de juros da Caixa Econômica Federal

(leia mais aqui). O banco responde por 70% do mercado de crédito imobiliário

brasileiro, o que provavelmente estimulará os demais bancos a também

subirem suas taxas de juros.

Em conversa com o blog, o presidente do Secovi-SP Cláudio Bernardes falou

sobre as vantagens e desvantagens de aproveitar este momento para comprar

um imóvel como forma de investir. A entidade representa as empresas do

mercado imobiliário que operam na capital paulista.

1) Agora que o preço dos imóveis subirá perto ou mesmo abaixo da inflação é

uma boa hora para comprar para investir?

Existem bons negócios no mercado e uma pesquisa bem feita pode trazer ao

comprador boas alternativas.

2) O que vale mais a pena: vender o apartamento na entrega das chaves ou

assumir o financiamento para depois alugá-lo?

(a entrega das chaves marca a transição do destino dos pagamentos. O

consumidor deixa de pagar parcelas para a incorporadora e assume um

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financiamento bancário para quitar o restante, que representa a maior parcela

do valor do imóvel)

Neste caso, depende da região em que se encontra o apartamento e o tipo de

produto. Em algumas regiões da cidade existe demanda para locação de

determinados produtos e, portanto, vale a pena alugar. Caso queira aumentar

o capital para a realização de outro negócio, vender o apartamento para obter

o lucro da transação pode ser melhor.

3) Quais as melhores opções na hora de escolher acabamentos e pisos de um

imóvel onde não se pretende morar?

Se o imóvel é para locação, é preciso entender que se ele estiver em

melhores condições terá mais liquidez e maior velocidade de locação.

Portanto, não precisam ser os acabamentos mais caros, mas devem ter

qualidade e bom gosto compatíveis com o nível do apartamento.

4) Contar com aluguel como fonte adicional de renda é uma boa alternativa

mesmo quando consideramos os riscos de uma eventual inadimplência ou de

o apartamento passar meses em vacância?

O aluguel pode e deve ser usado como alternativa de fonte adicional de renda.

Todavia, aqueles que optarem por este caminho devem prever a possibilidade

de inadimplência e um certo nível de vacância, da mesma forma que fazem os

hotéis em seus estudos de viabilidade. Obviamente, estes parâmetros devem

variar como o tipo e a localização do imóvel. Para dar um número, diria que se

pode considerar para efeitos do orçamento pessoal a receita anual de valor

equivalente a 70% do valor do aluguel , líquido de impostos.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

http://veja.abril.com.br/blog/cidades-sem-fronteiras/2015/01/19/comprar-para-

investir/

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Pesquisa-de-mercado:-o-

que-%C3%A9-e-para-que-serve

http://www.clubedospoupadores.com/imoveis/crise-imobiliaria-no-brasil.html

https://financasfaceis.wordpress.com/2013/09/05/endividamento-das-familias-

e-crescimento-economico/

http://www.rmcempreendimentos.com.br/noticias/o-publico-jovem-e-o-que-

mais-investe-em-imoveis/

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fundos-e-investidores-

estrangeiros-estao-a-caca-de-imoveis-com-desconto-imp-,1629827

http://veja.abril.com.br/blog/cidades-sem-fronteiras/2015/05/04/novas-regras-

da-caixa-economica-puxarao-os-precos-dos-imoveis-para-baixo-e-os-alugueis-

para-cima/

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/01/politica/1427914453_617511.html

http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2015/01/12/comprador-de-imovel-na-

planta-sofre-com-truques-de-construtoras.htm

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/financas/20150116/hora-investir-

imoveis-comerciais-diz-ernst-young/224620.shtml

http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=38&Cod=1140

http://www.wankesleandro.com/2010/06/como-calcular-viabilidade-de-um-

projeto.html

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(Analisar os possíveis tipos de público alvo

para o mercado imobiliário de acordo com a

economia atual). 10

1.1 - Definição de público alvo

1.2 – Análise de mercado 11

1.3 - Crise econômica no mercado de imóveis 14

1.4 - Análise dos possíveis compradores

atualmente 20

CAPÍTULO II

(Entender sobre as possibilidades entre

vender ou alugar um imóvel). 24

2.1 - Locações

2.2 - Mercado de imóveis residenciais 26

2.3 - Mercado de imóveis comerciais 29

CAPÍTULO III

(Estudar o quanto de capital se faz necessário

para iniciar um investimento imobiliário e

sobre o tempo de retorno financeiro do

investimento). 32

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3.1 - Avaliação imobiliária

3.2 - Custo de uma produção 36

3.3 - Retorno financeiro 39

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

ÍNDICE 53