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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AUDITORIA E CONTROLADORIA APLICADAS EM
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Elton Machado da Silva
ORIENTADOR: Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro 2017
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Auditoria e Controladoria. Por: Elton Machado da Silva
AUDITORIA E CONTROLADORIA APLICADA EM EMPRESAS
DE PEQUENO PORTE
Rio de Janeiro 2017
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus parentes e amigos.
4
DEDICATÓRIA
Dedica-se aos meus pais, madrinha e amigos.
5
RESUMO
Este trabalho tem como propósito citar a implantação de uma
auditoria e controladoria em empresas de pequeno porte e a sua importância
no aumento do lucro e produtividade. Os dados apresentados foram levantados
por meio de pesquisa bibliográfica.
Buscar apontar possíveis ferramentas para a otimização e
aperfeiçoamento de métodos, processos e ações preventivas visando facilitar
um fluxo contínuo de metas alcançáveis. Em seu desenvolvimento, apresenta
conceitos de micro e pequenas empresas, controladoria, auditoria, ferramentas
de apoio e por fim a comunição interna nos processos da auditoria e
controladoria. Concluindo, mostrar ao gestor uma forma de alavancar a
rentabilidade, produtividade e a sobrevivência de sua empresa com a utilização
das ferramentas e estratégias eficientes e competitivas para o sucesso.
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METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste trabalho, foi baseada em pesquisas
bibliográficas em materiais dos últimos 10 anos. Os principais autores
pesquisados foram: Alexandre Garcia e Rubens Manzatti sobre Controladoria e
Antonio Gil Sobre Auditoria. Foram levados em conta à utilização de TCC,
artigos e textos especializados via rede de internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Controladoria 09
CAPÍTULO II
Auditoria 19
CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFIA 46
WEBGRAFIA 46
ÍNDICE 49
8
INTRODUÇÃO
As empresas que se preocupam com a sobrevivência necessitam de
uma estrutura organizacional bem desenvolvida. A necessidade de se manter
sempre competitiva exige um esforço do gestor em agregar produtividade à
eficiência, lucratividade a menores custos tanto como produtos e serviços como
funcionários e gestores.
Neste cenário surge a Auditoria apoiado pelos seus testes de
controle e testes de detalhes, e a Controladoria representada pela função do
Controller, cuja finalidade de ambas, é garantir que as informações sejam
adequadas aos processos decisórios de gestão. A falta de um suporte
adequado para as tomadas de decisões em pequenas empresas acabam
gerando em uma lucratividade baixa e consequentemente o fim de suas
operações no mercado. Com a implantação de uma controladoria e de modo
consequente uma auditoria, as chances deste cenário aconteçam reduzem
drasticamente.
Esta monografia tem como problema de pesquisa, como implantar a
auditoria e controladoria em empresas pequenas a fim de aumentar o lucro e a
produtividade? Visa à relevância do estudo da Controladoria e Auditoria
aplicadas a empresas de pequeno porte, compreender a sua implantação, os
métodos e os seus possíveis resultados na gestão, utilizando-as como uma
ferramenta estratégica de mercado.
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CAPÍTULO I
CONTROLADORIA
1.1. Definição de micro e pequenas empresas
A lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, estabelece
micros e pequenas empresas como:
“CAPÍTULO II – DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).”
De acordo com SEBRAE, o fator diferencial de Micro e Pequena
Empresa se dá pelo número de funcionários.
Micro Empresa é aquela que emprega até nove pessoas no caso do
comércio e serviços, ou até dezenove, no caso dos setores industriais ou de
construção. Pequena Empresa são as que empregam de 10 a 49 pessoas, no
caso de comércio e serviços, e 20 a 99 pessoas, no caso de indústria e
empresas de construção.
Para o BNDES, a classificação e o porte de pequenas empresas é
realizada conforme a Receita Bruta Operacional, onde possui uma receita
maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões.
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Segundo pesquisas e estatísticas mais de 90% dos
estabelecimentos no Brasil são empresas de pequenos empreendimentos. As
vantagens dessas empresas são as facilidades de manipular e ver materiais,
documentos ou funções, permitindo a abrangência e qualidade total na
realização de uma Controladoria e Auditoria dentro da organização e setores.
1.2. O que é Controladoria
Controladoria o nome próprio diz é o exercício de controle, num
conjunto de instruções e conhecimentos que compõem bases teóricas e
conceituas de composição operacional, financeira, patrimonial e econômica
correspondente ao controle dos processos de gestão organizacional. Surgiu da
necessidade da otimização dos resultados e nas decisões que são tomadas
com referência a empresa.
Dentro de uma organização tem o objetivo de empregar técnicas
para fornecer informações específicas para o alcance das metas estabelecidas
pelo gestor de uma empresa, utilizando de base contábil para conciliar as
tomadas de decisões em metas e instrumentos de controle, evidenciando os
custos e receitas dos resultados operacionais visando à elaboração de projetos
e os controles em curto, médio e longo prazo.
A Controladoria tem a responsabilidade de gerar informações
adequadas para as tomadas de decisões tendo uma grande responsabilidade
na elaboração e a manutenção dos sistemas de informações e a sua
integração numa empresa, podendo ser definida como uma importante
ferramenta de gestão de modo que através de relatórios, analises operacionais
e gerenciais, possibilitem auxílio aos gestores no controle e planejamento de
uma organização.
Numa empresa pequena o controle organizacional esta ligada à
capacidade do gestor de integrar as áreas e os funcionários em volta de um
único objetivo. Com o intuito de facilitar essa gestão, a controladoria auxilia no
acompanhamento e monitoramento das performances desses profissionais,
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investigando e diagnosticando as razões para que eventuais desvios não
ocorram entre os resultados e perspectivas esperadas.
A controladoria pode ser interpredada como um departamento
responsável pelo projeto, elaboração, execução e manutenção do sistema
integrado das informações operacionais, contábeis e financeiras de uma
empresa.
As atividades básicas e as responsabilidades da controladoria
abrangem:
• Planejamento;
• Elaboração;
• Manutenção;
• Controle.
A controladoria possui o compromisso de conceder credibilidade e
apoio nas decisões dos gestores buscando a melhoria e o aperfeiçoamento dos
resultados, examinando a adaptação dos objetivos e as finalidades para
alcançar as diretrizes visando os resultados de acordo com a necessidade da
empresa.
A figura 1 abaixo mostra o organograma do fluxo dos processos da
controladoria.
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Figura 1
Os sistemas integrados de informações são fundamentais para a
realização da Controladoria mostrando que não apenas a contabilidade será
suficiente para a fiscalização, desenvolvendo uma integração entre as áreas,
através de uma gestão fortalecida e eficaz.
1.2.1. Missão da Controladoria
A missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa
assegurando o fortalecimento do resultado, garantir que as informações sejam
adequadas ao processo decisório. Medir e avaliar as atividades da empresa,
comparar e acompanhar os resultados e desempenhos de outras empresas do
ramo, a fim de apresentar as informações aos gestores com intuito de apontar
as falhas e as possíveis correções. Dar suporte em todas as etapas do
processo de gestão.
Figura 1: EVERTON. O papel da Controladoria. Disponível em: <http://www.ecrconsultoria.com.br/bibliotec
a/artigos/controladoria-estrategica/o-papel-da-controladoria>. Acesso 14 jan. 17.
13
1.2.2. Funções da Controladoria
A Controladoria realiza e propõe um planejamento estratégico numa
empresa através de suas funções que são:
• Informar;
• Coordenar;
• Motivar;
• Avaliar;
• Planejar;
• Acompanhar.
O gestor de uma pequena empresa precisa ter em mente que a
Controladoria desempenha um papel atuante nas diferentes etapas dos
processos, essas etapas estão sempre incorporadas a um conjunto de
objetivos, por meios desses objetivos o gestor pode organizar e elaborar as
metas, por em pratica um plano mais apropriado a sua empresa com o auxilio e
suporte da controladoria definindo a base de dados das informações
necessárias da organização, elaborar modelos de decisão para eventos
econômicos diversos e a harmonização e padronização dessas informações
econômicas em conjuntos precisos de resultados finais.
1.2.3. Objetivos da Controladoria
O objetivo da Controladoria é obter informações e organizá-las
através de dados para que dessa maneira possa assegurar um suporte
apropriado, abrangendo as atividades e responsabilidades básicas de:
• Planejar;
• Organizar e padronizar;
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• Controlar e avaliar desempenhos;
• Elaborar e interpretar as informações colhidas.
Dessa forma a controladoria tem como missão o aperfeiçoamento
dos resultados econômicos, zelar pela continuidade da empresa, definir um
modelo de gestão que melhor abrange os resultados planejados, tendo como
papel fundamental a coordenação de esforços para a obtenção de um
resultado positivo envolvendo todos os setores e membros da empresa.
A missão da empresa teve esta interligada ao conjunto de objetivos
da Controladoria, o gestor sabendo utilizar os instrumentos de orientação e
controle disponibilizados pela controladoria irá otimizar seus processos
operacionais e financeiros.
O pressuposto é de que o gestor bem informado sobre as operações
da empresa está em uma posição de vantagem para aproveitar as ações
positivas que contribuam para assegurar a continuidade e a lucratividade de
sua empresa no mercado.
Pode-se concluir que o intuito da Controladoria é entender e avaliar
os objetivos estabelecidos de acordo com o seu planejamento, dispondo de
ferramentas para minimizar erros e falhas nos processos dos controles
internos, agindo assim de forma preventiva. Alexandre Sanches (2010, p. 4) diz
em seu livro:
“Conclui-se, por conseguinte, que a controladoria, através da função do controller, é responsável pela elaboração e implementação de um sistema integrado de informações operacionais e financeiras para, a partir das demonstrações contábeis geradas e baseadas em uma estrutura sólida de controles internos, suprir os gestores com ferramentas de análise e controle gerencial, possibilitando o alcance das metas organizacionais pela alta administração.”
1.3. Controller
Controller é a função destinada ao profissional da Controladoria, tem
o encargo de realizar as informações gerenciais, econômicas e financeiras da
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organização, garantindo que essas sejam confiáveis e levadas até aos
gestores em tempo adequado. É responsável por implementar e conservar o
sistema de informações integrado, para que a controladoria repasse aos
gestores informações objetivas, desta forma, as tomadas de decisões se
tornam mais lógicas e coerentes com o que foi planejado cumprindo-se assim
as metas da empresa.
Tem um papel preponderante no auxílio dos gestores utilizando-se
dos conhecimentos da Controladoria para orientar o gestor a seguir o melhor
caminho durante o planejamento, execução e controle estratégico da empresa.
“Além de assumir uma posição de comando das atividades contábeis e prover a alta administração com informações úteis à tomada de decisões pelos gestores, o controller é chamado para participar conjuntamente em decisões financeiras e no planejamento estratégico das companhias.” Alexandre Sanches (2010, p.3).”
O perfil do Controller nunca mudou, além do conhecimento contábil,
ele tem uma visão econômica, financeira e estratégica da empresa. É um
profissional cujo objetivo é ter uma percepção sobre as informações
administrativas e financeiras, com a responsabilidade de auxiliar a alta
administração nas tomadas de decisões no curto, médio e longo prazo. Deve
constatar e considerar os pontos fortes e fracos da empresa em suas análises,
identificar problemas atuais e futuros que venham a afetar o desempenho da
empresa.
Este profissional tem grande atuação nas áreas:
• Compras;
• Produção;
• Recursos Humanos;
• Tributária e;
• Planejamento estratégico.
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No Brasil a função do Controller surgiu com a instalação das
multinacionais norte-americanas no país.
Segundo Alexandre Sanches (2010, pag 4 ),
“Em companhias de grande porte, principalmente nas multinacionais, essa necessidade é mais, já que muitas vezes o controller pode reporta-se diretamente para um Diretor Financeiro sediado na matriz n exterior, além de se relacionar com pares, os gestores estrangeiros. E nas empresas de pequeno e médio porte, o controller pode deparar-se com gestores que não têm a conscientização da contribuição e experiência que um profissional controller pode fornecer ao gerar informações úteis, além de orienta-los sobre as melhores práticas de controles.”
Uma das principais funções importantes deste profissional para
empresas de pequeno porte é a análise dos custos e o auxílio para a formação
do preço de venda dos produtos e serviços.
1.3.1. Função do Controller
O gerente de controladoria também conhecido no termo inglês
Controller, tem a função básica de extrair e consolidar informações relevantes,
gerando relatórios para contribuir na tomada de decisões. O profissional dessa
área deve possui alta capacidade técnica e grande Know-how frente ao
acompanhamento e identificação dos pontos deficientes ou que podem ser
melhorados, contribuindo assim para a lucratividade e rentabilidade da
empresa.
Funções básicas:
• A elaboração e acompanhamento do orçamento;
• Implantação e supervisão de um eficiente sistema de controle interno;
• Confiável sistema de custeio de produção;
• Preparação, demonstração e supervisão do assunto referente a impostos;
• Prestação de contas a respeito de cada exercício financeiro.
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O Controller procura comparar o resultado obtido de acordo com os
planejamentos e metas estabelecidas, tendo a certeza que não somente os
gestores responsáveis, mas também os processos geram efeito positivo e
estão inteirados com o que foi planejado. Acaba sendo responsável por
projetar, implementar e realizar a manutenção dos sistemas integrados de
informação, interligado e agregando funções e tarefas a setores e funcionários.
Um profissional de Controller deve ter conhecimentos em gestão
organizacional, recursos humanos, supply, produção, deve buscar junto ao
gestor da empresa quais as áreas que mais estão necessitadas, sejam elas de
recursos, materiais, equipamentos ou contratação de pessoas.
1.4. A Comunicação interna interligada a Controladoria
Nas empresas de pequeno porte em geral a comunicação se dá por
forma direta, o gestor diz o que precisa ao funcionário, o que a controladoria
precisa ver e entender é como essa comunicação é dada e interpretada por
ambas às partes.
“Comunicação é a transferência de informação e significado de uma
pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão
de uma para outra”. (CHIAVENATO, 1997, p. 99, apud ESTRELLA;
BENEVIDES; FREITAS, 2013, p. 88).
Segundo Chiavenato [...] três conceitos são importantes para a
compreensão perfeita da comunicação:
1- Dado: é o registro ou anotação de determinada ocorrência, que se
transforma depois em informação;
2- Informação: é o conjunto de dados, com determinado significado, ou seja,
que reduz a incerteza a respeito de algo;
3- Comunicação: é quando uma informação é transmitida a alguém.
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“[...] A falta de comunicação é um dos principais problemas encontrados entre funcionários e empresa. Ao menos esta é a opinião do diretor da unidade paulista da De Bernt Entschev Human Capital, Júlio Bonrruqer. De acordo com ele, a comunicação falha pode trazer sérias consequências à equipe, impactando no desempenho e na produtividade dos profissionais.” (apud MAGALHÃES, Gladys Ferraz)
Uma comunicação falha em uma empresa pode acarretar em
prejuízos e perdas, um gestor bem assessorado pelo controller teve evitar
esses problemas que se baseiam basicamente em:
- Timidez;
- Linguagem corporal;
- Vícios de linguagem e;
- Prolixidade.
A definição de uma estratégia da comunicação interna deve partir de
pesquisas motivacionais e avaliações de desempenho com informações claras
e objetivas.
No capítulo seguinte será abordada a auditoria, descreve a sua
origem no Brasil, tipos, procedimentos e seus testes de controle interno.
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CAPÍTULO II
AUDITORIA
2. O que é a Auditoria
Auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema
financeiro, registros, transações e operações de uma entidade ou de um
projeto, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar
credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da
administração.
Existem dois tipos de auditoria: auditoria externa e auditoria interna.
A auditoria externa não está vinculada à organização, já auditoria interna presta
serviços de forma independente à administração fazendo parte da empresa.
A auditoria é um exame analítico e pericial que acompanha o
desempenho das operações contábeis expressas no Balanço Patrimonial. Com
o crescimento das atividades econômicas das empresas, as dificuldades que
os gestores enfrentam de cuidar e controlar individualmente cada seguimento,
com a falta de tempo, de preparo e ou de suporte adequado para a realização
de sua tarefa, percebe-se a importância da implantação de uma Auditoria nas
organizações empresariais, visto que possui excelentes ferramentas para o
controle administrativo que permite a identificação e resolução de problemas.
Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos:
• Auditoria financeira: É o exame das demonstrações financeiras por um
profissional, com a finalidade de emitir um parecer técnico sobre sua
fidedignidade. Envolve obtenção e avaliação de evidencias a respeito das
demonstrações contábeis da empresa para ver se está de acordo com os
princípios contábeis. O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações
financeiras é fazer com que o auditor expresse uma opinião sobre as
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demonstrações financeiras, se estão razoavelmente apresentadas de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
• Auditoria de cumprimento: Engloba a revisão, comprovação e avaliação dos
controles e procedimentos operacionais de uma entidade.
• Auditoria operacional: É o exame mais amplo da administração, recursos
técnicos e desempenho de uma empresa, com a finalidade de avaliar a
eficiência dos seus resultados aplicando a utilização e coordenação de seus
referidos recursos e controles estabelecidos sobre a gestão. Também
denominado de auditoria de procedimentos ou auditoria gerencial. O
propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades da entidade
estão alcançando seus objetivos.
Em suma, auditoria é um exame sistemático das atividades
desenvolvidas em determinada empresa ou setor, que tem o objetivo de
averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e ou
estabelecidas previamente, se foram realizadas com eficácia e se estão
adequadas.
Os profissionais que participam de auditoria de demonstrações
financeiras são certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais.
2.1. A origem da Auditoria no Brasil
A auditoria no Brasil está relacionada com a instalação e a entrada
de empresas multinacionais no país, filiais que antes só existiam na América do
Norte e Europa, uma vez que os investimentos internacionais foram
implantados aqui e compulsoriamente tiveram que ter suas demonstrações
financeiras auditadas.
As principais influências que possibilitaram o desenvolvimento da
auditoria no Brasil foram:
a) Filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras;
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b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e a necessidade de descentralização
e diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação de normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil;
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades
Anônima.
A Lei das Sociedades Anônimas determinou que as companhias
abertas, além de observarem as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários � CVM, são obrigatoriamente auditadas por auditores
independentes registrados na mesma comissão.
2.2. Procedimentos da Auditoria
Os procedimentos de auditoria são o conjunto de métodos técnicos
com base nos quais o auditor obtém evidências ou provas que sejam
suficientes e adequadas para fundamentar o seu parecer sobre as
demonstrações contábeis auditadas.
Os processos de auditoria são empregados:
a) Antes do encerramento do exercício ou na data de seu término;
b) Após o encerramento do exercício e antes da elaboração das
demonstrações;
c) Ou, depois da elaboração das demonstrações financeiras.
O profissional de auditoria considera as seguintes eventualidades
para analisar em que medida se utiliza dos procedimentos analíticos de
auditoria:
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• A importância da área a ser examinada;
• A adequação dos controles internos administrativos;
• A disponibilidade e a confiança das informações financeira e não financeira;
• A precisão com a qual os resultados dos procedimentos analíticos de
auditoria podem ser previstos;
• A disponibilidade e a comparabilidade da informação referente ao segmento
econômico no qual a Companhia opera;
• A extensão em que outros procedimentos de trabalhos de auditoria já
realizados.
Em seu livro, Antonio Gil (2012), menciona:
“Fazem parte da aplicação de procedimentos contábeis a realização de apuração de diversos índices econômicos-financeiros, análises comparativas e de cruzamentos de suas informações, identificação e conferência das operações inerentes ao ciclo de negócios da empresa, em que porventura possam ser detectadas irregularidades. Com isso, permite a minimização da ocorrência de fraudes, bem como, no caso da sua existência, possibilita a apuração das suas causas. Portanto, a contabilidade é um instrumento muito eficaz para atender aos requisitos básicos de controle interno.”
2.2.1. Tipos de Auditorias
A Auditoria divide-se em dois tipos, auditoria interna e auditoria
externa.
• Auditoria Interna: É desempenhada por profissionais da própria empresa
auditada e na maioria dos casos são funcionários da área contábil, mas que
também podem ser de outras áreas dependendo do ramo de atuação da
empresa. Visa testar, examinar ou averiguar o nível de segurança dos
controles internos existentes na organização e na constatação da fragilidade
ou inexistência destes propor melhorias ou apontar inconformidades.
• Auditoria externa: É aquela realizada por auditores independentes, sem
relação com a empresa auditada e têm por objetivo examinar as
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demonstrações contábeis para emitir um parecer ou opinião técnica sobre a
posição da empresa. Os auditores precisam assegurar que estas
demonstrações representem adequadamente a posição financeira e
patrimonial da empresa.
É imprescindível para o gestor, que a empresa disponha de
eficiência e segurança em toda sua atividade operacional. Abaixo tabela,
apresenta principais pontos da Auditoria Interna e Externa.
Auditoria Interna Auditoria Externa
A auditoria é realizada por um funcionário da empresa
A auditoria é realizada através de contratação de um profissional independente
O objetivo principal é atender as necessidades da administração
O objetivo principal é atender as necessidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras
A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para desenvolver aperfeiçoamento e para induzir ao cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros
A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras
O trabalho é subdividido em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade administrativa
O trabalho é subdividido em relação às contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado
O auditor diretamente se preocupa com a detecção e prevenção de fraude
O auditor incidentalmente se preocupa com a detecção e prevenção fraudes, a não ser que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras
O auditor deve ser independente em relação às pessoas cujo trabalho ele examina, porém subordinado às necessidades e desejos da alta administração
O auditor deve ser independente em relação à administração, de fato e de atitude mental
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A revisão das atividades da empresa é contínua.
O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódica, geralmente semestral ou anual.
Tabela 1
Objetivos:
• Auditoria Interna - Examinar a integridade, adequação e eficácia dos
controles internos e das informações físicas, financeiras e operacionais da
empresa;
• Auditoria Externa - Emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
• Procedimentos:
• Auditoria Interna - Exames que permitem ao auditor interno obter provas
suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações;
• Auditoria Externa - Conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter
evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião.
Relatório:
• Auditoria Interna - Relatório do auditor interno;
• Auditoria Externa - Parecer do auditor independente.
Tabela 1 – fonte: DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE A AUDITORIA INTERNA E A AUDITORIA EXTERNA
<http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/auditoriainterna_diferencasbasicasentreauditoria.htm>. Acesso em: 27
nov 2016.
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2.2.2. Auditoria Interna VS Auditoria Externa
A tabela 2 abaixo é uma comparação entre as auditorias interna e
externa.
Auditoria Interna Auditoria Externa
Profissional Funcionário da empresa Profissional independente
Ação e Objetivo Exame dos controles internos e operacionais
Exame das demonstrações contábeis e trabalhos especiais
Finalidade Promover melhorias nos controles internos e operacionais
Opinar sobre as demonstrações contábeis
Produto Final Recomendações de controle interno e eficiência administrativa
Parecer
Grau de Independência Menos amplo Mais amplo
Interesse no trabalho A empresa A empresa, público em geral, clientes e fornecedores
Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal
Continuidade do trabalho Contínuo Periódico Tabela 2 - Fonte: elaborado pelo autor.
A Auditoria interna deve sempre está numa posição hierárquica
próxima à presidência, administrador Sênior ou propriamente dito o dono da
empresa. A figura 2 abaixo mostra um organograma hierárquico da auditoria
em uma empresa.
Tabela 2 - Fonte: Elaborado pelo autor.
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Figura 2
2.3. Planejamento da Auditoria
O planejamento da auditoria compreende um conjunto de decisões
integradas, que expressam os propósitos da empresa a serem atingidos e os
meios para alcançá-los.
No planejamento devem fixar-se os seguintes objetivos da empresa
em questão:
a) Definir a prioridade do trabalho em função da análise de parâmetros
adequados e sustentáveis;
b) Definir com critério, os recursos necessários para o desenvolvimento dos
trabalhos planejados;
Figura 2 - Fonte: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UM DEPARTAMENTO DE AUDITORIA INTERNA.
<http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/auditoria-interna-organizacao-departamento.asp>. Acesso em 8
dez. 2016.
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c) Definir técnicas de acompanhamentos dos trabalhos, de forma a permitir
plena consecução dos propósitos estabelecidos.
No planejamento do trabalho da auditoria, os auditores devem
considerar:
a) Os objetivos da atividade objeto da revisão e os meios pelos quais esta
controla seu desempenho.
b) Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos,
operações e os meios pelos quais o impacto potencial de risco é
mantido a nível aceitável.
c) As oportunidades para fazer melhorias significativas no gerenciamento
da atividade e os riscos nos sistemas de controle da atividade.
O auditor sempre documentará seu planejamento geral e sempre irá
preparar programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à
compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de
procedimentos, das oportunidades e de melhorias repassando-as ao gestor ou
administrador da organização.
O planejamento quando bem elaborado, minimiza o risco do trabalho
ser ineficaz e ineficiente, o gestor deve considerar o planejamento da auditoria,
pois para o auditor todos os fatores são relevantes na execução das atividades
numa empresa.
2.3.1. Auditoria: Testes de Controle e Testes de Detalhes
Um dos aspectos do trabalho de auditoria é a aplicação de testes
para que o profissional de auditoria tenha e obtenha segurança na publicação
de sua opinião através do parecer. É fundamental a realização do trabalho
apoiado nos testes.
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Teste de controle - Testes de aderência ou de conformidade.
Objetiva proporcionar razoável segurança quanto à efetiva utilização dos
procedimentos previstos como controles internos administrativos, previamente
especificados pela alta administração nas normas internas.
Teste substantivos ou testes de detalhes - Objetivam obter
evidências que corroborem a validade e propriedade dos atos e fatos
administrativos. Visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão
e validação dos dados produzidos pelos sistemas administrativos e contábil da
empresa, dividindo-se em linhas gerais, em testes de transações e saldos e
procedimentos de revisão analítica.
É imprescindível que os detalhes dos testes estejam explícitos para
o gestor. A tabela 3 exibe os principais conceitos entre o teste de controle e o
teste de detalhes.
Teste de Controle Teste de Detalhes
TIPOS
Testes de controles da administração, observação, testes de controle de computador, testes em controles manuais.
Procedimentos revisão analítica, testes de detalhes de transações e testes de detalhes de saldos.
FINALIDADE
Determinar eficácia do desenho e operação das políticas e procedimentos da estrutura de controles internos.
Determinação da adequação das assertivas ou da não ocorrência de erros potenciais nas demonstrações contábeis.
NATUREZA DAS MEDIDAS DE TESTE
Frequência de não atendimento às políticas e procedimentos da estrutura de controles internos.
Erros monetários em transações e saldos.
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PROCEDIMENTOS APLICAVEIS
Indagação, observação, inspeção de documentos, reexecução e técnicas de auditoria computadorizadas. Ex: Perfis
Contagem, confirmação de saldos, rastreamento, vouching.
COMPONENTE RISCO DE
AUDITORIA Risco de controle Risco de detecção
Tabela 3
2.3.2. Auditoria: Teste Substantivo
Este tipo de teste é empregado quando o auditor deseja obter
provas suficientes e convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem
fundamentação para a sua opinião a cerca de determinados fatos, essencial
para o gestor nas tomadas de decisões.
Os procedimentos analíticos adotados pelo auditor podem incluir:
a) Comparação de informações do período corrente com informações
similares de períodos anteriores;
b) Comparação de informações do período corrente com orçamentos ou
previsões;
c) Estudo de relações de informações financeiras com informações não
financeiras (por exemplo, custos com pessoal com alterações no número
médio de empregados);
d) Estudo de relações entre elementos de informação;
Tabela 3: Elaborado pelo autor.
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e) Comparação de informações com informações similares de outras
unidades organizacionais da Companhia;
f) Comparação de informações com informações de segmentos econômicos
nos quais a empresa empreende.
2.4. Auditoria Operacional
A Auditoria operacional é diferente da auditoria habitual que na
maioria dos casos foca somente nas demonstrações contábeis. O profissional
da auditoria operacional deve ter o conhecimento da aplicação prática da
estrutura organizacional na concepção dos aspectos administrativos do ramo
da empresa. Além de utilizar os procedimentos e técnicas de uma auditoria
contábil, precisa ter o conhecimento sobre os controles operacionais aplicados
nos departamentos ou setores da empresa e gerencial, visando como um todo
as estratégias adotadas pelo gestor podendo assim avaliar o planejamento da
empresa e recomendar melhorias, controles e metas.
A tabela 4 representa os procedimentos de uma auditoria operacional
Procedimentos Descrição
Inspeção física
Procedimento necessário para confirmação da existência e exatidão do patrimônio, de acordo com a situação qualitativa e quantitativa. Necessário também para as verificações sobre os bens - se estão sendo utilizados de forma adequada, eficiente e econômica.
Confirmação externa
Obter com a fonte externa informações com clientes, expressas por meio de cartas dirigidas a empresas ou pessoas com as quais matém relação de negócios.
Conferência de cálculos
Consiste na revisão dos valores descriminados nos documento e notas fiscais de compras ou vendas, conferindo as quantidades envolvidas em cada transação ou etapa do processo e também os respectivos somatórios.
31
Entrevistas
Aplicar entrevista estruturada para obter informações de funcionários quanto funcionamento da aréa auditada, captando dados sobre nível de qualificação técnica dos funcionários envolvidos na operacionalização e gerenciamento da área auditada e sugerir melhorias operacionais e inovaçoes tecnológicas.
Exames de documentos originais e registros auxiliares
Examinar a documentação pertinente a essa auditoria com vistas a assegurar o cumprimento dos objetivos, atentando também para autencidade, normalidade e aprovação. Os procedimentos têm como norte o comportamento perante o mercado, a produção e a movimentação financeira. Eles iniciam-se com a familiarização da atividade operacional e com respectivos problemas, seguindo de análise e apreciação dos controles administrativos do departamento operacional para assegurar que são adequados para proteger os negócios.
Tabela 4
É possível que haja outros procedimentos necessários para a
realização da auditoria operacional. Entre eles estão os seguintes:
a) Avaliar se os objetivos de um programa proposto são apropriados,
convenientes, relevantes e adequados.
b) Determinar um padrão de acordo com o programa estabelecido e os
resultados alcançados e desejados.
c) Considerar e avaliar a eficácia do programa aplicado.
d) Identificar os fatores inibidores de um desempenho satisfatório.
e) Verificar se o planejamento dos trabalhos pela administração considerou
todas as possibilidades do alcance do programa, que poderiam levar a
condução dos trabalhos a obter melhor resultado com maior eficiência.
Tabela 4: Elaborado pelo autor.
32
f) Verificar se o programa segue uma ordem lógica e complementa ou entra
em conflito com os programas relacionados com o trabalho.
g) Recomendar medidas para melhorar e eficácia e a execução dos
programas em próximos trabalhos.
h) Considerar as leis, normas e regulamentações existentes de acordo com os
programas aplicados.
i) Avaliar os controles administrativos com observância quanto à qualidade e
eficácia.
j) De acordo com o cumprimento dos programas, preparar os relatórios
correspondentes.
k) Supervisionar a execução dos trabalhos de acordo com os programas,
verificar se a equipe envolvida está cumprindo o estabelecido.
l) Observar e avaliar verificando os relatórios apresentados pela
administração se são válidos e confiáveis, de acordo com os pontos
relacionados com os programas estabelecidos para a aplicação do
trabalho.
Perante os procedimentos e possibilidades que podem ser posto, é
necessário o auditor junto a gestor ou administrador da empresa, ajustar a
adequação da estrutura operacional considerando as políticas estabelecidas
pela empresa, gestor ou o ramo dela.
2.4.1. Tipos de modelos da Auditoria Interna Operacional
As diversas nomenclaturas da Auditoria interna operacional são
modalidades que podemos caracterizar de acordo com a atividade envolvida,
suas finalidades e objetivos na empresa.
33
• Auditoria de Gestão: Objetiva emitir opinião a fim de certificar as
regularidades das contas, verificar a execução de contratos, acordos,
convênios, ajustes e correção na aplicação dos recursos, amparo dos valores
e do patrimônio da empresa.
• Auditoria Especial: Objetiva examinar fatos ou situações que não estejam de
acordo aos propósitos da empresa. É realizada a partir de fatos relevantes,
de natureza incomum ou extraordinária, realizada para atender a
determinação expressa do gestor, administração, sócios e acionistas.
• Auditoria de Logística: Objetiva atuar na estrutura logística na empresa, com
a finalidade de verificar o gerenciamento do portfólio das atividades que
constitui os negócios, clientes, fornecedores, marketing etc.
• Auditoria de Riscos: Realizada em função dos riscos que a empresa possui
de acordo com os fatos significativos que podem criar uma situação de
impossibilidade para consecução dos objetivos de negócios estabelecidos.
• Auditoria de Sistemas: Importante nos dias atuais, objetiva a consolidação do
departamento da tecnologia e informação - T.I. nas estruturas
organizacionais ou setores da empresa, de forma que esteja integrada com a
organização. Deve levar em conta a observância e a avaliação da segurança,
vulnerabilidade, controle e back-up.
Segundo Antonio Gil (2012 apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro, p.
106),
“O controle interno Administrativo corresponde à promoção da eficiência e ao estimulo à obediência das diretrizes administrativas estabelecidas pela gestão da entidade. [...] Na busca de algum diferencial para que as empresas se mantenham competitivas, são apresentados na sequência os quatros princípios que regem o controle interno em nível administrativo e gerencial em relação ao ciclo de negócios da organização. Disponibilidade O princípio da disponibilidade tem uma conotação voltada para os aspectos de conseguir informações em momentos oportunos para a realização de negócios importantes que levem a empresa a prosperar e a manter-se competitiva. [...] Qualquer que seja o negócio que se pretenda viabilizar, sempre existe um grau de risco, que pode ser menor ou de maior intensidade, e a entidade deve buscar informações que minimizem ou permitam que os gestores possam assumir o risco inerente.
34
Eficácia A eficácia consiste em obter os resultados desejados com os projetos desenvolvidos e implantados, ou seja, implica atingir os objetivos estabelecidos pela gestão da empresa. Este princípio apresenta um enfoque de afetividade dos empreendimentos, ou então de conseguir a realização de mudanças que, normalmente, são proporcionados por esses projetos. Eficiência A eficiência corresponde à melhor forma de desenvolver os processos estabelecidos no ciclo de negócios da organização, independente do resultado esperado. [...] A melhoria da relação entre o resultado obtido e o processo adotado traduz-se em uma das medidas de indicadores de produtividade da gestão adotada pela organização. Obediência às diretrizes administrativas O anseio da alta administração é fazer com que as atividades gerenciais e operacionais do ciclo de negócios estejam de acordo com as diretrizes administrativas estabelecias. [...] Este princípio determina a obediência que os colaboradores e agentes envolvidos devem perseguir no modelo de gestão adotado pela alta direção da entidade.”
2.4.2. Auditoria Interna no processo de controle
A Auditoria Interna pode ser conceituada como um elemento de
direção que tem como um de seus objetivos, a avaliação dos controles internos
financeiros de uma empresa. Existe para o amparo da organização, garantindo
a proteção e eficiência operacional. Se o controle interno for bom, a
probabilidade de haver erros é menor. O auditor interno se vale do
levantamento do sistema que compreende o plano de organização e a política
de procedimentos, com a finalidade de verificar se este oferece proteção aos
ativos da companhia e confiabilidade nas informações e dados de natureza
gerencial. Numa segunda etapa cabe ao auditor através de aplicação de testes
de auditoria, averiguar a eficiência operacional e verificar se está havendo
aceitação às diretrizes estabelecidas pelo gestor da empresa.
Antonio Gil (apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro, 2012 p.107) cita:
“As ferramentas utilizadas com maior frequência no controle interno têm sido o emprego de recursos tecnológicos para fins de automação de processos com pouca interferência humana, a elaboração de manuais de instruções para formalização de rotinas, de forma a garantir a uniformidade e o padrão de procedimentos, a adoção de normas internacionais e nacionais de utilização de melhores práticas de controle e de segurança de ativos, bem como a aplicação da melhoria
35
contínua da qualidade de desenvolvimento do ciclo de negócios da empresa.”
As informações recolhidas são necessárias para a avaliação do
sistema, são obtidas através de manuais de procedimentos, registros,
documentos, questionários de avaliação e entrevistas com os colaboradores da
empresa e devendo ser periodicamente revistos e atualizados.
A extensão e a natureza dos testes de auditoria a serem
implantados para avaliação da eficiência operacional é significativamente
influenciada pelos procedimentos adotados pelo gestor da empresa. Nos
aspectos específicos em que os controles são considerados fracos o auditor irá
efetuar exames mais profundos e ampliar a extensão dos mesmos, cabendo ao
gestor à responsabilidade de administração, criação e manutenção desde
controle interno, limitando a responsabilidade do auditor a apenas:
a) Verificar se o conjunto está sendo corretamente aplicado;
b) Avaliar os procedimentos em vigor e determinar se oferecem um grau de
confiança razoável;
c) Comunicar as falhas observadas, oferecendo recomendações para
recuperá-las.
A avaliação assim como as recomendações feitas pelo Auditor não
isentam nem diminuem a responsabilidade do gestor na área.
O gestor de uma pequena empresa teve ter em mente que o
controle interno abrange todos os meios planejados da empresa, dando
operacionais como gerenciais com o propósito de cumprir os objetivos,
administrar, liderar, gerir e conferir as atividades numa organização.
Antonio Gil (apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro, 2012 p.107) cita:
“A adoção de um sistema de controle interno depende de inúmeros fatores internos ou externos à organização, devendo ser levadas em considerações as peculiaridades e as diferenças de cada entidade. Portanto, dificilmente o controle interno de uma empresa será o mesmo de outra, e a forma de justificar o seu desenvolvimento e
36
implantação pode ser feita por meio da análise de custo e eficácia. [...] Um controle interno adequado é aquele estruturado pela administração de modo a propiciar uma razoável margem de garantia de que os objetivos e as metas possam ser alcançados de forma eficaz e os recursos sejam utilizados de forma eficiente e econômica.”
2.4.3. Controle Interno
O Controle interno é uma ferramenta que acrescentar confiabilidade
aos resultados gerados pelos fluxos de operações, possibilita o apoio às
tomadas de decisões da empresa, atesta que os colaboradores da empresa
estejam cumprindo as normas e procedimentos empregados pela gerencia.
Assegura que possíveis fraudes realizadas pelos seus próprios colaboradores
sejam cometidas.
Antonio Gil (apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro, 2012 p.107) cita:
“Para a aplicação do controle interno, a empresa deve partir do entendimento de como esse ambiente funciona, como as pessoas atuam e como as informações sobre as operações são geradas, coletadas, armazenadas, mantidas, controladas, protegidas, acessadas e disponibilizadas a quem necessita e, ao final, como são descartadas. Durante esse processo de reconhecimento das operações, são possíveis análises de implantação de diversas melhorias nos procedimentos praticados, a fim de ampliar a eficiência dessas operações e a eficácia nos seus resultados, no sentido de gerar produtos e serviços com melhor qualidade e maior aproveitamento dos recursos da empresa.”
O controle é o conjunto de métodos e ferramentas que os agentes
da empresa utilizam para manter a trajetória de modo a alcançar os seus
objetivos.
A função controle tem por sua finalidade assegurar que os
processos sejam feitos de acordo com as expectativas ou conforme o que foi
planejado e organizado, assinalando as faltas e os erros a fim de repará-los e
evitar as suas repetições, viabilizando a correção de falhas atuais e prevenção
de futuros erros.
Faz parte da composição do sistema de controle interno, a adoção
de medidas saneadoras, como determinação e delimitação de
37
responsabilidades, segregação de funções e de operações que fazem parte do
ciclo de gestão da empresa. (LOUREIRO, 2012).
Em termos administrativos a função de controle só existe se houver
a emprego do planejamento, pois elas são totalmente interligadas.
Pode ser definido um processo em etapas:
a) Planejar: Consiste em estabelecer os objetivos da empresa e identificar os
processos que os completam, o que nada mais é que estabelecer padrões
de desempenho.
b) Executar: Corresponde a realização do que foi planejado o plano
propriamente dito.
c) Monitorar: Consiste em mensurar o nível atual de desempenho, ou seja,
obter medidas que possam ser comparadas com o que foi estabelecido no
planejamento.
d) Avaliar: Consiste em comparar e analisar a variância apurada entre os
objetivos e o desempenho estabelecidos como padrão em relação ao
realizados, para fins de decidir sobre as ações corretivas a serem tomadas.
e) Corrigir: É realizar uma ação corretiva necessária para trazer o processo e
os resultados.
A necessidade de controle é decorrente de diversos fatores
adversos que surgem durante a execução do plano, tais como riscos nos
negócios por conta das ameaças e vulnerabilidades da empresa, problemas de
fraqueza de procedimentos, eventos não previstos na ocasião do procedimento
etc.
“O controle, sob o ponto de vista da ciência contábil, apresenta esta como uma ciência do controle econômico, cujo objetivo é fornecer informação econômica física de produtividade e social relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança. A finalidade da contabilidade é estudar e controlar o patrimônio, fornecer informações sobre a sua composição e variações, bem como sobre os resultados econômicos decorrentes da gestão da riqueza patrimonial.” Antonio Gil (2012).
38
2.4.4. Princípios de Controle Interno
Os princípios de controle interno consistem em premissas e/ou
parâmetros intrínsecos aos sistemas de aplicação para suportar o modelo de
gestão do ciclo do negócio de uma determinada entidade.
“Em termos de controle interno contábil, apresenta-se uma grande diversidade de parâmetros voltados para registro, exame e confronto para a proteção do patrimônio da entidade, enquanto no caso administrativo é dada maior ênfase na busca de oportunidades e identificação de melhores práticas de gerenciamento e adoção de um modelo de gestão adequada de mercado em que a organização atua.” Antonio Gil (2012).
• Aplicar no estabelecimento das estratégias da organização;
• Aplicar em todas as unidades e esferas organizacionais;
• Identificar eventos que possam afetar a entidade e gerenciar os riscos dos níveis suportados pela empresa;
• Abranger todas as atividades desenvolvidas pela empresa;
• Ser eficiente para detectar as oportunidades, bem como emitir sinais de alerta para que os gestores possam tomar ações corretivas ou preventivas;
• Avaliar a eficácia e a qualidade do controle interno de forma isenta e independente.
2.5. RISCO DE AUDITORIA
O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor emitir uma opinião
tecnicamente inadequada. Em termos práticos, ocorre quando o auditor emite
um parecer sem ressalvas quando o mais apropriado seria o adverso, e vice-
versa. É importante o auditor passa para o gestor esses tipos de risco, esses
tipos de riscos de auditoria podem ser classificados em:
• RISCO INERENTE: É vinculado ao negócio e às atividades da empresa. Ex: inexistência ou inadequação de controle interno.
• RISCO DE CONTROLE: É o risco de que os sistemas de controles possam falhar na prevenção ou detecção de falhas. Neste caso, a empresa tem o
39
controle interno, só que ele falhou (evento humano). O controle interno pode até ser rigoroso e adequado, mas é sempre passível de ser burlado.
• RISCO DE DETECÇÃO: É o risco de que o auditor na execução dos procedimentos não detecte um erro, classificação indevida materiais ou irregularidades relevantes.
2.6. COSO e o Controle Interno
Segundo Antonio Gil (apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro, 2012),
“Em 1975, foi criado, nos Estados Unidos, a Nacional Commission on Fraudulent Financial Reporting (Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros), uma iniciativa independente, para estudar as causas da ocorrência de fraudes nos relatórios financeiros e contábeis. Esta comissão era composta por representantes das principais associações de classe de profissionais ligados à área financeira. Seu primeiro objeto de estudo foram os controles internos.
Posteriormente a Comissão transformou-se em Comitê, que passou a ser conhecido como COSO. [...] foi criada em 1985 a fim de assessorar a Comissão Nacional sobre Relatórios financeiros fraudulentos. Trata-se de uma iniciativa privada independente, encarregada de estudar fatores que podem levar à geração de relatórios fraudulentos e elaborar recomendações para empresas abertas, para seus auditores, instituições educacionais, para a SEC e outros reguladores.”
Esse comitê é formado pelas seguintes organizações:
• American Institute of Certified Public Accountants;
• American Accounting Association;
• The Institute of Internal Auditors;
• Institute of Management accountants;
• Financial Executives Institute.
O Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway
Commission (COSO) é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria
40
dos relatórios financeiros. É o framework para avaliação de controles internos
de maior aceitação nos Estados Unidos.
As diretrizes do COSO define o controle interno como um processo
aplicado pela alta administração e demais pessoas da empresa, constitui um
modelo que deve passar pelas organizações de forma que resulte numa
metodologia de avaliação do controle interno.
De acordo com Alexandre Garcia (2010, p 55),
“A definição de controle interno dada pelo COSO é: Um processo, liderado pelo conselho de diretores e gerentes da empresa, designado para fornecer segurança razoável de que os objetivos estão sendo seguidos nas categorias: Efetividade e eficiência das operações, Realidade dos relatórios financeiros; Cumprimento dos regulamentos e leis aplicáveis”.
A estrutura básica do COSO são baseadas em conceitos bases de:
a) Controle Interno em processos;
b) Controle Interno em pessoas.
O COSO apresenta através de um cubo tridimensional o
relacionamento existente entre os cincos componentes de controle interno e os
três objetivos de controle. A aplicação dos métodos do COSO em empresas de
pequeno porte se vale de uma estratégia astuta frente à concorrência do
mercado.
De acordo com Antonio Gil (apud Carlos Hideo, Wilson Toshiro,
2012) descreve os cincos componentes:
• Ambiente de Controle: Estabelece a base para a existência de uma estrutura de controle interno relacionado com os conceitos de conduta, atitude, consciência, competência e estilo. Grande parte de sua força é extraída da conduta definida pelo conselho de administração e pelos executivos da organização;
• Avaliação de Riscos: Consiste na identificação e análise dos riscos mais relevantes para a obtenção dos objetivos do negócio por parte da alta administração. Durante uma avaliação de riscos, cada objetivo operacional, do nível mais alto ao mais baixo, é registrado e então cada risco que possa prejudicar o alcance do objetivo é identificado e priorizado;
41
• Atividades de Controle: Devem ser Desenvolvidas para direcionar especificamente cada objetivo de controle, visando minimizar os riscos identificados anteriormente. As atividades de controle correspondem a políticas, procedimentos e práticas adotadas para assegurar que os objetivos operacionais sejam atingidos e as estratégias sejam executadas, atenuando os seus riscos;
• Informação e Comunicação: Fornecem suporte ao controle interno, transmitindo diretrizes do nível da administração para os funcionários, num formato e estrutura de tempos adequados que lhes possibilitem executar suas atividades de controle com eficácia.
• Monitoramento: É o processo para estimar e checar a qualidade do controle interno durante avaliações contínuas e especiais. O monitoramento pode incluir tanto a supervisão interna quanto externa do controle interno, como pela administração, pelos funcionários ou pelas partes externas.
Já os três objetivos de controle são:
• Operações: Avaliar a eficácia e a eficiência no atingimento dos objetivos de negócios da empresa, incluindo desempenho, metas estratégicas e proteção dos recursos;
• Relatórios Financeiros: Preparar e emitir os relatórios financeiros e outras informações financeiras confiáveis;
• Compliance: Atender e cumprir as leis e regulamentos aos quais a empresa está sujeita a fim de evitar prejuízos à sua reputação e outras consequências negativas.
2.6.1. COSO I VS COSO II
Enquanto o COSO I aborda a estrutura de controles internos de uma
organização, o COSO II aborda o paradigma de Gestão de Riscos, ambos por
meio da proposição de um Modelo Integrado.
O modelo COSO I é referência mundial, por estabelecer:
• Uniformização e definições de controle interno;
42
• Definições de componentes, objetivos e objetos do controle interno num modelo integrado;
• Planejar papéis e responsabilidades da administração ou gestores;
• Estabelecer padrões para implementação e aprovação;
• Criação de meios para monitorar, avaliar e reportar os controles internos.
Os procedimentos do COSO II é aplicável a qualquer setor da
organização, por ser focada em riscos dos processos e não em tarefas ou
departamentos isolados. Os controles devem atuar sobre em todos os níveis da
empresa. De acordo com as diretrizes do COSO II, em cada processo existe
riscos potenciais e os controles devem estar sempre presentes para suavizar
estes riscos independentes da ordem que eles possam ocorrer.
A figura 3 representa um modelo em cubo tridimensional do COSO
II, retrata nas colunas verticais as quatros categorias de objetivos, e nas linhas
horizontais os oitos componentes, e as unidades de uma organização. Pondo
em ordem abaixo as principais diretrizes para o gestor de uma empresa seguir.
• Ambiente interno;
• Fixação de objetivos;
• Identificação de eventos;
• Avaliação de riscos;
• Resposta a risco;
• Atividade de controlo;
• Informação e Comunicação;
• Monitoramento.
43
Figura 3
Figura 3 - Fonte: DE LORENZI & MAFFEI. Gestão eficaz – Módulo 3. Disponível em: <http://delorenzimaffei.com.br
/site/index.php?option=com_content&view=article&id=287&Itemid=175>. Acesso 17 dez. 16.
44
CONCLUSÃO
Este estudo tem como propósito citar a implantação de uma
Controladoria ou uma Auditoria em empresas de pequeno porte afim de
aumentar sua lucratividade e produtividade.
Conforme os dados apresentados na análise, a Controladoria e a
Auditoria em empresas pequenas em geral, pode se dá como uma ferramenta
estratégica para o mercado, não importando o ramo de sua atividade.
A Controladoria dentro da organização tem o objetivo de empregar
técnicas específicas, utilizando de base contábil para conciliar as informações
com as tomadas de decisões. A Controladoria auxilia no acompanhamento e
monitoramento com o intuito de proporcionar ao gestor um controle mais firme
em sua empresa através do planejamento, elaboração, manutenção e controle
de metas, dando suporte e indicando as falhas e as possíveis correções ao
gestor, garantindo assim a continuidade da organização e o seu fortalecimento
com as funções simples de coordenar, motivar, avaliar e acompanhar, sempre
estando interligada as diretrizes da empresa.
Neste cenário surgi à figura do Controller que é a função destinada
ao profissional da Controladoria. Este profissional é responsável por
implementar e conservar os sistemas de informações integrados, sempre
assessorará o gestor nas análises de custos e formação de preços e
consequentemente os serviços e a venda de seus produtos. O Controller
possui uma alta capacidade técnica e grande Know-how frente a identificação e
acompanhamento dos pontos deficientes e a comunicação de forma direta com
técnica baseadas nos três conceitos importantes para compreensão de uma
comunicação interna fluente:
• Dado;
• Informação e;
• Comunicação.
45
Na Auditoria o gestor teve ter em mente qual dos dois tipos irá
adotar, Auditoria interna ou a Auditoria externa.
A Auditoria interna é desempenhada por um ou mais profissionais da
própria empresa cabendo ao gestor ou administrador escolher o funcionário
para esta função. Na Auditoria externa é realizada por auditores independentes
e ao término do trabalho emitem um parecer sobre a posição da empresa.
O gestor teve se assegura que o planejamento da auditoria
compreende um conjunto de decisões integradas que expressam os propósitos
da empresa a serem atingidos e os meios adequados para alcança-los. O
auditor precisa ter a liberdade para aplicar seus testes, tais testes são
fundamentais para evidenciar os controles administrativos internos, os
principais testes citados são: Teste de Controle, Teste de Detalhes e Testes
Substantivos.
Cada teste dá uma informação detalhada para o gestor da estrutura
prática da organização e a exatidão e validação do controle interno no fluxo
operacional. Em suma, o controle interno é o conjunto de métodos e
ferramentas aplicadas pela auditoria visando possíveis fraudes realizadas na
empresa.
Podemos concluir que embora a Auditoria e a Controladoria visem
em geral à localização de erros e desperdícios e que ambas se mostram como
instrumentos necessários para as tomadas de decisões, cabe ao gestor optar
qual irá incorporar nos processos da organização, pelo fato de que muitas das
pequenas empresas possuírem um fluxo de caixa que via de regra impede o
emprego de ambas, o gestor teve visar à necessidade da empresa e seu ramo,
conciliando os Custos/Benefícios em curto, médio e longo prazo a fim de tornar
cenários econômicos incertos em otimistas.
46
BIBLIOGRAFIA
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de gestão de empresas. São Paulo: Atlas, 2010.
GIL, Antonio de Loureiro et al. Gestão: Controle interno, risco e auditoria. 1. ed.
São Paulo: Saraiva, 2012.
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pequena empresa: Para ter a empresa na palma da mão. São Paulo:
Trevisan, 2015.
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pequeno porte. 16. f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) � Administração
de empresas. Universidade Estácio de Sá, 2013.
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conceitual aplicável na prática. Disponível em: < http://www.portaldeauditoria.
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47
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PORTAL DE AUDITORIA. Procedimentos de auditoria operacional.
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48
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desafios contemporâneos da controladoria. Disponível em: <http://www.
congressocfc.org.br/hotsite/anais/artigos/191.pdf. Acesso em 14 jan. 17.
TAGPLUS. Entenda qual é a diferença de Micro e Pequena Empresa.
Disponível em: <http://blog.tagplus.com.br/entenda-qual-e-a-diferenca-de-micro
-e-pequena-empresa/ > Acesso 31 dez. 2016.
49
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Controladoria 09
1.1. Definição de micro e pequenas empresas 09
1.2. O que é Controladoria 10
1.2.1. Missão da Controladoria 12
1.2.2. Funções da Controladoria 13
1.2.3. Objetivos da Controladoria 13
1.3.. Controller 14
1.3.1. Função do Controller 16
1.4. A comunicação interna interligada a Controladoria 17
CAPÍTULO II
Auditoria 19
2.1. O que é a Auditoria 19
2.1. A origem da Auditoria no Brasil 20
2.2. Procedimentos da Auditoria 21
2.2.1. Tipos de Auditoria 22
2.2.2. Auditoria Interna VS Auditoria Externa 25
2.3. Planejamento da Auditoria 26
2.3.1. Auditoria: Testes de Controle e Testes de Detalhes 27
2.3.2. Auditoria: Teste Substantivo 29
2.4. Auditoria Operacional 30
2.4.1. Tipos de modelos da Auditoria Interna Operacional 32
2.4.2. Auditoria Interna no processo de controle 34
2.4.3. Controle Interno 36
2.4.4. Princípios de Controle Interno 38
2.5. Risco de Auditoria 38
2.6. COSO e o Controle Interno 39
50
2.6.1. COSO I VS COSO II 41
CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA 46 WEBGRAFIA 46