Doença Mental Em Portugal

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Notcias sobre a Doena Mental em Portugal2013 Jornal de Notcias5 de 10 doenas que mais contribuem para incapacidade de trabalho, so de foro psiquitrico: depresso, problemas ligados ao lcool, perturbaes esquizofrnicas, doenas bipolares, e as demncias. "Sade mental em nmeros -2013", que compila dados sobre as principais perturbaes mentais entre 2007 e 2011.Em Portugal, o consumo de antidepressivos mais elevado do que a mdia da Unio Europeia, quer para tratar a depresso (55% em Portugal e 51% na UE), quer as perturbaes de ansiedade ( 47% e 41%, respetivamente).(Os dados sobre internamento apontam as psicoses, designadamente a esquizofrenia, como as principais causas que levam hospitalizao dos portadores de problemas mentais. Com a "criao de mais estruturas de reabilitao psicossocial, nomeadamente com a esperada implementao dos cuidados continuados de sade mental prev-se a reduo do nmero de episdios de internamento por perturbaes psicticas", revela o relatrio.)http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Saude/interior.aspx?content_id=3468885

Sade mental continua fechada nos hospitais02.07.2015 s 0h00 6 Google+ Linkedin Pinterest

RelatrioscoordenadospelaFaculdade de Cincias Mdicasde Lisboareferemque Portugalprecisa de dar maispassosno caminho paratratarosdoentes mentaisna comunidade. Financiamento e resistncia mudana so alguns dos traves

VERA LCIA ARREIGOSOA grande maioriadas pessoas com doena mental em Portugal continuam dependentes daassistnciahospitalar.O pasainda tem"uma escassa atividade na comunidade, privilegiando modelos de cuidados h muito ultrapassados".A concluso consta de dois relatrios,um europeu eumnacional,sobre a transio dos cuidados de sade mental para a comunidade, coordenados pela Faculdade de Cinciasde Mdicas eesta quinta-feiraapresentados em Lisboa.A substituio dos hospitais psiquitricos por modelos na comunidade e socialmente inclusivosso um dos alicerces da reforma da sade mental em todo o mundo, maspor c tem sido poucoexpressiva.Fecharam-segrandes hospitaiscomo o Miguel Bombarda, em Lisboa, mas no foram abertas portas suficientes paraprojetosde proximidade. "A maior parte dos nossos servios, incluindo os baseados nos hospitais gerais, continuam a concentraros seus recursos em atividades intra-hospitalares."Na realidade portuguesa,"as equipas de sade mental verdadeiramente implantadas na comunidade continuam a existir em nmero restrito". Por outras palavras,"programas colaborativos com os cuidados primrios,programas integrados para doentes mentais graves,centros de sade mental einterveno domiciliria continuam a ter uma expresso muito modesta em comparao com a realidade dos outros pases europeus e esto muito longe do mnimo aceitvel", criticam os autores."Estes relatrios permitem perceber muito bem quais so as barreiras e os 'remdios' para avanar. preciso voltar a discutir estas questes", afirma Jos Caldas de Almeida, coordenador do grupo europeuJointActionMentalHealthandWellbeing-responsvel pelos relatrios agora publicadoseat ao prximo anosob a chancela da Faculdade de Cincias Mdicas de Lisboa.MDICOS NO QUEREMPERDERPODEREntre os vrios traves detetados pelos peritos esto o financiamento inadequado e a resistncia devrios dos intervenientes."O modelo de financiamento completamente obsoleto, pagando para internar as pessoas, e muitos mdicos ope-se mudana por entenderem que o seupoder vai esbater-se. E as ordens religiosas, por exemplo, abriram muitas camas para estes doentes e querem rentabilizar esse investimento", critica opsiquiatra.Na opinio do especialista, "fizemos bem a transio dos hospitais psiquitricos para os hospitais gerais, o internamento e a consulta funcionam bem,mas falhamos no trabalho comunitrio e na articulaocom oscentros de sade; muitos dosmdicos no querem sair do hospital". Caldas de Almeida garante que preciso insistir na mudana: "Cada servio de sade mental dos hospitais gerais tem de ter uma equipa para trabalhar na comunidade e temos de ter moradias e apartamentos assistidos em vez demais camas de cuidados continuados para internar os doentes."Portugal tem 42 residncias para doentes mentais e "mecanismos de apoio social e ao emprego frgeis", salienta. Ainda assim, "andamos h vrias dcadas a trabalhar no bom caminho e at antecipmos, no Plano Nacional de Sade Mental,o que em 2013a Organizao Mundial da Sade disse aos pases para fazerem". Merece nota positiva a criao de servios para crianas com problemas de sade mental ou o incentivo participao de Organizaes No Governamentais.Caldas de Almeida garante que "a nossa lei boa, o que foi preparado tecnicamente perfeito, mas h uma resistncia larvar mudana que faz parar areforma".Nos restantes estadosda Unio Europeia a realidade no muito diferente.As barreiras reforma tambm passam pela "falta de prioridade poltica", "financiamento insuficiente", "falta de consenso entre os intervenientes" ou"falta de cooperao entre os sectores social e da sade".Os peritos recomendam 12 atuaesestratgicas para deitarabaixo as barreiras.Por exemplo, integrar asade mental nos cuidados primrios, promover a cooperao entre vrios setores erecorrer a instrumentos europeus relevantes.