Doença Ulcerosa Péptica

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DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA CLÍNICA CIRÚRGICA FACULDADE DE MEDICINA – UNIC XXIII AILLYN FERNANDA BIANCHI

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DOENÇA ULCEROSA

PÉPTICA

CLÍNICA CIRÚRGICAFACULDADE DE MEDICINA – UNIC

XXIII

AILLYN FERNANDA BIANCHI

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ANATOMIA

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ANATOMIA

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DRENAGEM LINFÁTICA

ANATOMIA

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ANATOMIAINERVAÇÃO

Page 6: Doença Ulcerosa Péptica

IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

ANATOMIA

Page 7: Doença Ulcerosa Péptica

Serosa: camada externa formada pelo

peritôneo.

Muscular própria ou Externa:

composta por 3 camadas de musculo

liso.

Submucosa: tecido conjuntivo rico

em colágeno.

Mucosa: composta por epitélio

superficial, lâmina própria e muscular da

mucosa.

MORFOLOGIA GÁSTRICA

Page 8: Doença Ulcerosa Péptica

Constantemente agredida por fatores nocivos endógenos e exógenos.

BARREIRA DE DEFESA - apresenta 3

níveis:

1) Camada de mucobicarbonato.

2)Células epiteliais superficiais.

3) Oxido nítrico.

A MUCOSA

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Ocorrem em condições:

1) Basais

2) Estimulada CEFÁLICA

GÁSTRICA

INTESTINAL Célula parietal, secretora de ácido e fator

intrínseco está localizada nas glândulas oxínticas. Nela se expressam receptores para histamina, gastrina e acetilcolina que são estimulantes da secreção ácida.

FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA

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DUODENODUODENO

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Secreção de Muco pelas glândulas de Brünner no duodeno:

Se localizam na parede dos primeiros centímetros de

duodeno, especialmente entre o piloro do estômago e a

papila de Váter.

Secretam grande quantidade de muco alcalino.

A função do muco é proteger a parede duodenal da digestão

pelo suco gástrico.

FISIOLOGIA

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Está relacionada com:

- Secreção diminuída de bicarbonato.

- Aumento na secreção noturna e

diurna de ácido.

- Aumento da carga ácida duodenal.

FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA DUODENAL

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ÚLCERAS PÉPTICAS

Page 14: Doença Ulcerosa Péptica

Solução de continuidade na mucosa do estômago ou duodeno com

diâmetro maior ou igual a 0.5cm, que penetra profundamente na

parede do tubo digestivo (ultrapassando a muscular da mucosa ).

OBS: lesões com menos de 0.5 cm são chamadas de erosões!!

CONCEITO

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A EROSÃO representa perda parcial do epitélio, sem exposição do tecido conjuntivo subjacente.

EROSÃO X ÚLCERA

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Idade entre 55-65 anos. Sexo feminino. Uso de AINEs. Comum na população não branca. Classes socioeconômicas inferiores. Estase gástrica. Gastrite. H.pylori. Tabagismo. Etilismo. Uso de corticóides.

FATORES DE RISCO PARA UG

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Idade entre 30-50 anos.

Sexo masculino.

H. pilory.

Tabagismo.

Etilismo.

AINEs.

FATORES DE RISCO PARA UD

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Principal causa de úlcera duodenal é a infecçao pela bactéria Helicobacter pylori.

A segunda causa mais frequente é o uso de antiinflamatórios não esteroidais (AINE).

Ácido.

Causas não ácidas.

PATOGÊNESE

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INFECÇÃO PELO H. pylori

- 90% das úlceras duodenais e 75% das gástricas.

- Bastonete gram-negativo helicoidal. Reside no epitélio tipo gástrico, dentro ou abaixo da mucosa gástrica, que o protege tanto do ácido quanto dos antibióticos.

- Produtor de Urease (Divide a ureia em amónia e bicarbonato, resultando um meio ambiente alcalino).

- Pode ser encontrado: mucosa gástrica heterotópica no esôfago; no esôfago de Barrett; metaplasia gástrica no duodeno, etc.

PATOGÊNESE

Page 20: Doença Ulcerosa Péptica

A INFECÇÃO PELO H. PYLORI ESTÁ ASSOCIADA À:

Distúrbios gastrintestinais superiores comuns.

Aparece na maioria dos pacientes com úlceras

duodenais (>90%) e gástricas (60% a 90%).

Os pacientes com úlcera gástrica não-infectada tendem

a ser usuários de AINE.

A grande maioria dos pacientes com câncer gástrico

mostra evidências de infecção prévia pelo H. pylori.

PATOGÊNESE

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1° - Produção de produtos tóxicos que causam lesão tecidual.

2° - Indução de uma resposta imune no local.

Níveis de gastrina aumentados, com um resultante aumento na secreção ácida.

MECANISMOS

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Causa mais comum depois do H. pylori;

Mulheres com mais de 50 anos;

O risco aumentado de sangramento e de ulcerações é proporcional à dosagem diária de AINEs;

Mais de 3 milhões de pessoas nos Estados Unidos tomam diariamente AINEs;

As úlceras aparecem uma a duas semanas após a ingestão dos AINEs.

AINES

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Mais frequentemente encontradas no estômago.

A gastrite não é frequentemente encontrada com

uma úlcera induzida pêlos AINEs, ocorrendo em

aproximadamente 25% das vezes.

Quando o emprego do AINEs é suspenso as

úlceras geralmente não recorrem.

ÚLCERAS INDUZIDAS PELOS AINES

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Doença de Crohn.

Sífilis.

Inatividade pancreática.

Infecção por Candida.

Doença maligna.

Estase gástrica pelo atraso no esvaziamento gástrico.

CAUSAS NÃO ÁCIDAS

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ÚLCERAS GÁSTRICAS

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• Ulceras gástricas tipo I:

60% das ulceras, estão na curvatura menor, não estão associadas a secreção excessiva de ácido, ocorrem até 1,5cm da zona de transição entre a mucosa fúndica e a antral, não são associadas a anormalidades nas mucosas duodenais.

• Úlceras gástricas tipo II:

Estão no corpo do estômago em combinação com uma ulcera duodenal, são associados a secreção excessiva acido.

ÚLCERAS GÁSTRICAS

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• Ulcera gástrica tipo III:

São pré-pilóricas, também se comportam como duodenais e estão associadas a hipersecreção de acido gástrico.

• Úlceras gástricas tipo IV:

Ocorrem em uma parte alta da curvatura menor, próxima a junção gastroesofágica, tem baixa incidência menor que 10%, e não estão associadas a produção aumentada de acido.

ÚLCERAS GÁSTRICAS

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É composta pela tríade: hipersecreção de ácido, doença ulcerosa péptica e tumor de células não beta das ilhotas pancreáticas.

Os tumores são chamados de gastrinomas• São múltiplos em quase 50% dos casos;• 2/3 são malignos; • 25% estão associados a NEM 1.

o O diagnóstico é pelo débito basal:

>15 mEq/h

SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON

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4 milhões de ocorrência por ano.

Anualmente são feitas 130 mil operações.

Aumento das úlceras hemorrágicas devido ao uso crescente de AINE.

Definiu-se a úlcera comouma doença infecciosa por conta da forte associação com o H. pylori.

EPIDEMIOLOLGIA

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DOR ABDOMINAL

PERFURAÇÃO

SANGRAMENTO

OBSTRUÇÃO

QUADRO CLÍNICO

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HISTÓRIA + EXAME FÍSCO = LIMITADOS!!!

PRINCIPAIS: EDA e raio x gastrointestinal superior

Teste de helicobacter pylori

DIAGNÓSTICO

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DIAGNÓSTICO

ENDOSCOPIA DIGESTIVA Método mais confiável (90% de chance de diagnosticar

uma malignidade)

úlcera benigna: bordas mais lisas, mais regulares e

arredondadas.

“ Realizar biopsias para exclusão de malignidade e para realizar teste para H. pylori ”

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DIAGNÓSTICO

RAIO X DO TRATO GASTROINTESTINAL SUPERIOR

Usa- se Bário.

Possibilita determinar : localização profundidade penetração da úlcera

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DIAGNÓSTICO

TESTE PARA H. PYLORI

NÃO INVASIVO!! SOROLOGIA:

ELISA – IgG

Especificidade de 90%

Não utilizar para avaliar erradicação pós terapia

Page 36: Doença Ulcerosa Péptica

DIAGNÓSTICO

TESTE PARA H. PYLORINÃO INVASIVO

TESTE RESPIRATÓRIO DA UREASE: Capacidade do HP de hidrolisar ureia.

Sensibilidade/ especificidade > 95%.

Realizar após 4 semanas da terapia evitar falso +

Teste de escolha para determinar erradicação.

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TESTE RESPIRATÓRIO DA UREASE

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DIAGNÓSTICO

TESTE PARA H. PYLORI INVASIVO

ENSAIO RÁPIDO DA UREASE:

Método de escolha se for empregado uma endoscopia

Especificidade de 98%

Endoscopia + biopsia da mucosa gástrica Ureia urease amônia + bicarbonato = pH alcalino

Resultado disponíveis em horas

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DIAGNÓSTICO TESTE PARA H. PYLORI

INVASIVOHISTOLÓGICO:

Biopsia da mucosa gástrica pela endoscopia

Estudo histológico ( presença ou ausência do HP e gravidade da lesão)

Especificidade de 99%

Amplamente disponível.

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DIAGNÓSTICO

TESTE PARA H. PYLORI INVASIVO

CULTURA:

Biopsia da mucosa gástrica pela endoscopia.

Especificidade 100%.

Mais exigente ( habilidade, alto custo, pouca disponibilidade).

3 a 5 dias para dar o diagnóstico.

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DIAGNÓSTICO

TESTE PARA H. PYLORIRESUMO:

Se não realizar EDA SOROLOGIA (escolha inicial)

Se realizar EDA ENSAIO RÁPIDO DA UREASE ou HISTOLOGIA ( excelentes escolhas)

Após tratamento TESTE RESPIRATÓRIO DA UREIA até 4 semanas após.

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TRATAMENTO

TRATAMENTO CLÍNICO

OBJETIVO: Tentar cicatrizar as úlceras pela erradicação

do H. pylori ou neutralização da acidez.

Aliviar sintomas e evitar recidivas.

Evitar AINEs, tabagismo, café e álcool.

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TRATAMENTO

TRATANDO A INFECÇÃO POR H. P: Cicatrização + prevenção de recidiva Esquema TRÍPLICE : 2 antibióticos (amoxilina +claritomicina)

+ 2 semanas 1 Inibidor de bomba (omeprazol)

+ 6 semanas com omeprazol.

Page 44: Doença Ulcerosa Péptica

TRATAMENTO

Antiácidos : Neutralização da acidez. Acidez pH Breves períodos (ação SINTOMÁTICA).

Antagonistas do receptor de H2 Secreção ácida. Ajudam a cicatrização da úlcera. Famotidina é o mais potente e cimetidina o

menos potente.

Page 45: Doença Ulcerosa Péptica

TRATAMENTO Inibidores da bomba de prótons: São os mais potentes na inibição da secreção

ácida Facilitam a cicatrização da úlcera

Não devem ser usados em combinação com antiácidos ou inibidores do receptor de H2, pois precisam do meio ácido para serem ativados.

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COMPLICAÇÕES HEMORRAGIA

OBSTRUÇÃO

PERFURAÇÃO

Page 47: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES HEMORRAGIA

Complicação mais comum da úlcera duodenal (parede posterior).

Sinais clínicos: hematêmese e/ou melena (+grave),

melena e/ou anemia (+leve).

Quadro grave – identificar rápido.

Na úlcera gástrica ocorre em pacientes mais idosos.

Page 48: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES HEMORRAGIA

Conduta: Estabilizar a volemia do paciente e EDA (avaliar risco/ vaso visível risco maior).

Tratamento: CLÍNICO OU CIRÚRGICO ( sangram durante ou após EDA; 6 ou mais unidades de sangue; perda maior a 2000ml ou queda do hematócrito em até 25%).

Page 49: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES PERFURAÇÃO

É a principal complicação da úlcera gástrica

Livre = peritonite química.

Tamponada= barrada por um órgão adjacente.

Principal etiologia da perfuração : AINES (> 60 anos )

Page 50: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES

PERFURAÇÃO

Quadro clínicos: dor abdominal intensa e abrupta, abdome em tábua, defesa, pode apresentar hipotensão, taquicardia e taquipneia.

Rx abdome = pneumoperitônio. TC – exame de escolha para detectar ar fora de alça.

Indicação cirúrgica de emergência em 95% dos pacientes .

Page 51: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES OBSTRUÇÃO

ETIOLOGIA: cicatrização crônica do duodeno e piloro.

Confirmação por EDA.

Quadro clínico: plenitude epigástrica, saciedade precoce, náuseas e vômitos. Pode chegar a perda ponderal, desidratação e alcalose hipoclorêmica e hipocalêmica .

75% - cirurgia de alívio da obstrução e reparo da úlcera.

Page 52: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS

CIRÚRGICOS PARA A

DOENÇA ULCEROSA

PÉPTICA E SUAS

COMPLICAÇÕES

Page 53: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 54: Doença Ulcerosa Péptica

Altas taxas de recidivas de ulcerações pépticas após a

descontinuação da terapia clínica.

4 indicações cirúrgicas nas úlceras pépticas

INTRATABILIDADE – HEMORRAGIA –

PERFURAÇÃO – OBSTRUÇÃO.

Intratabilidade como indicação operatória pacientes

cuja terapia medicamentosa não consegue erradicar o

H. pilory ou que não podem suspender o uso de AINE.

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 55: Doença Ulcerosa Péptica

Objetivo da cirurgia prevenção da secreção do ácido

gástrico.

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA

VAGOTOMIA

Débito do ácido em 50%.

VAGOTOMIA + ANTRECTOMIA

Débito do ácido em cerca de 85%.

Page 56: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA TRONCULAR

Realizada através da secção dos nervos vagos D

e E acima dos ramos hepático e celíaco, logo acima da

junção gastroesofágica.

Cirurgia + realizada para a doença ulcerosa

duodenal.

Associação Vagotomia Troncular + Drenagem.

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PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA TRONCULAR

Incisão mediana xifo-umbilical.

Resulta em atonia gástrica.

2 complicações com retirada do piloro:

- Gastrite alcalina ou biliar.

- Síndrome de dumping.

VAGOTOMIA TROCULAR POR PILOROPLASTIA

Page 58: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Vagotomia Troncular clássica + Piloroplastia de Heineke-Mikulicz

Page 59: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA SUPERSELETIVA

Vagotomia da célula Parietal/ Vagotomia gástrica proximal.

Preserva a inervação vagal do antro gástrico, ficando intacta a motilidade

gástrica.

Não requer procedimento de drenagem.

É escolhida no ambiente eletivo.

Taxa de recidiva alta e taxa de complicação baixa, por isso não é indicada

para úlcera pré-pilóricas.

Provoca menos complicações pós-operatórias.

Ideal: Preservar a inervação do antro e do piloro.

Page 60: Doença Ulcerosa Péptica

Troncular: nervo vago seccionado, desnervando todo estômago e outras vísceras abdominais.

Seletiva: remove inervação vagal do estômago, mas poupa as fibras vagais que vão para outros órgãos abdominais.

Superseletiva: secciona somente as pequenas ramificações que inervam o fundo e corpo gastrico. Nervos de latarget.

VAGOTOMIA

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 61: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA

Page 62: Doença Ulcerosa Péptica

VAGOTOMIA TRONCULAR COM ANTRECTOMIA

Destina-se eliminar um estimulante adicional da secreção

ácida, a gastrina.

Indicado para úlcera duodenal e gástrica, associadas são

mais eficazes na redução da secreção ácida e da recidiva.

Porém, mais agressiva.

Dois tipos de reanastomoses são usadas após a antrectomia:

Gastroduodenostomia (BILLROTH I).

Gastrojejunostomia (BILLROTH II).

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 63: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA TRONCULAR COM ANTRECTOMIA

Page 64: Doença Ulcerosa Péptica

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

VAGOTOMIA TRONCULAR COM ANTRECTOMIA

Apesar de a Vagotomia e a Antrectomia

serem eficazes no tratamento das úlceras,

não são empregadas com frequência.

20% dos pacientes submetidos à antrectomia

desenvolvem complicações.

Mortalidade para antrectomia – 2%.

Page 65: Doença Ulcerosa Péptica

Tipo Localização Tratamento

I de Johnson Pequena curvatura Antrectomia (BILLROTH I)

II de Johnson Associada ulcera duodenal Vagotomia e BILLROTH II

III de Johnson Pré-pilórica Vagotomia e BILLROTH II

IV (ALTA) Junção esofagogástrica Gastrectomia subtotal e Y de roux

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICO PARA ÚLCERA GÁSTRICA

Page 66: Doença Ulcerosa Péptica

GASTRECTOMIA SUBTOTAL

Raramente utilizada.

Empregada mais para pacientes com doenças

malígnas subjacentes ou para pacientes que

desenvolvem ulcerações recorrentes após

vagotomia troncular e antrectomia.

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 67: Doença Ulcerosa Péptica

INDICAÇÕES CIRÚRGICAS

8 – 20% dos pacientes que desenvolvem

complicações de sua úlcera péptica.

DOR ABDOMINAL INTRATÁVEL

SANGRAMENTO

PERFURAÇÃO

OBSTRUÇÃO

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Page 68: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA DUODENAL

INTRATÁVEL

Incapacidade de uma úlcera para

cicatrizar após uma tentativa de terapia durante

8 – 12 semanas ou se o paciente apresentar

recaída após a terapia ter sido suspensa.

Vagotomia de células parietais.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 69: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA DUODENAL

SANGRANTE

Vagotomia troncular + Piloroplastia e oclusão

por sutura em U do vaso sangrante.

Tratamento endoscópico bem-sucedido em

75% - IMEDIATO!

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 70: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA DUODENAL

PERFURADA

Fechamento c\ tampão e tratamento de

H. pylori com ou sem vagotomia de

célula parietal.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 71: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA DUODENAL

OBSTRUÇÃO DO TRATO DE SAÍDA GÁSTRICO

Indicação cirúrgica mais incomum.

É mais comum nas úlceras duodenais e nas úlceras

gástricas tipo III e exige exclusão de processo malígno.

Na obstrução proveniente de processo benigno

vagotomia de cél parietal + gastrojejunostomia

(Billroth II) + tto para H.pylori.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 72: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA GÁSTRICA

INTRATÁVEL

TIPO I – Atenção para malignidade com necessária excisão da

úlcera.

Gastrectomia distal + anastomose à Billroth I.

Sem necessidade de Vagotomia Tipo I não é dependente do

ácido gástrico.

TIPO II ou III – Gastrectomia distal + Vagotomia.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 73: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA GÁSTRICA

SANGRANTE

TIPO I - Gastrectomia distal +

anastomose à Billroth I.

TIPO II ou III – Gastrectomia distal +

Vagotomia.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 74: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA GÁSTRICA

PERFURADA

TIPO I – Pacientes hemodinamicamente estáveis Gastrectomia

distal + anastomose à Billroth I.

Instáveis Tampão na úlcera gástrica + biópsia + tto para H.

pylori.

TIPO II ou III – Se comportam como úlceras duodenais

fechamento com tampão c/ ou s/ vagotomia troncular +

piloroplastia.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 75: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERA GÁSTRICA

OBSTRUÇÃO DO TRATO DE SAÍDA GÁSTRICO

Tipo II ou III Gastrectomia + vagotomia

= tto para H. pylori.

TIPO IV Deve ser excisada!

Difícil tratamento.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 76: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERAS GÁSTRICAS GIGANTES

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

o > ou = 2 cm.

o Mais frequentes na curvatura menor.

o Maior incidência de malignidade – 10%.

o Tendência à gerar complicações Perfuração –

Sangramento.

o Terapia clínica – 80% eficaz.

o 20 % Gastrectomia + Vagotomia para úlceras gástricas tipo

II e III.

Page 77: Doença Ulcerosa Péptica

ÚLCERAS GÁSTRICAS GIGANTES

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS

Page 78: Doença Ulcerosa Péptica

Sangramento.

Infecção .

Retardo do esvaziamento gástrico.

Alterações fisiológicas.

Síndromes pós gastrectomias Sd. DUMPING E

ALÇA AFERENTE.

As taxas de morbidade e mortalidades são

altamente baixas.

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

Page 79: Doença Ulcerosa Péptica

SÍNDROME DE DUMPING

Pós – gastrectomia secundária à

ressecação gástrica.

Formas Tardia X Precoce.

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

Page 80: Doença Ulcerosa Péptica

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

SÍNDROME DE DUMPING

Page 81: Doença Ulcerosa Péptica

SÍNDROME DE DUMPING

PRECOCE

+ frequente.

Ocorre devido ao esvaziamento gástrico rápido.

20 – 30 min após refeição.

Sintomas gastrointestinais e cardiovasculares.

Náuseas + vômitos + eructações + dor abdominal em cólicas + palpitações +

taquicardia + diaforese + etc.

Mais comum após a gastrectomia parcial com a reconstrução à Billroth II.

Diagnóstico feito com base na história clínica e nos sintomas apresentados.

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

Page 82: Doença Ulcerosa Péptica

SÍNDROME DE DUMPING

TARDIO

2 - 3h após refeição.

Esvaziamento gástrico rápido + liberação rápida de

carboidratos para o ID.

Sintomas semelhantes aos de uma crise

hipoglicêmica confusão mental, tonturas,

taquicardia, etc.

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

Page 83: Doença Ulcerosa Péptica

SÍNDROME DA ALÇA AFERENTE Resultado de uma obstrução parcial da alça aferente incapaz de esvaziar os

seus conteúdos.

Causas: Acotovelamento, herniação estenose da anastomose astrojejunal.

Geralmente é encontrada na forma crônica.

Desconforto epigástrico + cólicas.

Na maioria dos casos a obstrução é parcial P intraluminar aumenta p/

esvaziar de modo forçado os seus conteúdos dentro do estômago, resultando

em vômitos biliosos.

INDICAÇÃO CIRÚRGICA problema mecânico e não funcional.

COMPLICAÇÕES PÓS -OPERATÓRIAS

Page 84: Doença Ulcerosa Péptica

GUYNTON & HALL; (tradução: Barbara de Alencar Martins et

al). Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed, Rio de Janeiro:

Elsevier, 2006.

SABISTON JR., David C.; TOWNSEND, Courtney M et al.

Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática

cirúrgica moderna. 18. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

Zaterka, Schlioma. Gastroenterelogia: Ulcera Péptica. Ed

Moreira Jr. Unicamp.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS