doenças multifatoriais
-
Upload
suellen-maximiano -
Category
Documents
-
view
4.947 -
download
0
Transcript of doenças multifatoriais
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 1/86
DOENÇAS
MULTIFATORIAIS
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 2/86
DOENÇAS GENÉTICAS
CROMOSSÔMICAS MONOGÊNICAS
MULTIFATORIAIS
GENES + AMBIENTE
1 cromossomo 1 gene
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 3/86
DOENÇA MONOGÊNICA
DOENÇA CROMOSSÔMICA
INDIVÍDUOAFETADO
INDIVÍDUONORMAL
Alelo mutado
presenteAlelo mutado
ausente
Cromossomoalterado presente
Cromossomo alteradoausente
Doenças monogênicas e cromossômicas sãocaracterísticas qualitativas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 4/86
Princípios da Herança Multifatorial
É poligênica
Pequenas
contribuições devários genes
Vários fatores
ambientais
CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS COM DISTRIBUIÇÃO NORMAL
A + B + C + D 1 + 2 + 3 + 4 + 5
DOENÇA
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 5/86
Existem várias características quantitativascom herança multifatorial
•Pressão sanguínea
•Peso
•Concentração sérica de colesterol•Circunferência cefálica
•Altura
•Inteligência•Cor da pele
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 6/86
O que é distribuição normal ?
0
1
2
baixo médio alto
A: alto (1,80m)a: baixo (1,50m)
1 AA: alto (1,80m)2 Aa: altura média (1,65m)1 aa: baixo (1,50m)
Supondo que a altura fosse determinada por 1 par de genes, com relaçãode co-dominância
Aa x Aa
AA Aa Aa aa
p
roporção
Proporção fenotípica
3 categorias fenotípicas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 7/86
Considerando que a altura seja determinada por 2 genes:
•Gene A contribui com 1 cm;
•Gene C contribui com 1,2 cm;
•Letras minúsculas representam alelos contribuindo com 0,5 cm
e 0,6 cm, respectivamente
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 8/86
Todos alelos p/ alto: 13 alelos alto:1 alelo baixo=42 alelos alto:2 alelos baixo=61 alelo alto:3 alelos baixo=4
Todos alelos baixo: 1
0
1
2
3
4
5
6
A (4) A/B
(3:1)
A/B
(2:2)
A/B
(1:3)
B (4)
proporção
AACC
AaCCaACCAACcAAcC aaCCaACc
AacCAaCcaAcCAAcc aaCcaacC
aAccAaccaacc
Os fenótipos se dividiriam em cinco grupos:
Passam a
existir mais
categorias de
fenótiposintermediários
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 9/86
AACCAaCCaACCAACcAAcCaaCC
aACcAacCAaCcaAcCAAccaaCc
aacCaAccAaccaacc
4,43,93,93,83,83,4
3,33,33,33,33,22,8
2,82,72,72,2
No alelos c/ contribuição máximaGenótipos possíveis Altura
433332
222221
1110
A=1,0; a=0,5; C=1,2; c=0,6
Várias medidas de alturas seriam possíveis, dentro das 5 categorias
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 10/86
0
2
4
6
810
12
14
16
18
20
A (6) A/B(5:1)
A/B(4:2)
A/B(3:3)
A/B(4:2)
A/B(5:1)
B (6)
Se a altura for determinada por 3 pares de genes, maiscategorias fenotípicas ocorrerão
Os fatores ambientais irão conferir ainda mais variações fenotípicas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 11/86
As características quantitativas têm uma distribuição
normal na população (gaussiana)
média
Desvio padrão
Emery1,40 1,95Altura (m)
N o .
i n d i v í d u o s
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 12/86
MAS...
Muitas doenças multifatoriais parecem estarpresentes ou ausentes nos indivíduos
Existe um LIMIAR DE SUSCETIBILIDADE que precisa ser
cruzado para a doença estar presente
O que segue uma distribuição normal é a
SUSCETIBILIDADE à doença
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 13/86
O modelo do limiar
Afetados
Nãoafetados
Limiar desuscetibilidade
baixa altaSUSCETIBILIDADE
Emery
Poucos fatores
genéticos/ambientais
contribuem para a
doença
Muitos fatores
genéticos/ambientais
contribuem para a
doença
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 14/86
limiar
baixo altosuscetibilidade
baixo altosuscetibilidade
O limiar de suscetibilidade pode variar entre os sexos
Jorde – 3ª. edição
Quem tem maior
chance de ter um
irmão afetado, o
homem ou a mulher ?
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 15/86
Muitas doenças apresentam herança multifatorial
•Fenda labial/palatina
•Defeitos cardíacos congênitos
•Defeitos do tubo neural
CongênitasSurgimento na vida infantil e adulta
•Asma•Autismo•Diabetes mellitus•Epilepsia
•Glaucoma•Hipertensão•Doença cardíaca isquêmica•Doença maníaco-depressiva
•Obesidade•Doença de Parkinson•Câncer•Artrite reumatóide•Lupus•Esquizofrenia
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 16/86
Risco de recorrência e padrão de transmissãopara doenças multifatoriais
Risco empíricoCalculado a partir da observação
da recorrência da doença emfamílias numa dada população
Fatores genéticos e ambientaissão diferentes entre as
populações
•Não é possível conhecer todos os fatores genéticos e ambientaisenvolvidos na doença – não há como calcular risco de recorrência
para cada casal
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 17/86
Ou seja, o risco é calculado a partir da agregaçãofamiliar da doença
•Parentes têm maior chance de compartilhar
genes
Risco relativo:
r =
Prevalência da doença em umaclasse de parente do afetado
Prevalência da doença na população
r= classe de parentes (irmãos, pais, etc)
Se r = 1, risco igual ao da população
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 18/86
Critérios para definição de herança multifatorial
O risco é maior se mais de um membro da família é afetado
•Lembre-se: o risco inicial de uma família é o estimado, não é o real !
•O que muda agora não é o risco real, mas o seu conhecimento sobre a
suscetibilidade dessa família
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 19/86
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 20/86
Se a expressão da doença no probando for mais severa, o riscode recorrência é maior
O risco de recorrência é maior se o probando for do sexo menoscomumente afetado
Expressão mais grave - mais fatores causadores da doença
presentes nessa família
Se o sexo que precisa de mais fatores genéticos e ambientais para
desenvolver a doença chegou a apresentá-la é porque a família
contém muitos fatores de risco
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 21/86
ParentesLondres Belfast
Irmãos 3,8 9,6
Tabela 1: Risco de recorrência para estenose pilórica
9,2 12,5
Irmãs
Probandos homens
Londres Belfast
Probandas mulheres
2,7 3,0 3,8 3,8
Observe que o risco de recorrência é diferente em cada população
Jorde, 3ª. edição
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 22/86
O risco de recorrência geralmente diminui rapidamente emparentes mais remotos
É improvável que todos os fatores de risco estejam presentes emmembros mais distantes
Se a prevalência da doença na população é f, o risco da prole e deirmãos do probando é de aproximadamente √f
Não é uma regra absoluta
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 23/86
Doença Prevalência
Grau de parentesco
1º. grau 2º. grau 3º. grau
Lábio
leporino/palatofendido 0,1 4,0
Tabela 2: Risco relativo (%) para diferentes graus de parentesco
0,7 0,3
Pé torto 0,1 2,5 0,5 0,2
Autismo 0,04 4,5 0,1 0,05
Jorde, 3ª. edição
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 24/86
Gene principal + componente multifatorial
Gene A: gene único causando grandes efeitos sobre a altura
Efeito multifatorial: outros genes + ambiente somam efeitos individuais menores
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 25/86
Como as influências genéticas podem ser separadas dasinfluências ambientais ?
Estudos de gêmeos
Estudos caso - controle
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 26/86
Estudos de gêmeos
Gêmeos monozigóticos
•Geneticamente idênticos•Qualquer diferença pode ser atribuída ao
ambiente
Gêmeos dizigóticos•Geneticamente tão diferentes quanto irmãos
não gêmeos
•Compartilham ambiente mais semelhante do
que irmãos não gêmeos
•Sujeitos a variações ambientais semelhantes
aos gêmeos MZ
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 27/86
Os gêmeos podem ser concordantes ou discordantes para uma
característica
Característicatotalmente
determinadageneticamente
•100% concordância em MZs
•Concordante em menor frequência em
DZs (~50%)
Gêmeos MZs criadosseparadamente
•Genes idênticos•Ambientes diferentes
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 28/86
Limitações:
•Variação genética entre gêmeos MZs (p.ex.: inativação do X)
•Exposição ambiental pode não ser a mesma
•Alelos ou fatores ambientais diferentes nos diferentes pares
de gêmeos
•Viés de amostragem
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 29/86
Herdabilidade (h) = 2 (CMZ – CDZ)
Calcula-se o
Coeficiente de correlaçãointraclasse
Variação entre os indivíduosVariação total
Herdabilidade
Fração da variação fenotípica total que é causada pelos genes
Para características qualitativas:
Para características qualitativas:
Onde: variação total = variação entre os indivíduos + variação ambiental
Aplica os valores na
fórmula
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 30/86
Doença/carac-
terística
Taxa de concordância
MZ DZ
Herdabilidade
Distúrbio afetivo
(bipolar)0,79 0,24
Tabela 3: Taxas de concordância entre Mzs e DZs
>1,0
Alcoolismo >0,60 <0,30 0,60
Autismo 0,92 0,0 >1,0
IMC 0,95 0,53 0,84
Sarampo 0,95 0,87 0,16
Infarto do miocárdio
(homens)
0,39 0,26 0,26
0,44 0,14 0,60Infarto do miocárdio
(mulheres)
Jorde, 3ª. edição
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 31/86
Estudos caso-controle
Casos: indivíduos com a doença
Controles: indivíduos sem a doença
Verifica-se a frequência
com que a doença ocorreem toda a extensãofamilial de cada grupo
•Estudos de associação de mutações a doenças
Frequência alélica ou genotípica é observada nos casos e nos controles
Frequência genotípica/alélica casos > controle Genótipo ou aleloestá associadocom a doença
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 32/86
Doenças com herança complexa
Diabetes mellitus tipo 1 (insulino-dependente)
•Representa ~10% dos casos de diabetes mellitus
•Incidência de 1:200 em população caucasiana (0,5%)
•Destruição das células do pâncreas
•Taxa de concordância em MZ: 40%
•Taxa de concordância em DZ: 4,8%
s = 12
O l d HLA i
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 33/86
Nature Reviews Immunology 2, 283-291 (April 2002
O papel das HLAs na resposta imune
Mutações em genes
HLA (HLA-DR3, HLA-
DR4 ou HLA-DQ) são
frequentes em
indivíduos com DM tipo
1
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 34/86
Doença de Alzheimer
•Perda progressiva de memória e outras
funções
•Morte de neurônios e formação de placas
amilóides
•Placas amilóides: peptídeo a
•Três formas raras com herança AD, de
início precoce (30 a 50 anos)
•Forma mais comum apresenta
agregação familiar e r elevado, é de
início tardio (>60 anos)
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 35/86
Apolipoproteína E (APOE)
•Proteína componente do LDL
•Constitui as placas amilóides junto com o peptídeo a
•Existem 3 alelos na população: e2, e3 e e4
Genótipo
e4/ e4e3/ e4e2/ e4
e3/ e3e2/ e3e2/ e2
AD(EUA)
Controle(EUA)
AD(Japão)
Controle(Japão)
0,64
0,36
0,31 0,47 0,17
0,69 0,53 0,83
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 36/86
Malformações congênitas
Como defeitos isolados, possuem herança complexa
Defeitos de fechamento do tubo neural
Fenda labial com ou sem palato fendido
Fenda palatina
Malformações cardíacas congênitas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 37/86
•Prosencéfalo, meninges, abóbada craniana e
pele ausentes
Anencefalia
•Falta de fusão dos arcos das vértebras(lombares)
•Graus variados: oculta ou aberta
(meningocele ou meningomielocele)
Espinha bífida
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 38/86
Meningocele
Meningomielocele
Tubo neural
23º dia
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 39/86
Os defeitos do TN e a deficiência de ácido fólico
•Risco de DFTN inversamente proporcional aos níveis maternosde ácido fólico
•Efeito limiar: 200 mg/l
•Suplementação dietética com 400/800 mg ácido fólico/dia reduz aincidência de DFTN em >75%
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 40/86
HomocisteínaMetionina
Metilação do DNA
5-metil-THF
5,10-metileno-THF
THF
Ácido fólico
dTMP
Síntese do DNA
MTHFR
Defeitos de fechamentodo tubo neural
Isquemia arterialDano endotelial
HipometilaçãoProblemas na segregação
dos cromossomos – Trissomia do 21
Menor incidência de câncerde colon
Revista Brasileira de Medicina, 62(9), 401-408.
Journal of Integrative Biology 12 (4):229,2008
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 41/86
GENÉTICA DO
CÂNCER
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 42/86
O CÂNCER É UM PROCESSOQUE OCORRE EM MÚLTIPLOS
ESTÁGIOS
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 43/86
Estágios de desenvolvimento do câncer
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 44/86
Os tumores são capazes de produzir seus próprios vasos sanguíneos(angiogênese)
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 45/86
Estágio metastático
N ã d lá i él l d i id d
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 46/86
• Auto-suficiência em sinalização para o crescimento
• Insensibilidade à sinalização anti-crescimento
• Potencial replicativo ilimitado
• Evasão do processo apoptótico - imortalidade
• Angiogênese
• Invasão tecidual e metástase
Na progressão do processo neoplásico, a célula adquire as capacidadesde :
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 47/86
O CÂNCER É UMA
DOENÇA DOCICLO CELULAR
O ciclo celular
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 48/86
G1, S, G2
IntérfaseFASE S Duplicação do DNA
FASE G1 Atividade metabólicasassociadas comcrescimento celular e
replicação do DNA
FASE G0 A célula não estáse reproduzindo
Fase G2 Preparação para a
divisão celular
MITOSE Divisão celular
Fase G0
O ciclo celular
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 49/86
Como é assegurado que os eventos do ciclo
celular ocorram na ordem correta?
Proteína que, quandopresente, torna a CDKativa
ciclina
CDK
Proteína quinase queativa as proteínasresponsáveis peloseventos de uma
determinada fase do ciclo
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 50/86
A ciclina que ativa a CDK responsável por uma fase do ciclo
celular será degradada na fase seguinte
Complexo
CDK1/ciclina B
(responsável pela
entrada da célula em
mitose)
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 51/86
CDK4
CIC.D CDK6
CIC.D
CDK2
CIC.E
CDK2
CIC.A
CIC.A
CDK1
CDK1
CIC.B
G1 S G2 M
A progressão pelo ciclo celular é controladapelos complexos CDKs/ciclinas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 52/86
pRbE
2
F
G1 S
pRb E2F
P P PP
CDK4,6
CICLINA D
CDK 2
CICLINA E
E2FCiclina ATimidilato sintaseDihidrifolato redutaseTimidina quinaseCiclina E
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 53/86
O CÂNCER É
UMA DOENÇAGENÉTICA
A célula adquire as características neoplásicas através do acúmulo de
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 54/86
Célulanormal
Célulatumoral
Mutaçõescromossômicas
pontuais
Genoma estável
Genoma instável
A célula adquire as características neoplásicas através do acúmulo demutações
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 55/86
Cariótipo de um rabdomiosarcoma em um homem de 21 anos.Hipotetraplóide, com muitas alterações numéricas e estruturais, noúltimo caso resultando em ganhos significativos nos cromossomos2q, 5, 8p, 9q e 11q e perdas nos cromossomos 3q, 4q, 12q, 17, 19 e
21.
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 56/86
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 57/86
“Pontos de quebra” dos cromossomos tumorais (cancer breakpoints )
Locais onde a quebra é recorrente (considerando-se omesmo tipo e/ou tipos diferentes de tumores)
São regiões muito ricas em genes - 20 das 30 regiões
cromossômicas mais ricas em genes são breakpoints
As aberrações cromossômicas podemresultar em perda ou ganho da função
de genes
MUTAÇÕES PONTUAIS E ALTERAÇÕES EPIGENÉTICASTAMBÉM SE ACUMULAM DURANTE O PROCESSO
TUMORAL
Respostas ao dano no DNA
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 58/86
PARE
Respostas ao dano no DNA
Bloqueio nadivisão celular
Reparo do DNA
Apoptose
Nature 408: 433, 200
Elimina o danoporque o conserta
Elimina o
danoporqueelimina acélula que ocontém
Impede que a céluladê origem a outracélula com o dano
Si t d R d DNA
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 59/86
Sistemas de Reparo do DNA
Manutenção das informações do DNA
Resposta envolve uma variedade de proteínas ecomplexos enzimáticos
Células – múltiplos sistemas de reparo
•Essencialidade
•Diversidade de origem dos danos
www.rsc.org/.../10/Discovering_DNA_repair.asp
Etapas básicas do reparo do DNA
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 60/86
TTGAACTGGGTACGATCCAAACTTGACCCATGCTAGGTT
4) DNA ligase –
ligação
fosfodiéster paraselar a fita
1) Proteína
reconhecedora
do dano
2) Endonuclease –
retira os nucleotídeos
3) DNA polimerase
– sintetiza novos
nucleotídeos
Etapas básicas do reparo do DNA
Os pontos de checagem (checkpoints) do ciclo celular
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 61/86
Os pontos de checagem (checkpoints) do ciclo celular
O controle do checkpoint na fase G1
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 62/86
CDK2
Cic E/ACic DCDK4
pRb E2F
O controle do checkpoint na fase G1
Controlam asaída da faseG1
p21
p53
p21
ATM
Morte celular
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 63/86
Apoptose
Necrose
Morte celular
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 64/86
FADDCasp 8
Casp 8Casp 8Casp 8
ATM
p53Bax
Apaf-1Casp. 9
Casp. 3
Cit. c
translocase Via independente da MT
Bid
DFF40
AcinusProteínas do citoesqueleto
300 / 50 kb
180/200pb
endonucleaseCa+ Mg+
Dois eventos chave para surgimento/progressão do
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 65/86
Dois eventos chave para surgimento/progressão dotumor:
PROLIFERAÇÃOCELULAR
MORTECELULAR
Acúmulo de células - TUMOR
Homeostase
Gene atuando normalmente no processo homeostático
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 66/86
p
Divisão celular Apoptose
OU
Aumenta número de células
Necessidade de
aumentar a população
celular
Sinais para:
•Indução de
proliferação celular
•Inibição de mortecelular
O MESMO GENE SOFRENDO MUTAÇÃO DE GANHO DE FUNÇÃO
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 67/86
O S O G SO O U Ç O G O U Ç O
Proliferação celular Apoptose
OU
Aumento excessivo do número de células - tumor
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 68/86
Genes que, quando mutados, são constitutivamente
expressados, podendo resultar em proliferação descontrolada,
inibição da apoptose e transformação neoplásica.
Ex.:fatores de crescimento, proteínas quinases, transdutores
de sinais, fatores de transcrição.
Oncogenes
Como os oncogenes são mutados
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 69/86
g
Geralmente são eventos somáticos – mutações em células
germinativas tornam-se constitutivas, o que é letal
1) Amplificação gênica : são feitas muitas cópias de um gene
Ex. : gene MYC
Regiões
homogeneamente
coradas
Doubleminutes
Trends in Genetics 22:447, 2006
2 Translocações cromossômicas
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 70/86
2 – Translocações cromossômicas
BCR ABL
GRB2 JAK2 CAKL
•Inibição da apoptose
•Proliferação
•Crescimento independente
de fator de crescimento
Ex. : BCR/ABL em leucemia mielóide crônica
2.a ) Produção de proteínas quiméricas
2 b) Transposição para uma região que é muito ativa
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 71/86
2.b) Transposição para uma região que é muito ativa
transcricionalmente
•IGH : muito expresso em
linfócitos
•MYC : fator de transcrição
que estimula proliferação
celular
Ex. : MYC/IGH em linfoma
de Burkit
Mutação pontual
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 72/86
RAS
GDP
RAS
GTP
Divisão
celular
ativa
inativa
Divisãocelular
ativa inativa
RAS RASGDP
GTP
Ex. : gene RAS
Mutação pontual
Alteração de uma ou poucas bases, mudando a informaçãogenética
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 73/86
A PREDISPOSIÇÃO
AO CÂNCER PODE
SER HERDADA
GENES SUPRESSORES DE TUMOR d t i d
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 74/86
Retinoblastoma
Origina-se de retinoblastos que se diferenciam em células
fotorreceptoras e neurônios
Processo de diferenciação falha nos tumores, e as células continuam
a se dividir, podendo se espalhar e metastatizar
GENES SUPRESSORES DE TUMOR: a segunda categoria de genesmutados no câncer
Câncer comum em crianças
40% h ditá i
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 75/86
40% hereditários
80% desses casos sãomutações de novo na linhagemgerminal
Maioria dos casos é bilateral
Bilateral Unilateral
60% esporádicos
Unilateral
Forma hereditária
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 76/86
Forma hereditária
Mutação herdada
Mutação somática
Basta outro evento parao desenvolvimento denovo tumor
Comumente bilateral
(1º evento)
(2º evento)
Knudson, A. - Nature Rev 1:157, 2001
Forma esporádica
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 77/86
Mutação somática(2º evento)
Mutação somática
(1º evento)
Mais dois eventosdevem acontecer paraproduzir outro tumor
Raramente bilateral
p
Knudson, A. - Nature Rev 1:157, 2001
ó d d (“ h ”)
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 78/86
Hipótese dos dois eventos (“two hits” )
2 eventos são necessários para ocorrência do tumor,
tanto da forma hereditária quanto da não-hereditária
Na forma hereditária, o primeiro evento ocorre na linhagemgerminativa, e o segundo é uma mutação somática
Na forma esporádica, as 2 mutações sãosomáticas
Knudson, 1971
Predisposição herdada ao câncer (cânceres
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 79/86
Predisposição herdada ao câncer (cânceres
familiais)
Doença Gene
Polipose adenomatosa do cólon familial APC
Câncer de cólon hereditário, não poliposo MSH2, MLH1
Câncer de mama e ovário BRCA1
Câncer de mama de início precoce BRCA2
Síndrome de Li Fraumeni TP53
Ataxia telangiectasia ATM
Melanoma familial CDKN2A (p16)
Gene atuando normalmente no processo homeostático
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 80/86
Divisão celular Apoptose
OU
Reduz número de células
Necessidade de diminuir
a população celular
Sinais para:
•Inibição de
proliferação celular
•Indução de mortecelular
O mesmo gene sofrendo mutação de perda de função
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 81/86
Divisão celular Apoptose
OU
Um alelo ainda consegue realizar a funçãoOs dois precisam ser inativados para contribuir para o processo tumor
G d t
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 82/86
Genes supressores de tumor
Genes que inibem o fenótipo neoplásico, geralmente
envolvidos na inibição da divisão celular e ativação da
apoptose.
Quando são inativados ou perdidos, o crescimento
descontrolado torna-se possível.
Genes supressores de tumor
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 83/86
Mutações nestes genes resultam em perda de função
Os dois alelos precisam estar inativados para que haja
contribuição para o processo tumoral – a mutação é
recessiva
Genes supressores de tumor
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 84/86
Como os genes supressores de tumor são mutados
Mutação pontual: alteração de uma ou poucas bases,resultando em perda ou diminuição da função
Deleção do gene: pequenas deleções cromossômicas, que
não são visíveis ao microscópio
Metilação da região promotora: impede ligação do aparato
basal de transcrição à região promotora
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 85/86
D l i t t l l
5/17/2018 doen as multifatoriais - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/doencas-multifatoriais 86/86
Desenvolvimento tumoral envolveaumento da taxa de mutações
Agentes mutagênicoselevam a taxa basal de
mutações
Genes responsáveis poreliminar o dano não estãofuncionando corretamente
Genes responsáveis poreliminar a célula
danificada não estãofuncionando corretamente
Células com mutaçõesadquirem vantagem
proliferativa em relação àcélula normal