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D ois M artelos O jornal do Centro Moraes Rêgo São Paulo, Maio de 2016 A descoberta de novo mineral intriga cien- stas devido às suas propriedades sicas e estruturais interessan- tes. Pág. 2 O polímero mol- dado em nanotu- bos pela água. Estudo de Iniciação Cienfica encontra duas rotas para reciclagem do blister farmacêuco. De aliado a vilão: o blister, utilizado pela Medicina como reci- piente de remédios, tem recebido atenção pelo impacto ambien- tal que pode causar devido à grande quan- tidade descartada. Gerson Responde Gerson e outros veteranos mostram sua falta de deli- cadeza para responder per- guntas comuns entre os bixos. Pág. 17 Trabalhar na Disney: do sonho a realidade. Você já pensou como seria incrível trabalhar na Disney durante as férias? Moradores do CRUSP ocupam a SAS. O estopim para o mo- vimento foi a agres- são a uma aluna nas dependências do CRUSP. Pág. 9 Página 8 Pág. 4 Fique por dentro do que aconteceu e do que vai acontecer no CMR! Pág. 6 Pág. 11

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Dois MartelosO jornal do Centro Moraes Rêgo São Paulo, Maio de 2016

A descoberta de novo mineral intriga cien-tistas devido às suas propriedades físicas e estruturais interessan-tes. Pág. 2

O polímero mol-dado em nanotu-bos pela água.

Estudo de Iniciação Científica encontra duas rotas para reciclagem do blister farmacêutico. De aliado a vilão: o blister, utilizado pela Medicina como reci-piente de remédios, tem recebido atenção

pelo impacto ambien-tal que pode causar devido à grande quan-tidade descartada.

Gerson RespondeGerson e outros veteranos mostram sua falta de deli-cadeza para responder per-guntas comuns entre os bixos. Pág. 17

Trabalhar na Disney: do sonho a realidade.Você já pensou como seria incrível trabalhar na Disney durante as férias?

Moradores do CRUSP ocupam a SAS.O estopim para o mo-vimento foi a agres-são a uma aluna nas dependências do CRUSP. Pág. 9

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Pág. 4

Fique por dentro do que aconteceu e do que vai acontecer no CMR!

Pág. 6

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Dois Martelos São Paulo, Maio de 2016

Editorial CommuitoempenhodosparticipantesecomointuitoderesgatarotrabalhoiniciadoporantigosalunosdoCentroMoraesRêgo,estamosretomandoaproduçãodojornalDoisMartelos.Onome é familiar para muitos, saudoso até, e foi escolhido como uma forma de resgatar a história do Centro Acadêmico, que se aproximadosseus75anos. Somos responsáveis por escrever um jornal dinâmico e co-laborativo,quetrazinformaçõesrelevantes,comleituradescontra-ída,divididoemAcadêmico,Cultural/Entretenimento,CotidianoeHumor. NaparteAcadêmica,nossoobjetivoéalimentarosalunoscominformaçõessobreouniversoprodutivodosetor.Haveráumacoluna dedicada às novidades no ramo mínero-metalúrgico e de materiais, uma espaço para professores discorrerem sobre algum tema da atualidade e uma seção para os projetos de iniciação cien-tíficaterãovisibilidade,atravésdetextosproduzidospelosprópriosalunos, comentando sobre as linhas de pesquisa que estão sendo conduzidas. Está em nosso plano, também, incluir colunas de ex-alunos que estão trabalhando direta ou indiretamente no setor mineral, materialoumetalúrgico.Comisso,esperamosaproximaroCentroAcadêmico dos assuntos acadêmicos, como era feito com o peri-ódicoGeologiaeMetalurgia,dosprimórdiosdoCMR,comtextosescritosporLuizFloresdeMoraesRêgo. NaparteCultural,o formatodo jornalenvolveseçõesemque o aluno poderá se comunicar com outros expondo suas habi-lidadesartísticasouescrevendoresenhasdelivros,filmeseexpo-sições.Alémdisso,abriremosespaçoparanossosalunoscompar-tilharemexperiências e conhecimentos que julgam interessantesparatodos.Tudoissosãoaspectosquesãobastantevalorizadosemtermosdeexperiênciasde vidaduranteentrevistasdeemprego.Estimularessasatividades,portanto,émuitopositivoemtermosprofissionaiseajudamosalunosadescontrair. NaseçãodeCotidiano,pretendemosatualizarosalunosdoqueestáocorrendonoCMRenaUSP.Paraisso,elaboraremosma-térias que relembram os acontecimentos e projetos do mês ante-rioreaspropostaspretendidasparaopróximomês. Porfim,apartedeHumor/Entretenimentoterácomofina-lidadetrazerumaseçãodescontraídaparaosalunos,comtirinhas,piadasematériasbaseadasnobomhumor.Buscamos,assim,atrairtodos os alunos, até mesmo aqueles interessados apenas em ler algodescontraído.

EquipeBeatrizJankeviciusBrunoCastroBrunoKosekiFábioWaisenbergFelipeProençaIsabela VasconcellosIsabella DuchêneIsabellaPeriniRaulOliveiraVictor CastroVictor Vasconcelos

Editor: Victor Vasconcelos

ConviteQuer entrar para a equipe e escreverparaoDoisMarte-los? Entre em contato pelo e-mail do jornal ou com al-gum membro da equipe!Todos são bem-vindos aajudar!

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Realização

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EntrevistaA descoberta de novo mineral intriga cientistas devido às suas propriedades físicas e estruturas interessantes A respeito da descoberta do novo mineral nomeado “mel-cherita”, entrevistamos o Profes-sorMaurícioBergerman,quepos-sui graduação em Engenharia de Minas pela Universidade de SãoPaulo,mestrado e doutorado emEngenhariaMineralpelaUniversi-dadedeSãoPaulo. Primeiramente, pedimospara que o Prof.Maurício fizesseuma breve introdução a respeito destadescoberta. Ele explicou que tal mine-ral, oficialmente registrado em2015, foi descoberto por um ex--aluno desta Escola, Luiz AlbertoDias Menezes Filho (1950-2014),que trabalhou na mina de Jacu-piranga, uma mina de fosfato atualmente pertencente à Vale que, curiosamente, foi palco da descoberta de outros 5minerais.Luiz Alberto era, além de enge-nheiro de minas, um colecionador de minerais, cujo hobby "acabou contribuindo com a descoberta de ummineral novo". De acordocomMaurício,apósacaracteriza-çãodomineral,LuizAlbertonotoualgo diferente em sua estrutura e "levou essematerial para o Prof.DanielAtenciodoInstitutodeGe-ociênciasdaUSP,quejuntocomoProf.MarcelodeAndradedoInsti-tutodeFísicadeSãoCarlos,carac-terizou essematerial e descobriuque,realmente,tinhanessaamos-tra uma quantidade bem peque-na, de menos de 1g, desse novo

mineral". O mineral foi batizadode "melcherita" em homenagem aoProf.GeraldoConradoMelcher(1924-2011),quefoiprofessornoDepartamento de Engenharia de MinasdaEscolaPolitécnicaetam-bémtrabalhounaminadeJacupi-ranga.

Maurícioaindaressaltouque"umavez que algum colecionador ougeólogoidentificaummineralqueele acredita ser não catalogado, o caminho é levar o mineral para um laboratório que tenha uma boa in-fraestruturaparaacaracterizaçãodesse material", que envolve aná-lises químicas, difração de raio X para determinar sua mineralogia, análises em microscópios eletrôni-cos,para,assim,poderidentificaralguma característica ou poten-cial aplicação diferenciada dentro outras análises.Ainda,deacordo

com ele, "essa caracterização foifeita no Laboratório de Geociên-cias, especializado na identifica-ção de novos minerais – lá já fo-ram catalogados mais de 60 novos minerais. Aqui na engenharia deminas também temos essa infra-estrutura no Laboratório de Carac-terizaçãoTecnológica,porémcomfocomaiorna caracterização tec-nológicademinerais." O Professor, em seguida,explicou qual a importância desse mineral,umavezfeitaadescober-ta. "Porum lado,existea im-portância da geologia, ou seja, que se descobriu um novo mine-ral". Ele ressaltou, em seguida,que existe um catálogo da Asso-ciaçãoMineralógicaInternacional."Masissonãoquerdizerqueessemineral vá ter uma aplicação tec-nológicadireta",comentou."Essemineralemparticularpossuiumaestrutura interessante em forma de octaedro que apresenta nió-bio, um material que confere uma alta resistência a essaestrutura".Cientistas, portanto, acreditamque possa existir uma aplicaçãotecnológica baseada no estudo de talestrutura.Oprofessorexplicou,que essa aplicação não seria dire-tadomineral,jáquesuaquantida-denanaturezaémuitopequena,porém existe a possibilidade de sintetização em laboratório destaestrutura,futuramente.

Maurício fez Engenharia de Minas na Universidade de São Paulo. Fez mestrado e doutorado em Enge-nharia Mineral também na USP e hoje é professor titular do Depar-

tamento de Minas e Petróleo.

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Ain-da sobre as descobertas de um mi-

neral novo, foi explicado que não écomumseremfeitosinvestimen-tosdiretosnessetipodepesquisae que elas normalmente ocorrem "em paralelo com outros desen-volvimentos, seja em um traba-lho de campo de um geólogo, seja como esse caso de um coleciona-dor, ou seja na busca por novo de-pósitosmineraisjáconhecidos". Em seguida, perguntamos como um engenheiro de minas se encaixanesseprocesso.Foiressal-tado que "o engenheiro de minas tem habilitação para trabalhar nessaáreadeprospecçãoeidenti-ficaçãodenovosdepósitosouatéde novos minerais, que é o início da cadeia mineral; apesar de ser uma área que, hoje, é mais ocupa-dapelosgeólogos.[...]Eumavezque se identifica esse potencial,em geral, entra o engenheiro de minas para ver se esse material é possível de ser extraído, se ele está disposto de uma maneira que você consegue retirá-lo de for-maeconômica.Àsvezeselepodeestar muito fundo, ou com uma grandequantidadedeestéril,ummaterial que não tem valor econô-mico e que inviabilize a retirada.Ele também vai olhar se ele pode

serbeneficiadoeaproveitadoeco-nomicamente.Nãoéporquevocêtem uma concentração anômala de nióbio, ferro ou alumínio que issovaivirarumamina.Essenió-bio, ferro ou alumínio pode estar numa estrutura que dificulta seuaproveitamento econômico. ”Dessa forma, o professor explicou que, hoje, a atuação de um enge-nheiro de minas se concentra em um “segundo momento”, ou seja, jáidentificadoodepósitomineral,fazendoumaavaliaçãoeconômicae técnica de viabilidade da extra-ção.Contudo,ressaltouqueoen-genheiro de minas tem habilitação para trabalhar na pesquisa caso eletenhainteresse.

AmostradeMelcherita

Isabella Duchêne2º ano de Engenharia de Materiais

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Projeto de ICIniciação Científica de Marcela Araújo: separação dos compo-nentes metálicos e poliméricos do blister farmacêutico

Experiência com a IC Marcela Silva Araújo dos Santos entrou na Poli em 2013 na Grande Área Química, segun-do modelo da EC2. Em 2015, foi para a Engenharia de Materiais e Metalúrgica e começou a ter con-tato com as matérias do PMT. Ini-cialmente receosa quanto a tentar fazer uma iniciação científica, pois acreditava que essa atividade re-servava-se àqueles que tinham médias extremamente altas, co-meçou a mudar de ideia quando viu alguns amigos indo atrás disso. Na época, Marcela tinha aula com o Doutor Jorge Alberto Soares Tenório, que fora o me-lhor professor que ela teve na Poli. Portanto, entrou em contato com duas pós doutorandas por e-mail, marcou uma visita ao laboratório (LAREX – Laboratório de Recicla-gem, Tratamento de Resíduos e Metalurgia Extrativa) e trabalha lá como aluna de Iniciação Científica desde então. Para Marcela, fazer Inicia-ção Científica foi benéfico para sua formação acadêmica de di-versas formas: acostumar-se a ler muitos artigos em inglês, escrever relatórios, aprender a mexer com equipamentos sofisticados e mun-dialmente utilizados como o Mi-croscópio Eletrônico de Varredura e o Difratômetro de Raios X e ter contato com inúmeros pesquisa-

O projetodores, até mesmo estrangeiros.

O primeiro projeto de Ini-ciação Científica de Marcela con-sistia na separação do metal e do polímero constituintes do blister farmacêutico (o material das car-telas de remédios). O blister se po-pularizou na década de 60, com a difusão das pílulas anticoncepcio-nais, o que culminou em uma atual preocupação ambiental, devido à grande quantidade de blister des-cartada.

Diante dessa preocupação, torna-se necessário a reciclagem do blister. Essa tarefa, contudo, não é tão simples. O blister é cons-tituído por uma película moldável de um polímero termoplástico, geralmente o PVC ou o polipropile-no, com um selador de metal, ge-ralmente o alumínio. É necessário, portanto, separar esses dois com-ponentes, uma vez que a queima do material não é possível devido à possibilidade de liberação de subs-tâncias tóxicas. Para alcançar seu objetivo, Marcela obteve duas rotas: trata-mento com solvente seguido por separação em meio denso e lixivia-ção. Na primeira rota, uma amostra de blister foi moída e se-parada em alíquotas de cem gra-mas por quarteamento em pilha

horizontal. As alíquotas foram, en-tão, tratadas com acetato de etila, para que ele fosse absorvido pelo polímero, fazendo-o inchar e, con-sequentemente, soltar-se das pla-cas de alumínio.

Blister moído.

Nessa etapa, buscou-se de-terminar dois parâmetros: o tem-po ótimo de reação e a saturação do solvente. Os fragmentos de po-límero separaram-se do alumínio após três horas, mostrando-se rí-gidos após a secagem ao ar. Com relação à saturação do solvente, constatou-se que sua coloração vai escurecendo a cada reuso, devi-do à dissolução dos pigmentos do blister, podendo ser reutilizado até sete vezes, pois a partir desse pon-to começa a formar uma película polimérica no frasco, indicando que muito polímero está dissolvido no solvente. Outro fato importante constatado é que houve perda de 8% da massa do blister, justamen-te devido à dissolução de parte do polímero no acetato de etila. Após essa etapa, foi ob-tido um emaranhado de metal e polímero que devia ser separado. Para isso, adicionou-se a amostra

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em um recipiente com cloreto de cálcio, de densidade 1,41 g/cm3, valor intermediário entre a densi-dade do alumínio (cerca de 2,7 g/cm3) e do polímero (entre 0,9 e 1,7 g/cm3), de modo que o alumínio afunde e o polímero flutue. Como o alumínio está bastante envolvido pelo polímero, é necessário repetir o processo duas ou três vezes, mas o meio denso (cloreto de cálcio) pode ser reutilizado. A segunda rota encontrada por Marcela consiste na lixiviação. A lixiviação é um processo muito usado na mineração, no estudo de solos e na indústria metalúrgica para se retirar compostos, orgâni-cos ou inorgânicos, de materiais com mais de um componente. Para isso, utiliza-se algum solvente (ácido, base ou até mesmo a água) que tenha afinidade com o com-posto que se quer retirar para que ele se dissolva e, assim, separe-se do restante da amostra. Para realizar a separação do alumínio da estrutura poliméri-ca, Marcela utilizou ácido sulfúrico e hidróxido de sódio para dissolver o metal, mas não o polímero, de modo a obter o alumínio em solu-ção, separado do polímero sólido. Obteve sucesso com o hidróxido de sódio, à temperatura ambiente. Marcela terminou esse projeto com um artigo publicado no 70º Congresso Anual da ABM (Associação Brasileira de Metalur-gia, Materiais e Mineração) e atu-almente trabalha já trabalha em outro projeto, estudando a lixivia-ção de minério de cobre utilizan-

do bactérias, processo conhecido como lixiviação bacteriana ou bio-lixiviação.

Victor Vasconcelos2º ano de Engenharia de Materiais

Anúncios dos departamentos Naspróximasedições,abriremosesseespaço para os professores do Departamen-todeEngenhariadeMateriaiseMetalúrgica(PMT)edoDepartamentodeEngenhariadeMinas(PMI)anunciaremvagasdeIC,oportu-nidadesdeestágiocomprofissionaisconhe-cido e outros assuntos no âmbito acadêmico queelesjulgareminteressantes. Professoresquequeiramparticipar,por favor entrar em contato com algum dos membros do jornal ou da gestão do Centro MoraesRêgo.

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Novidades na áreaNanotubos poliméricos moldados pela água e inspirados na natureza Considerada uma das áre-as mais promissoras desse sé-culo, a nanotecnologia vem ga-nhando cada vez mais destaqueno cenário acadêmico. O estudodos materiais com pelo menos uma dimensão manométrica (1nm=10-9m) temrecebidocadavezmaisatençãodacomunidadecientífica internacional, amedidaque novas importâncias e aplica-çõesestãoconstantementesendodescobertas em várias áreas do conhecimento, como a mecânica, aóptica,aeletrônica,aquímicaeabioquímica.Dentre todosessesmateriais, pode-se destacar os na-notubos(tuboscomgrandecom-primento, mas diâmetro na ordem de nanômetros), pois eles pos-

suem inúmeras aplicações, comolevar medicamentos diretamente nas células doentes, dessalinizara água do mar, serem usados em examesdeDNA,entreoutros. Com relação às pesquisas sobre nanotubos, destaca-se o estudo feitopor Jing Sunnos La-boratórios Berkeley, nos EstadosUnidos: Sun descobriu um ma-terial que forma nanotubos ocos simplesmente ao ser colocado em água. Essa não foi a primeira vezqueoestudodecopolímeros(polímeros formados por dois oumais monômeros) que se autoorganizamrecebeuaatençãodospesquisadores.Jáforamsintetiza-das diversas estruturas com esses

materiais, como esferas, discos e cilindros.Emtodosessescasos,aforçamotriz para o auto ordena-mento das moléculas foi a forma-ção de um núcleo sólido hidrofó-bico, que quer se afastar da água, cercado por cadeias hidrofílicasqueseestendemnafaseaquosa. Alguns nanotubos ocos (semonúcleohidrofóbicosólido)já foram vistos antes, mas esses exemplos restringem-se à biolo-gia(polipeptídeoseDNA,quesãoestabilizados por ligações de hi-drogênio) ou a tubos core-shell,cujos núcleos são degradados paraformarotubooco.Anovida-de apresentada no estudo de Sun, portanto, é a formação direta de nanotubosocos (semterquede-gradar o núcleo hidrofóbico) quenãopossuemligaçõesdehidrogê-nio. O copolímero usado porSun é formado por dois domínios quimicamente distintos: um blo-co hidrofóbico de poly-N-decyl-glycine (pNdc) e outro hidrofílicode poly-N-2-(2-(2-methoxyetho-xy) ethoxy)ethylglycine (pNte).Quando colocado em água, esse copolímero atua como uma telha molecular retangular e flexívelque pode formar estruturas entre-laçadas, como treliças, semelhan-tes aos polipeptídeos e ao DNA.A flexibilidade dessa estrutura éaprincipalinovação,umavezque

Organização das telhas do peptóide em nanotubos ocos. A) Fórmula estrural do pNdc18-b-pNte18. B) Representação esquemática do pNdc9-b-pNte9 para indicar o fomarto de telha consistindo em domínios hidrofóbicos (verde) e hidrofílicos (azul). A seta cinza indica a orientação da cadeia. C) As telhas empilhadas de modo a alinhar as partes polares e apolares. Nanotubo é formado por vários anéis empilhados, manti-dos unidos pela interação das cadeias laterias (D e E). F)Visão esquemática mostrando a configuração da cadeia e as dimensões para cada seção transversal do anel.

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estudos realizados anteriormentesóobtiveramtelhasrígidasqueseorganizavamemestruturas2D. Oexatomecanismodeor-ganização das telhas ainda não écompreendido, mas sabe-se que elas tendem a se alinhar de modo a formar padrões semi-sobrepos-tos, de modo a alinhar as partes polareseapolares.Essasestrutu-ras irão se entrelaçar, formando o nanotubo, que pode ser interpre-tado como o resultado do empi-lhamento de vários anéis, cada um com 2 ou 3 telhas do copolímero, mantidos unidos pela interaçõesdevanderWaalsentreascadeiaslaterais. Algo que chama atenção nesses nanotubos é o fato da for-ça de interação entre as telhas ser forte o suficiente para manter aestrutura circular, mesmo com monômeros hidrofóbicos expos-tosaosolventepolar.Explicaressasituação deve ser um dos próxi-mos passos de Sun e dos Labora-tóriosBerkeley.

Victor Vasconcelos2º ano de Engenharia de Materiais

Um olhar a frente: o que espera o futu-ro da Engenharia de Minas Seguindo as rédeas da conferênciaanualdaSME(Socie-dadedosEngenheirosdeManu-fatura,nasiglaeminglês)edadosos avanços científicos, tanto naárea da fotônica como na própria área da tecnologia informacional, crê-se que, no futuro, o sucesso será proporcional ao quanto a empresa estará capacitada em capturar e usar de informação.Em suma, as organizações desucesso do futuro serão as que aprenderem e puderem aplicar as melhores práticas para cadaoperaçãoespecífica,entendendocadavezmaisoqueesseconhe-cimentolhesconta. Tais dados ajudariam aidentificar tendências na indús-tria,aprocurarclientese identi-ficaroqueosmotivama fecharnegócios, e até mesmo a locali-zarcertosmineraisedeterminaramelhormaneiradeexplora-los.Na conferência de 2016 foi dis-cutido que informação existe ecomo as companhias podem fa-zer o uso desses dados, ajudan-do-asagarantirsucessonofutu-ro. Numa das conferências mais recentes, realizadade15a18 de fevereiro de 2015 em Den-ver(Colorado,EstadosUnidosdaAmérica), outros tópicos foramdiscutidos.Segundooentãopre-sidente da sociedade, J. StevenGardner, um dos maiores desa-fiosnaengenhariademinasestána ponte entre a academia e a indústria.Segundoele,osprofes-

sores engenheiros dessa área serão importantíssimos, umavez que assegurarão o desen-volvimento científico e a gra-duação de novos engenheiros.Um problema, não obstante,apontado por Gardner estará no combate às mudanças cli-máticas. Todos os setores damineração, principalmente o de carvão mineral, têm agrava-doasmudançasclimáticasque,segundo ele, o planeta natural-mente vêm sofrendo. Portan-to, independente das causas e consquências dessas mudan-ças,aSMEdevefazerpartedosdebates relacionados ao tema defendendoacontinuidadedouso dos recursos de carvão, vide a dependência do carbono emescalaglobal. Apesar de serem tradi-cionais, o mercado e a acade-mia da mineiração ainda estão em constante transformação.Diversas mudanças, de sociais àpolíticas,deeconômicasàcli-maticas, vêm trazendo novosdesafiosperiódicamenteparaaengenhariademinas.Emboraofuturo dessa área tenha novos problemas pela frente, caberá, assim como coube, aos novos engenheiros se adaptarem e fa-zeremevoluirtantoomercadocomoaciênciadeseuramo.

Felipe Proença1º ano de Engenharia de Materiais

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Acontece no CMR Recepção dos bixos, reuni-õesordinárias,SEMM,Integra,D4,café, salgados, mesinha, ar condi-cionado,reuniõescomoscoorde-nadores dos departamentos e com oPiqueira.OCentroMoraesRêgo,CMR para os íntimos, andou tu-multuado no começo do ano, mas valeu a pena. Entre decepções ealegrias, demos início ao ano de 2016!OCMRestámuitoorgulho-so de relançar nosso querido jor-nal e claramente não poderíamos deixar de ter um espaço apenas nosso,destinadoaatualizarosse-nhores do que anda acontecendo no dia a dia do nosso querido cen-troacadêmico. No ultimo fim de semana(29/04a01/05)realizamosnossoanual churrasco no sitio, o EpicBBQTime,queaconteceunumsi-tioemSocorrocomdireitoàpis-cina, sinuca, campo de futebol e vários quartos, além de um gran-deopenchurrascoodiatodo.Nãotivemosumaaderência tão gran-de, mas quem foi demonstrou seu amorpeloCMRecurtiuumchur-rasco insano! Noacadêmico,asreuniõesda SEMM já começaram e esta-mos contando com vários interes-sados para a organização. Aindaestamos na etapa de contato com as empresas, mas na próxima edi-ção já esperamos publicar nosso primeiropatrocínio. No setor de festas, nos jun-tamos à CEE, CEN e AEQ e começa-

mosospreparativospraumadasmelhores festas do ano passado.AsreuniõesdaD4jácomeçaram,e por mais que seja complicado organizar uma festa em quatrocentros acadêmicos, tudo está correndo bem e se encaminhan-do. No mês de Maio vamosparticipardoprojetoUSPeasPro-fissões, encabeçado por nossosmembros do acadêmico. Nesteevento, vamos conversar com alu-nos de diversas escolas que vão visitar a Escola, mostrando vídeos e imagens de nossos departamen-tose introduzi-losànossasenge-nharias. Ainda no acadêmico va-mos visitar escolas, tanto públicas quanto particulares, pelo projetoCMR vai à escola, no qual apre-sentaremos os departamentos e aUSPcomoumtodoaosalunos.É um projeto fundamental, devi-do ao pouco conhecimento que os alunos de ensino médio têm de nossas engenharias, e bastan-tecomplexo,umavezquedepen-dendo do público da escola temos que abranger temas diferentes comênfasesdiferentes.Quemseinteressar pelo projeto, entrar em contato com a gestão, estamos muito interessados em novos par-ticipantes. O mês de maio tambémpresenciará a primeira edição dos Jogos Sedentários! Campeona-tosdesinuca,truco,Fifaeoutras

modalidades organizadas exclusi-vamentepelos nossos bixos.Nãodeixemdeparticipar! Além dos Jogos Sedentá-rios,oCMRestámarcandopresen-ça em outro campeonato: a Copa AAAP. A disputa começou essemêsenossotimejádesbancouoprimeiro adversário, vencendo a partidapor7x3.ComonãohaveráparalisaçãodoCEPEnagreve,con-tinuemosatorcerpornossaequi-pe. Por fim, aos fãs daquelecafé salvador antes da aula, apre-sentamos nossa nova aquisição: umacafeteirade6L!Os salgadosda D’Steffani continuam suculen-tosequentinhose começamosavender marmitas no almoço para ajudar o bolso de todos sobrevi-veremàgrave.Sintam-seavonta-deparautilizaroespaçodoCMR,tanto para dormir e jogar sinuca, como para esquentar sua queri-damarmita.OCMRéorganizadopela atual gestão, mas é compos-to de seus alunos. Sem alunos eamigos o centro acadêmico não existe, por isso não deixem de dar uma passadinha e olhar com cari-nhooCentroMoraesRêgo. “Ah, mas não quero só frequentaroCMR,euqueropar-ticipar dos projetos!”. Fale comalguém da gestão! As atividadesdoCMR são abertas a todosquequeiramparticipar!

Fábio Waisenberg3º ano de Engenharia de Materiais

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Dois Martelos São Paulo, Maio de 2016

Acontece na USPEm protesto contra a conivência em casos de agressões a mu-lheres, moradores do CRUSP ocupam a sede do Serviço de As-sistência Social da Universidade de São Paulo Não é de hoje que casos de agressões – físicas, sexuais e psi-cológicas – a mulheres residentes do Conjunto Residencial da USP (CRUSP) são relatadas. No início do mês de abril outro caso foi re-gistrado, culminando na ocupação, por parte de moradores do CRUSP, da sede do Serviço de Assistência Social (SAS) da Universidade de São Paulo. No dia quatro de abril, mo-radores do CRUSP ouviram gritos vindos do prédio reservado à pós--graduação. A fonte do pedido de socorro era uma aluna, que havia sido agredida pelo namorado e mais um estudante, alunos de pós--graduação. Ambas as partes – agredida e agressores – foram para a delega-cia, escoltados pela polícia. Após a

aluna prestar queixa, os agressores voltaram para seus dormitórios no CRUSP. Segundo moradores, a po-lícia foi conivente com a ação dos alunos, o que causou indignação em vários residentes do CRUSP. Esse caso foi o estopim para os moradores decidirem to-mar alguma atitude com acerca da situação. Às 23h do dia 5, ocorreu uma assembleia entre os residen-tes do CRUSP, da qual participaram cerca de setenta pessoas (segundo dados divulgados pela SAS em sua Carta à Comunidade), para discu-tirem, entre outros assuntos, os casos de agressão a mulheres no Conjunto Residencial. Como resul-tado dessa discussão, a sede do SAS foi ocupada por moradores no dia seis. Os manifestantes alegam

Segundo publicação da Rede Não Cala, constituída por professoras que lutam pelo fim da violência sexual e de gênero, o agressor envolvido no caso no dia quatro já tinha outros três boletins de ocorrência contra ele. No mani-festo divulgado pelos estudantes, há a acusação de que a SAS não se preocupa com a saúde psicológica e segurança das vítimas, muitas ve-zes fazendo com que elas tenham que conviver com seus agressores (devido ao não desligamento deles do CRUSP). A USP divulgou notas re-preendendo a ação dos manifes-tantes. Divergindo do discurso dos manifestantes, a SAS alega que todas as medidas cabíveis já foram tomadas: foi instaurada sin-dicância para averiguar os fatos, a Comissão de Direitos Humanos e o SOS Mulheres da SAS foram acio-nados para acompanhar o caso e os dois agressores foram expulsos do CRUSP. A SAS alega que não tem

Com a ocupação da sede da SAS, os caixas para recarga dos créditos dos bandejões não estão em funcionamento.

que o SAS é conivente com agres-sores e exigem expulsão imediata da universidade dos alunos envol-vidos no caso, além da reabertura de casos de agressão engavetados pelo SAS (segundo reportagem da Rede Brasil Atual, moradores ale-gam que outros 50 casos de agres-são contra mulheres já foram leva-dos a SAS e nada foi feito).

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Dois Martelos São Paulo, Maio de 2016

poder para tomar medidas mais drásticas, como atender ao pedido dos manifestantes de desligamen-to imediato dos alunos da universi-dade. De acordo com a assistente social Luiza Canzian, a USP deve aguardar que o caso passe pela Co-missão Mista, para que os agresso-res tenham direito a defesa. Segundo a SAS, a ocupação tem prejudicado a realização das atividades desse Órgão. O forneci-mento de alimentos e de limpeza dos Restaurantes foi afetado, culminando no fechamento dos Restaurantes Central e da Física,

Comunicado de fechamento dos restau-rantes.

a retirada de cartões da SP-Trans está impossibilitada e o processo de seleção de bolsistas foi inter-rompido.

Após longa negociação, a SAS foi desocupada no dia 13, com a promessa de eleições para a Co-missão de Violência de Gênero, a permanência da creche da USP e liberação dos prédios K e L para moradia estudantil.

Victor Vasconcelos2º ano de Engenharia de Materiais

Vai ter greve No dia 12/05 teve início uma greve dos funcionários da USP por tempo indeterminado.A decisão foi tomada em assem-bleia realizadapeloSindicatodosTrabalhadoresdaUSP(Sintusp)nodia cinco de maio, que contou, se-gundo o Sintusp, com mais de mil pessoas. Essa greve possui, segun-doodiretordoSintusp,MagnodeCarvalho, três principaismotivos:contra o desmonte da universade, contra o arrocho salarial e em luta pela permanência do Sintusp no espaçoqueocupaatualmente. O desmonte da universi-dade refere-se ao corte de bolsas, terceirização dos restaurantes(apenasdoisdoscincorestauran-tesaindanãoforamterceirizados),desvinculação dos hospitais (des-de2014adiretoriadaUSP tentadesvincularoHUeoHRACdauni-

versidade), entre outras medidasque, segundo os manifestantes, afetamnegativamenteaestruturadafaculdade. Outromotivoparaagrevefoi a falta de uma proposta, em reunião no dia 27 de abril, em res-posta ao pedido de reajuste sala-rialincluidonapautaunificadadereivindicações para 2016 do Fó-rumdasSeis. Por fim, o último grandemotivoparaadeclaraçãodegrevedos funcionários é a ordem de de-socupação do espaço usado como sede do Sintusp, recebida dia 6 de abril,enviadapeladiretoria.Auni-versidade alega necessidade de utilizaçãodolocalparaatividadesacadêmicas, mas o Sintusp se re-cusa a deixar o local, que ocupa a maisde50anos. Ao declarar greve, os fun-cionários esperam que alunos e

professores os apoiem e também entrem em greve. Pouco a pou-coosinstitutosvãodefinindosuaparticipação na greve, que já re-cebeu apoio do DCE, a entidaderepresentativadosalunosdaUni-versidadedeSãoPaulo.

Victor Vasconcelos2º ano de Engenharia de Materiais

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Troca de experiências

Você já pensou como seria incrível trabalhar na Disney duran-teasférias?Terentradailimitadanos parques do complexo e ainda receber em dólares para isso? Eu já, e resolvi tentar. E posso dizercom bastante certeza que foi amelhorexperiênciadaminhavida. Eu soube da oportunidade porque meu irmão, alguns anos antesdemim,participoudopro-cesso seletivo, mas não passou.Resolviiratrás,econsegui!Opro-cesso envolve duas palestras e duas entrevistas. A presença naspalestraséobrigatória.AprimeiraentrevistaécomaSTB,agênciadeviagem que possui exclusividade noBrasilparapromoveressepro-grama. Já a segunda entrevista écom cast members (quem traba-lha na Disney é chamado assim, e

não de empregado), americanosmesmo. As duas entrevistas, naverdade, são bem parecidas, mas a segunda envolve uma pressão maior. Fiquei sabendo que haviasidoaprovadanofinaldeagosto,e meu programa começou dia 7 de dezembro.Nessemeiotempo,pa-guei uma taxa que a Disney exige, tireiovistodotipoJ1,compreimi-nha passagem e paguei o seguro deviagem.O investimento inicialtotaldeuporvoltade4.000reais.O ICP (International College Pro-gram) dura aproximadamente 3meses, durante as nossas férias de verão.Osaprovadossãodivididosem três datas de início diferentes, que variam entre o final de no-vembroeoiníciodedezembro. Eu fui escalada para ser Operations and Attractions Hos-tess, que são os cast members que

trabalham nos brinquedos dos parques.TrabalheinoparqueMa-gicKingdom,na Fantasyland,nosbrinquedos Carroussel, PrincessFairytale Hall e Mickey’s Philhar-magic.Osnossoshoráriosdetra-balho são bem variados, e mudam de semanapara semana.Masnamaioria dos dias, trabalhei por vol-tade8h,ànoite,etivedoisdiasdefolgaporsemana.Otrabalhoébemexaustivo,principalmenteemdias que você trabalha por 15 ho-ras.Masosaláriomaisaltofazva-lerapena. ICPsrecebememmé-dia9,50dólaresporhora,e12,50porhoraextra(maisde8hnodiaou40hnasemana). TrabalharnaDisneyéumaexperiência bem interessante.Você aprende como uma empresa gigantesca faz paramanter a suatradição e padrão de alta quali-dade no atendimento ao clien-te.Epercebequeeles sãomuitobonsnoque fazem,porquemes-mo quando você está exausto, de algum lugar você tira forças prasorrire sergentil, semaomenosperceber.Umdia, quando eu es-tava muito cansada, conheci uma menininha de 5 anos brasileira que estava fazendo aniversário.Ela estava vestida de Anna (Fro-zen), eme contou que era a suaprincesa favorita, mas sua mãe me explicou que ela não poderia vê-la porqueafilaparaconhecerasper-sonagensdoFrozenestavamuitogrande.Como“magicalmoment”,deixeielaentrarnafiladofastpass

Passar as férias trabalhando na Disney: de sonho a realidade

Isabela começou a trabalhar na Disney no começo de dezembro.

“Trabalhar na Disney é uma experiência bem in-teressante. Você aprende como uma empresa gigan-tesca faz para manter a sua tradição e padrão de alta qualidade no atendi-mento ao cliente. “

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(afilaqueandamaisrápido),mes-mosemamãedelateragendado.A menininha ficou em choque,gritandodealegria.Amãechoroudealegriaemedissequeeufizodiadela.Pediuatéumafotocomi-go!Foimuitoemocionante.Eissocolocou um sorriso no meu rosto que durou o resto do dia, apesar docansaço. A Disney “oferece” con-domínios para os cast members universitários morarem - entre as-pas porque é obrigatório morar lá evocêaindapagaporisso.Entãovocê pode ser alocado com mais 1 a 7 pessoas de qualquer parte do mundo. A divisão de aparta-mentos é feita somente por sexo eidade(maioresemenoresde21anos).Eutiveasortedecaircomas 5 brasileiras mais legais do pro-grama e amei muito o meu apar-tamento.Fazíamosdetudojuntas,passávamos horas conversando e comendo besteiras em casa.Quando não estava em casa com elas, estava em um dos parques.Tínhamosacesso livreaosquatroparques do complexo, e transpor-te do condomínio até todas as de-pendênciasdaDisney. Além disso, comprei in-gressos do Busch Gardens e dosparquesdaUniversal,efuiinúme-rasvezescomosmeusamigos.Denoite, sempretinha festanacasadealguémounasbaladasdeOr-lando, onde a gente passou a or-ganizar uma festa brasileira quefezmuitosucesso.Eusemprees-tavaocupadaenuncasozinha.Notrabalho, em casa, nas festas, no ônibus; sempre tinha amigos aoredor. Confesso que, apensar de ter amado a experiência, nem

tudofoiummarderosas.Otraba-lhoérealmentemuitoexaustivo,eos horários loucos também contri-buíramparaqueeutivessepoucotempo para dormir. Os america-nos que trabalham lá costumam nosmenosprezar,porsermostra-balhadores temporários e de ou-tro país. E nem sempre o salárioésuficienteparafazerdetudolá,podendo ser inclusive bem baixo

dependendo do quanto você tra-balha e do quanto você costuma gastaremcoisasdodiaadia.Mas,em meio a isso tudo, brasileiros de todas as partes do país e de várias faculdades diferentes se unem muitopoispassampraticamenteotempotodojuntos.Eissomeren-deuamizadesquevoulevarparaorestodavida.

As amizades feitas foram um dos vários pontos positivos que ficarão na memória de Isabela.

Isabela Vasconcellos3º ano de Engenharia de Materiais

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EntretenimentoE a novela continua: ANATEL decide suspender limites à Banda Larga por tempo indeterminado Depois de pérolas como “a era da internet ilimitada acabou” ou ainda que jogos online “gastam um volume de banda muito gran-de”aANATELvoltouatrásedeci-diu suspender por tempo indeter-minado o plano das operadoras de internet de limitar o consumo de dados em seus planos residen-ciais. A decisão tomada pelo Conselho Diretor no último dia22 coloca mais lenha na fogueira sobre o posicionamento da agen-ciaemrelaçãoaoassunto.Tendo,anteriormente, se posicionado a favor da redução, segundo os re-centes comentários de seu pre-sidente João Batista Rezende, aANATELparecequecomeçouace-der à pressão popular “com base nasmanifestaçõesrecebidaspeloórgão”.

O contexto No início de fevereiro a Vivo anunciou sua nova estratégia para seus panos de internet fixa:franquiasdedownload(omesmosistema utilizado em seus planosde internet móvel). Segundo aempresa, todos os seus planos de internetfixapassariamaterquo-tas máximas de consumo de da-dos que poderiam variar de 10 a 130GB/mêsparaclientesdospla-

nosconvencionaisdeaté25Mb/senquanto os clientes dos servi-ços de fibra ótica teriam quotasde até 300Gb/mês, no plano de 300Mb/s. Ainda segundo a Vivo, es-taslimitaçõessóvaleriamparaosnovoscontratosfirmadosapartirde 1 de abril, enquanto os contra-tos antigos continuariam sem aimposição de quotas “em caráter promocional”atéoiníciode2017.

A reação Obviamente,anotícianãofoibemrecebida.Emtemposondeos serviços de streaming como Netflix (filmes e seriados), Spoti-fy (musicas) e Steam (jogos) sãocadavezmaisprocurados,aideiade uma limitação de consumo de dados não soa bem aos ouvidos.No entanto, a abundância de re-clamaçõesporpartedosusuáriosda Vivo e de outras operadoras foi osuficientepara,nãosómobilizara opinião pública, mas para con-seguir o apoio de órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB)eaComissãodeDireitosdoConsumidor (CDH), que se posi-cionaramcontraaredução. Resta agora saber qual será o posicionamento final daANATELsobreoassunto.Segundoa agencia, a proibição permanece

até que o Conselho Diretor julgue a questão, o que não existe data definida.Até lá,porquenãoma-tar o tempo tirando o atraso deHouse of Cards?

Bruno Castro3º ano de Engenharia de Materiais

Larica do MêsMac and Cheese à moda BR

Ingredientes:- ½ pacote de macarrão penne- ½ linguiça calabresa- 1/2 copo de requeijão- ½ caixa de creme de leite- 2 dentes de alho- Sal, parmesão e pimenta do reino à gosto

Mododepreparo:Em uma frigideira grande, frite a linguiça calabresa e depois acrescente o alho, deixe dou-rarumpouco,masnãomuito.Junteorequeijãoeocremedeleite emisture bem. Adicioneo sal, pimenta e queijo parme-são(deixeoparmesãodaruma“derretidinha”). Junte com omacarrãojácozidoetápronto!

Beatriz Jankevicius2º ano de Engenharia de Materiais

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O pequeno que resolveu ser gigante

O período entre abril emaio costuma ser muito agitado no futebol brasileiro. Todo anotemtimejogandofinaldeestadu-al no domingo e mata-mata de Li-bertadores na quarta-feira – neste ano, atipicamente, só o Atlético--MGpassaporisso–,eaindatemCopa do Brasil começando, finaisdaPrimeiraLiga,daCopadoNor-deste, daCopaVerde...Não faltapautaparaninguém. Mas um acontecimentomais do que histórico na Inglaterra roubou a cena no mundo inteiro – e também neste jornal, inevitavel-mente tomando o lugar do futebol nacional.OLeicester,timepeque-no que nunca havia conquistado nenhumtítulodeprimeiraimpor-tância, foicampeão inglês.Éalgoque seria absolutamente inimagi-návelatémesmoparaomaisoti-mista dos torcedores no início da temporada. Para que todos com-preendam a magnitude de tal pro-

eza,énecessáriocontextualizá-la. A Premier League, nomeoficialdaprimeiradivisãoinglesa,é tida como amelhor liga nacio-naldomundo.Alémdetimesdemuitatradição,comooManches-terUnitedeoLiverpool,elaabrigaclubes cujos donos são milionários quedecidiram investir riosdedi-nheironoramofutebolístico–éocasodoChelseaedoManchesterCity. Há, também, times não tãotradicionais que costumam com-plicaravidadosgrandes. O Leicester, teoricamente,está abaixo disso tudo. Semprefoi um clube inexpressivo e não chega nem perto de ter o inves-timento financeiro dos gigantesdopaís.Tambémnãoépobre–aPremier League tem uma divisãoextremamente justa do dinheiro proveniente de direitos televisivos que procura nivelar os clubes, ao contráriodoBrasil–,masmesmoassimacompetiçãoédesigual.Pa-

reciaser,naverdade. Na última temporada, osFoxes–apelidodoclubedevidoàraposa presente em seu escudo – só não foram rebaixados por um milagre. No início desta, o clubeera cotado para cair e as casas de aposta pagavam 5000-1 a quem apostasse no título do Leicester– ou seja, o indivíduo que come-tesse a loucura de apostar nisso ganharia 5 mil libras para cada li-braquepagasse, casootítulo seconcretizasse.Comalgumaslibrasde investimento, teria dado paralargaraPolieviverdoprêmio. Dentro de campo, são mui-tasashistóriassurpreendentes.Aprincipal delas envolve o atacante JamieVardy,artilheirodotime.Eletem29anosechegouagoraàse-leção da Inglaterra pelo desempe-nhosurpreendentenatemporada.Aos 23 anos, porém, Vardy jogava asétimadivisão inglesapeloSto-

LeicesterfezhistóriaaoconquistarotítulodaPremierLeague.

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cksbridgeParkSteelsetrabalhavasimultaneamente como operário, ganhando 30 libras por semana.Nessa idade, jogadores de alto ní-vel já costumam estar atuando em timesgrandes,comcarreirasbemencaminhadas e ganhando muito dinheiro. Vardy ascendeu de for-ma meteórica no futebol e coman-douoLeicesterrumoaotítuloquepareciaimpossível. Não há como destacar apenas um nome dentre os joga-dores. Kasper Schmeichel – filhodo ex-goleiro Peter Schmeichel,lendadoManchesterUnited–fezum ótimo campeonato debaixodas traves. Wes Morgan, zaguei-roecapitãodotime,marcougolsimportantesnasúltimas rodadas.N’GoloKantéfoiopulmãodotimee não parou de correr em nenhum momento.RiyadMahrez,porfim,derrubou muitos times grandescomsuahabilidadeesuarapidez.Morgan, KantéeMahrez integra-ram a seleção do campeonato ao ladodeVardy. Ninguém expressa melhor ocarismadainstituiçãodoqueotreinadordotime,ClaudioRanie-ri. Sua carreira vinha sendo bas-tante questionada por conta detrabalhos ruins no passado, mas noLeicesterascoisasmudaram.Oitaliano é extremamente humilde, simpático e bem-humorado. Suacapacidade de lidar com os joga-dores, tratando-os acima de tudo como seres humanos e respeitan-do-os, foi um fator determinante naconquista. No início do torneio, o Lei-cester estava levando muitos gols

apesar de estar vencendo seus jogos. Ranieri, então, reuniu aequipe antes da partida contra oCrystal Palace e prometeu a elesqueoslevariaaumapizzariacasonão levassem gols. Resultado: vi-tória por 1x0 e promessa cumpri-da. Mas, ao chegar à pizzaria, oitaliano disse aos jogadores que teriam de ir à cozinha e fazer aspizzas.“Vocêstêmtrabalhadoportudo.Vocêsvãotrabalharporsuaspizzastambém.Nósmesmosafa-remos”, relatou Ranieri em uma carta que escreveu aos torcedo-res. Um grupo unido se constróiapartirdemomentoscomoesse,e o treinador soube criá-los com maestria. Em meio a tantas histórias fascinantes, é fácil compreender o motivo de tanta euforia pelaconquista. Ser um time pequenorodeado por gigantes numa liga disputadíssima já bastaria, mas o Leicester foi além. Cativou fãsde futebol no mundo inteiro, os quais passaram a torcer com os habitantes da cidade que jamais imaginariam viver um momento comoesse.Comumfutebolmuitoeficiente – ainda que pouco em-polgante – e personagens tão in-teressantes, o Leicester atingiu oinimaginável e emocionou o mun-do com um dos maiores feitos da históriadofutebol. Talvezomaior.

Victor Castro2º ano de Engenharia de Materiais

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Prince: um tour de force musical Mudança. Se há algo quedefiniuacarreiradePrinceRogersNelson, falecido em 21 de abril de 2016, foi a mudança constante: De gêneros musicais (principalmen-te), de figurino, e até de nome.Notável não apenas pela qualida-de frequentemente excepcional de suas músicas, mas também por gravar a maior parte de suas músicas inteiramente sozinho(tocando todos os instrumentosalémdefazerosvocais),eletocou27 instrumentos em seu primei-ro álbum, “For You” (1978), maspassava a impressão de dominar centenas. Centenas de gêneros,também:entreeles funk (“Kiss”),dance (“Uptown”), rock (“TheCross”), techno (“New World”),pop(“WhenDovesCry”),àsvezesumadúziaemumamúsicasó. Extremamente prolífico,com seus 39 álbuns (4 deles lan-çandos nos 18 meses que prece-deramsuamorte)ecommaisde

100milhõesdediscosvendidos,omúsico sempre se recusou a deixar que a indústria do entretenimento dobrasse a sua genialidade em fa-vordasvendas.Apósosucessodeseufilme,quelançou5singlesquese tornaram hits – entre eles “Let’s Go Crazy”, “When Doves Cry” e“PurpleRain”(provavelmentesuamúsica mais conhecida e aclama-da)-opoppsicodélicodeAroundthe World In A Day frustrou fãsque esperavam outro álbum de rock,masdeixouclaroqueomú-sicocontinuariafazendoamúsicaquedesejava fazer,enãoálbumspuramentecomerciais. Na primeira metade dos anos90,surgiuum intensoatritoentre Prince e sua gravadora, aWarnerBros.,sobreaquantidadede música que ele desejava lançar; a gravadora simplesmente não acaompanhava o seu ritmo acele-rado.Em1995,oartistaestavaemconflitoabertocomagravadora,e

nosBritAwardsdaqueleano seudiscurso de aceitação do prêmio se resumiu a 13 palavras: “In con-cert:Perfectlyfree.Onrecord:Sla-ve.”.SLAVE(escravo)estavaescritoem seu rosto também, e após isso ele adotou um símbolo impronun-ciável como seu nome, voltando a responderporPrincequandoseucontratovenceu.Nessaépocaino-vou ao apostar em vendas e distri-buição online quando estas eram uma novidade muito recente, mas eventualmente se voltou contra o que via como as empresas de tec-nologia explorando os músicos, eventualmenteprocurandoretirarsua música de lugares onde não pudessecontrolá-la. Após uma vida cheia de contribuições àmúsicae à cultu-ra pop como um todo, um núme-roconsideráveldesuasgravaçõespermanece desconhecida, guar-dada em um arquivo a que ele chamava The Vault. Como gran-de parte de sua carreira fora dos palcos, o conteúdo permanece um mistério, mas é provável que Princecontinuenosdandocontri-buiçõesvaliosas,mesmoapósseufalecimento.

OcantorPrincemorreuaos57anosdeidade.

Raul Oliveira2º ano de Engenharia de Materiais

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Gerson RespondeTem alguma dúvida sobre a Poli? Está com vergonha de fazer alguma pergunta com medo de ser zoado? Mande suas questões para nós, que garantimos que o Gerson e

outros veteranos vão te responder da forma que você merece!

Como gostar de PCC?Gerson: Vira politeísta, quem sabe com mais de um deus você consegueaprenderalgo.AC :Issonãoexiste.Nemquemédacivilcurte.Hulk:Éimpossível.Toca:PCCbolinhaejanelaatéquesãolegais.Jow:prefirooComandoVerme-lho. Vini: É porque você é cario-ca.

Como não ficar na bad pela P1 de Cálculo?Gerson: Não passa em cálculo, no segundo ano você já passou por Algelin 2 e tá acostumado com o nabo.Daniel Roubicek:Nãofazendoela,suba.Kiwi:Fazendodenovo.Banana:FicandonabadporAlge-lin.Jady Auada: Dar uma passada no CMR e conversar com qualquerveterano (veteranomesmo, 5 oumaisanoshahaha)(queaindanãomatouobiêniohahaha) Rick:Quejumentoficamaisde 5 anos na poli e não mata o bi-

ênio?Afff.Toca:Seosbrotherstiveremsef*-dido juntocomvocê,fica fácildeaceitar.AC: Sdds cervejada do nabo na SharepraesqueceraP1,P2...

Como ganhar mais comida no bandejão?

Gerson: NãoficaatrásdoTeconafila.Quandoelepassaaspessoasqservemautomaticamenteficamdemauhumor.Bruno Castro: é possível? Matheus Rehem: Você tem que ser simpático e demonstrar ape-tite.Júlia Sanches: Vai numa hora que estejavazio.Fábio Cacalano: Tem que elogiarela.Osolhos,abocaeasmãos.Aípassaparaoseuprato.Daniel Roubicek:PerguntaproGu,esse FDP sempre pegamais comastiassóporqueeledábomdia. Gustavo Garcia: Eu sou ami-godetodas,nãoésódarbomdia.

O que é um crédito?Gerson: Aquilo que você não vai ganharemAlgelin.Fanta: ɼdeabraçodoLandi.Raul Oliveira: Eu não sei o que é um crédito até hoje. #AjudaLuci-Gerson.Gabriel Neves: Crédito é a mais ampla das unidades de medida politécnicas.Umaunidadedecré-ditocompreendedesdetempo(50min)ecredibilidadecomprofesso-resatéquantidadedevezesqueapessoa pode bandejar sem pegar uma fila infernal para recarregar.Vale ressaltar que a quantidadede "créditos" de uma disciplina é fator diretamente proporcional à quantidadedeesforçoqueoalu-no empenhará na mesma (lem-brando que quantidade de esfor-ço empenhada em uma disciplina não tem relação alguma com a médiadamesma).

Isabella Perini3º ano de Engenharia de Materiais

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Tirinhas

Quer ver a sua tirinha no jornal? Mande-a para nós!

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CMR PuzzlesTema: Metalurgia

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Horizontal3 - Processo de conformação por impacto10 - Aço Inox 31611 - Evidência de que o nada absoluto existe12 - É um defeito de linha13 - Transformação da austenita sem difusão14 - Revenido, em inglês15 - Principal combustível do Alto Forno

Vertical1 - Estrutura ferrita + cementita2 - Resultado do resfriamento rápido da auste-nita composta por cementita e ferro4 - Conversor a oxigênio5 - Reserva de metal em um molde de fundição6 - Deformação por carga constante em função do tempo7 - Diminui a dureza de uma peça temperada8 - Líquido que sai do Alto Forno9 - Eleva a dureza superficial de um aço