Dom Volodemer Koubetch, OSBM - Atenção Diante Dos Meios de Comunicação Social

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  • AATTEENNOO DDIIAANNTTEE DDOOSS

    MMEEIIOOSS DDEE CCOOMMUUNNIICCAAOO SSOOCCIIAALL

    Vivemos num mundo globalizado: tudo o que

    acontece em qualquer ponto do nosso planeta

    imediatamente conhecido do outro lado. Tudo

    comunicado muito rapidamente, porque os meios de

    comunicao de massa a televiso, o rdio, a internet, o telefone, os jornais, as revistas se aperfeioaram extraordinariamente. Graas a essas novas tecnologias, a

    informao circula em todo o planeta e cria dinamismos

    econmicos e polticos extraordinrios. Sentimo-nos bem

    mais prximos uns dos outros. Podemos ter informaes

    completas sobre os mais diversos assuntos. Porm,

    precisamos ficar atentos diante da comunicao e da

    informao que elas nos apresentam, porque trazem muitos questionamentos e problemas para a

    nossa vida. Vejamos.

    1. Marginalizao. Os dinamismos da comunicao de massa geralmente so colocados a

    servio de poderes fortes, de interesses particulares, da ideologia neoliberal, que impe um nico

    modelo econmico que nem sempre est preocupado com o bem real da sociedade como um todo e

    de seus diversos grupos humanos. Muitas vezes o sistema humilha a dignidade dos povos que tm

    poucos recursos, gera discriminao e pobreza, marginaliza as culturas, os povos e os grupos que

    no servem aos seus interesses.

    2. Massificao. Os poderosos meios de comunicao manipulam e dominam os espritos,

    distorcem as conscincias. Esses meios esto a servio da globalizao, que nos torna

    interdependentes e iterligados, isto , uns dependendo e estando ligados aos outros, o que bonito e

    vlido, mas ao mesmo tempo ameaam as identidades particulares. Tendem a fazer com que todo

    mundo seja igual, pense igual, aja igual e se comporte da mesma maneira. Querem que as pessoas

    sejam uma nica massa, facilmente dominada e controlada.

    3. Escravizao. Grande parte dos meios de comunicao de massa est nas mos de gente

    muito poderosa. Esses meios so patrocinados pela propaganda comercial, que apresenta os mais

    diversos produtos a serem consumidos pela populao. Por sua vez, esses produtos nem sempre so

    os melhores, nem sempre so autnticos, nem sempre fazem o bem para as pessoas. Mas devem ser

    consumidos. A fora de persuaso dos meios de comunicao tanta, que eles conseguem criar uma

    necessidade, inventam uma necessidade, e logo apresentam o produto para satisfazer essa

    necessidade. Ento, a populao se torna escrava da comunicao de massa por conta do

    consumismo. desta forma que a populao sustenta e mantm o sistema neoliberal. Ou seja:

    somos escravos do sistema.

    4. Dependncia. Hoje em dia j se fala sobre as doenas causadas pela mdia, sobretudo a

    internet: doenas fsicas e doenas psicolgicas. Na verdade, outra forma de escravizao. Muitas

    pessoas ficam literalmente presas internet, passando dias e noites inteiras diante da tela do

    computador, sem ter foras para sair. Tornam-se dependentes. E tambm doentes. Precisando de

    tratamento mdico ou psicolgico. Na Inglaterra j existe uma clnica especialiazada para tratar de

    crianas e jovens viciados em internet.

    5. Disperso. sabido que o excesso de informao, sem um discernimento bsico, sem o

    senso crtico, prejudicial para o ser humano. A informao importante, mas preciso pensar em

    quanto ela ajuda para a formao das pessoas. Hoje em dia existe o problema das pessoas terem

    muito conhecimento, mas pouca sabedoria de vida. No sabem viver bem! Alguns especialistas

    falam que o acmulo de informaes, favorecido pelos meios de comunicao, leva mesmo

    idiotizao, ou seja: parece que somos inteligentes e sbios, mas na verdade somos ignorantes e

    idiotas.

  • 6. Desmoralizao. O problema mais grave, decorrente de grande parte dos contedos

    veiculados pelos meios de comunicao de massa, a desmoralizao. Muitos programas

    televisivos e de grande alcance popular, como os programas dominicais e as novelas, tm pouco

    valor cultural e formativo, tanto menos preocupao moral. Muitos valores, como a famlia, so

    propositalmente alvos de manipulao e destruio. H trs dcadas, uma famosa autora de novelas,

    j falecida, disse mais ou menos o seguinte: a sociedade brasileira muito religiosa e tradicional,

    mas a gente vai colocando essas coisas aos poucos (divrcio, aborto) nas novelas e isso vai

    mudando a cabea das pessoas. Olha o veneno que se bebe muitas vezes sem prestar ateno!

    Precisamos, portanto, abrir bem os olhos diante dos meios de comunicao social.

    Precisamos saber us-los com mais discernimento e senso crtico!

    Dom Volodemer Koubetch, OSBM