O país

O Paquistão tem forma de governo federal

parlamentarista, está localizado no sul da Ásia e sua costa

marítima sendo banhada pelo Mar Arábico e pelo Golfo de

Omã e dividindo suas fronteiras com China, Afeganistão,

Índia e Irã. O Paquistão surgiu em 1947, quando a índia se

tornou independente do império britânico e os territórios

foram divididos. Todo o processo de independência foi

bastante conflituosa, havendo muitas revoltas no que hoje

são Índia e Paquistão e a saída do Reino Unido acabou por

tirar qualquer estrutura existente, deixando um país

dividido entre os dois grupos majoritários, hindus e

mulçumanos, que entraram em violentas guerras civis por

duas vezes (1947-48 e em 1965), ocorrendo ainda mais

quatro conflitos limitados (1999 - este quase chegando a

conflito nuclear - 2008, 2019 e 2022) na região da Caxemira.

Todos os anos de conflito, instabilidade política e baixo

investimento afetaram negativamente a economia do país,

levando ao baixo desenvolvimento. É o 7º país mais

populoso do mundo e seu IDH é considerado médio com

0,560. Os maiores esforços dos governos vem sendo

desenvolver infraestrutura, fornecimento de energia e

segurança para atrair maiores investimentos externos e isso

está gerando resultados, o Paquistão está agora em um

caminho mais estável para progredir, com crescimento

econômico de 6,1% e maior confiança dos investidores.

O país, os armamentos autônomos e a participação interna-

cional

Paquistão tem a 6 maior força armada permanente e possui

armas nucleares – único país muçulmano a tê-las. Mantem

relações estreitas com Estados Unidos, a Turquia e a China

- exportação de equipamentos militares e transferência de

tecnologia, realização de exercícios militares e de logística

conjunta-. A tensão com a índia é recorrente e os testes

nucleares em regiões de fronteira intensificam isso. Paquis-

tão tem registrado em seu território a atividade de 12 gru-

pos terroristas. O Corredor Econômico China-Paquistão faz

parte da Iniciativa Belt & Road da China, que é uma impor-

tante colaboração principalmente no campo tecnológico e

está progredindo rapidamente e seu impacto já pode ser

visto cotidiano do povo paquistanês e refletido na melhora

do seu IDH. O governo está investindo diretamente em

universidades para desenvolver tecnologia paquistanesa de

inteligência artificial. No que concerne direitos humanos, o

Paquistão acompanha uma onda internacional preocupan-

te de repressão violenta à liberdade de expressão de vozes

dissidentes de jornalistas e ativistas utilizando a justificativa

de ser pela segurança nacional. Números continuam alar-

mantes quanto ao abuso contra mulheres e garotas, mino-

rias religiosas e grupos LGBTII+ enfrentam ataques violen-

tos, discriminação e perseguição estatal.

Perfil militar, tecnológico e direitos humanos

O Paquistão faz parte de um grupo de países que expres-

sam veementemente seu apoio a uma proibição de desen-

volvimento, produção e uso. No entanto, seria desaconse-

lhado a ignorar a pesquisa e desenvolvimento desta tecno-

logia. Ele precisa acompanhar os avanços tecnológicos para

fins de pesquisa e segurança. Para o país, estes sistemas

são por natureza antiéticos e, independentemente do grau

de sofisticação, ”elas não podem ser programadas para

cumprir o Direito Internacional Humanitário” e poderiam

criar um vácuo de responsabilidade. A Índia está desenvol-

vendo armas autônomas e seu uso pode e impactará a rela-

ção dos dois países ainda mais se levar em conta sua rela-

ção historicamente conflituosa. Dada a sua situação de se-

gurança única na região, o Paquistão deve manter suas op-

ções em aberto no que diz respeito ao desenvolvimento

dessas armas.

Dossiê

República

Islâmica do

Paquistão

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