Download Anais Genética para Todos

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21 a 25 de Julho de 2014 UFPR - Curitiba - PR www.cig.ufpr.br

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21 a 25 de Julho de 2014 UFPR - Curitiba - PR

www.cig.ufpr.br

1

ÍNDICE – ÁREAS

A1 - GENÉTICA E EVOLUÇÃO HUMANA ....................................................................................... 2

A2 - GENÉTICA, EVOLUÇÃO E MELHORAMENTO VEGETAL E MICRORGANISMOS .............. 27

A3 - GENÉTICA EVOLUÇÃO E MELHORAMENTO ANIMAL........................................................ 37

A4 - MUTAGENESE ........................................................................................................................ 47

A5 - GENÔMICA E BIOINFORMÁTICA .......................................................................................... 58

A6 - GENÉTICA NA ESCOLA......................................................................................................... 60

2

A1 - GENÉTICA E EVOLUÇÃO HUMANA

3

AÇÃO DO HEXAHIDROXITRIFENILENO NO PROCESSO DE AUTOFAGIA EM CÉLULAS

DE GLIOBASTOMA HUMANO

Otávio Martins Cruz ¹, José Lucas Malosti Teodoro Rodrigues¹, Monique Meyenberg Cunha de Pádua¹,

Guilhermina Rodrigues Noleto 1, Herbert Winnischofer ² , Gláucia Regina Martinez¹, Sheila Maria

Brochado Winnischofer¹

1. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular

Laboratório de Oxidações Biológicas

2. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Química

O glioblastoma multiforme refere-se a forma mais agressiva dos cânceres do sistema nervoso central, fato corroborado

pelos altos índices de mortalidade. Este cenário revela a ineficiência da terapêutica atual que é baseada no uso do

quimioterápico temozolomida seguido de radioterapia. Dessa forma, faz-se necessário elucidar processos celulares

envolvidos na resistência das células de glioma aos tratamentos atuais. O objetivo deste trabalho é avaliar a ação do

hexahidroxitrifenileno (HTF) no processo de autofagia em células da linhagem U87MG. A viabilidade das células foi

avaliada pelo método de MTT nas doses de 10 e 25µM nos tempos de 12, 24 e 48h. Observou-se que no tempo de 12h o

HTF não diminuiu a viabilidade celular em nenhuma das doses. No tempo de 24h, observou-se que a dose de 25µM

reduz em 22% a viabilidade das células U87MG, enquanto no tempo de 48h na dose de 10µM a redução foi de 37% e de

57% na dose de 25µM. A avaliação das proteínas LC3 I e II, marcadoras da autofagia foi realizada por western blotting.

No tempo de 12 horas observou-se aumento na expressão dessas proteínas. Em 24 horas foi possível observar uma

diminuição na expressão de LC3 I e II, sendo que no tempo de 48h na dose de 25µM essa diminuição foi ainda mais

evidente. Esses dados sugerem que a autofagia pode desempenhar um papel promotor de tumor na linhagem U87MG,

sendo necessárias mais investigações para caracterizar o papel desse processo celular na resistência das células de glioma

às terapêuticas anticâncer.

Palavras – chave: Glioma, Hexahidroxitrifenileno, Autofagia

Financiamento: CNPq, Fundação Araucária, INCT-Processos Redox em Biomedicina.

4

ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DO GENE MASP2 DO SISTEMA COMPLEMENTO COM O PÊNFIGO

FOLIÁCEO.

Tamyres Mingorance Carvalho¹’², Márcia H. Beltrame¹’², Iara J. T. Messias-Reason², Maria Luiza E.

Petzl-Erler¹, Angelica B. W. Boldt¹’².

1. Laboratório de Genética Molecular Humana, UFPR.

2.Laboratório de Imunopatologia Molecular, Hospital de Clínicas, UFPR; [email protected]

Pênfigo foliáceo (PF) é uma desordem autoimune endêmica no Brasil,caracterizada pela deposição de

autoanticorpos anti-desmogleína-1, capazes de ativar o sistema complemento. A via das lectinas do

complemento pode ser iniciada pelo reconhecimento de padrões de açúcares por MBL ou ficolinas, que se

associam a MASP-1 e MASP-2. Em estudo anterior do nosso grupo, observou-se uma tendência à

associação positiva entre baixas concentrações de MASP-2 e o PF. Para avaliar uma possível associação

entre o polimorfismo do gene MASP2 e o PF, foram genotipados 90 pacientes e 262 controles, sendo os

pacientes e 95 dos controles de Campo Grande (MS). Foram investigados os polimorfismos rs2273344

(g.7164A>G)e rs9430347 (g.7441G>A) nos introns 4 e 5, respectivamente, por meio de PCR sequência-

específica. Concentrações séricas de MASP-2 foram previamente determinadas por TRIFMA ou ELISA

em um subgrupo dos pacientes econtroles. Adistribuição genotípica apresentou-se em equilíbrio de Hardy

e Weinberg somente para controles. Houve associação positiva entre a doença e homozigotos GA/GA

(OR=5,83 [IC95%=1,58-21,45], p=0,008). Este genótipo está associado com concentrações mais elevadas

de MASP-2 nos controles (medianas 572 ng/ml, comparado com 441 ng/ml em AG/GA e 314 ng/ml em

AG/AG, p=0,005). Como esperado pelo estudo anterior, as concentrações de MASP-2 foram inferiores

nos pacientes, quando comparadas aos controles (240 ng/ml vs. 310 ng/ml, respectivamente, p=0,0002),

podendo refletir um consumo elevado da proteína na ativação do complemento. Nossos resultados levam-

nos a sugerir que polimorfismos intrônicos deMASP2 podem modular a concentração sérica da proteína e

a susceptibilidade ao pênfigo foliáceo.

Palavras–chave: pênfigo foliáceo; MASP2; via das lectinas do complemento.

Financiamento: Fundação Araucária e UFPR – TN.

5

Análise do Polimorfismo do Receptor II de TGFB (rs3087465) em mulheres infectadas pelo

Papilomavírus Humano (HPV)

Guilherme Cesar Martelossi Cebinelli ¹, Stephanie Badaró Garcia ¹, Nathalia Tatakihara ¹, Michelle Mota

Sena ¹, Ana Paula Lombardi Pereira ¹, Nádia Calvo Martins Okuyama ¹, Kleber Paiva Trugilo ¹, Luis

Fernando Lasaro Mangieri ¹, Maria Angelica Ehara Watanabe ¹, Karen Brajão de Oliveira ¹.

1. Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina;

[email protected]

O câncer cervical é uma doença multifatorial, caracterizada por uma ativação exacerbada e manutenção

de vias inflamatórias. O principal fator do desenvolvimento do câncer cervical é a infecção pelo HPV que

promove um aumento do TGFB promovendo um pior prognóstico por inibir a resposta imune via Tregs.

Os efeitos do TGFB são mediados por dois receptores TGFBRI e TGFBRII, cuja expressão desregulada

tem sido descrita em diversos tumores. Desta forma a presença do polimorfismo pode alterar o equilíbrio

do microambiente tumoral favorecendo ou prejudicando o desenvolvimento tumoral. O objetivo deste

estudo foi investigar a frequência genotípica do TGFBRII em mulheres infectadas pelo HPV na

população de Londrina e associá-las a presença do polimorfismo com as características

sociodemográficas das mulheres. Foram testadas 117 mulheres, das quais 43,59% apresentaram o HPV.

Destas 35 tiveram seu genótipo para o TGFBRII avaliado pela técnica de PCR-RFLP. A frequência do

alelo A foi de 32,8% e do G 67,2%. Dentre as mulheres avaliadas para o polimorfismo 14,3%

apresentaram o genótipo AA, 37,1% AG e 48,6% GG. Apresentaram idade média de 32,69 ± 12,86, com

média de início da atividade sexual aos 16,03 ± 2,32 anos. Contudo os genótipos não estiveram

associados às características sociodemográficas. Concluímos que a distribuição genotípica e alélica do

TGFBRII de nossa população está de acordo com outras relatadas na literatura. Contudo é necessário

ampliar o estudo para as mulheres não portadoras do vírus, a fim de compararmos as alterações

citopatológicas e clínicas das mesmas de acordo com a distribuição genotípica.

Palavras – chave: (HPV; TGFBRII; polimorfismo)

Financiamento: PPSUS, Fundação Araucária, CNPq.

6

ANÁLISE DO POLIMORFISMO GENÉTICO DO FATOR DE TRANSCRIÇÃO FOXP3 EM

PACIENTES PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA SUBTIPO TRIPLO NEGATIVO

Felipe Campos Almeida1, Leandra Fiori Lopes

2, Julie Massayo Maeda Oda

3, Patricia Midori Murobushi

Ozawa1, Bruna Karina Banin Hirata

1, Glauco Akelinghton Freire Vitiello

1, Thiago Cezar Fujita

4, Cintya

Mayumi Ishibayashi1, Roberta Losi Guembarovski

1, Carolina Batista Ariza

1, Karen Mayumi Suzuki

1,

Flávia Luiza Dias1, Marina Okuyama Kihima

1, Maria Angelica Ehara Watanabe

1.

1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR

2Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), Ourinhos, SP

3Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Três Lagoas, MS

4Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL), Londrina, PR

[email protected]

Resumo:

Estudos envolvendo câncer de mama triplo-negativo são de fundamental importância clínica frente à falta

de opções terapêuticas. A detecção da expressão do fator de transcrição FOXP3 (forkhead transcription

factor 3) em células tumorais ou em células T regulatórias pode ser um importante fator prognóstico para

pacientes com esta neoplasia. Polimorfismos no gene FOXP3 podem alterar sua expressão ou a atividade

da proteína, podendo ter implicações em processos tumorais, incluindo o de mama. Dentro deste

contexto, este trabalho teve como objetivo analisar o polimorfismo genético (rs3761548) no FOXP3, que

consiste em uma troca de base única C/A, em 42 pacientes com câncer de mama e em 115 controles,

livres de neoplasia, através da técnica de PCR alelo-específica. O estudo caso-controle para o gene

FOXP3 indicou que pacientes com genótipo homozigoto AA possuem uma suscetibilidade quase 4 vezes

maior para o desenvolvimento do câncer de mama triplo negativo (OR = 3,78, IC 95 % = 1,02-14,06 ).

Não foram observados resultados significativos quando esta mutação foi analisada em relação aos

parâmetros prognósticos: tamanho de tumor, comprometimento de linfonodos e grau nuclear. Assim

sendo, frente a positiva associação observada entre uma mutação polimórfica no gene FOXP3 e o subtipo

tumoral de câncer de mama triplo-negativo, os resultados do presente estudo são sugestivos de que este

fator de transcrição pode ter um envolvimento na patogênse mamária, o que deverá ser validado em

estudos futuros envolvendo um maior número de amostras.

Palavras-chave: FOXP3; câncer de mama; triplo-negativo.

Suporte financeiro: CAPES, CNPq, Fundação Araucária, PROPPG/UEL.

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ANÁLISE DOS POLIMORFISMOS rs13086740 e rs2016846 DO GENE MME EM PACIENTES

COM A DOENÇA DE ALZHEIMER

Patricia Fernanda Rocha Dias¹, Daiane Simão-Silva1, Gleyse Freire Bono¹, Nalini Drieli Josviak

1, Meire

Silva Batistela1, Mauro Roberto Piovezan

3, Ricardo K.M. de Souza², Lupe Furtado-Alle

1, Ricardo

Lehtonen R. de Souza1

1. Universidade Federal do Paraná. Laboratório de Polimorfismos e Ligação;

2. Instituto de Neurologia de Curitiba;

3. Hospital de Clínicas da UFPR.

e-mail do apresentador: [email protected]

A doença de Alzheimer (DA) caracteriza-se pela perda progressiva de memória e de outras funções

cognitivas, ao ponto de interferir nas atividades cotidianas do indivíduo acometido. Patologicamente

observa-se o acúmulo da proteína tau hiperfosforilada formando emaranhados neurofibrilares e o

amontoamento extracelular da proteína beta amilóide (Aβ) na forma de placas. A neprilisina,

glicoproteína codificada pelo gene MME (Membrane Metallo-endopeptidase), localizado no cromossomo

3q25.1-q25.2, é uma das principais enzimas que atuam na degradação da Aβ. Este trabalho teve como

objetivo verificar a relação entre os polimorfismos rs13086740 e rs2016846 do gene MME e a doença de

Alzheimer através de um estudo caso e controle. Para isso, foram genotipados 115 pacientes

caracterizados para a DA e 123 controles idosos (CI). A genotipagem dos SNP’s (rs13086740,

rs2016846) foram realizadas por TaqMan (Applied Biosystems). A análise estatística do Qui-quadrado e

de significância (p) foram realizadas com o programa StatView 5.0. Diferentemente do esperado, não

foram observadas diferenças estatísticas entre as frequências alélicas e genotípicas do grupo controle e

DA para os dois polimorfismos (p>0,05). Devido ao papel regulatório da neprilisina na deposição das

placas senis, principalmente nas regiões de hipocampo e giro temporal, não se descarta a hipótese que

alterações em outras regiões do gene MME possam interferir na expressão gênica e contribuir para baixos

níveis da atividade enzimática.

Palavras – chave: Doença de Alzheimer; neprisilina; MME.

Financiamento: CAPES, CNPQ

8

ASPECTOS CLÍNICO-MOLECULARES DA INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS EM

PACIENTES PEDIÁTRICOS

Elenice Stroparo¹, Kárita Cláudia Freitas Lidani², Cristina R. Cruz3, Maria do Carmo Debur

4, Luine R.

Vidal4, Meri B. Nogueira

4, Sergio M. de Almeida

4, Luciane A. Pereira

4, Indianara Rotta

4, Sonia Mara

Raboni4

1. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Curitiba (PR).

2. Laboratório de Imunopatologia Molecular. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná

(HC/UFPR), Dpto. de Patologia Médica, Curitiba (PR); [email protected]

3. Departamento de Pediatria, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba (PR).

4. Laboratório de Virologia, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR),

Curitiba (PR)

As infecções respiratórias agudas por Adenovírus (AdV) vem sendo uma das principais causas de

mortalidade em crianças menores de cinco anos. Nesse sentido, objetivamos caracterizar clínica e

geneticamente isolados de AdV humanos em pacientes pediátricos do Hospital de Clínicas da

Universidade Federal do Paraná (1996-2008). O DNA genômico foi extraído a partir de 31 amostras de

aspirado de nasofaringe, empregando tiocianato de guanidina, com posterior subtipagem viral por

sequenciamento do gene VA-RNA (RNA associado a Vírus). A partir das seqüências obtidas, foi

construída uma árvore filogenética por máxima verossimilhança e inferência Bayesiana. Os dados

clínicos dos pacientes foram obtidos dos prontuários médicos. Os subgêneros encontrados foram B:1,

B:2, C e D. Foram obtidas 31 sequências para o gene VA-RNA, das quais, 19 representam sequências

consenso entre ambas as fitas do DNA; enquanto para as demais, apenas uma das fitas apresentou

condições para análise. Amostras identificadas para o mesmo grupo viral apresentaram grande variação

nos valores de divergência genética, com os altos índices nos subgêneros B:1 tipo 3 e B:1 sorotipo 7. A

incidência do AdV foi maior em crianças com idade inferior a dois anos, sendo observados,

principalmente, sintomas como taquipneia, esforço respiratório, febre, taquicardia e tosse. Do total de

pacientes hospitalizados, doze (36%) evoluíram para o óbito, sendo os subgêneros B:1 e C os mais

presentes entre os pacientes da UTI e que foram a óbito, porém não houve correlação entre o subtipo viral

e a severidade da doença para as amostras analisadas.

Palavras – chave: Adenovírus humanos; Filogenia; Infecção respiratória.

Financiamento: CAPES/CNPq

9

ASSOCIAÇÃO DO GENE MBL2 COM O PÊNFIGO FOLIÁCEO

Luana CarolineOliveira1, 2

,Dayane F. Schmidt1,2

,Maria Luiza Petzl-Erler¹, Iara J. T. Messias-Reason²,

Angelica B. W. Boldt1, 2

.

1.Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, UFPR.

2. Laboratório de Imunopatologia Molecular, Hospital de Clínicas, UFPR.

e-mail: [email protected]

O pênfigo foliáceo (PF) é uma doença autoimune endêmica no Brasil, caracterizada pela presença de

autoanticorpos, anti-desmogleína-1, capazes de ativar o sistema complemento. Ocomplementotambém

pode ser ativado pelo reconhecimento de padrões de açúcares pela lectina ligante de manose (MBL). Em

estudo anterior do nosso grupo, observou-se uma tendência à susceptibilidade ao PF em indivíduos com

níveis mais elevados de MBL,determinados por ensaio imunofluorimétrico (TRIFMA). A fim de verificar

se há associação entre o polimorfismo gênico de MBL2 com o PF, genotipou-se79 pacientes e 321

controles, sendo os pacientes e 51 dos controles, de Campo Grande (MS). Foram investigados os

polimorfismos rs11003125 (g.273G>C ou H/L) e rs7095891 (g.826C>T ou P/Q), na região promotora e

região não traduzida do exon 1, respectivamente, por meio de PCR sequência-específica, e determinados

três haplótipos: HP, LP e LQ. Além das mediçõs por TRIFMA, foram avaliados 43 controles cujas

concentrações séricas de MBLforam previamente medidas por imunoadsorbância enzimática (ELISA).A

distribuição genotípica apresentou-se em equilíbrio de Hardy e Weinberg em ambos os grupos. Houve

associação positiva entre o haplótipo HP e adoença (p=0,03, OR=1,53 [95%CI=1,06-2,21]).Este

haplótipo está associado com concentrações superiores de MBL em 54 pacientes e 94 controles(média de

1306 vs. 481 ng/mLe 1713 vs. 840ng/mLrespectivamente,comparado aindivíduos que não apresentam

HP). Contudo, as concentrações não diferiram entre os grupos.Estes resultados, ainda que preliminares,

levam-nos a sugerir um papel desta proteína na susceptibilidade à doença.

Palavras–chave: Pênfigo foliáceo; MBL2; sistema complemento

Financiamento: Fundação Araucária e UFPR – TN.

10

ASSOCIAÇÃO ENTRE TABAGISMO, HAPLÓTIPOS HLA-A,-B,-DR E GENES DE

RECEPTORES OLFATÓRIOS

Leonardo Leite Ferraz de Campos¹, João Carlos Marques Magalhães ²

1. Graduando do curso de Ciências Biológicas da UFPR,

2. UFPR; e-mail do apresentador

O hábito tabagista parece estar geneticamente associado a genes de receptores olfatórios. Um

grupo destes genes encontra-se em forte desequilíbrio de ligação com a região HLA. O presente trabalho

tem por objetivo investigar a frequência de haplótipos HLA e sua relação com o tabagismo em uma

amostra da população paranaense. A amostra (n = 74144; fumantes = 13019; não-fumantes = 61125)

provém do banco de dados de doadores voluntários de células tronco hematopoiéticas do LIGH

(Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da UFPR), previamente genotipado para os loci

HLA-A, -B, -DR em baixa/média resolução pela técnica SSO. As frequências haplotípicas foram

estimadas pelo método da maximização de expectativas. A análise de associação foi feita por odds ratio

para cada haplótipo. A fim de evitar artefatos estatísticos, novas análises foram realizadas dividindo-se a

população por etnia e sexo, buscando associações consistentes em todos os subgrupos. Dos 14540

haplótipos encontrados, 188 apresentaram odds ratio significativo nos dois sexos, sendo 18 associações

positivas (mais frequentes em fumantes) e 170, associações negativas (mais frequentes em não fumantes).

Além do haplótipo já conhecido, apenas o haplótipo HLA-A24-B7-DR1 apresentou associação

consistente em todos os subgrupos. Os odds ratios (or) e intervalos de confiança (IC) para o total da

amostra foram: homens, or = 1,618; IC = [1 – 2,59]; mulheres, or = 1,712; IC = [1,13 – 2,59]. Este é o

segundo haplótipo HLA possivelmente associado ao tabagismo e também está em associação positiva,

podendo ser um fator de risco na aquisição do hábito.

Palavras – chave: Tabagismo; HLA; Receptores Olfatórios

11

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO COM VARIANTE DO GENEADIPOQ EM ADOLESCENTES

OBESOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIOS FÍSICOS AERÓBIOS E ORIENTAÇÃO

NUTRICIONAL.

Luciana Lange Bassani¹, Neiva Leite ², Gerusa Eisfeld Milano2 , Fabrício Cieslak

2, Ricardo Lehtonen

Rodrigues Souza1, Lupe Furtado-Alle

1.

1. Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná;

2. Núcleo de Qualidade de Vida, Departamento de Educação Física, Universidade Federal do

Paraná;[email protected]

A obesidade é uma doença epidêmica que pode levar a sérias complicações. A interação de fatores

genéticos e ambientais determinam a saúde e regulam várias funções metabólicas. Este trabalho teve

como objetivo investigar a associação entre obesidade juvenil, incluindo diferenças na resposta à

atividade física e SNP rs1501299 do gene ADIPOQ. Adolescentes com excesso de peso (n=117, 10-16

anos)participantes de um projeto de 12 semanas de exercícios físicos e orientação nutricional tiveram o

DNA genotipados para o polimorfismo rs1501299 do gene ADIPOQ, previamente já relacionado com

obesidade. Após as 12 semanas, ocorreu redução significativa (p<0,05) para as variáveis índice de massa

corporal escore-Z (IMC-escore Z), circunferência abdominal (CA), frequência cardíaca em repouso (FC

rep), porcentagem de gordura corporal (%GC), massa corporal gorda (MG), triglicerídeos (TG), glucose

após 120 min (GLU120), insulina em jejum (INS0), insulina após 120 min (INS120), Homeostasis Model

Assessment (HOMA-IR) e frequência caridíaca máxima (FC máx). As variáveis massa corporal magra

(MM), colesterol HDL (HDL-C), Quantitative Insulin Sensivity Check Index (QUICKI), consumo de

oxigênio pico (VO2 pico) e consumo de oxigênio absoluto (VO2 abs) sofreram aumento significativo.

Após análise de regressão logística foi encontrado que o alelo T276 atuou como fator de risco

independente na redução de CA, INS0 e HOMA-IR. Conclui – se que 12 semanas de exercícios físicos

foram suficientes para melhora na adiposidade, sensibilidade à insulina, aptidão cardiorrespiratória e

perfil lipídico em adolescentes caucasianos obesos. Além disso, o alelo T276 do polimorfismo rs1501299

mostrou estar associado com a obesidade e sensibilidade à insulina.

Palavras–chave: rs1501299; obesidade; adolescentes.

Financiamento: CAPES.

12

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE AS MUTAÇÕES C660X DO GENE LDLR, R3500Q DO

GENE APOB E VARIANTES DO GENE APOE E DISLIPIDEMIAS.

Caroline Cardozo Gasparin ¹, Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza 1, Lilian Pereira Ferrari

2, Lupe

Furtado Alle¹

1. Laboratório de Polimorfismos e Ligação, Universidade Federal do Paraná – UFPR;

2. Faculdades Integradas do Brasil - Unibrasil; [email protected]

As dislipidemias constituem fatores de risco para Doença Arterial Coronariana (DAC), que representa um

importante problema de saúde pública. Muitos genes influenciam os níveis lipêmicos, tais como LDLR,

APOE e APOB. Na maioria das populações estudadas o alelo ε4 do gene APOE relaciona-se com altos

níveis de LDL-Colesterol (LDL-C). Há ainda a mutação R3500Q do gene APOB, a qual foi identificada

como sendo a causa do Defeito Familiar da APOB-100 (DFB-100). Já a mutação C660X do gene LDLR, é

uma das principais alterações genéticas que leva à Hipercolesterolemia Familiar (HF). Visto a relevância

do assunto objetivou-se verificar a existência de associação entre a mutação C660X, dos alelos do gene

APOE e da mutação R3500Q e dislipidemias. A metodologia seguiu extração de DNA por salting-out,

genotipagem por PCR-RFLP e por Taqman. Foram analisados 214 indivíduos e a mutação C660X foi

investigada em apenas 72 das 214 amostras, as quais se caracterizavam por altos níveis de lipídios, mas

nenhuma apresentou a alteração. As frequências dos alelos ε2, ε3 e ε4 foram respectivamente

9,25±0,4625; 70,5±3,525 e 20,25%±1,401, enquanto que a frequência da mutação R3500Q foi de

4,46%±1,00. Encontrou-se uma associação significativa entre a mutação R3500Q e aumentos dos níveis

de Colesterol Total (CT), sendo tal alteração genética um fator de risco para níveis elevados de CT

independente de gênero e idade. O alelo ε4 foi mais frequente em indivíduos com níveis mais altos de CT

e LDL-C, já o alelo ε2 apresentou maior frequência em indivíduos com níveis maiores de HDL-C.

Palavras – chave: APOB; APOE; Dislipidemias.

Financiamento: Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI.

13

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O GENE SLITRIK3 E PACIENTES COM A DOENÇA DE

ALZHEIMER

Nalini Drieli Josviak 1, Daiane Simão-Silva¹, Meire da Silva Batistela ¹, Patrícia Dias¹, Gleyse Freire

Bono¹, Ricardo K.M. de Souza², Mauro R. Piovezan3, Lupe Furtado-Alle

1, Ricardo L. de Souza

1

1. Universidade Federal do Paraná. Laboratório de Polimorfismos e Ligação;

2. Instituto de Neurologia de Curitiba;

3. Hospital de Clínicas de Curitiba;

e-mail do apresentador: [email protected]

A doença de Alzheimer é a demência neurodegenerativa mais comum em idosos, afetando

globalmente mais de 25 milhões de pessoas. O gene SLITRIK3 está localizado no cromossomo 3q26.2 e

faz parte de uma família de genes neurais que controlam o crescimento de neuritos. Neuritos distróficos

(DNs), são encontrados em torno das placas amilóides e estão estreitamente associados com os

emaranhados neurofibrilares, comuns em pacientes com a doença de Alzheimer. O objetivo deste estudo

foi verificar se existe associação entre a Doença de Alzheimer e o tag-SNP rs17449213 do gene

SLITRIK3 em amostras caso-controles. Foram genotipados 112 pacientes com Alzheimer e 122 Idosos

(Idade média = 77.06) cognitivamente saudáveis através do kit TaqMan SNP Genotyping, Applied

Biosystems, provenientes do Hospital de Clínicas de Curitiba e do Instituto de Neurologia de Curitiba. As

frequências genotípicas e alélicas do SNP rs17449213 foram estimadas e comparadas entre casos e

controles e não foi encontrada diferença significativa entre eles (p=0,5487). As frequências alélicas

encontradas (G=0,913; A=0,086) foram semelhantes as descritas em populações caucasianas pelo projeto

HapMap-CEU (G=0,924; A=0,076). Este foi o primeiro trabalho de associação do gene SLITRIK3 com a

Doença de Alzheimer. Conclui-se que o SNP rs17449213 não está associado com a Doença de

Alzheimer, sendo encorajado estudos futuros com demais SNPs desta região em um número maior de

amostras.

Palavras – chave: Doença de Alzheimer; SLITRIK3, tag-SNPs.

Financiamento: Capes, CNPq.

14

Avaliação de danos no DNA pela técnica Ensaio Cometa em pacientes obesos submetidos à cirurgia

bariátrica

Liposki, DM1; Almeida, ER2; Biolchi, M1; Paludo, E1; Oliveira, A1; Steffens, E1; Weiss, Phe1; Goetz, ER2,

Vogel, CIG1, 2

1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, CAV-UDESC, Lages, SC

2 Universidade do Planalto Catarinense, UNIPLAC, Lages, SC

carla.vogel @ udesc.br

Palavras-chave: obesidade, cirurgia bariátrica, genotoxicidade, teste do cometa

A obesidade é um problema de saúde em todo o mundo. É uma doença complexa causada por fatores genéticos e

não genéticos. A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal resultante de desequilíbrio energético

prolongado. Além disso, a obesidade está associada com um estado de baixo nível de inflamação crônica no tecido

adiposo, o que poderia levar a um aumento na frequência de danos ao DNA. Para avaliar os níveis de danos no

DNA em indivíduos obesos foram analisados 13 indivíduos (10 mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica no

Hospital Geral e Maternidade Tereza Ramos, em Lages, SC. O peso corporal médio dos pacientes antes da

intervenção cirúrgica foi de 122,1 kg, com IMC = 43,67; idade variando entre 26 e 55 anos de idade.

Primeiramente, foi realizada coleta de sangue previamente á cirurgia bariátrica (denominada T0) e o ensaio do

cometa alcalino foi realizado. Após a cirurgia bariátrica, os pacientes precisavam voltar para a rotina de avaliação

clínica e sangue foi coletado nos seguintes períodos: nove dias depois da cirurgia (T1), 30 dias após a cirurgia (T2)

e 90 dias após a cirurgia (T3). Foram analisadas 200 células/indivíduo. Os níveis de danos no DNA foram

analisados utilizando o teste estatístico de análise de variânciaKruskal-Wallis. O score de dano ao DNA foi 0,808

em T0, 1,0 em T1, T2 em 0,952 e 1,35 em T3; não foram encontradas diferenças estatísticas nos diferentes períodos

(p = 0,427). Nossos dados sugerem que não há aumento ou diminuição dos níveis de danos no DNA em indivíduos

obesos submetidos à cirurgia bariátrica.

Apoio financeiro: UDESC

15

EXPRESSÃO DE CD1D EM PÊNFIGO FOLIÁCEO

Sara Cristina Lobo Alves ¹, Maria Luiza Petzl-Erler¹.

1. Laboratório de Genética Molecular Humana-UFPR, [email protected]

O pênfigo foliáceo (PF) é uma doença autoimune da pele na qual há a formação de autoanticorpos contra

a desmogleína 1, proteína importante na adesão entre queratinócitos. O PF se caracteriza pelo

desprendimento da camada superior do epitélio, com formação de bolhas e erosões na pele. Como a

maioria das doenças autoimunes, o pênfigo é uma doença complexa na qual atuam fatores ambientais e

genéticos. O gene CD1D codifica a glicoproteína CD1d que participa da apresentação de antígenos

glicolipídicos para células T natural killer (NKT). Ele é expresso principalmente em células

apresentadoras de antígenos como monócitos, células dendríticas e células B e também em células T,

sendo que já foi reportada superexpressão em células T CD4+ de pacientes de pênfigo. O objetivo do

presente trabalho foi comparar a expressão de CD1D em monócitos, em nível de RNAm, entre pacientes

de pênfigo foliáceo e controles. Nossos resultados demonstraram que CD1D está subexpresso em

pacientes com lesão (P = 0,0079; diferença de expressão – DE = 0,44) e sem lesão (P = 0,0028; DE =

0,30) em relação aos indivíduos controle. Por meio desses resultados concluímos que a expressão de

CD1D está alterada em pênfigo foliáceo, o que nos leva a sugerir que haja participação de células NKT e

antígenos glicolipídicos na patogênese do pênfigo. O papel de CD1D e sua expressão em nível de RNA e

proteína pode ser foco de estudos futuros tanto em pênfigo quanto em outras doenças autoimunes.

Palavras-chave: pênfigo foliáceo, expressão gênica, CD1D.

Financiamento: CAPES; CNPq

16

HLA-DMA: ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO COM O PÊNFIGO FOLIÁCEO ENDÊMICO

Eleonora Paulini¹, Maria Luiza Petzl-Erler²

1 Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética, Laboratório de Genética Molecular

Humana

2 Professora associada da Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética, Laboratório de

Genética Molecular Humana

O MHC (Major Histocompatibility Complex) humano é um complexo gênico localizado no braço curto

do cromossomo seis. Nele são encontrados genes cujos produtos proteicos desempenham importantes

funções no contexto da resposta imune. HLA-DMA está localizado na região de classe II do MHC e é

responsável por codificar a cadeia alfa da molécula HLA-DM. Tal molécula regula a apresentação de

antígenos exógenos a linfócitos TCD4+, tendo, portanto, um papel central no controle da imunidade

adaptativa. Alguns estudos anteriores reportaram associações fortes entre certos alelos de HLA-DMA e

doenças autoimunes, ao passo que outros não replicaram as mesmas associações em amostras

populacionais pertencentes a grupos étnicos distintos. Este estudo teve como objetivo verificar se os

diferentes alelos e/ou genótipos de HLA-DMA conferem susceptibilidade diferencial ao pênfigo foliáceo

endêmico (PFE), uma doença autoimune da epiderme, em uma amostra miscigenada da população

brasileira. Um total de 135 indivíduos com PFE e 120 controles foram genotipados. A genotipagem se

deu através do sequenciamento do exon 3 de HLA-DMA. Não houve diferenças estatisticamente

significativas entre as frequências alélicas e genotípicas de HLA-DMA entre o grupo de pacientes de PFE

e a amostra controle. Entretanto, uma tendência a um efeito protetor foi encontrada para o alelo HLA-

DMA*01:03 (OR= 0,28; p= 0,06). O aumento do tamanho amostral nos permitirá verificar se a

significância estatística será ou não atingida. Além disso, duas variantes genéticas (154T>C e 180C>T)

que podem caracterizar novos alelos de HLA-DMA foram encontradas. Estas, entretanto, requerem uma

validação posterior.

Palavras – chave: HLA; pênfigo,

Financiamento: CNPq, Fundação Araucária

17

INFLUÊNCIA DO POLIMORFISMO ALA16VAL DO GENE DA SUPERÓXIDO DISMUTASE

DEPENDENTE DE MANGANÊS (SOD2) NA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO

RESVERATROL EM LINFÓCITOS HUMANOS

Felipe Rogalski 3,4

, Dianni de Menezes Capeleto 1,4

, Fernanda Barbisan 1,4

, Cibele Teixeira

2,4, Verônica

Farina Azzolin 1,4

, Jéssica de Rosso Motta 5, Ivana Beatrice Mânica da Cruz

1,4

1. Programa de Pós-graduação em Farmacologia - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

2. Curso de Farmácia - Centro de Ciências da Saúde- Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

3. Curso de Biologia - Centro de Ciências Naturais e Exatas - Universidade Federal de Santa Maria

(UFSM)

4. Laboratório de Biogenômica - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Introdução: O resveratrol é uma importante molécula antifúngica, antioxidante e anti-inflamatória que

também retarda a senescência celular. Entretanto, existem poucos estudos avaliando se os efeitos

produzidos pelo resveratrol podem ser influenciados por variações genéticas individuais. Seres humanos

apresentam um polimorfismo na enzima SOD2 (Ala16Val) que afeta a eficiência desta enzima. O

genótipo AA apresenta maior eficiência enzimática e o VV menor eficiência. Os dois genótipos

homozigóticos causam um desbalanço oxidativo estando associados a doenças crônicas. Assim, este

estudo buscou avaliar se o resveratrol afetaria os níveis de espécies ativas de oxigênio (EAOs) de células

mononucleares periféricas do sangue (CMPS) portadoras de diferentes genótipos Ala16Val-SOD2.

Métodos: CMPS foram obtidas e isoladas de indivíduos saudáveis portadores de diferentes genótipos da

SOD2. As células foram cultivadas em condições controladas e tratadas com 0, 2, 5 e 10μM de

resveratrol. Os níveis de EAOs foram fluorimetricamente determinados (ensaio DCFH-DA) depois de

24h e 72h e comparados por análise estatística de variância seguida de teste de Dunnet. Resultados: Os

níveis de EAOs em células expostas ao resveratrol variaram conforme o genótipo da SOD2. Enquanto

CMPS-AA não apresentaram diferenças entre o grupo controle e tratado, as CMPS-VV apresentaram um

aumento de 12% nos níveis de EAOs após 24h de exposição. Por outro lado, as CMPS-AV diminuíram

15-20% os níveis de EAOs nas concentrações de 5 e 10µM. Conclusão: O estudo sugere que a ação

antioxidante do resveratrol não é irrestrita, mas depende da potencial interação com o sistema

antioxidante endógeno, em especial o gene da SOD2.

Palavras-chaves: espécies ativas de oxigênio; Ala16Val-SOD2; genótipo

Financiamento: CNPq, CAPES, FAPERGS

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Padrão das colinesterases AChE e BChE na doença de Alzheimer em nível plasmático.

Daiane Priscila Simão-Silva¹, Gleyse Freire Bono1, Patrícia Fernanda Rocha Dias¹, Meire Batistela¹,

Nalini Drieli Josviak¹, Lupe Alle-Furtado¹, Ricardo Krause M. de Souza2, Mauro Piovezan

3, Ricardo L.

R. de Souza¹,

1. Universidade Federal do Paraná – UFPR, Departamento de Genética; Laboratório de Polimorfismos e

Ligação.

2. Instituto de Neurologia de Curitiba – INC, Ambulatório de Desordens da Memória e Comportamento.

3. Hospital de Clínicas – UFPR, Ambulatório de Disfunção Cognitiva.

[email protected]

A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada pela formação de emaranhados neurofibrilares (NFTs)

intraneuronais e placas β-amilóides (Aβ) extracelulares. Além destas alterações estruturais há uma

mudança significante das colinesterases, com redução na atividade da Acetilcolinesterase (AChE) e

aumento na atividade da Butirilcolinesterase (BChE) na via colinérgica cerebral. Este trabalho teve por

objetivo verificar os níveis de atividade da BChE e AChE no plasma em 112 pacientes com a doença de

Alzheimer e 118 idosos saudáveis visando caracterizar o perfil das colinesterases em nível periférico. A

atividade enzimática da BChE e AChE foi mensurada pelo método ELISA (Ensaio de Imunoabsorção

Ligado a Enzima) sanduíche. Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para testar a normalidade da distribuição

das variáveis e a comparação entre as médias foi realizada pelo teste de Mann-Whitney. A atividade da

BChE foi reduzida nos pacientes com DA (DA = 1,43 nmol/min/mL ± 0,68; CI = 1,71 nmol/min/mL ±

0,66) enquanto a atividade da AChE foi aumentada (DA = 4,21 nmol/min/mL ± 1,31; CI = 3,81

nmol/min/mL ± 1,33). Houve correlação positiva entre o aumento da atividade da AChE e diminuição da

BChE (DA: ρ = 0,51; p = 7,09e-09

). Este padrão de atividade é o oposto do observado no tecido cerebral e

parece estar afetado principalmente pelo próprio percurso da doença. Poucos trabalhos têm descrito o que

ocorre com os níveis colinérgicos no nível periférico, sendo a identificação de um padrão de atividade

colinérgica uma importante informação para compreensão do estado homeostático como um todo nos

pacientes com demência.

Palavras – chave: Butirilcolinesterase; Acetilcolinesterase; Doença de Alzheimer.

Financiamento: Capes.

19

PAPEL DA SINVASTATINA NO PROCESSO AUTOFÁGICO EM CÉLULAS DEMELANOMA

HUMANO

Carolina Simões Pires Ribeiro¹, Otávio Martins Cruz 1, Sheila Maria Brochado Winnischofer².

1. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular

Laboratório de Oxidações Biológicas

2. Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade

Federal do Paraná

[email protected]

Fatores genéticos, fenotípicos e ambientais estão envolvidos na susceptibilidade ao melanoma. Este

câncer é responsável por 80% das mortes por câncer de pele sendo considerado um dos tipos mais

agressivos e com alta resistência ao tratamento. Esses aspectos enfatizam a necessidade da busca por

novas terapias mais efetivas. Dados prévios obtidos no grupo mostram que a sinvastatina induz parada de

proliferação em células de melanoma metastático humano, sendo capaz de induzir o fenótipo de

senescência. Tendo em vista este cenário, o objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade da sinvastatina

em modular o processo de autofagia em células de melanoma da linhagem WM9. A viabilidade celular

foi avaliada pelo método de Cristal Violeta. As células foram tratadas com diferentes concentrações de

sinvastatina (0,25µmol/L e 1µmol/L) no tempo de 72 horas. Foi observada redução de 24% na viabilidade

das células WM9 quando tratadas com sinvastatina 1µmol/L. A avaliação da autofagia foi realizada a

partir da técnica de Western Blotting. Observou-se que as proteínas LC3 I e II, principais marcadoras do

processo autofágico, tiveram sua expressão aumentada tanto na dose de 0,25µmol/L quanto na de

1µmol/L em relação ao controle. Esses dados evidenciam a necessidade da compreensão do processo

autofágico nas células WM9 tratadas com sinvastatina, uma vez que a caracterização de novos alvos

moleculares torna-se relevante na busca por uma terapêutica mais eficaz no tratamento do melanoma.

Palavras – chave: melanoma; autofagia; sinvastatina.

Financiamento: CAPES, CNPq, Fundação Araucária e INCT-Processos Redox em Biomedicina.

20

Polimorfismo genético do fator de transcrição FOXP3: marcador promissor na patogênese do

Tumor de Wilms.

Patricia Midori Murobushi Ozawa¹, Carolina Batista Ariza¹, Carlos Eduardo Coral de Oliveira¹, Glauco

Akelinghton Freire Vitiello¹, Felipe Campos de Almeida¹, Cintya Mayumi Ishibashi2, Roberta Losi

Guembarovski¹, Thiago Cezar Fujita2, Alda Losi Guembarovski¹, Karen Mayumi Suzuki¹, Bruna Karina

Banin Hirata¹, Vânia Darc de Castro¹, Maria Angelica Ehara Watanabe¹

1. Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR.

[email protected]

O tumor de Wilms (nefroblastoma) é uma neoplasia renal rara que acomete 1 a cada 10 mil crianças,

especialmente abaixo de 6 anos, sendo igualmente distribuída entre os gêneros. O entendimento do

mecanismo molecular envolvido no desenvolvimento do tumor de Wilms tem sido um grande desafio.

Sabe-se que o FOXP3, conhecido como marcador de células T regulatórias (Tregs), também pode ser

expresso em células tumorais, sendo associado a pior sobrevida. É conhecido que polimorfismos

genéticos de base única (SNPs) na região promotora podem influenciar na expressão de genes. Neste

contexto, o objetivo deste estudo foi investigar os polimorfismos rs3761548 e rs2232365 do gene FOXP3

e sua relação com a susceptibilidade ao tumor de Wilms. Foram analisados 19 pacientes e 79 indivíduos

saudáveis livres desta neoplasia através da técnica de PCR alelo específico. O polimorfismo rs3761548

não apresentou associação com o desenvolvimento do TW (OR = 1,418; 95%CI 0,6037- 3,361;

p = 0,5142). Porém a presença do alelo mutato do polimorfismo rs2232365 confere proteção

desenvolvimento do TW (OR 0,16; 95%CI = 0,0405-0,5811, p = 0,0045). Portanto, sugere-se que o

polimorfismo rs2232365 pode ser considerado um candidato promissor na investigação relacionada à

patogênese do tumor de Wilms.

Palavras – chave: tumores pediátricos; nefroblastoma; fator de transcrição.

Financiamento: CAPES, CNPq, Fundação Araucária, Fundo Estadual para a Infância e Adolescência,

Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, PROPPG/UEL.

21

POLIMORFISMOS DE MASP2 E CONCENTRAÇÕES DA PROTEÍNA MASP-2 E O RISCO DE

FEBRE REUMÁTICA E CARDIOPATIA REUMÁTICA CRÔNICA

Sandra Jeremias dos Santos Catarino ¹, Angelica Beate Winter Boldt ², Marcia Holsbach Beltrame ¹,

Hellen Chris Weinschutz Mendes¹, Iara Jose de Messias-Reason 1

1. Laboratório de Imunopatologia, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR),

Curitiba, PR.

2. Departamento de Genética Molecular Humana, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR.

[email protected]

MASP-2 é uma proteína-chave na ativação da via das lectinas do complemento. Diversos polimorfismos

do gene MASP2 estão associados com concentrações séricas ou grau de atividade funcional de MASP-2.

Neste trabalho, investigamos uma possível associação entre concentrações séricas e polimorfismos de

MASP2 com a suscetibilidade à febre reumática (FR) e a cardiopatia reumática crônica (CRC). Foram

haplotipados 11 polimorfismos de MASP2 utilizando PCR multiplex sequência-específica em 145

pacientes com história de FR (103 CRC e 42 sem acometimento cardíaco [FRo]) e 290 controles

saudáveis. As concentrações de MASP-2 foram determinadas por ELISA em 145 pacientes e 145

controles. Os polimorfismos p.377A e p.439H, associados à baixa produção de MASP-2, foram

negativamente associados à FRo (P=0,02, OR=0,36) e CRC (P=0,02, OR=0,25). Em contraste, haplótipos

com quatro polimorfismos, localizados do intron 9 ao exon 12 (CDVR) e associados a concentrações

intermediárias de MASP-2, aumentaram a suscetibilidade a CRC (P=0,02, OR=4,9). Apesar disso, as

concentrações de MASP-2 foram mais baixas nos pacientes, do que nos controles, provavelmente devido

ao consumo da proteína pela ativação da via das lectinas (medianas 253 vs. 321 ng/ml respectivamente,

P<0,0001). Os SNPs rs2273344 (g.7164A>G) e rs9430347 (g.7441G>A) foram associados com a

modulação das concentrações de MASP-2 em pacientes e controles. Os indivíduos com o haplótipo GA

apresentaram maiores concentrações de MASP-2 do que os homozigotos AG/AG e as concentrações de

MASP-2 nos indivíduos GA/GA foram menores nos pacientes do que nos controles. Estes resultados

sugerem que os polimorfismos baixo-produtores de MASP2 estão associados com proteção a Febre

reumática.

Palavras – chave: Febre reumática; MASP-2; Polimorfismos de MASP2

Financiamento: CAPES; Fundação Araucária.

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POLIMORFISMOS DO GENE MASP1 E ASSOCIAÇÃO COM A HANSENÍASE

Hellen Chris Weinschutz Mendes¹, Amanda Lameck Pinho²Angelica B. Winter Boldt¹ ², Iara J. T.

Messias-Reason¹

1. Laboratório de Imunopatologia Molecular, Hospital das Clínicas, UFPR.

2.Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, UFPR.

[email protected]

A hanseníase é causada porMycobacterium leprae, que infecta macrófagos e células Schwann do

hospedeiro. A lectina ligante de manose (MBL)e ficolinas (FCNs)reconhecem padrões de açúcares e

resíduos acetilados, respectivamente, emuma ampla variedade de patógenos. Por meio das serina

proteases associadas a MBL,MASP-1 e MASP-2, ambas iniciam a via das lectinas do sistema

complemento.O gene MASP1codifica MASP-1 e duas proteínas que bloqueiam sua ativação:MASP-3 e a

forma não-enzimática MAp44. A susceptibilidade àhanseníase já foi associadaa polimorfismos dos

genesMASP2, MBL2, FCN1 e FCN2assim comoaos níveis séricos das respectivas proteínas.Neste

estudo,identificamos polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do gene MASP1 (rs7609662 e

rs13064994 no intron 01 e rs72549262 e rs1109452 no exon 12) por PCR sequência-específica multiplex

e quantificamos as proteínas MASP-1, MASP-3 e MAp44 no soro de 95 pacientes e 82 controles,

porensaio imunofluorimétrico TRIFMA. Foi encontrada uma associação entre o genótipo G/A de

rs7609662 no intron01,sem o genótipo T/T de rs1109452 no exon 12, e susceptibilidade à hanseníase

(OR=2,43 [IC95%=1,12-5,30],p=0,027). Houve também uma associação com o

genótipoheterozigotoGT/AC do intron 1 (G/A em rs7609662 e T/C em rs13064994) e baixos níveis de

MAp44 em pacientes (p=0,005). As concentrações de MAp44 e MASP-3, porém não de MASP-1,

também foram inferiores nos pacientes (p<0,005). Embora estes resultados ainda sejam preliminares,

levam-nos a sugerir que o gene MASP1 e os seus produtos reguladores apresentam um papel importante

na modulação da susceptibilidade à hanseníase.

Palavras–chave: Hanseníase; Sistema Complemento; SNP

Financiamento: CAPES e CNPq

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POLIMORFISMOS DO GENE TACI PODEM ESTAR ASSOCIADOS AO PÊNFIGO

FOLIÁCEO ENDÊMICO

Liana Alves de Oliveira ¹, Maria Luiza Petzl-Erler 1

1. Laboratório de Genética Molecular Humana – UFPR; [email protected]

O Pênfigo Foliáceo Endêmico (PFE), ou fogo selvagem, é uma doença autoimune bolhosa da pele que

ocorre de forma endêmica em algumas regiões do Brasil. Polimorfismos de alguns genes, inclusive do

gene BAFF, estão associados à susceptibilidade diferencial ao PFE. TACI, também chamado

TNFRSF13B, codifica um receptor para as moléculas BAFF e APRIL, coestimuladoras de células B. Está

localizado em 17p11.2 e possui 5 éxons. Com o objetivo de avaliar a existência de associação com

susceptibilidade diferencial ao PFE, foram analisados 6 SNPs no promotor e em íntrons do gene TACI,

em 115 pacientes de PFE e em 100 indivíduos sem a doença (controles). As genotipagens foram feitas

utilizando Sequenom MassARRAY iPLEX e foram calculadas as frequências alélicas, genotípicas e

haplotípicas. As frequências alélicas de dois SNPs, rs11078360 e rs8082017, localizados no íntron 1 de

TACI, diferiram significativamente entre pacientes e controles, com odds ratio (OR) de 0,43 e 0,39,

respectivamente. Estes SNPs estão em forte desequilíbrio de ligação (r2 > 0,95) e o haplótipo AC

(frequência de 13% em controles e 6% em pacientes) também está associado com susceptibilidade

diminuída à doença (OR=0,41; P=0,0115). Estes polimorfismos no íntron 1 poderiam ter uma função

reguladora, influenciando, por exemplo, a expressão de diferentes isoformas. Embora a associação de

polimorfismos dos receptores de BAFF com o PFE ainda precisa ser mais amplamente estudada, este

trabalho aponta para uma possível associação.

Palavras – chave: TACI; autoimunidade; Pênfigo Foliáceo.

Financiamento: CAPES, CNPq, Fundação Araucária

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POLIMORFISMOS GENÉTICOS DA NQO1, GSTT1 E GSTM1 EM CRIANÇAS

PORTADORAS DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA

Carlos Hiroji Hiroki¹, Carlos Eduardo Coral de Oliveira1, Marla Karine Amarante¹, Aparecida de Lourdes

Perim¹, Nathalia de Sousa Pereira1, Leticia Madureira Pacholak

1, Felipe Campos de Almeida

1, Diego

Lima Petenuci1, Maria Angelica Ehara Watanabe

1

1. Laboratório de Imunologia e Genoma, Universidade Estadual de Londrina, [email protected]

A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é responsável por 72% das leucemias pediátricas, com origem em

alterações genéticas que geram um bloqueio na diferenciação de células precursoras de linfócitos B e T,

que se proliferam pela medula óssea. Enzimas metabolizadoras de xenobióticos, como a família das

NADPH Quinona Oxiredutase (NQO1) e a classe das Glutationa – S – Transferase (GST), têm sido

estudadas como possíveis fatores de risco e prognósticos em certos tipos de câncer. Assim, esse estudo

teve como objetivo avaliar a frequência e a associação dos polimorfismos nos genes da NQO1 e das

GSTT1 e GSTM1 em pacientes portadores da LLA e controles livres da neoplasia. A análise dos

polimorfismos foi realizada por PCR RFLP (NQO1) e Multiplex (GSTT1 e GSTM1) a partir do DNA

obtido de leucócitos do sangue periférico. Análise estatística foi feita por Odds Ratio, com intervalo de

confiança de 95%. Para a NQO1, a comparação das frequências genotípicas do grupo com LLA (CC:

54,05%; CT: 39,19%; TT: 6,76%) e do grupo controle (CC: 51,28%; CT: 41,03%; TT: 7,69%) não

demonstraram associação com o risco de LLA. A presença da variante com perda de função para a

enzima GSTT1 foi observada em 23,17% em LLA e 32,5% em crianças livres de neoplasia, enquanto

para GSTM1 a frequência foi 53,66% em LLA e 47,5% em crianças livres de neoplasia. Nosso estudo

não revelou associação dos polimorfismos estudados e o risco de LLA, indicando a ausência de efeito

destas variantes na suscetibilidade desta neoplasia.

Palavras – chave: NADPH Quinona Oxiredutase 1, Glutationa – S – Transferase, LLA.

Financiamento: Fundação Araucária, CNPQ, CAPES, Fundo Estadual para a Infância e Adolescência,

Secretaria da Família e Desenvolvimento Social

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SUSCEPTIBILIDADE AO PÊNFIGO FOLIÁCEO E POLIMORFISMOS

DO GENE CD33

Carolina Maciel Camargo1,2

, Ticiana Della Justina Farias1, Pedro Henrique Cruz¹, Bruno Piovezan¹,

Maria Luiza Petzl-Erler¹

1. Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, Universidade Federal do

Paraná

2. [email protected]

O gene CD33 codifica um receptor celular que modula a proliferação e diferenciação de leucócitos. Neste

trabalho investigamos a relação de polimorfismos do gene CD33 com pênfigo foliáceo (PF), uma doença

autoimune da pele endêmica no Brasil, através de um estudo de associação caso-controle. Foram

genotipados 268 pacientes e 208 controles para os polimorfismos de um único nucleotídeo (SNP)

rs2455069, rs11882250 e rs1803254 através da plataforma SNPlex (Applied Biosystems). Dois dos três

SNPs analisados para CD33 se mostraram associados ao PF. A presença do alelo G do rs2455069 está

associada com menor susceptibilidade à doença em eurobrasileiros (OR (odds ratio)=0,449; P=0,001),

sugerindo que este alelo confere proteção ao PF nesse estrato populacional, tanto em homozigose quanto

em heterozigose. Por outro lado, a frequência de indivíduos com o alelo C nos genótipos CG ou CC do

SNP rs1803254 está aumentada em pacientes na amostra total e em eurobrasileiros (OR=1,767; P=0,008 e

OR=2,596; P=2x10-4

, respectivamente). O haplótipo do CD33 que apresenta o alelo A para o SNP

rs2455069, T para o rs11882250 e C para o rs1803254 também está associado com maior susceptibilidade

ao PF (OR=1,570; P=0,004). Os resultados desse estudo levam-nos a concluir que polimorfismos do gene

CD33 têm influência na patogênese do PF.

Palavras–chave: CD33; pênfigo foliáceo; associação genética.

Financiamento: CAPES, CNPq e Fundação Araucária

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VARIANTES ALÉLICAS NOS GENES FOXP3 E TGFβ1 COMO MARCADORES DE

SUSCETIBILIDADE EM NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS.

Glauco Akelinghton Freire Vitiello¹, Patricia Midori Murobushi Ozawa1, Carlos Hiroji Hiroki

1, Felipe

Campos de Almeida1, Mayara Tiemi Enokida

1, Carlos Eduardo Coral de Oliveira

1, Cintya Mayumi

Ishibashi1, Letícia Madureira Pacholak

1, Roberta Losi Guembarovski

1, Maria Angelica Ehara Watanabe

1

1. Laboratório de Estudos e Aplicações de Polimorfismos de DNA, Departamento de Ciências

Patológicas, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil;

[email protected]

O fator de transformação e crescimento β1 (TGF-β1) regula negativamente a hematopoese normal e

neoplásica, e, no contexto imunológico, promove exaustão de células T efetoras e geração de células T

regulatórias (Tregs), deletérias no câncer, através da indução da expressão do fator de transcrição FOXP3.

O polimorfismo rs18000470 (C>T) promove a alteração Pro>Leu no peptídeo sinal do TGFβ1 e diminui

sua secreção; enquanto o polimorfismo rs2232365 (A>G) do íntron-1 do gene FOXP3 tem sido associado

a diversas doenças autoimunes, sugerindo sua participação no desenvolvimento e/ou função de Tregs.

Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar a participação desses polimorfismos na

suscetibilidade a neoplasias hematológicas (NHs). Os polimorfismos foram analisados a partir do DNA

do sangue periférico de 43 pacientes portadores de NHs (31 mulheres e 12 homens) e de 142 indivíduos

livres de neoplasia (118 mulheres e 24 homens) por PCR alelo-específica. A análise estatística foi

realizada através da Odds Ratio (OR) ao nível de significância de 5%. Nossos resultados demonstraram

uma associação positiva entre o genótipo TT do TGFβ1 e a suscetibilidade às NHs (OR = 4,07; IC95% =

1,94 – 8,52). Não foi observada associação alguma para o FOXP3 isoladamente. Entretanto, a análise

combinada dos dois polimorfismos revelou uma associação positiva para os genótipos TT (TGFβ1) e GG

(FOXP3) na amostra total (OR = 4,00; IC95% = 1,54 – 10,41) e nos indivíduos do sexo feminino (OR =

3,81; IC95% = 1,18 – 12,31). Assim, nossos resultados indicam marcadores promissores a serem

investigados em relação ao desenvolvimento de NHs.

Palavras – chave: Neoplasias Hematológicas; TGF-β; FOXP3.

Financiamento: CNPq, CAPES, Fundação Araucária, PROPPG/UEL..

27

A2 - GENÉTICA, EVOLUÇÃO E MELHORAMENTO VEGETAL E

MICRORGANISMOS

28

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO Staphylococcus aureus SENSÍVEL E RESISTENTE A

ANTIMICROBIANOS PELAS FOLHAS DE Cenostigma cf. macrophyllum (Leguminosae).

SANTOS, M. C. S. G.¹*; SOUZA, É. P.² ; ANDRADE, C.M.F..¹ ; SILVA, K. O.¹ ; YATSUDA, R.¹

1.Laboratório de Fisiologia e Farmacologia, Instituto Multidisciplinar de Saúde da Universidade Federal

da Bahia, Vitória da Conquista, Brasil.

2.Laboratório de Fisiologia e Farmacologia, Instituto Multidisciplinar de Saúde da Universidade Federal

da Bahia, Vitória da Conquista, Brasil; *e-mail: [email protected]

O mau uso de antimicrobianos tem exigido por novos compostos capazes de eliminar esses patógenos

e/ou seus fatores de virulência. Esse trabalho analisou in vitro a propriedade antimicrobiana do extrato

etanólico das folhas da Cenostigma cf. macrophyllum (CMF) sobre Staphylococcus aureus sensível e

resistente antimicrobianos. A CMF foi avaliada em testes de microdiluição de concentração inibitória

mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM), e no ensaio de inibição do biofilme por

marcação por cristal violeta. Os dois primeiros testes foram realizados com uma cepa padrão sensível,

uma cepa padrão resistente a oxacilina e um isolado clínico 16A resistente a oxacilina confirmado pelo

teste de antibiograma e que possui o gene mecA. Como controle positivo, utilizou-se BHI caldo (CIM e

CBM) ou TSB + Glicose1% (Biofilme), inóculo e etanol a 10%. Para o biofilme foram testadas duas

últimas cepas. A análise estatística foi realizada por teste ANOVA de uma via, abordagem paramétrica,

seguida pelo teste de comparação múltipla de Dunnett, com p <0,05. A CMF apresentou atividade

bacteriostática sobre os microrganismos avaliados e foi capaz de inibir a formação do biofilme, mais

eficazmente para a cepa ATCC 43300 INCQS 00306, com resultados estatisticamente significantes.

Conclui-se que a CMF obteve atividade anti-MRSA.

Palavras – chave: Staphylococcus aureus; Cenostigma cf. macrophyllum; MRSA.

Financiamento: PET, CNPq, FAPESB - PPSUS, PIBIC.

29

Compatibilidade vegetativa entre isolados de Phyllosticta citricarpa.

Lisandra Santos Ferreira Maba ¹, Andre Servienski¹, Rodrigo Aluízio¹, Chirlei Glienke ¹ , Lygia Vitória

Galli-Terasawa¹, Vanessa Kava-Cordeiro¹

1.LabGeM, Laboratório de Genética de Microrganismos; Departamento de Genética, UFPR.

[email protected]

Vários pesquisadores têm se dedicado ao estudo de mecanismos de recombinação de fungos

fitopatogênicos, especialmente o ciclo sexual, pois muitas vezes este faz parte do processo de

patogenicidade. Neste contexto, enquadra-se o fungo Phyllosticta citricarpa, causador da Mancha Preta

dos Citros, considerada a pior doença fúngica que acomete quase todas as variedades cítricas com

importância econômica. Apesar do ciclo sexual deste fungo ser reconhecido como parte do processo de

patogenicidade, em laboratório ainda não há relatos da indução da fase sexuada. Para evidenciar este

processo é preciso avaliar a compatibilidade vegetativa entre isolados fúngicos. Neste trabalho foi feito

um ensaio de compatibilidade entre 40 isolados de P. citricarpa. Os isolados foram inoculados em placas

de Petri com BDA, arranjados em todas as combinações possíveis para uma seleção dos pares mais

promissores. Após crescimento por 30 dias em BOD a 28ºC, a existência ou não de contato entre as

colônias foi observada. Entre alguns isolados não houve contato, existindo, aparentemente, um

antagonismo entre elas. Para análises morfológicas e moleculares posteriores foram selecionados os pares

de isolados que apresentaram compatibilidade entre as colônias. Estes pares de isolados foram inoculados

em diferentes meios de cultura, com suplementos como biotina, reconhecido como indutor do ciclo sexual

para alguns fungos. Após 45 dias de cultura, foram observadas estruturas modificadas no ponto de

encontro das colônias, porém estas não correspondem ao asco maduro, como observado em campo.

Podem ser estruturas primárias do asco, porém ainda não foi possível confirmar esta hipótese.

Palavras – chave: Ciclo sexual; compatibilidade vegetativa; Mancha Preta dos Citros.

Financiamento: CAPES

30

COMPORTAMENTO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES FRENTE A PRESENÇA DE

ÁCIDO PERACÉTICO

Tafael Lucas Pereira¹, Francielli Casanova Monteiro², Juliana Vitoria Messias Bittencourt³

1. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa- PR¹²³

2. [email protected] ¹

O Coliformes termotolerante é um indicativo higiênico sanitário e de higiene pessoal, pode ter um grande

impacto socioeconômico devido à doença, despesas médicas, perda de produtividade. O ácido peracético

é um forte oxidante que danifica o sistema enzimático causando a destruição do micro-organismo. O

objetivo do estudo é avaliar a ação de Coliformes termotolerantes presentes em peças bovinas após a

aplicação do ácido peracético. O estudo partiu da coleta da amostra, contaminação, incubação, sanitização

e a análise. A amostra escolhida é o “patinho” bovino, a contaminação foi realizada em cultura de

Coliformes termotolerantes, concentração de Log 10³ de bactérias/mL, para as contagens foram utilizadas

diluições (10-1 a 10-5), a incubação a 35°C/24-48 horas. A sanitização foi realizado com a imersão da

peça em concentração de 1%, o tempo de 10 segundos. As análises foram realizadas em 3 tratamento, o

primeiro não passou pela contaminação e sanitização, o segundo tratamento foi apenas sanitizado, e o

tratamento três houve apenas a contaminação, o tratamento quatro houve ambos os procedimentos. Os

resultados obtidos para o primeiro tratamento de 2,0 x10² UFC/g, para o segundo tratamento < 1,0x 10¹

UFC/g e o terceiro tratamento apresentou 1,7 x 105 UFC/g, o resultado do quarto tratamento foi a redução

da contaminação para 1,0 x 10² UFC/g. Verificamos com o estudo que em ambos os procedimentos com a

aplicação do sanitizante houve a diminuição da carga de coliformes termotolerantes, a diminuição

máxima verificada é 3 Log, destacando que o terceiro tratamento apresentava acima do permitido pela

legislação.

Palavras – chave: Coliformes termotolerantes; ácido peracético; ação microbiológica.

Financiamento:

31

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA LINHAGEM CLB3 E SEUS

SEGREGANTES EM Aspergillus nidulans

Raíssa Benan Zara ¹, Amanda da Silva Ribeiro ¹, Carmem Lucia de Mello Sartori Cardoso da Rocha¹

1. Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular, Universidade Estadual de Maringá –

Avenida Colombo, 5790, Bloco H67, Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil;

[email protected].

No fungo filamentoso Aspergillus nidulans os núcleos haploides e diploides podem estar presentes em

todas as fases do ciclo de vida. Assim, pode-se obter linhagens diploides para estudo do desenvolvimento

ou para mapeamento genético. Este trabalho propõe-se a mapear genes para marcas morfológicas em

Aspergillus nidulans. Para isto, foram analisados segregantes do diploide CLB3//MSE quanto à coloração

do micélio e desenvolvimento anormal da colônia. Os segregantes normais e mutantes foram analisados

quanto aos marcadores da linhagem mestra. Não foi encontrado o alelo principal para coloração do

micélio. No entanto, os segregantes de micélio marrom apresentaram predominantemente os alelos met–

(25 segregantes) da linhagem mutante CLB3 em relação ao alelo normal met+ (6). Da mesma forma, os

alelos mutantes nic+ e ribo+ estavam presentes em grande parte dos fungos de micélio marrom. Estes

resultados sugerem que existem genes nos cromossomos IV, VII e VIII da linhagem CLB3 que, quando

presentes nos segregantes, contribuem para o desenvolvimento anormal da colônia e pigmento marrom no

micélio.

Palavras – chave: Emericella (=Aspergillus) nidulans; mutantes morfológicos; ciclo vegetativo.

Financiamento: UEM

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IDENTIFICAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE LIPASE PROVENIENTE DE BIBLIOTECA

METAGENÔMICA DE SEDIMENTOS DE MANGUE.

Emylle Santos Cavalcante¹, Ana Carolina dos Santos Gonçalves¹; Rachel Passos Rezende¹.

1.Universidade Estadual de Santa Cruz, Centro de Biotecnologia e Genética; Ilhéus, Bahia; email do

apresentador: [email protected]

A metagenômica aborda a análise estrutural e funcional de genomas microbianos coletivos

presentes numa dada amostra ambiental, através de técnicas independentes de cultivo, sendo metagenoma

o conjunto de genomas em uma determinada amostra ambiental, esta técnica vem sendo amplamente

utilizada para obtenção de novos genes e biocatalizadores, que dificilmente seriam obtidos através do

cultivo tradicional de microrganismos. Utilizando os reagentes do kit PowerMax Soil DNA Isolation

Kit (MO BIO Laboratories), a partir de amostras de sedimento de mangue, o DNA metagenômico foi

extraído e este foi empregado na construção de uma biblioteca metagenômica, através do kit

CopyControl™ HTP Fosmid Library Production da EPICENTRE, onde foram obtidos 1824 clones

contendo insertos com cerca de 40 kb, inseridos em vetor Escherichia coli. Os clones provenientes da

biblioteca foram submetidos a ensaios laboratoriais em meio sólido Luria Bertani acrescido de 1%

Tributirina, buscando colônias que apresentassem halo de hidrólise para detecção de atividade hidrolítica

para lipases. Foram encontrados 7 clones positivos, o clone positivo com maior halo de degradação foi

submetido a testes confirmativos de degradação do substrato tributirina, pré-purificação por salting out,

seguido de diálise, análises por SDS-PAGE, para analisar o perfil proteico secretado. Os resultados

obtidos nas análises realizadas indicam a presença de uma enzima lipídica, que após caracterização

bioquímica, poderá ser aplicada na biotecnologia, além da posterior detecção do gene responsável pela

expressão enzimática por sequenciamento genético.

Palavras – chave: Metagenômica, Lipase, Mangue.

Financiamento: Cnpq, CAPES, UESC

33

Isolados do fungo endofítico do gênero Muscodor no Brasil: caracterização e taxonomia

Pena, LC¹, Servienski, A1; Muehlmann-Fisher, JM; Savi, D; Galli-Terasawa, LV1; Glienke, C1;

Kava-Cordeiro, V1.

1. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná. Departamento de Genética

Fungos endofíticos habitam o interior das plantas em alguma fase do seu ciclo de vida, sem causar

sintomas. O gênero Muscodor, descrito em 2001, destaca-se entre os endofíticos por apresentar grande

potencial para o controle biológico por produzir compostos voláteis com ação antimicrobiana. Apesar da

importância deste fungo, isolados deste gênero são de difícil obtenção. Em 2013 foi identificado o

primeiro fungo deste gênero no Brasil isolado de

Citrus sinensis (LGMF1254) a partir de uma coleção de 1141 isolados fúngicos endofíticos de laranjeira.

Como este fungo inibe o crescimento de vários microrganismos porém não de fungos do próprio gênero,

este isolado foi utilizado para selecionar novos isolados de Muscodor. Com esta estratégia foi obtido um

novo isolado de aroeira Schinus terebinthifolius (LGMF1255). Estes isolados foram caracterizados por

Microscopia Eletrônica de Varredura e não foram observadas estruturas de reprodução, como já relatado para todos

os isolados deste gênero. Foram observadas estruturas denominadas como cauliflower-like, descritas para

algumas espécies de Muscodor. Na análise taxonômica, os isolados LGMF1254 e LGMF1255

apresentaram identidade absoluta no sequenciamento da região ITS com M. sutura e M. vitigenus. Após o

sequenciamento do gene rpb2 não foi possível diferenciar os isolados LGMF1254 e LGMF1255, porém

estes apresentaram diferenças quando comparados com a mesma sequência de M. sutura. A sequência do

gene rpb2 de M. vitigenus não está disponível. Na análise dos resultados, estes primeiros isolados

identificados no Brasil receberam a denominação de Muscodor vitigenus latu sensu, pois M. vitigenus é a

espécie mais antiga descrita neste clado.

Palavras – chave: Muscodor; Microscopia eletrônica de varredura, sequenciamento de região ITS

Financiamento: CAPES

34

OTIMIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MARCADORES MICROSSATÉLITES PARA

Ocotea porosa (NEES & MART.) BARROSO (LAURACEAE)

Pâmela Eduarda Maass 1, Ricardo Bittencourt

2

1. Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, Universidade Regional de Blumenau (FURB). Rua Antônio da Veiga, 140. 89012-900 Blumenau, SC 2. Professor do Departamento de Ciências Naturais. Universidade Regional de Blumenau (FURB). Rua

Antônio da Veiga, 140. 89012-900 Blumenau, SC; [email protected]

Durante décadas a Floresta Ombrófila Mista catarinense foi explorada observando-se apenas critérios

econômicos, e hoje possui 24,4% de sua área original. Como consequência desta exploração a Ocotea

porosa (imbuia) figura em três listas de espécies ameaçadas. Os marcadores moleculares têm sido

ferramentas bastante adequadas no monitoramento e avaliação das consequências genéticas da

fragmentação florestal. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo otimizar e caracterizar primers

microssatélites específicos para O. porosa. Após a fase de otimização dos marcadores foram genotipados,

através de eletroforese em gel de poliacrilamida, indivíduos de duas populações. A diversidade genética

foi caracterizada para o número total de alelos nos loci, porcentagem de loci polimórficos, número médio

de alelos por locus, número efetivo de alelos por locus, heterozigosidade observada e heterozigosidade

esperada, bem como o índice de fixação e o desequilíbrio de ligação entre os pares de loci. Dos 19 loci

testados, seis apresentaram produtos nítidos de amplificação, sendo um deles monomórfico. Foram

detectados um total de 21 alelos, com uma média de 3,5 alelos por locus, além de três alelos exclusivos e

oito raros. Ambas as populações apresentaram alta diversidade genética, porém os valores de

heterozigosidade observada foram baixos, resultando em altos índices de fixação. Não houve

desequilíbrio de ligação detectado entre os pares de loci. Os dados gerados apontam para a necessidade de

políticas públicas que favoreçam a ampliação da conectividade entre fragmentos florestais. Os

marcadores microssatélites específicos para O. porosa disponibilizarão ferramentas moleculares

informativas para viabilizar futuras pesquisas de conservação genética para esta espécie.

Palavras-chave: Imbuia, SSR, fragmentação florestal.

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PRODUÇÃO DE SEMENTES MELHORADAS DE Cedrela fissilis Vell. PARA RESTAURAÇÃO

FLORESTAL

Andrea Chizzotti Cusatis¹; Angela Cristina Ikeda¹; Jessica Priscila Tosato¹; Antonio Rioyei Higa¹

1. Laboratório de Genética e Melhoramento Florestal – LAMEF/DECIF, Universidade Federal do

Paraná; [email protected]

O Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651 de 2012) determina a restauração de 21 milhões de

hectares nas propriedades rurais até 2032. Uma das estratégias que viabilize economicamente e

potencialize a restauração destas, é a formação de Pomares de Sementes por Mudas (PSM) de espécies

nativas. Cedrela fissilis, por exemplo, é uma espécie rara, de madeira nobre, sob risco de extinção.

Considerada, portanto um recurso genético prioritário a ser manejado e conservado. Assim, um teste com

35 progênies, com 30 blocos com uma árvore por parcela, foi instalado em dezembro de 2012, no campus

do Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR, visando a produção melhorada de

sementes para restauração florestal de cedro-rosa. Os parâmetros genéticos foram estimados utilizando a

máxima verossimilhança restrita (REML) e a seleção estimada pela melhor predição linear não viciada

(BLUP). A sobrevivência entre progênies no primeiro mês de idade variou de 57 a 97%. O tamanho

efetivo da população remanescente (Ne) estimado foi de 123,79, suficiente para conservação genética de

alelos de baixa frequência na população (1 a 6%). A acurácia (Ac) da seleção precoce foi estimada em

0,596 e a herdabilidade média de progênies (h2) em 0,36 para sobrevivência. As vinte e cinco famílias

selecionadas para compor o PSM podem produzir sementes melhoradas com ganho de 6,5% na

sobrevivência. O Ne estimado de 14 indica a necessidade de composição com outras matrizes para formar

o lote de sementes destinado à restauração da variabilidade da população de cedro-rosa.

Palavras-chave: Meliaceae; domesticação; cedro-rosa.

Financiamento: CAPES e Battistella Florestal

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SCRENING FUNCIONAL DE BIBLIOTECA METAGENÔMICA DE CORAL PARA

ATIVIDADE CELULOLÍTICA.

Suzana Rodrigues de Moura ¹, Fernanda Maria Oliveira Sousa ¹, Rachel Passos Rezende ¹

1. Universidade Estadual de Santa Cruz, Centro de Biotecnologia e Genética; Ilhéus, Bahia; email do

apresentador: [email protected]

As enzimas são ferramentas com grande aplicação biotecnológica e despertam o interesse de

diversos setores da indústria. Existem várias classes de enzimas, e as hidrolases são as mais pesquisadas

devido a sua versatilidade. Dentre as hidrolases, a celulase foi escolhida como alvo deste estudo. Elas são

aplicadas na indústria têxtil, de alimentos, de papel, dentre outras. É sabido que os microrganismos são

uma fonte natural de enzimas, entretanto, menos de 1% dos microrganismos presentes no ambiente são

cultiváveis. Desta forma, é importante a utilização de metodologias independentes de cultivo que

possibilitem explorar toda essa diversidade. Neste contexto, as análises metagenômicas, análise genômica

independente de cultivo, se destacam por permitirem um acesso a microrganismos não cultiváveis

explorando o seu potencial biotecnológico. Sendo assim, o presente trabalho objetivou o screening

funcional da biblioteca metagenômica de coral, a partir de 36000 clones. Os ensaios foram realizados a

partir do cultivo dos clones em placas com meio LA contendo 0,2% de carboximetilcelulose, 0,02% de L-

arabinose e cloranfenicol (12,5 µg mL-1

). As placas foram incubadas a 37 °C, durante 7 dias.

Posteriormente, foi feita a coloração com uma solução aquosa de Vermelho Congo 0,1%, durante 10

minutos e lavagem com uma solução de NaCl 1 M. Como resultado 23 clones apresentaram halo e foram

considerados positivos para atividade celulolítica. Devido ao excelente potêncial biotecnológico desses

clones pretende-se realizar uma caracterização funcional e análise proteica para estudo de uma possível

futura aplicação industrial.

Palavras - chave: Celulase; Metagenômica; Coral.

Financiamento: Cnpq, CAPES, UESC

37

A3 - GENÉTICA EVOLUÇÃO E MELHORAMENTO ANIMAL

38

ASPECTOS GENÉTICOS DO COMPRIMENTO CORPORAL E CARACTERÍSTICAS

REPRODUTIVAS DE RAINHAS Apis mellifera L. (HYMENOPTERA: APIDAE)

AFRICANIZADAS

Jackelinny Ravanelli Martins ¹, Fabiana Martins Costa Maia ¹, Elias Nunes Martins ¹ , Michele Potrich ²,

Fábio Camargo Abdalla ³, Daniela Andresa Lino Lourenço 4, Carla de Fátima Kuczmarski

5, Felipe Tadeu

Diniz 5, Gleice Diandra Maia

5, Luiz Henrique Tirelli

6, Raisa Larcher Fantin

5, Vinícius Cantazini

Martins 7

1. Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus

Dois Vizinhos; e-mail: [email protected]

2. Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois

Vizinhos.

3. Laboratório de Biologia Estrutural e Funcional, Universidade Federal de São Carlos - Câmpus de

Sorocaba/SP.

4. Pós-Doutoranda, University of Georgia/ Athens, Georgia - Estados Unidos da América.

5. Graduação em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos.

6. Bolsista PIBIC Ensino Médio, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos.

7. Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois

Vizinhos.

Foram estimados parâmetros genéticos para comprimento corporal, peso, diâmetro e volume de

espermateca de rainhas Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) africanizadas. Os dados analisados se

referem às medidas do comprimento corporal de 102 rainhas, peso de espermateca de 830 rainhas e

diâmetro e volume de espermateca de 813 rainhas, totalizando 1133 animais na matriz de parentesco. Os

efeitos fixos considerados foram família, época e mini-recria e os efeitos aleatórios, o genético aditivo e o

resíduo. As análises foram realizadas por meio da inferência Bayesiana utilizando o modelo animal.

Foram realizadas análises unicarater e bicarater para todas as características. Em análise unicarater, a

proporção da variância genética aditiva foi responsável por mais de 50% da variância fenotípica total e as

herdabilidades apresentaram estimativas de magnitudes médias a altas para todas as características, sendo

0,80 para comprimento corporal, 0,62 para peso de espermateca, 0,55 para diâmetro de espermateca e

0,64 para volume de espermateca. A maior correlação genética foi entre comprimento corporal e peso de

espermateca de 0,31. Todas as características avaliadas em análise unicarater apresentam potencial de

seleção. As correlações genéticas entre o comprimento corporal da rainha à emergência e características

de espermateca são determinadas, em parte, pelo mesmo conjunto de genes, indicando que essas

associações podem ser utilizadas em programas de melhoramento genético, visando o maior potencial

reprodutivo de rainhas A. mellifera africanizadas.

Palavras – chave: correlação genética; herdabilidade; tamanho de rainha

39

CARACTERIZAÇÃO CROMOSSÔMICA EM UMA ESPÉCIE DE Rineloricaria

(ACTINOPTERYGII: SILURIFORMES: LORICARIIDAE) DA BACIA DO RIO URUGUAI

Larissa Glugoski¹*, Cleberson C. Primo¹, Roberto F. Artoni¹, Mara C. Almeida¹, Marcelo R. Vicari¹,

Viviane Nogaroto¹

¹Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética, Universidade Estadual de Ponta Grossa,

Ponta Grossa-PR, Brasil; *e-mail: [email protected]

Peixes da ordem Siluriformes são os mais diversos. Quanto à evolução cromossômica há dificuldades em

se estabelecer relações filogenéticas, considerando a extensa variabilidade cariotípica predominante tanto

em nível de famílias, quanto de gêneros e espécies. A família Loricariidae é extremamente numerosa e

diversa. Nesta família, Loricariinae apresenta uma grande variação do número diploide (36 - 70),

geralmente decorrentes de fusões e fissões cromossômicas. Desta forma, este trabalho teve como objetivo

caracterizar citogeneticamente uma espécie de Rineloricaria (Loricariinae) do trecho superior da bacia do

rio Uruguai para averiguação dos mecanismos evolutivos envolvidos na variação do número diploide

(2n). Os exemplares de Rineloricaria ainda não identificados ao nível específico, denominados de

Rineloricaria sp., foram coletados no rio Uruguai e seus afluentes em São Carlos-SC. Estes espécimes

possuem 2n = 54 cromossomos, considerado primitivo para Loricariidae, e fórmula cariotípica

8m+22sm+24a. A heterocromatina foi localizada preferencialmente na região pericentromérica dos

cromossomos e, em alguns cromossomos, em localização terminal, condição comum a cariótipos ditos

conservados na família. Os sítios de rDNA foram localizados por fluorescence in situ hibridization

(FISH). O rDNA 18S apresentou um único par marcado, enquanto o rDNA 5S apresentou inúmeras

marcações em regiões proximais de alguns cromossomos. Os dados cromossômicos obtidos para

Rineloricaria sp. do trecho superior do rio Uruguai são característicos de cariótipos ditos conservados em

Loricariidae. Estes resultados serão úteis para a visualização dos mecanismos de rearranjos

cromossômicos encontrados em espécies de Loricariinae com cariótipos extremamente diversos,

contribuindo com o entendimento da diversificação de espécies.

Palavras – chave: evolução cromossômica, FISH, rDNAs.

Financiamento: CNPq

40

CITOGENÉTICA COMPARATIVA EM DUAS ESPÉCIES DO GÊNERO HYPSIBOAS

(HYLIDAE)

Juliana Carneiro Michaliszyn1*

, Laura Winkelmann1, Dalisson Chaves

1, Fabiane Fortes

1, Rafael Bueno

Noleto1

1.

Colegiado de Biologia, Universidade Estadual do Paraná, campus União da Vitória;

[email protected]

O gênero Hypsiboas (Hylidae) com cerca de 75 espécies, foi reavaliado a partir do gênero Hyla, separado

atualmente em sete grandes grupos amplamente distribuídos em florestas tropicais. Para a maioria das

espécies não há informações sobre o cariótipo, marcador este que pode melhor descrever as espécies,

ajudar em incertezas taxonômicas e construir cenários evolutivos mais consistentes. Neste estudo, uma

análise de citogenética convencional foi realizada para investigar o cariótipo de H. bischoffi e H. faber

oriundas da Mata Atlântica paranaense. Um padrão bastante conservado foi encontrado, com ambas

espécies apresentando 2n=24 cromossomos metacêntricos e submetacêntricos (NF=48), embora com

diferentes fórmulas cariotípicas, reflexo das usuais inversões pericêntricas na modelagem de cariótipos

em Anura. Regiões heterocromáticas foram distribuídas preferencialmente em regiões pericentroméricas e

os genes rDNA 45S foram localizados por nitrato de prata nos braços longos do par 10 e par 11 de H.

bischoffi e H. faber, respectivamente. Apesar destas espécies serem de grupos taxonômicos irmãos, i.e. H.

pulchellus e H. faber, são comuns variações inter- e intraespecíficas envolvendo, sobretudo os genes

ribossômicos, cujo caráter dinâmico pode estar relacionado à translocações bem como a atividade de

elementos de transposição. Dada a importância de marcadores cromossômicos na caracterização de

unidades evolutivas e frente a diversidade de complementos cromossômicos em Hylidae, mais estudos,

cobrindo maiores áreas de amostragem de diferentes regiões, são necessários para melhor compreender as

transformações cariotípicas dentro do grupo.

Palavras – chave: cariótipo; Hylidae; rDNA

Financiamento: Fundação Araucária

41

CONSTRUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE BIBLIOTECA DE DNA REPETIVIVO EM

PARODONTIDAE (ACTINOPTERYGII: CHARACIFORMES): UMA ABORDAGEM

GENÔMICA E EVOLUTIVA RELACIONADA A DEGENERAÇÃO DO CROMOSSOMO

SEXUAL W

Michelle Orane Schemberger1, Jordana Inácio Nascimento Oliveira

2, Viviane Nogaroto

2, Mara Cristina

Almeida2, Roberto Ferreira Artoni

2 Marta Margarete Cestari

1, Orlando Moreira-Filho

3, Marcelo Ricardo

Vicari1

1. Programa de Pós-Graduação em Genética, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas,

Departamento de Genética. Centro Politécnico, Jardim das Américas, 81531-990, Caixa-Postal: 19071, Curitiba,

Paraná, Brasil.

2. Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética, Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva,

Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. Carlos Cavalcanti, 4748, 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil;

[email protected]

3. Departamento de Genética e Evolução, Universidade Federal de São Carlos, Rodovia Washington Luís Km 235,

São Carlos-SP, 13565-905, Brasil.

O DNA repetitivo compõe uma grande fração genômica em eucariotos e incluem os microssatélites,

minissatélites, satélites e elementos transponíveis. O estudo destas sequências é importante para o

entendimento acerca da regulação gênica, diferenciação do cromossomo sexual e evolução cariotípica.

Em Parodontidae somente foram isoladas e mapeadas por hibridação in situ fluorescente (FISH) as

sequências de DNAs repetitivos WAp, pPh2004 e DNA ribossomal (DNAr). Desta forma, o objetivo

deste estudo foi construir e caracterizar uma biblioteca de DNA repetitivo através da técnica de cinética

de reassociação (Cot-1) para compreensão desta fração genômica em Parodontidae. Assim, foram isolados

40 clones, dos quais 17 mostraram similaridade com sequências de DNA repetitivo incluindo DNA

satélite, minissatélite, microssatélite e elementos transponíveis de Classe I e II. Além disso, os resultados

do mapeamento utilizando FISH revelaram a presença de um DNA satélite, do elemento Helitron e de

sequências degeneradas LINE (elementos de sequências interespaçadas longas), SINE (elementos de

sequências interespaçadas pequenas) e Tc1-mariner sobre cromossomos sexuais. Alguns clones

apresentaram sinais dispersos na FISH, outros não foram detectados, enquanto que o DNAr 5S foi

detectado em um par autossômico. Desta maneira, os resultados deste estudo demonstraram que

algumas das sequências obtidas estão ligadas a degeneração molecular do cromossomo W. Além disso, a

localização desses elementos nos cromossomos é de suma importância para o entendimento da sua função

e evolução organização no genoma. Em conclusão os dados apontam uma intensiva invasão dos

elementos transponíveis ocorrido durante o processo de diferenciação do cromossomo W em

Parodontidae.

Palavras – chave: citogenética, DNA satélite, elementos transponíveis.

Financiamento: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolmento Científico e Tecnológico), CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), SETI (Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná),

42

Fundação Araucária ( Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná) e

FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo).

Frequências genotípicas de um SNP no gene IBSP em duas populações de galinha doméstica

PETRY, B. 1,2

, IBELLI, A. M. G. 3, PEIXOTO, J. O.

3 , FORNARI, M.

3, LEDUR, M. C.

3

1. Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus Joaçaba/SC.

2. Bolsista PIBIC/CNPq na Embrapa Suínos e Aves, Concórdia/SC.

3. Embrapa Suínos e Aves, Concórdia/SC.

[email protected]

A sialoproteína óssea (IBSP) é uma das mais abundantes encontradas nos ossos, constituindo cerca de

10% de suas proteínas não colagenosas. É uma glicoproteína ácida sintetizada por diferentes tipos de

células ósseas, como osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Por fazer parte diretamente do metabolismo

ósseo, seu mau funcionamento pode levar a imperfeições ósseas severas, pois acredita-se que esse gene

seja o principal responsável pela ligação entre osteoblastos e osteoclastos à matriz celular durante a

remodelação dos mesmos. Diante disso, o estudo teve como objetivo avaliar a freqüência de um SNP no

gene IBSP na população de frangos de corte TT e na população F2 (TCTC) da Embrapa Suínos e Aves.

Foram extraídos os DNAs de 1269 animais da população TT e 937 da população F2 utilizando DNAzol®.

As amostras de DNA foram genotipadas pela técnica de PCR-RFLP utilizando-se a enzima de restrição

HpaII, que reconhece uma mutação de A>G. Após a genotipagem, as freqüências genotípicas observadas

na população F2 (TCTC) foram: AG 551 (58,8%), GG 253 (27%), AA 133 (14,2%). Para a população

TT, as freqüências encontradas foram: AA 873 (68,79%), AG 371 (29,24%) e GG 25 (1,97%). As duas

populações não estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg (p>0,05). Além disso, pode-se observar que a

seleção praticada na população TT favoreceu o aumento da frequência do alelo A, sendo este SNP um

ótimo candidato à análise de associação.

Palavras – chave: sialoproteína óssea; integridade óssea; Gallus gallus.

Financiamento: Projeto MP2 Embrapa (02.10.60300-04), CNPq (481755/2007-1).

43

Identidade citogenética dos pequenos mamíferos não-voadores (Roedores) da Floresta Nacional de

Piraí do Sul, Paraná, Brasil

Valéria Bumiller Bini¹; Angela Cristina dos Santos Forstner²; Iris Hass¹

1.Universidade Federal do Paraná [email protected]; [email protected]

2. Universidade Federal do Paraná; Fundação Araucária [email protected]

Os roedores sulamericanos pertencem a família Cricetidae e a ordem Rodentia, apresentam uma

alta plasticidade genética que reflete em uma grande importância evolutiva, como é evidenciado na sua

grande capacidade de se adaptar a diferentes ambientes. Neste trabalho foram coletados roedores na

Floresta Nacional do Piraí do Sul, Paraná - Brasil, com o intuito de identificar corretamente as espécies de

pequenos mamíferos não-voadores da região. Dessa forma o objetivo do trabalho é analisar e caracterizar

os cariótipos e verificar se há correspondência do número e forma cromossômica das espécies

encontradas com a descrita na literatura. Foram analisados 36 exemplares de roedores através da

preparação mitótica direta da medula óssea para obtenção de cromossomos metafásicos. A partir deste

material procedemos às técnicas citogenéticas de coloração comum (Giemsa) e o bandeamento C,

material que está na fase de análise. Na sequência serão aplicadas as técnicas de banda G. Os cariótipos

em coloração comum foram analisados, com no mínimo dez metáfases de cada protocolo, e serão

realizadas capturas de imagem das três melhores metáfases, das quais serão montados cariogramas para a

identificação das espécies através do programa BandView/FISHView. Até o momento foi identificado,

através da análise das preparações em coloração comum, a ocorrência para região: 15 roedores da espécie

Akodon montensis com 2n=24 e 25; 4 da espécie Brucepattersonius sp com 2n=52; 4 da espécie

Nectomys sp. com 2n=56; 2 da espécie Thaptomys nigrita com 2n=52 e 5 da espécie Oligoryzomys

nigripes com 2n=62. A análise ainda não foi concluída.

Palavras-chave: cariótipo; roedores; citogenética.

Apoio Financeiro: Fundação Araucária e UFPR.

44

Identidade citogenética dos pequenos mamíferos não-voadores (Roedores) do

Parque Estadual Rio da Onça, Matinhos, Paraná, Brasil

Evelize Majeski¹, João Felipe Coimbra Brosin²

1. Universidade Federal do Paraná – Curitiba - Brasil;

2. Universidade Federal do Paraná – Curitiba – Brasi;

[email protected]/[email protected]

Os roedores são animais de ampla distribuição geográfica, conseguindo se adaptar bem a ambientes

diversificados desde climas quentes até ambientes de clima mais frio. Nesse estudo foram analisados doze

exemplares de roedores coletados no Parque Estadual Rio da Onça, Matinhos – Paraná. O objetivo do

trabalho é caracterizar citogeneticamente os exemplares de roedores da Família Cricetidae, ocorrentes no

Parque, através de bandeamento C e G, além de coloração comum (Giemsa) e verificar a ocorrência de

diferentes citótipos entre as espécies do mesmo gênero. Para obtenção das metáfases a serem analisadas

realizou-se nos indivíduos preparação direta da medula óssea. Houve montagem e análise das lâminas em

coloração comum de doze exemplares, sendo que as melhores metáfases de cada material foram

capturadas através de uma câmera VDS-CCD acoplada ao microscópio para posterior montagem do

cariótipo com auxílio do programa BandView/FISHView. Os resultados preliminares indicam a

ocorrência de 4 gêneros: Akodon (montensis> 2n = 24 a 26); Euriorizomys (2n = 34 a 54)Nectomys

(2n=40 a 56); Oligorizomys (2n=62 a 70);

Palavras – chave: Cariótipo; Metáfases; Roedores;

Financiamento: CNPq

45

PROSPECÇÃO DE SNPs NO GENE COL1A2 E FREQUÊNCIA GENOTÍPICA DE UM

POLIMORFISMO COL1A2A>G EM UMA LINHAGEM DE FRANGOS DE CORTE

MARCHESI, J. A. P. ¹, IBELLI, A. M. G.², GRUPIONI, N. V.³, ZANELLA, R.², LEDUR, M. C. ²,

PEIXOTO, J. O.²

1. Universidade do Contestado, Concórdia, Santa Catarina, Brasil;

2. Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, Santa Catarina, Brasil;

3. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, São Paulo, Brasil;

[email protected]

Descrito como atuante em processos metabólicos envolvidos na ossificação, o gene COL1A2 (collagen,

type I, alpha 2) pode ser considerado como candidato à associação com caraterísticas ósseas de frangos de

corte. Assim, objetivou-se prospectar polimorfismos no gene COL1A2 e genotipar um SNP, verificando

sua frequência genotípica em uma população de frangos de corte. Para a busca de SNPs, duas regiões do

gene foram sequenciadas em 15 animais. O sequenciamento foi realizado em sequenciador ABI3130xl

Genetic Analyzer (Applied Biosystems). Os resultados foram analisados no programa

Phred/Phrap/Consed/PolyPhred para verificação da qualidade, montagem das sequências e análise dos

polimorfismos. Do total de 23 SNPs identificados, realizou-se a genotipagem do SNP COL1A2A>G pela

técnica de PCR-RFLP, utilizando a enzima de restrição HpaI. Foram genotipados 1134 animais de uma

linhagem paterna de frangos de corte (TT), obtendo-se as frequências genotípicas e verificando se a

população estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg (HW). Dos parentais da população, observou-se 5

(5,0%) animais com genótipo AA, 40 heterozigotos (39,6%) e 56 com genótipo GG (55,4%). Do total de

animais genotipados, 141 (12,4%) apresentaram o genótipo AA, 393 (34,7%) o AG e 600 (52,9%) o GG,

evidenciando que a seleção praticada nesta população tem aumentado a frequência do genótipo GG desse

SNP. Na análise de qui-quadrado, observou-se que para esse SNP a população não se encontra em

equilíbrio de HW (p<0,05). O SNP COL1A2A>G está segregando na população TT e é um forte

candidato para futuras análises de associação com características ósseas em frangos de corte.

Palavras – chave: gene candidato; integridade óssea; frango de corte.

Financiamento: Projeto MP2 Embrapa (02.10.60300-04), CNPq (481755/2007-1). RZ é bolsista

BJT/CNPq (373167/2012-1).

46

Uso do código de barras genético (DNA BARCODE) como ferramenta no estudo de diversidade e

identificação molecular de peixes de igarapés do sistema de drenagem do rio amazonas da reserva

florestal Adolpho Ducke/MANAUS/AM.

Silva, A. S¹, Meliciano, N. V1, Colatreli, O. P

2

1. Universidade Federal do Amazonas

2. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

[email protected]

Abordagens taxonômicas moleculares como a do DNA barcoding, vem sendo utilizadas com

sucesso, sendo uma técnica interessante para determinação de faunas pouco estudadas, como a ictiofauna

amazônica que tem somente 40% das espécies conhecidas, das quais 2000 espécies encontram-se em

igarapés, refletindo a carência de estudos nesse ecossistema. Diante do exposto, o presente trabalho

propôs, amostrar igarapés da reserva Adolpho Ducke (Manaus/AM), pertencente ao INPA que faz parte

do programa PPBio, e fazer uma caracterização genético/molecular dessas amostras. Os espécimes

coletados foram triados e identificados morfologicamente e uma amostra de tecido foi retirada para

extração de DNA, amplificação e sequenciamento do gene da COI. As sequências editadas foram

submetidas à identificação molecular, por meio de recursos de bioinformática, como as ferramentas de

identificação e busca disponíveis no portal BOLD (www.barcodinglife.org). Como resultado, foram

coletados de 361, representando 23 espécies diferentes, dentre as quais, onze foram identificadas

molecularmente e todos os exemplares já se encontram devidamente tombados na Coleção

Ictiológica/INPA e Coleção de Tecidos/UFAM. O fragmento gerado possui o total de 586 pb, dos quais

329 são conservados, 257 variáveis e 256 foram parcimoniosamente informativos. As identificações

moleculares presente no BOLD foram congruentes com a maioria das identificações feitas a priori, mas

foi informativa na resolução de ambiguidades morfológicas, apresentando uma alta similaridade (>99%)

frente à consulta nos dados online. Embora o fragmento gerado não seja o tamanho padronizado pela

técnica (648pb), este se mostrou um comprimento adequado para este trabalho, sendo todos os

fragmentos gerados depositados no sistema BOLD.

Palavras – chave: Genética; DNA Barcode; Igarapés.

Financiamento: FAPEAM

47

A4 - MUTAGENESE

48

ALTERAÇÕES MUTAGÊNICAS DECORRENTES DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS EM

SOROCABA - SP UTILIZANDO O BIOENSAIO EM PELOS ESTAMINAIS DE

TRADESCANTIA (TRAD-SH)

Camila Harumi Hatamura¹, Vilma Palazetti de Almeida¹, Andrea Nunes Vaz Pedroso2

1. Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, PUC-SP (Campus Sorocaba),

2. Núcleo de Pesquisa em Ecologia, Instituto de Botânica. [email protected]

Os grandes centros urbanos são prejudicados pela poluição ambiental que causa danos à saúde dos seres

vivos e aos materiais. Sorocaba, quarta cidade mais populosa do interior paulista, apresenta diferentes

tipos de indústrias emitindo diversos poluentes. Os efeitos ocasionados pela poluição podem ser

observados em plantas com potencial bioindicador. O bioensaio do pelo estaminal de Tradescantia (Trad-

SH) detecta alterações genéticas causadas por agentes genotóxicos, onde as células do pelo estaminal são

heterozigóticas para a cor, sendo, azul (dominante) e rosa (recessiva), portanto o objetivo deste estudo foi

verificar o possível efeito dos poluentes aéreos, de diferentes fontes poluidoras, no município de

Sorocaba, utilizando-se o bioensaio Trad-SH, com inflorescências de Tradescantia clone KU-20.

Floreiras foram expostas em três locais no município de Sorocaba de julho a outubro de 2013, (1)

telemétrica da CETESB, (2) Terminal São Paulo próximo a região central e (3) Parque Natural Chico

Mendes, localizado fora do perímetro urbano, material de referência. Semanalmente foram feitas coletas

das flores abertas onde os pelos estaminais foram analisados em estereomicroscópio Leica com luz

refletida de baixo para cima. Os resultados apresentaram diferenças significativas quando comparados os

locais Parque Natural Chico Mendes e telemétrica da CETESB e também correlação positiva para MP10,

NO2 e umidade relativa. O presente trabalho mostrou-se eficiente e diferenciou espacialmente o efeito

genotóxico dos poluentes.

Palavras – chave: Biomonitoramento; Poluição Atmosférica; KU-20.

49

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIGENOTÓXICA E ANTIOXIDANTE DO EXTRATO DE

Vochysia divergens EM CÉLULAS V79.

Mendes SA, Oliveira PF, Acésio NO, Silva MR, Soares MA, Januário AH, Tavares DC

Universidade de Franca, Franca, São Paulo, Brasil

[email protected]

A espécie Vochysia divergens (Vochysiaceae), popularmente conhecida como “cambará”, é uma árvore

muito encontrada nos solos úmidos do Pantanal Mato-grossense. Esta planta é utilizada na medicina

popular contra infecções respiratórias, distúrbios digestivos e asma. Tendo em vista seu uso terapêutico, o

presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial antigenotóxico do extrato das partes aéreas de V.

divergens em fibroblastos de pulmão de hamster Chinês (células V79) pelo teste do micronúcleo. A

citotoxicidade foi avaliada pelo índice de divisão nuclear (IDN). Além disso, também foi avaliado o

potencial antioxidante do extrato de V. divergens pelo método de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-

hidrazila (DPPH). Para a avaliação da antigenotoxicidade foram testadas as concentrações de 20, 40 e 80

µg/mL associadas ao mutágeno metil metanosulfonato (MMS). Também foram incluídos grupos

controles negativo (sem tratamento), positivo (MMS) e solvente (dimetilsulfóxido, 1%). Para avaliação da

atividade antioxidante as concentrações testadas variaram de 66,7 a 1,67 µg/ml e utilizou-se o ácido

gálico como controle positivo. Os resultados obtidos pelo teste do micronúcleo mostraram que houve uma

redução significativa na frequência de micronúcleos nas concentrações testadas, quando comparadas ao

controle positivo. Os resultados também apontam uma capacidade antioxidante do extrato, observa-se

uma resposta dose-dependente com máximo de inibição de 92,6% para maior concentração. Assim, nas

condições experimentais utilizadas, os resultados apresentados mostraram que o extrato de V. divergens

possui atividade antigenotóxica e antioxidante.

Palavras – chave: Vochysia divergens; teste do micronúcleo; antigenotoxicidade; DPPH.

Suporte Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, Brasil

2013/25318-3).

50

AVALIAÇÀO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA DO COMPOSTO FENÓLICO ZINGERONA,

EM CÉLULAS DE HEPATOMA HUMANO (HepG2/C3A)

YOSHIMOTO, M.¹, FERNANDES, L.M.1, BUZO, M.G.

1, VICENTINI, V.E.P.¹

1. Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular, Universidade Estadual de Maringá, PR,

Brasil; e-mail: [email protected]

O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta muito conhecida por seu sabor picante e odor levemente

cítrico. O rizoma é a parte mais utilizada do gengibre, sendo amplamente difundida nos setores

alimentícios, industriais e na medicina popular. As propriedades terapêuticas do gengibre são resultantes

da ação de diversas substâncias, principalmente do óleo essencial, que contém, entre outras substâncias, a

Zingerona. A Zingerona desempenha um papel importante em várias respostas funcionais de mamíferos,

aumentando os efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e anticancerígenos. Este trabalho teve como

objetivo avaliar a atividade citotóxica do composto fenólico Zingerona, por meio do teste do MTT, em

células de hepatoma humano (HepG2/C3A). Para o teste do MTT, as placas de cultura foram tratadas

com cinco diferentes concentrações de Zingerona (50, 75, 100, 125 e 150 µg/mL), uma concentração de

metil-metanossulfonato (MMS) e um Controle (DMEM, suplementado com 10% de SBF e 1% de etanol

100%) por 24 e 48 horas. A leitura foi realizada em leitor de microplacas a 550 nm. Os resultados do teste

do MTT demonstraram que não houve diferença, estatisticamente significativa, entre os tratamentos com

a Zingerona e o Controle em ambos os tempos. Desta forma, pode-se observar que o composto fenólico

Zingerona, presente no gengibre, não apresenta atividade citotóxica, indicando um uso seguro para os

indivíduos que o consomem.

Palavras – chave: Ensaio do MTT; Gengibre; Câncer.

Financiamento: CAPES

51

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE IN VITRO, DO FITOTERÁPICO JOÃO DA COSTA©

EM CÉLULAS HepG2/C3A

LUCIO, F. T. ¹, ALMEIDA, I. V.1, VICENTINI, V. E. P. ¹

1. DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA, GENÉTICA E BIOLOGIA CELULAR, Universidade

Estadual de Maringá, Paraná, Brasil, [email protected].

O medicamento João da Costa e Associações©

é um fitoterápico utilizado há 36 anos pela população

brasileira para tratar a dismenorreia, afecções e/ou inflamações ginecológicas, mas pouco explorado pela

comunidade científica. Por ser um medicamento de uso oral, é absorvido no intestino e segue pelo sistema

circulatório para o fígado, onde é metabolizado, podendo auxiliar no tratamento de patologias neste

órgão, indispensável à homeostase de qualquer organismo. Seu preparo é feito pela decocção de cinco

plantas, Abútua (Chondrodendron platiphyllum Miers), Agoniada (Plumeria lancifolia Muller), Alecrim

(Rosmarinus officinalis Linné), Algodoeiro (Gossypium herbaceum Linné) e Erva Santa (Enchiste peltata

Vell), as quais apresentam inúmeras propriedades farmacologicamente ativas. O objetivo deste estudo foi

avaliar a citotoxicidade desse medicamento, pelo teste do MTT, em células tumorais de hepatoma

humano (HepG2/C3A). Para isso, foram avaliadas cinco concentrações (1, 2, 4, 20 e 40 µl/mL de meio de

cultura), do medicamento comercial e do seu extrato etanólico, nos tempos de 24 e 48 horas, sendo a

leitura realizada em leitor de microplacas à 550 nm. Os resultados mostraram que tanto o medicamento

quanto seu extrato etanólico, nas condições apresentadas neste estudo, não se mostraram citotóxicos, em

nível de atividade mitocondrial, uma vez que não houve diferença, estatisticamente significativa, para a

absorbância entre os grupos controle e tratamentos, pelo teste de Dunnett. Mais estudos devem ser

desenvolvidos com este medicamento e seu extrato etanólico para garantir o seu consumo de forma

segura.

Palavras – chave: ensaio do MTT; hepatocarcinoma humano; extrato etanólico.

52

AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DAS NANOPARTÍCULAS DE DIÓXIDO DE TITÂNIO

(TiO2) E CHUMBO INORGÂNICO (PbII) EM Hoplias intermedius (ERYTHRINIDAE) APÓS

EXPOSIÇÃO HÍDRICA.

Ana Carolina Dagostim¹, Tatiane Klingelfus2, Gustavo Souza Santos

3, Laercio Dante Stein Piancini

2,

Gabrieli Limberger Galvan3, Taynah Vicari ², Marta Margarete Cestari

2

1 Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. [email protected]

2 Programa Pós-Graduação em Genética, Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná,

Curitiba, PR.

3 Programa Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR.

A industrialização dos últimos dois séculos, juntamente com o crescimento populacional e os avanços

tecnológicos, traz consigo a síntese de novos compostos químicos que, ao interatuar com os organismos e

causar alterações tanto neles como nas populações, comunidades e ecossistemas tornam-se poluentes. Os

nanomateriais são fabricados com intuito de portarem características físico-químicas únicas como, alta

reatividade química e alta capacidade de penetração. O dióxido de titânio (TiO2) possui capacidade de

adsorver metais tóxicos reduzindo a disponibilidade destes na água, enquanto o chumbo (PbII) possui

capacidade de mimetizar elementos essenciais do organismo, causando alterações nas atividades

fisiológicas da célula. Segundo a resolução 357/2005 do CONAMA a concentração de PbII permitida

para águas destinadas a irrigação de culturas, consumo humano e dessedentação de animais é 0,033mg/L.

Sendo assim, este trabalho investigou a genotoxicidade das nanopartículas de TiO2 e PbII assim como a

sua associação em tecido sanguíneo de Hoplias intermedius através do Teste de Micronúcleo Písceo e

alterações morfológicas nucleares. Os peixes foram submetidos à contaminação hídrica aguda nas

concentrações de 0,033 mg/L de PbII, 100mg/L de NpTiO2 e a associação dos dois contaminantes,

juntamente com um grupo controle negativo e um grupo controle positivo tratado com 5 µg/g de MMS,

totalizando 5 grupos e 75 peixes. Não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos analisados

(p=0,9253). Outros testes mais sensíveis serão realizados, mas, por hora, observamos que a concentração

de chumbo permitida pelo CONAMA, assim como a concentração de NpTiO2, não causaram danos

detectáveis no DNA através do teste empregado.

Palavras – chave: Teste do Micronúcleo Písceo, Eritrócitos, Traírão

Financiamento: PIBIC/CNPQ; Estação de Hidrobiologia e Psicicultura de FURNAS (MG).

53

AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DOS GLICOALCALOIDES SOLAMARGINA E

SOLASONINA E DE SUA INFLUÊNCIA SOBRE OS DANOS CROMOSSÔMICOS INDUZIDOS

POR DIFERENTES MUTÁGENOS

Heloiza D. Nicolella1, Carla C. Munari

1, Pollyanna F. Oliveira

1, Jairo K. Bastos

2, Denise C. Tavares

1

¹Universidade de Franca, Franca, São Paulo, Brasil

²Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São

Paulo, Brasil

[email protected]

A América da Sul revela uma vasta diversidade ecológica e fitoterápica, atraindo indústrias

farmacêuticas. Dentre as inúmeras espécies encontradas nessa variedade natural, estão as espécies do

gênero Solanum, que apresentam diversas atividades biológicas, como hipotensiva, hepatoprotetora,

antiurolitíase e antialérgica. Nas espécies desse gênero, são encontrados os glicoalcaloides solamargina

(SM) e solasonina (SS), destacando-se por sua relevante atividade antitumoral. O presente estudo

objetivou avaliar a possível genotoxicidade destes glicoalcaloides e a sua influência sobre os danos no

DNA induzidos por diferentes mutágenos, em fibroblastos de pulmão de hamster Chinês (células V79),

utilizando o teste do micronúcleo. Para a avaliação da genotoxicidade, as culturas foram tratadas com 1,7;

3,5 e 7,1 µg/mL de SM e 3,6; 7,2 e 14,4 µg/mL de SS. Estas concentrações foram combinadas com os

mutágenos etoposídeo (VP16 – 1 µg/mL) e camptotecina (CPT – 43 µg/mL). Foram incluídos grupos

controles negativo (sem tratamento), solvente (dimetilsulfóxido – DMSO, 1%) e positivos (VP16 e CPT).

A citotoxicidade dos tratamentos foi avaliada por meio do índice de divisão nuclear (IDN). Os resultados

obtidos mostram que as culturas celulares tratadas com SM e SS apresentaram frequências de

micronúcleos que não diferiram daquelas observadas pelas culturas do grupo controle negativo. Ainda, as

freqüências de micronúcleos observadas nas culturas tratadas com os glicoalcaloides combinados com os

mutágenos não foram significativamente diferentes daquelas observadas nos tratamentos isolados com os

mutágenos. Assim, sob as condições experimentais utilizadas, a SM e a SS não apresentaram efeito

genotóxico e não influenciaram a freqüência de danos cromossômicos induzidos por VP16 e CPT.

Palavras-chave: Solamargina; Solasonina; micronúcleo

Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, Brasil, Processo nº

2013/22769-4).

54

ESTUDO DA CITOTOXICIDADE IN VITRO, DA PLANTA MEDICINAL ALOE VERA (Aloe

barbadensis MILLER) EM CÉLULAS HepG2-C3A

Ana Clara Canesin de Almeida¹, Igor Vivian de Almeida¹, Veronica Elisa Pimenta Vicentini¹.

1. Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular,

Laboratório de Mutagênese e Monitoramento Ambiental; [email protected]

Desde civilizações antigas, o hábito de usar plantas medicinais na medicina popular vem sendo praticado.

O importante reconhecimento das características farmacológicas dessas plantas intensificou o seu uso,

tanto para a prevenção quanto para a cura de doenças. Muitas plantas medicinais já foram caracterizadas

quanto aos seus componentes químicos e farmacológicos, e testadas em distintos sistemas-teste para

avaliar seu possível potencial citotóxico, genotóxico, mutagênico ou até mesmo antimutagênico. A Aloe

barbadensis Miller, conhecida popularmente como Aloe vera ou Babosa, apresenta diversos benefícios,

tais como, cicatrizante, anti-inflamatória, laxativa, hidratante, antienvelhecimento, antitumoral e antiviral.

O objetivo deste estudo foi avaliar a citotoxicidade desta planta in vitro, pelo teste do MTT, em células

tumorais de hepatoma humano (HepG2-C3A). Para isso, a mucilagem da planta foi raspada e triturada,

sendo avaliadas dez concentrações (10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100 µL/mL de meio de cultura), no

tempo de 24 horas, sendo a leitura realizada em leitor de microplacas (550nm). Os resultados mostraram

que a Aloe vera, nas condições apresentadas neste trabalho, não foi citotóxica em nível de atividade

mitocondrial, uma vez que não houve diferença estatisticamente significativa para a absorbância entre os

grupos controle e tratamentos, pelo teste de Dunnett (α=0,05). Mais estudos podem ser desenvolvidos

com esta planta para caracterizar alguma possível atividade citotóxica, identificando assim, mais um

benefício desta planta cujo uso é amplamente difundido na medicina popular brasileira.

Palavras-chave: babosa, fitoterapia, hepatocarcinoma humano; MTT.

Financiamento: CNPq

55

INDUÇÃO DE ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS E MICRONUCLEOS EM CÉLULAS DE

Allium cepa EXPOSTAS À FRAÇÃO SOLÚVEL DA GASOLINA

Gabrieli Limberger Galvan ¹, Jéssica Natalia Loyola ¹, Daniela Morais Leme 2, Marta Margarete Cestari ¹

1. Laboratório de Citogenética Animal e Mutagênse Ambiental, Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Centro Politécnico, Jardim das Américas, CEP: 81531990, Curitiba, PR, Brasil.

2. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), Departamento de Análises

Clínicas Toxicológia e Bromatologia. Monte Alegre, CEP: 14040903, Ribeirão Preto, SP, Brasil;

[email protected]

A fração solúvel da gasolina (FSG) é uma mistura de compostos tóxicos, entre os mais perigosos estão o

benzeno e vários hidrocarbonetos policíclicos aromáticos considerados potencialmente carcinogênicos.

Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos genotóxicos de baixas concentrações da FSG

utilizando o sistema de teste Allium cepa. As sementes de A. cepa foram germinadas em placas de petri

por cinco dias a 25°C, nos seguintes meios: controle negativo (água destilada); controle positivo (metil

metanosulfonato 10 mg.L-1

); e na FSG nas concentrações de 1,5%; 3,0% e 15,0%. Foi avaliado o índice

mitótico; frequência de anomalias nucleares (AN); aberrações cromossômicas (AC) e micronúcleos (MN)

em células meristemáticas. Os tratamentos não alteraram o índice mitótico e a frequência de AN. Foi

observado aumento na frequência de MN nas concentrações de 3,0% e 15,0% da FSG e indução de AC

no tratamento com a FSG15%. Em relação ao total de alterações (AN, MN e AC), todos os tratamentos

diferiram do controle negativo, sendo considerados genotóxicos. Os resultados indicam que os

compostos solubilizados presentes na fração solúvel da gasolina, mesmo que em baixas concentrações

induzem severas alterações no material genético, colocando em risco à saúde dos organismos expostos

pelo potencial aneugênico e clastogênico.

Palavras – chave: genotoxicidade; mutagênese; hidrocarbonetos.

Financiamento: CAPES

56

Indução de anomalias nucleares e alterações hematológicas em Astyanax altiparanae (CHARACIDAE)

expostos à Fração Solúvel da Gasolina

Lirola, J. R. 1

; Felisbino, K. 1

; Galvan, G. L.2; Ferreira, D. M.

1; Yamamoto, C. I.

3, Cestari, M.M.

1.

1. Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Centro Politécnico,

Jardim das Américas, CEP: 81531990, Curitiba, Paraná, Brasil.

2. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Centro Politécnico, Jardim das Américas, CEP: 81531990, Curitiba, Paraná, Brasil.

3. Laboratório de Combustíveis Automotores da UFPR. Departamento de Engenharia Química,

Centro Politécnico, Jardim das Américas, CEP: 81531990, Curitiba, Paraná, Brasil

[email protected]

A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos tóxicos com potencial de impacto nos ambientes aquáticos

através de derramamentos acidentais e outras fontes de contaminação. Desta forma, foi avaliado os efeitos

da exposição à Fração Solúvel da Gasolina (FSG) em peixes da espécie Astyanax altiparanae através do

Teste do Micronúcleo Písceo em eritrócitos e da análise da freqüência de leucócitos e trombócitos. Os

animais foram submetidos a tratamentos com a FSG (1,5%) sendo: exposição aguda de 96 horas,

subcrônica de 15 dias e a períodos de depuração de 15, 30 e 60 dias, além do controle negativo e de um

tratamento com organismos parasitados com Ichthyophthirius multifiliis. Não houve indução de

micronúcleos, no entanto foi observado aumento na freqüência da alteração nuclear do tipo blebbed e no

total de anomalias nucleares no tratamento subcrônico, sendo reduzida nos períodos de depuração. Foi

observada indução da freqüência total de células (leucócitos e trombócitos) nos organismos parasitados e

expostos à FSG por 15 dias, com normalização nos períodos de depuração. A exposição à FSG alterou a

freqüência de leucócitos, principalmente de linfócitos com a mesma magnitude dos organismos

parasitados. A freqüência de trombócitos foi induzida na exposição subcrônica com sucessivo aumento

nos grupos de depuração. A exposição à FSG induziu genotoxicidade através da indução de anomalias

nucleares em eritrócitos, alteração na freqüência de trombócitos que atuam na coagulação sanguínea e

aumento no total de leucócitos indicando ativação do sistema imunológico.

Palavras – chave: genotoxicidade; hematologia; leucócitos.

57

INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DO FLAVONOIDE NARINGINA, EM

CÉLULAS DE HEPATOMA HUMANO (HepG2/C3A).

FERNANDES, L.M.¹; BUZO, M.G.1; YOSHIMOTO, M.¹; VICENTINI, V.E.P.¹

1. Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular, Universidade Estadual de Maringá, PR,

Brasil; e-mail: [email protected]

Os flavonoides são compostos de origem vegetal, utilizados na indústria como corantes, aromatizantes e

flavorizantes. A Naringina é um flavonoide, da classe das flavanonas, presente em muitos vegetais,

principalmente em frutas cítricas, sendo responsável pelo seu sabor amargo. Ela possui conhecidas ações

antioxidantes e anti-inflamatórias. Dessa forma, é importante compreender melhor os efeitos causados por

esse composto, pois o ser humano está exposto a muitos vegetais que contém este flavonoide. Portanto, o

objetivo deste trabalho foi investigar o possível potencial citotóxico do flavonoide Naringina, por meio do

teste do MTT, em células de hepatoma humano (HepG2/C3A). Para o teste do MTT, as culturas foram

tratadas com seis concentrações de Naringina (5, 50, 100, 150, 200 e 250µM/mL), uma concentração de

metil-metanossulfonato (MMS) (100µM/mL), e um Controle (DMEM, suplementado com 10% de SBF),

por 24 e 48 horas. A leitura foi realizada em leitor de microplacas à 550nm. Os resultados do teste MTT

não apresentaram diferenças, estatisticamente significativas, entre os tratamentos com a Naringina e o

Controle, demonstrando que o composto não foi citotóxico em nenhuma das concentrações testadas.

Assim, foi observado que o flavonoide Naringina, presente em pequenas concentrações em frutos cítricos

consumidos frequentemente pela população, não apresenta atividade citotóxica, o que provavelmente,

pode contribuir para uma melhora da qualidade de vida daqueles que o consomem.

Palavras – chave: Ensaio do MTT; Agentes Carcinogênicos; Cultura de Células.

Financiamento: Fundação Araucária.

58

A5 - GENÔMICA E BIOINFORMÁTICA

59

ANÁLISE DO GENE TOLL-LIKE RECEPTOR 3 – TLR3

NOS NAVEGADORES GENÔMICOS E GENÉTICOS

Angelo Bannack¹, Daniel Nicola Martinez¹, Gustavo Arthur Reis Schneider¹, Jessica Gabriele Santos¹,

Luis Antonio Momm Duarte¹, Luisa Arias Zendim¹, Angelica B. W. Boldt¹,2.

1. Curso de Graduação em Medicina, UFPR.

2. Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, UFPR. [email protected]

Os receptores do tipo Toll são uma família de proteínas responsáveis por reconhecer padrões moleculares

associados a patógenos. O TLR3 reconhece o RNA de fita dupla e induz diversos eventos intracelulares

responsáveis pela imunidade antiviral inata. A fim de compilar e analisar a qualidade das informações a

respeito deste gene na rede virtual, buscou-se reunir o conhecimento disponível em navegadores

genômicos e genéticos, tais como Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM), Ensembl (projeto

conjunto do European Bioinformatics Institute e Wellcome Trust Sanger Institute), NCBI (National

Center for Biotechnology Information), Biogps, Genecards, Protein Atlas, Human Protein Reference

Database (HPRD), dentre outros. As informações foram agrupadas em um dos três tópicos seguintes: (1)

Estrutura, (2) Expressão e (3) Polimorfismo do gene; e comparadas ao conhecimento obtido em artigos

científicos. A estrutura de TLR3 é representada de forma similar no NCBI (identificador 7098) e no

Ensembl (ENSG00000164342). Segundo o Ensembl, há 5 mRNAs do TLR3, dos quais 3 são capazes de

expressar proteínas, embora somente uma isoforma seja apresentada pelo HPRD. O mRNA é expresso de

forma ubíqua (Biogps, Genecards), porém a proteína não foi identificada em todos os tecidos investigados

(Proteinatlas). Há 2833 variantes listadas no Ensembl e 744 no Single Nucleotide Polymorphism

Database (NCBI). As informações obtidas pelos artigos científicos foram mais similares ao OMIM,

apesar da defasagem na sua atualização. Logo, as principais inconsistências foram encontradas para a

expressão e o polimorfismo deste gene. Nestes quesitos, o Ensembl parece ser o navegador com as

informações mais confiáveis.

Palavras – chave: Receptores do tipo Toll, imunidade antiviral inata, HIV

60

A6 - GENÉTICA NA ESCOLA

61

A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO CIENTÍFICO NA BIOLOGIA NO FINAL DO SÉCULO XIX

– RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Fernanda Cássia dos Santos¹, Fernanda Pacheco Fernandes ²*, André Felipe Klassen³*

1. Universidade Federal do Paraná, departamento de História;

2. Universidade Federal do Paraná, departamento de Genética;

3. Faculdade Teológica Batista do Paraná.

* Fundação Menonita – Colégio Erasto Gaertner

Na prática escolar, disciplinas como História e Biologia são geralmente vistas como totalmente separadas.

No entanto, o conhecimento em si não é necessariamente fragmentado, como a divisão das disciplinas

escolares sugere. A prática transdisciplinar pode oferecer caminhos para que os alunos encontrem sentido

em determinados conteúdos, que vistos de forma isolada, não seriam significativos para eles. Neste

sentido, propomos uma compreensão do modo como os discursos científicos são produzidos

historicamente pelas sociedades, com o objetivo de demonstrar as relações possíveis entre História e

Biologia. Assim, neste relato de experiência tratamos do contexto do século XIX e do discurso científico

sobre a Eugenia produzido nesse período. O século XIX é caracterizado pela emergência do discurso

científico como forma privilegiada para analisar a sociedade. Foram desenvolvidas teorias tidas como

científicas sobre uma base racista que classificava os seres humanos em níveis diferentes de evolução a

partir de sua raça. Tais teorias contribuíram para o surgimento da Eugenia (ciência que estuda o

melhoramento racial) e do Darwinismo Social. Esse discurso Eugênico foi apropriado pela ciência

Nazista, que transformou o discurso científico numa das bases de seu projeto político-social. Após a 2ª

Guerra Mundial, essas teorias caíram em descrédito e recentemente as pesquisas no campo da Genética

demonstram que há mais variação genética entre pessoas da mesma etnia do que entre grupos étnicos

diferentes. No Ensino Médio, o trabalho com esses conteúdos permitiu uma discussão crítica a respeito da

produção do próprio discurso científico e sua historicidade.

Palavras–chave: Darwinismo Social; História da Ciência; Transdisciplinaridade

62

CONSOLIDANDO O DOGMA CENTRAL DA GENÉTICA MOLECULAR: A EXPERIÊNCIA

DA MEDICINA VETERINÁRIA.

Ana Luiza S. Reis ¹, Victor H. G. Barbosa ¹, Tainara C. Michelotti ¹, Angelica B. W. Boldt 1, 2

1. Curso de Medicina Veterinária, UFPR.

2. Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, UFPR; [email protected].

Em busca de uma forma de consolidar o conhecimento obtido nas aulas em torno do Dogma Central da

Genética Molecular na Medicina Veterinária, sugeriu-se a execução de um trabalho composto pela

simulação da sequência de um gene com diferentes mutações, sua replicação, transcrição e tradução. O

gene deve conter um promotor com TATAbox, dois exons com regiões não traduzidas (UTR) e um

intron. A replicação da fita 5’-3’ gera a fita 3’-5’ codificadora. Esta é transcrita em um mRNA sem o

intron, contendo as regiões UTR, CAP (7 metil guanosina) e cauda poli-A. Este mRNA é traduzido em

uma proteína, iniciando com metionina. A seguir, são simuladas mutações na fita 5’-3’ e suas possíveis

consequências ao nível de qualidade e abundância do mRNA e da proteína. Ao longo do exercício, os

alunos perceberam que, embora a sequência do gene propriamente dito esteja na fita 3’-5’, a fita 5’-3’ do

DNA apresenta a mesma sequência que o mRNA (exceto pela presença de timina, promotor e intron).

Discutiram a importância das regiões UTR através da correção de erros, como a sua exclusão do mRNA

maduro. Observaram que o impacto de mutações nas regiões codificadoras geralmente é muito maior, que

o nas não codificadoras, permitindo reflexões sobre o papel da seleção purificadora e dos mecanismos de

reparo. Por meio deste exercício de criatividade (cada aluno elaborou sua própria sequência), foi possível,

portanto, consolidar a definição molecular de um gene codificador de proteína, conceitos de mutagênese,

mecanismos de reparo e regulação de expressão gênica.

Palavras – chave: genética molecular; gene; mutação.

Financiamento: PID – UFPR.

63

“Descobrindo as Ervilhas de Mendel”

Laís Fernanda Oya Silva1

1. Universidade Federal do Paraná

[email protected]

Conteúdos de genética necessitam de conhecimentos consolidados em diferentes áreas como a biologia

celular, molecular e, inclusive, matemática. É uma das áreas na qual os alunos, tanto de ensino médio

quanto de superior, têm maior dificuldade no aprendizado, principalmente quando o tema é a segregação

alélica (Primeira Lei de Mendel). Como ferramenta foi desenvolvida uma atividade chamada de

“Descobrindo as Ervilhas de Mendel”. Este material tem como objetivos: ser um apoio aos professores

para consolidar conceitos (alelos, genes, cromossomos, segregação, genótipo, fenótipo), demonstrar

visualmente a dinâmica da Primeira lei de Mendel, apresentar a variabilidade na produção de gametas e

no pareamento dos cromossomos homólogos na formação do zigoto. O material consiste em bolas de

isopor caracterizadas com os fenótipos de ervilhas amarelas e verdes “recheadas”, conforme o fenótipo,

com cromossomos confeccionados de massa de biscuit nas cores azul, vermelho e roxo (Parental-1,

Parental-2 e Descendentes, respectivamente), com faixas brancas (Centrômero), amarelas (Alelo

Dominante) e verdes (Alelo Recessivo). Na proporção de 3:1, conforme a Primeira Lei de Mendel, as

ervilhas foram inseridas em pacotes identificados (Parental-1, Parental-2 e descendentes). A atividade

propõe sortear ervilhas dos pacotes Parentais, fazer a identificação de seus fenótipos e, ao abri-las montar

os possíveis genótipos dos descentes deste cruzamento através dos cromossomos. Posteriormente, faz-se

o sorteio do descendente, deve-se então questionar os alunos se a ervilha sorteada pode ter como parentais

as ervilhas sorteadas anteriormente, fenotípica e genotipicamente. Todos estes dados devem ser anotados

em uma tabela, juntamente com cálculos de frequências fenotípicas e genotípicas.

Palavras – chave: segregação alélica, matéria didático, Primeira Lei de Mendel.

64

DO MENOR PARA O MAIOR, JCLIC - UMA FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Ana Rita Bloch Martins¹

Aluna especializanda do Curso de Genética para Professores do ensino Médio da Universidade

Federal do Paraná, UFPR

Resumo

O presente trabalho destina-se ao aprendizado de genética de forma significativa, utilizando-se do

software de autoria de uso livre – JClic, como instrumento lúdico ao aprendizado. Esta atividade aborda

conteúdos que envolvem a ação genética na formação e manutenção do organismo humano, deixando

também, uma vasta caminhada ao pensar em outros organismos vivos . Trata-se de uma atividade didática

criada pelo educador, “conduzindo” a interpretação dos conteúdos pelo aluno que “brincando” com os

seguintes jogos: completar palavras, jogo de memória, relacionar palavras e figuras, quebra-cabeças entre

outros. Entendemos que o lúdico ( jogo ) conduzirá o educando na apropriação dos conhecimentos de

forma significativa, referentes à constituição da célula animal, à síntese protéica, a estrutura do DNA, até

constituição dos caracteres hereditários, sendo os subsunçores alicerces para o conhecimento principal

para a iniciação à genética, levando-os a pensar como esses caracteres se perpetuam de geração a geração,

e a importância dos estudos de Mendel, fazendo a interpretação de suas Leis. Os jogos foram planejados

dentro do diagrama V, facilitando ao educando melhor compreensão a respeito da genética.

Palavras – chave: 1.Genes 2. Cromossomos 3. Mendel

65

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DE GENÉTICA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA

CARVALHO, Patrícia Acioli¹; VIERO, Márcia Regina²; VIERO, Márcia Regina; NEJM, Guilherme de

Moraes3; SANTIAGO, MIRANDA, Adenise Alves de

4.

1. Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

2. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. [email protected].

3. Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

4. Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

O presente trabalho foi desenvolvido com professores da disciplina de Biologia da Rede Estadual de

Ensino do Paraná, nos eventos de formação continuada, no primeiro semestre de 2013. Participaram deste

evento professores que atuam nos Núcleos Regionais de Educação das Áreas Metropolitanas Norte e Sul.

Esta proposta partiu da necessidade permanente de discussão e reflexão sobre a prática docente,

encaminhamentos teóricos e metodológicos, bem como metodologias diferenciadas para o

desenvolvimento do conteúdo básico transmissão das características hereditárias. Fundamentou-se nos

princípios pedagógicos contidos na Diretriz Curricular Orientadora da Educação Básica do Estado do

Paraná- Biologia, que propõe o método da prática social, em que os conhecimentos prévios dos

educandos se articulam com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de

ciência como atividade humana.

Palavras – chave: Metodologias; Prática social; Genética.

66

GEA - Genes e Ambientes

Benn Richard Alle¹, Iris Hass¹, Fernanda Pacheco Fernandes ¹, Fabiana Antunes de Andrade¹, Lupe

Furtado-Alle¹

1. Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética.

[email protected]

O jogo GEA - Genes e Ambientes, foi desenvolvido como o objetivo de contribuir para a superação das

dificuldades encontradas no ensino e na aprendizagem de genética e evolução. Esta atividade oferece uma

estratégia que integra teoria e prática proporcionando aos professores um novo recurso didático que se

adéqua ao espaço e ao tempo disponível em sala de aula. A atividade proposta promove a discussão e

reforça a compreensão de termos como: gene, alelo, genótipo, fenótipo, homozigose, heterozigose,

interações alélicas como a dominância, recessividade e co-dominância, interações gênicas, seleção natural

e mutação. O GEA mostra, de forma lúdica, o efeito da seleção natural em uma população, por meio de

simulações de interações entre genótipo, fenótipos e o meio ambiente. Esta atividade é indicada para o

ensino médio e cursos de graduação das áreas biológicas e da saúde. A duração da atividade é de,

aproximadamente, 40 minutos.

Palavras – chave: (Seleção Natural; Jogos; Genética)

67

O USO DE MODELOS DIDÁTICOS NO ENSINO DO SISTEMA ABO

Camila Begui do Nascimento¹, Tayonara Georgianne Neppel²

1. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Jardim Universitário, Rua Universitária, 1619, Cascavel-

PR.

E-mail: [email protected]

O uso de modelos está intimamente ligado à formulação de hipóteses e conceitos no estudo da Biologia.

Uma vez que o modelo está vinculado à tradução do real para o visual, é de extrema importância o uso de

modelos didáticos no ensino de genética na escola, tanto quanto no estudo científico, trazendo para os

alunos uma forma palpável e concreta no intuito deles “verem as coisas acontecendo”. Neste sentido, foi

realizado um estudo com duas turmas de terceiro ano do ensino médio, em uma escola estadual de

Cascavel- PR, para avaliar a contribuição do modelo didático sobre Sistema ABO no ensino-

aprendizagem de Genética. Assim, foram utilizados materiais como: bolas de isopor 5 cm de diâmetro,

arame 1 mm, durepoxi e tinta de diversas cores, para representar hemácias e suas proteínas que expressam

o tipo sanguíneo, linfócitos que produzem os anticorpos e macrófagos que atacam células e organismos

estranhos ao nosso corpo. Portanto, em uma turma o conteúdo foi exposto segundo métodos tradicionais,

onde os principais recursos foram o quadro e o giz. Já na outra turma o modelo serviu de apoio visual

para a formulação de conceitos durante todo o processo. Verificou-se que 100% dos alunos aprovaram o

uso do modelo e afirmaram que ele facilita significativamente o ensino-aprendizagem do sistema ABO,

sendo que 30,76% dos alunos tiveram um acerto de 100%, 38,46% deles acertaram 50% das questões e

30,76% deles não souberam ou não responderam. Já para a turma na qual não foi utilizado o modelo

durante o processo 8,33% dos alunos acertaram 100% do questionário, 33,33% acertaram 50% das

questões e 58,33% deles não souberam ou não responderam. Conclui-se que, o maior número de acertos

foi da turma em que foi trabalhada com o modelo didático, caracterizando melhor assimilação do

conteúdo no processo de ensino-aprendizagem no conteúdo de Sistema ABO.

Palavras-chave: Genética na Escola; Ensino-aprendizagem; Sistema ABO.

68

PROBLAMATIZAÇÃO DAS IDEIAS DOS ALUNOS SOBRE O TEMA DNA

Josiane Ladelfo¹, Maria de Lourdes Barreto Bisol² e Cassiano Pamplona Lisboa¹

1. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Câmpus Porto

Alegre;

2. Colégio Estadual de Ensino Médio Júlio de Castilhos; [email protected]

Este é um relato do estudo das ideias prévias de alunos do ensino médio sobre o tema DNA e, a partir

deste, a problematização das idéias onde se percebeu maior dificuldade de entendimento com uma

atividade experimental. O ensino com base nas ideias prévias está ligado às compreensões construtivistas

de ensino-aprendizagem, entendendo que as concepções que os alunos formulam em meios informais de

ensino podem ser usadas como base de problematização para (re)construção do conhecimento. Neste

sentido, foi elaborado e aplicado um questionário a turmas do primeiro ano para identificar as ideias dos

alunos sobre o que é o DNA, onde está localizado e quais seres possuem. Ao analisar as respostas,

percebeu-se influencia da mídia, sobre o que é DNA, e do senso comum quanto à localização, os alunos

acreditam que o DNA está apenas no sangue. Outro ponto relevante identificado, é que os alunos têm

dificuldade em entender que o DNA está em todos os seres vivos, pois a maioria dos alunos associa a

presença do mesmo apenas em humanos e/ou animais. Buscando problematizar essas ideias, e

complementar as aulas teóricas, foi elaborado um roteiro prático trazendo novamente essas questões,

porém formuladas de forma a fazer os alunos pensarem a partir do experimento, que consistiu na extração

de moléculas de DNA de células animais (mucosa bucal) e vegetais (morangos). Ao realizar essa

atividade, os alunos aos poucos reformularam suas ideias sobre a localização do DNA, sua constituição e

ampliando a discussão para sua presença em todos os seres vivos.

Palavras – chave: Ideias Prévias; problematização; (re)construção do conhecimento.

Financiamento: PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) da Capes

(Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior).

69

RELATO DE CASO: FEIRA DE CIÊNCIAS DE GENÉTICA

Lívia Blanche Mathieu Graf1, Benn Richard Alle2, Fernanda Pacheco3, Iris Hass4 e Lupe Furtado-Alle5

1. Professores e pesquisadores vinculados a Universidade Federal do Paraná (UFPR)

2. UFPR campus Politécnico : Bairro Jardim das Américas, Curitiba, PR.

Devido à grande dificuldade do docente de ensinar genética aos alunos, materiais alternativos são bem

vindos. Ensinar genética é algo que deve ser cuidadoso, pois, pela sua complexidade a chance de atingir

uma porção mínima da turma é alta. Então como fazer com que os alunos tornem esse aprendizado

significativo? A resposta é simples: fazendo com que o estudo se torne mais concreto por meio de

atividades práticas e estimulantes, conseguindo assim atingir uma parte significativa da turma, o que é o

maior desafio dos professores. Um dos objetivos deste trabalho foi justamente esse, atingir o maior

número de alunos no ensino de genética, tendo em vista que a genética faz parte do seu dia a dia. Uma das

estratégias foi tentar transpor outras matérias, mesmo em pequena escala, neste ensino. Durante um

bimestre, os alunos, sempre em equipes, responderam perguntas e cumpriram desafios, como por

exemplo, construir uma molécula de DNA, descobrir porque o experimento da Dolly não deu certo e

como Gregor Mendel se tornou tão importante. No bimestre em questão os alunos fizeram apresentações

sobre algumas questões atuais como: Engenharia genética; inseminação in vitro; Transgênicos; Terapia

gênica e projeto genoma humano. Ao final, os alunos se organizaram e promoveram uma mini feira de

ciências incluindo cinco temas principais: Descoberta e função do DNA; Genes e suas características;

Clonagem de mamíferos (Dolly); Transgênicos; Josef Mengele e suas experiências e Gregor Mendel. Por

meio dessas atividades, conseguiram demonstrar para outras pessoas o que aprenderam sobre genética e

como ela é importante em nossas vidas.

Palavras-chave: Genética; Educação;Feira de genética.

70

SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO NATURAL EM SALA DE AULA

Fernanda Pacheco Fernandes 1, Benn Richard Alle¹, Iris Hass¹, Lívia Blanche Mathieu Graf, Lupe

Furtado-Alle¹

1. Universidade Federal do Paraná, departamento de Genética

[email protected]

Darwin e Wallace formularam a teoria da Seleção Natural influenciados pelas ideias de Thomas Malthus,

a partir de suas observações do que ocorria nas populações humanas, em que o crescimento populacional

dava-se de forma bem mais rápida do que a produção de alimentos, sendo assim, conforme suas

previsões, se não houvesse um controle populacional, não haveria alimentos para todos, o que ocasionaria

fome, competições e mortes. Darwin e Wallace observaram que na natureza, os organismos também se

multiplicam em taxas maiores do que os recursos disponíveis, porém suas populações encontram-se em

equilíbrio, concluíram, portanto, que aqueles que apresentam características mais vantajosas para

competir por esses recursos, teriam maior possibilidade de sobreviver e se reproduzir, os favoravelmente

selecionados passariam essas características aos seus descendentes. Na década de 1970, o casal de

pesquisadores Rosemary e Peter Grant estudou aves nas ilhas Galápagos, as conhecidas como tentilhões

de Darwin e puderam observar que conforme mudavam as características ambientais, alterando

consequentemente a disponibilidade de alguns tipos de sementes, era possível quantificar as modificações

que ocorriam nos pássaros nas gerações seguintes quanto ao fenótipo dos descendentes. Foi a partir

dessas observações que esse experimento foi elaborado, com o objetivo de simular a seleção natural das

aves em relação à disponibilidade de recursos alimentares e às suas características morfológicas. Para

realizar a simulação, foram utilizados diferentes instrumentos, como prendedores de roupa, pinças de tirar

sobrancelha e pinça grande, sementes de tamanhos variados, relógio para marcação do tempo e uma

bandeja. Além da forma e tamanho dos instrumentos, é incluída a variação na cor, que não influencia na

captura de sementes nesta simulação, representa o potencial efeito da deriva genética. Foram formados

grupos de seis alunos e diferentes instrumentos foram distribuídos entre eles, representando os diferentes

tipos de bicos das aves. A bandeja contendo as sementes de diferentes tamanhos, representa a quantidade

e a variedade de alimento disponível na ilha. Foram dados 30 segundos para os alunos coletarem o

máximo de sementes que conseguissem, o aluno que não coletou nenhuma semente nesse tempo, com seu

respectivo instrumento, foi eliminado. Cada 30 segundos representou uma geração, e quem não conseguir

coletar, morreu e não conseguiu deixar descendentes. Ao final, é possível observar quais seriam os

“bicos” mais favoráveis para competir por alimentos naquela ilha e consequentemente os indivíduos que

conseguiram se alimentar e deixar descendentes. Esse experimento foi adaptado de um livro do ensino

médio (Ser Protagonista vol. 3 do Ensino Médio- Editora SM) e realizado em sala, como o objetivo de

fazer os alunos compreenderem o processo de seleção natural, observando a sobrevivência e reprodução

em taxas diferenciais de indivíduos com as características mais favoráveis.

Palavras–chave: simulação, seleção natural, competição, recursos, características favoráveis.

71

USO DE NAVEGADORES GENÔMICOS E GENÉTICOS

EM TRABALHOS DE GRADUAÇÃO DA MEDICINA

Victoria Waydzik ¹, Nathalia Crosewski ¹, Fernanda del Castanhel ¹, Doroty Felisberto ¹, Angelica B. W.

Boldt 1, 2

1. Curso de Medicina, UFPR.

2. Laboratório de Genética Molecular Humana, Departamento de Genética, UFPR;

[email protected]

O ensino de Genética Molecular a estudantes de Medicina lança um dos principais fundamentos da

Medicina Personalizada. Para levar os estudantes a responder questões clinicamente relevantes nesta

disciplina, propôs-se a execução de uma atividade com genes cujos produtos apresentam relevância

imunológica, farmacológica e/ou oncológica. Com o auxílio de navegadores genômicos e genéticos, cada

membro de uma equipe de 4 pessoas foi responsável por abordar um dos seguintes tópicos: (1) Estrutura

do gene (nome oficial e sinônimos; localização cromossômica; descrição estrutural e árvore filogenética

com genes ortólogos e parálogos); (2) Expressão do gene (diferentes transcritos e isoformas de proteína,

níveis de expressão em diferentes tecidos e sob diferentes circunstâncias, função da proteína); (3)

Polimorfismo do gene (principais variantes gênicas, sua localização, frequências alélicas, associação com

fenótipos, métodos de detecção); (4) Artigo científico. Os principais links (incluindo um artigo de revisão

para fundamentação do trabalho) são oferecidos aos alunos, partindo do Online Mendelian Inheritance in

Man para o Ensembl, Biogps, Genecards, Single Nucleotide Polymorphism Database, Protein Atlas,

Protein Database, Genome-wide Association Studies Central Database, dentre outros. Até o momento,

foram analisados 33 genes envolvidos na resposta imune, nove genes envolvidos na gênese e progressão

tumoral e nove, de regulação metabólica. As notas dos trabalhos foram significativamente superiores aos

da prova nos três bimestres avaliados, com um acréscimo em torno de 20% (P<0.0001). Sugere-se que

esta experiência possa ser replicada em outros cursos, e que as informações compiladas sejam reunidas

em um banco de dados de livre acesso.

Palavras – chave: navegadores genômicos; gene; navegadores genéticos.

Financiamento: PID - UFPR.