Dr. Yussif Ali Mere Jr Congressos SBAC e SBPC/ML, adiados ... · Congresso SBPC/ML é adiado para...

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Dr. Irineu Grinberg“Testar é prioridade”, pág. 12

Dr. Yussif Ali Mere Jr“Covid-19 pode ser um divisor de águas”, pág. 16

Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira“A Importância Diagnóstica”, pág.10

Dr. Paulo Cesar Naoum “Os benefícios da COVID19”, pág. 6

Dr. Wilson Shcolnik“Cenário de pandemia mostra o valor da medicina diagnóstica”, pág. 14

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco“5 dicas para evitar a oleosidade no couro cabeludo!”, pág.26

Dra. Maria de Lourdes Pires Nascimento“Estresse, imunidade e viroses”, pág. 24

Kelly Casimiro“Liderança e a Jornada do Colaborador”, pág.26

Dr. Luiz Fernando Barcelos“Enfrentando a pandemia”, pág. 4

06Mioquimia

Em tempos de pandemia estresse pode causar tremor nas pálpebras

A opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores. Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Confira a opinião dos nossos colunistas

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos “Pujantes irresponsáveis”, pág. 16

Dr. Carlos Eduardo Gouvêa“COVID-19: estávamos preparados?”, pág. 8

04EventosCongressos SBAC e SBPC/ML, adiados para 2021

Í N D I C E

Nossas páginas estão fortemente abastecidas de informações e artigos sobre o longo momento de isolamento, cada qual trazem reflexão e um esforço quase sobre humano na solução dos aspectos mais essenciais para todos, o quanto antes. No entanto não perdemos a esperança. Embora os

Editorial

Há muito a dizer

06Inverno

Problemas na circulação sanguínea são mais frequentes no inverno

mais importantes congressos foram transferidos, a SBAC e a SBPC/ML, estaremos informando e acionando a rotina dos recursos para a Web, desse jornal e seremos o canal para todas as informações atuais, que acontecem no mercado diagnóstico e laboratorial.

Jornal impresso, site, e-mails marketing, digital, virtual e redes sociais. Seremos incansáveis através de nossos veículos em atualizar a todos diariamente. Contem conosco!

Alexandre Calegari“Home office no segmento laboratorial - é possível?”, pág.24

Fabrício Campolina“O papel da telemedicina e da tecnologia - dispositivos médicos - durante e pós-Covid-19”, pág.18

08EleiçãoNova diretoria assume o SindHosp

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Congresso SBPC/ML

Congresso SBPC/ML é adiado para 2021Ao final do mês de abril, uma das decisões

da diretoria frente ao impacto da pandemia e as incertezas sobre o momento e a forma do retorno do isolamento social que a sociedade brasileira está vivendo, foi o adiamento do Congresso Brasileiro de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial para 2021.

Claudia Meira Dias, Presidente do 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, ressalta ainda que mesmo com flexibilização das medidas de isolamento, as grandes aglomerações devem continuar proibidas ao longo dos meses. “Visto que o nosso congresso reúne aproximadamente 5.000 congressistas e realizamos muito networking em nossa feira de exposição, poderíamos estar colocando em risco a saúde de todos envolvidos”, comenta.

Diante disto, o 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial será realizado no período de 7 a 10 de setembro de

2021, em São Paulo, no Centro de Exposições Pro Magno.

O presidente da SBPC/ML, Carlos Eduardo Dos Santos Ferreira, que presidiu a reunião com os congressistas e patrocinadores, agradece a compreensão de todos os envolvidos. “Vamos aproveitar esse momento para criar um congresso virtual apenas sobre temas relacionados ao

Coronavírus, e deixamos o nosso congresso principal, que aborda diversos outros temas, para 2021”.

Foto

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Claudia Meira Dias, Presidente do 54º CBPC/ML

Neste momento estamos na curva ascendente da infecção pelo SARS-CoV-2. Ainda não existe segurança para afirmar o momento em que atingiremos o pico e, posteriormente, a tão aguardada curva descendente.

De qualquer forma, mesmo que as condições sanitárias possam ser controladas em breve, o cenário no Brasil está demonstrando que a pandemia está desorganizando a economia do país de tal forma que, provavelmente, não teremos ambiente favorável para a realização de atividades presenciais até o fim deste ano.

Assim, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas – SBAC resolveu modificar sua programação científica prevista para este ano. Entendemos que a participação dos profissionais num congresso seria muito difícil, assim como a dos expositores, palestrantes e demais pessoas que fazem parte das equipes que suportam a organização de um evento de tal natureza.

O mercado foi fortemente impactado e, de uma forma geral, pessoas e empresas foram atingidas. Um congresso, além das atividades científicas e da feira de negócios, é uma oportunidade de confraternização só possível num ambiente de descontração e tranquilidade.

Dessa forma, atendendo as preocupações com a saúde de todos e considerando as dificuldades económicas decorrentes desta pandemia, resolvemos transferir o 47º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas para o próximo ano – nos dias 20 a 23 de junho, no Centro de Eventos do Ceará em Fortaleza.

Desde o início desta doença infecciosa no Brasil, a SBAC criou uma aba em seu site denominada COVID-19, na qual são colocadas notícias, posicionamentos, informes técnicos e um espaço colaborativo com o objetivo de manter nossos associados atualizados. Excepcionalmente neste período, as informações estão acessíveis também aos não associados. Vemos com muita satisfação a grande quantidade de acessos e as observações favoráveis recebidas – o que demonstra o acerto da iniciativa.

Para o segundo semestre deste ano programamos

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Opinião

Enfrentando a pandemia

Luiz Fernando BarcelosPresidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, biênio 2019 / 2020Portador do TEAC nº 0558

um evento denominado SBAC DIGITAL, que ocorrerá em 4 etapas: nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. Também outras atividades digitais e à distância estão sendo preparadas. Os problemas causados por esta pandemia não nos impedirão de cumprir com nossa missão de prover o conhecimento científico e tecnológico aos profissionais e laboratórios.

Esta doença tem sido muito intrigante, tanto no comportamento do agente infectante como na sua resposta imunológica, desafiando os conceitos tradicionais existentes. Estamos ainda aprendendo com a doença e o diagnóstico laboratorial.

A SBAC tem desenvolvido um grande trabalho referente às informações sobre os kits diagnósticos oferecidos no mercado e que, pela necessidade de agilizar sua importação, a Anvisa optou por simplificar o registro – tornando ainda mais necessária sua validação.

Como contribuição aos laboratórios, a SBAC, por meio do Programa Nacional de Controle de Qualidade – PNCQ, está validando estes kits, quando disponibilizados pelos fabricantes e distribuidores de forma voluntária.

Da mesma maneira, SBAC, SBPC/ML, CBDL e ABRAMED se uniram em um grande esforço conjunto para, utilizando a estrutura de grandes laboratórios

com atendimento hospitalar, promover a avaliação de kits de diagnóstico para SARS-CoV-2 disponíveis no mercado brasileiro.

O projeto visa avaliar os kits disponíveis e registrados junto à ANVISA. Neste sentido, serão usadas amostras positivas frescas que indicarão a curva de soroconversão, principalmente para os testes de anticorpos, além de se basear em protocolos previamente discutidos entre os especialistas participantes desta força-tarefa.

Serão avaliadas as diferentes tecnologias, como testes imunocromatográficos, imunoenzimáticos, fluorimetricos, quimioluminescência e PCR-RT.

Além disso, os dados gerados por estas avaliações servirão para estudo internacional promovido pelo International Diagnostic Centre (IDC) da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM) e da Aliança Latinoamericana para o Desenvolvimento do Diagnóstico in Vitro (ALADDIV), em cooperação com a União Europeia e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não houve previsão da ocorrência desta pandemia nem da situação sanitária mundial decorrente dela, crise que vem desafiando a ciência e causando uma grande preocupação entre as nações. A grande morbidade da doença congestionou os hospitais, que estão encontrando muita dificuldade para atender a demanda acelerada de indivíduos necessitando tratamento intensivo e com suporte de respiradores. Todos os segmentos da saúde estão se desdobrando na busca de soluções para o enfrentamento destes problemas, e esperamos que sejam resolvidos em sua maior parte.

Passado este período, todas as atenções deverão estar voltadas para a recuperação estrutural e financeira dos países. Esperamos que em 2021, com uma situação mais confortável, possamos retomar as atividades em todos os setores. Porém, tenhamos essa certeza: não será da mesma forma que estávamos acostumados. Muitas mudanças decorrentes do aprendizado que tivemos neste período serão implementadas e o mundo será outro.

Tomara, melhor.

1° Congresso Virtual SBPC/MLO laboratório clínico agregando valor na

pandemia do novo CoronavírusOs Laboratórios Clínicos têm contribuído

bastante tanto para o diagnóstico quanto para o monitoramento dos pacientes com a infecção causada pelo novo Coronavírus. Existem muitos pontos para serem discutidos nas diferentes fases (pré-analítica, analítica e pós-analítica) do processo, sobre os diferentes exames laboratoriais (rt-PCR, sorologia, testes rápidos, hemograma, dímero D, interleucina 6, troponina, creatinina/ureia/cistatina C, tromboelastometria, genotipagem do vírus entre outros), que contribuem para guiar a prática clínica da COVID19.

Reserve sua agenda para Outubro!

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PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM

[email protected]

Quando, em 1981, apareceram as primeiras mortes misteriosas manifestadas por sarcoma de Kaposi e pneumonia pneumocística notadamente em grupos de homens gays, ninguém imaginava que um vírus estaria por trás daquela epidemia. Demoraram-se dois anos para saber que a causa desta doença era o vírus HIV que destruía a imunidade das pessoas contaminadas e, por isso, a doença passou a ser conhecida por síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Na sequência, a ciência revelou que este vírus estava presente no sêmen e sangue dos doentes. Centros de pesquisas e as indústrias farmacêuticas focaram seus interesses para descobrirem testes para sua detecção e remédios para tratar os doentes. A partir daí as ciências da saúde se modificaram. Havia muito interesse econômico em controlar a expansão do vírus HIV, pois o mesmo atingia indiscriminadamente ricos e pobres, pretos, brancos e amarelos, intelectuais e não intelectuais, entre tantas outras qualificações humanas. Os progressos advindo desta corrida científica

e tecnológica resultou no desenvolvimento inimaginável da ciência médica. Foi neste contexto que surgiu a terapia-alvo, hoje fundamental no tratamento de vários tipos de câncer.

Agora, no despertar de 2020, estamos diante de outro desafio no trajeto evolutivo da nossa espécie. Trata-se do novo coronavírus e a doença correspondente, a COVID-19. Não há nenhuma dúvida que este inoportuno vírus veio para compor para sempre o nosso ambiente. Dada a amplitude de espectros patológicos e de seus impactos na sociedade, na política e na economia, é certo que acontecerá importantes mudanças no comportamento humano, com destaques para os cuidados com a higiene, nos contatos pessoais, nas exigências de saneamento básico e na atenção médica à saúde. Os administradores públicos serão implacavelmente monitorados e cobrados a cada retomada de ondas epidêmicas. É até possível que a corrida científica e tecnológica para descobrirem a vacina contra o novo coronavírus resultem em benefícios para combater outras

Os benefícios da COVID19

Professor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciência e Tecnologia,Acadêmico da ARLC

contra novas infecções virais que aparecerem, bem como em novos medicamentos contra doenças graves que nos afligem. Mas, certamente, este novo vírus veio para ativar nossos neurônios que estavam acomodados no sofá cerebral. Luzes desta ativação começam a surgir com as seguintes perguntas: Não seria a incompetência de como lidar com pandemias, somada à falta de leitos em UTIs hospitalares, de equipamentos de sobrevivência, entre outros, que fizeram os políticos e administradores públicos do Brasil e de outros países nos manterem presos por tanto tempo? Qual a estratégia política, social e econômica que teremos para combatermos o novo coronavírus a partir de agora? A atual capacidade administrativa que dispomos será suficiente para dar segurança à vida? Onde foi aplicado o nosso suado imposto dado a tanto tempo a administradores inescrupulosos e incompetentes?

Portanto, o benefício que a covid 19 deixará de legado irá muito além do que se imagina.

Mioquimia

Em tempos de pandemia estresse pode causar tremor nas pálpebras

Você já se pegou sentindo um dos olhos tremendo involuntariamente? Sabia que a causa pode ser estresse? Estudos recentes comprovam que os índices de estresse e ansiedade cresceram ainda mais durante o período de pandemia e isolamento social, e consequentemente nosso corpo dá sinais de que algo não está bem. A contração involuntária das pálpebras, por exemplo, é um sintoma que deve ser analisado.

Segundo o oftalmologista André Borba, especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia, a mioquimia é um dos problemas que pode acontecer com qualquer pessoa que esteja com alto nível de estresse, ansiedade, fadiga, excesso de

trabalho e poucas horas de sono revigorante. “A mioquimia é uma contração involuntária

localizada, rápida e espontânea de um ou mais músculos. É mais frequente na pálpebra mas pode ocorrer em outros pontos da face e até em mãos ou pés”, afirma o especialista.

É comum a mioquimia ser confundida com blefaroespasmo, contração automática das pálpebras, que geralmente atinge homens e mulheres a partir dos 60 anos e que não tem cura. “Normalmente a doença começa de forma discreta e aos poucos vai se intensificando. A pessoa pisca sem parar a ponto de não enxergar. Nos casos avançados do blefaroespasmo, a doença pode prejudicar totalmente a visão e atrapalhar o dia a dia e a execução de atividades simples do cotidiano como cozinhar, dirigir e ler”, alerta Borba.

Opinião

Inverno

Problemas na circulação sanguínea são mais frequentes no inverno

Com a aproximação do inverno, a atenção à saúde deve ser redobrada. As baixas temperaturas podem influenciar diretamente no sistema vascular da população, uma vez que, na tentativa de manter o corpo aquecido, os vasos sanguíneos se contraem em um mecanismo chamado vasoconstrição. Consequentemente, o sangue tem maior dificuldade para circular e

chegar às partes extremas do corpo, como pernas e pés. Por isso, pessoas que moram em regiões mais frias, naturalmente, devem preocupar-se com a saúde vascular durante todo o ano.

Essas condições deixam o organismo mais propício a desenvolver o Fenômeno de Raynaud. “O estreitamento dos vasos sanguíneos, que causa esse fenômeno, reduz o fluxo sanguíneo para as extremidades e determina uma diminuição da oxigenação dos tecidos. A pele pode ficar fria, pálida ou cianótica (arroxeada). Sintomas como dor e formigamento persistentes, além de feridas nos dedos, devem atentar para a necessidade de uma avaliação com um cirurgião vascular, pois denotam maior gravidade do quadro”, explica

o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, Dr. Luciano Amaral Domingues.

De acordo com o especialista, essa doença acomete cerca de 3% a 5% da população, mas, as probabilidades aumentam em mulheres jovens e pessoas que sofrem com estresse emocional e ansiedade. Outros problemas vasculares, como a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), isquemia cardíaca e a hipertensão podem ter agravamentos durante os períodos de frio intenso. Fatores pré-existentes como a obesidade, colesterol alto, diabetes e tabagismo também contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares.

Estreitamento dos vasos pode comprometer a chegada do sangue aos membros periféricos e aumentar a incidência de doenças vasculares

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Em tempos de Internet das Coisas (“IoT – Internet of Things”) e “Saúde 4.0”, dentre tantos avanços tecnológicos alcançados, era de se esperar que o segmento de saúde estivesse muito mais preparado para lidar com desafios como uma pandemia...

Mortes, quarentena, interrupção da atividade econômica e até “lockdown” são palavras que passaram a fazer parte do nosso cotidiano, dando a impressão que o “fim do mundo” está tão perto que, ao que tudo indica, de fato não estávamos preparados!

Porém, esta análise simplista pode ser usada de forma ampla e geral? Entendo que não. E para reforçar esta minha tese, gostaria de compartilhar um pouco a experiência da área de Diagnóstico!

Desde o início, a CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, entidade representativa do setor de diagnóstico in vitro, tem se movimentado para entender o que estava ocorrendo e assim, agir de forma proativa e cooperativa com os principais “stakeholders” a fim de buscar a necessária agilidade para lidar com uma pandemia de grandes proporções como a que ora vivemos.

Assim, considerando os pilares básicos: ACESSO, QUALIDADE, TREINAMENTO e EPIDEMIOLOGIA, conseguimos mostrar sim que o Setor pode rapidamente se preparar para lidar com grandes desafios.

ACESSOO primeiro desafio a ser encarado era

como permitir termos acesso às inovações que estavam sendo desenvolvidas à medida em que descobríamos mais a respeito da doença, até então desconhecida, sem gerarmos riscos desconhecidos para a população.

Neste sentido, a CBDL promoveu discussões com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância

Sanitária logo no início de março, indicando que a legislação vigente (Resolução RDC 36/2015) até então para o registro de diagnóstico in vitro não aprovaria boa parte dos produtos que estavam em desenvolvimento até mesmo por conta de documentos ou estudos incompletos. Assim, sensível a esta questão, as gerências responsáveis por registro e inspeções da ANVISA fizeram uma proposta à Diretoria Colegiada para flexibilizar o processo, sem descuidar da atenção e segurança do paciente.

As Resoluções RDC 346 e 348/2020 vieram permitir esta agilidade vital para garantir o acesso a mais de 115 produtos registrados até o momento (dentre mais de 300 petições submetidas), na mais diferentes tecnologias: testes rápidos imunocromatográficos, ELISA, quimioluminescência, biologia molecular (PCR TR), dentre tantas outras.

Tais produtos, se aprovados no modelo flexibilizado, terão um registro de 1 ano perante a ANVISA, que poderá ser estendido para 10 anos desde que se complementem os estudos com dados da vida real (como estudo de estabilidade, por exemplo).

QUALIDADEA qualidade dos kits, por sua vez, está sendo

monitorada por um projeto de iniciativa da CBDL com SBAC – Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, SBPC/ML – Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e ABRAMED – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, em cooperação com 8 laboratórios participantes que têm acesso a amostras de pacientes hospitalizados e bem caracterizados. Os detalhes podem ser vistos no sítio eletrônico www.testecovid19.org.

Esta iniciativa pioneira traz uma referência para

COVID-19: estávamos preparados?os mercados público e privado, cooperando assim inclusive com a ANVISA (vigilância pós-mercado), INCQS/Fiocruz e Ministério da Saúde. Traz dados relevantes para os próprios fabricantes, dentro de um processo de melhoria contínua, além de suprir os mercados com informações sobre a melhor utilização de cada kit, em termos de performance.

TREINAMENTOAlém das informações sobre o coronavírus, seus

achados e publicações, no site acima mencionado, buscamos compartilhar dados e conhecimentos, além, claro de treinamentos voltados inclusive para a testagem em farmácias – o que foi incorporado ao processo de testagem ampliada a pedido do Ministério da Saúde e aprovado pela ANVISA.

Haverá treinamentos disponibilizados pelas empresas fabricantes ou importadoras e até mesmo do Ministério da Saúde e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, neste caso para os testes adquiridos pelo governo federal para uso em profissionais de saúde e programas de saúde pública.

EPIDEMIOLOGIAPor fim, o último desafio é de fato unir todos

os elos para que as informações geradas por hospitais, laboratórios, farmácias e empresas (que podem testar desde que vinculadas a um laboratório), sejam elas reagentes ou não reagentes, sejam compartilhadas em uma única base, que poderá nos dar a real prevalência do coronavírus em nosso território, a velocidade de infecção e, principalmente, os principais focos de atenção para os programas de saúde pública. O conhecimento da doença e a informação sobre o seu comportamento demonstram quão importante é o diagnóstico como grande ferramenta à disposição da população e das autoridades! O fato é que sem diagnóstico, somos todos cegos!

Opinião

CARLOS EDUARDO GOUVÊA

Presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e presidente executivo da Aliança Latino-americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico in Vitro (Aladdiv).

[email protected]

SindHosp

Nova diretoria do SindHosp assume com propósitode implantar novo modelo de sindicalismo no país

Desenvolver e implantar o sindicalismo associativo, unindo a experiência sindical de 82 anos do SindHosp - Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo com o formato de relacionamento das entidades associativas da área da saúde. Esse é o objetivo da nova diretoria do SindHosp, maior sindicato patronal da área da saúde da América Latina, que assumiu em 1º de junho, para o triênio 2020-2023, com a presidência do médico Francisco Balestrin. O Sindicato representa atualmente 50 mil serviços de saúde e negocia os dissídios coletivos com 50 sindicatos de trabalhadores incluindo o de empregados na saúde, médicos e enfermeiros.

Francisco Balestrin traz na bagagem experiências como presidente da IHF-International Hospital Federation; da Anahp-Associação Nacional de Hospitais Privados e do CBEXs-Conselho de Administração do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde. Participa ainda do COMSAÚDE-Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia da FIESP.

Para o novo presidente do SindHosp, a ideia

é transformar a entidade em um benchmark na área de representatividade institucional. “Creio que o sindicalismo vive um momento de transformação, após a mudança da legislação trabalhista, em 2017. Vamos nos reinventar e tentar ser um exemplo de sindicalismo associativo para todo o país. E quando falo isso, falo em fazermos mais. Desempenhar as atividades sindicais como o SindHosp sempre fez e trazer novas iniciativas, hoje desenvolvidas pelas associações”, destaca.

Maior representatividade e empoderamentoPara Balestrin, a nova diretoria irá

implementar as mudanças necessárias com planejamento, no tempo adequado, buscando a adesão dos estabelecimentos de saúde e criando um sentimento de pertencimento. “Faremos isso dentro de uma visão contemporânea de sindicalismo associativo. Percebemos que chegamos até aqui com sucesso, mas temos oportunidade de fazer mais pelo nosso setor. Teremos mais serviços, produtos e oportunidades para oferecer, pois vamos atuar com o mundo sindical e o associativo ao mesmo tempo e, dessa forma, dar aos empresários e gestores maior representatividade e um real empoderamento. Queremos que o SindHosp seja uma entidade ainda mais importante para o mercado, que seja referência para a sociedade paulista, brasileira e para as autoridades do setor”, destaca Balestrin.

O médico Yussif Ali Mere Jr deixa a presidência do SindHosp, mas continua na presidência da FEHOESP - Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo e integra também a nova diretoria.

Francisco Balestrin, novo presidentre do SindHosp

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Enquanto o mundo assistia incrédulo ao crescimento da maior pandemia de nossa geração, um cenário desafiador, incerto, mas também muito oportuno; surgia para o setor da medicina diagnóstica.

A nossa especialidade médica, já fundamental no diagnóstico, prevenção e estadiamento de diversas doenças, se viu diante de um novo desafio: o diagnóstico laboratorial da COVID 19.

Elencados como essencial pela OMS – Organização Mundial de Saúde, os testes específicos para o Sars-Cov-2 ganharam notoriedade na mídia,

no governo e nas discussões científicas e populares – disseminadas nas redes sociais.

Desde o primeiro caso diagnosticado no país, até os dias de hoje com a pandemia em curso, os desafios são diários. A ampliação da capacidade produtiva de testagem no país já se fez mandatória logo no início da pandemia quando a demanda pelos testes explodiu em todas as regiões. Diante deste desafio, muitos médicos patologistas clínicos e profissionais da área da saúde que atuam em diferentes laboratórios públicos e privados espalhados pelo Brasil iniciaram um trabalho

A Importância Diagnóstica

DR. CARLOS EDUARDO DOS SANTOS FERREIRA

Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para o biênio 2020-2021Gerente Médico do Departamento de Patologia Clínica. Laboratório Clínico - Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert EinsteinCoordenador Médico do Setor de Imunoquímica do Laboratório Central do Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal São Paulo (EPM/UNIFESP)[email protected]

Opinião

árduo para conseguir prover mais testes de PCR (reação em cadeia polimerase) em tempo real para a COVID 19 (teste padrão ouro na identificação do coronavírus). Parcerias público privadas, doações de empresas, empréstimos, trocas, aquisições de equipamentos e insumos; entre outras ações para otimizar a nossa capacidade produtiva. Isto no meio da maior guerra comercial por insumos e maquinários para este tipo de teste. E ressalto aqui mais uma vez o protagonismo dos laboratórios clínicos brasileiros que uniram esforços antecipadamente, mesmo quando o vírus ainda não tinha chegado ao Brasil, para já se prepararem para o enfrentamento dessa pandemia.

A mesma força tarefa ocorreu quando as amostras recebidas pelo Governo de diferentes estados começaram a ficar represadas em filas para serem processadas. Novamente, os laboratórios privados em parcerias com os serviços públicos conseguiram unir seus esforços para que as amostras pudessem ser processadas e os resultados fossem disponibilizados.

Apesar de todos os esforços, ainda não conseguimos ofertar uma capacidade produtiva para atender todo país. O trabalho continua Brasil a fora para que a cada dia consigamos ampliar a testagem visando um melhor dimensionamento da pandemia em todo território nacional (estados, cidades e bairros específicos). Nas últimas semanas os testes sorológicos começaram a chegar ao país para contribuir no diagnóstico, mas também trouxe com ele muitos outros desafios. Entre eles: avaliação de qualidade dos diferentes kits e testes rápidos, fluxo de coleta e processamento destes testes, regulações e toda a discussão do melhor momento para a coleta e a correta interpretação destes testes.

A nossa especialidade está buscando aprendizados no curso desta crise. Conseguimos mostrar a nossa força e reforçar o que sempre acreditamos. Diagnosticar corretamente, com segurança e salva vidas. E no caso do novo Coronavírus, o diagnóstico não se limita apenas ao uso médico, essencial, que define o tratamento. Mas neste caso é ainda mais amplo, ele pode definir diferentes estratégias de enfrentamento da doença e de isolamento social no país.

Se hoje temos mais de 200 mil infectados no país, certamente este número ainda deve ser muito maior devido a baixa capacidade de testagem, que ainda é nossa realidade, apesar de todos os esforços que estão sendo feitos e que já foram colocados aqui. Vale a ressalva que não são subnotificações, mas sim, muitos casos sub diagnosticados. Muitos pacientes que estão entrando em contato com o vírus ou entraram em contato com o vírus e já estão curados não foram testados. Em um país com a nossa dimensão e com mais de 200 milhões de habitantes, a circulação do vírus ainda é relativamente pequena e estratégias para a ampliação da testagem no país com avalições em grupos amostrais pode ser uma boa estratégia para melhor entendimento do nosso momento. E com isso conseguiremos usar de forma inteligente os recursos disponíveis.

O exame correto é aquele realizado no paciente certo, no momento certo, da forma certa e com o resultado certo.

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Opinião

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SBACDiretor da Lab Farm Consult

[email protected]

Testar é prioridadeO mundo assiste estarrecido ao evento mais

funesto que até agora o assolou. Inimaginável que uma pandemia possa se sobrepor aos danos causados por tantas guerras já ocorridas, mesmo que bens públicos, residências e estruturas coletivas permaneçam intactas.

Nada superou a dor moral, física e emocional de viver e conviver com uma estrutura viral extremamente agressiva que viajou da China para percorrer todo globo terrestre, deixando um triste legado de mortos e doentes com longas e difíceis recuperações.

O mundo parou, o Brasil parou, através de quarentenas, distanciamentos sociais e “lockdowns”. Cessaram quase todas atividades rotineiras, famílias foram enlutadas, além de subtraída, de parte importante da população, a capacidade de subsistência.

Para a maioria, a vida resume-se no ficar em casa, com as crianças e jovens, desprovidos da frequência às escolas, sem perspectivas concretas de retorno à total normalidade.

Estamos às véperas do segundo estágio da pandemia, alvo já obtido em alguns países, tais como Alemanha e Coreia do Sul. Momento em que é alcançado o setor descendente da curva, o número de novos diagnósticos é inferior aos de curados e os óbitos diários começam a diminuir.

Nessa situação, algumas atividades entram em fase de retorno. Essa situação acontece com mais visibilidade em países de menor área territorial,

justamente o exemplo da Alemanha, Coréia do Sul e outros de território similar. Países com dimensões continentais, o nosso, os EUA e a China, possuem área bem superior a 20 Coréias do Sul e Alemanhas.

Nos países continentes existem diversidades nos estágios da pandemia espalhados por suas superfícies territoriais. Dependem das regiões da entrada do vírus e as direções tomadas pelos eventuais contaminados. New York é o exemplo mais clássico.

Esse estágio estará concretizados ao momento em que o número de novos contaminados diminuir. Restarão apenas doentes em fase de recuperação e poucos necessitando diagnóstico.

Nesta situação, os testes laboratoriais para diagnósticos iniciais RT-PCR, mesmo sendo padrão ouro, terão diminuídas as suas importâncias fundamentais. Serão invocados apenas em novos casos ou em eventuais reinfecções, raras, porém descritas.

É chegada a hora do mapeamento imunológico da população. De importância transcendental para verificar contaminados ainda recentes, IgM reagentes, os imunes IgG reagentes.

Essa avaliação também é absolutamente necessária tendo em vista à liberação dos espaços públicos para atividades escolares, culturais, físicas, comércio, confraternizações e recreações.

Apesquisa dos anticorpos poderá ser realizada em Laboratórios de Análises Clínicas pelas metodologias ELISA, QML ou TLPs.

Em farmácias através de TLPs, com base na

RDC 377/2020 que permite, de forma temporária e excepcional, enquanto perdurar a pandemia, a execução desses procedimentos. Sem nenhuma referência a controle de qualidade, mesmo sendo procedimentos laboratoriais.

A principal inovação nessa atividade foi apresentada há poucos dias por uma Empresa de tecnologia do Rio de Janeiro para a realização de TLPs.

Consiste num sistema de informática, representado através de um tablet com LIS próprio, destinados a todos os procedimentos laboratoriais, passiveis de serem realizados pela metodologia imunocromatográfica, inclusive para SARS-CoV 2. O LIS acessível pelo tablet permite o registro de todos os dados do paciente, efetua a leitura do código de barras do “pack” e emite os dados do teste. Os resultados são enviados via aplicativo ao cliente, com notificação aos setores competentes do Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária. O texto dos laudos e o Controle de Qualidade interno e externo são os padronizados pela SBAC e PNCQ.

O consumo dos testes é gerenciado pelo LIS e, à medida que forem sendo utilizados, serão repostos, de forma automática, pela operação logística integrada.

Desta forma, todos os Laboratórios de Análises Clínicas do país, mesmo aqueles localizados nos mais longínquos rincões, terão a possibilidade de participar, de forma ativa, e com qualidade, nesta empreitada pela saúde.

Trombose e Hemostasia (ISTH), auxiliando na estratificação da gravidade por infecção do COVID-19.

O teste do D-Dímero é de uso clinicamente significativo na decisão do diagnóstico de pacientes com suspeitas de episódios trombóticos, tais como a trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e coagulação intravascular disseminada (CID/CIVD).

D-Dímero mLabs®

Auxílio na estratificação da gravidade por infecção do COVID - 19 Com a disseminação do COVID-19, diversos

estudos estão sendo publicados, possibilitando o maior conhecimento da doença na tentativa de reduzir o número de casos e a gravidade dos indivíduos infectados.

Recentemente pesquisadores chineses avaliaram achados laboratoriais os quais foram correlacionados valores elevados de D-Dímero como valor preditivo para a gravidade da doença, conforme artigo publicado no The Journal of Thrombosis and Haemostasis.

Diante aos novos estudos a Sociedade Britânica de Hematologia, sugeriu a execução de testes de coagulação em indivíduos infectados por COVID-19. Dentre os testes laboratoriais, está recomendado a dosagem do D-Dímero, permitindo assim com os outros testes de coagulação o cálculo do escore de coagulação intravascular disseminada estabelecido pela Sociedade Internacional de

Para maiores informações, entre em contato através do e-mail [email protected]

ou (11) 5185- 8181.

O teste de D-Dímero realizado no equipamento mLabs® tem como metodologia a imunofluorescência num cartucho micro fluídico.

Utilizando um baixo volume de amostra de sangue total, permite a execução do teste a beira do leito do paciente.

Referências bibliográficas:• Tang, Ning, et al. “Abnormal Coagulation parameters

are associated with poor prognosis in patients with novel coronavirus pneumonia.” Journal of Thrombosis and Haemostasis (2020).

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Dr. Wilson Shcolnik Médico patologista clínico, presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e do Conselho de Ex-Presidentes da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), membro da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e da Câmara Técnica de Segurança do Paciente do CFM

[email protected]

Cenário de pandemia mostra o valor da medicina diagnósticaA pandemia do novo coronavírus terá impactos

significativos e ainda não completamente dimensionados sobre a sociedade. É um evento inédito na história, dado que, no passado, epidemias parecidas se desenvolveram em um cenário de menor integração entre países e reduzida densidade populacional.

Visando interromper a cadeia de infecção e proteger a população da pandemia, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de testar maciçamente as comunidades envolve a realização em larga escala de exames combinada com o isolamento social. Essa diretriz traz importantes debates sobre o valor da medicina diagnóstica no controle de grandes surtos e sobre o uso racional de exames para a garantia de atendimento a toda a população. Também levanta discussões quanto à qualidade e aplicabilidade de diferentes metodologias diagnósticas.

É preciso lembrar que a Covid-19 é uma doença surgida no fim de 2019. Portanto, quando o novo coronavírus foi identificado na China, nenhum país no mundo estava preparado para enfrentá-lo. Logo que o surto chegou ao Brasil, alguns poucos laboratórios públicos e privados iniciaram uma movimentação a fim de desenvolver in house os primeiros exames moleculares para diagnóstico da infecção.

Para o diagnóstico preciso, a OMS indica como padrão ouro o método molecular RT-PCR (reação em cadeia da polimerase em tempo real). Exame de alta complexidade realizado em laboratórios especializados, o teste é bastante confiável e, portanto, gera resultados conclusivos a partir da identificação de material genético do vírus em amostras colhidas preferencialmente das vias respiratórias dos pacientes.

Porém, quando a curva de contaminação

começou a subir, os países foram obrigados a gerir melhor seus estoques de insumos para que os testes fossem utilizados racionalmente e, assim, pudessem atender da melhor forma às necessidades populacionais. No Brasil, o Ministério da Saúde mudou sua abordagem, direcionando os exames exclusivamente aos hospitais para pacientes sintomáticos graves. Essa atitude, naquele momento, contribuiu para o melhor atendimento às pessoas que buscavam esclarecimento diagnóstico.

Com a alta demanda e a indústria da saúde trabalhando no desenvolvimento de novos exames, o setor de diagnósticos no Brasil se mostra preocupado com a qualidade dos testes disponíveis no país. Principalmente dos sorológicos – entre eles os testes rápidos –, que identificam os anticorpos do SARS-CoV-2 em amostras sanguíneas e podem exercer importante papel na identificação da população que já teve contato com o novo coronavírus.

Com relação aos testes rápidos, se não tiverem qualidade e desempenho validados e não forem executados seguindo as recomendações das sociedades científicas, podem gerar resultados equivocados, colocando a população em risco.

Para mitigar esses riscos, os testes registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisam passar por validação, um procedimento habitual observado nas boas práticas laboratoriais. Os dispositivos de testes rápidos em uso no sistema público são validados pelo Ministério da Saúde por meio do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz. Paralelamente, uma força-tarefa que utiliza a estrutura de grandes laboratórios com atendimento hospitalar, firmada entre a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a Câmara Brasileira de Diagnóstico

Laboratorial (CBDL), a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), está trabalhando na validação de diferentes kits de testes sorológicos e disponibilizando os resultados no portal www.testecovid19.org.

Dessa forma, a união dos diferentes métodos diagnósticos, aí incluídas novas metodologias moleculares propostas por cientistas brasileiros, em uma estratégia bem consolidada contribuirá para o entendimento da evolução da pandemia em nosso país e reforçará a importância do setor de diagnóstico para a saúde pública.

É indiscutível que, no caso de riscos biológicos graves, como surtos virais, a medicina laboratorial desempenha um papel central na rápida e precisa identificação de novos micro-organismos.

Com relação a evolução da Covid-19, não se pode desconsiderar que, embora casos leves imitem infecções virais comuns de vias respiratórias superiores, a disfunção respiratória se torna a principal fonte de morbimortalidade à medida que a doença avança. Assim, respeitando a probabilidade pré-teste, os fatores de risco para progressão da doença e as restrições de recursos, o diagnóstico por imagem por meio de radiografia de tórax (RXT) e tomografia computadorizada (TC) podem ser consideradas ferramentas fundamentais para o diagnóstico e gerenciamento da doença pulmonar.

Todo esse contexto reforça o papel de alta relevância da medicina diagnóstica em meio a uma crise de saúde como a que estamos vivendo, ajudando a guiar ações de saúde pública e medidas de controle, bem como atuando no monitoramento das tendências, da efetividade das estratégias e das intervenções adotadas pelo Estado.

Opinião

A BAP1 tumor predisposition syndrome (BAP1-TPDS) é uma síndrome de predisposição tumoral recentemente descrita, na qual o indivíduo acometido encontra-se diante de um risco aumentado a diversos tipos de câncer tais como Melanoma Uveal, Mesotelioma Maligno, Melanoma cutâneo, Tumor de spitz atípico e Carcinoma Basocelular. Diversos tumores podem ser originados em um paciente portador da BAP1-TPDS, contudo apenas os citados anteriormente foram confirmados, até o presente momento, como neoplasias índice para avaliar a necessidade de testes subsequentes para a BAP1-TPDS.

A BRCA1-associated protein-1 (BAP1) é um gene supressor tumoral identificado em 1998 e quando exibe mutação somática predispõe ao surgimento mais precoce de diversas neoplasias, não apenas as confirmadas para avalição de testes subsequentes. Além disso, há diversos relatos de que os tumores associados a mutação do BAP1 exibem comportamento biológico mais agressivo do que seus correlatos desprovidos da mutação.

Após o acompanhamento de diversas famílias portadoras da BAP1-TPDS uma proposta de guideline foi preparado por Chau C et al (Cancers 2019, 11, 1114) conforme tabela abaixo:

Estudo imuno-histoquímico para BAP1 – Quando utilizar?

Diagnósticos do BrasilTel:. 11 3868-9800

[email protected]

• Melanoma uveal: Surgimento antes de 40 anos de idade

• Melanoma cutâneo: Surgimento antes dos 18 anos de idade

• Mesotelioma maligno: Surgimento antes dos 50 anos de idade

• Carcinoma de células renais: Surgimento antes dos 46 anos

• Tumor de Spitz Atípico: Todas as idades • Carcinoma Basocelular: Surgimento antes dos

50 anos Dentre os testes existentes para pesquisar os

casos que preencham os critérios estão as análises gênicas tais como o sequenciamento completo, e a análise gênica de duplicação/deleção. Mas como método de rastreamento pode-se optar por realizar o estudo imuno-histoquímico para o BAP-1, onde o valor de referências nestes testes para inclusão é o Negativo (Perda da expressão nuclear). O estudo imuno-histoquímico para pesquisa da perda de expressão do BAP1 além de ser conveniente por não necessitar de nova coleta possui um baixo custo quando comparado aos demais testes genéticos.

A importância dessa pesquisa não se restringe apenas ao indivíduo acometido, mas também seu familiares de primeiro e segundo grau; onde a penetrância estimada da BAP1-TPDS é cerca de 85%. Os indivíduos acometidos necessitaram de acompanhamento especializado e devem realizar rastreamento precoce das neoplasias índices, sendo a mais precocemente rastreada o Melanoma Uveal a qual deve iniciar os exames de seguimento aos 11 anos de idade.

Material elaborado por: Dra. Renata Sacchi - CRM: 121316, Gerente

geral do DB Patologia Dr. Gregório Wrublevski Pereira - CRM:

158.684, Responsável pelo setor de Imuno-histoquímica e Patologia molecular do DB Patologia

Referências: . Masoomian B, Shields JA, Shields CL. Overview

of BAP1 cancer predisposition syndrome and the relationship to uveal melanoma. J Curr Ophthalmol. 2018;30(2):102-109. Published 2018 Mar 22. doi:10.1016/j.joco.2018.02.005

. Walpole S, Pritchard AL, Cebulla CM, et al. Comprehensive Study of the Clinical Phenotype of Germline BAP1 Variant-Carrying Families Worldwide. J Natl Cancer Inst. 2018;110(12):1328-1341. doi:10.1093/jnci/djy171

. Pilarski R, Rai K, Cebulla C, et al. BAP1 Tumor Predisposition Syndrome. 2016 Oct 13 [Updated 2020 Apr 9]. In: Adam MP, Ardinger HH, Pagon RA, et al., editors. GeneReviews® [Internet]. Seattle (WA): University of Washington, Seattle; 1993-2020. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK390611/

Chau C, van Doorn R, van Poppelen NM, et al. Families with BAP1-Tumor Predisposition Syndrome in The Netherlands: Path to Identification and a Proposal for Genetic Screening Guidelines. Cancers (Basel). 2019;11(8):1114. Published 2019 Aug 4. doi:10.3390/cancers11081114

Mesmo diante destes tumores a um refinamento importante do critério de inclusão no guideline exposto acima que é a idade de surgimento dos tumores conforme listado abaixo:

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Opinião

melhores que já passaram por lá.Hoje estamos um pouco atrapalhados, pois a

bagunça dos feriados antecipados nos faz adiar eventos e comemorarmos O DIA DO BIOMÉDICO (20/11) agora é programarmos o Natal para semama que vem.

Pior mesmo é a situação dos profissionais da saúde, a frente da desgraça, sem roupa, proteção, equipamento, além da incompreensão dos dirigentes do País que politizaram a pandemia.

Quem tem fé, como eu, reza e torce pelos companheiros; quem não tem cuide-se, porque não tem salvação.

Que Deus nos abençoe.

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO CAMPOSPresidente do CRBM – 1ª Região

Mais uma vez a “MALDITA POLÍTICA’ interferiu na saúde e prejudicou a nação brasileira.

Não foi a primeira vez.Por décadas somos açoitados pelos ocupantes do

Ministério da Saúde e pela irresponsabilidade deles ao produzir e conduzir a Tabela SUS.

Foi preciso uma catástrofe, ou CORONA VÍRUS, para escancarar projetos podres elencados pelo Ministério.

Aí, além de lentos e sem criatividade os ocupantes deste governo ainda tiveram que confrontar os leigos e fortes defensores da economia.

Tragédia anunciada: milhares de enfermos e de mortos; e previsão de outros milhares de óbitos.

Pujantes irresponsáveisNão temos defesa: falta médico, equipamento,

leito hospitalar e gente preparada para atender o povão.

Criamos, de novo, uma guerra de ricos contra pobres, com uma explicação simplista: o vírus foi trazido pelos ricos e os pobres vão ser dizimados.

E a doença pegou todo mundo, não há para onde viajar e se esconder.

O pico já virou pico, a curva é só ascendente e a expectativa de nos livrarmos da pandemia é a pior possível.

Já mudamos dois Ministros, temos um militar no comando da Saúde, o que não nos traumatiza pois já tivemos José Serra, economista, como um dos

[email protected]

Quase cinco milhões de casos de Covid-19 com mais de 320 mil mortes em todo o mundo. No Brasil, cerca de 290 mil casos com mais de 19 mil mortes. Estes são os números oficiais da pandemia na data de concepção desse artigo. O coronavírus gerou uma crise mundial de saúde pública de proporção inimaginável, que desafia a medicina, a ciência, a economia mundial, os sistemas de saúde, a organização e eficiência dos Estados e os limites e direitos das sociedades. Alguns cientistas sociais já afirmam que o novo coronavírus simboliza o fim do século 20, assim como a gripe espanhola marcou o término do século 19.

É fato que nenhum sistema de saúde está preparado para uma crise dessa magnitude, que exige medidas sanitárias rígidas, organização e maior controle do sistema e disponibilidade de leitos de alta complexidade em quantidade suficiente para atender aos casos mais graves. No Brasil, o Estado de São Paulo, epicentro da doença, merece destaque. Agiu com rapidez, com base em recomendações técnicas e está conseguindo achatar a curva de transmissão,

importante para que o sistema de saúde não entre em colapso. Por ser o Estado mais populoso do país e a cidade de São Paulo uma das cinco maiores do mundo, os números de casos e mortes por aqui assustam, mas precisam ser analisados com metodologia. E as estatísticas mostram que as medidas paulistas estão surtindo o efeito desejado.

Das 20 cidades brasileiras com maior mortalidade por Covid-19 por grupo de 100 mil habitantes, nenhuma é paulista. Há cinco capitais nesse grupo: Belém (61 mortes por 100 mil); Fortaleza (50 mortes por 100 mil); Manaus (48 por 100 mil); Recife (42 por 100 mil) e São Luiz (41 por cem mil). Quando analisada apenas a maior incidência de casos por grupo de 100 mil, entre 20 cidades brasileiras há apenas uma paulista: Jaci, com 1.217 casos por grupo de 100 mil habitantes.

Guerras e pandemias têm, historicamente, o poder de acelerar mudanças. E o coronavírus está fazendo isso. Não recordo de colaborações tão significativas de empresas privadas em prol da Saúde como as que estamos presenciando no

Covid-19 pode ser um divisor de águaspaís. Acredito que essa movimentação pode levar a uma nova conscientização da sociedade sobre a importância do investimento em saúde e o papel desse setor no desenvolvimento do Brasil.

Paralelamente, o setor privado de prestação de serviços de saúde está fazendo sua parte na assistência aos doentes, colaborando com o poder público e fazendo a diferença. Aliás, ocupando nessa pandemia o protagonismo que sempre teve, afinal, sem os estabelecimentos privados de saúde o Sistema Único de Saúde (SUS) não existiria. A oportunidade para que uma maior integração entre os setores público e privado de saúde realmente ocorra nunca foi tão grande. Que saibamos aproveitá-la.

Momentos de crises e dificuldades têm o poder de gerar iniciativas transformadoras. A pandemia escancarou os problemas da saúde e a sociedade exigirá respostas. Temos, portanto, a faca e o queijo nas mãos para resolver definitivamente os problemas da Saúde no país. A pandemia de Covid-19 pode ser um divisor de águas.

DR. YUSSIF ALI MERE JR

[email protected]

Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo(FEHOESP e SINDHOSP) e do SindRibeirão

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Fabrício Campolina Coordenador do Comitê de Transformação Digital da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED) - www.abimed.org.br

O papel da telemedicina e da tecnologia- dispositivos médicos - durante e pós-Covid-19

A “Grande Quarentena” tem acelerado mudanças importantes em nossa sociedade. Primeiro, destaco a virtualização de diversas atividades em um prazo bem curto e em grande escala. Segundo, nota-se o aumento da preocupação dos pacientes em relação ao risco de infecções em ambientes hospitalares. Terceiro, a agilidade necessária em tempos de crise resultou, por exemplo, na rápida regulamentação pelo Ministério da Saúde da telemedicina durante o período da pandemia. Finalmente, a sociedade despertou para a fragilidade de seu sistema de saúde e da grande dependência da economia para seu adequado funcionamento.

A combinação destas mudanças irá proporcionar um grande avanço no virtual care (cuidado virtual) no Brasil, incluindo a telemedicina e monitoramento remoto de pacientes. O “novo normal” contará também com a evolução do business as usual (negócio como de costume) para health as never (saúde como nunca).

Importante reconhecer que outro impulso importante irá ocorrer com a democratização da tecnologia 5G, que será até 100 vezes mais rápida que a tecnologia atual, suportando milhões de dispositivos conectados por metro e com transmissão de dados virtualmente instantânea. O leilão para a tecnologia 5G no Brasil deverá ocorrer em 2021.

Além disto, a adoção em massa de wearables (ou “tecnologia vestível”), que já atinge 21% dos americanos, segundo pesquisa recente do Pew Research Center, permitirá monitoramento contínuo de batimento e pressão cardíaca, oxigenação do

sangue, nível de glicose, qualidade de sono e nível de atividade física.

Neste momento de distanciamento social, profissionais de saúde têm aprendido a estabelecer a conexão médico-paciente de formal virtual. Conforme artigo publicado recentemente no The New York Times, a telemedicina pode resultar em diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentar a eficiência do atendimento e reduzir o estresse do paciente. Entre as vantagens, estão a redução de longos tempo de espera para atendimento, menor custo e praticidade do atendimento virtual, importante também para pacientes idosos com dificuldade de sair de casa.

O entendimento do escopo ao qual se aplica cuidado virtual é outro que pode ser ampliado. A visão predominante antes da Covid-19 engloba o uso de telemedicina para orientações em casos de baixa complexidade e seguido de uma primeira consulta presencial. Com os aprendizados ocorridos durante este período, a compreensão sobre o potencial da telemedicina poderá ir além do atual, em especial sobre sua aplicação em regiões remotas em que a alternativa de atendimento presencial é muito limitada.

As questões relacionadas a cybersecurity e privacidade também têm tido bastante destaque durante a pandemia. Penso ter ficado bem mais claro a todos sobre a importância de fazer uma seleção adequada das ferramentas de telemedicina, buscando aquelas de fontes confiáveis e que cumpram requisitos legais de privacidade e garantam a verificação de identidade e a integridade e proteção dos dados.

Finalmente, o avanço tecnológico, em particular aquele relacionado à área de mobile health, tem permitido cada vez mais a desospitalização. Esta tendência reduz custos e evita infecções hospitalares, e, ao mesmo tempo, proporciona aos pacientes um ambiente de menor estresse e maior conforto para enfrentar sua doença. O Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, por exemplo, tem um programa para monitorar remotamente o peso, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e o nível de oxigênio no sangue de pacientes crônicos. Desta forma, diante de qualquer alteração significativa, uma enfermeira entra em contato telefônico para manter a doença sob controle e evitar hospitalizações. Para tratamento de casos agudos, o Hospital at Home (HaH) – ou Hospital em Casa – do Johns Hopkins tem sido uma referência, com os pacientes sendo admitidos em sua própria casa e cuidados por meio de telemedicina e sistemas avançados de monitoramento, ao mesmo tempo em que recebem visitas diárias de médicos e demais profissionais de saúde. Acreditamos que o novo normal deverá contemplar também a adoção de programas como estes por diversos hospitais pelo Brasil.

Enfim, os impactos da pandemia com a COVID-19 irão acelerar tendências como desospitalização, adoção da telemedicina e cuidado virtual, fazendo com que a distância física seja uma variável de menor relevância à medida em que o mundo virtual vá se integrando, colaborando, se colocando em lado a lado com nosso mundo físico.

[email protected]

Opinião

Relacionamento Wama Diagnóstica:Tel: +55 16 3377.9977 SAC: 0800 772 9977

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Diagnóstico rápido para Zika vírus

A WAMA Diagnóstica, empresa de destaque no mercado de testes rápidos, disponibiliza um aliado no diagnóstico da infecção pelo vírus Zika: o kit Imuno-Rápido ZIKA IgG/IgM. O teste utiliza a metodologia imunocromatográfica para detecção qualitativa de anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika com a finalidade de identificar de forma precisa, rápida e econômica, indivíduos infectados por este antígeno.

O agente causador da febre Zika é um arbovírus do gênero flavivírus pertencente à mesma família dos vírus da dengue e febra amarela (Flaviviridae). Assim como os vírus da dengue, febre amarela e chikungunya, o Zika vírus tem como sua principal fonte de transmissão a picada de mosquitos do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti, infectado.

Apenas 20% dos pacientes infectados pelo vírus Zika apresentam uma infecção sintomática. Os sintomas mais comuns são febre, cefaleia, erupções e manchas vermelhas na pele (exantema), dores nas articulações e músculos, e conjuntivite (coceira e vermelhidão nos olhos), que normalmente persistem por

2 a 7 dias. Em alguns casos, as dores nas articulações e músculos podem estar presentes por um período de aproximadamente um mês. Apesar de ser uma infecção aparentemente benigna, estudos recentes relacionaram a infecção por Zika vírus com o nascimento de crianças com microcefalia e também com a síndrome de Guillain-Barré.

Não há vacina para prevenção, nem um tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Dessa forma, em casos de pacientes sintomáticos, recomenda-se um

tratamento para alívio dos sintomas com o uso de paracetamol ou dipirona, que auxiliam no controle da febre e manejo da dor, além de repouso e ingestão de líquidos para combater a desidratação.

O kit Imuno-Rápido ZIKA IgG/IgM da WAMA Diagnóstica possui excelentes sensibilidade e especificidade na detecção qualitativa dos anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika utilizando sangue total, soro ou plasma do paciente. O teste auxilia de forma eficiente, rápida e simples o diagnóstico de indivíduos com infecção pelo vírus Zika. Dessa forma, novamente a WAMA Diagnóstica reafirma sua posição de destaque no mercado, oferecendo a seus clientes mais um kit certificado pelo rígido controle de qualidade ao qual seu portfólio de produtos é submetido.

- Apresentações: 10, 20 e 40 testes.

WAMA Diagnóstica apresenta kit que pode detectar anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika em amostras de soro, plasma e sangue total de pacientes.

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2020

O Sistema VITROS® 350 da Ortho Clinical Diagnostics

Projetado para ajudá-lo a simplificar e entregar efetivamente resultados que fazem a diferença para os pacientes.

A Ortho Clinical Diagnostics desenvolveu o Sistema VITROS® 350, um sistema químico projetado para ser eficiente, confiável e, acima de tudo, fácil de usar como um sistema primário, STAT ou de backup.

Sistema de Química Clínica VITROS® 350Desenvolvido para fornecer resultados

precisos rapidamente, o sistema permite a obtenção de até 350 resultados por hora, com mais de 40 químicas a bordo. O sistema leva em média 5 minutos para reportar um resultado, ajudando você a simplificar processos e entregar efetivamente resultados ágios, apesar da alta demanda.

Além da fácil utilização, esse aparelho ocupa pouco espaço e não requer drenos, tubulações ou água deionizada para seu funcionamento por utilizar a tecnologia patenteada de química seca Vitros® MicroSlide, otimizando o custo do processo e trazendo mais confiança para os

[email protected]+55 (19) 33033800+55 (65) 36424387+55 (67) 33274566

minimizar o risco de resultados errôneos. Com menor número de repetições, reaspirações e diluições do que os sistemas líquidos tradicionais, evita-se atrasos de teste com o automonitoramento que alerta os operadores a tomarem medidas imediatas.

Tudo isso é possível obter no Vitros® 350, reconhecido por sua eficiência otimizada que permite mais de 60 posições de reagente dentro do equipamento, além de conter um amplo Menu de Ensaios para liberar resultados de rotina e em situações emergenciais. A produtividade de até 350 teste por hora, permite que sua equipe fique disponível para se dedicar a outras tarefas no laboratório.

O CQC preocupado em distribuir o que há de melhor no mercado Diagnóstico em parceria com a Ortho Clinical Diagnostics, disponibiliza reagentes e equipamentos de alta tecnologia para seu laboratório.

ANVISA: SISTEMA ANALISADOR VITROS Nº 81246986818

resultados do seu paciente. Essa tecnologia é composta por um filme fino de multicamadas de reagente seco. Quando plasma, soro, urina ou líquido cefalorraquidiano entram em contato com essas camadas de químicas secas, ocorre uma reação medida pelos sistemas VITROS®.

VITROS® MicroSlideO MicroSlide revolucionou o campo de

diagnósticos, fornecendo aos profissionais clínicos meios para receber resultados de alta qualidade, com rapidez, eficiência, economia e melhor gestão de resíduos, sem utilização de água em nenhum dos processo. Desde então, a Ortho continua a evoluir a química seca para satisfazer as necessidades de seus clientes.

Visto que a Ortho tem como prioridade a excelência nos resultados, o processamento da amostra original também é feito com ponteiras descartáveis de uso único que evitam carregamento de amostras e contaminação cruzada de reagentes, trazendo mais segurança para o seu resultado. Além disso, com a tecnologia Intellicheck é possível ter o monitoramento do processo em tempo real com rastreabilidade totalmente documentada para

técnica “padrão ouro” de High Performance Liquid Chromatography (HPLC), sendo que o kit conta com duas apresentações, todas com controle incluso. A frutosamina, a exemplo do teste de glicose, também é monoreagente, dosada por colorimetria e possui calibrador incluso no kit.

A BioTécnica conta com uma equipe especializada em suporte ao cliente para auxiliar em possíveis dúvidas relacionadas a todos os produtos disponíveis em nosso catálogo. Para maiores informações, nossa equipe de vendas está a disposição para lhe atender.

Referências:1 – Disponível em: <http://www.sbac.org.br/

blog/2018/11/26/qual-a-situacao-da-diabetes-no-brasil/>. Acesso em: 07 de abril de 2020.

2 – Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/lanres/article/PIIS2213-2600(20)30116-8/fulltext?fbclid=IwAR386i_pSpniyqPYaSEikp2ttI_J_fRshtKpUJ83MvHOsVLMjzsjxA4RFFo>. Acesso em: 07 de abril de 2020.

3 - Tai W, He L, Zhang X, Pu J, Voronin D, Jiang S, et al. Characterization of the receptor-binding domain (RBD) of 2019 novel coronavirus: implication for development of RBD protein as a viral attachment inhibitor and vaccine. Cellular & molecular immunology. 2020.

4 - Critchell CD, Savarese V, Callahan A, Aboud C, Jabbour S, Marik P. Accuracy of bedside capillary blood glucose measurements in critically ill patients. Intensive care medicine. 2007;33(12):2079-84.

5 - Feitosa AC, Andrade FS. [Evaluation of fructosamine as a parameter of blood glucose control in diabetic pregnant women]. Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia. 2014;58(7):724-30.

6 – Disponível em: <https://www.biotecnica.ind.br/downloads/BIOQUIMICA/Glicose_10.008.00/IU/Glicose.pdf>. Acesso em: 08 de abril de 2020.

7 – Disponível em: <https://www.biotecnica.ind.br/downloads/TURBIDIMENTRIA/HbA1C_2002500/IU/HbA1C.pdf>. Acesso em: 08 de abril de 2020.

8 – Disponível em: <https://www.biotecnica.ind.br/downloads/BIOQUIMICA/Frutosamina_10.017.00/IU/Frutosamina.pdf/>. Acesso em: 08 de abril de 2020.

Diabetes e coronavírusEm meio à pandemia do novo Coronavírus,

temos observado que alguns fatores de comorbidade parecem estar associados ao agravamento da infecção, como doenças pulmonares, cardiovasculares e metabólicas, sendo que nesse último grupo, destaca-se a diabetes.

Segundo dados OMS, em 2018 estimava-se que 1 em cada 11 pessoas no mundo estavam com diabetes (1). A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas publicou um boletim em seu site dizendo que em 2018, 8,9% da população brasileira estava com a doença (1). Esses dados indicam que muitas pessoas estão vulneráveis a complicações da Covid-19, mas qual a relação entre ser diabético e apresentar essas complicações que podem até evoluir ao óbito?

Para responder a essa pergunta, fizemos uma busca na literatura e encontramos um estudo recente (2) publicado na “The Lancet Respiratory Medicine”, que tenta responder essa pergunta de forma objetiva e direta (aliás, o título do trabalho é “Are patients with hypertension and diabetes mellitus at increased risk for COVID-19 infection?”). Extraímos e sintetizamos algumas informações deste trabalho, os quais demonstraremos abaixo.

Primeiramente, é importante trazer à luz do conhecimento que os coronavírus (severe acute respiratory syndrome coronavirus [SARS-CoV] e SARS-CoV 2) ligam nas células humanas através do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) (3). Pois bem, pacientes com diabetes, seja do tipo 1 ou do tipo 2, possuem uma expressão maior de ECA2 quando comparados com a população hígida e, por essa razão, estão mais susceptíveis à infecção e complicações causadas pelo COVID-19.

Dada as evidências acima, o monitoramento dos níveis de glicose nos pacientes diabéticos ganha uma importância ainda maior, podendo evitar que esses pacientes desenvolvam complicações que demandem de internação e, assim, aumentem a demanda do uso de leitos hospitalares.

Dentre as opções de monitoramento, é muito importante ressaltar que o sistema único de saúde (SUS) oferece medidores e fitas para que o paciente possa realizar o monitoramento dos níveis de glicose em sua própria casa. A terapia "point of care" tem papel substancial para que o paciente tenha o conhecimento em tempo real do seu estado glicêmico, além de reduzir a necessidade de se deslocar até o laboratório de análises clínicas para realizar a dosagem de glicemia sérica. Por outro lado, a dosagem de glicemia capilar possui limitações que já foram descritas na literatura (4)

Deste modo, outro aliado para avaliar a glicemia do paciente, e consequentemente diminuir o risco de complicações frente a infecção do COVID-19, são os exames laboratoriais, como a glicemia, a hemoglobina glicosilada e a frutosamina.

A glicemia sérica demonstra com maior exatidão o real estado glicêmico do paciente no momento da coleta (4), sendo um dos exames mais realizados pelos laboratórios clínicos. Já a hemoglobina glicosilada, demonstra a glicemia média do paciente nos últimos 90 dias, o que pode auxiliar na triagem de qual paciente tem uma probabilidade maior em desenvolver complicações em decorrência da infecção pelo COVID-19. A frutosamina é uma cetoamina derivada de uma reação não enzimática de um açúcar com uma proteína, sendo o termo geral para descrever as proteínas glicadas totais (5). A frutosamina também pode ser utilizada para monitorar os níveis glicêmicos, já que sua concentração é proporcional à concentração glicêmica no sangue.

A Biotécnica possui kit para diagnóstico in vitro dos três testes que foram acima descritos (6 – 8). A glicose da Biotécnica possui linearidade de 400mg/dL, sendo disponibilizada em 3 apresentações de volume diferentes, todas com padrão incluso. A hemoglobina glicosilada da Biotécnica é realizada por imunoturbidimetria e tem ótima correlação com os valores obtidos através da

Álvaro Tavareswww.biotecnica.ind.br

[email protected] +55 (35) 3214-4646

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Covid-19Entendendo os testes diagnósticos para Covid-19

Os testes diagnósticos para identificar a presença do SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, foram desenvolvidos em tempo recorde em virtude da urgência imposta pela pandemia, a qual continua crescendo a taxas alarmantes e causando grande número de óbitos. Há um grande esforço conjunto para controlá-la, havendo, em muitos países escassez de recursos, o que prioriza o estabelecimento de estratégias assertivas, tomando como referência os países que passaram previamente por situações semelhantes e que conseguiram desacelerar o crescimento da pandemia através de uma vigilância intensiva e na identificação e isolamento dos portadores da doença, bem como de seus contatos com indivíduos suscetíveis.

Estar ciente que um teste é adequado para um determinado uso (como vigilância epidemiológica), mas pode ser completamente inadequado para outro (como rastreamento de pacientes sintomáticos) é fundamental para a análise de seus resultados, para sua correta aplicação e interpretação. Portanto, os testes de amplificação de ácido nucleico seriam indicados no rastreamento de pacientes sintomáticos, enquanto a detecção de anticorpos derivados do hospedeiro direcionados contra o SARS-CoV-2 é crucial para a vigilância epidemiológica, previsão de epidemias e determinação da “imunidade” à COVID-19.

TESTES DIAGNÓSTICOS UTILIZADOS1. RT-PCR EM TEMPO REALO RT-PCR é caracterizado pelo isolamento e

purificação do RNA viral das amostras do trato respiratório superior e inferior, o qual é transcrito reversamente para cDNA e subsequentemente amplificado no Instrumento de PCR em tempo real.

As amostras respiratórias superiores e inferiores são obtidas através de swabs nasofaríngeos ou orofaríngeos, escarro, aspirados do trato respiratório,

lavagem broncoalveolar e lavagem/aspirado nasal ou aspirado nasofaríngeo.

O RT-PCR é o teste recomendado pela OMS para o diagnóstico e monitoração de indivíduos com infecções ativas. O RNA viral torna-se detectável desde o primeiro dia dos sintomas e seu pico ocorre na primeira semana dos sintomas (1). O declínio da carga viral começa a ocorrer a partir do 10º ao 11º dia do início da sintomatologia, mas ainda pode ser detectada até o 28º dia do início dos sintomas em pacientes recuperados (2). Ressalta-se que alguns estudos mostram que a carga viral detectada a mais de 20 dias ocorreu em um terço dos pacientes, sendo que a detecção prolongada representa um desafio para as limitadas instalações de isolamento hospitalar, uma vez que os pacientes podem não receber alta até o RNA viral se tornar indetectável. Entretanto, ainda não se sabe se esses pacientes continuam eliminando vírus vivos, já que a soropositividade concomitante pode caracterizar que os virions estão revestidos com anticorpos do hospedeiro, tornando-os não infecciosos (3).

2. TESTES SOROLÓGICOSOs testes sorológicos que identificam anticorpos

IgM e IgG tem ganhado cada vez mais a atenção em sua utilização pelo seu vantajoso tempo de resposta mais rápido, menor carga de trabalho e alto rendimento, uma vez que são menos complexos que os testes moleculares. No entanto, o valor clínico dos anticorpos depende, em grande parte, da compreensão das respostas do hospedeiro à infecção. Assim, a sua interpretação deve ser cuidadosa, uma vez que a dinâmica dos anticorpos IgM e IgG são variáveis e, consequentemente, a janela da soroconversão pode ser longa (4).

Apesar da necessidade de maior conhecimento da resposta imune do hospedeiro e das variações desta com a quantidade da carga viral, o conhecimento até agora obtido em relação a cinética da resposta dos anticorpos IgM e IgG específicos nos pacientes com COVID-19, auxiliam na interpretação cuidadosa dos testes sorológicos.

É bem conhecido que toda resposta de anticorpos acontece a partir da invasão do organismo por um agente infeccioso. Isso demanda um tempo até que esses anticorpos específicos possam ser detectados pelas várias metodologias sorológicas disponíveis. A esse tempo damos o nome de janela sorológica.

Portanto, na COVID-19, em pacientes não graves, o anticorpo IgM, cuja presença é característica da infecção recente, começa a aumentar a partir do início da infecção e atinge seu pico na segunda semana do início dos sintomas. Por outro lado, o anticorpo IgG continua a aumentar na terceira semana. A

soroconversão de IgM, embora possa ocorrer a partir do 5º dia do início da sintomatologia, pois as respostas imunológicas variam entre indivíduos, ela é melhor medida a partir do 10º dia do início dos sintomas, e da IgG a partir do 14º dia. Além disso, há aumento nos níveis médios de anticorpos, especialmente de IgG, ao longo das semanas, com diminuição progressiva da IgM e a persistência da IgG nos casos que evoluem satisfatoriamente.

Os testes sorológicos atualmente em uso são:2.a. QUANTITATIVOSSão os utilizados dentro do laboratório, como

os testes de quimioluminescência e ELISA, os quais requerem equipamentos específicos e profissionais qualificados para sua execução. A vantagem desses testes é a possibilidade de automação, podendo realizar grandes demandas. A maioria deles tem demonstrado muito boa performance.

2.b. QUALITATIVOSEsses testes são conhecidos como testes rápido, teste

rápido de diagnóstico (RDT), lateral flow e point of care (POC). Eles são fáceis de realizar, podem ser processados fora do laboratório, não requerem instrumentos de leitura e os resultados são obtidos em 15 minutos. Esses testes podem ser realizados com leitura visual, através de cor, ou com o uso de um aparelho portátil de leitura, os quais costumam ser de fluorescência.

Os testes qualitativos pesquisam anticorpos IgM e IgG ou o antígeno viral. Este último tem baixa sensibilidade (60%), a qual é dependente de alta carga viral (5).

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE OS TESTES DIAGNÓSTICO PARA COVID-19

1. Embora a RT-PCR seja o teste de escolha nos pacientes sintomáticos e nos critérios de alta, sua sensibilidade não é totalmente satisfatória, principalmente quando a amostra é obtida do trato respiratório superior (6,7), uma vez que falsos negativos podem ocorrer pelo momento inadequado da coleta da amostra em relação ao início da doença e por deficiência na técnica da coleta, especialmente nos swabs do naso e orofaríngeo, bem como pela localização anatômica da amostra a ser coletada, afetando a sensibilidade dos testes de RT-PCR (8). Estudos mostram que a positividade do teste de RT-PCR foi maior em amostras de lavado broncoalveolar (93%), seguidas de escarro (72%), swab nasofaríngeos (63%) e swab orofaríngeos (32%) (9).

2. A associação da RT-PCR com o teste sorológico pode melhorar a detecção de casos, com sensibilidade e especificidade próximas a 100%, quando realizadas por 7 ou mais dias a partir do início dos sintomas (10).

3. Nos 7 primeiros dias da sintomatologia, o teste de RNA apresenta maior sensibilidade (66,7%), enquanto os testes de anticorpos mostraram taxas de positividade de 38,3%. Entretanto, a partir do 8º dia, a taxa de sensibilidade dos anticorpos é superior às do teste de RNA, bem como do 15º ao 39º dia o RNA é detectável em apenas 45,5% das amostras, enquanto a presença de anticorpos é próxima de 100% (10).

4. Na prática de saúde pública, a análise sorológica pode ser útil para a rápida identificação de casos e a subsequente cadeia de eventos para identificar ativamente contatos próximos, recomendar quarentena e estabelecer grupos de acordo com os resultados.

5. A utilização dos testes de pesquisa de anticorpos é bastante útil na identificação de pacientes portadores da COVID-19, não só em sua aplicação junto com a RT-PCR nos pacientes sintomáticos, como também nos pacientes com doença leve a moderada ou assintomáticos, desde que respeitado o tempo para que os níveis de anticorpos sejam suficientes para serem detectados pelo teste, ou seja, a partir da segunda semana.

6. A pesquisa de anticorpos vem se tornando ferramenta importante para entender a extensão da COVID-19 na comunidade e para identificar indivíduos imunes e potencialmente “protegidos” de serem reinfectados.

BIBLIOGRAFIA1. Jeremiah, S.S., JAMA, May 6, 20202. Grzelak, L. et al., medRxiv, April 24, 2020, Institut Pasteur, Paris, France3. Kai-Wang To, K., Lancet Infect Dis, 20: 565–74, 20204. Lou, B. et al., medRxiv preprint, March 27, 20205. Jacobs, J., TLM_RD_038 v1.3, 30/04/20206. Yang, Y.et al., medRxiv, Feb.17, 20207. Zhang, W. et al., Emerg Microbes Infect, 9(1): 386-389, 20208. Zou, L. et al., N Engl J Med, March 19, 20209. Wang, W. JAMA, March 11, 202010. Zhao J et al., Clin Infect Dis., April, 2020

Dr. Wagner Maricondi – médico patologista clínicoe fundador da WAMA Diagnóstica

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Estresse, imunidade e viroses

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBA [email protected]

Estresse é uma resposta fisiológica normal para os eventos que fazem as pessoas se sentirem ameaçadas, entretanto a permanência deste estado de alerta pode estar associada a um ou mais destes sintomas físicos tais como: aceleração do ritmo cardíaco, da respiração, sudorese, tremores, tontura, boca seca, aumento da pressão arterial, insônia, tensão muscular, cefaleia, ansiedade, etc. Diversos fatores quando acumulados e constantes podem ser causas de Estresses, tais como: rotina cansativa, trabalhos preocupantes, frustação pessoal, medo do futuro, desconforto de situações diárias, etc.

Segundo a Organização Mundial de Saúde o Estresse é o mal do século, referindo que é uma pandemia, porque é uma doença que atinge 90% da população mundial, sendo desencadeado por diversos fatores podendo se manifestar até em graus elevados (1). Vários estudos mostram a interação entre Estresse e diversas Doenças, sendo fatores que se correspondem e por este motivo é importante se compreender a fisiologia do Estresse, assim como as alterações hormonais geradas por este fenômeno (2, 3).

Existem diversos agentes estressores (físicos, sensoriais, psicológicos e patológicos). Os Agentes Estressores patológicos estão relacionados com Microrganismos, tais como parasitas, bactérias, fungos e vírus. No início do Estresse há um aumento expressivo na corrente sanguínea do número de Neutrófilos e dos Linfócitos tipo NK (Natural Killer). Posteriormente acontece uma redução na contagem de Linfócitos em consequência do aumento de Cortisol, quando o Estresse se torna Crônico, os níveis de Cortisol permanecem elevados, e a capacidade de defesa do organismo se torna instável, ficando mais suscetível a infecções e disseminações (4, 5, 6, 7).

A resposta ao Estresse provocada pela Virose resulta em uma cascata de reações onde ocorre a interação dos Sistemas Endócrino, Imunológico e Nervoso através de Mediadores Químicos (5, 8, 9, 10). Durante o Estresse a ativação de um componente estimula outros componentes e as respostas vão se desencadeando (11). Entre as substâncias que são liberadas durante o Estresse está o Cortisol, que é uma substância importante para a manutenção da homeostasia corpórea, mas que tem efeito anti-

inflamatório, e entre as suas ações está a diminuição da produção de Linfócitos T, consequentemente desequilibra totalmente e ou suprime a resposta através do Sistema Imunológico (4, 12).

Imunidade é um determinado mecanismo de defesa utilizado pelo organismo, sendo uma resposta contra substâncias estranhas que foram identificadas no corpo. O conjunto de células que desencadeiam e participam deste tipo de reação constitui o Sistema Imunológico, cujas principais células estão no sangue, são os Leucócitos B e T. Quando este tipo de Reação de Defesa é deflagrado, Leucócitos específicos produzem Anticorpos, que são as proteínas que irão “atacar contra” as substâncias estranhas, que passam a serem denominadas de Antígenos. Diversas substâncias cientificamente já foram identificadas como Antígenos para diversas Viroses. Somente quando a ciência, através de inúmeras pesquisas, identifica os Antígenos é que podem ser desenvolvidas as VACINAS.

Os Vírus são infinitamente menores do que as Bactérias, não são visíveis nem identificados através da microscopia ótica, e cada tipo de vírus, quando infecta um ser mais complexo, tem “preferência para se instalar” e SE MULTIPLICAM RAPIDAMENTE, em uma determinada parte do organismo, por este motivo é que temos variedades e gravidades de Viroses em diversos locais (na pele, no aparelho genital, no aparelho respiratório, etc.) É a rapidez da multiplicação do vírus durante a sua invasão e instalação, que danifica o local invadido, levando a destruição, e na dependência do tipo de órgão que foi invadido, causando o óbito.

Todas as Viroses conhecidas para as quais existem VACINAS e MEDICAMENTOS EFICAZES, foram conseguidas através da CIÊNCIA DA ÁREA DE SAÚDE, cujos cientistas mundialmente, estão representados pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE.

Quando existe um Vírus, cujo campo de atuação é o Aparelho Respiratório, enquanto ainda não existir medicamentos eficazes que tenham sido comprovados oficialmente por Grupos Científicos de Reconhecimento Mundial, então o mínimo que se pode fazer é Usar Máscaras e Evitar Aglomerações, porque:

A) A Respiração é uma função básica e essencial para os seres humanos...sem respirar não vivemos...e a destruição dos pulmões é incompatível com a vida.

B) Nós respiramos através do nariz e da boca...e o uso da máscara pode atenuar a passagem de contaminação de vírus, através da principal entrada de ar para os pulmões.

C) Aglomerações de pessoas... significa muita gente respirando junto... facilita a contaminação... porque não se sabe quem está ou não está transmitindo vírus.

D) Cientificamente... ainda não existe NENHUMA MEDICAÇÃO, NEM VACINA, que neutralize todos os vírus existentes. Cada Vacina é específica para um determinado vírus.

E) Não devemos esquecer que... o Estado Nutricional... estará diretamente ligado a Educação Alimentar, as Condições Socioeconômicas, e a presença de morbidades anteriores (ex. diabetes, hipertensão, etc.), são fatores que também estarão relacionados com a possibilidade de se contrair ou não contrair determinadas viroses.

F) Não devemos também esquecer que: será prudente... evitar constantemente notícias desagradáveis (ex.: através dos meios de comunicação, jornais, celulares, etc.)... porque podem causar constantes Estresses... que é um dos meios que ajudam a diminuir as Nossas Defesas Imunológicas, facilitando o desenvolvimento de Viroses.

Referências1) Conto F. Estresse laboral e suas implicações no processo de cuidar e do autocui-dado da equipe de enfermagem. Dissertação (mestrado profissional) – Universida-de Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Florianópolis, SC, 2013.2) Bauer ME. Estresse como ele abala as defesas do corpo. Instituto de Pesquisas Biomédicas e Faculdade de Biociências, Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ciência Hoje, vol. 30, n. 179, 2002.3) Margis R, Picon P, Cosner AF, et al. Relação entre estressores e ansiedade. Rev Psiquiatr. Rio Gd. Sul (online). Vol. 25, suppl 1, pp.65-74. ISSN0101-8108, 2003.4) Bauer ME. Estresse como ele abala as defesas do corpo. Instituto de Pesquisas Biomédicas e Faculdade de Biociências, Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ciência Hoje, Vol. 30, n. 179, 2002.5) Cordova Martinez A, Alvarez-Mon M. O sistema imunológico (I): conceitos ge-rais, adaptação ao exercício físico e implicações clínicas. Rev Bras Med Esporte (online), vol. 5, n.3, pp120-125, 1999. ISSN 1517-8692, 2007.6) Marques AH, Solis ACDO, Lotufo N, et al. Estresse, depressão, alterações imuno-lógicas e doença periodontal. Rev Psiquiatr Clin. 28 950; 266-273, 2001.7) Palma BD, Tiba PA, Machado RB, et aç. Repercussões imunológicas dos distúr-bios do sono: o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal como fator modulador. Rev Bras Psiquiatr. 29 (1): 33-38, 2007.8) Reiche EMV, Nunes SO, Morimoto HK. Disfunções no sistema imune induzidas pelo estresse e depressão: implicações no desenvolvimento e progressão do cân-cer. Rev Bras. Oncologia Clinica, belo Horizonte, v. 1, n.5, p.19-28, 2005.9) Reis ALP et al. Obesidade e estresse entre trabalhadores de diversos setores de produção: uma revisão integrativa. Acta Paul. Enferm. [online] vol. 24, n. 4, p.712-725, ISSN 1414-0893, 201010) Zuardi AW. Fisiologia do estresse e sua influência na saúde. Academia Edu, p. 1-13, [S.D], São Paulo, 2014.11) Fonseca NC, Gonçalves JC, Araujo GS. Artigo de Revisão. Influência do estresse sobre o sistema imunológico. NIP, Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa, Curso de Biomedicina, Faculdades Promove de Brasília, 2015.

Opinião

A necessidade de afastamento social por conta da pandemia causada pela covid-19 provocou inúmeras mudanças no cotidiano das empresas. De um dia para o outro, o home office tornou-se essencial como forma de continuar com as atividades e ainda reduzir os riscos que a atual situação pode causar. No caso dos laboratórios de medicina diagnóstica, o trabalho por parte da equipe pode ser altamente produtivo, desde que sejam disponibilizados recursos tecnológicos eficientes aliados a um bom planejamento, garantindo aos colaboradores que a prestação de atividades em casa tenha valores agregados e atenda à expectativa dos clientes.

Em tempo de home office, as soluções tecnológicas reforçam sua importância na otimização de tempo e recursos, melhorando todas as etapas que envolvem as tarefas de rotina de um laboratório. Para os colaboradores e profissionais de saúde, contar com recursos de integração de sistemas ajuda no acompanhamento de todas as etapas de trabalho, que vão desde a coleta até a liberação de laudos para avaliação diagnóstica.

No lado dos pacientes, os serviços e os resultados de exames são obtidos de maneira mais acessível, ágil e segura.

No entanto, como a necessidade de home office chegou de surpresa, o laboratório precisa olhar sua forma de gestão e de planejamento e, juntamente com a automatização de processos, adotar uma cultura de trabalho mais focada na disciplina e no cumprimento das tarefas nos horários previstos. Essa medida garante o senso de responsabilidade da equipe em relação às atividades prestadas.

Adicionada a isso, a tecnologia associada ao home office pode gerar significativa economia, sendo uma oportunidade de rever processos e de melhorar a qualidade dos serviços. Por exemplo, com a redução do fluxo presencial de funcionários, a gestão pode direcionar maior atenção em outros setores menos produtivos.

A tecnologia permite que os laboratórios realizem diversas atividades por meio de home office, como:

- analisar o fluxo do laboratório e distribuir as

Home office no segmento laboratorial - é possível?tarefas de modo consensual;

- possibilitar a assinatura dos exames por meio de recursos digitais;

- avaliar a disponibilidade do estoque e aprovar compras;

- monitorar a produtividade da área técnica de análises e respeitar o cronograma;

- administrar e acompanhar as entregas dos exames;

- disponibilizar resultados de exames por meio de chats, redes sociais e SMS;

- possibilitar o pré-atendimento de pacientes pelo aplicativo e por outros canais de comunicação;

- ter acesso a indicadores de negócio e acompanhar, mais de perto, a evolução dos serviços.

Dessa maneira, percebe-se que o sucesso do home office no laboratório depende da inclusão de recursos tecnológicos eficientes e integrados, atrelados a um remodelamento estratégico para assegurar um suporte eficaz nos trabalhos que envolvem a rotina laboratorial.

ALEXANDRE CALEGARI

Mais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica.Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estratégicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.Gerente de Produto da Shift.

[email protected]

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KELLY CASIMIROÉ Psicóloga, fez carreira em RH de empresas da área da saúde. Atualmente é sócia da Desenvolvere Assessoria, empresa especializada em desenvolvimento humano na área da saúde.

Liderança e a Jornada do ColaboradorE, garanto a Você, que sua imagem profissional,

se torna a melhor possível. Quem não gostaria de ser mencionado como uma referência na atividade que exerce ou na empresa que atua?

E se Você ainda não se convenceu da importância dessa jornada, veja os resultados da pesquisa feita por Jacob Morgan e divulgados pela Denise Yohn em seu artigo:

• incluído 11,5 vezes mais vezes nos Melhores Lugares para Trabalhar da Glassdoor.

• listadas 4,4 vezes mais frequentemente na lista do LinkedIn dos Empregadores mais solicitados da América do Norte.

• 28 vezes mais listado entre as empresas mais inovadoras da Fast Company.

• listado 2,1 vezes mais frequentemente na lista da Forbes das empresas mais inovadoras do mundo.

• duas vezes mais encontrado no American Customer Satisfaction Index.

Nessa lista, eu acrescentaria:• Diminuição do turnover;• Melhoria dos índices de Absenteísmo;• Aumento do índice de aprovação no período de

experiência;• Melhoria da satisfação geral (clima interno);• Melhoria no índice de satisfação sobre a

Liderança;• Aumento do índice de satisfação do Cliente. Aqui no Brasil temos empresas que realizam

pesquisas sobre satisfação dos empregados e marca empregadora – Você deve conhecer as principais. Contudo, antes disso, construa a Jornada do Colaborador na sua empresa e trabalhe ações para melhoria do clima e compreensão da cultura organizacional. É esse passo a passo que trará consistência para que empresa e Lideranças realmente façam essa jornada acontecer.

E se precisar de ajuda, conte comigo.

Muito se fala hoje em dia da jornada do Paciente/Cliente e sua importância. Sem dúvida esse é um assunto que deve fazer parte do dia-a-dia da empresa e recomendo que você, Empreendedor e Empresário da área busque mais informações sobre isso.

Agora, existe outra jornada tão importante quando a do cliente – a jornada do colaborador.

Antes de falar sobre essa jornada, preciso te dizer que numa relação profissional existem algumas expectativas que precisam ser mencionadas aqui:

A) A empresa busca um profissional que traga resultados consistentes e que faça parte da sua cultura.

B) O profissional busca uma empresa que propicie novos conhecimentos e crescimento profissional. Salários e benefícios contam pontos? Sim, mas hoje em dia esses pontos não estão em primeiro lugar. E tudo isso tem a ver com a Jornada do Colaborador.

Denise Lee Yohn, especialista em liderança de marcas, palestrante e colaboradora da Revista Forbes define a Jornada do Colaborador (Employee Experience) “como a soma de tudo o que um funcionário experimenta ao longo de sua conexão com a organização, ou seja, toda a interação com o funcionário, desde o primeiro contato com a empresa, como recruta em potencial até a última interação após o término do contrato de trabalho.”

Esse assunto é de extrema importância já que trabalhamos com pessoas, para pessoas, lideramos pessoas e todos os resultados são obtidos através do comprometimento das pessoas.

Para trabalhar a Jornada do Colaborador é necessário pensar na empresa como um todo, contemplando sua reputação no mercado, presença nas redes sociais e no exercício da liderança.

De nada adianta ter uma empresa e marca muito bem conceituadas no mercado, se as lideranças não estão alinhadas com a cultura e valores organizacionais. Aquela famosa frase – pediu demissão por causa da chefia – não cabe nessa proposta de trabalho. Há que se possa ter líderes - de fato - que gostem de trabalhar com pessoas e se

interessem no desenvolvimento delas.A Employee Experience (EE) contempla algumas

etapas, cada uma com sua importância equalizada. 1) Atração: como a marca empregadora é vista no

mercado; é isso que faz a empresa ser atrativa para os candidatos (recrutas).

2) Recrutamento & Seleção: essa etapa serve para confirmar a primeira impressão (atração). Aqui cabe ressaltar que fornecer retorno sobre o processo seletivo é visto como essencial.

3) Contratação: essa fase trata da adaptação do colaborador à cultura, equipe e atividades do cargo. Contratar e “jogar” o profissional para realizar as tarefas é algo que vai contra à jornada e, a curto prazo, faz com que o novo colaborador saia da empresa.

4) Desenvolvimento: é uma das principais etapas de consolidação da parceria, porque, quanto mais oportunidades de desenvolvimento o colaborador tiver, maiores serão as chances de engajamento e crescimento profissional. Aqui cabem as ações referentes a competências técnicas e comportamentais.

5) Promoção: etapa que consolida as ações de desenvolvimento e assegura a continuidade da próxima etapa.

6) Retenção: aqui o engajamento é vivido consciente e intensamente. A camisa é vestida e o logotipo tatuado (!).

7) Separação: nem tudo dura para sempre. Um colaborador bem preparado deve ser devolvido ao mercado para continuar seu crescimento em outras empresas. Quando a EE é utilizada da forma correta, mesmo com a saída do colaborador para o mercado, a imagem da empresa permanece, porque esse “ex-colaborador” se torna seu melhor divulgador. É uma propaganda de altíssima qualidade circulando por todos os lugares.

Com tudo isso, espero que Você tenha entendido o quanto sua atuação como Liderança é importante em todas as fases dessa experiência. Quando o Líder tem essa jornada como ferramenta de trabalho, esse caminho se torna fluido, natural e consistente.

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Fonte de pesquisa: 1) https://www.forbes.com/sites/deniselyohn/2018/01/02/2018-will-be-

the-year-of-employee-experience/#284ff0c91c8f2) https://medium.com/fmrp/employee-experience-a-jornada-do-colaborador-

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Se seu couro cabeludo apresenta muita oleosidade, confira nesta colunas 5 dicas para evitar este problema!

1 - Não Dormir de cabelo molhado O couro cabeludo molhado e abafado por travesseiros, almofadas, além de

aumentar a oleosidade aumenta a chance de dermatite seborreica do couro cabeludo, a chamada caspa! Dica extra: não coloque chapéu ou boné em couro cabeludo molhado.

2 - Não Tomar banho com água muito quente Evite este erro tanto para a saúde de seu couro cabeludo quando cabelos, assim

como de sua pele. O ressecamento da pele é maior quando usamos água muito quente. 3 - Evite secador muito Perto do couro cabeludo Mantenha pelo menos 30 cm de distância do jato de ar para o couro cabeludo. E se

possível, use jato morno ou frio para secar os fios, isso irá ajudar também na saúde dos fios. 4 - Não faça Esfoliações agressivas do couro cabeludo Agressivas podem ser tanto em força quanto em frequência, e não devem ser feitas

diariamente. 5 - Uso de shampoo inadequado Além do tipo de shampoo, que deve ser compatível com seu tipo de cabelo, a forma

de aplica-Lo é importante. Dica extra: não use condicionador, máscara ou óleos em couro cabeludo, use tais produtos do comprimento para a ponta do fio.

Espero que gostem das dicas práticas para o dia a dia. Até a próxima coluna!

5 dicas para evitar a oleosidade no couro cabeludo!

Médica Dermatologista. Especialização em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - HC - FMRP- USP. Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - [email protected]

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco

Opinião

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