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Drenagem de subsolo Máximo Ramalho Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected] Gabriela Poliszuk Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]. Fabio Garcia Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]. Introdução: O caso de obra relata a drenagem da cortina do subsolo com um geoespaçador para o empreendimento residencial nomeado London Blue localizado na R.Gabrielle D’ Annuzio, 1002 Campo Belo São Paulo SP. Antigamente as drenagens de muro eram realizadas com formas de madeira, brita como material drenante e geotêxtil como filtro, porém além do desgaste da mãe de obra este método tem maior espessura, maior custo e é precária em termos ambientais, já que utilizam agregados como meio drenante. Já é usual a aplicação de um geocomposto drenante entre solo e os pranchões ou vigotas de concreto; nesta etapa da obra o geossintético executa a função de filtrar a água presente na terra seja pluvial ou de lençol freático, drená-la através do seu núcleo até um sistema drenante de trincheira localizadas abaixo da drenagem vertical. O processo é de rápida e fácil instalação, pouca espessura, fácil de transportar e se tratando de um produto polimérico confeccionado industrialmente, apresenta características definidas através de ensaio, obtendo resultados fiéis de desempenho. Problema encontrado: A preocupação do projeto era realizar um sistema de captação e direcionamento de água proveniente de lençol freático na região noroeste e nordeste da obra, nas outras localidades a finalidade da drenagem era captar a água que eventualmente encontrasse as estruturas de contenção. O subsolo tem 12 m de profundidade e não poderia deixar que jorrões ou filetes de água encontrassem a estrutura do empreendimento. Solução: Pensando nisto optou-se por um sistema de drenagem com um geoespaçador em PEAD em contato direto com os pranchões de madeira e perfil metálico. Portanto, após a execução do corte do terreno, realizou-se uma camada de contenção de 5 cm de concreto entre os perfis metálicos e após os pranchões de madeira foi instalado o sistema de drenagem (geoespaçador) que conduziu a água até as trincheiras drenantes,

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Drenagem de subsolo

Máximo Ramalho

Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]

Gabriela Poliszuk

Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected].

Fabio Garcia

Ramalho Comercial, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected].

Introdução:

O caso de obra relata a drenagem da cortina do subsolo com um geoespaçador para o

empreendimento residencial nomeado London Blue localizado na R.Gabrielle D’

Annuzio, 1002 – Campo Belo – São Paulo – SP.

Antigamente as drenagens de muro eram realizadas com formas de madeira, brita como

material drenante e geotêxtil como filtro, porém além do desgaste da mãe de obra este

método tem maior espessura, maior custo e é precária em termos ambientais, já que

utilizam agregados como meio drenante. Já é usual a aplicação de um geocomposto

drenante entre solo e os pranchões ou vigotas de concreto; nesta etapa da obra o

geossintético executa a função de filtrar a água presente na terra seja pluvial ou de

lençol freático, drená-la através do seu núcleo até um sistema drenante de trincheira

localizadas abaixo da drenagem vertical. O processo é de rápida e fácil instalação,

pouca espessura, fácil de transportar e se tratando de um produto polimérico

confeccionado industrialmente, apresenta características definidas através de ensaio,

obtendo resultados fiéis de desempenho.

Problema encontrado:

A preocupação do projeto era realizar um sistema de captação e direcionamento de água

proveniente de lençol freático na região noroeste e nordeste da obra, nas outras

localidades a finalidade da drenagem era captar a água que eventualmente encontrasse

as estruturas de contenção. O subsolo tem 12 m de profundidade e não poderia deixar

que jorrões ou filetes de água encontrassem a estrutura do empreendimento.

Solução:

Pensando nisto optou-se por um sistema de drenagem com um geoespaçador em PEAD

em contato direto com os pranchões de madeira e perfil metálico. Portanto, após a

execução do corte do terreno, realizou-se uma camada de contenção de 5 cm de

concreto entre os perfis metálicos e após os pranchões de madeira foi instalado o

sistema de drenagem (geoespaçador) que conduziu a água até as trincheiras drenantes,

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construídas com geotêxtil não tecido de poliéster ao envolto, brita n° 2 e geotubo de

PEAD de 4” , assim como mostra a seção tipo dos anexo 1 e 2.

O geoespaçador de PEAD – Maxdren GS - tem saliências com altura de 7 mm

espaçadas a cada 1,5 cm na horizontal e na vertical e a cada 0,5 cm na diagonal; com

capacidade de vazão de água à 100 kPa de pressão e gradiente hidráulico unitário de

1,95 l/s.m. A instalação foi realizada com os nódulos fixados com rolhas de vedação nos

pranchões de madeira junto aos perfis metálicos verticais, foi especificado uma

sobreposição 3 nódulos que foi vedada com uma fita asfáltica aluminizada.

O geoespaçador foi aplicado sobre as pranchas de madeira, sem contato com o solo que

dispensou o uso do geotêxtil, como um geocomposto drenante. Foram utilizados 1.700

m² do geoespaçador em PEAD em todo o subsolo.

O produto atendeu perfeitamente o propósito, aderiu a superfície uniformemente,

reduziu a espessura do sistema de drenagem, o tempo de mão de obra e o cronograma

em até 72%. Por sua característica leve foi fácil o manuseio na obra. O geoespaçador

reduziu o empuxo hidrostático e o uso de agregados com elemento drenante na obra

trazendo um grande benefício ao meio ambiente. No anexo 3 mostra o comparativo do

sistema de drenagem utilizando o geossintético e o processo de drenagem convencional

com formas de madeira, geotêxtil e brita, mostrando uma economia de 70 % a cada

metro linear.

A obra é de propriedade e de construção da Brookfield Incorporações Ltda e teve como

fornecedor dos geossintéticos a Ramalho Comercial Ltda.

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Anexos

Seção tipo:

Anexo 1: Representação do corte transversal sem escala da fundação e drenagem de

subsolo.

Anexo 2: Representação do corte longitudinal sem escala da fundação e drenagem do

subsolo.

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Material

Dreno com Brita 1 Dreno com Geossintético

Custo

Unitário

R$

Unidade Quantidade

Custo por

metro

linear de

muro R$

Custo

Unitário

R$

Unidade Quantidade

Custo por

metro

linear de

muro R$

Geoespaçador

em PEAD - - - - 16,20 m

2 12,00 194,40

Brita n° 1 141,02 m

3 3,75 528,82 - - - -

Geotêxtil

nãotecido de

poliéster

3,45 m2 27,60 95,22 - - - -

Tábua para

forma

30 x 2,5 cm (1"x

12")

7,30 ml 1,00 7,30 - - - -

Pedreiro 4,50 h 1,71 7,70 - - - -

Ajudante 3,77 h 5,27 19,87 3,77 h 1,92 7,24

Custo Total por

metro linear de

muro

- - - 658,91 - - - 201,64

Anexo 3: Comparativo do sistema convencional de drenagem com geossintético por

metro linear de drenagem na obra, portanto considerando uma área de 12,00 m².

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Arquivos Fotográficos

Fotografia 1: Etapa final da execução da fundação com os perfis metálicos.

Fotografia 2: Detalhe da vazão do lençol freático.

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Fotografia 3: Início da execução do sistema de drenagem vertical.

Fotografia 4: Detalhe do geoespaçador entre os perfis metálicos.

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Fotografia 5: Início da execução do sistema de drenagem vertical.

Fotografia 6: Detalhe dos da fixação com rolhas de vedação nos pranchões de madeira

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Fotografia 7: Etapa final do sistema de drenagem de subsolo.

Fotografia 8: Detalhe do geoespaçador após a concretagem do subsolo.

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Fotografia 9: Perspectiva ilustrada da fachada.