_DROGAS INOTROPICAS

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Drogas Inotrópicas Digitálicos FARMACO 18/05/2010 Prof. Rubens

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Drogas InotrópicasDigitálicos

FARMACO

18/05/2010

Prof. Rubens

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Papiro de Ebers• 1500 ac. - 1ª. Referencia a uma droga cardiotônica.• Planta chamada “Cila”, da qual se extrai a

proscilaridina.

Leonard Fuchs

• Século 16• “Dedos de raposa” – Biauner Fingerbut• Tratamento de inúmeros males, inclusive

tuberculose ?!

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Witthering Tratamento da ‘Hidropsia’ (edema)

“tem um poder sobre o movimento do coração em um grau ainda não observado com nenhum outro remédio...”

Digitalis purpurea e lanata• Digitalis purpurea

– Digitoxina• Digitalis lanata

– Digoxina– Lanotosídeo C

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Farmacocinética e ApresentaçãoDroga Início da ação Efeito Max T1/2 Eliminação

Digitoxina 3 - 6 h 6 a 12 h 7 dias Hepática

Digoxina 0,5 – 2 h 2 – 6 h 30 – 40 h Renal

Lanatosídeo C 5 – 10 min 2 h 33 h Renal

Metildigoxina 5 – 10 h 0,5 – 1 h 21 h Renal

Droga Nome Comercial Apresentação

Digoxina Lanoxin cp 0,25 mg

Digoxina sol. oral 0,5mg/ml

Digitoxina Digitoxina cp 0,1 mg

Metildigoxina Lanitop cp 0,1 mg

Lanatosídeo C Cedilanide amp 2ml / 0,4mg

Desacil

** meia-vida longa (+ de 1 dia): isso pode gerar acúmulo e intoxicação

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Mecanismos de Ação• Agem em 3 aspectos independentes

– Ação inotrópica positiva– Efeitos eletrofisiológicos– Efeito sobre a musculatura lisa dos vasos

• Inibição da ATPase Na+/K+ – Elevação do sódio intracelular, aumento da entrada de Ca++

na célula– Maior liberação do ion Ca++ do retículo sarcoplasmático– Aumento do influxo de Ca++ durante a fase de “Platô” do

potencial de ação

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Recomendações para o Uso do Digital

• Indicações Preferenciais• Insuficiência Cardíaca Sistólica (segundo classif

fisiopatológica; coração não tem força pra bombear o sangue, mas se enche corretamente)

• Miocardiopatia dilatada anatomica e funcionalmente assemelhados.

• Fibrilação atrial, particularmente se com frequência cardíaca aumentada (efeito cronotrópico negativo)

• Insuficiência valvar mitral e aórtica, cursando com dilatação ventricular

** Diferente da IC diastólica, qndo o coraçao não se enche corretamente na diástole, mas ejeta normalmente (pouca qntidade de sangue)

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Não indicações ao uso de Digital

• Situações não indicadas, salvo se houver FA e/ou dilatação ventricular com hipossistolia.

• Cardiopatia isquêmica crônica.• Infarto Agudo do Miocárdio.• Cardiopatia Senil.• Estenose mitral “pura”.• Obstrução da Via de Saída ventricular.• Pericardite constritiva e tamponamento pericárdico.• Miocardiopatia hipertrófica.

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Insuficiência Cardíaca CongestivaInsuficiência Cardíaca Sistólica ≠ Insuficiência Cardíaca Diastólica

Reduz o RaioDa Cavidade

Reduz a TensãoParietal

Reduz o Consumode oxigênio

Reduz a Frequência Cardíaca

Retorna o coração à faseÚtil da curva de Starling,

contrapondo-se ao desajuste da pós-carga

DIGITAL

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IC Sistólica x IC Diastólica (saber!!)

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Fibrilação Atrial, Flutter atrial e Taquicardia paroxística

supraventricular• Reduzir a Frequência Cardíaca e reduzir ou aliviar

sintomas.• Não se preconiza para a reversão completa do

quadro, devido as altas doses necessárias e opções como -bloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio e outros arrítimicos.

• Se associado a disfunção sistólica (sintomática ou não) é agente de primeira escolha.

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• Fibrilação atrial:- distância em QRS irregular / diferente- não consegue identificar onda P

• Flutter atrial:- distância entre QRS diferente- mtas ondas P (“dente de tubarão’’)

• Taquicardia paroxística:- taquicardia que surge do nada e passa sozinha- QRS fino- difícil identificar onda P (não há separação de complexos)

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DIG 1997

** estudos comprovam que digitais diminuem a mortalidade cardiovascular em 4 meses de uso

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Digoxin Investigation Group 1997

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DIG 1997 na Hospitalização

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Intoxicação Digitálica (no PS)• Prevalência

• 20-25 % na década de 70, aproximadamente 0,8 - 4 % hoje.• Outras drogas antiarrítmicas.

• Quadro Clínico– Efeitos Cardíacos

• BAV de grau variável, Taquicardias supraventriculares, ritmo juncional ( taqui juncional ). Extra-sístoles ventriculares (bi-geminismo). Taquicardia Ventricular e Fibrilação Ventricular.

– Efeitos extra-cardíacos• Gastro-intestinais - Anorexia, náuseas, vômitos.• Neurológicos – Astenia muscular, cefaléia, nevralgia do

“trigemio”, afasia, Confusão mental, delírio, alucinações.• Alterações visuais “Visão Amarela”, diplopia, e visão branca :

halos brancos aparecem em objetos escuros.• Ginecomastia.

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Intoxicação Digitálica

• Mortalidade• 41 % na década de 70, entre 1-5 % hoje.• 33 % apresentavam Bloqueio A-V, apenas 5 % foi

necessário Marca-passo.

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Intoxicação Digitálica• Sinal da Pá ou Bigode de Dali• Bradicardias com extra-sístoles ventriculares• BAV 3º Grau: bloq atri-ventricular de 3º grau (mtas

ondas P; poucos complexos QRS nem todo QRS é precedido de uma onda P); átrio e ventrículo funcionam sem comunicsçao (P = sístole atrial; QRS = sístole ventrivular)

• Taquicardia supra-ventriculares• Fibrilação ou Flutter atrial.

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Intoxicação Digitálica

Fatores de Risco• Hipocalemia• Hipercalcemia• Insuficiência Renal• Miocardite• Isquemia Miocárdica• Alcalose• Hipotiroidismo• Drogas (Quinidina, BCC, Eritromicina)

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Intoxicação Digitálica

• Diagnóstico precoce• Tratamento das causas e consequências

(VITAL!!)1. Equilibrio eletrolítico

– Sais de Potássio

2. Antiarrítimicos– Betabloqueadores– Fentoína ou Lidocaína

3. Tratamento elétrico– Implante de Marca-Passo temporário

4. Anticorpos contra digoxina (somente em centros especializados; têm validade mto curta)

5. Resinas permutadoras6. Diálise

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Digoxina Imune Fab (Ovína)• Cada frasco antagoniza aprox 0,5 mg de

Digoxina/Digitoxina circulante.• Febre, tremores e calafrios.• Remissão completa entre 80-90% dos casos

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Interações MedicamentosasBiodisponibilidade / Absorção

– Diminui• Metoclopramida, antiácidos.

– Aumenta• Resinas permutadoras de colesterol• Omeprazol, neomicina.

Distribuição– Diminui

• AmiodaronaEliminação

– Diminui• Diuréticos, indometacina, ciclosporina, espironolactona,

verapamil, quinidina, propafenona.– Aumenta

• Vasodilatadores