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Cocaína É uma droga ilícita , ou seja, uma substância psicoativa de ação estimulante do sistema nervoso central , de uso e comercialização proibidos. O hidroclorido de cocaína (pó branco e cristalino) é extraído, por meio de processos químicos, das folhas da coca (Erythroxylum coca), uma planta originária da América do Sul . Produção No processo de extração das substâncias ativas das folhas da coca para a produção da pasta base da cocaína, os laboratórios clandestinos usam produtos químicos como querosene , soda cáustica , gasolina, acido sulfúrico e carbonato de amônio. Da pasta da cocaína são produzidas outras drogas como a merla (também conhecida como “bazuca”), e o crack. A pasta de cocaína passa ainda por outros processos químicos e até chegar a forma de hidroclorido de cocaína, ou “pó”. Ao “pó”, são adicionados substâncias como talco, lactose, procaína, ácido acetilsalicílico (aspirina) , pó de gesso, pó de mármore, pó de giz, entre outras, de forma a multiplicar a quantidade de quilos a serem comercializados, ou seja, o lucro dos traficantes. Consumo Carreiras de cocaína. Foto: GeniusKp / Shutterstock.com

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Cocaína

É uma droga ilícita, ou seja, uma substância psicoativa de ação estimulante do sistema nervoso central, de uso e comercialização proibidos. O hidroclorido de cocaína (pó branco e cristalino) é extraído, por meio de processos químicos, das folhas da coca (Erythroxylum coca), uma planta originária da América do Sul.

Produção

No processo de extração das substâncias ativas das folhas da coca para a produção da pasta base da cocaína, os laboratórios clandestinos usam produtos químicos como querosene, soda cáustica, gasolina, acido sulfúrico e carbonato de amônio. Da pasta da cocaína são produzidas outras drogas como a merla (também conhecida como “bazuca”), e o crack. A pasta de cocaína passa ainda por outros processos químicos e até chegar a forma de hidroclorido de cocaína, ou “pó”. Ao “pó”, são adicionados substâncias como talco, lactose, procaína, ácido acetilsalicílico (aspirina), pó de gesso, pó de mármore, pó de giz, entre outras, de forma a multiplicar a quantidade de quilos a serem comercializados, ou seja, o lucro dos traficantes.

Consumo

Carreiras de cocaína. Foto: GeniusKp / Shutterstock.com

A cocaína geralmente é consumida por aspiração nasal (“cheirada”), ou via intravenosa (dissolvida em água e injetada diretamente na corrente sanguinea). Os O inicio dos efeitos do uso da cocaína variam: cheirando o "pó", os efeitos aparecem entre 10 e 15 minutos. Via intravenosa, os efeitos surgem em 3 a 5 minutos após a injeção. Por tratar-se de uma substância que exerce ação estimulante, seu uso aumenta a atividade cerebral, sobretudo nas áreas motora e sensorial.

Efeitos da Cocaína

Fisicamente, o consumo da cocaína eleva a temperatura corpórea, assim como aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, além de dilatar as pupilas. Como consequência desse estado geral de excitação do organismo, o usuário tem uma

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sensação de poder, euforia, onipotência. Os movimentos e o estado de alerta da pessoa que fez uso de cocaína aumentam, os pensamentos ficam acelerados e a pessoa fica mais comunicativa. Embora esteja “sentindo prazer”, parece inquieta, tremula e impaciente. Enquanto estiver sob o efeito da substância, não sente fome ou sono.

O uso continuo de cocaína pode levar o cocainômano (viciado em cocaína) a ter efeitos físicos crônicos (distúrbios cardíacos, respiratórios/nasais e gastrointestinais) e psíquicos crônicos (distúrbios psiquiátricos), além do risco iminente de sofrer uma overdose, pois o uso continuo da cocaína desenvolve a tolerância a droga, o que leva os usuários a utilizarem uma dose cada vez maior para sentirem os mesmos efeitos.  Insuficiência cardíaca ou respiratória são as causas mais comuns de morte causada por overdose de cocaína.

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Crack

Crack é uma droga ilícita, ou seja, uma substância psicoativa de ação estimulante do sistema nervoso central. O crack é um subproduto da pasta da cocaína, droga extraída por meio de processos químicos, das folhas da coca (Erythroxylum coca), uma planta originária da América do Sul.

Produção

O crack surgiu como opção para popularizar a cocaína, pelo seu baixo custo. Para a produção do crack, uma mistura de cocaína em pó (ainda não purificada) dissolvida em água e acrescida de bicarbonato de sódio (ou amônia) é aquecida. O aquecimento separa a parte sólida da liquida. Após a parte sólida secar, é cortada em forma de pedras. Por não passar pelo processo final de refinamento pelo qual passa a cocaína, o crack, possui uma grande quantidade de resíduos das substâncias utilizadas durante todo o processo. Prontas para o consumo, as pedras podem ser fumadas com a utilização de cachimbos, geralmente improvisados. Ao serem acesas, as pedras emitem um som, daí a origem do nome “crack”.

Efeitos do Crack

Os efeitos do crack são basicamente os mesmos da cocaína: sensação de poder, excitação, hiperatividade, insônia, intensa euforia e prazer. A falta de apetite comum nos usuários de cocaína é intensificada nos usuários de crack. Um dependente de crack pode perder entre 8 e 10 kg em um único mês.

Por ser inalado, os crack chega rapidamente ao cérebro, por isso seus efeitos são sentidos quase imediatamente - em 10 a 15 segundos - no entanto, tais efeitos duram em média 5 minutos, o que leva o usuário a usar o crack muitas vezes em curtos períodos de tempo, tornando-se dependente. Daí o grande poder de causar dependência do crack. Após tornar-se dependente, sem a droga o usuário entra em depressão e sente um grande cansaço, além de sentir a “fissura”, que é a compulsão para usar a droga, que no caso do crack é avassaladora. O uso contínuo de grandes quantidades de crack leva o usuário a tornar-se extremamente agressivo, chegando a ficar paranóico, daí a gíria “nóia”, como

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referência ao usuário de crack. Problemas mentais sérios, problemas respiratórios, derrames e infartos são as consequências mais comuns do uso do crack.

História

Inicialmente o crack foi disseminado nas classes mais baixas da sociedade, embora atualmente já não se restrinja somente a elas. Nos centros das grandes cidades é comum ver os moradores de rua - de todas as idades, inclusive as crianças - fazendo uso desta droga. Cabe a reflexão sobre a origem daquelas pessoas: muitos já nasceram em condições de miséria comparáveis a aquela em que estão, mas certamente muitas daquelas pessoas, hoje a margem da sociedade, tinham toda uma vida estruturada, vida essa que trocaram pelo crack.

O uso do crack e suas consequências tornam possível dizer que atualmente o crack tornou-se uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública.

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Maconha

A maconha, cujo nome científico é Cannabis sativa, é uma das drogas mais usadas no Brasil, por ser barata e de fácil acesso nos grandes centros urbanos. O modo mais utilizado para usá-la é fumando enrolado em um papel, ou então utilizando um cachimbo. O que traz os efeitos é uma substância muito poderosa chamada tetrahidrocanabinol (THC), que varia de quantidade, dependendo da forma como a maconha é produzida ou fumada.

Efeitos

Cigarro de maconha. Foto: PetrP / Shutterstock.com

Os efeitos, logo após fumar o cigarro de maconha, são (podem ser diferentes dependendo da quantidade de THC):

euforia, sonolência, sentimento de felicidade risos espontâneos, sem motivo algum perda de noção do tempo, espaço, etc perda de coordenação motora, equilíbrio, fala, etc aceleramento do coração (taquicardia) perda temporária de inteligência fome, olhos vermelhos, e outras características

O tempo do efeito depende do modo como a maconha é utilizada. Se for fumada, o THC vai rapidamente para o cérebro, e o efeito dura aproximadamente 5 horas. Se for ingerido, o efeito demora pra vir (cerca de 1 hora) mas dura aproximadamente 12 horas.

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Cannabis sativa. Foto: Sorawich / Shutterstock.com

Quando a quantidade de THC for mais alta, podem-se somar os efeitos:

alucinações, ilusões ansiedade, angústia, pânico impotência sexual

Os efeitos a longo prazo são muito mais danosos:

maior chance de desenvolver câncer de pulmão bronquites sistema imunológico fragilizado tosse crônica arritmia cardíaca

Outros nomes da maconha: baseado, erva, marola, camarão, taba, fumo, beck, bagana, bagulho, cachimbo da paz, capim seco, erva maldita, etc.

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CodeínaCodeína é uma substância extraída do ópio, produto natural da papoula (Papaver Somniferum). Dessa mesma planta, é extraída a morfina, que pode ser transformada em heroína por meio de uma pequena transformação química. Tecnicamente, diz-se que a codeína é um alcalóide (por ser extraído da planta), opiáceo (derivado do ópio). A codeína pode ser natural (extraída diretamente da papoula), ou produzida sinteticamente, a partir da morfina. As substâncias derivadas do ópio são depressoras do sistema nervoso central.

A codeína geralmente é encontrada em vários medicamentos de combate a tosse, sobretudo em xaropes. A ação da codeína como antitussígeno ocorre por sua capacidade de inibir ou bloquear a área do cérebro conhecida como Centro da Tosse. No entanto, seu efeito antitussígeno pode mascarar doenças que tem como sintoma a tosse, daí a importância do diagnóstico ser anterior a prescrição dessa substância.

Efeitos no organismo

Além disso, o uso da codeína tem todos os efeitos comuns aos opiáceos (morfina), só que em menor intensidade: é analgésico, induz o sono, lentidão, diminui os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e a respiração. Os efeitos colaterais do uso da codeína são má digestão (sensação), prisão de ventre e dilatação das pupilas.

No Brasil, os medicamentos à base de codeína só podem ser vendidos com a apresentação da receita médica, que fica retida na farmácia. Isso porque o organismo rapidamente desenvolve tolerância a codeína, o que acaba por levar o usuário de xarope, por exemplo, a aumentar cada vez mais a dose, buscando sentir os mesmo efeitos, tornando-se dependente da substância . Nesse estágio, na ausência da codeína o usuário pode sentir câimbras, cólicas, calafrios, insônia, inquietação e irritabilidade, sintomas da síndrome de abstinência.

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Outro perigo na administração da codeína como medicamento, sobretudo como antitussígeno para crianças, é a utilização em doses maiores que a recomendada. Os sintomas de superdosagem de codeína são: apatia, batimentos cardíacos lentos, pressão sanguínea baixa, respiração fraca, pele fria e meio azulada, ausência de choro e dificuldade para mamar. Caracterizada como intoxicação, se não tratada a criança pode ficar inconsciente, entrar em estado de coma e morrer.

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Ecstasy

A droga

O Ecstasy é uma droga sintética, fabricada em laboratório. O princípio ativo do Ecstasy é uma substância chamada metilenodioximetanfetamina, que pode ser abreviado de MDMA, que é um tipo de anfetamina  (estimulante), também tem efeitos parecidos com os alucinógenos. O ecstasy é vendido geralmente em comprimidos (veja a foto), mas também em pó (para ser inalado). Como a maioria das drogas, os traficantes colocam outras substâncias junto da droga, para render mais e terem mais lucro. Essas substâncias podem ser cafeína, cocaína, ketamina (anéstésico usado em animais), entre outros.

Efeitos

A MDMA atua no cérebro, controlando duas substâncias: a dopamina, que interfere nas dores, e a serotonina, que está ligada às sensações de amor. A combinação das duas, deixa a pessoa muito mais eufórica, confiante, sociável, etc.

Outros efeitos:

Ansiedade Paranóias Aumento dos batimentos cardíacos A pessoa sua muito, podendo levar à desidratação Náuseas Bruxismo (ranger dos dentes)

Quando o indivíduo ingere grandes quantidades de ecstasy (algo como 3 ou mais comprimidos), pode ocorrer:

Secura na boca Alucinações, Psicose (ouvir vozes, etc) Fazer coisas que não faria se estivesse em estado normal dores musculares insônia, perda temporária de visão, etc

O uso constante da droga, pode causar morte de células cerebrais, pertubações mentais, falta de memória, perda de autocontrole, síndrome do pânico, depressão, etc.

Vício

Não há indícios físicos capazes de determinar a capacidade de viciar na droga.

Overdoses

É muito fácil ter overdose com o ecstasy: um comprimido pode trazê-la. Ela traz consigo, uma série de efeitos: terríveis dores de cabeça, dificuldades na fala, febre muito

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alta, vômitos, perda de controle dos músculos, morte (em decorrência das altas temperaturas do corpo).

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Anfetaminas 

As anfetaminas  pertencem ao grupo mais comum das drogas psicoestimulantes, as quais são responsáveis por acelerar o sistema nervoso central, acarretando na redução da necessidade de sono e da fadiga, aumento da atividade motora e euforia.

Foto: Nenov Brothers Images / Shutterstock.com

Essas drogas são sintéticas, e em estado puro têm a forma de cristais amarelados. Elas podem ser consumidas via oral, aspiradas na forma de pó ou injetadas. Dentre os produtos comercializados, pode-se citar: Amphaplex, Benzedrine, Bifetamina, Dexedrine, Dexamil, Methedrine, dentre outros.

Estas drogas originaram-se no século XVIII e eram muito utilizadas em diversos tratamentos médicos, como doença de Parkinson, asma, obesidade. Devido aos seus efeitos estimulantes, as anfetaminas também foram utilizadas por soldados durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de evitar fadiga e aumentar a resistência e o estado de alerta. Durante esse mesmo período, operários fabris japoneses ingeriram quantidades maciças das substâncias, visando o aumento da produção das máquinas de guerra. Este fato desencadeou num enorme número de dependentes químicos. No pós-guerra foram analisadas as graves conseqüências do consumo irregular dessas drogas e portanto, seu uso foi restringido em alguns países.

No Brasil, a substância é comercializada em forma de remédios e devem ser prescritas por médicos.

Atualmente essas drogas são utilizadas por caminhoneiros, que apelidaram-nas de “rebites”, e jovens (“speed freeks”) as tomam visando ter melhor desempenho nos estudos. Elas também são comuns nas baladas, sendo conhecidas como “ice”.

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Porém, o perigo é que a sua maior utilização é como moderadora de apetite, o que a torna um grande risco à saúde, principalmente as mulheres, influenciadas pela mídia, que desejam obter um corpo ideal, ignorando os graves efeitos colaterais danosos da sua ingestão.

Assim como ocorre com outras drogas, com o tempo o organismo torna-se tolerante à quantidade ingerida, obrigando a pessoa ingerir cada vez mais para manter mesmos efeitos.

Dentre os efeitos a longo prazo, tem-se a irritabilidade, desidratação, insônia ou sono inconstante, aumento da tensão arterial, taquicardia, dor de cabeça, tontura, vertigens, tremores e perda de apetite, podendo esta acarretar na anorexia e na desnutrição.

O consumo excessivo dessas drogas pode acarretar na “psicose anfetamínica”, que pode durar dias e até semanas. Nesse período, a pessoa apresenta hiper-excitabilidade, insônia, náuseas, vômitos, fortes dores no peito, tremores, alucinações, convulsões e pode até morrer.