E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA...

20
E ATP 1661 ABRAPA 1982 IflFSA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA FL-PP-E01661 SSESSUFUA TÉCNICOADMINI5TRATIVA JRUPO DE APOIO AOS SISTEMAS ESTADUAIS "ALTERNATIVAS DE UTILIZACAO_DOS FATOPES DE PRODtJÇÃOAGROPECUÂRIA EM SITUAÇÃO DE ENERGÊNCIA" 1terntivas de uki!izaco 1982 FL-PP-E01661 l ii fl IiI II IHi 11! 1 II' fl lI III' 1 t 1I I-SEE-207- 1

Transcript of E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA...

Page 1: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

EATP

1661 ABRAPA

1982 IflFSA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA FL-PP-E01661

SSESSUFUA TÉCNICOADMINI5TRATIVA JRUPO DE APOIO AOS SISTEMAS ESTADUAIS

"ALTERNATIVAS DE UTILIZACAO_DOS

FATOPES DE PRODtJÇÃOAGROPECUÂRIA

EM SITUAÇÃO DE ENERGÊNCIA"

1terntivas de uki!izaco 1982 FL-PP-E01661

l ii fl IiI II IHi 11! 1 II' fl lI III' 1 t 1I I-SEE-207- 1

Page 2: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

Jj )

'7 Ev1PRF.5A A E RA JE PESOUIF Lí'TJJ - EMBFAPA

"ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DOS

FATORES DE PRODUÇÃO AGROPECUARIA

EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA"

Asses soria cnico-Àinjn±strativa

(Documento Interno n9 19)

Brasilia, maio de 1982

Page 3: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

11ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DOS

FATORES DE PRODUÇÃO AGROPECUARIA

EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA"

Fbio Afonso de Almeida

Luiz Gomes de Souza

Antonio de Freitas Filho

Assessoria Tcnico-Admjnistratjva

(Documento Interno n9 19)

Brasília, maio de 1982

Page 4: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

OBJETIVO

Palestra do Dr.. Eliseu Alves, no Curso de Nobi1izaço

1982, da Escola Nacional de Informação.

Page 5: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

"ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DOS FATORES DE

PRODUÇÃO AGROPECUÂRIA EM SITUAÇÃO DE EMERGËNCIAII*

Introdução

O setor agropecurio brasileiro tem historicamente exer

cido seu papel na economia como fornecedor de alimentos para

a população, matriapriina e rno-de-obra para a indústria,

agroindústria e o terciãrio urbano e como gerador de exceden

tes exportãveis para o mercado internacional,. Nos últimos

anos, com o agravamento da crise energética mundial, abriu-

-se-lhe mais um campo de atuação, advinda de sua irnersa poten

cialidade como fornecedor de energia, através da produção de

âlcool, óleos combustíveis, carvão e biogs.

Para exercer com eficcia essas

ria contar com instrumentos qüe lhe

mente -a produtividade e produço da

ração dos recursos florestais. Isto

medida em que se torna necessãrio o

tot em situaç6es de emergência.

funç6es, deve a agropecu

permitam aumentar rapida

lavoura, pecuria e expio

ê tanto mais verdade na

rápido engajamento do se

A existência de estoque de fatores de produção agropecu

rios, integrados basicamente pela terra, capital e trabalho e

o conhecimento de tecnologias que os combinem de maneira efi

* Trabalho elaborado pe1à Assessória Túcnico-Adjninistrativa,

sob orientação do.Presidente da Empresa Brasileira de Pes

quisa Agropecuãria-EMBRAPA - Curso Bsico de Mobilizaço -

1982 da EsNI.

Page 6: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

2.

ciente no processo de produço, ê de vital iinportncia para

a segurança -e prosperidade do País.

No ê menor a importência de se contar com um s6lido su

porte ao setor no que diz respeito ê política agrícola em ge

ral e especialmente a pesquisa e extensão rural, pois urna

agricultura forte e em condiç6es de responder às solicitaç6es

urgentes que lhe forem dirigidas, com-a oferta dos produtos

estratégicos necessãrios, constitui a melhor arma para preve

nir situaç5es de crise.

1. Situação de emergência de origem externa

As principais situaçóes de emergência que afetam direta

mente os fatores de produção agropecuária podem ter origem ex

terna ou interna. As de origem externa podem ser causadas por

catástrofes naturais ou não naqueles países fornecedores dos

fatores de produção agrcpecuãria. Ou então, por alterações na

oferta internacional de fatores, com consequente desorganiza

ção do mercado. Neste último caso, enquadra-se o exemplo re

cente do aumento dos preços do petrôleo no mercado internacio

nal.

Ë notória a dependência do Brasil em importantes segmen

tos deste mercado. No caso dos fertilizantes (Tabela 1, em

anexo), a importação do País é muito grande. Em relação ao ni

trogênio, apesar de uma evolução favorável para a produção na

cional, importávamos ainda em 1981 mais de 50% do consumo apa

rente nacional.. A dependência de fósforo tem diminuido hastan

te, passando a percentagem de produção nacional para 89%. En

Page 7: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

3.

tretanto, para os potssicos, a irnportaço é total. Em termos globais, imtortamos em toneladas de nutrientes mais da metade do consumo aparente de 1981.

Em termos de energia, a situação no se apresenta muito

diferente. Conforme pode ser visto na Tabela 2, onde so apre

sentadas em valores físicos normalizados (toneladas de equi

valente petr6leo) a produção nacional e a importação de ener

gia, existe urna depend&ncia externa da ordem de 34% em 1980, embora esta venha diminuindo desde 1976, devido a mudanças em seu perfil (Tabela 3)

No tocante a defensivos agrícolas, a Tabela 4 mostra que,

enquanto no global sua irnportaço venha diminuindo (passando de um índice de iInportaço/produço nacional de 273,8 em 1976 a 95,4 em 1979), naqueles produtos mais utilizados nas lavouras como os inseticidas, o grau de dependncia aumentou de 1978 a 1979. Por outro lado, importamos em 1979 quase a

metade do consumo aparente de defensivos agrícolas no Brasil.

Isto posto, torna-se claro que o grau de dependéncia ex terna do Pais no.fornecimento de fatores estratégicos de pra

duço agrícola como energia, fertilizantes e defensivos, cons titui um elemento de extrema importância no caso de situaç5es

de emrgência cuja origem se dá no exterior. A interrupção de seu fornecimento causaria, no atual estágio da agricultura brasileira, danos incalculêveis na produçêo de alimentos e matérias primas, além de enormes prejuízos nos setores agro industriais que utilizam estes fatores como matéria prima.

2. Situação de emergência de origem interna

As situaçes de emergência provocadas por fatores inter

nos podem se dar por catêstrofes naturais ou não, e serem lo

Page 8: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

4.

calizadas cu disseminadas espaciairnente. Os exemplos mais fia

grantes de ±ais situações configuram-se nos casos de convul

saes sociais, alteraç6es climáticas bruscas, epidemias e ocor

ráncia em Larga escala de pragas e doenças na agropecuãria.

Em todos estes casos é possível haver uma grande alteração na

c3ernanda dos fatores de produção agropecuãria.

Com relação ao fator terra, qualquer mudança dificilmente

encontrará inflexibilidade ria sua oferta. Segundo dados do

IBGE, de 1975, tínhamos entre lavouras e pastagns, cerca de

225 milh6es de hectares, havendo disponibilidade, apenas nas

áreas ocupadas, de mais 23 rnilh6es de hectares classificados

como área produtiva ociosa. As áreas põtenciais, com aptidão

para lavouras (Tabela 5) ocupam quase 600 milh6es de hectares -

(70% do território brasileiro), havendo ainda 190 rnilh6es de

hectares aptos para pastagens plantadas e silvicultura. As

áreas com potencialidades para culturas em várzeas e irriga

das ocupam 42 milh5es de hectares.

No caso do capital, as conseq1áncias possíveis poderão se

concretizar na destruição do capital fixo, (infra -estrutura,

prédios e instalaçbes,. etc.) de máquinas e equipamentos, e na

interrupção do fornecimento dos insumos modernos produzidos

internamente, com conseqflâncias já comentadas anteriormente.

Na esfera do fator trabalho, poderá haver desorganização

na oferta de mão-de-obra devido a conflitos, catástrofes ou

mesmo epidemias. O Brasil passou por profundas transformaç6es

a partir de 1950. Industrializou e se urbanizou: os campos

participam em 11% da ren3a irterna e abrigam, apenas, 32% da

população brasileira. É evidente que catástrofes desta nature

za podem acentuar drasticainente a tendáncia do fluxo rural-ur

bano, pressionando as cidades de maneira insuportável.

Page 9: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

5.

3. Medidas recomendadas em situaç6es de exnerg&ncia

Existe uma gama de medidas possíveis de serem adotadas no

sentido de se evitar ou contornar estas situaç6es.

A primeira delas, de caráter preventivo, está no desenvol

vimento adequado das instituiç6es que apoiam a agricultura na

cional. O seu desenvolvimento, proveniente da alocação apro

priada de recursos humanos e materiais e do seu aperfeiçoamen

to, permitirá a formação de estoques de informaç6es, fatores

e produtos, que terão previsíveis efeitos de atenuação em ca

sos de ernergncia.

Convám salientar neste ponto o papel da iniciativa parti

cular no desenvolvimento da pesquisa, mormente nas áreas de

melhoramento e químicos. O maior obstáculo aqui está na lei

de patentes e registros de cultivares que obstam a apropria

ção, pelos empresários, dos ganhos das descobertas científi

cas.

importante seguir uma política de substituição de impor

taçaes, através da produção interna de fertilizantes, defensi

vos, produtos veterinários, combustíveis e outros, o que suge

re a descoberta e utilização de matérias primas nacionais,

transformadas atravé de tecnologias próprias.

O desenvolvimento de tecnologias agropecuãrias que econo

mizem ou mesmo eliminem o uso desses fatores de produção em

situações de crise é imperativo.

A pesquisa agrícola tem enfrentado o problema de réduzir

o consuiro de insumos modernos, no conceito de gastos por gui

lo de produto agrícola, e, ainda, assegurar o crescimento da

produtividade a taxas elevadas, através do desenvolvimento de

Page 10: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

PA

tecnologias poupadoras de insumos modernos. Esforços têm sido

realizados, com sucesso, em áreas como: melhoramento genéti

co, fixação biológica de nitrogênio, controle de pragas e do

ença, biologia dos solos, práticas culturais, irrigação, per

das nas colheitas e nos circuitos de comercialização. A indús

tria de insuinos modernos, especialmente a de fertilizantes,

terá que redobrar esforços a fim de criar produtos mais efi

cientes e baratos.

A localização da população no meio urbano e a produção

dispersa sobre um certo territ6rio aumentam o consumo de ener

gia e as perdas de produção nos circuitos da comercialização.

Estas perdas equivalem ao desperdício da mão-de-obra, dos in

sumos modernos e dos combustíveis que foram utilizados nos

processos de produção. Neste sentido, tornam-se importantes

aquelas tecnologias desenvolvidas no sentido de se evitar per

das que ocorrem entre a colheita e o consumidor: tecnologias

poupadoras de produto. Na realidade, poupam a energia consumi

da a nível de fazenda, transportes, industrialização e armaze

namento. A eliminação dessas perdas aumenta a oferta de ali

mentos e reduz o consumo de energia, desde que as tecnolo

gias utilizadas para este fim apresentem balanço energêtico

adequado.

No caso de equipamentos, são importantës o desenvolvimen

to de tecnologias alternativas intensivas em trabalho manual

ou animal ou o desenvolvimento de equipamentos eficientes.

Neste último caso, a mão-de-obra será substituída por

máquinas e equipamentos e por mão-de-obra mais treinada, ter

nando-se necessário o desenvolvimento de tecnologias poupado

ras de deste fator. Em termos de engenharia rural alguma cai

sa tem sido feita no Brasil, tanto a nível de iniciativa par

ticular como pública. A maioria das máquinas e equipamentos

Page 11: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

7.

pertencem à geração do tempo de combustível, barato e são, por

isto mesmo, muito ineficientes em termos de consumo de ener

gia, alêm de pouco adaptadas às condições brasileiras. Alêin

do mais, as conquistas nesta ãrea são hoje indispensáveis,

tanto para a zona de fronteiras corno para as zonas velhas;

para conservar os recursos naturais (cultivo mínimo) e, ao

mesmo tempo, expandir a área cultivada; em irrigação, proces

sarnento de alimentos, desmatainento, preparo do solo, tratos

culturais, colheitas, armazenamento e transportes.

Os estoques estratêgicos de fatores de produção e sua

apropriada distribuição espacial tarnbêmn constituem um elemen

to de destaque. A sua existência e a possibilidade de seu

pido emprego e concentração em áreas críticas, pode ser o se

gredo do sucesso ou insucesso na superação de crises.

Foi mencionado anteriormente a existência de grandes

áreas disponíveis (estoque do fator terra) no Brasil, parti

cularmente na região dos Cerrados e Amazônia. Naturalmente

que a incorporação de novos espaços geográficos no processo

produtivo dependerá tambám da existência de estoques de conhe

cimentos adequados. A EMBRAPA participa de estudos já adian

tados no tocante ao levantamento e aproveitamento dos recur

sos naturais dessas regiões.

Assim, os estoques de insumnos modernos, de maquinaria, de

recursos naturais, de mão-de-obra e por fim, de conhecimentos

tecnolôgicos, integram os elementos a partir dos quais será

acionada a dinâmica de produção agrícola. Apesar de não cons

tituir assunto desta palestra, deve tambêm ser mencionada

aqui a importância dos estoques dos produtos resultantes des

sa dinâmica, que devem ser armazenados convenientemente para

futuros empregos em situações de emergência, como estoques re

guiadores de oferta.

Page 12: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

EP

Por fim, o fator humano integra o mais importante elernen

to em toda a equação. Sua uti1izaço, por um lado no sentido de substituição de outros fatores, como máquinas, e por ou

tro, no seu papel intransferível de estoque de conhecimentos,

passivel de aperfeiçoamentos, no tem limites. Existem hoje

nc Brasil, integrados nos sistemas EMBRAPA e EMBRATER, cerca

de 15 mil elementos altamente qualificados na geração e adap

taço de tecnologias e na sua difusão.. A rápida mobilização de fatores estratégicos existentes na agropecuria estará,

em última analise, em suas inos.

4. Concluso

Em suma, qualquer restrição ou interrupcão no fornecimen to de fatores de produção pode ser superada, em primeiro lu gar, pela existância de estoques estratégicos, e em segundo lugar, pela alteração do sistema produtivo na direção da uti

lização de fatores mais abundantes, através de tecnologias

apropriadas. O primeiro caso requer investimentos em armazena

gemn. O segundo, investimentos em pesquisa agri:cola para deter minação. de sistemas alternativos, e na divulgação, via exten

são, para que se possa difundir, com rapidez, esses sistemas aos produtores.

Deste modo, a conclusão poderia se jautar em quatro pon tos primordiais, que deverão constituir os elementos-chave pa ra quaisquer políticas que visem a superação de situaçaes de emnergéncia no mercado de fatores agropecuãrios.

A primeira delas consiste na existéncia de estoque de fa

tores de produção e de sua distribuição no espaço físico, de modo tal que facilite sua rãpida mobilização.

A segunda, no estoque de tecnologias alternativas que pos

sam direcionar a utilização destes fatores no sentido de pou

Page 13: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

o

par aqueles fatores escassos e diminuir, concomitanternente, a

dependência externa. Deve ser ressaltado aqui que a existn

cia de elementos altamente qualificados e um suporte s61ido ã

pesquisa agropecuãria, podem diminuir em muito o tempo que

normalmente se leva entre o teste de hipôtese formulado para

um problema específico na pesquisa e o seu resultado, pronto

para a difusão.

Outro ponto consiste naturalmente na eficiência do siste

ina de informação ao agricultor. De nada vale o conhecimento

se este no pode ser rapidamente difundido e implementado pe

los produtores rurais. Em um momento de crise, em que se tor

nain necessários a aplicação de critérios racionais na utiliza

ção de fatores para a concentração da produção naqueles produ

tos básicos de alimentação e produção de matérias primas es

tratégicas, a figura do extensionista rural se apresenta como

indispensãvel.

Finalmente, as facilidades de cornunicaço, como a existn

cia de uma rede de transportes rodoviário, fluvial, aéreo ou

marítimo irão viabilizar quaisquer políticas que se fundamen

tem na rápida mobilização dos fatores de produção agropecu

rios.

Page 14: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

$

a ai

a N -i

ii

o -4 1.) a

o 'a o. ri o 14

04

w

o 4(1

1.).

4) 1-4

o 0.

i-i

IIt

o

o

Ia

a o. a

2 41 2 8 Li- a

(li ri

a .

40 tu ai .7 ri

- o 1-o

O ri ri ri a

ri ri 41( ri

ri ri

1) ei o, - o

t ta 2

ii-, ,. a •-' o r- o,

o .

o. o 40 O r-

J

iii ririN 0eiri

ri -a a a 74 es a

1 5 .

1 1 1 • 1

1 .2 1

l• 1 g

O ri 1

4' iÕ r- ri 0

a Oi ir.O irSC(

O O' ti ri ri 1-O '0

a a

O ri ir 'o r- ri 'O

1 1i

ri

a, 40

8 O Oi 10 '0

ri ri

ri o'

40 o

lo 40

a a a

1 ir e- ri a ri

ri a,

Ci i o' ri

ri

ri r- ri

o 0. Ii Iii ri ir O ti ai .1- a a ri r- tui ri ri

ri a 7-. 40 ifl O .1 7-4 ri

r- ir ri ri ri 40

21 ri tfl

0 ri 40 a

75 (1

ri a

ri l- O, ri

2 04040040 N O 7- O

ri

ri ri ri

ir o ir a a O 1-O O O' 40 75 ri ri a, o, cO tu, ri

B ri ri ai ri

ri tfl

ri tfl ri

7-IS ai a

a

ri ri ir ir '0 IN 7--

ir .o 'o -

ri

75 O

- ri e, ri

2 - a o ri ci O

ri ti ri (O 10 — (O

ir 'a .0

r-

75 7 7

q 8

ri 40 'a 47 40

'o O 40

4. ri .0 •0 -O

lo.

04

-Ii

114

'-4

'-a

ai a,

El

-

- o

Page 15: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

TABELA 2 - EvO1uço de dependência externa de ener9ia

1O3tEP

Ano Produção nacional Deperkncia externa ConsUIlt) total de energia prirnria

1976 70.060 39.431 109491

64,0 36,0 100,0

1977 74.953 41.548 116.501

64,3 35,7 100,0

1978 78.456 47.013 125.469

62,5 37,5 100,0

1979 84.440 .49.226 133.666

63,2 36,8 100,0

1980 91.723 47.324 139.047

66,0 34,0 100,0

11 -

Fonte: Balanço erergticxJ - Ministério das Minas e Energia - 1981

Page 16: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

[1dP

ri

-.-1 O' 1-i o)

a)

cii

LI) ci)

10

(Ii 4) 1-1 o

LI)

rj

o

o,

o >

ri

12

r co <D CD ri c CD C' cD r- ri kD -

CD t CD CD Ln CD CD • O * CD • O • CD

CD Lii

CO

co N ..r r- Lii '.C)

O 1"- ri

- CD

C) - r- • CD - ri CD ri CD O

o'

4I -- u r 1-1 •-1 • - CD -. o 'çJ -. -

8 0CD Q C',1 Q N o CN

-,-11 oiu cii

,-1 ,-4 O -1 CD O C) 'C' o ri CD CD

- -1 CN

CD CD CD o CD

i-g 1

o I ço - 0i -. CN - ci) 10 >

CD O ri CD Ç' Q ri CD

I 4 1 1 1 1 Lii o O co

o' ri o' Lii -1 ' ,-1 -- - - co - tj) - r-,- - CD

ri CD

o'

-ril 1 a)

1 1 1 1 1 ç.- O

(1)

2 ri r Lii

N- C'1 (ii ri

r-í ci) Lii .- r -

CD ri CD r-1 C o

2W 4.) LI) CD

Lii ri - 'o

r-I N ,-4 -

r- ri

ri CN N

CN (1)

O rH CD O CD CD

O rj u

P1 co

ri o ri

CD o

r- 1-1 r- ri co b

8 * 'o '° • (ii

,-1 .1 r4 P4 Lii •

ri Lii •

ri ¼0 -

iai o' o'

P4 Lii

8 ri o a Lii ri ' co co ri O

o) r-1 • —1 • o o'

• - P4

CD • -i • CD

O o' ri CD (LI Li)

r- co o' ci)

r- co

Page 17: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

13.

TABELA 4 - Consumo aparente de defensivos agrícolas no Brasil, em

volume físico.

Defensivos 1975 (t)

1976 (t)

1977 (t)

1978 (t)

1979(1)

(t)

Inseticida

• Importação (A) 26.187 20.762 23.794 22.827 24.175

- Produção nacional (B) 15.616 7.738 10.052 19.927 19.378

• (A/B) x 100 167,7 268,3 236,7 114,6 124,8

Fungicida

• Importação (A) 4.994 7.305 12.682 7.760 7.468

Produção nacional (B) 9.245 9.328 11.903 15.153 15.723

• (A/B) x 100 54,0 78,3 106,5 51,2 47,5

Herbicida

• Importação (A) 20.718 22.767 15.595 17.318 10.494

Produção nacional (B) 1.700 1.500 4.331 5.541 9.043 • (A/B) x 100 1.218,7 1.517,8 360,1 312,5 116,0

Total

• Importaço (A) 51.899 50.834 52.071 47.905 42.135 • Produção nacional (B) 26.561 18.566 26.286 40.621 44.144 • (A/B) x 100 195,4 273,8 198,1 117,9 95,4

Fonte: SINDAG

(1) Dados preliminares

Page 18: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

TABELA 5 - Âreas potenciais para culturas no Brasil

Lavouras 595 x• 6 10 (ha) ou 70% do territoric

Pastagem plantada 128 x 10 6 (ha) ou 15% do territ6ric

Silvicultura 60 x 10 6 (ha) ou 7% do territoric

Pastagem natural ou sem

aptidão agricola 64 x 10 (ha) ou 8% do territ6ric

Varzeas 17 x 10 6

(ha)

6 Irrigaçao 25 x 10 (ha)

Fonte:. SUPLAN/MA e SNLCS/EM.BRAPA

Nota: A silvicultura ou pastagem plantada podem ser cu1tivada

na área de lavouras mas o inverso não é verdadeiro. Tari

bém a silvicultura pode ser cultivada em áreas de pasta

gem plantada e lavouras.

14

Page 19: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa

O' ri a' -4

-4 Ci CO

a' o) -4

a a'

a) ri cN

ii

04

ri

ai

LIHj

1

'a O) 4?

la 'a

-.1 -1 -4 4) Ii O)

a)

-4

'a

cl -4 (1 a) a)

o la)

o 14

o'

a)

o

o' a) 4) II o o' a) -4

a) .1) a) a) 14 .0 o' 'a

o

4

a) o o

o '0

o mi LI' o -i o

la)

-4

La) CO

-4

L

I, ) 28 T ) ç.

la

e CO ri riaioNa)or'

irimø oo e a

«1 ir a), e rt Lfl ri

Li) II) CO e a' ri ia e

ai -4 ri ri ri e ri Ir)

2 eo -Lø

LI o' ri ri ri ri ri e ri a)

ri ai ri ri -1 O

'5 CO ia) la CO ri 'a

IÏI ,

-4 Ia) O ri P4 14 o e ri

Qi -4 'a

43 oco ri o ri a' - 44 ir O) ia) P4

Ia) ririCOoriri -4 ai ri

1 0

1 1 1 1

1 1 1 1 1 1

'8

o ri ir CO ri ri CO

1 ri ri ai O) o oi ri

ir CO CO O) CO ia)

-

O j O ri Lfl 'a) ri ri "a - O ia) CO riCO

Oai,1fl0a'CO 'a

l ri ri O' 41 CO ID

8 a CO CO CO Cl O la) ri 'a -1 l

a1 ri c ri O ri Ir) J ri O) CO O' 01 O) ri CO CO P1 ri ri ia

- Ir) CO Ia ri ri ri- CO

ri a' ri o ri ai e ri

lj ai ri ai ri iri (a) O)

ri w Lii ai e (1 ri ri .-4 ri ir) ri

a'COO ,.IP4 ri ri CO

a' O

ri

ri a' a' ri ri ri O ri

ri ri 1' 0) ri ,'4

140 00)Q, O)Ori, la ai

CO CO O ri o ri õ

La) ri a' ri ri ri

e e e e e e

1 § 1

'rio ri O "a O a)' rir,a'a'a)rr

ID ri ri

CO 41 ri O O a' O) 1 CO O) ri ri

a' ri a' 4 ri ia - CO ai

I)0 laI ri ,.4 O) O O) ri

1a'iaNP4ri ri

9i'a4

CO 4 ri O' ia) 'a ri Ia) CO ri

ri 'a ir)

ii ri ia ri -4 ri CO

ri 4 ri P1 '2 'ai T

O O CO CO e Oi ID riO)CO

ri e

i ri ri o'

I - ri Iii

N1O1COO)Q La) a' ID

CO . ri ai CO ri Ci ri 4N e e 'a LO ri

7. P1i'4 PICO 'CI .-4 CO

4 Cl .-lO)CO 41 CO CO

8 a a)

ri CO CO O -t 'a ia ri

O) 0) 'a ri- O) CO

(II IA ID I' 40 Si O 1 Q ri ri ri ri ri CO CO

lo

Page 20: E ATP ABRAPA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96885/1/... · 2014. 2. 11. · e atp 1661 abrapa 1982 iflfsa brasileira de pesquisa