E-Campus: Um Campus Virtual baseado em Software Livre Luiz Eduardo Buzato ( [email protected])...
Transcript of E-Campus: Um Campus Virtual baseado em Software Livre Luiz Eduardo Buzato ( [email protected])...
E-Campus: Um Campus Virtual baseado
em Software Livre
Luiz Eduardo Buzato([email protected])
Centro de Computação (CCUEC)
Instituto de Computação (IC)
Open Source: o livre acesso à Informação Científica Fórum Permanente de Conhecimento e TI
UNICAMP, 14 de Abril de 2005
Osvaldo CarvalhoLCC-UFMG
O que é um E-Campus?
Um E-Campus, ou campus virtual, é um conjuntode serviços on-line (WEB) que apóia a execução de
aplicações institucionais, integrando-as e habilitando-aspara que estejam disponíveis sempre, em qualquer lugar.
Características de um E-Campus
• Baseia-se em componentes de software, interfaces e serviços bem definidos (arquitetura de referência e middleware)
• É consistente com a estrutura organizacional da Instituição (materializa a estrutura da organização)
• Permite interoperação de E-campi, isto é, permite a criação de federações de E-campi (Internet2).
E-Campus: Arquitetura de Software
Diretório, ICP, Licenças, Arq. Ref. etc.
Aplicações: RH ADM Gest. Acad. GED B.D.
Middleware:
Unix, Linux, Windows, MacOS, etc.
Rede de Computadores
E-Campus
Usuários
O que é “middleware”?
• Termo criado para designar uma camada de software que gerencia segurança, acesso e troca de informações com o propósito de tornar mais fácil e confiável a comunicação e a colaboração por meio de tecnologias da informação.
• Diretórios, ICPs e Arq. Refs são as partes mais importantes de qualquer middleware para E-Campus.
O que é uma Arquitetura de Referência?
Conjunto de componentes de software que permitem o desenvolvimento de aplicações prontas para serem integradas a diretórios e infra-estruturas de chaves públicas (ICPs).
Características de uma AR
• Abrangência: permite a construção de aplicações distribuídas (web services) típicas da gestão universitária, integração;
• Facilita desenvolvimento de sw e compra de aplicações, Biblioteca de Componentes Java (UNICAMP);
• Open source, future-proof;• Plataformas (hardware e software) de baixo custo, de
prateleira (off-the-shelve).• Reduz custos de desenvolvimento e de compra.
O que é um diretório?(Eric Baize)
• Diretório: base de dados especializada para AUTENTICAÇÃO, AUTORIZAÇÃO E PERSONALIZAÇÃO DE ACESSO.
– # consultas # atualizações– compartilhada por múltiplas aplicações– distribuída– replicada– facilmente extensível
Situação das universidades americanas com relação a diretórios
(E-Campi)
Por que?DR = Doctoral/Resarch Intensive
• Uma boa infra-estrutura de middleware induz– Ganhos na segurança e usabilidade em TIC
institucional, possibilita o E-Campus.– Melhoria na interoperabilidade de
aplicações.– Cooperação intra-institucional e inter-
institucional mais eficaz, segura e confortável.
– Reduz custos de desenvolvimento próprio.– Reduz custos de aquisição de
desenvolvimento e de compra de pacotes.
O que é LDAP?• LDAP é um protocolo que especifica diretórios
de uso geral• Lightweight DAP (X500)• Domina o mercado• Produtos
– MS Active Directory– Novell NDS– Sun One (iPlanet)– OpenLDAP (software livre)
Diretórios LDAP• Uso mais frequente: armazenamento de
informações sobre usuários– Nomes, emails, telefones, certificados
digitais,...• Oferecem autenticação
– Na operação de “bind”– Verificando senhas e certificados
(assinaturas digitais)
Ganhos Internos com Diretórios
Problemas com sistemas isolados de autenticação
• Segurança definida por administradores diferentes na sua Unidade/Orgão.
• Regras para evitar senhas fracas são dificilmente implantadas
• Matrículas, contratações, demissões envolvem ações de diversos administradores
• Dificuldade de apresentação racional do conjunto de aplicações a que um usuário tem acesso
Problemas com nichos de informações sobre pessoas e vínculos
• Redundância e por vezes inconsistência de dados como endereços ou telefones.
• O desenvolvedor de cada aplicação deve construir seu próprio sistema de autenticação e sua base de usuários, aumentando seus custos
• A gerência de sistemas que dependem de informações de bases sob outra gerência institucional é complicada (Como exigir que certos computadores só sejam usados por alunos de Engenharia?)
Sistemas com Diretórios• O diretório é a referência para AAP.• Gerência de usuários eficiente• Login e senha únicos• Segurança e controle de acesso mais fortes,
com concessões e cancelamentos de privilégios em pontos bem determinados (poucos)
Sistemas com Diretórios• Administração Unix e Windows simplificada,
com admissão automática de calouros, restrições de uso,…
• Novas aplicações usam autenticação LDAP, padronizada e barata
• Catálogos de telefones e emails são facilmente mantidos, e podem ser consultados por qualquer cliente de email.
• Estrutura Organizacional é representada e mantida facilmente (Tabela de Orgãos).
Sistemas com Diretórios• A cada dia, mais e mais fornecedores oferecem
aplicações habilitadas para diretórios• Diversos produtos em software livre (Moodle,
DSpace, …) têm autenticação LDAP• Um diretório é a base para a implantação de um
portal (uPortal, p. ex.) que organiza informações e funcionalidades segundo credenciais do usuário, de forma personalizada (E-Campus)
• Voz em IP e estruturas de redes (wi-fi) são melhor implantadas usando diretórios LDAP
Ganhos de Interoperabilidade
com Diretórios
Exemplo Típico: Coleta de Produção Intelectual
• Instituições parecidas• Problema idêntico, mas…
– UNICAMP: SIPEX– UFMG: Opus– UFRJ: Sigma– Outras IES ….
• Por que? O custo da adaptação de uma solução da IES a para a IES b é mais alto do que o de desenvolvimento!
Outro Exemplo: Diário de Classe• Especificação simplificada:
– Aplicação Web– Um aluno pode ver seus resultados e só
estes– O professor pode ver e alterar todos
Diário de Classe• Cada universidade tem dados sobre alunos e
professores em um formato• Como fazer um diário de classe para todas as
universidades estaduais paulistas?• Como oferecer acesso confortável a todos os
diários de classe que interessam a um aluno?• E para o professor?
Diretórios e Interoperabilidade
• Diretórios podem armazenar qualquer tipo de informação
• Interoperabilidade exige um “esquema de dados” comum
• Com um esquema IES para alunos, professores e matrículas, é mais fácil fazer um diário de classe para todas as IES (estaduais, federais, etc).
Diretórios e Interoperabilidade• Um esquema força a sintaxe de informações
– Clientes de correio (Outlook, Eudora, Netscape, Notes, OpenOffice) usam qq LDAP com o esquema inetOrgPerson (ou coisa parecida) para localizar pessoas
– Universidades americanas adotam esquemas como eduPerson, eduOrg, eduCourse
• Sistema como o TEDE (Biblioteca Digital) do IBICT pode tirar proveito de uma padronização brasileira
Ganhos na Cooperação Multi-
Institucional com Diretórios
NSDL
• Biblioteca Digital para Ensino Médio• Alunos Professores
– Autenticação e autorização para milhões– Credenciais confiáveis e atualizadas
• Como?
Shibboleth: Uso de Provedores de Identidade (Federações de E-Campi)
Instituição de Origem
Desafio
Resposta
PedidoServiço
Credenciais
Credenciais?
Um serviço, múltiplos provedores de identidade
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
• A NSDL confia nas instituições• A NSDL não tem uma base de usuários, delegando este
serviço às instituições
Um usuário, múltiplos serviços
Instituição de Origem
Bibliotecas
EADGA
Desafio
Resposta
• Somente um login e senha para lembrar• Só a instituição de origem vê a senha• A instituição confia nos provedores de serviços
Hospital
Federações e Redes de Confiança
XYZW
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
Instituição de Origem
CONTRATO
• Contrato entre a federação e provedores - de identidades e de serviços
A Federação InQueue• Experimental, só para teste de tecnologia• Exemplo de serviço: https://authdev.it.ohio
-state.edu/twiki/bin/view
Shibboleth Wiki
Shibboleth E-Campus• Exemplos de ganhos:
– Alunos e professores se autenticam em sua instituição de origem
– Professores podem criar curso intra e inter-institucioais
– A inscrição é automática para os alunos regularmente matriculados em uma disciplina
– A exportação de resultados para absorção por sistemas acadêmicos é muito facilitada
Outros Beneficiários em Potencial• CNPq, Lattes, SIPEX• IBICT• SIAPE• RNP• CAPES• FINEP• FAPESP e outras FAPs• …………..
O Contexto Internacional:Federações
• Inqueue– Internet2, experimental
• InCommon– Internet2, exclusiva para universidades
norte-americanas, recentemente em operação
• FEIDE, SWITCH, SDSS– Federações de universidades da Noruega,
Suíça, Reino Unido
InCommon Agreement
InCommon Insurance
InCommon: Participantes em 10/04/2005
O Contexto Nacional• Não temos um levantamento sistemático de
TIC como o Core Data Service (percepção pessoal nossa (leb e ofc))
• Diretórios– Somente a UNICAMP e UFMG tem diretórios UFMG: Lotus Notes (proprietário), LDAP UNICAMP: piloto experimental LDAP– Temos notícias de projetos de diretórios na
UFBA, UFRGS e UFSM
A UFMG• Programa de diretórios iniciado em 1999• Ponto de partida: Lotus Notes e aplicações• Metadiretório
– É alimentado com dados corporativos– Alimenta diretório Domino e OpenLDAP
• Rede OpenLDAP autentica Linux• Aplicações habilitadas para LDAP:
– Guia de especialistas, anúncios, – Sistema acadêmico, …
• Necessidade estratégica de mudança de tecnologia
A UNICAMP• Estudo de diretórios iniciado em 2003• Piloto LDAP• Novo sistema acadêmico baseado em LDAP• Experiência com SmartCards, que deve se
ampliar com diretórios e certificados digitais• Renovação prevista de toda a estrutura
computacional com integração com gestão de recursos humanos e gestão acadêmica, através do uso de diretórios
• Em breve, sistema de EAD modificado para uso de diretórios (Teleduc e Moodle)
Até aqui temos evidências de que
• Diretórios propiciam racionalização de TIC
• Na Europa e EUA, há enorme adoção• Para participar das redes de confiança
mundiais, é preciso se habilitar como provedor de identidades e credenciais
• No Brasil, o movimento é incipiente• E então, como fazer um diretório
(habilitar um E-Campus)?
TI Institucional: Situação Típica
• Sistemas isolados de autenticação– Sistemas acadêmicos– Sistemas de pessoal, administrativos e hospitalares– Ensino a Distância– Muitas e muitas instalações de Linux, Windows, etc.– Correios eletrônicos não integrados– Lattes, SIPEX, SIAPE, CAPES, IBICT, Bibliotecas, etc
• Cada aplicação ou sistema– Seu diretório de usuários– Seu administrador de contas– Um login e uma senha para lembrar…
Legado UNICAMP: dados sobre pessoas e vínculos
Biblioteca
NISFundação
Pós
Funcionários
GEDVisitantes
BolsistasSimpatizantesGradu
ação
Professores
Formatu
ras
Aposen
tadorias
Vestib
ular
Matrícu
las
Deslig
amentos
Contrataçõ
es
Demissõ
es
Construção de um Diretório
Meta-DiretórioPessoas e
Credenciais
Conciliaçãode Registros
Atualização
Biblioteca
NISFundação
Pós
Funcionários
GEDVisitantes
BolsistasSimpatizantesGradu
açãoProfessores
LDAP
ConstruçãoIdentidade
Digital
O GT-Middleware (RNP)• UNICAMP: Buzato, Gustavo, Miguel CCUEC: Aguinaldo, Fernando, Queiroz, Paulo,
Ricardo (lideres de projeto)• UFMG: Osvaldo, Edré, estagiários
Objetivo do GT-Middleware• Estímulo à adoção por universidades
brasileiras de uma estrutura de middleware – correta institucionalmente– coerente nacionalmente – obedecendo a padrões internacionais
Metodologia• Implantação de pilotos na UNICAMP e UFMG• Desenvolvimento de produtos que podem ser
usados por outras universidades com grandes reduções de custos
• Oferta de informação e capacitação– Documentação dos produtos e implantações
piloto para facilitar a adoção de Diretórios e a construção de um E-Campus.
– Sítio informativo
Opções Tecnológicas do GT• Aproveitamento máximo dos resultados
produzidos no exterior (vamos no vácuo)• Padrões e sistemas abertos: Java, XML, LDAP,
OpenLDAP, … (Software Livre)• Concentração nos aspectos de autenticação e
autorização e personalização• Coexistência com sistemas legados
(integração)
Premissas• A instituição possui bases corporativas em
funcionamento, com possíveis redundâncias e mesmo discrepâncias de dados
• Não se exige nenhuma alteração nos processos de negócio que alimentam as bases corporativas já existentes
• A equipe de implantação deve ter acesso por programas às bases corporativas
Arquitetura do Diretório
Importação
LDAP
ServiçosAplicações
Exportação
Portal
PessoasAtributos Metadiretório
Bases Corporativas
UNICAMP
E-Campus UNICAMP (UNICAMPus): CCUEC mantém 6 projetos:
Implantação do Diretório (guarda chuva)Assinaturas Digitais
Componentes (Java, PHP, Smartcard) Serviço de Diretório Modelagem de Dados Portais
Assinaturas Digitais
Atividades:Estudo, Planejamento e Implantação de ICPBaseado no trabalho da ICP-Edu (UNICAMP-UFSC-UFMG)
Status: Software da ICP instalado e configurado. Integração com Smartcard em
desenvolvimento.
Componentes Java
Atividades: Projeto e implementação de Componentes
LDAP Java, PHP, etc. Desenvolvimento de rotinas de acesso ao
SmartCard
Status: Componetes Java: implementação Acesso ao Smart: conversa com GemPlus, em
desenvolvimento.
Serviço de Diretório
Atividades: Projeto e instalação de um LDAP e de sistemas
de AAP unificados UNIX-Windows
Status: Diretório piloto operacional Autenticação (single sign-on) UNIX, Windows Estudo sobre métodos de autenticação
Modelagem de Dados
Atividades: Desenvolvimento de brEduPerson
Status: UNICAMP e UFMG já concordaram sobre o
modelo, que inclui dados do HC-UNICAMP (prontuário eletrônico). Modelo de dados
será submetido a análise por outras IES (RNP) para padronização.
Portais
Atividades: Estudo e implantação de Portais e apoio paraImplantação de outras aplicações já habilitadas
para diretórios.
uPortal, Teleduc, webRT, OpenGroupWare, Moodle, etc.
E-Campus UNICAMP (UNICAMPus) Até julho/05: Piloto do E-Campus em operação: uPortal, webRT, email, calendário, canais
personalizados de informação para docentes, alunos e funcionários
Outras aplicações interessantes: VoIP, E-Campus wi-fi, Ensino a Distância, Biblioteca Digital, acesso a periódicos, acesso residencial, etc
Desafios
1. Patrocínio institucional 2. Determinação dos pontos de atribuição de
identidade na UNICAMP (DGRH, DAC, HC, etc) 3. Identidades temporárias (Exemplo:
professores visitantes) 4. Legislação para a ICP (Cadeia de confiança) 5. Tratamento do legado (DGRH, DGA, DAC,
etc)
Conclusão• Podemos implantar um E-Campus baseado
exclusivamente em software livre, facilitando muito o acesso à informação (científica)
• Diretórios, ICPs e Arquitetura de Referência formam o alicerce de um E-Campus
• Iniciativa permite convergência de interesses em TIC, permitindo racionalização de investimentos.
• E-campi, Diretórios, ICPs, etc, já se tornaram infra-estrutura praticamente obrigatória nos EUA e Europa. No Brasil, UNICAMP e UFMG são pioneiras.
Caso da EBSCO• EBSCO Information Services Offers Full Shibboleth® Support
Internet2 corporate member EBSCO Information Services has incorporated Shibboleth® into its EBSCOhost® research service, which provides online access to 11,000 journals and 5.1 million articles.http://www.ebsco.com/Shibboleth®, federated authentication technology developed by the Internet2 community, enables more scalable, privacy-preserving access to online resources. Internet2 corporate member EBSCO Information Services, one of the largest publishers of online information, has engaged in a key technology transfer role by incorporating Shibboleth into its commercially-available research service, which provides online access to more than 120 databases and thousands of electronic journals. EBSCO has worked with the Internet2 community to develop and test Shibboleth virtually since the beginning of the project. In collaboration with Internet2 member Ohio State University, EBSCO was the first resource provider site to implement Shibboleth. In 2004, EBSCO announced full Shibboleth support, as one of the authentication mechanism
enabling access to more than 11,000 journals and 5.1 million articles.
Obrigado.
Questões?