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Julho de 2018 Edição: 382 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva VIANA DO CASTELO CARLOS VIEIRA DE CASTRO CARLOS VIEIRA DE CASTRO Mais de uma centena em formação conjunta inédita Paixão de menino alicerça amor pela causa e pelas coisas dos bombeiros Bombeiro com experiência e créditos firmados como parteiro Página 5 Páginas 16 e 17 Páginas 16 e 17 Páginas 26 e 27

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J u l h o   d e   2 0 1 8   Edição:  382  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

VIANA DO CASTELO

CARLOS VIEIRA DE CASTRO

CARLOS VIEIRA DE CASTRO

Mais de uma centena em formação conjunta inédita

Paixão de meninoalicerça amor

pela causa e pelas coisasdos bombeiros

Bombeiro com experiênciae créditos firmados como parteiro

Página 5

Páginas 16 e 17

Páginas 16 e 17

Páginas 26 e 27

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2 JULHO 2018

Importa louvar quem nos ajudaÀ história das nossas associa-

ções juntam-se sempre no-mes de cidadãos e entidades cuja atenção para com elas deve merecer reconhecimento e testemunho permanente.

Esses cidadãos e entidades primam, em geral, pela sobrie-dade de atitudes, pela vontade de passarem despercebidos e até anónimos, evitam a visibili-dade e resistem à exposição mediática.

A nobreza dessas posturas, porém, esbarra com a vontade das associações e dos seus bombeiros poderem publica-mente dizer obrigado e apre-sentar esses benfeitores como um exemplo de solidariedade e responsabilidade social por ex-celência.

Percebendo a lógica da atitu-de das associações alguns deles admitem aparecer e aceitam ser homenageados. As associa-ções querem apresentá-los como exemplo a seguir por ou-tros e eles aceitam a homena-gem para também poderem enaltecer o trabalho dos bom-beiros e a justiça do apoio com que os beneficiam.

Nas memórias das associa-ções, ao longo dos anos, vamos encontrando os mecenas e benfeitores que ficam sem dú-vida associados aos enormes desafios a que elas então se abalançaram. É comum vermos registados na pedra ou em molduras fotográficas em zo-nas nobres dos quartéis as fi-guras que ficaram intrinseca-

mente ligadas à construção do quartel, à obtenção de equipa-mentos, ou à edificação de ou-tras infraestruturas da institui-ção. E, em muitos casos, esses apoios perpetuaram-se no tempo, repetidos vezes sem conta, e sempre com o mesmo objectivo, de ajudar, de apoiar, de dar força, de estimular os bombeiros e os seus dirigentes associativos a prosseguirem com a sua missão.

É na escala local que as asso-ciações de bombeiros têm con-seguido garantir os apoios, in-clusive, para fazerem face à so-lidariedade a que são chamados no socorro fora desse âmbito noutras zonas do país. Nesse sentido, os apoios obtidos, mesmo que com origem local, acabam por ter incidência e efi-cácia regional e até nacional.

Aos apoios particulares aos bombeiros estão associados muitos milhões de euros. De forma crescente, também, as autarquias têm vindo a estru-turar melhor e a aumentar os apoios concedidos às associa-ções do seu concelho. Uns e outros ajudam a responder às necessidades prementes dos bombeiros, seja na aquisição de viaturas, de equipamentos diversos, em obras ou até em formação. Refira-se que, por exemplo, boa parte da forma-ção dos bombeiros em tripulan-tes de ambulância de socorro é obtida junto de entidades pri-vadas com o apoio dos mece-nas ou das autarquias.

Como disse, são milhões de euros obtidos junto de entida-des e cidadãos, substituindo o Estado faltoso e incumpridor. Não se trata de lugar comum dizê-lo, mas antes uma mera constatação, tendo conta as ne-cessidades dos bombeiros per-feitamente identificadas e justi-ficadas, e os meios que lhes são facultados para tal pelo Estado.

Em abono da verdade, os apoios do Estado e das entida-des particulares e cidadãos, de-veriam, no mínimo, ser comple-mentares. Mas, na maioria dos casos, o que se regista é um enorme fosso, um grande défi-ce entre o que era suposto ser contributo de uns e outros e a realidade.

Em face da ausência do Esta-do, da demissão ou do divórcio das suas estruturas perante o que dão e deveriam dar, os me-cenas e benfeitores acabam por ser fundamentais à sustentabi-

lidade técnica e financeira das associações.

Não se trata apenas de recri-minar ou lançar culpas sobre o Estado mas, em termos compa-rativos, e muito directos, sem sofismas, nem falsas questões, fazer contas entre o que cada um dá, as responsabilidades que cabe a cada um satisfazer e os resultados disso.

Hoje em dia há associações que conseguem manter vivas tradições locais com as quais conseguem obter periodica-mente apoios significativos. É o caso dos cortejos de oferendas, em que associam os bombeiros, as juntas de freguesias e as co-munidades locais, cuja prática ainda hoje se mantém em mui-tos sítios. Ou, até, as visitas, dos bombeiros, comandos e di-rigentes, calcorreadas pelas vá-rias freguesias na busca de apoios para equipamentos es-pecíficos. Iniciativas através

das quais também se tenta au-mentar o número de associa-dos.

Aliás, tenha-se em conta os associados. Nos tempos que correm, de facto, o contributo deles para o orçamento da as-sociação é já apenas simbólico, mas outros tempos houve em que eram uma base sólida de suporte. Com o evoluir dos tempos, esse contributo veio diminuindo e, nos dias de hoje, na maioria das associações já só representará entre 10 a 20 por cento das suas receitas.

Neste caso, não obstante, haverem casos de êxito em as-sociações com muitos milhares de associados, nas restantes a realidade é bem diferente. Nes-te domínio, a forma como hoje a sociedade encara os seus bombeiros, dando-os como cer-tos na resposta, como garanti-dos na sua prontidão e eficácia, sem cuidar de saber, ou desva-

lorizar, de que modo e com que meios isso é satisfeito deverá ser tema de reflexão e debate sério. Debate no interior das próprias associações, mas tam-bém dentro da sociedade.

O sentimento de pertença das associações às respectivas comunidades, contínua vivo, mas, nos dias de hoje, nem sempre a correspondência de-las é nesse sentido.

As associações nasceram e desenvolveram-se a partir da vontade e da decisão das comu-nidades. Essa é a sua matriz identitária e a escala primordial a que intervêm. Sem esquecer tudo isso, mas tendo em conta que as associações e os seus bombeiros têm sido chamados, cada vez mais, a intensificar a sua disponibilidade e meios, com custos crescentes associa-dos, torna-se evidente que a própria comunidade deve ser chamada à responsabilidade de os apoiar, o Estado deve garan-tir os apoios verdadeiros e não os que pretende fazer crer, e as autarquias devem prosseguir no bom caminho, mesmo se ainda há algumas que se furtam a essa responsabilidade.

No caso dos benfeitores e mecenas apenas se pede que prossigam, que intensifiquem os apoios quando tal for possí-vel e, para já, cumpram a res-ponsabilidade social que têm cumprido até agora, de forma exemplar.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

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E o mundo voltou a assistir, incrédulo, à fúria do fogo

que, em julho deste ano, vol-tou a matar quase uma cente-na de pessoas na Grécia e cer-ca de uma dezena nos Estados Unidos e a provocar uma ver-dadeira hecatombe na vida de milhares das famílias, avulta-dos prejuízos na economia das nações e colossais prejuízos ambientais, designadamente na Suécia, que, surpreenden-temente, – ou não – este ano entrou para a negra lista de territórios vulneráveis às cha-mas.

Lá, como cá, não tardaram os especialistas em (quase) tudo para tentar todas as ex-plicações, ainda que este seja um processo complexo, que origina troca de acusações de toda a índole, falhas humanas

e erros políticos, ainda que por lá existam os meios e os tais profissionais e por cá “fazedo-res de opinião”, em 2017, pro-clamaram não existirem.

Não obstante as diferenças, não faltaram comparações en-tre a tragédia Grega e os cala-mitosos incêndios que em ju-nho e outubro do ano passado enlutaram a nação, ainda que análises detalhadas em infin-dáveis horas de tempo televisi-vo tenham servido para pouco mais do que expor tragédias pessoais e evidenciar todas fragilidades. Em Mati e em Ra-fina falhou tudo e, na verdade, o desordenamento e a genera-lizada desorganização foram apenas o combustível para a ignescência, obviamente, am-pliada pelas adversas condi-ções meteorológicas, mas tam-

bém pela impreparação das populações para enfrentar es-tes perigos e, certamente, pela tímida reação das autoridades antes, durante e no pós-incên-dio.

Lá como cá exigem-se mu-danças, estratégia, políticas que permitam responder a fe-nómenos cada vez mais fre-quentes, potenciados, não só,

pelas alterações climáticas, mas também por inércia ou ne-gligência humanas.

Por estes dias, Portugal cumpre regras impostas pelos alertas da meteorologia. O ve-rão parece ter perdido a timi-dez e promete chegar “com tudo” e fazer disparar o mercú-rio dos termómetros. Ao fecho desta edição, vigorava o esta-

do de alerta especial do Siste-ma Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), por isso mesmo, segundo a Au-toridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) todos os meios terrestres e aéreos estão dis-poníveis e os operacionais em prontidão para toda e qualquer eventualidade, num esforço nacional que une os vários agentes envolvidos em ações de prevenção e no ataque na-quele que é o primeiro teste ao Dispositivo Especial de Comba-te a Incêndios Rurais (DECIR), que, este ano, apresenta não apenas nova designação mas, também, um conjunto de alte-rações e de novas apostas.

Ainda na senda dos “culpa-dos”, Portugal procura aplicar os dolorosos ensinamentos da tragédia do ano passado, cor-

rigir erros e utilizar novas es-tratégias na salvaguarda da vida e dos haveres das popula-ções para que, de facto, e na prática, “nada a volte a ser como antes”.

Sendo “Portugal sem fogos é uma missão de todos”, im-porta que cada um de nós as-suma o seu papel na preven-ção e no apoio aos operacio-nais envolvidos neste desígnio nacional especialmente aos bombeiros, porque na realida-de e conforme, ainda há pou-cos dias, sublinhava o coman-dante operacional nacional da ANPC, José Duarte da Costa, são eles, os bravos soldados da paz que “quando tudo fa-lha” estão na primeira linha dos mais duros e arriscados combates.

Sofia Ribeiro

[email protected]

Fogo lá fora alerta especial em Portugal

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3JULHO 2018

Passar do sonho à realidade foi a missão que um punhado de homens e mulheres cha-mou a si próprio para responder às neces-

sidades concretas das suas comunidades na salvaguarda do bem-estar e da segurança dos seus membros.

Em muitos países foi o Estado a cumprir essa tarefa. Em Portugal tratou-se de um movimento das próprias comunidades. E esse exemplo iné-dito, pela sua amplitude e explosão e pelas suas próprias características, perdura século e meio após a criação em Portugal da primeira associa-ção humanitária de bombeiros voluntários a que se seguiram muitas outras até à atualidade.

Aqueles que decidiram, na segunda metade do século XIX, passar do sonho à acção, por-ventura, ainda não estariam conscientes das proporções que a sua decisão viria a ganhar. Em todo o caso, tratou-se, sem dúvida, de uma de-cisão temerária de fazer nascer de raiz uma en-tidade associativa, humanitária e voluntária, domínio só possíveis conjugar fruto da enorme perseverança, determinação e abnegação de quem o decidiu.

Foi obra arrancar com o mínimo dos mínimos em termos materiais, recolher fundos para isso, congregar vontades dos que desejaram abraçar esse sonho em termos operacionais foi obra.

As macas rodadas e as bombas braçais que, sem mais, muitas associações utilizaram anos a fio, e que hoje orgulhosamente expõem nas suas instalações, poderão fazer sorrir quem desconheça o que isso significou à época e o testemunho que hoje dá de outros tempos.

Século e meio depois, quando os Bombeiros Voluntários de Lisboa, comemoram a sua fun-dação importa que nos inclinemos sobre a me-mória dos que os fundaram e todos aqueles que nos meses e anos que se seguiram foram tam-bém dando corpo a esse desafio.

Os tempos difíceis que então também se vi-viam não foram estorvo nem obstáculo a que tomassem nas suas mãos essa tarefa.

É sabido que a sociedade portuguesa nunca tinha sentido, e porventura nunca virá a sentir, um movimento tão forte da sua afirmação e de-terminação. E só por isso, não me canso de di-zer, deveria ser motivo de estudo do nosso meio académico associado às ciências humanas e à história. Tratou-se das próprias comunidades se organizarem em torno da vontade de garantir o socorro aos seus concidadãos. Já então, assis-tiu-se a processo crescente das comunidades chamarem a si a resolução dos problemas para os quais, já à data, o Estado não tinha solução.

Os fundadores da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Lisboa foram temerá-rios, tomando uma atitude desassombrada para a época, e ainda hoje motivo de admiração, sem experiências semelhantes ou próximas co-nhecidas, ao decidirem dar corpo a um fenóme-no caracterizado, por um lado, pelo associati-vismo e, por outro, pelo voluntariado.

Os registos que temos desses tempos fazem--nos crer na criação das associações, e da de Lisboa em particular, na presença de muito en-tusiasmo e de muita determinação. Essa mes-ma vontade ficou expressa, por exemplo, em torno de meios de intervenção e equipamentos, alguns grande novidade para a época, mas que hoje nos poderão fazer sorrir, pela sua simplici-dade, pela sua dimensão e modo de funciona-mento.

Estamos assim, perante um legado operacio-nal histórico que nos orgulha e que nos faz des-tacar uma imensidão de mulheres e homens

que souberam decidir e dar continuidade à mis-são que escolheram de socorrer a sua comuni-dade um século e meio atrás.

Estamos, assim, também, perante um con-junto de figuras tutelares da história dos bom-beiros portugueses, dirigentes, que tiveram o alcance, o arrojo e o atrevimento de construir de raiz aquilo que até ali ninguém antes tinha feito.

A Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Lisboa tem um histórico precioso, em que muitas outras instituições por todo o País se foram inspirando para construírem as suas próprias estruturas, com uma matriz origi-nária que enche de orgulho a Liga dos Bombei-ros Portugueses, Portugal e todos os Portugue-ses.

Ao recordar aqui o 150.º aniversário desta Associação, importa recordar a História dos Bombeiros Portugueses, das suas vertentes As-sociativa e Voluntária, que têm perdurado des-de então como matriz identitária da cultura e do

querer estar em sociedade de tantos homens e mulheres bons e generosos que integram os corpos de bombeiros e os órgãos sociais das nossas associações.

É certo que, como temos defendido, essas estruturas necessitam manter um processo de modernização e de adaptação aos novos desa-fios que a própria sociedade lhes lança. E é nes-se sentido que temos vindo a trabalhar.

Festejamos tempos heroicos e páginas de ouro da história dos Bombeiros Portugueses. Saibamos estar à altura deles prosseguindo com determinação e apego na defesa do asso-ciativismo e do voluntariado e, a par disso, do seu desenvolvimento e adequação aos tempos modernos. Honraremos, assim, os fundadores das nossas associações e as populações que ainda hoje testemunham a sua admiração e confiança nos seus bombeiros.

Registamos aqui um marco histórico que im-porta registar, conhecer e respeitar.

Um marco histórico digno de registo e respeito

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4 JULHO 2018

Os Bombeiros Portugueses garantiram uma taxa de

98% de envolvimento na pres-tação do socorro, em geral, no primeiro semestre do corrente ano e garantiram, com 96 %, os meios humanos e viaturas para o combate aos 6035 incêndios florestais e rurais ocorridos no mesmo período.

O secretário de Estado da Proteção Civil (SEPC), Artur Ne-ves, anunciou ontem que, este ano, até ao presente, ocorre-

ram 6035 incêndios rurais e ar-deram 5327 hectares em Portu-gal.

Essa informação, no fundo, corresponde ao somatório dos números divulgados nos brie-fings realizados semanalmente na Autoridade Nacional de Pro-teção Civil (ANPC) relativos ao envolvimento maciço dos bom-beiros em todas intervenções. A título de exemplo, na última se-mana de julho (entre 24 e 30 de julho, dos 29014 operacionais

envolvidos em todas as opera-ções de socorro registadas em Portugal 28434 são bombeiros, ou seja, 98%, facto que eviden-cia claramente o seu envolvi-mento no dispositivo nacional de proteção e socorro.

Os resultados alcançados nos primeiros seis meses do corren-te ano, entretanto apontados pelo SEPC, com menos 25 por cento de ocorrências e menos 76 por cento de área ardida re-lativamente à média da última

década, contaram inequivoca-mente com a participação em-penhada dos bombeiros.

E, enquanto se mantém um bom relacionamento entre a Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) e o comandante na-cional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com esta, porém, tem vindo a agu-dizar-se o mal-estar, nomeada-mente com o seu presidente, face à falta de resposta às rei-vindicações dos bombeiros.

“A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR”

Bombeiros em todos os sinistros

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Total  198105 674170 281759 7303 75866 21643 487 3235 1108 10 200 73 205905 753471 304583 451221Bombeiros 659999 275826 72174 20603 3162 1080 183 67 735518 297576 378181% Bombeiros 97,90% 97,89% 95,13% 95,19% 97,74% 97,47% 91,50% 91,78% 97,62% 97,70% 83,81%

DECIF# Oc. # Op. # M.T. # Oc. # Op. # M.T. # Oc. # Op. # M.T. # Oc. # Op. # M.T. # Oc. # Op. # M.T.

Total  8014 29014 11240 247 4484 1146 16 137 45 0 0 0 8277 33635 12431 22358Bombeiros 28434 11015 4260 1089 134 44 0 0 0 0 32828 12148 18873% Bombeiros 98,00% 98,00% 95,00% 95,03% 97,81% 97,78% 97,60% 97,72% 84,41%

Resumo Ocorrências e Recursos, por dipositivo ‐ TotalPeríodo 09 Jan a 30 Jul 2018 Período 08 Jan a 

30 Jul 2018DIOPS NRBQ AERO TOTAL

INEMDECIF

Período 24 Jul a 30 Jul 2018 Período 23 Jul a 29 Jul 2018

DIOPS NRBQ AERO TOTAL INEM

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200000

400000

600000

800000

N.ºOcorrências

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Total

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N.º Ocorrências

N.º Operacionais

N.º Meios Terrestres

Total  205905 753471 304583Bombeiros 735518 297576

Resumo Ocorrências e Recursos, por dispositivo ‐ Total 

Período 09 Jan a 30 Jul 2018

TOTALN.º 

OcorrênciasN.º 

OperacionaisN.º Meios Terrestres

Total  8277 33635 12431Bombeiros 32828 12148

Resumo Ocorrências e Recursos, por dispositivo 24 a 30 Jul 2018

TOTAL

A LBP lamenta que, enquanto outros agentes da proteção civil receberam recentemente novas viaturas e têm prometidas mais para o final do corrente mês, os bombeiros, não só não recebe-ram nada da ANPC, como conti-nuam a braços com a necessi-dade urgente de substituir inú-meras viaturas que há muito ultrapassaram a sua vida útil, em especial quando se trata de veículos sujeitos a esforços acrescidos no combate a incên-dios florestais e rurais. Está em causa a fiabilidade dos veículos e a segurança dos bombeiros que transportam.

A LBP lembra ainda o com-promisso assumido pelo Gover-no de continuar a dotar os bom-beiros com equipamentos de proteção individual (EPI) e cujo processo ficou a meio.

Recorde-se, está em causa a promessa de dotar cada bom-beiro com pelo menos 3 EPI para combate a incêndios flo-restais e rurais. Neste momen-to, cada bombeiro apenas dis-põe de um.

Perante esta desproporção de apoios, multiplicam-se as di-ficuldades sentidas pelos bom-beiros e, teme-se, que o socor-ro possa vir a estar em causa.

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5JULHO 2018

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses considerou como “um exemplo para todo

o país”, a realização em Viana do Castelo da pri-meira escola distrital para formação inicial de bombeiro.

O comandante Jaime Marta Soares esteve pre-sente na cerimónia de encerramento daquele curso realizada no quartel dos Bombeiros Volun-tários de Ponte de Lima e, além de felicitar todos os que proporcionaram as condições, nomeada-mente logísticas, para que aquela formação pu-desse ocorrer felicitou também o poder local e a evolução fantástica que tem tido no apoio aos bombeiros.

O curso incluiu 108 recrutas das 12 associa-ções e corpos de bombeiros do distrito de Viana do Castelo, que se irão juntar aos 650 que com-põem os seus corpos ativos.

Este curso começou em janeiro passado, em Viana do Castelo, e terminou recentemente em Ponte de Lima.

José Maria Costa, presidente da Câmara de

Viana do Castelo e da Comunidade Intermunici-pal (CIM) do Alto Minho, destacou, a propósito, a importância da iniciativa definindo-a como um “ciclo de formação de bombeiros singular a nível nacional”.

O presidente dos Bombeiros Voluntários de Ponte Lima, anfitriões da cerimónia, afirmou ser “uma honra e um orgulho” acolher a cerimónia nas instalações da sua associação e sublinhou que “numa época em que se fala de crise no vo-luntariado, o Alto Minho uma lição ao país”.

De facto, esta foi a primeira escola no país a agregar um distrito inteiro num processo de for-mação e resultou de uma colaboração entre a Fe-deração dos Bombeiros do Distrito de Viana do Castelo e o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da ANPC. Os recrutas receberam 240 horas de formação base de bombeiro, da res-ponsabilidade dos comandantes das 12 corpora-ções da região, e mais dois cursos ministrados pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB), para tripulante de ambulância e desencarceramento.

PONTE DE LIMA

Presidente da LBP elogia formação conjunta

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6 JULHO 2018

Carlos Filipe Gonçalves Mo-reira é bombeiro de 1.ª nos Voluntários de Resen-

de já fez sete partos no interior das ambulâncias nos últimos oito anos, todos rapazes, e mui-tos mais estiveram eminentes durante o transporte das partu-rientes para o hospital.

Carlos Moreira pertence ao grupo crescente de bombeiros voluntários que se têm destaca-do em Portugal pelo número de partos efetuados.

As razões para esta situação são conhecidas. Por um lado, as mulheres deixaram de dar à luz em casa e, por outro, assisti-mos a um recuo civilizacional no interior do País provocado pelo encerramento de muitas maternidades.

Carlos Moreira é tripulante de ambulância de socorro (TAS), ingressou nos bombeiros com 16 anos e, agora com 32, já é detentor de um significativo re-corde de partos, à razão de um por ano.

Nos Bombeiros Voluntários de Resende há mais 16 TAS e quatro deles também já fizeram partos a caminho do hospital. São eles, o Luis Loureiro, o An-dré Sequeira, o Ismael Pereira e o Filipe Pereira. Este último, in-clusive, realizou o parto no in-

terior do próprio centro de saú-de local.

Os bombeiros são os primei-ros a considerar que “isto hoje não devia acontecer”, mas não deixam de responder à chama-da e granjear o respeito e a consideração entre os 11 mil habitantes do concelho pela sua disponibilidade e competência.

A maternidade do antigo Hospital de Lamego encerrou em 2010 e, com a mudança da-quela unidade para novas insta-lações, aquele serviço nunca mais reabriu as portas. Hoje, as parturientes do concelho de Re-sende terão que ir para o Hospi-tal de Vila Real para dar à luz os seus filhos. Esta unidade fica a 70 quilómetros de distância e a um tempo de percurso de, pelo menos, uma hora, dependendo do local do concelho onde os bombeiros irão assistir a partu-riente.

Como alternativa para outras situações estão também os hospitais de Penafiel e Viseu sensivelmente à mesma distân-cia.

A riqueza paisagística do concelho de Resende contrasta, contudo, com os custos da inte-rioridade de que sofre. Cada saída dos bombeiros para so-corro pré-hospitalar, por exem-

plo, demora em média cerca de quatro horas, entre a saída do quartel e o regresso ao mesmo. Os pedidos podem até nem ser muitos, mas os suficientes para, em função do tempo gas-to em cada saída e da sua com-plexidade, ocuparem os bom-beiros de tal modo que chega a haver carência de meios huma-nos.

No caso de Resende, os bom-beiros chegam a ser acionados com frequência para socorrer também no próprio centro de saúde local, inclusive para in-tervir em situações agudas de paragem cardiorrespiratória.

Carlos Moreira e os compa-nheiros partilham entre si mui-tas dessas experiências, das quais invariavelmente guardam enormes recordações e, no caso concreto dos partos, “são recordações sempre positivas”.

Carlos Moreira reconhece que, “na hora temos que fazer e não podemos olhar para trás, admitindo que algo possa vir a correr mal, mas temos que avançar com os conhecimentos de que dispomos e a experiên-cia que também vamos acumu-lando”. Admite que “há situa-ções que se complicam, comigo por acaso nunca aconteceu, mas já tivemos um caso difícil

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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), em nome de todos eles, expressa a sua

solidariedade para com os seus colegas gre-gos, suecos e norte-americanos a braços com situações de grande complexidade e risco no combate a incêndios florestais e rurais a ocor-rer nos respetivos países.

Mesmo que em circunstâncias e consequên-cias diversas, nomeadamente, com um balan-ço trágico de 81 mortes na Grécia, todos os bombeiros envolvidos demonstram mais uma vez que, não distinguindo fronteiras, raças ou línguas, os une a competência, o esforço e ab-negação na defesa das pessoas e bens.

E, seja na Grécia, na Suécia ou nos Estados Unidos da América, os bombeiros e outros

agentes da proteção civil têm desempenhado um papel fundamental na defesa dos cidadãos e do meio ambiente.

Estreitamos todos num profundo abraço de sentimento, solidariedade e fraternidade.

LBP

Portugal solidário

PORTO

Torre dos Clérigosapoia o FPSB

A Irmandade dos Clérigos, no Porto, dinami-zou mais uma vez uma iniciativa solidária

para o Fundo de Proteção Social do Bombeiro (FPSB), entre 27 e 29 de julho últimos.

É a terceira vez que a Irmandade toma esta iniciativa para o FPSB, gerido pela Liga dos Bombeiros Portugueses, e que tem como ob-jetivo apoiar complementarmente todas as si-tuações de acidente ocorridas no serviço das associações e corpos de bombeiros e garantir apoio social em diversas vertentes. Como é sabido, são também beneficiários do Fundo, para além dos bombeiros, o cônjuge ou pes-soa em união de facto, parentes em linha di-reta e colateral, adotados e tutelados e crian-ças e jovens confiados por decisão judicial ou administrativa.

A Irmandade dos Clérigos, desde 2015, “to-dos os verões” tem dinamizado a “Torre Soli-dária”, iniciativa que tem merecido “grande

aceitação e participação por parte dos visitan-tes”, incluindo o FPSB e outras entidades de reconhecido mérito e função social.

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7JULHO 2018

RESENDE

parteiro já tem “encomendas”do cordão à volta da criança, mas que um colega nosso sou-be resolver”.

“O primeiro parto custa mais, é assim, mas a seguir torna-se mais simples e trabalhamos porventura com mais confiança, mas sempre seguindo as re-gras”, refere Carlos Moreira ad-mitindo, como já se diz em Re-sende, “que até já aceita enco-mendas”.

Certo é que Carlos Moreira, em oito anos, realizou sete par-tos. Aliás, só numa das ambu-lâncias de socorro da associa-ção, em oito anos, nasceram oito crianças, e todos do sexo masculino, com a ajuda do Car-los Moreira e dos restantes qua-tro TAS que viveram a mesma experiência.

O comandante dos Voluntá-rios de Resende, Sérgio Montei-ro, proporcionou-nos o encon-tro com o Carlos Moreira e com a primeira criança que ajudou a nascer, há precisamente oito anos, e o último, nascido há apenas seis meses.

Ana Maria Tuna Silva é a mãe do João Pedro, de oito anos, nascido com a ajuda do Carlos Moreira. Ana Maria é mãe de três filhos e faz questão de di-zer que “já sou avó”. Vive no li-mite do concelho, na freguesia de Barró, chamada porta de en-trada do Douro vinhateiro. Vive a cerca de 20 minutos a pé da estrada.

Ana Maria conta-nos que em 21 de abril de 2010 tinha ido ao hospital de Lamego onde, ad-mitindo que o parto estava para breve, possivelmente até para aquele dia, “acabaram por me mandar para casa em vez de me reencaminhar para Vila Real”.

Regressada a casa e tendo verificado que lhe tinham re-bentado as águas, Ana Maria pediu a ajuda aos bombeiros, que prontamente a assistiram. Carlos Moreira fazia parte da equipa e, quando chegou o mo-mento “escolhido” pelo João Pe-dro, teve que por à prova com êxito os seus conhecimentos.

Ana Maria até tinha medo das ambulâncias, “mas afinal tudo correu bem”.

Ana Sofia Correia Cardoso foi a última parturiente a que o bombeiro Carlos Moreira foi chamado a socorrer. Neste caso, há seis meses, para ajudar a vir ao mundo o Alessandro, em 21 de janeiro último.

O parto está previsto para o dia 23, mas o Alessandro enten-deu não esperar mais, anteci-pando a chegada, mais uma vez, ajudada pelo bombeiro Carlos Moreira.

Ana Sofia já é mãe de outro rapaz, o Simão, e vive na Serra do Barro, próximo da Ana Maria.

Ana Sofia começou com do-res a meio da noite e, conforme o tempo ia passando, percebeu

que estava eminente o parto razão para chamar os bombei-ros. Chegada a ambulância dos Voluntários de Resende, com o Carlos Moreira e outro bombei-ro, iniciou-se a viagem com destino a Vila Real. O primeiro filho de Ana Sofia, entusiasma-do com a chegada do irmão ain-da bem tentou ir também na ambulância com a mãe, mas, perante essa impossibilidade, acabou por ficar em casa à es-pera.

Em circunstâncias normais, caso houvesse maternidade em Lamego, estariam a cerca de 15 minutos do destino mas, sendo impossível, havia que prosse-guir. Mas o Alessandro trocou as voltas à mãe e aos bombei-ros e nasceu dentro da ambu-

lância precisamente numa ro-tunda de acesso ao atual hospi-tal de Lamego.

Concluído o parto, os bom-beiros prosseguiram a marcha para o Hospital de Vila Real com a mãe e o recém-nascido esta-bilizados.

Estes e tantos outros episó-dios ocorrem quase diariamen-te nas estradas portuguesas e têm as parturientes e os bom-beiros como protagonistas. Ocorrem em circunstâncias ha-bitualmente associadas ao en-cerramento de serviços de ma-ternidade em muitos hospitais. Essa carência só tem sido pos-sível ultrapassar com a ajuda do Carlos Moreira, do Filipe Pe-reira, do Ismael Pereira, do An-dré Sequeira e do Luis Loureiro,

dos Voluntários de Resende, e de muitos outros heróis e heroí-nas bombeiras de muitas outras associações espalhadas por Portugal que são, sem dúvida, credoras do respeito e do reco-nhecimento do país.

Resende debate-se igual-mente com outras situações. Trata-se de um concelho tam-bém fustigado pela neve a cada inverno, mas não dispõe de ne-nhuma ambulância todo-o-ter-reno. O concelho faz fronteira com o Douro, onde circulam mi-lhares de pessoas todos os dias em passeios fluviais, mas os bombeiros não dispõem dos meios desejáveis para intervir em situações como essas. Já dispõem de nadadores-salvado-res e de uma pequena embar-

cação, mas o desejável equipa-mento de mergulho e uma em-barcação de apoio de dimensão razoável só irá surgir em breve, fruto do apoio prometido pela Câmara Municipal.

Fruto da urografia do terre-no, os Voluntários de Resende também criaram um grupo es-pecial de intervenção em gran-de ângulo, cujo treino ocorre quinzenalmente.

Resende é um concelho emi-nentemente agrícola onde os bombeiros se vêm a braços com uma diversidade de riscos asso-ciados a essa atividade, nomea-damente, as quedas das árvo-res durante a colheita das cere-jas e, também, os acidentes com tratores, com particular incidência durante as vindimas.

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8 JULHO 2018

Eleger um aspecto histórico, de entre as páginas das mo-

nografias editadas pelas Asso-ciações Humanitárias de Bom-beiros, é sempre uma tarefa di-fícil e, porventura, injusta, por-quanto geralmente são muitos os factos importantes que justi-ficariam uma abordagem mais alargada.

Para esta oportunidade pro-curámos centrar a nossa aten-ção em aspectos menos conhe-cidos e revestidos de maior ori-ginalidade, que tenham marca-do de forma especial a trajectória das instituições, no-meadamente ao nível de efeitos sociais. É pois o caso do facto seleccionado e aqui abordado, tendo como referência o livro evocativo do centenário da As-sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Vila Real de Santo António (AHBVRSA), cuja edição se reporta a 1990.

Em 1968, três anos antes da institucionalização do Serviço Nacional de Ambulâncias, vul-garmente designado por “SNA”,

a AHBVVRSA lançava o “Serviço 202”.

“Acudir às necessidades ur-gentes das populações dos con-celhos de Vila Real de Santo An-tónio e outros”, foi a razão que levou os bombeiros vila-realen-ses, ao tempo sob a responsabi-lidade do prestigiado coman-dante Luís Cardoso de Figueire-do – o mais velho bombeiro por-tuguês em actividade, com 83 anos de idade de idade e 60 de “soldado da paz” – a organizar tal serviço, que entrou em fun-cionamento no final da primeira quinzena do mês de Maio do aludido ano.

A sua denominação, 202, teve a ver com o facto de se tra-tar do número telefónico atra-vés do qual o serviço poderia ser solicitado pela população: 202 Vila Real de Santo António.

Tratou-se de um serviço ino-vador e, ao que julgamos saber, único em todo o país, no domí-nio do socorrismo confiado a bombeiros, destacando-se, também, pelo seu carácter per-manente, por via de piquete próprio.

A título de curiosidade, recor-de-se que em 1965 havia sido criado pelos ministérios do Inte-rior e da Saúde e Assistência o número telefónico 115, destina-do ao serviço de primeiros so-

corros e transporte de feridos e doentes, a cargo da Polícia de Segurança Pública. No início, abrangia somente Lisboa, mas posteriormente foi alargado a outras cidades do país.

Relativamente ao “Serviço 202”, em funcionamento a qual-quer hora do dia ou da noite, dispunha de “ambulâncias, mé-dicos, enfermeiros, parteiras e de pessoal especializado do Cor-po de Bombeiros, material de SOS, recuperadores, oxigénio, talas, injectáveis de emergên-cia, etc”, cita o livro do centená-rio da AHBVVRSA.

Por sua vez, na edição de Maio a Agosto de 1968, o “Bole-tim da Liga dos Bombeiros Por-tugueses”, atento à actualidade, num artigo assinado pelo co-mandante e jornalista Fernando Sá, anunciava:

“Agora das bandas algarvias vem outro assomo de valiosa

iniciativa. Os Voluntários de Vila Real de Santo António vão criar um serviço móvel de urgência, que se destina a prestar assis-tência a feridos ou doentes que dela necessitem, nos concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim.

Para que tal ideia possa fruti-ficar, para que aquele pensa-mento altruísta vá por diante, a corporação lançou um pedido de auxílio para a aquisição de uma ambulância. Entrará então em funcionamento o ‘Serviço de ur-gência 202’, que será de valor e utilidade indiscutível, prestando assistência a tantos lugares ou aldeias e freguesias rurais.”

Ao nível organizativo, o “Ser-viço 202” obedecia a um con-junto de regras específicas, que aquando da edição da monogra-fia em destaque ainda vigora-vam, tais como: “o Serviço 202 só deverá ser solicitado em ca-

sos de absoluta necessidade e quando se reconheça ser indis-pensável a sua presença “; “também o Serviço se encarre-ga, em caso de necessidade, de transportar o doente ou doentes a qualquer estabelecimento hospitalar “; “no caso de o doente necessitar de utilizar qualquer medicamento existen-te na ambulância, este será obrigatoriamente reposto pelo mesmo ou seu familiar no dia ou hora imediatos, para que o sto-ck esteja permanentemente completo”; “se o doente for só-cio da Associação ou familiar agregado do sócio, devidamen-te reconhecido, beneficiará de 25 por cento no preço dos trans-portes”.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António

“SERVIÇO 202”: UMA HISTÓRIADE VALOR E UTILIDADE

Na sua edição de 23 de Agosto de 1944, o jornal “Diário de Notícias” informava que a cidadã Gertrudes Maria tinha dado

à luz uma menina, no interior da auto-maca dos Bombeiros Vo-luntários de Agualva-Cacém (BVAC), quando esta se deslocava para a Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC).

O nascimento verificou-se já perto da MAC, assistido por en-fermeiras.

O mais curioso da notícia – e por isso merece a nossa especial atenção – é que os pais da recém-nascida baptizaram-na com o nome Guilhermina, o mesmo que havia sido atribuído à auto--maca e que figurava numa placa de prata colocada na chaparia, em homenagem a Guilhermina Santos, benemérita que oferece-ra o veículo aos BVAC.

A título de complemento, registe-se que a ambulância em cau-sa, marca Citroën, a primeira que o referido Corpo de Bombeiros dispôs, foi inaugurada no dia 25 de Setembro de 1939 e chegou a ser apelidada de “mártir”, por ver-se obrigada a prestar serviço em todo o concelho de Sintra, percorrendo longas distâncias e, por conseguinte, desgastando-se significativamente.

Por exemplo, no ano de 1944, efectuaram-se 105 conduções de feridos e doentes – número elevado para a época – apesar de a mesma ter chegado a estar inactiva durante alguns meses, por falta de pneus. Em sua substituição, o serviço de saúde era as-segurado através do recurso a um pronto-socorro, sendo a víti-

ma acomodada numa maca de padiola colocada na parte traseira do veículo.

Pródigos em encontrar soluções para os problemas e de modo a que a população não fosse privada de assistência, os bombei-ros resolveram colocar umas rodas diferentes e a auto-maca vol-tou a entrar ao serviço.

Os pneus adequados à marca da auto-maca somente surgiram passados cerca de dois anos sobre a sua requisição às entidades competentes.

Sabe-se que, ao tempo, os BVAC despenderam elevadas im-portâncias em manutenção mecânica e no consumo de combus-tível, sem direito a qualquer tipo de apoio de terceiros, pois até a própria cobrança do serviço prestado aos utentes tornava-se impossível de concretizar devido ao facto de não possuírem meios financeiros. Sinais de tempos difíceis vividos pelo volunta-riado, agravados, em parte, pelas limitações de ordem económi-ca e conjuntural resultantes da II Guerra Mundial que então pe-nalizavam a vida portuguesa.

LMB

Uma ambulância que deu nome a criança

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9JULHO 2018

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10 JULHO 2018

Com o decorrer do período reforça-do do DECIR, os bombeiros po-

dem ser expostos a exigências físicas e psicológicas extremas. Uma opera-ção de combate a incêndios florestais pode implicar um empenhamento de bombeiros durante longos períodos de tempo. E se um Corpo de Bombei-ros (CB) tem de assegurar uma capa-cidade de resposta durante 24 horas, o ser humano não está preparado para combater um incêndio florestal em turnos de 24 horas.

A fadiga no decorrer das operações de socorro está associada a acidentes operacionais, erros de tomada de de-cisão e lesões graves nos bombeiros. A Associação Nacional de Oficiais de Emergência Médica Americana (Na-tional Association of State EMS Offi-cials - https://www.nasemso.org/), em conjunto com a Faculdade de Me-dicina da Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos da América), identi-ficaram em 2018 um conjunto de re-comendações para combater a fadiga dos operacionais, que consideramos muito relevantes para a realidade es-pecífica dos bombeiros empenhados no DECIR 2018.

O painel de especialistas deste

consórcio de investigação fez cinco recomendações principais:

1 - UTILIZAR INSTRUMENTOS DE REGISTO DE FADIGA E SONOLÊNCIA PARA MEDIR E MONITORIZAR A FA-DIGA DOS OPERACIONAIS. A aplica-ção desta recomendação à realidade dos bombeiros portugueses, pode signficar o registo por parte do CB, dos níveis de fadiga e de horas de sono de cada bombeiro (é diferente ter uma equipa que esteve de pique-te no quartel, empenhada num res-caldo ou num combate direto), de forma a fazer a devida gestão de es-forço do efetivo disponível para o DE-CIR.

2 – TURNOS INFERIORES A 24 HORAS DE DURAÇÃO. Conscientes de que a gestão de turnos é comple-xa, particularmente numa organiza-ção que incorpora voluntários e tem de assegurar uma resposta de 24 ho-ras, é sugerida a adoção de turnos máximos de 12 horas. Os especialis-tas realçam no entanto, que a modi-ficação da duração do turno não pode ser a única solução ou estraté-gia para a mitigação da fadiga, uma vez que este processo incorpora múl-tiplos componentes e tem de ser

adaptado às necessidades específi-cas, ou seja adaptado a cada CB.

3- ACESSO À CAFEÍNA COMO UMA CONTRAMEDIDA À FADIGA. A investi-gação científica revelou um impacto positivo na fadiga dos operacionais, não tendo identificado uma dose ideal de cafeína, mas o valor de 250 mg por dia foi citado como uma dose bai-xa a moderada, segura para a gene-ralidade das pessoas. No entanto, consideramos importante realçar que os benefícios associados à mitigação da fadiga pela cafeína têm associa-dos, igualmente, efeitos prejudiciais

no que diz respeito à gestão do stres-se dos bombeiros.

4- OPORTUNIDADE DE FAZER UMA PEQUENA SESTA DURANTE O TURNO PARA ATENUAR A FADIGA. A investi-gação evidenciou que fazer uma ses-ta durante os turnos (ou seja, dormir efetivamente e não apenas descan-sar) tem um impacto positivo no de-sempenho. Os especialistas realça-ram que esta recomendação deve ser aplicada a turnos prolongados e tur-nos durante a noite.

5- SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO PARA OS OPERACIONAIS SOBRE HI-

GIENE DO SONO E PERIGOS DA FA-DIGA. Em termos internacionais e particularmente na cultura dos bom-beiros portugueses existe uma des-valorização da importância de dormir e da qualidade do sono como fator protetor perante a fadiga e o stresse.

Um dispositivo como o DECIR, que se prolonga no período reforçado du-rante meses, intensifica a importân-cia de serem desenvolvidas medidas específicas sobre estas matérias, fun-damentais para a saúde e segurança de todos os bombeiros que estão em-penhados nas operações de proteção e socorro.

O relatório completo em que são apresentadas estas recomendações de forma mais detalhada está dispo-nível, em língua inglesa, on-line: ht-tps://www.jems.com/articles/print/volume-43/issue-2/features/eviden-ce-based-guidelines-for-combatting--fatigue-in-ems.html?c=1

Para mais informações ou esclare-cimentos, contacte a Divisão de Se-gurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Combater a fadiga no DECIR

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

A Fundação Vodafone e Fede-ração Portuguesa de Fute-

bol (FPF) entregaram aos Bom-beiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), uma oferta que resulta de um compromisso assumido por es-tas instituições após o incêndio de 17 de junho do ano passado.

As duas instituições reuniram esforços num ato de solidarie-dade e, com o apoio do Sport Lisboa e Benfica e do Vitória de Guimarães, utilizaram receitas

do jogo da Supertaça Cândido de Oliveira, realizado a 5 de agosto de 2017 para a aquisi-ção desta viatura.

O veículo entregue aos bom-beiros figueiroense, e que po-derá ser partilhado com as cor-porações de Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra, custou 178 mil euros, valor suportado pelas receitas do referido jogo e por uma doação de 100 da Vo-dafone.

Na cerimónia marcaram pre-sença, entre outas individuali-

dades, os presidentes da Câma-ra de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soa-res e da associação humanitá-ria, José Carlos Quintas, o co-mandante do corpo de bombei-ros, Paulo Renato e ainda Fer-nando Gomes, responsável máximo da FPF e Mário Vaz, administrador delegado da Vo-dafone, na ocasião agraciado com o título de sócio beneméri-to dos Voluntários de Figueiró dos Vinhos.

FIGUEIRÓ DOS VINHOS

Vodafone e FPF ofertam VFCI

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11JULHO 2018

O presidente do Governo Re-gional da Madeira, Miguel

Albuquerque esteve. no início deste mês. no quartel dos Vo-luntários de Câmara de Lobos, para efetuar a entrega de guin-chos portáteis aos corpos de bombeiros da ilha.

No total, o governo investiu cerca de 20 mil euros na aquisi-ção não só dos oito guinchos portáteis de salvamento, mas,

também, das respetivas mochi-las que permitem o transporte dos equipamentos por um único elemento.

Em comunicado, o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira dá conta da importân-cia deste equipamento em ope-rações de grande ângulo com elevada complexidade de res-gate, que permite maior “eficá-cia, eficiência, rapidez de ope-

ração e vantagem mecânica na capacidade de tração”.

Saliente-se que os guinchos entregues aos corpos de bombei-ros que dispõem de equipas de Salvamento em Grande Angulo e Resgate em Montanha, colocam a tecnologia no apoio a operações que “tradicionalmente empenha-vam um número considerável de operacionais” que desta forma fi-cam disponíveis para outras fun-

ções, “sem qualquer tipo de re-dução dos níveis de segurança”.

“Com esta inovação na Região Autónoma da Madeira, pretende--se garantir a segurança dos bombeiros, aumentar a eficácia e eficiência diminuindo tempos de resposta. e poupar, em termos fí-sicos, os recursos humanos espe-cializados”, assinala a entidade que tutela a proteção civil no ar-quipélago.

MADEIRA

Governo regional faz entrega de guinchos portáveis

O Regimento de Sapadores Bombei-ros (RSB) de Lisboa passou a dis-

por de um novo quartel, situado no Largo do Martim Moniz, em plena Baixa da capital.

A nova infraestrutura operacional foi inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, na presença, do vereador Miguel Gas-par, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rama da Sil-va, do presidente da Junta de Fregue-

sia de Santa Maria Maior, Miguel Coe-lho, do assessor autárquico Carlos Cas-tro e do comando do RSB.

No final da cerimónia o presidente Fernando Medina condecorou o coman-dante do RSB, Pedro Patrício, com a medalha de mérito municipal grau ouro.

O novo quartel do RSB conta com um efetivo de 36 sapadores e implicou in-vestimento de 700 mil euros por parte da Câmara Municipal.

Na cerimónia de inauguração o pre-sidente da Câmara de Lisboa sublinhou que o novo quartel é um marco impor-tante da “capacidade de proteger e de defender a cidade de Lisboa”, dado que se situa “numa zona “particularmente sensível do ponto de vista das ocorrên-cias, numa das zonas “de mais difícil intervenção física” e também vulnera-bilidade social.

O quartel do Martim Moniz tem como principais áreas de intervenção as fre-

guesias da Misericórdia, de Santo Antó-nio, de Santa Maria Maior e Arroios. Es-sas áreas incluem 56 mil moradores e muitos mais em circulação e a traba-lhar na zona.

O novo quartel dispõe de um efetivo de 36 sapadores, nove por cada equi-pa, num total de quatro equipas e uma frota de socorro composta por um veí-culo urbano de combate a incêndios e um veículo de operações específicas.

Na oportunidade, o presidente da

Câmara lembrou a inauguração recente do novo quartel do RSB situado na Alta de Lisboa, a aquisição de 25 novas via-turas de socorro e o investimento feito em novos fardamentos. Anunciou ainda o arranque de obras em três quartéis, o da Avenida Defensores de Chaves, a erguer na mesma artéria do atual, o da Boavista e o Central de Chelas. Neste ficarão instalados também o comando e a escola, já ali existente, passará a dispor de novas instalações.

LISBOA

Baixa tem novo quartel do RSB

Foi inaugurado, no passado dia 25 de ju-lho, o novo Posto de Emergência (PEM)

do concelho de Castro Marim, sediado na aldeia do Azinhal, operado pelos Bombei-ros Voluntários de Vila Real de Santo Antó-nio. Com esta instalação todos os conce-lhos de Portugal continental passam a dis-por de, pelo menos, um PEM.

A cerimónia teve lugar no pavilhão mul-tiusos do Azinhal, local onde provisoria-mente ficarão instalados os bombeiros com a ambulância de socorro 24 horas por dia.

Ali estiveram presentes, o presidente do INEM, Luis Meira, o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado, o presidente da Câmara Munici-pal de Castro Marim, Francisco Amaral, o diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, o presidente da Administra-ção Regional de Saúde do Algarve, Paulo Morgado, o comandante distrital de opera-ções de socorro da ANPC, Vaz Pinto, o co-mandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, Nuno Pereira, e outras entidades.

Estão previstas novas instalações para apoiar o PEM de Castro Marim, bem como para a instalação de uma unidade local de formação (ULF) e eventual pré-posiciona-mento de meios de socorro. A obra está calculada em meio milhão de euros.

O apoio da Câmara Municipal de Castro Marim viabilizou o estabelecimento do protocolo entre o Instituto de Emergência Médica (INEM) e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António que torna possível a locali-zação do PEM naquele concelho

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

PEM em todos os concelhos do País

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12 JULHO 2018

O município de Palmela e os bombeiros do concelho têm

em curso uma campanha de in-centivo ao voluntariado. Com o mote “Junta-te a Nós”, a ação foi lançada no encerramento das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, a 27 de maio, e decorre durante um ano.

Para as associações, que con-tam, diariamente, com voluntá-rios para a prossecução dos seus objetivos, o recrutamento de novos elementos é funda-mental para o crescimento e re-novação dos corpos ativos. Numa segunda fase, a campa-nha apostará, também, na cap-tação de associados e de mece-nas para tão nobre causa.

“Ser bombeiro voluntária/o é fazer a diferença, em prol da proteção e bem-estar da comu-nidade e, ao mesmo tempo,

uma aposta no futuro, através de uma formação contínua e en-riquecimento de competências, que abrem novas perspetivas. Aceite este desafio! Informe-se junto do Corpo de Bombeiros da sua área de residência (Palmela,

Pinhal Novo ou Águas de Mou-ra)”, sustenta esta campanha que divulga também as várias missões assumidas pelos solda-dos da paz e apresenta alguns dos benefícios concedidos aos bombeiros.

PALMELA

“Junta-te a Nós” no incentivo ao voluntariado

A ambulância PEM/INEM atri-buída aos Bombeiros Volun-

tários de Salvaterra de Magos está parada há mais de um mês a aguardar a peritagem e or-dem para reparação na sequên-cia de um acidente sofrido na ponte Salgueiro Maia, no senti-do Santarém – Almeirim.

Na sequência disso, a Câma-ra de Salvaterra de Magos deci-diu suportar a aquisição de uma ambulância de emergência mé-dica para os Bombeiros Volun-tários de Salvaterra de Magos. A informação foi prestada pelo próprio presidente da Câmara, Hé-lder Esménio, na última sessão da assembleia municipal.

Pretende-se assim, garantir aos bombeiros mais uma ambulância quando estes, aparte a aci-dentada, neste momento, contam apenas com uma ambulância de socorro operacional. Além do acidente ocorrido com a ambulância do INEM os

Bombeiros de Salvaterra vêem-se a braços tam-bém com avarias nas restantes ambulâncias da instituição.

O presidente da Câmara, Hélder Esménio, ga-rantiu que a autarquia vai pagar integralmente a viatura e pôs, como única condição para o apoio, que fosse possível obter já uma ambulância no mercado. Essa condição está satisfeita e a nova viatura estará entregue em agosto próximo.

SALVATERRA DE MAGOS

Autarquia substitui INEM

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ODEMIRA

Caixa Agrícola oferece ambulâncias

Os Bombeiros de Águas de Moura receberam no quar-

tel as crianças do centro de ati-vidades de tempos livres “Os Cenourinhas”, para uma ação de sensibilização em Suporte Básico de Vida (SBV), na qual os mais pequenos abordaram conceitos e treinaram a Posição Lateral de Segurança (PLS) e aprenderam a efetuar a chama-da telefónica para o 112 com a informação essencial a transmi-tir em situações de paragem cardiorrespiratória (PCR).

No final a alegria de formadores e formandos “era evidente”, garantem dos Bombeiros de

Águas de Moura, que alertam para importância destas iniciativas, pois, registam “o que se faz hoje com as crianças, elas farão no futuro com a sociedade.”

ÁGUAS DE MOURA

SBV para os mais novos

“Protege a Comunidade, Pre-vine os Incêndios” é o mote

da campanha de sensibilização para a prevenção dos incêndios rurais com a assinatura da Asso-ciação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Camarate.

Esta ação assentou, não ape-nas na distribuição de cartazes na área de intervenção do corpo de bombeiros, mas também na utili-zação dos veículos de combate a incêndios e de logística de abas-tecimento como suporte móvel para fazer passar tão importante mensagem.

“A circulação diária dos veículos do corpo de bombeiros pelos quatro cantos de Portugal deverá

funcionar como um apelo à prevenção” sustenta a instituição, defendendo que “todos” são importan-tes na erradicação “flagelo dos incêndios em Portu-gal”.

CAMARATE

Associação investe na sensibilização

A Caixa Agrícola de São Teotónio, concelho de Odemira, ofereceu recentemente três ambu-

lâncias aos bombeiros Voluntários de Odemira e de Vila Nova de Milfontes e do concelho vizinho de Aljezur.

A cerimónia decorreu na Feira de Atividades Económicas do Concelho de Odemira (FACECO), em São Teotónio.

Estiveram presentes na cerimónia os represen-tantes das três associações de bombeiros, os res-ponsáveis pela Caixa Agrícola, tida como uma das mais dinâmicas do país, e os presidentes das Câ-maras de Odemira e Aljezur, José Alberto Guer-reiro e José Gonçalves.

(Com a colaboraçãode Elisabete Rodrigues/ Sulinformação)

Com a formação realizada, recentemente em Sepins, o Gabinete de Saúde da Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Can-tanhede deu por concluído o périplo pelas fregue-sias do concelho com o curso “Noções Básicas de Socorrismo”.

Desde o lançamento desta formação, em no-vembro de 2011, decorreram 34 ações, 16 das quais realizadas nas diversas freguesias de Can-tanhede. As restantes foram especialmente diri-

gidas a empresas e a instituições particulares de solidariedade social do concelho.

De acordo com a instituição, no total, benefi-ciaram desta formação 650 pessoas, “número bastante significativo, até porque a formação tem como missão dotar o cidadão comum de conheci-mentos teórico-práticos de socorrismo, de modo a serem mais um prestador de primeiros socorros e elo ativo do Sistema Integrado de Emergência Médica”.

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Noções básicaschegam a mais de 600

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13JULHO 2018

As associações e corpos de bombei-ros do distrito de Braga comemora-

ram pela primeira vez, no passado dia 30 de junho, o Dia Distrital do Bombei-ro.

A iniciativa foi promovida pela Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Bra-ga, que congrega 20 associações de bombeiros voluntários e também os Bombeiros Sapadores de Braga, em colaboração com a Mesa da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta, que ho-menageou no mesmo dia S. Marçal, padroeiro dos Bombeiros.

O dia começou com a formatura de bombeiros de todo o distrito, integran-do os estandartes das associações e receção às entidades presentes, no-meadamente ao presidente da direção e da assembleia geral da Federação de Bombeiros do Distrito de Braga, respe-tivamente, Jorge Machado e Agostinho Teixeira, ao representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Bruno Alves e ao presidente da Câma-ra Municipal de Terras de Bouro, Ma-

nuel Tibo. Perante os convidados, se-guiu-se o desfile, de cerca de 100 ho-mens conduzidos pelo comandante Paulo Félix, dos Voluntários de Vizela, e que incluiu a fanfarra da Associação de Bombeiros de Vizela, que acrescen-tou outro brilho ao momento.

Cerca das 11 horas, teve início a ce-lebração da eucaristia em honra de S. Marçal, o Santo Padroeiro dos Bombei-ros, realizada na Basílica de S. Bento da Porta Aberta.

Na eucaristia, celebrada pelo arce-bispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga e concelebrada pelos capelães das as-sociações participaram, também, bom-beiros, dirigentes e elementos do co-mando.

Na oportunidade, D. Jorge Ortiga exortou os bombeiros a “crescer na vir-tude do amor e da caridade é que é fundamental, alargando aos amigos e depois levá-la para a corporação”. O prelado desafiou ainda os bombeiros para que procurem “trabalhar a heroici-dade da vossa própria vida, cuidai da

vossa vida no sentido das virtudes” e lembrou que “sereis bons bombeiros a servir bem o vosso concelho ou qual-quer outro lugar onde sejais solicitados se, efetivamente, fordes homens e mu-lheres no sentido autêntico da palavra”.

Finda a cerimónia religiosa, seguiu--se a foto de grupo e o almoço de con-fraternização que decorreu em am-biente de alegria e são convívio.

O presidente Federação de Bombei-ros do Distrito de Braga, Jorge Ma-

chado, saudou todos os presentes e agradeceu a colaboração das associa-ções e dos bombeiros e o apoio con-cedido à organização pela Mesa da Irmandade de S. Bento e pela Câmara de Terras de Bouro. Disse também que é pretensão da federação dar se-guimento a estas realizações conjun-tas, dado a adesão dos corpos de bombeiros e respetivas associações, expressando o desejo de que este momento de reconhecimento pelo trabalho dos soldados da paz se repita em 2019.

Interveio depois o comandante Bru-no Alves, em representação da LBP, que saudou a iniciativa, fazendo votos que se repita e engrandeça no futuro.

A encerrar a sessão, o presidente da Câmara de Terras de Bouro, felicitou a organização e referiu que poderá sem-pre contar com a colaboração da au-tarquia para apoiar os bombeiros, me-recedores do maior reconhecimento e agradecimento de todo o distrito pelo que fazem pelas suas gentes.

BRAGA

Dia distrital comemorado pela primeira vez

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP), comandante Jaime Marta Soares, considerou “o Seixal como um bom exemplo porque a autarquia assume compro-missos com os bombeiros e cumpre”.

O comandante Jaime Marta Soares falava na cerimónia co-memorativa do Dia Municipal do Bombeiro do Seixal, lembrando que a LBP continua a reivindicar aquilo que os bombeiros preci-sam e merecem e que “tem ha-vido algum entendimento com o poder político e uma parceria estreita com o poder local.”

O Dia Municipal do Bombeiro celebrou-se no concelho do Sei-xal a 29 de junho, feriado muni-cipal, data em que se homena-geiam os soldados da paz pelo seu trabalho em prol das popu-lações.

Este ano, antes da cerimónia protocolar, realizaram-se visi-tas, ao local do futuro quartel

da Associações dos Bombeiros Mistos de Amora e às obras da Secção Destacada de Fernão Ferro do Quartel da Associação dos Bombeiros Mistos do Sei-xal.

O programa incluiu também a inauguração do monumento de homenagem à Associação Humanitária de Bombeiros Mis-tos do Concelho do Seixal. Este monumento, que assinala os 40 anos de atividade da institui-ção, foi concebido pelo escultor

António Faustino e encontra-se instalado numa rotunda nobre do concelho e da freguesia.

O lançamento da primeira pedra do quartel dos Bombeiros de Amora ocorreu precisamente durante a visita. Será o primei-ro quartel digno desse nome já que o actual, além de nunca ter reunido as condições necessá-rias, constituía também um pe-sado encargo para a instituição com o seu arrendamento.

A obra tem um financiamento

do POSEUR de apenas 47 por cento do seu custo devendo o restante ir ser assegurado pela Câmara do Seixal, que também cedeu o terreno onde vai ser er-guido próximo do Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento. Para esta obra a Câmara do Seixal já avançou com 400 mil euros.

O quartel da Secção Destaca-da de Fernão Ferro dos Bombei-ros do Seixal encontra-se já em fase de acabamentos. Fica loca-

lizado na Flor da Mata, na Fre-guesia de Fernão Ferro.

Neste caso, o apoio do PO-SEUR foi de 85 por cento do custo e a Câmara suportou o restante, bem como a cedência do terreno, o apoio técnico e lo-gístico à elaboração do projeto.

Na cerimónia comemorativa realizada na zona ribeirinha o presidente da Câmara do Sei-xal, Joaquim Santos, salientou a parceria existente entre a au-tarquia e os bombeiros subli-

nhando que “juntos colocamos em primeiro lugar o serviço pú-blico e isso tem levado a que seja possível ultrapassar todos os obstáculos”.

A propósito, o autarca infor-mou que “este ano aprovámos um aumento de 30 por cento do apoio dado anualmente aos bombeiros e iremos transferir para as associações de bombei-ros 1 milhão de euros, além do apoio à construção dos quartéis”.

A cerimónia contou também com as presenças, do presiden-te da Assembleia Municipal, Al-fredo Monteiro, do vice-presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Setúbal, co-mandante Carlos Picado, do segundo comandante distrital de Setúbal da ANPC, Marcelo Lima, do presidente da União de Freguesias do Seixal, Arren-tela, e Aldeia de paio Pires, An-tónio Santos, bem como os diri-gentes e comandos das duas associações do concelho.

SEIXAL

Presidente da LBP aponta autarquia como exemplo

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14 JULHO 2018

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Viatodos, Barcelos, dispõe de um novo comando, na foto, composto por José Manuel Pe-reira (comandante), João Paulo Costa (segundo comandante) e Abílio Abrantes (adjunto).

A cerimónia de tomada de posse contou com as presen-ças, do vereador da Câmara Municipal de Barcelos, José Pe-reira; do vogal do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandan-te Bruno Alves; do vice-presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Braga, co-mandante Hercílio Campos, e do comandante distrital de ope-ração de socorro, também em

representação do diretor nacio-nal de bombeiros da ANPC, Her-menegildo Abreu.

O comandante José Manuel Pereira foi admitido no corpo de bombeiros em 1987 como ca-dete e foi sucessivamente pro-movido, a aspirante (89), bom-beiro de 3.ª (90), 2.ª (93), 1.ª (95), subchefe (98) e oficial bombeiro de 2.ª e nomeado co-mandante de companhia em 2011.

É detentor de todas as meda-lhas de assiduidade e dedicação da sua Associação e da LBP, até à de 25 anos e é detentor de um conjunto significativo de formação de bombeiro nas vá-rias especialidades.

É licenciado em engenharia e

gestão industrial e possui pós--graduação em higiene e segu-rança no trabalho.

O segundo comandante João Paulo Costa ingressou no corpo

de bombeiros como cadete em 2005, passou a estagiário em 2009, a bombeiro de 3.ª em 2011 e a oficial bombeiro de 2.ª em 2014.

Possui também todos os cur-sos obrigatórios para a ativida-de de bombeiro, inclusive, o de tripulante de ambulância de so-corro (TAS).

É licenciado em engenharia de proteção civil, mestre em sistemas de informação geo-gráfica e ordenamento do terri-tório, pós-graduado em higiene e segurança no trabalho e téc-nico credenciado em fogo con-trolo pelo ICNF.

O adjunto de comando Abílio Araújo ingressou no corpo de bombeiros como aspirante (89) e foi promovido, a bombeiro de 3ª (90), a bombeiro de 2.ª (93), a 1.ª (98), a subchefe (2003) e a chefe em 2012.

É detentor de todas as meda-

lhas de assiduidade da LBP e da Associação até à de 25 anos, de dedicação e bons serviços da LBP. Possui também toda a for-mação necessária bem como a de TAS.

Exerce a função de chefe da equipa de intervenção perma-nente (EIP) desde 2009, é for-mador externo da Escola Nacio-nal de Bombeiros em salva-mento e desencarceramento, é chefe de grupo de combate a incêndios florestais desde 2011, chefe de equipa de controlo de acidentes com matérias perigo-sas. Possui ainda, desde 2016, os cursos de incêndios flores-tais e de incêndios urbanos e industriais (nível 3) e o curso de gestão inicial de operações.

VIATODOS

Estrutura tem novos rostos

O oficial bombeiro de 2.ª, Bruno Emanuel Ferreira de

Almeida, é o novo comandante do corpo de bombeiros da As-sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Anadia

Bruno Almeida nasceu em 1981, tem 36 anos, foi militar no Corpo de Fuzileiros da Mari-nha de Guerra Portuguesa entre 2001 e 2004, onde exerceu fun-ções na Unidade de Polícia Na-val.

O novo comandante iniciou--se como bombeiro nos Volun-tários da Anadia, em 2005, ten-do saído em 2010, dando início à frequência de uma licenciatu-ra em Segurança Comunitária.

Em 2013, iniciou funções como oficial bombeiro nos Voluntários de Oliveira do Bairro, tendo sido responsável, entre outros, pelo departamento de formação e exercido também o cargo de adjunto de comando. Ao longo desse período, Bruno Almeida, concluiu um mestrado em Hi-giene e Segurança Ocupacio-nais. Além de ministrar noutras áreas nomeadamente, no âmbi-to da proteção de pessoas e bens, é também formador nível III certificado pelo INEM para a formação em socorro pré-hos-pitalar.

O comandante Bruno Almei-da, após a sua posse, fez um

balanço da sua ligação aos bombeiros lembrando que “foi no verão de 2005, há precisa-mente 13 anos, que entrei pela primeira vez pelos portões des-

ta casa com o intuito de dar um pouco mais de mim em prol das populações” e que “por cá aprendi, vivi e cresci e nunca parei de procurar respostas

para as questões que a mim próprio ia colocando, fruto de uma sede constante de reforçar o conhecimento, a técnica e o saber fazer”.

Agora, Bruno Almeida, adianta que “foi com um misto de manifesto orgulho, enorme inquietação e alguma incerteza que recebi o convite para lide-rar o corpo de bombeiros de Anadia” sublinhando que, “ciente da complexidade, mas com a determinação e a capaci-tação com que me reconheço, aceitei e hoje aqui reforço pe-rante todos vós esta minha convicção e este meu compro-misso”.

A cerimónia de posse de Bru-no Almeida contou com as pre-senças, da presidente da Câ-mara Municipal de Anadia, Te-resa Cardoso, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro e também em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, Nuno Canilho, do comandante opera-cional distrital de Aveiro da ANPC, António Ribeiro, e mui-tos outros autarcas, dirigentes e comandos de associações, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral, Daniel Trin-dade, do presidente da direção, Pedro Carvalho, e restantes ór-gãos sociais e bombeiros.

ANADIA

Bruno Almeida assume comando

Tomou posse o novo adjunto de comando do corpo de

bombeiros da Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntários de Algueirão – Mem Martins, Rui Gonçalo Fernandes Aguiar.

Rui Aguiar nasceu em 1988 e, entre 1999 e 2002, integrou a fanfarra da associação. Entre 2002 e 2006 ingresso no corpo de bombeiros, primeiro como cadete e depois com aspirante. Em 2006 foi promovido a bom-beiro de 3.ª e passou a desem-penhar a função de operador de reforço do CDOS de Lisboa na Fase Charlie do DECIF 2006. No

ano seguinte, 2007, foi contrata-do como operador de telecomu-nicações do CDOS Lisboa e, en-tre 2008 e 2009 foi contratado pela Associação para integrar o grupo de intervenção perma-nente, mantendo-se em funções no CDOS.

Em 2012, Rui Aguiar foi pro-movido a bombeiro de 2.ª, em 2014 foi promovido a subchefe de equipa do CDOS Lisboa e a chefe em 2015, funções que de-sempenhou até à posse de ad-junto de comando.

Rui Aguiar é detentor de um conjunto significativo de forma-

ções nas mais diversas áreas da prestação do socorro e da coor-denação do mesmo.

A cerimónia de posse contou com as presenças, do coordena-

dor municipal da proteção civil, comandante Pedro Ernesto, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Gualdino,

do comandante distrital da ANPC, André Fernandes, do pre-sidente da Junta de Freguesia de Algueirão - Mem Martins, Valter Januário, acolhidos, pelo presi-

dente da assembleia-geral da instituição, Jacinto Domingos, do presidente da direção, Paulo Fernandes, e do comandante Joaquim Leonardo.

ALGUEIRÃO - MEM MARTINS

Rui Aguiar é novo adjunto

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15JULHO 2018

Aos cem anos José Vieira acredita que o seu desti-no estava traçado na pal-

ma da mão e lhe foi revelado, ainda criança, por uma mulher cigana. Confidencia que a sina lhe ditava “sorte com o número 9” e com ele ganhou um prémio “250 contos” na lotaria; “cruzar o Atlântico”, fê-lo quando ru-mou aos Açores, numa viagem que não esquece; “lutar contra o fogo”, cumpriu-o como volun-tário ao serviço dos Bombeiros de Sobral de Monte Agraço, onde ingressou no início da já longínqua década de quarenta do século passado.

Granjeou e continua a gran-jear simpatia, respeito e admi-ração o que aliás ficou bem ex-plícito, no passado dia 30 de junho, quando os seus bombei-ros e a comunidade sobralense se (re)uniram para festejar o centenário do barbeiro bombei-ro que, não raras vezes, fechou a porta do seu estabelecimento – o sustento da família – para cumprir o lema “Vida por Vida”.

“Tocava a fogo e lá ia eu, es-tivesse quem estivesse. Lem-bro-me que uma vez tinha um corte de cabelo a meio, só tive tempo de pedir a um colega vi-

zinho para terminar o serviço e saí a correr. A situação não era grave e, por isso, não me de-morei muito, ainda assim qual não foi o meu espanto quando regressei o cliente estava à mi-nha espera… não permitiu que fosse outro barbeiro a fazer o trabalho” declara com um sorri-so estampado no rosto.

Contam-nos que José Vieira não teve uma vida fácil, ele próprio fala emocionado de “um desgosto grande”, de vá-rias perdas e de uma em parti-cular. Hoje a sua família são os bombeiros e as “senhoras do lar” da Santa Casa da Miseri-córdia onde reside, uma opção feita há uns anos quando a so-lidão falou mais alto. Ainda as-sim, mantém a sua casa onde faz questão de ir, regularmen-te, um dos rituais entre outros, como o de ir ao café ou de fazer uma rotineira “visita aos bom-beiros”.

“Agora venho menos vezes, já vejo muito mal”, lamenta, até porque a falta de visão não lhe permite ser mais autónomo. Curiosamente, dentro do quar-tel não necessita de qualquer ajuda, conhece bem os cantos à casa e nem mesmo a escadaria

SOBRAL

“Esta é a farda mais bonita que existe. Honrem-na!”

O chefe José Vieira completou, a dia 30 de junho 100 anos de vida, 75 dos quais

dedicados aos Bombeiros Voluntários do Sobral. Foi em festa que a instituição

assinalou a efeméride que homenageia a força e a vitalidade de uma figura ímpar que, por direito próprio e pelos serviços

prestados à causa, já ocupa a galeria dos notáveis Bombeiros de Portugal.

Texto e fotos: Sofia Ribeiro

trava o seu andar ligeiro que, efetivamente, não lhe denuncia a idade.

Fala com enorme paixão da causa, relembra antigos cama-radas, evoca alguns coman-dantes e figuras notáveis da instituição, recorda aquela queda no incêndio do cinetea-tro do Sobral que lhe deixou mazelas, o grande fogo num armazém na Vala do Carregado que “deu muito trabalho aos bombeiros” e até a “sirene ex-traordinária” do velhinho Ford, a primeira viatura dos Bombei-ros do Sobral, que aliás integra e enriquece o acervo desta ins-tituição com 105 anos de histó-ria.

Embora a miúde, lamente já estar “muito esquecido”, du-rante a conversa com os jorna-listas, destacam-se a clareza, a coerência e a lucidez do discur-so.

“Do meu tempo já não há aí quase ninguém”, assinala, fa-zendo questão de registar a simpatia com que os bombeiros mais jovens o recebem e o ou-vem.

Quando interrogado sobre as razões que o levaram a abraçar a causa, não hesita:

“Então ainda miúdo assistia sempre aos exercícios que os bombeiros faziam, ficava fasci-nado e olhe assim que saí da tropa nem pensei duas vezes… Naquela altura era tudo dife-rente… Eu tive a sorte de ser escolhido pelo comandante João Lopes e depois fui conta-giado por este micróbio”, diz.

Nesse tempo o corpo ativo teria pouco mais que vinte ho-mens, relembra que “ninguém tinha farda de trabalho apenas a de gala, aquela de cotim, de-pois é que vieram os fatos-ma-caco e os botins”. Muitos anos volvidos tudo mudou e “hoje têm tudo e ainda bem”.

Acompanha com emoção e evolução do setor, o processo de modernização de meios e equipamentos e o notável cres-cimento do quartel que consi-dera ainda assim “já pequeno para responder à muita ativida-de do corpo de bombeiros”. Faz questão de enaltecer o cres-cente papel das mulheres neste

meio ao qual, destaca, acres-centam valor porque “sabem fazer tudo e muito bem”.

Embora tenha ingressado no quadro de honra há 30 anos a verdade é que nunca deixou de ter ligação à instituição e tal-vez, por isso, o comandante do corpo de bombeiros Pedro Lima e a presidente da direção da associação humanitária, Maria Margarida Ribeiro, façam ques-tão de sublinhar que o tempo de serviço continua a contar para o chefe José Vieira e “já são 75 anos de entrega e muita dedicação”.

Aliás bombeiros dirigentes, autarcas e representantes das forças vivas do concelho são unânimes em reconhecer a for-ça e o exemplo do homem e do bombeiro, que, na verdade, servem de inspiração à comu-nidade.

Atavio e brio numa farda im-pecável são, foram sempre, a imagem de marca do chefe José Vieira que não esconde a maior vaidade em envergar as cores dos bombeiros:

“Ainda tenho lá em casa to-

das as fardas, trato-as como como se fossem fatos de sair”, declara exibindo orgulho.

Representantes de entidades e associações locais, a que se juntou o presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço, José Alberto Quintino, integraram o afinado e anima-do coro que cantou os para-béns não apenas ao chefe José Vieira, mas também a António Bugalho, antigo edil deste con-celho da região Oeste e ao bombeiro de 3.ª Paulo Fernan-des, que também neste dia as-sinalavam o seu aniversário.

A efeméride ficou, ainda, marcada pelo descerramento de uma placa na sala de chefes dos Bombeiros do Sobral com o nome de José Vieira, uma ho-menagem em jeito de presente de aniversário,

O decano bombeiro fez ques-tão de agradecer aos convivas e amigos e num discurso emocio-nado falou da sua grande pai-xão pela causa para deixar um apelo aos mais jovens:

“Esta é a farda mais bonita que existe. Honrem-na!”

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16 JULHO 2018

Carlos Viera de Castro, uma figura incontornável dos bombeiros de Portugal é

um destacado e bem sucedido empresário, mas, também, um homem simples e afável, que com a maior das simpatias re-cebeu a nossa equipa no com-plexo industrial de Gavião, nas imediações de Vila Nova de Fa-malicão, o “quartel-general” da Vieira de Castro, uma das mais conceituadas marcas nacionais de bolachas, doces e confeita-ria, autora de alguns icónicos produtos que atravessaram ge-rações e permanecem no imagi-nário de muitos portugueses, entre eles – quem não lhes re-corda o sabor único? – os flocos de neve e a pequena e gostosa bolacha de água e sal – incon-fundível –, a que se juntam as tentadoras amêndoas de choco-late que sazonalmente – no Na-tal e na Páscoa – fazem as delí-cias de miúdos e graúdos.

Com natural simplicidade, Carlos Vieira de Castro acolhe--nos numa sala onde várias pe-ças revelam uma história com 75 anos, mas, também, denun-ciam a riqueza de um império, que não parece, contudo, ter

envaidecido nem desviado do essencial um homem de causas.

Conta-nos que já em peque-nino fugia da escola para se re-fugiar no quartel, no dos Guitas, como gostavam de ser conheci-dos os Voluntários Famalicenses – dizem-nos que por saírem sempre “na guita”:

A paixão pelos bombeiros co-meçou, curiosamente, no quar-tel dos Voluntários de Famalicão – os “rivais” – que “tinham car-ros muito bonitos”, mas consoli-dou-se na casa dos Famalicen-ses, conta, confidenciando que foi “o primeiro aluno faltar à es-cola para estar ali junto ao se-nhor Joaquim e o vício começou aí”.

“Os meus irmãos sempre ti-veram mais ligação com os de baixo” e eu, orgulhosamente era dos de cima. Essas coisas são por amores, não se expli-cam”, revela-nos.

Nunca quis ser bombeiro, afirma-o da mesma forma que confessa uma paixão pela causa começou cedo e nem correr les-to do tempo fez esmorecer.

Entrou para os órgãos sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Famali-censes em 1968, com apenas

CARLOS VIEIRA DE CASTRO

Paixão de menino alicerça amor pela causa e pelas coisas dos bombeirosCarlos Vieira de Castro, presidente do

conselho de administração da conceituada marca de bolachas e produtos de

confeitaria com apelido de família é, também, um dos mais destacados

beneméritos e apoiante da causa e entusiasta das coisas dos bombeiros.

O menino que fugia da escola para ficar no quartel de bombeiros, cresceu, fez-se

homem, construiu um império, mas nunca esqueceu nem o passado nem as

convicções mantendo sempre uma ligação muito próxima não apenas com os

Voluntários Famalicenses, mas também com vários outros corpos de bombeiros,

estando sempre disponível para contribuir para a modernização do setor, valorizando

assim as mulheres e os homens que servem o lema “Vida por Vida”.

Texto e fotos: Sofia Ribeiro

18 anos. Reconhece que nem tudo foi pacífico, pois o jovem Carlos pontificava pela rebeldia, num elenco sexagenário, ainda assim fez vingar a sua estraté-gia de modernização e cresci-mento da instituição que, hoje. se afirma como uma referência no distrito de Braga. Por lá este-ve, com as mais diversas fun-ções “durante quarenta e tal anos”.

“A minha preocupação nunca foi ser presidente, mas sim en-contrar as pessoas certas, assu-mir o processo de renovação que importa fazer. Eu não que-ria cargo, queria antes gente boa, capaz. Naquele tempo Os Voluntários de Famalicão e os Famalicenses eram como a água e o vinho: os de baixo uns senhores, tinham tudo e os de cima pobres… tinham pouco mais que uma ambulância a “pombinha branca” que ainda hoje lá está”, diz, acrescentan-do que esta viatura integra, hoje, o acervo da instituição porque Carlos Viera de Castro, há já uns anos, a resgatou em França e tratou da sua repara-ção e restauro.

Conta, com comedido orgu-lho, que liderou o processo de

aquisição do primeiro jipe do corpo de bombeiros, com um empréstimo bancário de “cinco mil contos”, – à época “uma for-tuna” – e, depois disso, não mais parou impulsionado, tam-bém, por um peculiar bairrismo.

Fala que esteve na génese da construção do complexo opera-cional desde o “primeiro esbo-ço” entregue na câmara, até à sua inauguração, um processo moroso e complicado, mas que talvez por isso soe a grande conquista. Assumiu ainda a compra da “escada Magirus, no valor 100 mil contos”, sem quaisquer apoios, nem mesmo da câmara municipal, que ale-ga, sempre “ajudou mais os ou-tros”.

No início do século XXI quan-do decidiu colocar um ponto fi-nal numa longa carreira de diri-gente, teve o cuidado de procu-rar as pessoas certas para pros-seguir a missão, mas, ainda assim, continua muito ligado a esta que afinal é sua casa. Em todos estes anos assumiu ou-tras missões de apoio ao setor, tendo mesmo integrado o con-selho fiscal da Liga dos Bombei-ros Portugueses, no mandato de Lourenço Batista.

Quando questionado sobre o que permanece do menino que fugia para os bombeiros, nem hesita:

“A rebeldia, em tudo e até nos investimentos e o amor pe-los bombeiros”.

Não contabiliza os apoios concedidos à Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntá-rios Famalicenses da mesma forma que não faz alarde dos patrocínios concedidas a outras congéneres – “10 ou 12” – de vários pontos do País e tam-bém, a várias outras associa-ções locais. Como a música é “outro grande amor” e a Banda de Filarmónica de Vila Nova de Famalicão, pode assim contar com um padrinho especial, sempre atento a todas as ne-cessidades. Carlos Vieira de Castro acumula títulos de hono-rário de benemérito, que ates-tam a sua (consciente) genero-sidade,

“Sou sócio benemérito de 10 ou 12 corpos bombeiros. Aqui há uns anos costumava dizer que tinha dois apartamentos, mas já tinha dado cinco, ou seja, quando vejo que gastam bem não me importo de dar do que é meu, muito embora a em-

presa também tenha alguns “destes avençados”, explica. Nos apoios “extraordinários”, revela, incluem-se os Voluntá-rios de “Celorico de Basto, Bar-celos, Barcelinhos, Fão, Espo-sende, Póvoa de Lanhoso e até os Voluntários Famalicão”, como faz questão de sublinhar.

“Isto é por amores, sabem que os velhos podem apaixo-nar-se facilmente”, ironiza, para justificar um e mais outro pa-trocínio pontual que associa sempre às pessoas que o fazem e à mais valia dos projetos,

Assíduo e permanente é o apoio concedido aos Famalicen-ses, que podem sempre contar com o este dedicado “padrinho”.

Refira-se que a empresa Viei-ra de Castro celebra, este ano, 75 anos de existência, num per-curso marcado pela combinação de experiência e inovação que deram origem a produtos icóni-cos dos quais se destaca a pe-quena bolacha de água e sal que é o cartão de visita e ao mesmo tempo chancela de qua-lidade da marca.

Neste que será um ano de ce-lebração será dada especial atenção a uma história com sa-bor que começa a ser contada

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17JULHO 2018

CARLOS VIEIRA DE CASTRO

Paixão de menino alicerça amor pela causa e pelas coisas dos bombeirosnos anos 40 do século passado, mais concretamente em 1942 quando António Vieira de Cas-tro, pai do atual administrador, adquire a Casa Cardoso, em Vila Nova de Famalicão, uma paste-laria tradicional que um ano de-pois já se apresentava como confeitaria e casa de chá com o fabrico próprio de pastelaria, rebuçados e outros produtos de confeitaria, prestando também serviços de casamentos e bati-zados. Numa ânsia de moderni-dade, anos depois a Vieira de Castro assumia a autoria e pro-dução de amêndoas de açúcar, que ainda hoje fazem parte da celebração tradicional da Pás-coa. Na década de 60, e para fazer face às exigências de um mercado em permanente mu-dança, o fundador traçou uma nova linha estratégica orientada para o fabrico de bolachas e nos anos seguintes foi adquirida a Sociedade Portuguesa de Con-feitaria, ao que se seguiu a aquisição das primeiras linhas de produção de bolachas e bis-coitos que permitiram o lança-mento dos primeiros produtos, nessa época vendidos a peso.

Em 1968 é constituída a so-ciedade Vieira de Castro & Fi-lhos Lda., e António Vieira de Castro oficializa a parceria com os seus filhos. Esta alteração viabiliza a criação de uma mar-ca comercial que se estreia no mercado com ainda hoje muito popular bolacha de água e sal a que segue, anos depois, os não menos apreciados rebuçados flocos de neve, produtos ainda hoje muito apreciados e que aliás permanecem no imaginá-rio de várias gerações

Já na década de 80 a Vieira de Castro torna-se a empresa pioneira, em Portugal, na pro-

dução de amêndoas cobertas com chocolate, categoria em que alcançou a liderança no mercado português e que conti-nua a ter uma importância cres-cente no seu portefólio de pro-dutos.

Em 1986, com a construção de uma nova unidade industrial em Gavião, nos arredores da ci-dade de Famalicão, a empresa dá o primeiro passo na desloca-lização das suas instalações do centro da cidade para a perife-ria, abrindo assim caminho à expansão da atividade e a arris-car em novos conceitos, num mercado, até então, muito fe-chado e arreigado ao tradicio-nal. Esta foi mais uma aposta ganha, até porque as bolachas recheadas e as bolachas wafer, foram desde logo um êxito.

Em 1992 a Vieira de Castro dá início às exportações, numa primeira fase, para o mercado Francês, mas rapidamente co-meçou a estender-se a outros,

designadamente ao Brasil que é a mais recente conquista.

Com a inauguração de um novo polo em Gavião, em 1992, uma unidade industrial para produtos de confeitaria e a aquisição da Aliança, insígnia nacional de produtos alimenta-res de qualidade, nomeada-mente, de bolachas e chocola-tes, a Viera de Castro consolida--se sendo, atualmente, respon-sável pela produção de inúmeros produtos para o mer-cado nacional e para o interna-cional.

Registe-se que estes e outros factos são revelados numa inte-ressante obra profusamente ilustrada, apresentada recente-mente. O livro comemorativo “A História do Nosso Sabor”. que resulta de um “estudo multidis-ciplinar sobre a génese e estru-tura da empresa, destacando os momentos mais marcantes des-de a sua consolidação enquanto empresa familiar nos anos 40, até aos anos 2000”.

Mas porque a inovação está no ADN desta marca registe-se que, recentemente, foram lan-çados dois produtos que pelas suas características podem, nestes novos tempos, conquis-tar a notoriedade da tradicional bolacha de água e sal da Viera de Castro: a “Cream Cracker Sesame” e a “Água e Sal, Azeite

e Azeitona”. “uma bolacha es-pecial 75 anos”, conforme assi-nala Carlos Viera de Castro, re-gistando que para além desta efeméride, “este é também o ano em que o fundador da mar-ca – e seu pai – António Vieira de Castro, completaria o seu centésimo aniversário”.

Atualmente, a empresa que conta com mais de 400 colabo-radores “sempre disponíveis e dedicados”, produz cerca de 20 mil toneladas de bolacha por ano em nome próprio e também para dezenas de outras marcas.

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18 JULHO 2018

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Cantanhede volta a apostar na vigilância motorizada às florestas deste concelho do

distrito de Coimbra. O programa, que mobiliza quase três dezenas de voluntários, visa a proteção das áreas verdes, com a deteção precoce de eventuais focos de incêndio.

À semelhança dos anos anteriores, desde o início desde mês de julho e até ao final do verão, todos os dias entre as 14 e as 17 ho-ras, dois voluntários percorrem várias freguesias do concelho, se-guindo um itinerário sempre diferente.

Este patrulhamento é efetuado em motorizadas cedidas pela Câ-mara Municipal de Cantanhede e os voluntários apresentam-se de-vidamente identificados com coletes refletores com o logotipo da associação de bombeiros.

CANTANHEDE

Bombeiros asseguram vigilância motorizada

Após seis meses intensivos de formação realizaram-se re-centemente os exames aos 13 estagiários da escola de

recrutas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios Torrejanos (Torres Novas).

Concluída esta etapa com sucesso teve já início a fase de estágio durante a qual, no terreno e devidamente enquadra-dos, os estagiários vão poder por em prática e acompanhar as diversas áreas ministradas pelos instrutores.

Entre os 13 estagiários, entre os 17 e os 30 anos, cinco deles já faziam parte dos Bombeiros Torrejanos desde 2009 tendo então integrado a escola de infantes com apenas oito anos de idade.

Foi um grupo destes elementos que alcançou o 3.º lugar dos concursos de manobras para cadetes da Liga dos Bom-beiros Portugueses.

Entretanto, segundo os Torrejanos informam, a atividade regular do corpo de bombeiros registou mais de mil inter-venções no decurso do mês de junho. Assim, nesse período participaram em 1272 ocorrências, com 14 incêndios, 13 acidentes rodoviários, 371 emergências pré-hospitalares, 812 serviços de transporte de doentes, 40 operações de es-tado de alerta, sete intervenções em conflitos legais, um fal-so alarme e 14 serviços de assistência e prevenção a ativida-des humanas.

TORRES NOVAS

Atividadeem balanço

Dois elementos da Equipa Ci-notécnica dos Bombeiros de

Valongo frequentaram o curso de condutor de embarcação de socorro com vista à obtenção de licença de navegação.

A formação da responsabili-dade da escola náutica San Tel-mo, em Tui, com uma compo-nente prática realizada em Vigo, versou matérias como legisla-ção aplicável, noções de mari-nharia, regras de navegação, manobras de embarcações (nós e amarras), segurança no mar e

primeiros socorros, comunica-ções VHF, cartas náuticas, aju-das eletrónicas e noções básicas de meteorologia, manobra de fundear e de atracação, procedi-mentos e manobras de homem ao mar.

Estes elementos estão, ago-ra, habilitados para conduzir embarcações de socorro até 6 metros de comprimento e mo-tas de água e permite a navega-ção diurna até ao máximo de seis milhas (náuticas) do porto de abrigo e três milhas da costa.

VALONGO

Competências reforçadas

Os Bombeiros Voluntários da Cruz Branca – Vila Real po-

sicionam duas equipas de bom-beiros nas freguesias de Cam-peã e Vilarinho da Samardã, as mais distantes do quartel du-rante o período mais crítico de incêndios florestais.

As equipas, integradas no Dispositivo Especial de Comba-te a Incêndios Rurais (DECIR) permanecem nestes locais en-tre 1 de julho e 30 de setembro.

O comandante Orlando Ma-tos, explicou que esta medida permite uma “cobertura já ra-zoável” da área de intervenção da corporação.

O projeto resulta de um pro-tocolo que começou por ser as-sinado, há quatro anos, com as juntas de freguesia da Campeã, de Torgueda e pela União das Freguesias de Pena, Quintã e Vila Cova. Os resultados da ex-periência foram considerados positivos e, por isso, este ano,

foi posicionada uma segunda equipa, no lado oposto do con-celho, em Vilarinho da Samar-dã.

Orlando Matos afirmou que o objetivo é a atuação e interven-ção mais rápidas dos bombei-ros, encurtando o tempo de resposta às ocorrências. No en-tanto, referiu ainda que os bombeiros fazem também vigi-lância armada.

“Ou seja, andam com os veí-culos, devidamente equipados com material sapador e água, e vão fazendo a vigilância pelas aldeias, o levantamento dos ca-minhos que estão intransitáveis e fazem o reconhecimento des-ses mesmos caminhos para uma atuação mais rápida em caso de incêndio”, explicou.

O comandante elencou ainda como aspetos positivos da ini-ciativa a “relação que se esta-belece entre os operacionais e as populações”. “Vai também

servindo para fazer alguma dis-suasão e para aconselhar e res-ponder a algumas perguntas relacionadas, por exemplo, com a limpeza dos terrenos e a quei-ma de sobrantes”, referiu.

A Cruz Branca começou por colocar uma equipa no Marão, na casa do Guarda da Manta, cedida pelo Instituto de Conser-vação da Natureza e Florestas

(ICNF), onde permanece 24 ho-ras por dia. Aqui as refeições são asseguradas pelo Centro Social e Paroquial da Campeã e suportadas pelas juntas de fre-guesia que se associaram ao projeto.

Esta localização é estratégica e permite um apoio, também mais rápido, às corporações vi-zinhas de Fontes, Santa Marta

de Penaguião, Mondim de Basto e Amarante.

No caso da União de Fregue-sias de Adoufe e Vilarinho da Samardã, a equipa fica instala-da no Centro Cultural e Recrea-tivo de Benagouro, entre as 9 e as 18horas, não havendo, para já, condições para ali permane-cerem durante a noite.

“Isso tem custos e uma logís-

tica que poderá envolver mais parceiros que queiram juntar--se ao projeto”, afirmou o co-mandante Orlando Matos.

Aqui, os bombeiros permane-cem sempre em alerta, prepa-rados para as ocorrências na sua zona e também para apoios às associações congéneres dos concelhos vizinhos de Vila Pou-ca de Aguiar e Ribeira de Pena.

VILA REAL

Cruz Branca posiciona-se nas aldeias

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19JULHO 2018

O Centro de Formação dos Bombeiros Voluntários da

Covilhã (CFBVC) foi já este mês julho reconhecido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), como entidade forma-dora com competências, meios e recursos nas áreas da Saúde, estando por isso habilitado e devidamente certificado para promover cursos de Tripulante Ambulância de Socorro (TAS).

“Este reconhecimento tra-duz-se numa responsabilidade acrescida em formar correta-mente o cidadão comum e ou-tros profissionais de saúde que pretendam esta carteira profis-

sional. Sendo o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntários a re-ceber a chancela INEM em TAS motiva-nos um enorme orgulho e vontade de continuar a parti-lhar competências como, aliás, já o fazíamos”, sublinha fonte dos Bombeiros da Covilhã.

O CFBVC foi criado em 2016 dispondo, atualmente, de servi-ços de formação e soluções em-presariais para todos sectores, tendo para tal certificação da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) em Proteção de Pes-soas e Bens, Saúde e Psicologia e do INEM, para formação de

TAS, TAT, SBV-DAE, SBVP, SBV).

Este centro já assegurou a valorização de mais de 1300

profissionais de unidades hospi-talares, corpos de bombeiros e

indústrias de áreas e sectores de atividade diversos.

COVILHÃ

Bombeiros com certificação TAS

A Equipa Cinotécnica dos Bom-beiros de Valongo promoveu,

recentemente, dois cursos Curso de Primeiros Socorros em Ani-mais de Companhia e Cães de Busca e Salvamento nos quar-téis dos Voluntários de Penela (30 de junho e 1 de julho) e de Estremoz (20 e 21 de julho)

Em oito horas de formação aos participantes “foram trans-mitidos diversos conhecimentos e protocolos de atuação a nível do socorro pré-hospitalar ani-mal” e analisados vários casos clínicos, dos sinais e sintomas

evidenciados pelos animais, o que permitiu abordar soluções e respostas.

Em Penela o curso reuniu um total de 60 formandos e em Es-tremoz 25, em ambos os casos, “com uma proveniência bastante diversificada”, tendo em conta que grupos integravam bombei-ros, elementos da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e de associações de Pro-teção e Defesa Animal, enfer-meiros veterinários, groomers, e cidadãos comuns, amigos dos animais, conforme salientou ao

jornal Bombeiros de Portugal, Pedro Batista, responsável da

Equipa Cinotécnica dos Bombei-ros de Valongo.

PRIMEIROS SOCORROS EM ANIMAIS

Valongo leva nova valência a todo o País

Os Bombeiros de Águas de Moura participaram no novo módulo de formação de Planeamento e Antecipação em

Incêndios Rurais, que decorreu entre 9 e 14 de julho no Cen-tro de Formação Especializado em Incêndios Florestais da Escola Nacional de Bombeiros, na Lousã.

Esta formação tem como objetivo dotar os formandos de competências técnico-operacionais para assumir a função de Oficial de Planeamento em Postos de Comando de operações de combate a incêndios rurais desde a Fase III à Fase VI do Sistema de Gestão de Operações (SGO).

ÁGUAS DE MOURA

Operacionaisem formação

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20 JULHO 2018

Os Bombeiros de Águas de Moura receberam nas suas instala-ções os filhos de alguns dos seus operacionais de serviço.

As crianças, sob o olhar atento dos operacionais, tiveram a opor-tunidade de experimentar alguns dos equipamentos e ferramentas que os bombeiros utilizam no dia-a-dia, nas variadas operações de socorro para que são chamados.

No final, realizaram um pequeno exercício de busca e salvamen-to e de manuseamento de uma agulheta de combate a incêndios.

ÁGUAS DE MOURA

Filhos de visita ao quartel

Assinalou-se, no dia 20 de julho o 1.º aniversá-rio da assinatura e homologação do protocolo

de constituição da Equipa de Intervenção Perma-nente (EIP) do Município do Barreiro no Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste.

Em comunicado a associação, assinala a data, sustentando que a EIP “permitiu consolidar a ca-pacidade de prestação de socorro do corpo de bombeiros Sul e Sueste”, até porque integra “profissionais altamente qualificados e com ca-

pacidades físicas sujeitas a permanente avalia-ção”.

Considerando a tipologia de ocorrências que são o seu objeto principal de atuação, esta equi-pa “assegurou em média mais de 50 % das ocor-rências do Corpo de Bombeiros (nalguns casos 100 %)”, na maioria das situações “sem recurso a meios humanos adicionais, o que demonstra a eficácia na resposta às ocorrências na janela ho-rária do seu funcionamento”.

SUL E SUESTE

EIP assinala primeiro aniversário

Os Bombeiros Voluntários de Al-bergaria-a-Velha “refrescaram”

os novos elementos do corpo ativo.No passado dia 13 de julho de

2018, em instrução geral, foram promovidos a Bombeiros de 3.ª, in-gressando no corpo ativo, quatro novos elementos, o Gabriel Eurico Tavares Marques, o Johnny Daniel Conceição dos Reis, o Ricardo Da-niel Cunha Melo e o Gustavo Con-forte Câmara.

No mesmo dia, na sequência da sua aprovação em concurso, foram ainda promovidos a oficial bombeiro de 2.ª dois elementos, o Rui Miguel Marques de Oliveira e o Pedro Joel Silva Bandeira.

Depois da imposição de divisas, os bombeiros foram sujeitos à tradicional “praxe” de promoção com um “refrescamento” generalizado.

ALBERGARIA A VELHA

Corpo de bombeiros “refrescado”

Os Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém (BVAC), no

passado dia 15 de julho, presta-ram homenagem aos seus ca-maradas de Belas, depondo uma coroa de flores no talhão privativo do cemitério local.

O ato de deposição, a cargo do presidente da direção, Luís Miguel Baptista, e do adjunto de comando, Miguel Pereira, foi precedido pela intervenção do primeiro que sublinhou o carácter inédito da ho-menagem na vida das duas instituições.

“Fazemo-lo num gesto de humildade, reconhe-cimento e gratidão, perante o valor inestimável dos serviços prestados pelos Bombeiros Voluntá-rios de Belas na nossa área de atuação própria, em virtude de circunstâncias adversas que esta-mos a atravessar no domínio operacional do cor-po de bombeiros”, afirmou aquele responsável, adiantando que, “na memória de todos aqueles que aqui repousam e que em vida fundaram, de-senvolveram e consolidaram os Bombeiros Volun-tários de Belas, evocamos os princípios da coope-ração e entreajuda que continuam a inspirar e a servir de matriz à Instituição-Bombeiros”.

O presidente da direção dos Bombeiros Volun-tários de Belas (BVB), António Gualdino, na pes-soa do presidente da direção dos BVAC, agrade-ceu muito sensibilizado a homenagem e recor-

dou, no âmbito das relações amistosas entre os dois corpos de bombeiros, as figuras ímpares dos saudosos comandantes Edmundo de Oliveira e Silva (Belas) e Artur Lage (Agualva-Cacém).

A deputação do corpo de bombeiros do BVAC (porta-estandarte e escolta), chefiada pelo ad-junto de comando, Miguel Pereira, que integrou a formatura dos BVB, foi constituída pelos sub-chefes José Vítor e José Peres, bem como pelos bombeiros de 1.ª e de 2.ª do Quadro de Honra, respetivamente, Gabriel Valentim e Carlos Mou-ra.

Tomaram ainda parte na cerimónia, em repre-sentação dos Bombeiros Voluntários de Agualva--Cacém, a presidente da mesa da assembleia geral, Graça Rodrigues, o presidente do conselho fiscal, João Simões, os vice-presidentes da dire-ção, Ângelo Sousa e Francisco Rosado, e o mem-bro suplente do mesmo órgão, Amaral Fonseca.

AGUALVA CACÉM

Homenagem aos Voluntários de Belas

O comandante do Quadro de Honra (QH) da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Volun-

tários de Areosa – Rio Tinto, José Maria da Costa e Silva, foi agraciado com a medalha de mérito da cidade de Rio Tinto.

A entrega da distinção ocorreu no âmbito das comemorações do 23.º aniversário de elevação de Rio Tinto a cidade.

O comandante José Maria da Costa e Silva, uma figura incontornável do universo dos bom-beiros portugueses, passou ao QH em 8 de de-zembro do ano transato após 35 anos ao serviço da associação e das populações por ela servidas. Sucedeu ao comandante Costa e Silva, o coman-dante Virgílio Pereira, até então segundo coman-dante do corpo de bombeiros e colaborador direto do antigo responsável pelo corpo de bombeiros.

AREOSA-RIO TINTO

Comandante do QH distinguido

O subchefe de 1.ª classe do Regimento de Sapadores

Bombeiros de Lisboa (RSB), Pe-dro Silva, faleceu no passado dia 9 vítima de doença súbita.

Pedro Silva, de 45 anos, en-contrava-se de serviço de turno na 4.ª Companhia do RSB, no Largo da Graça, quando os co-

legas se aperceberam do ocor-rido. A sua morte prematura colheu todos de surpresa já que, inclusive, Pedro Silva de-senvolvia diversas atividades desportistas e era defensor de práticas de vida saudável.

O velório a Pedro Silva decor-reu no dia 11 nas instalações da

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caci-lhas e o funeral realizou-se no dia seguinte para o cemitério de Vale das Flores, no Feijó.

Aos colegas do RSB e aos fa-miliares do subchefe Pedro Sil-va apresentamos sentidos pê-sames.

LISBOA

Bombeiro falecido em serviço

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21JULHO 2018

“Não podemos ficar cala-dos perante a injustiça.

Não podemos estar à espera das dádivas da comunidade. Não podemos, nem devemos depender de esmolas. O orça-mento de Estado tem de garan-tir a contratualização com os bombeiros de um serviço es-sencial para defender o bem--estar e segurança do portu-gueses”, defendeu o presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), Jaime Marta Soares, no quartel dos Voluntá-rios de Linda-a-Pastora, no dia 21 de junho, por ocasião do 127.º aniversário da institui-ção, data que fica registada na história com a assinatura do protocolo de geminação com a congénere do Dafundo, a inau-guração e bênção de duas no-vas viaturas e a apresentação da modernizada central de co-municações.

Em dia de celebração, de evocação de um passado aus-picioso dirigentes e bombeiros fizeram questão de perspetivar o futuro e a construção do novo quartel surge como aspiração maior, até porque as atuais ins-talações, deixaram de respon-der às necessidades operacio-nais deste corpo de bombeiros do concelho de Oeiras, isso mesmo foi sublinhado pela pre-sidente da direção da associa-ção, Cristiana Duarte Alves e pelo comandante Jorge Vicente que, conjuntamente, com o presidente da assembleia ge-ral, Miguel Antunes fizeram as

honras da casa, onde todos os dias procuram dignificar o pro-jeto apresentado à comunidade a 5 de julho de 1891 como Cor-po de Voluntários de Salvação Pública do Concelho de Oeiras.

Não obstante todos os inves-timentos e esforços para me-lhorar as instalações, o quartel deixou de ter espaço e condi-ções para responder a crescen-tes necessidades dos operacio-nais, proporcionais aos desa-fios de um território muito exi-gente. Ciente desta lacuna,

Jaime Marta Soares uniu a sua voz à dos dirigentes e bombei-ros para solicitar a intervenção neste processo do executivo li-derado por Isaltino Morais.

“Não tenhamos dúvidas que hoje o Poder Local é o principal apoio das estruturas de bom-beiros no nosso País”, conside-rou o presidente da confedera-ção denunciando as restrições de acesso aos fundos comuni-tários e a exiguidade de ver-bas, para de seguida voltar a alertar para a estagnação do

LINDA-A-PASTORA

Geminação une associações vizinhas

O adjunto de comando QH da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, Alberto da Silva Aníbal, fa-leceu no passado dia 15 de julho.

Alberto Aníbal ingressou no corpo de bombeiros em 1959 como aspirante e, no mesmo ano, passou a as-pirante e bombeiro de 3.ª. Depois, prosseguiu a sua carreira de bombeiro, no posto de 2.ª (1964), de 1.ª (1968), subchefe (1970) e foi promovi-do a adjunto de comando em 1974.

O adjunto era uma figura simbólica dos Vo-

luntários Lisbonenses, sempre associado a mui-tas das intervenções onde aquele corpo de bombei-ros esteve envolvido.

Em 1986 Alberto Aníbal passou ao Quadro de Hon-ra, mas tal mudança não obstou a que se mantives-se como uma presença re-gular nas iniciativas da instituição.

Aos familiares do adjun-to Alberto da Silva Aníbal, aos seus colegas do corpo de bombeiros, comando e dirigentes dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses ende-reçamos sinceros pêsames.

LISBONENSES

Quadro de Honra perde adjunto

plano de reequipamento dos corpos de bombeiros, que ape-nas pedem o mínimo para ele-var ao nível máximo o serviço prestado às suas comunidades e ao País.

O comandante operacional nacional, José Manuel Duarte da Costa, numa telegráfica alo-cução de 30 segundos, fez questão de reafirmar “sincero respeito e gratidão” pelos bom-beiros portugueses e do púlpito instalado no salão nobre dos Voluntários de Linda-a-Pastora deixou um “obrigado” e com-promisso de estar “sempre ao lado” de todos os que “no fim da linha quando tudo falha, es-tão dispostos a dar a vida pelos outros”.

A bênção de um Veículo para Operações Específicas (VOPE) e de uma ambulância de socorro constituiu um momento impor-tante da comemoração a que se

seguiu um outro, a inauguração da central de comunicações que reúne agora melhores condi-ções para os operadores e equi-pamentos adaptados às cres-centes exigências deste corpo de bombeiros.

A emoção marcou a assina-tura de um protocolo de gemi-nação que oficializa uma longa e profícua união entre os Bom-beiros de Linda-a-Pastora e os do Dafundo isso mesmo confir-maram os signatários presi-dentes e comandantes das duas instituições. Assim, de-pois Cristiana Duarte Alves e Jorge Vicente subscreveram o acordo Armando Soares e o co-mandante Carlos Jaime.

O protocolo explicita que a geminação assenta na partilha de “uma ligação especial na promoção do mútuo intercâm-bio e amizade”, e visa “a valori-zação e enriquecimento cultu-

ral, social, técnico e operacio-nal das duas instituições e do seu pessoal, irmanados pelo mesmo ideal e missão”. Refira--se que centenária instituição mantem idêntica parceria com a congénere de Fanhões.

Marcaram, ainda, presença na cerimónia comemorativa entre representantes de muitas outras entidades, familiares e amigos dos Bombeiros de Lin-da-a-Pastora e representantes de várias associações humani-tárias e corpos de bombeiros, o vice-presidente da Câmara Mu-nicipal de Oeiras, Francisco Gonçalves; o vice presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, Pedro Araú-jo; Inigo Pereira, presidente da União das Freguesias de Carna-xide e Queijas e o comandante operacional distrital (CODIS) de Lisboa, André Fernandes.

Sofia Ribeiro

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22 JULHO 2018

Já em 5.ª edição, a Corrida e Caminhada Solidária, juntou

este ano quase 400 participan-tes, numa ação de apoio aos Bombeiros Voluntários de Can-tanhede.

“O número de atletas na corrida – 98 – quase que dupli-cou em relação ao ano passa-do. Para além das representa-ções das equipas da região, entre as quais a Academia de Atletismo da Praia de Mira, que arrecadou o prémio atribuído à equipa mais numerosa, a pro-va contou com a presença di-versos atletas de fora, como é

o caso da equipa do CCRD Bu-rinhosa, Leiria”, assinala Adéri-to Machado, presidente da di-reção da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntá-rios de Cantanhede.

A iniciativa começou com uma aula de zumba que serviu para de aquecimento para a caminhada de quatro quilóme-tros pelas principais ruas da ci-dade de Cantanhede. Seguiu--se a corrida de oito quilóme-tros. No fim, e como é já tradi-ção, houve sopas e sandes para todos os participantes, tendo sido no decurso de este

lanche convívio que foi feira a entrega de prémios aos vence-dores da corrida e o sorteio de prémios entre todos os partici-pantes.

A Academia de Atletismo da Praia de Mira foi o vencedor da corrida, na classificação por equipas, seguida do DCI da Pe-drulha, em segundo, e do CCRD Burinhosa, em terceiro.

Como habitualmente, foram ainda distinguidos os atletas a nível individual, bem como o primeiro bombeiro a passar a meta da corrida, neste caso Paulo Figueira, e ainda o atleta

mais velho em prova, Manuel Rodrigues Manso, (72 anos), o atleta mais novo, André Daniel Costa.

À semelhança das edições anteriores, esta foi “uma gran-de festa” e uma “clara de-monstração de apoio da popu-lação aos Bombeiros de Canta-nhede”.

Para a edição de 2019, pre-vista para “o terceiro ou quarto fim de semana de junho”, o ob-jetivo é “triplicar o número de inscritos na Caminhada, de modo a ultrapassar a fasquia dos mil participantes”.

CANTANHEDE

Quase quatro centenas em ação solidária

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste comemorou o seu 124.º

aniversário no passado dia 28 de julho.A sessão solene foi presidida pelo

presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Frederico Rosa, contando com as presenças, na mesa de honra, do secretário da mesa dos congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino Gomes, do co-mandante operacional distrital de Se-túbal, Elísio Oliveira, do presidente da direção da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, João Ludovico, do presidente da mesa da assembleia geral da Associação, comandante do Quadro de Honra e Fénix de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Aníbal dos Reis Luís, do presidente da direção, Eduardo Correia e do comandante do corpo de bombei-ros, Acácio Coelho.

Durante a sessão solene procedeu--se à entrega de diplomas de reconhe-cimento – serviço operacional, relati-vos ao ano de 2017, aos bombeiros com o maior número de horas de for-mação/instrução (grau ouro: bombeiro de 1.ª Daniel Batista, 394 horas; grau prata: bombeiro de 2.ª Miguel Mendes, 387 horas; grau bronze: bombeira de 2.ª Sara Mestre, 384 horas) e de pi-quete/prevenção (grau ouro: bombei-

ro de 3.ª Daniel Cardoso, 2014 horas; grau prata: bombeira de 3.ª Joana Va-rela, 1.946 horas; grau bronze: chefe António Dionísio, 1795 horas).

No decurso da cerimónia, foram condecorados 20 bombeiros com as medalhas de assiduidade e dedicação da Associação e da LBP, por cinco anos, grau cobre, LBP, o comandante Acácio Coelho, a bombeira de 3.ª Pa-trícia Alves, o bombeiro de 3.ª Fernan-do Santos, o bombeiro de 3.ª André Veiga e a bombeira de 3.ª Rita Palma. A medalha de cinco anos da Associa-ção foi entregue ao chefe Pedro Ferrei-ra e ao bombeiro de 2.ª Eusínio San-tos.

Seguiu-se a medalha de assiduida-de, 10 anos, prata, da LBP, entregue ao bombeiro de 2.ª Ricardo Pimenta e à bombeira de 2.ª Vanessa Costa, e a de 15 anos (LBP), ao bombeiro de 1.ª Tiago Duarte, à bombeira de 2.ª Filipa Ferreira, ao bombeiro de 2.ª Hugo Ro-drigues, à bombeira de 2.ª Cláudia Abreu, ao bombeiro de 3.ª João Silva e à bombeira de 3.ª Isabel Neto, e a de 15 anos (associação), ao subchefe Raul Boleto.

A medalha de assiduidade 20 anos da LBP foi atribuída à bombeira de 1.ª Ana Domingos e a de dedicação, grau ouro, 25 anos, ao subchefe António Palma, ao bombeiro de 2.ª António

Carvalho e ao bombeiro de 3.ª QH José Maria Marques

O Bombeiro de 2.ª Paulo Rodrigues foi agraciado pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro, pe-los seus 35 anos de abnegada dedica-ção à causa dos bombeiros.

Ainda no decurso da cerimónia fo-ram promovidos à categoria de bom-beiro de 2.ª, Fernando Santos, João Silva, Micaela Figueiredo, Mário Pólvo-ra e Jorge Costa.

Na ocasião, foi ainda inaugurada uma ambulância de transporte múlti-plo (ABTM), à qual foi atribuído o nome do colaborador administrativo com mais tempo ao serviço da associação, Joaquim Mendes dos Santos, tendo-se na justificação apresentada para a jus-ta homenagem referido ser a “pessoa em quem cegamente se confia a chave do cofre”, numa alusão à absoluta ho-nestidade, dedicação e elevado zelo com que tem exercido a sua função na secretaria da direção.

Na sua alocução, o presidente da di-reção fez uma referência ao protocolo de constituição do Posto de Reserva (PR) no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) assina-do com o Instituto Nacional de Emer-gência Médica (INEM) há 10 anos atrás, estando neste momento em causa a sua continuidade se se provar

que a estratégia seguida ao longo dos anos com vista à evolução para Posto de Emergência Médica (PEM) afinal es-teve errada, porquanto a Associação tem investido fortemente em Ambu-lâncias de Emergência a expensas pró-prias, bem assim como na qualificação de 40 bombeiros com o curso de Tripu-lante de Ambulância de Socorro (TAS), prestando um serviço (3500 emergên-cias pré-hospitalares por ano, com cer-ca de 30 por cento para fora do conce-lho do Barreiro) que apresenta um de-ficit da ordem dos 80 mil euros/ano, sem que o INEM se mostre sensível à questão, na medida em que o rácio “ambulância INEM por número de ha-bitantes” do município do Barreiro é neste momento o pior do distrito de Setúbal e mesmo o pior do país. Con-cluiu que se esse for o caminho a se-guir, então o Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste ficará liberto do espartilho de um Protocolo que provou não servir o Barreiro, nem os barreirenses, ca-bendo ao INEM a total responsabilida-de sobre esta situação.

Pelo Barreiro e pelos barreirenses, deixou um derradeiro apelo ao Presi-dente da Câmara Municipal para que se junte nesta batalha, tendo esse compromisso sido assumido na inter-venção do autarca e responsável máxi-mo pela proteção civil municipal.

BARREIRO SUL E SUESTE

Bombeiros comemoram 124.º aniversário

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23JULHO 2018

As comemorações do 88.º aniversário da Associação

Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Freamunde ficaram marcadas com a tomada de posse do novo segundo coman-dante, Nuno Brito, a promoção de 29 estagiários a bombeiros de 3.ª, promoções e atribuição de condecorações.

Ficou ainda feita a promessa, da direção e do comando, que até final do ano todos os ele-mentos do quadro ativo terão novos equipamentos de prote-ção individual para incêndios urbanos.

O novo segundo comandan-te, após a assinatura do auto de posse considerou que “é um dia especial embora as minhas fun-ções nos últimos dois anos fo-ram de apoio direto ao novo co-mando, confesso que não vou sentir muita diferença, já tive no comando, já fui adjunto do comando, tive uma comissão de cinco anos, sei que a responsa-bilidade é acrescida, mas o tra-balho será o mesmo, é apenas a continuidade do trabalho que tenho vindo a fazer”, adiantou.

Nuno Brito, que é licenciado em Proteção Civil, pós-gradua-do em Segurança contra Incên-dios em Edifícios e formador de salvamento e desencarcera-

mento pela Escola Nacional de Bombeiros, destacou também que o facto de conhecer como ninguém o quartel, de ter nasci-do nos bombeiros, uma vez que os seus pais eram quarteleiros da associação.

Nuno Brito tem um currículo de formação digno de desta-que, é tripulante de ambulância de socorro (TAS) e é chefe da Equipa de Primeira Intervenção (EIP)

O comandante dos Bombei-ros Voluntários de Freamunde, José Domingos, realçou as qua-lidades técnicas e pessoais do novo segundo comandante, que considerou ser uma mais-valia para o corpo ativo.

Depois de valorizar o corpo ativo de que dispõem, o coman-dante José Domingos referiu-se também aos meios de socorro ao dispor, considerando que a corporação está bem equipada, dispõe de mais de 20 viaturas de combate a incêndios e viatu-ras de saúde, admitindo, no en-tanto, haver necessidade de ir renovando algumas das viatu-ras.

Quanto aos recursos huma-nos, o comandante dos Bom-beiros de Freamunde destacou que com a admissão dos 29 bombeiros, a corporação ficou

com 100 elementos no quadro ativo e de momento dispõe de três equipas de intervenção permanente num total de 15 elementos.

Os novos 29 bombeiros, 20 são mulheres, são: Alexandra Coutinho, Joana Alves, Joa-quim Pinto, Cassandra Costa, Cátia Pacheco, Cidália Matos, Carla Barbosa, Nuno Couto, Fi-lipa Pinto, Vera Martins, Danie-la Gomes, Ana Luisa Soares, Ruben Silva, Madalena Barbo-sa, Eduarda Dias, Helena Go-mes, Tânia Torres, José Fran-cisco Silva, Carlos Gonçalves, Alfredo Silva, Beatriz Alves, Diana Carneiro, Inês Costa, Bruno Carneiro, Jacinta Costa, João Pedro Gomes, Sofia Bes-sa, Pedro Martins e Adriana Pinto.

Foram ainda promovidos dois elementos a subchefe, três a bombeiros de 1.ª e 12 a bom-beiros de 2.ª.

O presidente da assembleia--geral da associação, José Ma-ria Moura, abriu a sessão sole-ne e, na oportunidade, o presi-dente da direção, José Carlos Costas, recordou os fundadores e os muitos intervenientes que deram corpo e expressão à ins-tituição desde as suas origens, o trabalho dos bombeiros e

bombeiras que ao longo da sua existência contribuíram para fazer desta coletividade uma referência no socorro e na pro-teção às pessoas e à salvaguar-da dos seus bens.

Aquele dirigente afirmou que, no entanto, “o poder cen-tral tem nos bombeiros a sua muleta de salvação e raramen-te os reconhece” como compro-va a falta de apoio concedido.

“As direções passam por mo-mentos financeiros algo cons-trangedores e nem sempre têm o apoio necessário para dar res-posta aos pedidos de socorro e muito menos as condições para os seus efetivos. Temos, pois, de recorrer ao tecido empresa-rial e à população em geral. Quero agradecer a todas as em-presas que nos têm apoiado e em especial às que nos estão a ajudar a angariar verbas para a aquisição dos novos fatos equi-pas de intervenção permanen-te”, concretizou José Costa, agradecendo o apoio das juntas de freguesia da área de inter-venção dos Bombeiros de Frea-munde e da Câmara Municipal de Paços de Ferreira pelo apoio que têm prestado à corporação.

O presidente da junta de Freguesia de Freamunde, José Luís Monteiro, enalteceu o tra-

balho realizado pela associa-ção, corpos sociais e soldados da paz e assumiu que na quali-dade de autarca irá acompa-nhar mais de perto o trabalho da coletividade.

O comandante Hugo Milhões, dirigente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, ressalvou o trabalho dos diri-gentes das associações huma-nitárias num tempo marcado pela falta de apoio dos poderes públicos e referiu “as incerte-zas e limitações provocadas pela inação dos poderes públi-cos e consequentes limitações que impõem ao maior agente de proteção civil, os bombei-ros, que obrigam estes direto-res, bombeiros sem farda, a serem autênticos heróis do de-senrasca para que nada falte aos seus bombeiros no desem-penho da sua missão”.

O vice-presidente do conse-lho jurisdicional da Liga dos Bombeiros Portugueses, João Pedro Frazão, também, presi-dente da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Fafe (AHBVF), afinou pelo mesmo diapasão no que toca às dificuldades que afetam as associações de bombeiros de uma forma geral, adiantando que “vivemos tempos compli-

cados naquilo que são os apoios às associações humani-tárias, todos nós dirigentes e bombeiros sentimos na pele a falta de apoio nomeadamente do Governo central” e lembrou que” as câmaras ainda são os órgãos regionais que vão dan-do um forte apoio às associa-ções humanitárias”.

O vice-presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Paulo Sérgio Barbosa, elogiou o tra-balho da corporação de Frea-munde, dos seus órgãos so-ciais, corpo ativo e bombeiros em prol da comunidade.

O vice-presidente reiterou, também, que a autarquia vai continuar a apoiar as duas cor-porações dos bombeiros, admi-tindo que o apoio dado, sendo fundamental, ainda é insufi-ciente.

“Temos um orçamento limi-tado, Não devemos nada a ne-nhuma corporação de bombei-ros, mas reconhecemos que aquilo que damos ainda é pou-co. Garantimos as equipas de intervenção permanente nas duas corporações e vamos con-tinuar a apoiá-las no cumpri-mento das suas missões e da-quilo que são os seus objeti-vos”, considerou o autarca.

BP com o jornal “Verdadeiro

FREAMUNDE

Segundo comandante toma posse

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24 JULHO 2018

O estandarte da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, Pe-

nafiel, foi distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) com o crachá de ouro, quando a instituição comemora o seu 80.º aniversário.

O programa comemorativo ficou assinalado com a inauguração de duas novas viaturas, a atri-buição de medalhas, mas também com a reivindi-cação de mais meios e verbas para o desempenho da missão de socorro.

Neste caso, o presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, acompanhou as preocupações expressas, quer pelo presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, professor José Miranda, pelo vice-presidente do conselho executivo da LBP, Paulo Braga, e pelo presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Paço de Sousa, Felismino Ma-deira, pelo facto do Governo só investir em meios aéreos e não apoiar os soldados da paz com mais meios e mais verbas.

O programa comemorativo ficou marcado pela bênção de duas novas ambulâncias, uma de so-corro e outra de transporte de doentes. A ambu-lância de socorro foi comparticipada em 20 por cento pela Autarquia e o restante foi suportado pela Associação. Relativamente à segunda viatura foi expresso o reconhecimento à Fundação da em-

presa Japautomotive pelo apoio de 75 por cento dado à sua obtenção, assegurando a Associação o restante.

Seguiram-se as promoções e distinções, e o re-conhecimento às equipas de manobras da corpo-ração pela sua participação em vários concursos quer a nível nacional quer a nível internacional. O bombeiro de 1.ª, Belmiro da Rocha, foi agraciado com a medalha grau ouro.

O presidente da direção dos Bombeiros de Paço de Sousa, Felismino Madeira defendeu que o atual sistema e modelo faliram, sublinhando que “este sistema faliu, é preciso alterá-lo, se têm dúvidas que as associações desbaratam o dinheiro, fiscali-ze-se, os bombeiros são auditados, têm que pres-tar contas, somos controlados, não temos medo, não temos é dinheiro, e os bombeiros com a sua

generosidade ajudam as associações a resolver problemas que são muito complicados. Não fora isso e a sociedade civil e já tínhamos fechado a porta e entregado a chave à câmara municipal”

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, José Miranda, defendeu, tam-bém, uma revisão do atual modelo e que é neces-sário avançar para a contratualização. “O poder político fala muito nos bombeiros, agora efetiva-mente nada tem sido colocado à disponibilidade do agente da proteção civil bombeiros para que o socorro às populações melhore. O modelo tem de ser revisto, as tutelas, o poder central e o poder autárquico têm que dizer o que é que querem e chegarem-se à frente”.

O vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, Marco Braga, manifestou idêntica preocu-

pação, relativa ao facto de haver dinheiro para tudo menos para os bombeiros e que estes sejam simultaneamente tidos como o pilar e ao mesmo tempo o parente pobre da proteção civil.

O comandante dos Bombeiros de Paço de Sou-sa, Adelino Correia, relevou a missão do bombei-ro, a importância do voluntariado, o papel dos fundadores da Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Paço de Sousa assim como o legado que deixaram.

“A associação comemora 80 anos de serviço, com garbo, saber estar, com humildade, mas sempre com espírito de sacrifício e missão”, des-tacou, elogiando as relações salutares que existe entre o corpo de comando e a direção e demais órgãos sociais.

BP com “Verdadeiro Olhar”

PAÇO DE SOUSA

Reclamados mais meios e verbas

A tomada de posse dos novos elementos de comando e a

receção de sete novos bombei-ros de 3.º constituíram momen-tos importantes das comemora-ções do 84.º aniversário da As-sociação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa.

Coube ao presidente da as-sembleia geral, Sotero Mouti-nho Ferreira, empossar o co-mandante Rafael Fonseca Al-meida e, também, Nuno Lima Figueirinha (2.º comandante) e António Fernando Almeida Ne-vado (adjunto), a quem deixou votos de “bom trabalho em prol dos bombeiros e da proteção e do socorro das gentes do con-celho”.

Em dia de festa, o presidente da direção, António Pimentel

Lourenço, foi agraciado com o Crachá de Ouro, uma das mais importantes distinções honorífi-cas da Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP). Foram ainda agraciados os antigos dirigen-tes da instituição Manuel Joa-quim Pires Daniel; António Au-gusto Ferreira Sebadelhe; Sote-ro Francisco Mariano Ribeiro (a título póstumo); Carlos José Brito Moura; e ainda Amílcar Fernandes Chéu, comandante e fundador da banda musical e da fanfarra) e António Joaquim Lourenço, bombeiro, dirigente e dinamizador da secção dos des-portos motorizados, todos figu-ras incontornáveis que “com dedicação e trabalho e pela prá-tica de atos e serviços relevan-tes à causa dos Bombeiros Por-tugueses, contribuíram para o

engrandecimento e prestígio” da octogenária associação. Du-rante a sessão solene foi, tam-bém, entregue o galardão “Bombeiro do ano de 2017” ao subchefe Carlos Soares.

O programa incluiu ainda a tradicional romagem ao cemité-rio em homenagem aos bom-beiros e dirigentes falecidos, a missa celebrada na igreja ma-triz bem como a bênção e inau-

guração de uma nova viatura de transporte de doentes (VDTD), recentemente, adquiri-da pela instituição.

Nas várias alocuções foi sa-lientado o início da atividade da Equipa de Intervenção Perma-nente (EIP), como importante reforço para o corpo de bombei-ros e aplaudida a presença de cerca de 30 formandos de pal-mo e meio da escolinha do bombeiro, que hoje apreendem “valores de cidadania, huma-nismo e solidariedade”, mas que, no futuro, se espera pos-sam assegurar o reforço e reno-vação do corpo de bombeiros, essa é pelo menos a expetativa de dirigentes e responsáveis operacionais que se comprome-tem a incentivar e dar continui-dade ao projeto.

Associaram-se às comemora-ções, entre outras individualida-des Paulo Amaral, presidente da Federação dos Bombeiros do dis-trito da Guarda e secretário da assembleia geral da LBP; Antó-nio Fonseca, comandante opera-cional distrital (CODIS) da Guar-da; João Paulo Sousa, vice-presi-dente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, e ainda o comandante do Posto da Guarda Nacional Republicana (GNR); os diretores do centro de saúde e do agrupamento de escolas, o vice--provedor da Santa Casa da Mi-sericórdia, bem como vereado-res, os presidentes das juntas de freguesia de Foz Côa e de Muxa-gata, dirigentes e elementos do comando das congéneres de Meda, Moncorvo, Figueira de Castelo Rodrigo e do Sabugal.

VILA NOVA DE FOZ CÔA

Associação assinala 84 anos de existência

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25JULHO 2018

A colocação da primeira pedra do futuro centro de prepa-

ração física, a inauguração e bênção de duas ambulâncias de transporte de doentes não ur-gentes e a entrega de três cra-chás de ouro constituíram os momentos maiores das cele-brações do 97.º aniversario da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bar-celinhos que decorreram sob a égide “Rumo ao Centenário”.

Na sessão solene presidida pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves foram agraciados com o Crachá de Ouro pela Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) o secre-tário relator da associação, An-tónio Afonso Dinis Alves Torres; o presidente do conselho con-sultivo, juiz conselheiro Francis-co António Vasconcelos Pimenta do Vale e o dirigente José Maria Sousa Faria.

Perante vasta plateia, o pre-sidente LBP, comandante Jaime Marta Soares, reconheceu o

trabalho desta instituição e su-blinhou os bons serviços pres-tados pelos bombeiros ao con-celho de Barcelos, ao distrito de Braga e ao País. O responsável da confederação reconheceu, depois, que o quartel dos Vo-luntários de Barcelinhos se apresenta como “uma das me-lhores estruturas de proteção civil existentes no País. Refira--se que, apesar da considerável dimensão e das condições de excelência, este complexo ope-racional, inaugurado em 2016, não estará ainda concluído. Em breve, albergará um centro de preparação física, contudo o iní-cio da terceira fase da obra é uma assumida aspiração da di-reção, como aliás sublinhou o presidente José Arlindo Costa, considerando que a “construção do novo hangar para albergar as restantes ambulâncias e que se torna num espaço multifun-cional assim como o heliporto, são importantes e imprescindí-

veis para o bom desempenho dos bombeiros voluntários”.

Sempre atento às necessida-des das associações humanitá-rias e corpos de bombeiros, Jai-me Marta Soares aproveitou a presença de um governante na sessão para relembrar algumas das reivindicações do setor, dei-xando claro que não teme “en-durecer o discurso”, sempre que sejam desconsideradas ou

desvalorizadas as mais que jus-tas exigências dos bombeiros. Jaime Marta Soares deixou ain-da um recado à autarquia para que agilize a empreitada de construção da prometida liga-ção à parte sul do concelho, permitindo, assim, que os ‘sol-dados da paz’ cheguem “de for-ma mais eficaz ao destino”.

Em jeito de esclarecimento a Jaime Marta Soares, o edil de

Barcelos, Miguel Costa Gomes, explicou que esta questão ainda não está resolvida, “por razões de propriedade”.

O comandante do corpo de bombeiros, José Beleza, desta-cou a “modernidade do novo quartel” e não escondeu satis-fação e orgulho pelo “inicio de mais uma obra: o Centro de Preparação Física, um espaço moderno para os Bombeiros

que vai permitir melhorar, cer-tamente, o seu desempenho”. Este novo equipamento, que re-sulta num investimento de cer-ca de 250 mil euros, deverá es-tra concluído dentro de um ano. Na sua alocução o responsável operacional frisou, ainda, que os objetivos traçados pela dire-ção e comando até à celebração do centenário continuam as ser cumpridos tanto “do ponto de vista da operacionalidade como do socorro”.

José Artur Neves não deixou de destacar a vitalidade da cor-poração barcelinense, plasma-da no “projeto, na ambição, num corpo ativo notável e numa história fantástica de diri-gentes que ao longo de 97 anos fizeram crescer esta institui-ção”. Sem assumir compromis-sos ou ceder a promessas, ga-rantiu, no entanto, que estará atento ao trabalho da institui-ção e “naquilo que for possível” estará “naturalmente” disponí-vel para “ajudar”.

BARCELINHOS

Dinamismo marca percurso “Rumo ao centenário”

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Lamego assi-

nalou a 22 de julho 141.º aniversário, com um diversificado programa festivo do qual se destaca a receção a mais de uma dezena de novos operacionais, a distinção de vários elementos do corpo ativo e a inauguração e bênção de duas novas viaturas.

As comemorações contemplaram, ainda, o desfile apeado e motorizado, a romagem de saudade aos cemitérios da Cruz Alta e Santa Cruz em homena-gem aos bombeiros e dirigentes faleci-dos e a sessão solene que reuniu, en-tre outras entidades, o secretário de Estado da Agricultura, Florestas e De-senvolvimento Rural, Miguel João de Freitas; o presidente da Câmara Muni-cipal de Lamego, Ângelo Mendes Mou-ra; o vice-presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), Marco Bra-

ga; o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, José Amaro e comandante operacional dis-trital (CODIS), Miguel Ângelo que tive-ram como anfitriões Hélder Santos, presidente da direção da centenária instituição e o comandante dos Volun-tários de Lamego, João Nuno Carvalho.

Uma expressiva plateia deu as boas vindas a 11 novos bombeiros de 3.ª. Este importante reforço operacional in-tegra Ana Sofia Capela Sousa, Regina Maria Pinto Magalhães, Júlio Cesar Cardoso Fernandes, Ana Beatriz Pinto Carneiro, Luís Miguel Firmino Correia, José António Figueiredo Canastra, Lau-ra Gonçalves Silva, Ana Elisabete Osó-rio Pereira, Telmo José Rodrigues Ma-chado, Fernando Alexandre Rodrigues Lourenço e Daniel Alexandre Duarte Rijo.

Em dia de festa, reunião e união

desta enorme família foram ainda agraciados com medalha de Dedicação (20 anos) os subchefes João Branqui-nha e Manuel Pereira. Receberam, ain-da, a medalha de Assiduidade grau Prata (10 anos) o bombeiro de 1.ª Luís Manuel de Oliveira Silva e o bombeiro de 2.ª Fernando João Duarte Xavier.

O capelão, Monsenhor José Guedes, presidiu à cerimónia de bênção de uma ambulância de transporte de doentes e um Veiculo de Comando Operacional (VCOT), importantes meios para “fazer face às necessidades do corpo de bom-beiros” na resposta às populações. Re-fira-se que a direção desta associação deliberou, por unanimidade, conceder o título de padrinho da nova ambulân-cia à Farmácia Santos Monteiro, repre-sentada na sessão por António Luís Amaral Araújo o responsável pela “em-presa que de forma regular tem ajuda-

do os voluntários de Lamego. A viatura de comando, oferecida pela Redes Energéticas Nacionais (REN), foi apa-drinhada por Ricardo Branquinho.

Como não poderia deixar de aconte-

cer, as comemorações fecharam à mesa, até porque a associação presen-teou os convivas “com o famoso ran-cho à bombeiro, que já é uma tradição da casa em dias de festa”.

LAMEGO

Voluntários comemoram 141 anos de bons serviços

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26 JULHO 2018

Não sou apologista em andarde mão estendida de porta em porta.Isto não pode ser assim, não pode funcionar desta forma.

Joaquim Damião Carneiro, presidenteda direção da Associação Humanitáriade Bombeiros Voluntários de Crestuma

palavra de PRESIDENTE A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Crestuma

ganhou estatuto e nome próprios e colocou-se ao serviço da comunidade em 1995. Contudo a história da insti-tuição começa a ser contada em 1987, com a criação de uma seção destacada dos Voluntários de Avintes.

Volvidos 23 anos da conquista da autonomia, este corpo de bombeiros da vila de Crestuma conta com cerca de 30 elementos garante o socorro a mais de 18 mil pessoas numa área de atuação correspondente à União de Freguesias de San-dim, Olival, Lever e Crestuma, sendo que Sen-dim e Olival são partilhadas com os Bombeiros dos Carvalhos.

Registe-se que no concelho de Vila Nova de Gaia, onde operam outros seis corpos de bombeiros voluntários e um batalhão de sapa-dores que servem, no total mais de 302 mil habitantes.

Cartão de visita

O presidente da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntá-

rios de Crestuma, Joaquim Da-mião Carneiro, recorda os avanços e recuos de um proces-so que decidiu (re)assumir em 2004, quando, anos depois de ter integrado, em 1995, a equi-pa dos pioneiros, se sentiu na obrigação de regressar para “por ordem” numa casa que, a vários os níveis, se apresentava desorganizada. A obra do quar-tel deixou a instituição financei-ramente muito fragilizada, re-vela o dirigente dando conta de processo complexo em que va-leram o trabalho e a entrega e algum arrojo para fechar um ci-clo penoso.

“Importa não dar passos maiores que as pernas, fazer investimentos calculados” de-fende o dirigente explicando,

assim, a estratégia usada para catapultar a instituição para o futuro.

Os trabalhos estiveram para-dos um ano a obra foi vandali-zada, e pilhada. Valeram. As instalações foram inauguradas em 2010.

Ainda que o caminho seja para frente e que adiante pouco olhar para passado, Joaquim Carneiro lamenta que as insta-lações inauguradas em 2010, não disponham de uma área associativa que, aliás, estava consagrada no projeto, que continua assim por concluir. A complexo não dispõe de um sa-lão nobre, nem de áreas que possam aproximar a comunida-de dos seus bombeiros. Ainda assim o presidente considera que esta construção parcelada foi a solução encontrada para travar um “processo que pode-

ria hipotecar o futuro da asso-ciação”.

Os tempos são de mudança neste quartel do concelho de Vila Nova de Gaia, onde o co-mando se faz no feminino. Pa-trícia Gomes assumiu a estrutu-ra operacional há pouco mais de um ano e, ainda em fase, de estabilização do grupo, mostra--se otimista com um projeto que abraçou de forma discreta, mas com enorme de determina-ção, embora não esconda difi-culdades, garantindo que ser mulher num meio onde os ho-mens ainda estão em maioria é complicado, “mais ainda numa

posição de liderança”. Ainda as-sim, minimiza os olhares des-confiados e as críticas mais ou menos veladas, defendendo que elas não são melhores nem piores que eles, são apenas di-ferentes.

“Mulher é mulher, somos, mais compreensivas. Se o estilo de liderança é diferente? Sim, talvez, mas afetivo… o trabalho com os homens é mais compli-cado.”, considera.

A comandante conta, atual-mente, com um efetivo cerca de três dezenas de elementos, mas prepara-se para, em bre-ve, receber um importante re-forço, que, se tudo correr den-tro da previsível normalidade, permitirá colocar mais 20 ope-racionais ao serviço das popula-ções e aumentar os níveis de prontidão e eficácia que consti-tui um dos compromissos assu-midos por Patrícia Gomes.

Também por aqui é sentida a falta de voluntários para a cau-sa, por isso mesmo a coman-dante mostra-se empenhada em avançar com ações de sen-sibilização junto da comunidade escolar com intuito de dar a co-nhecer a atividade dos bombei-ros e a importância da missão que desempenham.

“Só temos uma escola secun-dária na área, mas o trabalho nas escolas de primeiro ciclo tem de ser intensificado este ano”, defende.

“O número de profissionais que cada associação pode ou não colocar ao serviço das po-pulações faz toda a diferença” advoga Joaquim Carneiro consi-derando assim que a dimensão de corpo de bombeiros é deter-minada pela disponibilidade fi-nanceira das instituições e não por um maior ou menor apego à causa de uma ou de outra re-gião. Pragmático defende que “nos dias de hoje ninguém quer trabalhar de borla” e isso cons-titui o “grande problema destas associações que assentam no voluntariado”. Crítico, vai mais longe, e assegurar que é já “prática comum o pagamento

CRESTUMA

Conclusão do quartel “não sendoDurante anos o quartel constituiu uma

preocupação maior, hoje, apesar do projeto não estar totalmente concluído, a aguardar a almejada área associativa, os Voluntários

de Crestuma dispõem de melhores condições de trabalho.

Sopram ventos de mudança nesta instituição, que com passos seguros tenta

trilhar o caminho de futuro e ainda que este não sejam um desafio fácil direção e

comando unem-se no desígnio maior de servir mais e melhor os cerca

de 18 mil habitantes desta freguesiade Vila Nova de Gaia.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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27JULHO 2018

A comemoração do 75.º aniversário da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários

da Golegã foi a oportunidade escolhida para ho-menagear o chefe Carlos Alberto Vicente Lopes por 44 anos dedicados à causa dos bombeiros e para distinguir a instituição com a colocação no seu estandarte, da medalha de proteção e socor-ro, grau prata e distintivo, azul do Ministério da Administração Interna e do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

A homenagem ao chefe Carlos Lopes, com a atribuição da medalha de serviços distintos da LBP, ocorreu no momento da sua passagem ao quadro de honra e na passagem de 44 anos de dedicação aos bombeiros, onde ingressou em 1974.

Desde 1990, ano da sua promoção a chefe, dedicou-se à formação interna de bombeiros e também de outros corpos de bombeiros.

Em 2003, foi exonerado a seu pedido “em face de irregularidades legais da estrutura de coman-do com que em consciência não podia compac-tuar”, refere a proposta de atribuição da meda-lha, adiantando que “posteriormente a estrutura de comando na altura foi condenada a reintegrar

o chefe Carlos Lopes e nunca o fez, negligencian-do as ordens superiormente emanadas e prejudi-cando um bombeiro cuja dedicação à causa é in-questionável”.

Na cerimónia foi ainda evidenciada a dedicação de Lurdes Estorninho funcionária da instituição há 35 anos.

Foi promovido a bombeiro de 3.ª o estagiário Tiago André Lopes Pereira e foram distinguidos com medalhas de assiduidade e dedicação da LBP vários bombeiros.

Com a medalha de 25 anos da LBP foram dis-tinguidos, o chefe Carlos Lopes, o subchefe Pedro Matias e o bombeiro de 2.ª Arménio Romão.

Seguiu-se a atribuição de medalhas, de 20 anos, ao adjunto Luis Pratas, ao subchefe Antoni-no Carlos Correia, a António Pratas e ao bombeiro de 1.ª António Manuel Vieira, de 15 anos, aos bombeiros, Jorge Jesus e João Paulo Marques (2ª), e de 3.ª, Sérgio Cruz e Paulo Garcia, de 10 anos, ao subchefe Hugo Esteves e aos bombeiros de 2.ª, José Augusto Rodrigues, Carlos Gomes, Tito Silva e Sérgio Madeira, e de cinco anos, ao bombeiro de 2.ª Flávio Braz, e aos de 3.ª, Stella Carvalho, Carla Pinto, João Gouveia, Elisabete Sequeira, Bruno Rodrigues, Tiago Pratas, Patrícia Ramos, Pedro Romão e Carla Bargão.

No final da sessão solene decorreu a inaugura-

ção de duas viaturas, um VCOT oferecido pela EDP e uma ambulância de socorro do INEM obti-da no âmbito do posto de emergência médica (PEM) existente na instituição.

As cerimónias contaram com as presenças, do vice-presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Pires Cardoso, do diretor nacional de bom-beiros da ANPC, Pedro Lopes, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do comandante distrital de Santarém da ANPC, Mário Silvestre, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral da instituição, António Contente, pelo presidente da direção, Au-gusto Gonzaga, pelo comandante António Louro, e restantes órgãos sociais e comando.

GOLEGÃ

Homenagem ao chefe Carlos Lopes

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Mulher é mulher, somos,mais compreensivas. Se o estilode liderança é diferente? Sim, talvez,mas afetivo… o trabalho com os homens é mais complicado.

Patrícia Gomes, comandantedo corpo de Bombeiros Voluntários

de Crestuma

voz de COMANDOdos piquetes”, situação que não se verifica em Crestuma, até porque a instituição não pode-ria suportar esse encargo. Nes-te momento a associação em-prega uma dezena de pessoas “nas áreas operacional e admi-nistrativa” e que constituem uma prioridade para a direção, pois conforme sublinha o diri-gente:

“Por uma questão da mais elementar justiça, não pode-mos exigir tanto as estas mu-lheres e homens e pagar mal eles passam aqui muito tempo, e no caso dos bombeiros, ainda fazem piquetes todas as sema-nas”.

São poucos os apoios exter-nos, até porque por aqui os di-rigentes recusam “andar de mão estendida de porta em porta, isto não pode ser assim, não pode funcionar desta for-ma”. Joaquim Carneiro e Patrí-cia Gomes defendem a uma só voz parcerias que visem a troca de serviços e nesse sentido de-fendem, como prioritária, a aposta numa maior e mais es-treita colaboração com empre-sas locais.

“Os bombeiros podem de fac-to colaborar com as empresas, por exemplo ao nível dos planos de emergência ou na formação dos funcionários, porque impor-ta assegurar contrapartidas que

beneficiem todas as partes en-volvidas”, acentua Joaquim Carneiro.

“Nós aqui não somos desti-tuídos de ideias, também as te-mos, contudo, faltam recursos para as colocar prática”, ironiza o presidente, deixando que cla-ro que sobram projetos a esta equipa, que recusa a estagna-ção.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia assegura, uma verba fixa a todas os seis cor-pos de bombeiros voluntários do concelho que é reforçada consoante o número de servi-ços prestados, uma estratégia que o presidente na direção não contesta, considerando mesmo que esta é uma “parceria fun-damental”

A junta de freguesia “já apoiou mais, mas com a agre-

gação imposta pela Lei do Mapa ficou claro que Crestuma sendo a mais pequena das quatro aca-bou por ser prejudicada nos apoios, nomeadamente aos bombeiros.

Sem dar conta de grandes necessidades a comandante re-conhece, contudo, algumas la-cunas, designadamente “uma ambulância de socorro, e uma outra de transporte de doen-tes”. Consciente do “enorme es-forço da direção para responder às solicitações do corpo de bombeiros”, a comandante adia “para o próximo ano” a aquisi-ção do almejado veiculo ligeiro de combate a incêndios “um so-nho antigo, do atual e anterio-res comandos”

Sobre projetos de futuro, com ambição refreada, o presi-dente revela que a conclusão da

uma obsessão é uma necessidade”

obra “não sendo uma obsessão é uma necessidade”.

“Para terminar a obra e dotar a sede com uma área social im-plica um investimento mínimo de 500 mil euros”, assinala para depois defender que não só fre-guesia ficaria a ganhar “com um equipamento muito digno”, como os bombeiros passariam a dispor de “melhorares as con-dições, que incluem salas de formação, áreas de refeição e convívio.”

Tudo a seu tempo e depois da “casa arrumada”, haverá certa-mente oportunidade para re-

pensar o plano de ação e rede-finir estratégias que permitam

dar continuidade ao projeto en-cetado em 1995.

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28 JULHO 2018

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Belas comemorou o seu 93º aniversário e incluiu no progra-ma, a tomada de posse do novo comandante, a inauguração de novas viaturas, a promoção de oito elementos a bombeiros de 3.ª, a assinatura de um proto-colo com a Câmara Municipal de Sintra e a atribuição da sua me-dalha de serviços distintos, grau ouro, ao presidente da as-sembleia geral, Ruy Villas Boas, nos órgãos sociais há 46 anos.

O novo comandante é Álvaro Fernandes Melo, bombeiro há muitos anos, oficial bombeiro e dinamizador de diversas ativi-dades, nomeadamente, confor-me foi também lembrado, da recuperação do salão nobre onde decorreu a sessão solene. Essa obra, em que os bombei-ros estiveram muito envolvidos, contou com outros apoio, no-meadamente, de Humberto Carreira homenageado durante a mesma sessão.

Foram inauguradas cinco no-vas viaturas, duas de combate a incêndios e três ambulâncias de socorro. O veículo tanque (VTTF) foi adquirido com o apoio do POSEUR e a comparti-cipação da Câmara Municipal de Sintra (CMS) e o veículo flores-tal (VFCI) mereceu o apoio in-tegral da Câmara, dos Parques de Sintra-Monte da Lua e da Cultur Sintra.

Das três ambulâncias, uma foi facultada pelo INEM, no âmbito do Posto de Emergên-cia Médica (PEM) protocolado com a Associação, outra foi oferecida pela Câmara Munici-pal de Sintra e a restantes ob-tida com as receitas angaria-das pela comissão de festas da associação com apoios locais e da empresa Vesauto e inaugu-rada pelo representante desta empresa e pelo subchefe Luis Santos.

Os novos bombeiros de 3.ª são: Patrícia Reigones, Rúben Coelho, Carlos Reigones, Tatia-na Patrício, Bruno Coelho, Ma-riana Fragoso, Ana Guedes e Rute Melo. Esta última teve como padrinho o seu pai, o re-cém-empossado comandante Álvaro Melo, a quem coube co-locar-lhe as novas divisas.

Ainda na sessão solene pro-cedeu-se à assinatura do proto-colo entre a CMS e a Associa-ção, rubricado pelos respetivos

presidentes, Basílio Horta e co-mandante António Gualdino. O protocolo viabiliza o apoio mu-nicipal a uma primeira obra de ampliação do atual quartel com 50 mil euros. A obra, que no conjunto vai implicar um inves-timento de 140 mil euros, des-tina-se a criar novas áreas ope-racionais ou a reabilitar e am-pliar as já existentes.

Tem do estado prevista uma segunda fase de obra calculada em 590 mil euros que foi candi-data aos fundos comunitários POSEUR, entretanto aprovada mas que apenas previa um apoio de 50 por cento. Face a essa diminuta percentagem de

apoio a Associação decidiu sus-pendê-la. Entretanto, o PO-SEUR estará na disposição de rever os critérios de aprovação da candidatura e poderá estar disponível para rever o montan-te do apoio. Caso isso se confir-me, a Associação admite poder retomar a intenção de executar essa segunda fase, sendo certo que, para ambas as fases vai sempre contar com o apoio an-gariado na comunidade e nas empresas locais.

A sessão solene foi presidida pelo presidente da CMS, Basílio Horta, e contou com as presen-ças, do vereador da Proteção Civil, Domingos Quintas, do vi-

ce-presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses, Rui Rama da Silva, do presidente da Fe-deração de Bombeiros do Dis-trito de Lisboa, comandante An-tónio Carvalho, do comandante operacional distrital da ANPC, André Fernandes, da presidente da União de Freguesias de Be-las e Queluz, do coordenador municipal de proteção civil, co-mandante Pedro Ernesto, do padre António Ramires, acolhi-dos, pelo presidente da assem-bleia-geral, Ruy Villas Boas, pelo presidente da direção, co-mandante António Gualdino, do comandante Álvaro Melo e dos restantes órgãos sociais.

BELAS

Novo comandante e promoções no aniversárioFo

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A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Loures comemorou recentemente o seu 131.º aniversário com empe-

nho. Como referia o convite para a sessão solene, “foram 131 anos de coragem, 131 anos de abnegação e 131 anos de humanidade”.

O programa incluiu o hastear das bandeiras, a guarda de honra ao monumento ao bombeiro, o desfile e a romagem ao cemitério e, por fim, uma singela sessão solene durante a qual se elencaram os desafios que no presente se apresentam aos bombeiros portugue-

ses e, em especial, aos Voluntários de Loures, e se enalteceu tam-bém a postura da Câmara Municipal de Loures para com as asso-ciações de bombeiros do concelho.

Os apoios concedidos pela Autarquia aos bombeiros, claramente identificados como um verdadeiro investimento na sustentabilida-de das associações e na sua resposta em prol das populações. To-dos os oradores enalteceram esse papel da Câmara Municipal e valorizaram ainda o reforço que tem sido feito aos apoios.

A sessão solene contou com as presenças, do adjunto da Câma-ra Municipal de Loures, Paulo Amado, do vereador António Marce-linho, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, e outros autarcas e convidados, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral, Júlio Mestre, pela presidente da direção, Cristina Escórcio, pelo coman-dante Ângelo Simões e restantes órgãos sociais e comando.

LOURES

Coragem, abnegação e humanidade

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29JULHO 2018

O corpo ativo da Associação Humani-tária de Bombeiros Voluntários de

Carcavelos e S. Domingos de Rana conta com mais 11 elementos, cuja promoção decorreu durante a sessão solene comemorativa do 107.º aniver-sário da instituição. Os novos bombei-ros são, especialistas, Paulo Nunes (mergulhador) e Andreia Cordeiro (en-fermeira), e de 3ª, Carlos Nunes, Da-niel Gama, Edmilson Dias, Fábio San-tíssima, Jéssica Barnabé, Márcio Car-valho, Ricardo Ferreira, Rui Miguel Pe-reira e Sandro Alves.

A anteceder a sessão, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, decorreu a

visita às obras de ampliação do quartel em curso.

A iniciar a sessão decorreu a inaugu-ração de uma ambulância de socorro e foi anunciada para breve a apresenta-ção de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), ambos custeados através do Orçamento Participativo (OP) promovido pela Câmara Municipal de Cascais.

Na oportunidade, o comandante Paulo Santos, à semelhança do referi-do pelo presidente da direção António Leitão, salientou a importância do OP para a renovação do parque de viatu-ras de socorro dos bombeiros que im-plicou nos últimos anos, associando

outras fontes de financiamento, um in-vestimento de cerca 750 mil euros.

Esse investimento, a par da reorga-nização do corpo de bombeiros permi-tiu por exemplo duplicar a resposta ao pré-hospitalar aparte o transporte pro-gramado de doentes.

Durante a sessão solene procedeu--se ainda à atribuição de medalhas de assiduidade e dedicação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), da As-sociação e da Câmara Municipal de Cascais (CMC). Assim, com a medalha de dedicação 25 anos da LBP foi distin-guido o subchefe João Nares, e com a de 20 anos, LBP e Associação, a sub-chefe Isabel Candeias e a bombeira de

1.ª Sónia Alric, e por 10 anos, o bom-beiro de 3.ª José António Carvalho.

Seguiu-se a atribuição de medalhas de 5 anos, da CMC, ao comandante Paulo Santos, e da LBP e da CMC, aos bombeiros de 3.ª, João Pedro Pintassil-go, Paulo Monteiro, Paulo Neves, Gui-lherme Moreira, Bruno Cravinho, Rute Monteiro, Maria Helena Pereira, Luis Miguel Botelho, Ivo Costa, Pedro Vare-la e Emanuel Guerreiro.

Na sessão, estiveram também pre-sentes, o vereador Frederico Pinho de Almeida, o vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, o presidente da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, comandante António Carvalho, o

comandante distrital de operações de socorro de Lisboa da ANPC, André Fer-nandes, a coordenadora municipal da proteção civil, Maria do Céu Garcia, o deputado municipal José Carlos Gon-çalves, os presidentes de juntas de freguesia, de Alcabideche, José Filipe Ribeiro, de Parece e Carcavelos, Nuno Alves, e de S. Domingos de Rana, Fer-nanda Gonçalves, acolhidos, pelo vi-ce-presidente da assembleia-geral, Manuel Magalhães, do presidente da direção, António Leitão, do comandan-te Paulo Santos, do segundo coman-dante Pedro Carvalho, e dos restantes membros dos órgãos sociais e do co-mando.

CARCAVELOS

Corpo ativo com mais onzeFo

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A Associação Humanitária do Bombeiros Voluntários de

Serpa comemorou recente-mente o seu 39.º aniversário, em cujo programa incluiu a inauguração de três novas via-turas de socorro.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Serpa, Tomé Pires, esteve presente e, na oportuni-dade, deu conta dos apoios da autarquia à instituição, nomea-damente o montante anual do protocolo de colaboração entre as duas entidades, que “até ao final deste ano, deverá suplan-tar os 100 mil euros”.

Na ocasião foram apresenta-das três novas viaturas, duas ambulâncias e um veículo tan-que tático florestal (VTTF).

O município de Serpa contribuído para a aquisição de duas destas viaturas, para uma ambulância de transporte de doentes com 20 mil euros (cerca de metade do preço final) e para o VTTF com cerca de 34 mil euros.

De acordo com o presidente da direção da Associação Humanitária do Bombeiros Vo-luntários de Serpa, José Luís Pires, trata-se de um “veículo de extrema importância” e que “não existia na corporação”, uma vez

que pode abastecer outras viaturas no curso de um incêndio, evitando a saída das viatu-ras de combate para abastecimento.

A aquisição do VTTF surge na sequência da aprovação de uma candidatura efetuada pela associação ao POSEUR no valor total de 168 900 euros. A comparticipação das ver-bas comunitárias na candidatura foi de 80 por cento, e a Câmara Municipal de Serpa assegurou o restante valor (cerca de 34 mil euros).

SERPA

Apresentação de três novas viaturas

A apresentação pública dos novos elementos de comando – 2.º comandante Rui Gavazzi e o

adjunto Mário Salcedas – constituiu um dos mo-mentos maiores das comemorações do 45.º ani-versário dos Bombeiros Voluntários de Minde.

O comandante Sérgio Henriques capitaliza as-sim um importante apoio para a estrutura, agora reforçada com “dois elementos da casa com mais de 20 anos de experiência”, aos quais não faltam nem conhecimentos, nem total entrega à causa, fatores determinantes para o engrandecimento desta instituição do concelho de Alcanena.

Esta sessão serviu ainda para dar a boas vin-das a dois novos bombeiros que após um ano de formação estão aptos e disponíveis para servir a população e responderem a uma necessidade premente de renovação do efetivo.

No mesmo dia foi, igualmente, apresentada a Equipa de Intervenção Permanente (EIP) deste corpo de bombeiros Minde, que segundo direção e comando, permitirá assegurar prontidão e agi-

lizar o socorro, não apenas na freguesia, mas, também, no concelho de Alcanena.

“Estes cinco bombeiros vêm aumentar a capa-cidade operacional, estando prontos a sair ao mi-nuto para qualquer emergência”, assinala fonte da associação.

Ao programa festivo associaram-se, entre ou-tras entidades, a edil de Alcanena, Fernanda As-seiceira; comandante Adelino Gomes, em repre-sentação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP); comandante operacional distrital (CODIS) de Santarém, Mário Silvestre; vereador da Prote-ção Civil, Luís Pires e a presidente da Junta de Freguesia de Minde, Fátima Ramalho.

MINDE

Estrutura de comando renovada

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30 JULHO 2018

O corpo de bombeiros da As-sociação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Man-gualde recebeu um reforço de 10 novos elementos promovi-dos a 3.ª. São eles, Hermínio Coelho, Raquel Martins, Rodrigo Marques, Tiago Melo, Maria de Fátima Henriques, Marcelo Pe-dro, Alexandre Rebelo, Andreia Albuquerque, Andreia Rebelo e Margarete Mendes.

A promoção ocorreu durante as comemorações do 89.º ani-versário da associação, na mes-ma ocasião em que foram, tam-bém, promovidos, a subchefe, Márcio Amaral, Maria Jacinta Costa, Nuno Ferreira, Fernando

Barroso, Alfredo Albuquerque, José Manuel Augusto e Bruno Pessoas, e a bombeiro de 1.ª, António José Marques, Pedro Loureiro, Rui Marques, José Ma-nuel Pedro e Fátima Raquel Fer-reira.

Foram igualmente atribuídas medalhas de assiduidade e de-dicação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a vários bombeiros. Com a medalha de dedicação da LBP, por 25 anos, grau ouro, foram distinguidos, o chefe José Luis Ferreira e o sub-chefe Fernando Barroso, e com a medalha de ingresso no Qua-dro de Honra por terem atingi-do o limite de idade, o bombeiro

especialista motorista António Loureiro e o oficial bombeiro principal José António Correia. Este último foi também agracia-do pela Associação com a me-dalha de serviços distintos grau ouro, bem como o chefe do QH Fernando Barroso. A instituição agraciou ainda com a medalha de dedicação, grau ouro, o bombeiro de 1ª QH Joaquim Costa, e grau prata, o bombeiro especialista António Loureiro. As medalhas de assiduidade da LBP, por 20 anos, ouro, foram atribuídas, ao subchefe José Manuel Ferreira e ao bombeiro de 1.ª Pedro Loureiro, por 15 anos, ouro, ao bombeiro de 1ª

Fátima Ferreira e aos bombei-ros de 2.ª, João Paulo Ferreira, Amândio Almeida, Fernando Costa e Manuel Silva, por 10 anos, prata, aos bombeiros de 2.ª, Sara Fernandes e Bruno Serra, e por cinco anos, cobre, aos bombeiros de 3.ª, Maria Graciete Barbosa, Teresa Pais, Rodrigo Marques, Tiago Melo, Maria de Fátima Henriques e Margarete Mendes.

As comemorações dos Volun-tários de Mangualde começa-ram no dia 23 de junho com um desfile de fanfarras e concluí-ram-se em 29, pela manhã, com o hastear das bandeiras, a missa solene no complexo pa-

roquial, a bênção de uma nova ambulância (ABTM) adquirida a inteiras expensas da Associa-ção, a romagem ao cemitério e o desfile motorizado e apeado. Depois seguiu-se a sessão sole-ne e um convívio beirão.

A festa contou com as pre-senças, do presidente da Câma-ra Municipal de Mangualde, João Nuno Azevedo, muitos ve-readores, pela presidente da Assembleia Municipal, Leonor Pais; pelo vogal do conselho executivo da LBP, comandante José Requeijo; pelo segundo comandante distrital de Viseu da ANPC, Humberto Sarmento, o pároco de Mangualde, padre

Rocha, responsáveis do desta-camento e posto da GNR locais e muitos comandantes e diri-gentes de associações congé-neres.

O aniversário dos Bombeiros Voluntários de Mangualde cele-bra-se sempre a 29 de junho, dia de S. Pedro e padroeiro da instituição a par de S. Marçal, embora, oficialmente, os esta-tutos tenham registo em 30 de julho. A opção prende-se com o facto de, em 1929, ter sido nes-se dia que o primeiro corpo de bombeiro, com 13 elementos, foi apresentado, oficialmente e devidamente fardado, à comu-nidade mangualdense.

MANGUALDE

CB reforçado com mais elementos

As cerimónias comemorativas do 15.º Aniver-sário da Associação Humanitária de Bombei-

ros Voluntários de Fátima compreenderam a inauguração de duas novas viaturas, promoções e condecorações.

O evento teve início com a formatura, seguin-do-se a receção às entidades e a sessão solene, finda a qual teve lugar a bênção, pelo padre An-tónio Sousa, capelão do Santuário de Fátima, e pelo padre António Pereira, de um veículo plata-forma (VP-43) e de uma ambulância de socorro (ABSC-10).

O veículo plataforma atinge 43 metros de altu-ra e a sua aquisição resultou da boa vontade e solidariedade de várias instituições religiosas, empresas e forças vivas da região, que apoiaram a sua compra aderindo à campanha “Degrau a Degrau”.

“Quero agradecer ao Santuário na pessoa do senhor reitor, padre Carlos Cabecinhas; às em-presas, nas pessoas dos seus administradores, e também aos particulares pela solidariedade para com a causa do bem comum de todos nós. A to-dos vós, Fátima está grata”, afirmou Amorim Gonçalves, presidente da associação após a inau-guração da nova viatura. Idealizada e concreti-zada pela direção dos Bombeiros de Fátima, a campanha consistiu na compra simbólica de um, ou mais, degraus da escada da plataforma, que “será decisivo para a operacionalidade dos bom-beiros”.

A cerimónia do 15.º aniversário dos Voluntá-rios de Fátima contou com as presenças, da re-

presentante da Assembleia Municipal de Ourém, Ana Vieira, do presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, da presidente da Assembleia de Freguesia de Fátima, Carina João; do presidente da Junta de Freguesia de Fá-tima, Humberto Silva, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Luís Manuel Silva Almeida Lopes, do comandante ope-racional distrital de Santarém da ANPC, Mário Sil-vestre, do comandante da GNR Fátima, sargento Nuno Jorge, e do comandante do destacamento da GNR de Tomar, capitão Carlos Canatário, aco-lhidos, pelo presidente da assembleia-geral, Eu-génio Pereira Lucas, pelo presidente da direção, Amorim Gonçalves, pelo comandante Gaspar dos Reis e restantes órgãos sociais..

No seu discurso aos presentes, Amorim Gon-çalves reforçou a importância do serviço prestado pelos Bombeiros de Fátima desde a sua génese e sublinhou que “só no ano passado os bombeiros voluntários doaram 17250 horas à corporação”. O presidente elegeu os novos desafios que agora se apresentam, “o investimento no reforço e qualifi-cação dos recursos humanos, nos meios técnicos e operacionais e em instalações adequadas”.

No domínio das distinções, os bombeiros con-decorados com a medalha de assiduidade grau Ouro - 20 anos, da LBP foram: Ricardo Manuel Amado Martins, Rui Silva Oliveira, João Pedro Cordeiro Rodrigues, Paulo Jorge Marto Reis, Hél-der Manuel Marto, Paulo Joaquim Marques Reis e José Marques Reis. Os bombeiros condecorados com a medalha de assiduidade, grau ouro, 15

anos da LBP foram: Pedro Gabriel Marto Pereira, António Jorge Brígida Santos Pereira Neves, An-dré Pereira Mendes Maurício, João Pedro Cordeiro Rodrigues, Rui Miguel Reis Costa Pereira, Hélder Manuel Marto, André Rafael Pereira Lopes, Jorge Manuel Reis Prazeres e Mariana Prino Marques.

Com a medalha de assiduidade, grau prata, 10 anos, da LBP foram distinguidos: Samuel Fenina Ferreira, Filipe José Ferreira dos Reis, Humberto Vieira Oliveira, Paulo Davide Moreira Santos, Joni Gaspar Marques e Edviges Isabel Mendes Pereira Vicente.

Por fim, foram condecorados com a medalha de assiduidade, grau cobre, cinco anos, da LBP os seguintes bombeiros: João Filipe Rosário Ferrei-ra, Tiago Filipe Vieira Pereira, Rui Pedro Pereira Reis, Mónica Isabel Honório Dias, João Duarte Reis Patrício, André Miguel Vieira Pereira, João Pedro Jorge Reis, Tânia Mota Batista, Ana Rita Leal Ferreira, Mónica Alexandra Marto Pereira, António Carlos Duarte Carriço, Alexandre Ribeiro de Sousa, Andreia Filipa Pereira Reis, Frederico Manuel Santos Pereira, Cristiano Ribeiro Antunes, João Miguel de Oliveira Reis, Amanda Verdasca Pereira, Adriana Oliveira Brites e Délio José Neto Marques.

Durante a sessão solene procedeu-se também ao juramento e promoção a bombeiros de 3.ª de 13 estagiários: José Guilherme Batista das Ne-ves, Eduardo Manuel Marto Silva, José Jorge Gonçalves, Carolina Pereira Reis, Carolina Ferrei-ra Martins, Duarte Ribeiro Pereira, Rafael Oliveira Silva, Emanuel Filipe da Silva Timóteo, Francisco Manuel Simões Marto, Diogo António Duarte Gra-ça, Mariana dos Santos Silva, Carolina Pereira Vieira e Ana Maria Huchium.

Por fim, foram promovidos a bombeiros de 2.ª: Rui Pedro Pereira Reis, Tiago Filipe Vieira Pereira, Mónica Alexandra Marto Pereira, João Pedro Jorge Reis, Tânia da Mota Batista, Leonardo Filipe Hen-riques Pereira, Andreia Filipa Pereira Reis, Hum-berto Vieira Oliveira e Luís Manuel Simões Ferrei-ra.

(Agradecemos o apoio da jornalista Dina Simões)

FÁTIMA

Plataforma ganha degrau a degrau

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31JULHO 2018

em julho de 1998

ANIVERSÁRIOS3 de agostoBombeiros Voluntários de Monchique . . . . . .854 de agostoBombeiros Voluntários de Barcelos. . . . . . . 135Bombeiros Voluntários de Caminha . . . . . . 1235 de agostoBombeiros Voluntários Egitanienses . . . . . . 142Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada . . 139Bombeiros Voluntários de Amares . . . . . . . 1096 de agostoBombeiros Voluntários de Mira. . . . . . . . . . .367 de AgostoBombeiros Voluntários do Sabugal . . . . . . . 123Bombeiros Voluntários do Zambujal . . . . . . .879 de agostoBombeiros Voluntários de Parede . . . . . . . . .9210 de agostoBombeiros Voluntáriosde Montemor-o-Novo . . . . . . . . . . . . . . . . .8811 de agostoBombeiros Voluntários de Castelo de Vide. . 103Bombeiros Voluntários de Vila Flor . . . . . . . .69Bombeiros Voluntários de Algueirão Mem Martins. . . . . . . . . . . . . .5812 de agostoBombeiros Voluntários de Sesimbra . . . . . . 115Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares. . . . . . . . . . . . . . . .6415 de agostoBombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .9216 de agostoBombeiros Voluntários de Maceira . . . . . . . .36Bombeiros Voluntários de Santa Maria . . . . .33

18 de agostoBombeiros Voluntários de Paredes de Coura . . . . . . . . . . . . . . . . .92Bombeiros Voluntários do Crato . . . . . . . . . .6920 de agostoBombeiros Voluntários de Avintes . . . . . . . .87Bombeiros Voluntários de Estremoz . . . . . . .85Bombeiros Voluntários de Alcoutim . . . . . . .3421 de agostoBombeiros Voluntários de Aljezur. . . . . . . . .4324 de agostoBombeiros Voluntários de Cantanhede . . . . 116Bombeiros Voluntários de Cernache de Bonjardim . . . . . . . . . . . . .3725 de agostoBombeiros Voluntários do Porto . . . . . . . . . 143Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz . . . . . . . . . . . . .83Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos . . . . . . . . . . . . . . .8326 de agostoBombeiros Voluntários de Almada . . . . . . . 105Bombeiros Voluntários da Sertã . . . . . . . . . 10227 de agostoBombeiros Voluntários de São Brás de Alportel . . . . . . . . . . . . . . .9128 de agostoBombeiros Voluntários de Tábua . . . . . . . . .8329 de agostoBombeiros Voluntários de Pampilhosa. . . . . .9231 de agostoBombeiros Sapadores de Braga . . . . . . . . . 219

Fonte: Base de Dados LBP

Nos últimos 5 anos, a fre-guesia de Parada de To-

deia, promove uma corrida de carros artesanais, sendo a prevenção à prova assegu-rada pelos Voluntários de Cete. Contudo, este ano, o Agrupamento de Escuteiros 609 incitou o corpo de bom-beiros a participar na com-petição com um carro. O de-safio foi aceite e, de imedia-to, o bombeiro de 1.ª Fer-nando Pinto e o bombeiro de 2.ª Miguel Rodrigues puse-ram mãos à obra.

Depois de longas horas de trabalho, o bóli-de, com matrícula 43-PD-167, conduzido por Miguel Rodrigues, fez-se ao asfalto para con-quistar o prémio “Originalidade”.

Registe-se que os Voluntários de Cete vol-taram a dar todo o apoio á competição tendo

mobilizado para Parada de Todeia 38 operacio-nais, apoiados por 11 viaturas e uma tenda de campanha preparada para a avaliação de si-nais vitais. No local esteve ainda, em exposi-ção, uma viatura histórica desta associação do concelho de Paredes (Porto), que conta já 93 anos de existência.

CETE

Bombeiros conquistam prémio “Originalidade”

Os Bombeiros Voluntários de Vila Meã promoveram, no

dia 16 de junho, mais um pas-seio de motorizadas e motos, que nesta 6.ª edição juntou cerca de 120 veículos de duas rodas.

O percurso de cerca de 100 quilómetros teve como ponto de partida e chegada o quartel dos Voluntários de Vila Meã, permitiu aos os “motoqueiros” a apreciar a região e conhecer ou revisitar, por estradas menos conhecidas, a Lixa, os castelos de Arnoia, dos Mouros ou de Mo-reira, no concelho de Celorico de Basto, Fafe e a Barragem da Queimadela.

Esta iniciativa dos Bombeiros de Vila Meã, que se pautou pela boa disposição e o convívio salu-

tar, terminou à mesa onde a feijoada e o bom vinho foram reis.

“Aproximar a população dos bombeiros e o são convívio são objetivos deste passeio e foram ple-namente conseguidos”, assinala a organização, garantindo que “para o ano há mais”.

VILA MEÃ

Associação promove passeiode motorizadas e motos

Os Voluntários de Albergaria-a-Velha reforça-ram, recentemente, os meios com a aquisição

veículo todo-o-terreno (VTTP). A viatura foi inau-gurada, no dia 9 de junho, no decorrer do14.º Passeio Off-road, uma organização deste corpo de bombeiros, cujas inscrições dos participantes aju-daram a custear. Registe-se que para este esforço

de modernização do parque de viaturas contribuí-ram também a Câmara Municipal de Albergaria a Velha e várias empresas da região.

O novo VTTP este que tem como principal mis-são apoiar ações de coordenação ou comando, bem como assegurar deslocações dos operacio-nais para formação.

ALBERGARIA A VELHA

Inauguração de VTTP em passeio

Page 32: e créditos firmados como parteiro - bombeirosdeportugal.ptbombeirosdeportugal.pt/imagens/Edicoes/PDFs/BP_382.pdf · sofismas, nem falsas questões, fazer contas entre o que cada

32 JULHO 2018

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A Crónicado bombeiro Manel

Amigos, a ANPC pagou as despesas extraordinárias dos fogos flores-

tais. Ainda bem que aconteceu. Mas em vez de dizerem que já tinham pago, como se tivessem sido rápidos a fazê-lo, melhor seria que dissessem que só agora é que acabaram de pa-gar. Essa é que é a notícia. Há muito que o dinheiro já devia estar nas as-sociações. Mais uma vez estas servi-ram de barriga de aluguer da ANPC ao anteciparem pagamentos que esta deveria diligentemente ter pago mais cedo ou, como a Liga mais vez suge-riu, que tivessem dado um adianta-mento às associações cujo apuro final fosse agora concluído. É bom que pa-

guem mas melhor é que paguem a horas.

Todos lamentamos o que se passou na Grécia. Infelizmente não é só em Portugal que ocorrem daqueles fenó-menos e com tão trágico balanço. Custa-me dizê-lo, mas tem que ser. Cá disseram tudo dos bombeiros vo-luntários mas lá como são profissio-nais se calhar foi por isso que nin-guém disse nada. Ou será porque sendo uma coisa ou outra lá na Gré-cia merecem sempre respeito?!E ain-da mais, quando têm quase vinte aviões canadair.

Há dias assistimos à entrega de mais viaturas para o GIPS/GNR e

para FEB. Ainda bem digo eu sem hi-pocrisia. Mas como diz o nosso presi-dente da Liga, uns são filhos e outros enteados.

Eu até nem invejo e desejo que Deus lhes acrescente mas os bombei-ros mais vez ficarem a ver navios é que não.

Ao todo dizem que são 124 viatu-ras. Agora foram 20 VLCI para o GIPS e 16 VLCI para a FEB. Dentro de pou-co tempo, são mais 19 VLCI e 16 VFCI para o GIPS e 4 VFCI para a FEB. Dinheirinho do Orçamento de Estado segundo se diz.

E ainda por cima nem tiveram que candidatar-se a verbas comunitárias,

com tudo aquilo que se sabe, e estar sujeitos aos pareceres da ANPC. Se estivessem sujeitos a esses parece-res se calhar também eram brindados com pareceres negativos como mui-tas das nossas associações. Precisa-mente aquelas, pasme-se, que con-seguiram obter as viaturas de outro modo, que estão a ser concluídas, e que a ANPC já procurou saber quando estarão disponíveis. No mínimo não têm vergonha.

A história das vistorias às ambu-lâncias de socorro a viajar para Avei-ro ainda não acabou. Só em Portugal é que acontece uma coisa destas. Se-nhor presidente da Liga continue a

reclamar como bem tem feito contra isso. Eu bem o tenho ouvido, não de-sarme, é outra vergonha.

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Só agora é que pagaram

É conhecida a reação recente da Liga dos Bombeiros Por-

tugueses (LBP) relativa a um despacho do presidente da Au-toridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) em que este exor-bita das suas competências e da própria entidade, já que apenas lhe cabe auditar ou fis-calizar as verbas por ela atribuí-das às associações de bombei-ros, e não outras, já que não as tutela.

Nessa circular, de 29 de ju-nho de 2018, sobre o denomi-nado Guia Prático de Apoio às AHB – Normas Contabilísticas, bem como da nota à comunica-ção social também sobre a mesma matéria, a LBP pediu ao MAI uma reunião urgente sobre essas e outras matérias, reu-nião essa que se realizou no dia 4 de julho de 2018 entre o mi-nistro da Administração Interna e o secretário de Estado da Pro-teção Civil, com a presença do presidente e vice-presidente da LBP.

Nessa reunião, foram anali-sadas várias matérias, nomea-damente, a Lei de Financiamen-to e o consequente Orçamento de Referência, as verbas desti-nadas ao Fundo de Proteção Social do Bombeiro e da Vigi-lância Médica de Bombeiros, bem como a elaboração pelo Governo da Lei Orgânica da ANPC, para a qual, conforme foi reiterado, a Liga dos Bombeiros Portugueses contribuirá com as propostas consideradas funda-mentais.

Mas a questão central desta

reunião foi a do Despacho n.º 110/GP/ANPC/2018 do presi-dente da ANPC, visando a ges-tão das associações humanitá-rias de bombeiros.

Perante os dois governantes, ficou devidamente esclarecido que a LBP exige que o presiden-te da ANPC, retifique o despa-cho, pois a ANPC tem apenas

competência para fiscalizar as verbas atribuídas por esta enti-dade às Associações,” e não tem, como temos sempre afir-mado, competência, nem legiti-midade, para auditar, apreciar ou fiscalizar as contas das Asso-ciações Humanitárias de Bom-beiros, enquanto entidades au-tónomas, independentes e or-ganizações da sociedade civil,

com órgãos próprios de gestão e fiscalização da sua atividade e contas, como são as suas as-sembleias gerais e os conselhos Fiscais”, lembra mais uma vez a LBP.

“Qualquer irregularidade que seja detetada, caberá a outras entidades a sua fiscalização e à associação a sua correção e não à ANPC, porque não tutela as

associações” sublinha a LBP re-ferindo que” quanto às normas contabilísticas não há nada a acrescentar porque estão en-quadradas na Lei, no entanto as mesmas deveriam ter sido dis-cutidas atempadamente com a LBP, o que não aconteceu num total desrespeito pela confede-ração e pela lei”.

“Por tudo o que fica dito, -

conclui a LBP-, o que se exige, é que o senhor presidente da ANPC corrija o referido despa-cho no sentido de que as verbas a auditar/fiscalizar pela DNB – Direção Nacional de Bombeiros e DNAF – Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização são apenas as que são atribuídas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e não outras”.

GESTÃO DAS ASSOCIAÇÕES

ANPC só pode fiscalizar o que atribui

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