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4.V.O 9RIO DE J4.-EII.O, QU.4B.T 4-FEIR4, 6 PE OLTLBBO DE ÍPO»X gQ» SA-SE as QUANTAS E JORNAL PUBLICA 08 RETRATOS OE TODOS 08 SEUS AS8IGNANT OS AERONAUTAS A^^^^* 3) ...e em seguida brinquedos. Foram joçar tennis.O - ___________________________________________ Esse jogo, como vocês sabem,é muito interessante, mas no fim de7J m uma hora estavam todos cansados.—! 2 1) Era o dia de annos de Lili. Começaram a chegar os convida- TI J B B~T i dos. Beijos, abraços, apertos de mão...j, ; 5) —«Vamos descançar?* disse Lili batendo palmas. BwlBCtta Lj ll m 4) V. eis os trez aero-t"" \J Suspenderam o jogo.— «Antesdedescançar.disseella, vamosainda ¦lir~-"-\ M VI íu nautas noar...*2 Z-i brincar de aeronautas». Os trez meninos serão os aeronautas. Asse-. /^!_/_~^H ll /? TV SQ ²_———_" "O nhoritas emprestarão os seusgrandes chapéus, os quaes poderão servir! «—-—A^aV^pt \\ ri/ .^S Jt—* >_a <-. dt pára-quedas, e os pára-quedas sào quasi balòes». 'f1 '*\ "^ iA if^==s^==ss^^^r ^^*SSsstS Zj 5) Um golpede arsobrevem... E' chegado o momento. ^Desçam*' e os aeronautas lançam-se no espaço. Mas os chapéus nào servem para pára-quedas e foi um tombo geral,e... 6)... cheios de contutòea e ferimentos, tiveram os trez aero nautas, que supportar por algum tempo as consequencis da sua viagem aérea.

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SA-SE as QUANTAS

E JORNAL PUBLICA 08 RETRATOS OE TODOS 08 SEUS AS8IGNANT

OS AERONAUTAS

^^^^* 3) ...e em seguida brinquedos. Foram joçar tennis. O -___________________________________________ Esse jogo, como vocês sabem,é muito interessante, mas no fim de 7J m

uma hora estavam todos cansados. —! 21) Era o dia de annos de Lili. Começaram a chegar os convida- TI J B B~T i

dos. Beijos, abraços, apertos de mão... j, ;

5) —«Vamos descançar?* disse Lili batendo palmas. BwlBCtta Lj ll m 4) V. eis os trez aero- t"" \JSuspenderam o jogo.— «Antesdedescançar.disseella, vamosainda ¦lir~-"-\ M VI íu nautas noar... *2 Z-i

brincar de aeronautas». Os trez meninos serão os aeronautas. Asse-. /^!_/_~^H ll /? TV SQ _——— _" "O

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5) Um golpede arsobrevem... E' chegado o momento. ^Desçam*'e os aeronautas lançam-se no espaço. Mas os chapéus nào servem parapára-quedas e foi um tombo geral,e...

6)... cheios de contutòea e ferimentos, tiveram os trez aeronautas, que supportar por algum tempo as consequencis da suaviagem aérea.

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TÔNICO AVIADOR O TICO-TICO

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1) Tônico leu uma vez n'/l Tribuna um artigo sobre aero-planos. Era a victoria do aviador Blériot, que acabava de atra-vessar a Mancha. Vendo as manifestações que lhe faziam to-das as nações, teve inveja e quiz imital-o.

2) Para isso, reuniu uma porção de taboas velhas e alguns lenços e,collo-ando _ jornal em liente, começou a.construir um aeroplano pelomodelo que ahi se achava.

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3) Depois de muito trabalho, conseguiu Tônico fazera armação e cobril-a com o panno que tinha; e, para quese parecesse mais com um verdadeiro apparelho de avia-ção, collocou nelle trez pequenas rodas.

4) E, tendo terminado, reuniu seus amigos edis<e que iria fazer uma ascenção. Os outros me-ninos estavam muito admirados e olhavam o appa-relho em todos os sentidos. Tônico descrevia suamachina como um perfeito aeronauta.

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5) No dia fixado, sob as vistas de muitos amigos, ele-vou-sc Tônico do solo, debaixo de uma estrondosa salvade palmas. Com seu bonel. na mão .cumprimentava elleos assistentes e acreditava-se já um rival de Lathan, Blé-riot, Wright, quando...

61... sobreveiu um vendaval enorme e seu ap-parelho,não tendo os aperfeiçoamentos de que ca-recém os vehiculos destinados a viajar atravez dosares, ri£o quiz obedecer ao seu governo e andavaá vontade da vento.

7) De repente a arma-ção começou a ceder e,partindo se pela metade,fez com que Tônico vieá-se cahir á terra.

8) Em baixo, o commendador Pimenta e sua familia estavam em pic-nic e saBoreavam os maniaresvindo das nuvens, veiu perturbar a paz reinante, lira Tônico que, cahindo do aeroplano, foi desastradajurando por todos os deuses nunca mais cahir noutra.

que traziam,mente plantar

quando use dentro

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O TICO-TICOIII __: F E DI __ 2>T T E3

EDIÇÃO DE 24 PAGINAS

A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal íllustrado para creanças, no qual colla-boram escriptores e desenhistas de nomeada.

Redacção, escriptorio e offlcinas rua do Ouvidor,o. lG4e Rosário, n. 173.

Condições da assignatura:interior: 1 anno, llSOOO, 6 mezes 6$00Oexterior: 1 » 20$000, 6 » 128000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.As assignaturas começam em qualquer mez, termi-

fiando em Junho ou Dezembro de cada anno.Não se acceitam assignaturas por menos de 6 mezes.Toda a correspondência—pedidos de assignaturas, etc.,

deve ser dirigida ao escriptorio e redacção d'0 Malho,rua do Ouvidor,n. 164, antigo 132, Rio de Janeiro.

(?)

es de yoyôMeus netinhos:

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^2P^C ^S5_^

Vamos continuar asnossas conversas so-bre cousas da natu-reza.

Hoje vamos fallardos sapos, que são unsbichos muito feios,mas muito interes-santes.

Os sapos pertencema uma categoria de

animaes chamados batracios.Os batrachios foram, por muito tempo, confundidos

com os reptis; elles constituíam a classe dos reptis depelle nua: em opposição aos reptis de pelle escamosa.Essas denominações eram porém erradas.

Esses dous grupos são muito differentes.O caracter distinetivo e mais importante é tirado do

desenvolvimento.Os batrachios nascem de um ovo sob a fôrma de tetards

(embryão de rã) e têm uma organisação análoga á dospeixes ; não têm membros em pares, como braços e pernas,têm unicamente uma nadadeira circumdando a cauda.Também são desprovidos de esqueleto; não têm pulmõesc possuem um coração com duas cavidades; e respiramexclusivamente pelos bronchios; de cada lado do pescoçotêm quatro fendas bronchiacs e entre ellas trez filamentosramificados, as ( branchias externas.)

A passagem do tetards para adulto, exige uma seriede transformações como os meus netinhos podem vêr nagravura que aqui dou.

Os batrachios comprehendem duas ordens princi-pães:

1." Urodelados (com cauda apparente.)2." Auouras (sem cauda.)A primeira classe é conhecida facilmente pelos se-

guintes caracteres : corpo alongado, cauda, patas por vezesreduzidas a duas, curtas c .dispostas para natação emreptação (defeza). Possuem grande numero de vertebras,não têm orelha média.

A segunda classe dos auouras, animaes sem cauda, é oinverso da primeira.

Os aurouras tem o corpo curto, são desprovidos decauda, membros longos, os posteriores próprios para osalto.Têm uma orelha média; as vertebras são em numerede dez somente: uma cervical, sete dorso-lombares, umsacro e um coecyx formado pela reunião de todas as ver-tebras posto-sacras.

Esta classe comprehende animaes muito conhecidosde vocês, como as rãs e os sapos.

As rãs distinguem-sc dos sapos pela pupilla que é re-donda, pelo maxillar superior, guarnecido com dentes pe-quenos e por sua locomoção por meio de saltosj as duasespécies mais communs são : a rã verde e a rã cinzenta.A primeira tem em latim o nome scientifico de rana viridise a segunda rana temporária.

Os verdadeiros sapos são os bufos, desprovidos dedentes, sendo os mais communs o bufo cloamata e o bufovulgarisI

Estes nomes latinos são fáceis de guardar c os meninosnada perderão se os conservarem na memória, pois mais

tarde terão que estudar os batrachios, na Historia Naturale nella as encontrarão a cada passo.VV Agora, quando ouvirem os sapos coaxarem conjunta-mente com as rãs, não poderão se esquecer da lição de >- '

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DEOCLECIANO

GALERIA DE HOMENS CELEBRESDEOCLECIANO »

Caius Valerus —Jovinus—Deocletianús, era o nome dogrande imperador romano de quem nos vamos oecupajhoje.

Deocleciano nasceu no anno 245,perto de Salona na Dalmacia e falle-ceu em 313, na mesma cidade.

Descendia de uma família pobre,pois seu pai era escrivão e nesse tem-po os escrivães percebiam muito pou-co de vencimento.

Espirito rebelde e ávido de gloriasallistou-se Deocleciano em uma legião,onde se distinguiu mais por sua habi-Iidade, do que pela sua bravura.

Nessa legião permaneceu elle porlongo tempo, recebendo como orde-nado uma ninharia que deu logara umacontecimento muito importante quedevia mais tarde influir muito em suavida. Contra um cscriptorVolpiscus;«Umavez em que Deo-cleciano fazia contas para o pagamento da sua diária, nahotel em que morava na Tougressia,regateara de tal manei-ra que o hoteleiro lhe dissera «Diocles és muito avaro,muito econômico».

—Sereimaisliberal, respondeu elle bricando.quando foiimperador.

— Não rias Diocles, continuou o hospedeiro, serás im-perador no dia em que matares o javali.

Deocleciano pareceu ficar impressionado com isso e emtodas suas caçadas procurava matar o maior numero possíveld'essesannimaes; mas não era ao javali, animal,que ohote-leiro se referia, mas sim á Arrius Aper (aper em latim-javali) o assassino de Numcriano, que Deocleciano matoumais tarde logo que subiu ao poder.

Deocleciano fora mandado por Perlius e Aurelianocommandar suas tropas e tão bem desempenhou esseencargo, que, ao voltar, recebeu o titulo de cônsul.

Quando morreu Numeriano, Deocleciano, achava-serevestido do cargo de (comer domesticorum) cargo impor-tante que corresponde hoje ao dc governador da casa doimperador, uma espécie de mordomo.

Por essa época, os cezares tinham por costume cons-tituir um conselho composto somente de homens descen-dentes de famílias illustres e conhecidos também pelo seuvalor guerreiro. Esses membros, tinham o nome de compa-nheiros de cezar c Deocliano foi adimittido d'entre essesmembros pelo seu mérito. Nessa mesma oceasião além docargo de mordomo, era, elle commandante da guarda im-perial.

Achava-se Deocleciano cm Chalcedonia.para onde tinhaido com o impeiador Carius commandando as tropas, quan-do soube da morte violenta de Numeriano attribuida pelossoldados a Arrius Aper, abandonou o imperador e, volvendoa essa cidade, ocupou um tribuno popular, e depois de terfeito saber ao povo, que elle não tinha absolutamente to-mado parte, mesmo espiritualmente, no assassinato de Nu-meriano, apontou Arrius Aper como o autor do crime, epara que ficasse bem patente a sua affirmação, desceu datribuna e atravessou com sua espada o corpo do assassino.

Esse acto feroz é o único que se pode contar na vidade Deocieano, pois foi um imperador dócil e bondoso.

Em 28G associou-se Deocleciano com Maximiano e em292 emtregou o império d'Occidente a Constancio Chloro ea Galerio; a este ultimo, adoptado por Deocleciano, deu ogrande imperador sua filha Valeria em casamentoe foi elleo organisador das tetrarchias.

E, a conselho de Galerio, perseguiu os christãos tendorecebido por isso o fim de seu reinado a denominação dekra dos martyres. (303—311).

Desgostoso e velho abdicou elle o seu reinado e reti-rou-se para Salona onde terminou seus dias na maiorsimplcza. .

Ahi oecupava-se elle somente com o seu jardim, e;''.qaelles que solicitavam sua presença, respondia Deocle-dano. «Vinde a Salona e vercis como é bom culdvar a»alfaces». E ahi falleceu elle cm 313

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O TICO-TICOSCIENCIA FÁCIL

CORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO

Uandin Capillo (Pelotas)—O apparelho a que se refere-hama-se stereoscopio.

Maria José da P. Franca (Minas)—Luiz XVIII era oirmão do rei Luiz XVI. Usava o titulo de conde de Provcnceauando Napoleão I foi aprisionado pelos inglezcsa bordo dafragata Belerophonle; o conde de Provence foi collocado nothrono de França pelo Tzar da Rússia -e o rei da Prússia,cujos exércitos tinham invadido a terra franceza.. O condede Provence tomou o titulo de Luiz XVIII, porque foraconsiderado Luiz XVII o filho de Luiz XVII que sobrevi-vera alguns annos a seu pai. Luiz XVI foi guilhotinadopor sentença da convenção franceza (Parlamento) por terchamado soldados estrangeiros á sua pátria.

Napoleão fez-se imperador da França por si mesmo,abusando do grande prestigio que alcançara com suasmagníficas victorias derrotando a Europa inteira.

Ahi estão respondidas todas as suas perguntas.Silviano Fontes (Riachão)—Já mandei o que me pede.Leoncio Horta (Bello Horizonte;—Seopronome«se»pode

.servir de sujeito? Nunca I Absolutamente não. Disse-ram-lhe que está abolido o estudo da grammatica porta-gueza? Isso foi por pilhéria, de certo. Quanto ao desenhodo navio vou verse posso satisfazer o seu desejo..

Wald. Fagundes (S. Paulo)—François Rabelais nas-ceu em Climont (França) não se sabe ao certo quando— foide 148.3 a 1500.

Estudou medicina, foi professor de anatomia e depoiscura de Mcudon. Como escriptor, embora escrevesse comuma certa immoralidade, lornou-sc famoso pela perfeiçãoda linguagem a elegância do estylo c o apuro da obsei-vação.

Seus livros que são ainda hoje admirados pelos maisfinos cultores das lettras, são Garganlua e Panlagruel. ¦

Virgínia Magalhães — O inventor da locomotiva foi omecânico ingiez Jorge Stcphenson, que nasceu em 1881 emorreu em 1859.

Dr. Sabetudo

0 CRESCtfYIEIVITO DAS CREANÇASVISO ÀS MAIS DE FAMÍLIA

Todos nós sabe-mos que, quando ocrescimento dascreanças é demasia-do, ellas se tornamem geral fracas ei achi ticas, c, pormais fortes que se-jám, se resentem osseus pequeninos or-ganismos dessa con-dição anormal. — E'necessário, pois, quelhes seja dado umremédio que as for-tifique, combatendoessa depreciação deenergia, que pode

acarretar sérias conseqüências. — Pensamos logo r.os óleosde fígado de bacalhau e emulsões semelhantes, e experi-mentamol-os; as creanças, porém, não os querem tomar, e,se conseguimos fazel-as ingerir essas preparações, os se„'Spequeninos estômagos se revoltam. — Para pôr termo aessa difficuldade, dous eminentes chimicos froncezes.duran.'longos annos estudaram a fundo essa questão, eo frueto ieseus trabalhos c experiências foi um produeto que, contendotodas as substancias fortificantes e curativas existentes i.ofígado de bacalhau — não lem óleo.— A vantagem d'cssapreparação é tão evidente que é inútil enaltecel-a: bastadizer que o VINOL é o melhor tônico leconstituinte até hojedescoberto, c não tem rival como reconstruetor do cerpo cfortalecedor do organismo.

Expcrimentcmn'o todos, pois, c, se não der cs resulta-dos que annunciamos, será devolvido o dinheiro.

Afente geral para o Brazil :PAUL J. CHRISTOPH

RUA GENERAL CÂMARA N. 115, antigo 123, Rio de JaneiroRUA DA QUITANDA N. 3, S. Paulo

FELICITAÇÕESFaz annos no próximo sabbado a interessante menina

Adalgiza, filhinha do Sr. Elpidio Barbosa Sentibas, resi-dente em Alfredo Chaves, e um dos nossos amigos naquellalocalidade.

—Fez annos no dia 29 de Setembro findo a Exma.Sra. D. Fresdovinda Simões da Fonseca, virtuosa esposado Sr. Emygdio Simões da Fonseca, funecionario da TheLcopoldina Raihvay Company, e avó do nosso leitorsinhoErnani de Vasconcellos Silva.

—Completou mais uma primavera a 28 de Setembrofindo o nosso distineto leitor e amiguinho Antônio Pimen-ta, aquém saudámos sinceramente.

—Fez annos no dia 29 do mez findo a intelligente me-nina Esther Palmeira, uma das graciosas admiradoras d'GTico-Tico.

A' gentil Esther foram offerecidos muitos mimos pelassuas camaradinhas.

Da nossa gentil leitora Carmen de Souza e Silva re-cebemos 152 coupons destinados aos pobres d'0 Tico-Tico.

REMÉDIO.Diga-me uma cousa,

amigo João : faz um mezmais ou menos, que andomagro, eadaverico, e osmédicos não acertamcom a minha moléstia ;que será ?

— Isto não é nada ; fi-carás gordo, rob JSto e bo-nito em pouco tempo,como eu, se te alimentarescom os gêneros dos Ar-mazens Pelicano, do Sr.

SOUZA FERNANDES, á rua Visconde do Rio Branco ns. 54e 56, esquina da rua do Núncio e também do seu superiore incgualavel VINHO COLLARES F C, que é vendido emquintos, décimos e garrafas.

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Dos nossos amigos Srs. J. D. do Valle & C, proprieta-rios da conhecida Fabrica de Gravatas Progresso, rece-bemos communicoção da mudança do seu estabelecimentopara a rua General Gamara n. 93, nesta capital.

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NAIR CARDOSO, uma das dedicadas camaradinhas d'0 Tico-Tico.Pela photographia vê se logo que a Interessante Nair trabalha coma

uma moca...

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SECÇÃO PARA MENINAS

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UMA CAIXA PARA GUARDAR PENNAS

A caixa para pennas pode ser feita do tamanho que se quizer.Tomem um rectangulo de papel de cor, forte, egual ao de que

as meninas se têm servido para as construcções d'essas mesmas caixasque já ensinámos a fazer, medindo 5 centímetros de largura sobre 65 decomprimento.

Esse rectangulo A B C D terá 18 centímetros de largura sobre 26 decomprido (fig. 1).

Dividam-n'o em trez paites eguaes.no sentido do comprimento, pelaslinhas E F e G II, cada uma d'essas partes tendo, por conseqüência, 6 cen-timetros de largura.

Tracem as linhas I J e K L dividindo os lados em duas partes eguaese estarão aptos a fazer a caixa para pennas.

Dobrem esse rectangulo pela linha E F e depois por G H, o papel to-mará então a forma indicada na fig. 2.

Levantem o bordo B G d'essa fig. 2 e appliquem-n'o sobre G H, do-brando pela linha K L.

Façam o mesmo em relação ao bordo A D, dobrando pela linha I J,de maneira que A D fique sobre E F e terão a fig. 3.

Rebatam novamente á esquerda o bordo B C, para voltar a fig. 2 efaçam as quatro dobras oblíquas M K, K O, P L e L N (fig. 4).

Rebatam agora M N sobre O P pela dobra K L de maneira que ospequenos triângulos venham se collocar um contra o outro; rebatam emseguida o bordo A D, façam as dobras indicadas na fig. 5 e terão a fig. 6.

Nessa oceasião terão terminado a caixa.Dobrem a fig. 6 pelas linhas pontuadas e collocando os dous index

entre as bordas das dobras, afastem-os e abrirão d'esta maneira a figu-ra (fig. 7).

Collocando agora os dedos nos quatro cantos, endireitem a caixa,que tomará a fôrma 8, que mede 6 centímetros de largo, 20 de comprido

e 3 de altura.A tampe faz-se da mesma maneira, mas tomando um

rectangulo le i4 centimentros 2, sobre 24 centímetros 2.O fundo terá 6 centímetros de largura, (fig. 9)Façam as dobras IJc KL a 2 centímetros dos bordos

A D e B C e as dobras E F e G H a 4 centímetros dos mes-mos bordos, que dará o aspecto da fig. 10; dobrem os can-tos de maneira a formar os quatro triângulos,como fizerampara a caixa. Uma vez aberta a tampa, entroduzam nellaos dous pequenos rectangulos J e ella terá então a forma 11.Explicar, minhas meninas,é mais difficil do que fazer, massc lendo as nossas instrucções, olharem sempre para as fi-guras, poderão facilmente fazer a linda caixa de pennasque vem no alto d'esta pagina.

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O svmpalhico menino FLORIANO D'ALMEIDA, com o Seu carneirinho Thomée nosso distincli. Icilor, fllho do Sr. Pedro de Almeida, inspector doa

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em pequeninos, contados por nossa;, mais, velhas avústnhns, tias, madrinhas,iimas, etc. etc., contos popular.ss.rttos, moraes c piedosos, que sabem as cre-ancas todas de Iodos os p_.l_.es. fiâo narrações fantásticas onde ha fadas» lo-bl ti homens, (;cnlos niys.crJosu.. .mim.ics fallantcs, bruxas, feiticeiras c encan-lamentos, mas cm linguagem simples, incutindo sempre a idéa do bem e davirtude. .

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liste aviso torna-se indispensável, devido ás imitações que se tem feitoda nossa ÇOllecçÇo para creanças. Assim, peça-se sempre a Lttbliottieca Infantilde figueiredo iMnienlc., lendo-sc o máximo cuidado na capa.

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Aluizio Azevedo (Sorocaba) — Pôde, bom amiguinho IVelleda Bivar (Rio Comprido) — Sabemos que a me-

nina vai realisar um concerto de violino e piano. Estude,estude bem, para fazer bonito!

Lucilia Lcans Luna — Recebeu o retrato ?Luiz Vieira — Já estamos confeccionando o Almanach

d'0 Tico-Tico para o próximo anno. Vai ser outro sue-cesso. A Leitura correspondente a Setembro deve sahiresta semana.

Ondina Delphina dos Santos — Já temos um concursode belleza no Almanach d'0 Tico-Tico de 1909.

Martha Duarte de Vasconcellos (Bangú) — Ficou satis-feita ?

iruena Scrzcdello, Carmen de Barros, Luiz Maresmo,•Marianno A. Campos, Claudina A. Campos e AmadeuMello — Recebemos os trabalhos.

Hermengarda Mamcdc — Alagra ás avessas é argam.Não serve, portanto. A do sapato já é. conhecida.

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Olhai para o futuro de vossos filhosDai-lhes Morrhuina (principio activo do óleo de

fígado de bacalhau, de

COELHO BARBOSA & C. RUA DOS OURIVES 86e QUITANDA 104

assim os tomareis fortes e livres de muitasmoléstias na juventude

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MARIA NAZARETH DA SII.VA E JOÃO EVANGELISTA DA SILVA, dllscios filhínhus do Sr. Joõo Abelardo da Silva c da Exma. Sra. D.

Maria de I_íel(_m Silva, residentes na cidade de Belém. Pará

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VIAGENS DE GULLIVER por J. Switt (des. de Dudú)PRIMEIRA VIAGEM

Do que se passaria em mim naquellascircumstancias, surprehendido, inquieto e perturbado, pode o leitor fazeridéa, imaginando-se em igual situação. Kcrcejando para me soltar, tive a fortuna de partir os cordões e arrancar da terra asestacas que me prendiam o braço direito (pois dera fé erguendo-me um pouco do que me conservava ligado e captivo) e,num forte repellão, causando-me dôr intensa, afrouxei os fios que do lado direito me atavam os cabellos (e eram ainda maisfinos), podendo assim, com facilidade, mover alguma cousa a cabeça.

Aquelles insectos humanos debandaram logo, dando gritos vivíssimos, e mal a gritaria cessou, ouvi um d'ellesberrar : — Tolgo phonac ! — immediatamente senti a mão direita ferida por mais de cem flexas que me picavam como outrastantas agulhas. Deram segunda descarga para o ar, da maneira por que nós na Europa lançamos as bombas; e apezar de asnão ver, creio que algumas flexas, descrevendo curvas, me cahiram no corpo e no rosto, que eu procurava tapar coma mãodireita. Acabada a chuva das flexas, fiz diligencia por me desprender mais; seguiu-se nova descarga ainda maior e ai-

guns tentaram dar-me golpes de lança ;felizmente tinha vestido um collete decouro de anta, impenetrável aos golpes.Assentei cm me deixar estar quedo, eassim permanecer até a noite, para então,desvencilhado o braço esquerdo, poderpõr-me de todo em liberdade ; com rela-ção aos habitantes considera.va-me justi-ficadamente tão forte como os poderososexércitos que levantassem para me ata-car, sendo todos os indivíduos da esta-tura dos que alli tinha visto. Outra, po-rém, era a sorte que a fortuna me re-servava. (Continua)

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O CASTIGO DE ALFREDO O TICO-TICO

I) Uma vez, Alfredo sahiu a passear com seupai o Dr. Carlos. Passando juntoa uma exposição deanimaes, Alfredo manifestou desejos dc ir visitai-a.lmmedialamenltí. seu pai comprou duas entradas.

2) Percorreram uma por uma todas as Jaulas ate que li-nalmcnte checaram a uma onde se achava uma Llama. Pie-gada a essa gaiola via se uma laboleta, ouvi as seguintes palaeras. oK' prohtbido tocar nos animaes.»

Íí) Alfredo i não lendo obedecido a essa ordem, co-meçou a dar com a bengala no Llama; e este, comovingança, cuspiu-lhe em cima. Desde então não parouAlfredo de cuspir, já era um vicio. Cuspia noa assoalhos,paredes, em tudo.

1) Nas nulas, quando era chamado a uma lição, euspia, no rosto d<> professor o que lhe valeu algumas o.pulsiTCs. Ninguém mais o queria ensinar, e Alfredo nàosabia quasi nada.

5) c) Di.Cir/us estava muito aborrecido com isso,e resolveu chamai' um medico rara o examinar. Mas.mesmo com o auxilio da lente e do seu saber, nãopoude o clinico dizer u que era aquillo.

(>) Kntão o pr, Carlos resolveu leval-o a um mágico, pafaver se esse conseguia com seu poder sobrenatural tirar o hor-nvel vicio de Alfredo.

7) O mágico fez algumas passes c disse a AIJ fâo quese corrigisse, que não continuasse a cuspir, pôls se o deso-bedtcwse tudo onde cuspisse se tranformarla em papel.

S) Ao sahir da casa do mágico, Alfredo esque-ceu-ee da recommendaçao que aquelle lhe unhafeito; e cuspiu em cima de seu pai. immedtata-mente o Dr. Carlos viu se transformado, cm um bó-neco de papel.

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dobc-o u o pre-íi) Alfredo, com os olhos cheios dc lagrimas,cioso ubjecto e guardou-o cuidadosamente.

Tendo cuspido em todos, cm breve viu a sua família redu-/.id.i a papei eeile a nusena.

10. Resolveu então Ir procurar ata emprego; dirluiu s<-,t case de um alfaiate e ahi obteve uma collucação.Logo m> primeiro dia cuspiu Do dom» da casa trans-formando o cm papel.

II) Vendo-se sóbinho na loja começou a cuspir naspecas de fazenda e nos ternos que se achavam no-, ma-nequina de maneiras que quando um freguez qualqueria comprar uma roupa...

12) ...ao vesti! a abrla-sé ella pela metade, pois erade papel. Os calxolros nao sabiam o que fazer; a lojaComeçou a perdetf a íreguc/.ia e em breve ioi Alfredodispensado.

(Continua na pagina seguinte)

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O TICO-TICO O CASTIGO DE ALFREDO (Continuação)

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^ . ,:

i Alfredo morava em uin pequenoquarto, cujo proprietário, penalisado com oseu viver, tinha-lhe aberto credito. Uni diaelle cuspiu no carvão que aquecia sua comida.

2) No mesmo instante, transfornioo-seo carvão em papel que incendiou-se e queimouem pouco lempo, deixando a comida de Alfre-do Iria.

%) A carne nào estava cozida, poisAlfredo tinha transformado o carvão em pa-pel. O menino ia comer a carne crua quando,senlindo-se indignado, cuspiu no chão.~-$)Mfx^/,!f 1 jjj \^tt>Y ijj rre» c™

4' O assoalho de madeira transfor-mou-se eni papel. Com o peso de Alfredorasgou-se e foi elle cahir no andar de baixo,justamente onde morava o mágico que seu paeconsultara.

5) Alfredo contou suas desgraças aomágico e perguntou-lhe se podia re suscitar seupai. <Siin, respondeu-lhe o mágico, mas só-mente quando tiveres commettldo uma boaa _y«.i _ #.

0) Ao sahir da casa do mágico, Alfredocomeçou a procurar por Iodos os meios, fazeruma boa acçao. Ao dobrar uma esquina, viuum la*_pio prestes a cravar uma faca num po-bre soldado. «-E' agora*, disse elle.

7) E cuspindo sobre o larapio transfor-mou-o em papel, salva lido assim a vida do sol-dado. ü soldado apertou-lhe a mao agradeci-do e Alfredo, sem querer ouvir mais nada,correu para casa...

8) ...para abrir o armário onde tinhaposto seu pai. Antes que elle ahi chegasse,seu pai já tinha quebrado as taboas da portado armário e estendia-lhe a mào.

o, Abraçaram-se com.grande alegria eAlfredo contou a seu pai como elle era infe-liz com aquel e v.cio. O Dr. Carlos resolveuvoltar a casa do mágico com seu filho.

10) «Vejo que tens vonlade de t.- corri-gir, disse o mágico. Toma esta fu iiilieiii eguarda-a comtitfO. Todas aa vezes que quizerescuspir, colloca-a em frente da bocca duranteum quarto de hora...

ii> ...c quando ficarei completamentecurado, nao batas mais nos animaes*. Alfrfdofez o que lhe havia dito o mágico e d'estemodo perdeu o vicio de cuspir.

ia) Sentou praça em um batalhão, ondeem breve foi promovido a tenente, o que naoaconteceria se elle se tivesse lembrado decuspir sobre os seus camaradas, que se torna-riam soldadcs de papel.

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Um HABITANTE DA LUA O TICO-TICO

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l" Felix Caiporisnio dizia ter in-ventado um sysiema de locomoçãoaérea, muito mais pralico que osacluaes aeroplanos. Consistia emduas a/as que se destinava ás espa-duas em um tubo onde mettia o corpo.

resolveu fazea um aeronauque o atirassefeí: líf

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ma experiência do mesmo. Pediu,|ta que que o levasse até certa altura e/'das nuvens que elle se arranjaria.

3) Encontrára-se a cem metros acimado mar, para onde o vento o tinha ar-

rastado, quando uma das azas partiu-se. Com uma aza encolhida, projectou-se Caiporistno contra o mar.

-li E foi cahir em um barco de pesca abandonado que«chava boiando sobre as ondas.Üs pescadores,vendo cahir aquTtonstro, dirigíramos? para lá a grandes remadas

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^f*J-»-*^>S»v- i,*at*tJPfti ^n^l___>^-V^SjBY U=Í?~r-rr=r-\

5 Era um monstro com azas e para determinar a sua naturezamandaram chamar o Dr. Carrapicho, que; depois de o observar pormeiode uma lente á vista de todas as pessoas que ahi se achavam,disse—"O monstro é um habitante da lua».

ií; 0 chefe de policia, tendo sido avisado potmeio de um telegramma, para lá se dirigiu comtuv.u banda de musica e com o sábio Alpha para fa-zer uma conferência sobre o monstro de azas.

7) Ahi chegados, o chefe de policiaapressou-se em felicitar o habitante dalua. — uBemvindo sejas! .disse elle.Caiporisnio, que já tinha recuperado afalia, respondeu- lhe: «Você por aqui?!*

8)—E'stu, CaiporismOrV— «Sim,meu amigo,e.veja se me tira d'este embrulho». Foi uma de-cepçSo geral, a musica parou e o descontenta-mento assomou aos rostos de todos.

!»; —.(ira. era um homem .' «disseram todos ao mesmo (empoNos incommodar mos para vêrum idiota que quer ser aeroiuiuuia força. Os camponezes ameaçaram-n'o com soecos.

lOt E Fclix Caiporisnio, vendo que sua pelle eslava cmserio perigo, resolveu pòr-se ao fresco, debaixo de uma vaiaque se ouvia á grande distancia

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17 O TICO-TICOu-O SR. "X" E SUA PAGINAJOGOS AO AR LIVRE

T-.

O OAV1AO c

1 AsOs

O «gavião», meus meninos, é um divertimento muito parecido com um outro que vocês conhecem como nome de 'barra".

Divide-se um terreno de dez metros de comprimento em trez partes eguaes, como no jogo da «barra».Em cada uma das extremidades encontra-se um campo (A e C) e no centro um espaço livre (B).

Todcs os jogadores, exceptuando-se dous, reunem-se no campo A, por exemplo ; os dous jogadores

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A <¦

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Lsorteados para serem os "gaviões' conocam-se no meio, no espaço livre. O jogo consiste em passar osjogadores do campo A para o campo B ; essa passagem é interceptada pelos "gaviões" que procuram

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"DOIâf" Oâ qus tentarem, paomr, ô jogastef p^'0 P«loi "gftvifos" fica sendo também ••gavião", » «campo A perderá o jogo quando todos os seus jogadores ficarem "gaviões".

DR. ÁLVARO MORAES, dentista, muda seu gabinete brevemente para a oraca Tiradentes n.33 iado fronteiro ao gabinete actuaf.

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O TICO-TICO 18

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«ir^S^Tflflflfll T^Bl BEj^SflLflB Bp^fi IV'^wFtyTJflt^FTv'-v m\v

Grupo de inlclligentcs alumnas da 3- Escola Feminina da Villa de S. Bernardo (Estado de S. Paulo) regida peladistincta professora complemenlarista D. Herminia Lopes.

O quadro, que se vê aojundo, é um apparelho destinado ao ensino intuitivo de leitura e calculo, invenção do pro-Jessor aposentado capitão Joaquim Lopes da Silva:

6 i CREME FLORINA"'WÊmrf,$K

HllHII?%>

Uma descoberta mapaúilhosa

papa topnapo suop inodoro =

E' a ultima palavra sobre o assum-

pto. Os resultados obtidos na praticasão surprehendentes, não falhando emum só caso. Faz desapparecer os suo-res fétidos, o máo cheiro nos pés,etc.

Este maravilhoso preparadoI Jestiiiado a produzir uma revolaoão, acha-se á venda ao

«deposito geral :DROGAEIA E PHAEMACIA FLOUIJNTA.

A' IfcTJA. jyj\. CARIOCA, eoRIO DE JANEIRO '

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19 O TICO-TICO

BRINQUEDOS PARA OS DIAS DE CHUVAtJ-N/I OOISTO-E-K-TO BARATO

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A musica,meus amiguinhos, é «uma com-binação de sons melodiosos.»Esses sons podem ser emitidos por umcorpo qualquer, como: o ferro, o vidromas em.geral são aproveitados, para esse'fim, instrumentos especiaes nos quacs seencontram as sete notas : Do-Re-Mi-Fa-Sol-

La-Si, que representam os sons e as suasdurações.

Qualquer d'esscs instrumentos custamuilo caro e é por vezes de difficil manejoe custoso transporte, como a harpa, o pianoe o baixo.

No entanto, com simples objectos, dosquaes nos utilisamos diariamente, podemvocês, ter uma orchestra baratissima, quepode ser feita na oceasião.

Vamos ver então como se fabricam essesinstrumentos.

Tomem um pente (fig. 1) objecto que nóstodos possuímos c cubrám-n'o com umafolha de papel fino; terão vocês uma bonitaflauta, (fig. 2)

Basta chegar os lábios sobre o papel finoe cantar qualquer pedaço, para que o papelvibrando como a membrana de uma flautaemitta sons.

Mas, para que- um instrumento de musi-ca mereça este nome, é preciso que sepossam extrahir dclle as sete notas que for-mam a escala.- Para isso, devem vocês tomar oito alfine-tes de diffcrcntes tamanhos e enterral-osnuma taboa, como mostra a (fig. 3.) Tocan-do com uma varinha em cada um d'clles ecombinando os sons, que emittem, terãouma bonita musica.

Ainda podem construir com simples pe-daços de madeira um instrumento muitointeressante.Prendam entre dous cordéis tubos demadeira (pedaços de bambus) de famanhosdilferentes c dêem sobre cada um d'ellesuma pequena pancada; emittirão sons.que,combinados convenientemente, farão umamusica. Este instrumento chama-se xylo-

FONE. (figs. 4 c 5)

Podem também, em vez de utilisar pedaços de bambus, servir-se de copos de crystal que produzirão um bello »effeito.

Com pedaços de uma lata velha qualquer podem fazer ainda uma matraca, construindo-a com vêem nas figs. 6,7 e 8.

A matraca pode também ser feita com um cartão de visita, basta para isso que elle seja cortado conforme odesenho que apresentamos em nossa pagina, em baixo.

Um contrabaixo, que é um instrumento muito caro eincommodo, porque não pode entrar em qualquer ve- ..hiculo, pode ser fabricado facilmente com um pote qualqi/_r já utilisado para guardar doces e um pedaço de couroou papelão (fig. 9). . . „.,„..

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O TICO-TICO 20

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Grupo de alumnas da Escola Municipal de primeiras lettras em Itacoatiara, Amazonas, regida pela dislincta projesscraExma. Sra. D. Rachel Fonseca da Costa, que é a que está ao centro.

rs ER 1 fl_P 6\AOS QUE PRECISAM DE DENTADURAS

Muitas pessoas que precisam de dentaduras, devido á exigui-dade dos seus recursos, são, muitas vezes, forçadas a procurarproflssionacs menos hábeis, que as llludem em todos os sen-tidos, pois esses trabalhos exigem muita pratica e conheci-mentos especiaes.

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vovóBaixote, velho e gordinhoDe vivo olhar maliciosoE o cabello anneladinho,Sempre sorrindo gracioso,

0 Vovô mui prazenteiro,E' o nosso constante encanto,Faz rir este mundo inteiro,Afugenta o nosso Dranto.

Parece lépido e moco,Sinta embora rheumatismoSalta muros, salta poço,

Não soffre de rachitismo,D'0 Tico-Tico queridoE' por nós o preferido.

DESPEDIDATermino agora os perfisDos heróes d'0 Tico-Tico,Todos elles mui gentis;E por hoje nestes fico.

Fazer versos, meus sennores,Envelhece em poucas horas,Pois nos tira até as cores,E por isso, sem demora,

Retiro-me aos bastidores.Voltarei, talvez, em prosa,Contando alegrias, dores,

Ou alaruma lenda formosaDuma princeza encantadaMas de versos... nem pitada ....

Maria Paula Fleury Curado (Goyaz)

Os prêmios d'O TICO- TICOPagámos durante a ultima semana os seguintes:Octavio Salgueiro Bragança, residente á rua Leste

n. 31, Rio Comprido, 10$, do concurso n. 381; ArgentinaFontes Petit, 158, do concurso n. 323 e Odyla de MelloFranco, 10$, do concurso n. 385.

— O nosso amiguinho Octavio Salgueiro Bragança,deixou em nosso escriptorio a quantia de "<£$, destinada aospobres d'0 Tico Tico.

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21 O TICO-TICOOS NOSSOS CONCURSOS

RESULTADO DO CONCURSO N. 378

Um desenho atraz do muroConsistia este concurso em nossos meninos imagina-

rem que por traz de um muro ia passando um batalhão ouque dous homens conversavam sobre este ou aquelle as-sumpto...

Assim fizeram os petizes. Idealisaram scenas encan-tadoras, como uma cm que o Chiquinho, montando umlindo cavallo, seguia em disparada, apostando emocio-nante corrida com o Jagunço I

Este desenho nos foi enviado pelo menino Ary Fran-cisco, um dos distinctos collaboradores d'0 Tico-Tico.

Procedido o sorteio entre todos os concorrentes, poistodos estavam habilitados a abiscoitarem os premios, aserrte contemplou os meninos :

1° premio — 10$000 :Joêo Flaesehen Júnior

de 13 annos de edade, residente cm Affonso Penna.2o premio — 101000:

Maria Luiza Ferreirade 12 annos de edade, residente na estação de D. Emilia,Estado do Rio, E. F. Leopoldina.

Enviaram-nos soluções:Ernani da C. Ferreira,Elza Elizabeth Isensée, Venancio

da Silva Passos, Horacio Urpia Neto, Edelvira de Moraes,Gervasio Guerra, Armanda de Toledo, Martha Duarte deVasconcellos, Ibrahim de Mello, Raul Fialho de Faria,Christováò dos Santos, Zoraido Lima, Onofre Archanjo dasNeves, Sebastião Victor Fourreaux, Francisca Samartine,Oscar Augusto Knoll, Thomaz Rutledge, Abrahão Bouças,Antônio Ignacio Vaz Pinto, João Lucas de Azevedo, Hila-rio da Silva Passos, Didimo Nunes Muniz, Gastão FariaSantos, Luiz Sanzoni, Valentim Portas Júnior, Torkel Za-crison, Antônio Estevão, Trajano Alencar Loureiro.AlmerioRamos, "Waldemar Pedro dos Santos, Celestino Costa,Alberoni F. da Cunha, José Cunha, Kita Peçanha, HamiltonPeçanha, Nita Guimarães, Dora Ferreira Guimarães, MarioPrimo de Limae Silva,Custodio Luiz da Silva, Virgilia A.de Magalhães, Joaquim G. Júnior, H. G. Menezes, OdetteCardoso, Almerinda Salazar dc Macedo, Wanda das Cha-gas Leite, Paulo Russell Mac-Cord, Maria do Carmo DiasLeal, Carmita Dias Leal, Nené Dias Leal, João Prado deOliveira, Alcino Moreira Machado, Luiz Bettamio de Aze-vedo, Álvaro Bezerra, Waldir Vial, Cacilda Vial, DagmarVial, Joaquim Carneiro, Maria Luiza de Oliveira, ManuelMiguelote Vianna, Nelson Faria Santos, Rossini de Medei-ros Raposo, Maria Luiza Rodrigues de Moraes, MessiasLutterback, Carmen Pereira, Hermengarda S. de Freitase outros, cujos nomes serão publicados brevemente.

RESULTADO DO CONCURSO N. 389

RESPOSTAS CERTAS :1* — Foice.2* — Hecla-tecla.3* — Kita-fita-chita.4o— Capa-tapa-chapa.5* — Palma-palmo.6' — Mirim.Muito animado. Os meninos responderam certo, a

todas as perguntas, dando o sorteio o seguinte resultado :1° premio — 10$000 :

Maria de Castrode 13 annos de edade, residente á rua dos Inválidos n. 34,Capital.

2° premio — 10S000 :Waldemar Travassos

de 11 annos de edade, residente á rua Moura n. 19, Pie-dade.

Enviaram-nos soluções :Paula da Silva Porto, Honorina dos Afflictos, Tete Xa-

vier, Cyro F. Valladão, Walter Martins. Maria AntoniaMartins, Galvina Lopes da Silva, Antônio I-imenta, JairCorrêa, Milton de Castro Menezes, Rubens de AzevedoLixa, Hortencia de Souza Lima, Paulo Lima, Eugenia Gon-çalves, Maria Antonietta Machado, Annibal Fernandes daCostaz Helena S. Alfayajulieta Gravaso, Joaquim P. deLe-mos, Irene Boere, Duice Muniz de Albuquerque, José Vi-eira, Germano Frederico Faulhammer, Maria da Concei-çao Paraíso, Hylda Pillar, Severino Primaz de Oliveira,Amaro Ache Pillar, José Leandro deSouza, Hylda A. Silvei-ra, Octavio F. Oliveira, Mario Primo Lima e Silva, DoloresCasanovas, Edwiges Marques, Helcio Eugênio de Lima eSilva, Elpidio de Mello, Romulo d'Alessandro, Maria daGloria Câmara, Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha DiasLeal, Carmita Dias Leal, Nenê Dias Leal, Santinha DiasLeal Nemo O. Leão, Silvestre Barbosa Veiga, Gelina Xa-vierd'Al.qantara, Alice Ferreira Figueiredo, Aurora Ferrei-ra_de Figueiredo, José G. Gonzaga, Paula de Carvalho,João Ratto, Cecilia Pinto, Álvaro Augusto Lopes, Dongapenteado, Cordclia Emmerich, Yruena Serzedcllo, ArioVelloso de Rezende, Haydée Lefevre, Olivia Curvcllo, JoséRamos leixeira Júnior, Sylvia da Silva Ramos VirgiliaMagalhães, Paulita de Ouro Preto, Nelson Guimarães The-reza Gomes Pereira, Manuel Paulino Reis, Carlos CaetanoMiragaya, Maximiano Gonçalves Pain Sobrinho, Norbertinade Souza, Olga da Rocha Santos, Octavio Salgueiro Bra-grança, Pedrinho Clément, Zeliá Calvacanti; Moacyr Cam-pos, Cecilia Lenz, Oswaldo Remy Martins Kalbert, Belli-nha M. Jullien, Alayde Cavalcanti, Jandira de Carvaího Se-rejo, Zelia Alves ML Barbosa, Maria Esther Alhados, Ame-rico Andrade Magalhães Gomes, José de Sylles CintraEduardo Ribeiro Geddes, Carlos Gomes Teixeira, Hele-na Ramos, Wanda das Chagas Leite, Ernesto Felippe Au-vray, Maria Eugenia Luna, Leonice Richardson, AngélicaNazareth, José Brito da Rocha, José Vital, Pedrina de Bri-a0' Ary GostaLoD°. Leonor de Toledo Leite, Ida C. Porto,Admar Maia, Jorge Abdu, Carlos Gomes Teixeira,-PauloAssumpção, Abigail Nicodemos do Valle, Judith de Olivei-ra Ferreira, Altivo de Oliveira Coimbra, Lincoln de Olivei-ra Coimbra, Carmen Rezende, Maria Eugenia Landim,

Jorge Duarte, Edla Caminha, André Martins Netto, Leoh-tina Muller, Olivia Voz, Arthemisia Lima, Raphael SantosJúnior, Herminia de Brito Ferraz da Luz, Jeronymo Perei-ra.Ernestina Nunes dos Santos,GeorginaNunes dos SantosVioleta Nazareth, Rachel da Rocha Lamenhe, Thereza deGouvêa, Nicoláu Bazzarelli, J. P. da Costa Ribeiro, J. Dias,Antônio Alberto de Oliveira, Maria da Gloria de Moraes,Juracy de Paiva e Silva, Aguinaldo Ramos Pimentel, Stellaoant Anna, Antônio de Mello Alvarenga, Venancio da Silvapassos, Hilário da Silva Passos, Mayot Prestes, JudithMonteiro de Miranda Gama, Álvaro Vianna da Silveiram xt nna' Leontina Estrella Walker, Romualdo BaptistaM. Monteiro, Arminda de Freitas, João Lucas de Azevedo,Carlos Dema de Lima, Orestes Costa, Maceu Carlos da Pa-tncinio, Waldemar do Sacramento, Coema Veiga, Britesde Azevedo Marques, Guiomar Franco, Hermann Faria,Gilberto Paiva Lacerda, Lucilia Muzzi, Martha dos SantosAbreu, Maria José da P. de França, Zoraido Lima, SaraMesquita, Lucila Azevedo, Benjamin José Theodoro, Alta-miro J. F. Braga, Eponina Ruas, Maria F. Menezes, Fran-cisco de Paula Diniz, Elisa Lobato, Maria de Lourdes Or-nellas de Oliveira, Dalila Pereira Leite, Graciano Neves,Jandyra Rocha Pinto, José dc Lemos, Mercedes da Silveira^Lyzandro Carneiro Guimarães, Alfredo Martins Ribeiro'Rogério de Freitas, Yvonne Lima, Nilda Mascarenhas'Odyla de Mello Franco, Nelson Vianna. Freire, AntônioGastão Sobrinho, Mocinha Oliveira Rodrigues, MoacyrVianna de Lima, Nair Pires, Amalia Cavalcanti do Re°-oAracy Martins, Plinio Mendes, Laurindo Ramos TeixeiraAlice Barges Ancora da Luz, Aracy Caldeira, HenriqueBapnsta Augusto Xavier, Maria da Conceição Pessoa deMello, Cyro Alfredo Coelho, Manuel de Souza e Silva Eu-gema Nobre, Miguel Beneid, Luiza Machado, LucindaMaia de Faria Mattoso, Maria Magdalena Maia Mattoso,Sylvino de Pana filho, Adeli Gomes Ferreira, IracemaRcsa, Helena Saldanha da Gama Alcalá, Carlinda AugustaRodrigues de Moraes, Adovaldo Costa Pinheiro, AntônioGastão Sobrinho, Mario de Aquino, Edmundo Ferreira daSilva, Olga Lydia Walker, Adeodato Botelho Filho, Antônio(íierra Pinto Coelho, Nair da kocha Azevedo, Noel Falcão,Zélia Sócrates, Maria Heloisa T. de Oliveira, Samuel Babo,O- Martins, A.'Xavier, Henrique Baptista, Aracy Caldeira,Alice Borges, Aurora da Cruz Lima, Anna Freire, Do-mingosPicorelli Júnior, José Maria Esteves, Aurélio San-tiago, Mana Luiza de Oliveira, Ary Kcerner Prado da Con-ceição, Maria de Castro, Domingos Custodio de Almeida,Anna Ruth Moreira, João Rodrigues Fortes, N. Bragae outros cujos nomes serão publicados opportunamente.

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O TICO-TICO 22CONCURSO N. 395

para os leitores da capital e dos estadosum problema de caricatura

Os concursos artísticos que tanto agradam por seu caracter de fantasia, são sempre reclamados por nossos que-ridos leitores. Pois ahi vai um dos mais interes«antes:Trata-se de ia-zcr uma caricatura geométrica. O contorno do rosto muito redondo d'esta caricatura já está riscado cm

um circulo perfeito no meio da pagina. Ahi já está até feito tambem o contorno dos olhos.Resta que os nossos leitores arrangem os demais traços do rosto com a barba—se o fizerem, dispondo para isso

apenas dos trez riscos pretos que estão abaixo do circulo. Recortem esses trez riscos, dividam-os em pedaços do modo quemelhor julgarem, collnndo esses' pedaços sobre o circulo, que hão de desenhar a caricatura.Sc quizerem fazer uma caricatura de papel recortem o circulo e dobrem-o ao meio antes de collar sobre elle os

pedacinhos dos riscos pretos.Damos aqui em torno do circulo quatro modelos mostrando como devem ser feitas essas caricaturas. Mas os nosso."

amiguinhos não devem copiar esses modelos, que estão ahi apenas para tornar mais clara a explicação. Devem fazer combinações novas. .

Recebemos soluções d'cste concurso até o dia 3 de Dezembro e daremos dous prêmios de 10$, por sorteio entre amelhores soluções. -

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CONCURSO N. 396Para os leitores da Capital e dos estados

Perguntas :1'—Sou de muito longe

Pelo homem transportadoSe eu não fosse bóa cousa

Não seria tão estimado.Nos bailes, quasi sempre,

Devo eu estar presenteE ás vezes faço bem

A qualquer um discute.Agora que conheceis,

As minhas obrigações,Passo já, c sem demora

A formar combinaçõesEm todas ellas entrarei,

No principio ou no final;São algumas combinações

Nisso, pois, não vejo mal.Antepondo Pa ú primeira,

Na Turquia vais achar,Porém, se o Pa vierdepois

Uma folha ha de dar.A segunda estará no corpo•-¦ Se um Fa a preceder,

A terceira será confusão,Sc um Os lhe accrcscer.

A quarta seguindo lePode do frio abrigar ' ,. .

Ea ultima, finalmente,'

Que é necessário matarQuem um Ve lhe propuzer

A solução ha de obter.Que é ?

2--—Qual é o objecto que se lhe tirarmos uma lettra ficavn animal?

(Enviada pelo menino Didimo Muniz)3'—Aos que já estudam geographia:

Serpenteio pela ItáliaCom uma syllaba só;

Na bella pátria de DanteNa terra do A—Mi—Dó,

Queé?(Enviada pela senhorita Pedrina de Brito)4-—Qual é o nome da mulher que se lhe tirarmos uma

lettra rica um trecho da musica ?(Enviada pela menina Abigail Nicomedes do VallejBons camaradinhas, hoje são poucas perguntas, a pri

meira depende apenas do raciocínio, para vocês daremlogo com a solução. As demais são bem fáceis e.. .mãos áobra I

Distribuiremos dous premios de 10$ aos leitores quenos enviarem soluções exactas até o dia 12 de Outubrocorrente.

As soluções que não vierem assignadas c acompanha-das dos respectivos vales não entrarão no sorteio.

O resultado do Concurso n.próximo numero d' O Tico-Tico.

376 será publicado no

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O TICO-TICO A VINGANÇA DE TOBY—i

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i, O pai de Mercedes, que era um explorador, trouxe da índia um ele-phante, que era muito intelligente e meigo. Mercedes queria-Jhe muito bem...Tendo Toby adoecido, por causa da mudança de clima. Mercedes tratou-o comtodo o carinho e foi sua enfermeira...

2) Graças aos cuidados de Mercedes, Toby entrou em convalescença, masestava muito aborrecido. Para distrahil-o, puzeram em seu cercado um ouriço»cacheiro. Estes dous companheiros tão differentes, veviam muito hem.

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^f^mmem^__________________-9__________E H____^r ^^^%__. ^.sBSB

x) Um dia, Raymundo, primo de Mercedes, foi visitai _. Elle era muitomáu. Aproveitando uma occasiào em que ninguém o via, foi ao cercado onde seachava Tobi/ e deu-lhe uma frueta coberta de espinhos.

4) Vendo que o elephante nAo se tinha deixado enganar, pegou em umapedra e atirou-lhe em cima.

5) O elephante procurou outra pedra... nao encontrou mais si-u compa-nheiro lá se achava. Com o choque da pedra, o ouriço, tinha-se enrolado comouma bola, de maneira que parecia a frueta que líiiyunoido jogara no ele-phante. E um... dous... trez...

6) ...Iiaymundo recebe esse projectil desconhecido, ferindo-se muito. Seo elephante fosse um homem teria censurado o menino mas era um animal esó teve esse meio para vingar-se da nffronta que recebera.

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO ^ pescaria (Continuação)m

1) Sentindo peso no anzol Chiquinho começou a puxal-o. Mas o anzol não vinha. Chiqui-nho deitou toda a força e só depois de se cansar muito...2) .. .conseguiu arrancar o anzol da agua. Imaginem que o que havia segurado na linha

do nosso amigo era um kágado. Mas foi preciso tal esforço que Chiquinho e Jagunço ro-'aram...i

iso

8

cA

-0

3) Cahiram dentro d'agua dando um formidável mergulho.Chiquinho cahiu de cabeça para baixo e quasi se afogou...

4) Mas o Jagunço não abandonou seu patrão. Agarrou-opor onde achou mais geito e tirou-o do rio...

5) Chiquinho todo molhado começou a se sacudir, Ja-gunço distrahiu-se com um boi que estava por alli. Então okágado que cahira na margem quiz se vingar..

{Continua)