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Caderno de Atividades• Fichas de trabalho por domínio: – Educação Literária – Leitura – Escrita – Oralidade [Expressão oral] – Gramática• Sugestões de resolução

3 • Materiais editáveis: – Planificação por sequência

de ensino-aprendizagem – Todas as fichas de trabalho

do Dossiê do Professor – Soluções de atividades – Grelhas de avaliação – Materiais de apoio ao Projeto

de Leitura – Planos para todas as

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O acesso à versão definitiva do E-manual Premium é exclusivo do Professor adotante e estará disponível a partir de setembro de 2015.

e-Manual do AlunoO acesso ao e-Manual do Aluno é disponibilizado, gratuitamente, na compra do manual em papel, no ano letivo 2015-2016, e poderá ser adquirido autonomamente através da Internet.

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Caderno de Apoio ao Estudo NOVO • Quadros-síntese e esquemas sobre

conteúdos de Educação Literária• Glossários (do texto poético, do

texto narrativo, do texto dramático e de termos literários) OFERTA AO ALUNO

2 CD Áudio16 faixas• Textos informativos• Cantigas trovadorescas• Excertos da Farsa de Inês Pereira

e do Auto da Feira• Poemas de Camões• Textos narrativos

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subunidades didáticas do manual

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estudo dos autores e obras do Programa e de conteúdos dos diversos domínios)

• Todos os materiais do Dossiê do Professor em versão digital

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São ainda apresentados ao longo das sequências:• Sínteses de Gramática com

exercícios• Sugestões para o Projeto de

Leitura• Remissões para: – Suplemento Informativo no final

do manual – Caderno de Apoio ao Estudo – Caderno de Atividades• Textos informativos com tópicos

de exploração• Grelha de autoavaliação (de

acordo com as Metas Curriculares)• Fichas Formativas no final de cada

sequência

Dossiê do Professor• Estrutura e organização do manual• Programa e Metas Curriculares de

Português (Ensino Secundário)• Planificação por sequência de

ensino-aprendizagem• Quadro-síntese de distribuição de

Metas Curriculares por sequência de ensino-aprendizagem

• Fichas de trabalho por domínio (Educação Literária, Leitura, Escrita, Oralidade e Gramática)

• Fichas de trabalho por sequência (com cotações, matrizes e grelhas de correção)

• Soluções para todas as fichas• Grelhas de avaliação• Transcrição de registos áudio,

radiofónicos e vídeo• Outros (Inter)Textos• Textos Informativos

Complementares• Materiais de apoio ao Projeto de

Leitura

4Estrutura das sequênciasCentralidade dos textos da Educação LiteráriaTodas as sequências se organizam de acordo com um conjunto de secções que se sucedem, conjugam ou complementam: • Pré-leitura • Leitura / Compreensão • Oralidade • Escrita • Pós-leitura

SEA 5 – Os Lusíadas de CamõesCantos I, V, VII, VIII, IX e X (excertos)

SEA 6 – História Trágico-MarítimaCapítulo V – “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1965)” (excertos)

Suplemento informativo*Organizado em quatro blocos distintos: • Oralidade e escrita • Texto • Gramática • Recursos estilísticos

* Com remissões ao longo do manual e exercícios no Caderno de Atividades. Os PowerPoint® didáticos permitem uma abordagem dinâmica dos conteúdos.

ManualEstrutura do manual

SEA 0 – DiagnósticoDiagnósticoO livro por dentro e por foraProjeto de LeituraFicha de LeituraFazer um trabalho (princípios do trabalho intelectual)

SEA 1 – Poesia TrovadorescaCantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer

SEA 2 – Fernão LopesCapítulos XI, CXV e CXLVIII da Crónica de D. João I (integrais)

SEA 3 – Gil VicenteFarsa de Inês Pereira (integral)Auto da Feira (integral)

SEA 4 – Rimas de CamõesRedondilhas e sonetos

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Dossiê do Professor4 Planos de Aula6CD Áudio5 e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)7 e-Manual do Aluno8

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2 Caderno de Atividades3Manual + Guia do Professor (nas margens laterais)

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NOVIDADE

54 Domínio Leitura

Ficha 8 · Relato de viagem

1. Mateus Brandão decidiu percorrer, durante vários meses, mais de vinte e cinco mil qui-lómetros, desde o extremo norte da Europa até ao sul de África. Dessa viagem nasceu o livro Destino: Sul.

1.1. Lê o excerto da obra.

72 horas de viagemChego a Lille. São onze e meia da noite e este parece ser o

último comboio a dar entrada na estação. Seguirei para Antuér-pia dentro de poucas horas. Tento esperar na gare, mas ao que parece encerra à meia-noite e ninguém pode ficar dentro. Pro-curo uma esquadra da Polícia mas a mais próxima está igual-mente encerrada. Pelo caminho cruzo a entrada de um hotel, e apesar de não estar na disposição de pagar 76 euros por meia dúzia de horas de estadia, ficar na rua também não é opção. Explico a situação, falo da minha viagem e peço para ficar apenas no hall. Não pode ser! Rogo um pouco mais, faço um “choradinho” e o amável rececionista enca-minha-me para o primeiro andar onde tenho uma sala com sofás de couro e uma casa de banho à minha espera… Que bela maneira de começar!

A estação de Lille abre às cinco da manhã, e pouco depois já lá me encontro. Entro no comboio para Antuérpia de onde seguirei para Berlim via Liège.

A estação de Antuérpia é talvez a mais bela do mundo. O seu edifí-cio possui três pisos para comboios e é seguramente uma das maiores e mais fantásticas estações onde já estive. Foi construída entre 1895 e 1905, sendo o mais antigo terminal ferroviário da Bélgica.

O dia é novamente passado com inúmeras trocas de comboio até chegar a Berlim. Espera-me a travessia para a Suécia num comboio no-turno apenas com camas – uma estreia para mim –, que cruza o Báltico através dos portos de Sassnitz e Trelleborg a bordo de um ferry, antes de chegar a Malmö.

Entretanto, e como ainda me restam três horas de espera, deam-bulo um pouco pela zona do Reichstag e das Portas de Brandenburgo.

Berlim é sem dúvida uma das minhas capitais de eleição! Uma ci-dade carregada de história e sofrimento, mas que se reinventa e volta a erguer, muito pela mão daqueles que nela habitam.

São 22h30 e o comboio está prestes a partir. No mesmo comparti-mento onde eu viajo encontro gente de diversas nacionalidades: sue-

cos, húngaros, japoneses e até uma tailandesa. Uma mistura étnica a espelhar na perfei-ção o espírito da viagem.

E quase sem dar por isso, é manhã em Malmö e o sol brilha, ainda que sob a ameaça de várias nuvens, mas mostrando-se mesmo assim um excelente tónico moralizador.

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Ficha 8

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© Porto Editora

Estação ferroviária de Antuérpia, Bélgica

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6 3. Gil Vicente

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Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

1. RIBEIRO, Cristina Almeida, 1991. Inês. Lisboa: Quimera (p. 7)

“O auto só chegará ao fim quando Inês tiver levado a bom termo o seu projeto de libertação.”1

“Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.”

“Sobre quantos mestres sãoExperiência dá lição.” (vv. 936-936)

Cultura popular

Negócio Negócio

Cultura cortês

“Agora quero tomar,pera boa vida gozar,um muito manso marido.Não no quero já sabido,Pois tão caro há de custar.”

(vv. 908-912)

“um bom marido, / rico, honrado, conhecido” (vv. 185-186)o “homem de bom pecado” (v. 327)

Pêro Marques

Lianor Vaz

Inês

Escudeiro Brás da Mata

Judeus casamenteiros

O marido “avisado” (vv. 182 e 619), “discreto” (v. 380) e “sabido” (v. 911)

Conflito intergeracional sobre o casamento

Libertação

“Mata o cavalo de sela,e bom é o asno que me leva.” (vv. 236-237)

“Não te é melhor, mal por mal,Inês, um bom oficial,que te ganhe nessa praça,que é um escravo de graça,e mais casas com teu igual?” (vv. 660-664)

“Eu hei de buscar maneirad' algum outro aviamento.”(vv. 8-9)

“mãe, eu me não casarei Senão com homem discreto” (vv. 379-380)

Mãe

Segurança

Promoção social

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Glossário do texto poético18

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ditora

Canção – Composição de forma fixa, constituída por uma série de estrofes, de número regular de ver-sos, culminando numa estrofe menor, em que a própria canção é apostrofada.

Cantiga – Composição poética que, na época me-dieval, associava o elemento lírico à música.

A partir do século XV, dissociados poema e mú-sica, designa qualquer peça lírica em versos cur-tos (normalmente em redondilha menor e maior); mais especificamente, designa uma composição sujeita a mote, de quatro ou cinco versos, seguido de uma glosa de oito ou dez versos, em que se desenvolve o tema enunciado no mote; nos casos em que temos mais de uma glosa, estas são obri-gadas ao mesmo esquema estrófico, repetindo--se em cada uma, a terminar, o último ou os dois últimos versos do mote, textualmente ou com variações.

Cantiga de amigo – Cantiga trovadoresca em que se expressa um enunciador feminino, que ma-nifesta, por vezes a confidentes, o seu estado de espírito face à relação amorosa com o “amigo”.

Cantiga de amor – Cantiga trovadoresca de ori-gem cortesã em que um enunciador masculino expressa, de forma convencionada, a sua paixão não correspondida por uma “Senhor” de alta condição social.

Cantiga de escárnio e maldizer – Cantiga trovado-resca de natureza satírica, em que se critica in-diretamente (por alusões) ou diretamente o alvo visado.

Cantiga de mestria – Cantiga trovadoresca carac-terizada pela ausência de refrão.

Cantiga de refrão – Cantiga trovadoresca que apre-senta refrão.

Cobla, copla ou cobra – Designação atribuída às estrofes, na poesia trovadoresca.

Écloga – Composição pastoril em verso e geral-mente dialogada.

Elegia – Poema de assunto triste ou doloroso.

Encavalgamento – Processo de ligação interestró-fica baseado na partição de unidades sintáticas. As frases iniciadas nos versos finais de uma es-trofe só terminam no início da seguinte.

Endechas ou trovas – Composições na medida velha (cf. página seguinte) com um número va-riável de estrofes, frequentemente quadras ou oitavas.

Escansão – Decomposição do verso nas suas uni-dades métricas, que frequentemente coinci-dem com as sílabas. O número de sílabas mé-tricas nem sempre é igual ao número de sílabas gramaticais; as métricas são geralmente em

menor número e isso deve-se ao facto de, na contagem das sílabas métricas, se ter em aten-ção o seguinte:

– só se contam as sílabas até à sílaba tónica da última palavra do verso;

– costumam juntar-se as sílabas que corres-pondem ao final de uma palavra terminada em vogal e ao início de outra palavra também iniciada por vogal (pois pronunciamos essas duas vogais juntamente, ligando-as).

De acordo com o número de sílabas métricas por que são constituídos, os versos adquirem denominações diferentes:

Vers

os c

om

1

síla

ba(s

) mét

rica

(s)

Monossílabo ou verso monossilábico

2 Dissílabo ou verso dissilábico

3 Trissílabo ou verso trissilábico

4 Tetrassílabo ou verso tetrassilábico

5 Pentassílabo ou verso pentassilábico ou (verso em) redondilha menor

6 Hexassílabo ou verso hexassilábico

7 Heptassílabo ou verso heptassilábicoou (verso em) redondilha maior

8 Octossílabo ou verso octossilábico

9 Eneassílabo ou verso eneassilábico

10 Decassílabo ou verso decassilábico

11 Hendecassílabo ou verso hendecassilábico

12 Dodecassílabo ou verso dodecassilábico ou alexandrino

+ de 12 Irregular

Esparsa – Composição originária da Provença, de uma estrofe só, que pode oscilar entre os oito e os dezasseis versos.

Estrofe – Sucessão de vários versos, constituindo uma secção de um poema. A estrofe é isométrica se todos os versos que a compõem têm o mesmo número de sílabas métricas, heterométrica se isso não acontece. Se a mesma estrofe se repete ao longo do poema, constitui-se como refrão.

As estrofes adquirem designações diferentes, consoante o número de versos por que são cons-tituídas:

Monóstico Estrofe com um verso

Dístico Estrofe com dois versos

Terceto Estrofe com três versos

Quadra Estrofe com quatro versos

Quintilha Estrofe com cinco versos

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75Domínio Gramática

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Ficha 5

Ficha 5 · Funções sintáticas

1. Lê as tiras de banda desenhada que se seguem.

SCOTT, Jerry, e BORGMAN, Jim, 2003. Resmas de Zits. Lisboa: Gradiva (p. 66)

1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes transcritos:

a. “Jeremy”

b. “Lembras-te do sr. Pitts?”

c. “[lembras-] te”

d. “do sr. Pitts”

e. “a malta menos imaginativa do planeta”

f. “era deste tamanhinho”

g. “deste tamanhinho”

h. “gostei da nossa conversinha”

i. “da nossa conversinha”

j. “sr. Pitts”

k. “Da próxima vez que o vir”

l. “que vai ser do meu tamanho”

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163Sequência 1. Poesia Trovadoresca

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fotocopiável

Ficha 1

Que soidade1 de mha senhor ei2,quando me nembra3 d’ ela qual a vie que me nembra que ben a oí4

falar, e, por quanto ben d’ ela sei, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder5, que mha leixe6, se lhi prouguer7, veer

Cedo, ca, pero8 mi nunca fez ben,se a non vir, non me posso guardard’ enssandecer9 ou morrer con pesar,e, por que ela tod’ en poder ten10, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a fez Nostro Senhor:de quantas outras [e]no mundo sonnon lhi fez par11, a la minha fé12, non,e, poi-la fez das melhores melhor, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a quis[o] Deus fazerque, se a non vir, non posso viver.

D. Dinis (CV 119, CBN 481), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 32-33) (1.ª ed.: 1975)

1. saudade; 2. tenho; 3. lembra; 4. ouvi; 5. end’ á o poder: tem o poder disso; 6. deixe; 7. prouver, agradar; 8. embora; 9. enlouquecer; 10. tod’ en poder ten: tem todo o poder; 11. […] tal fez Nostro Senhor: / de quantas outras [e]no mundo son / non lhi fez par: Nosso Senhor a fez tal [tão formosa] que não lhe deu par [outra mulher igual] no mundo; 12. a la minha fé: por minha fé.

Grupo I

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Lê a cantiga que se segue. Se necessário, consulta o glossário apresentado depois do texto.

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Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Menciona o sentimento que serve de pretexto para o lamento do sujeito poético e refere os seus efeitos sobre ele.

2. Apresenta três traços caracterizadores da “senhor”, confirmando a tua resposta com ele-mentos textuais.

3. Analisa a importância do dístico final na construção do sentido global do poema.

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Professor, Recursos do Projeto e Caderno de Atividades

327História Trágico-Marítima

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Por

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Pré-leitura

1. Observa os cartoons com atenção.

1.1. Descreve objetivamente cada um deles.

1.2. Identifica a(s) temática(s) comum(ns) a ambas as imagens.

2. Lê o texto que se segue e seleciona, fundamentando, um momento cujo conteúdo possa relacionar-se com as imagens que acabaste de analisar.

Entre a neblina, arrumação de terra Chegados a 27 daquele mês, começou a necessidade de lançarem às ondas os primei-

ros companheiros que morreram de fome. Certos homens, nesse transe, lembraram-se de pedir a Jorge de Albuquerque a permissão de comerem aqueles cadáveres. Ao ouvir este horrível requerimento, arrasaram-se-lhe os olhos de água. Não, não podia ser; não o consentiria, enquanto vivesse; se morresse, porém, dava-lhes licença de o comerem a ele.

O desespero, então, levou alguns a uma outra ideia: arrombar a nau para acabarem de vez. Soube-o o Albuquerque, e impediu que o fizessem. O mais triste, porém, é que estavam os míseros divididos em bandos, e sonhavam com brigas, – sendo todos uns espetros1 tão vizinhos da morte, e quase não se podendo conservar de pé. Jorge de Albu-querque, com mágoa infinita, os chamou à razão e os acalmou.

A 29, pela manhãzinha, avistou-se uma nau. Fizeram-lhe sinais alvoroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiseram valer, e seguiram seu rumo.

Mais três dias se passaram assim, no trabalho contínuo de dar à bomba. A 2 de outu-bro, entre a neblina, pareceu-lhes divisar2 arrumação de terra. Cerca do meio-dia, dissi-pou-se a névoa. Maravilha! Deus louvado! Era a serra de Sintra! Lá estava, ao cimo das rochas, a própria casa da Senhora de Pena!

PAVECIC, Marijan (Croácia), 2007. “Socorro”. In 9.º Porto Cartoon World Festival – Globalização. Porto: Afrontamento (p. 234)

AYRES, Érico Junqueira (Brasil), 2007. “Assalto no mar”. In Op. cit. (p. 226)

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GUIA DO PROFESSOR

Pré-leitura

MC L10 – 9. 1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras di-versas, fundamentando.

1.1. No primeiro cartoon podemos ver, em primeiro plano, algumas pessoas que se encontram no mar e pedem ajuda, sendo que no lado direito da imagem é possível ver parte do navio que naufragou. À esquerda, encontra-se uma embarcação maior de onde são lançados guarda-chuvas para as vítimas do acidente. A chuva é o elemento que enquadra esta cena. O segundo cartoon divide-se em três cenas/momentos: o pri-meiro, em que vemos um sobrevi-vente de um naufrágio que se en-contra em cima de um tronco de uma árvore, acenando por so-corro a uma embarcação que se avista ao longe; na segunda cena, a referida embarcação aproxima--se e os seus tripulantes apontam armas ao náufrago, que está de mãos no ar; na última cena, os tri-pulantes roubam ao náufrago o pouco que lhe restava – o tronco – deixando-o com um pneu, que lhe serve de boia.

1.2. A falta de solidariedade e de espírito de entreajuda entre os homens.

2. “A 29, pela manhãzinha, avistou--se uma nau. Fizeram-lhe sinais al-voroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiserem valer, e segui-ram seu rumo.”, ll. 11-12; “Avista-ram-se numerosas velas, que se afastaram.”, l. 21; “passou perto uma caravela, que se dirigia para a Pederneira. Suplicaram-lhe so-corro pagar-lho-iam bem. – Que Jesus lhes valesse, responderam eles; nada, não queriam perder tempo na sua viagem... E seguiram avante, sem nenhum dó.”, ll. 23-25.

OEXP10EPI_20140238_F21_4PCImg.indd 327 3/13/15 11:41 AM 329História Trágico-Marítima

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Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu: – Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por

outro caminho. Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que

não gracejasse, e respondesse à pergunta. E Jorge de Albuquerque: – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis? – Decerto. – Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de

D. Isabel, minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei! Só havia um ano que se não viam.

“As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”. In História Trágico-Marítima. Narrativas de naufrágios da época das conquistas (adaptação de António Sérgio), 2015. Capítulo V. Porto: Porto Editora (pp. 131-134) (1.ª ed.: 1735-1736)

1. fantasmas; em sentido figurado, pessoas magras; 2. avistar; 3. casco velho de um navio; 4. peça de artilharia curta; 5. animar.

Leitura | Compreensão

1. Lê as afirmações apresentadas e, tendo em conta o conteúdo do texto, refere se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

a. O comandante recusa as propostas dos companheiros por estas colocarem em causa os seus princípios religiosos.

b. A expressão “sendo todos uns espetros tão vizinhos da morte” (ll. 8-9) concretiza uma metonímia.

c. Através dos encontros da nau Santo António com outras embarcações, realça-se a falta de solidariedade entre os homens.

d. A locução conjuncional “tanto que” (l. 35) tem um valor consecutivo no contexto em que ocorre.

e. O senhorio da barca que resgatou a nau Santo António levou a barca até Belém, onde desembarcou Jorge de Albuquerque.

f. O diálogo final entre D. Jerónimo de Moura e Jorge de Albuquerque pretende destacar o envelhecimento prematuro de Jorge de Albuquerque em virtude da sua história trágico-marítima.

1.1. Corrige as afirmações falsas.

Escrita

1. Escreve uma exposição, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre o modo como as aventuras e desventuras dos Descobrimentos surgem perspetivadas nas obras História Trágico-Marítima e Os Lusíadas.

1.1. Planifica previamente o teu texto, registando, em esquema, tabela ou listagem, os tópicos que pretendes destacar e os exemplos das duas obras que os ilustram. Depois da textualização, revê e aperfeiçoa o teu texto.

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GUIA DO PROFESSOR

Leitura | Compreensão

MC EL10 – 14. 2. Ler textos lite-rários portugueses […], perten-centes aos séculos XII a XVI. 14. 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e uni-versos de referência, justificando. 14. 4. Fazer inferências, funda-mentando.

G10 – 18. 4. Identificar orações su-bordinadas.

1. e 1.1. a. V. b. F. Trata-se de uma metáfora. c. V. d. F. A locução con-juncional tem um valor temporal. e. F. Uma galé enviada pelo Car-deal infante D. Henrique conduziu a nau até Belém. f. V.

Escrita

MC E10 – 10. 1. Pesquisar infor-mação pertinente. 10. 2. Elaborar planos […].11. 1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um tema […]. 12. 1. Respeitar o tema. 12. 2. Mobilizar informação ade-quada ao tema.12. 3. Redigir um texto estrutu-rado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual com marcação correta de pará-grafos e utilização adequada de conectores. 12. 4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário ade-quado ao tema, correção na acen-tuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 13. 1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

EL10 – 15. 5. Escrever exposições (entre 120 e 150 palavras) sobre temas respeitantes às obras estu-dadas, seguindo tópicos fornecidos.

PowerPoint® didáticos

Exposição sobre um tema

Grelhas de avaliação

Grelha de avaliação da escrita – Exposição

Grelha de autoavaliação da escrita

OEXP10EPI_20140238_F21_4PCImg.indd 329 3/13/15 11:41 AM

OEXP10EPI_20140238_CAP.indd 2 3/19/15 9:08 AM

Page 4: e-Manual Premium · Os PowerPoint®didáticos permitem uma abordagem dinâmica dos conteúdos. Manual Estrutura do manual SEA 0 – Diagnóstico Diagnóstico O livro por dentro e

Caderno de Atividades• Fichas de trabalho por domínio: – Educação Literária – Leitura – Escrita – Oralidade [Expressão oral] – Gramática• Sugestões de resolução

3 • Materiais editáveis: – Planificação por sequência

de ensino-aprendizagem – Todas as fichas de trabalho

do Dossiê do Professor – Soluções de atividades – Grelhas de avaliação – Materiais de apoio ao Projeto

de Leitura – Planos para todas as

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e-Manual do AlunoO acesso ao e-Manual do Aluno é disponibilizado, gratuitamente, na compra do manual em papel, no ano letivo 2015-2016, e poderá ser adquirido autonomamente através da Internet.

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2 CD Áudio16 faixas• Textos informativos• Cantigas trovadorescas• Excertos da Farsa de Inês Pereira

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subunidades didáticas do manual

e-Manual PremiumVersão digital do manual com acesso a todos os recursos do projeto em contexto.

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estudo dos autores e obras do Programa e de conteúdos dos diversos domínios)

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6

7

São ainda apresentados ao longo das sequências:• Sínteses de Gramática com

exercícios• Sugestões para o Projeto de

Leitura• Remissões para: – Suplemento Informativo no final

do manual – Caderno de Apoio ao Estudo – Caderno de Atividades• Textos informativos com tópicos

de exploração• Grelha de autoavaliação (de

acordo com as Metas Curriculares)• Fichas Formativas no final de cada

sequência

Dossiê do Professor• Estrutura e organização do manual• Programa e Metas Curriculares de

Português (Ensino Secundário)• Planificação por sequência de

ensino-aprendizagem• Quadro-síntese de distribuição de

Metas Curriculares por sequência de ensino-aprendizagem

• Fichas de trabalho por domínio (Educação Literária, Leitura, Escrita, Oralidade e Gramática)

• Fichas de trabalho por sequência (com cotações, matrizes e grelhas de correção)

• Soluções para todas as fichas• Grelhas de avaliação• Transcrição de registos áudio,

radiofónicos e vídeo• Outros (Inter)Textos• Textos Informativos

Complementares• Materiais de apoio ao Projeto de

Leitura

4Estrutura das sequênciasCentralidade dos textos da Educação LiteráriaTodas as sequências se organizam de acordo com um conjunto de secções que se sucedem, conjugam ou complementam: • Pré-leitura • Leitura / Compreensão • Oralidade • Escrita • Pós-leitura

SEA 5 – Os Lusíadas de CamõesCantos I, V, VII, VIII, IX e X (excertos)

SEA 6 – História Trágico-MarítimaCapítulo V – “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1965)” (excertos)

Suplemento informativo*Organizado em quatro blocos distintos: • Oralidade e escrita • Texto • Gramática • Recursos estilísticos

* Com remissões ao longo do manual e exercícios no Caderno de Atividades. Os PowerPoint® didáticos permitem uma abordagem dinâmica dos conteúdos.

ManualEstrutura do manual

SEA 0 – DiagnósticoDiagnósticoO livro por dentro e por foraProjeto de LeituraFicha de LeituraFazer um trabalho (princípios do trabalho intelectual)

SEA 1 – Poesia TrovadorescaCantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer

SEA 2 – Fernão LopesCapítulos XI, CXV e CXLVIII da Crónica de D. João I (integrais)

SEA 3 – Gil VicenteFarsa de Inês Pereira (integral)Auto da Feira (integral)

SEA 4 – Rimas de CamõesRedondilhas e sonetos

1

Dossiê do Professor4 Planos de Aula6CD Áudio5 e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)7 e-Manual do Aluno8

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2 Caderno de Atividades3Manual + Guia do Professor (nas margens laterais)

1

NOVIDADE

54 Domínio Leitura

Ficha 8 · Relato de viagem

1. Mateus Brandão decidiu percorrer, durante vários meses, mais de vinte e cinco mil qui-lómetros, desde o extremo norte da Europa até ao sul de África. Dessa viagem nasceu o livro Destino: Sul.

1.1. Lê o excerto da obra.

72 horas de viagemChego a Lille. São onze e meia da noite e este parece ser o

último comboio a dar entrada na estação. Seguirei para Antuér-pia dentro de poucas horas. Tento esperar na gare, mas ao que parece encerra à meia-noite e ninguém pode ficar dentro. Pro-curo uma esquadra da Polícia mas a mais próxima está igual-mente encerrada. Pelo caminho cruzo a entrada de um hotel, e apesar de não estar na disposição de pagar 76 euros por meia dúzia de horas de estadia, ficar na rua também não é opção. Explico a situação, falo da minha viagem e peço para ficar apenas no hall. Não pode ser! Rogo um pouco mais, faço um “choradinho” e o amável rececionista enca-minha-me para o primeiro andar onde tenho uma sala com sofás de couro e uma casa de banho à minha espera… Que bela maneira de começar!

A estação de Lille abre às cinco da manhã, e pouco depois já lá me encontro. Entro no comboio para Antuérpia de onde seguirei para Berlim via Liège.

A estação de Antuérpia é talvez a mais bela do mundo. O seu edifí-cio possui três pisos para comboios e é seguramente uma das maiores e mais fantásticas estações onde já estive. Foi construída entre 1895 e 1905, sendo o mais antigo terminal ferroviário da Bélgica.

O dia é novamente passado com inúmeras trocas de comboio até chegar a Berlim. Espera-me a travessia para a Suécia num comboio no-turno apenas com camas – uma estreia para mim –, que cruza o Báltico através dos portos de Sassnitz e Trelleborg a bordo de um ferry, antes de chegar a Malmö.

Entretanto, e como ainda me restam três horas de espera, deam-bulo um pouco pela zona do Reichstag e das Portas de Brandenburgo.

Berlim é sem dúvida uma das minhas capitais de eleição! Uma ci-dade carregada de história e sofrimento, mas que se reinventa e volta a erguer, muito pela mão daqueles que nela habitam.

São 22h30 e o comboio está prestes a partir. No mesmo comparti-mento onde eu viajo encontro gente de diversas nacionalidades: sue-

cos, húngaros, japoneses e até uma tailandesa. Uma mistura étnica a espelhar na perfei-ção o espírito da viagem.

E quase sem dar por isso, é manhã em Malmö e o sol brilha, ainda que sob a ameaça de várias nuvens, mas mostrando-se mesmo assim um excelente tónico moralizador.

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Ficha 8

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© Porto Editora

Estação ferroviária de Antuérpia, Bélgica

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6 3. Gil Vicente

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© Porto E

ditora

Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

1. RIBEIRO, Cristina Almeida, 1991. Inês. Lisboa: Quimera (p. 7)

“O auto só chegará ao fim quando Inês tiver levado a bom termo o seu projeto de libertação.”1

“Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.”

“Sobre quantos mestres sãoExperiência dá lição.” (vv. 936-936)

Cultura popular

Negócio Negócio

Cultura cortês

“Agora quero tomar,pera boa vida gozar,um muito manso marido.Não no quero já sabido,Pois tão caro há de custar.”

(vv. 908-912)

“um bom marido, / rico, honrado, conhecido” (vv. 185-186)o “homem de bom pecado” (v. 327)

Pêro Marques

Lianor Vaz

Inês

Escudeiro Brás da Mata

Judeus casamenteiros

O marido “avisado” (vv. 182 e 619), “discreto” (v. 380) e “sabido” (v. 911)

Conflito intergeracional sobre o casamento

Libertação

“Mata o cavalo de sela,e bom é o asno que me leva.” (vv. 236-237)

“Não te é melhor, mal por mal,Inês, um bom oficial,que te ganhe nessa praça,que é um escravo de graça,e mais casas com teu igual?” (vv. 660-664)

“Eu hei de buscar maneirad' algum outro aviamento.”(vv. 8-9)

“mãe, eu me não casarei Senão com homem discreto” (vv. 379-380)

Mãe

Segurança

Promoção social

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Glossário do texto poético18

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© Porto E

ditora

Canção – Composição de forma fixa, constituída por uma série de estrofes, de número regular de ver-sos, culminando numa estrofe menor, em que a própria canção é apostrofada.

Cantiga – Composição poética que, na época me-dieval, associava o elemento lírico à música.

A partir do século XV, dissociados poema e mú-sica, designa qualquer peça lírica em versos cur-tos (normalmente em redondilha menor e maior); mais especificamente, designa uma composição sujeita a mote, de quatro ou cinco versos, seguido de uma glosa de oito ou dez versos, em que se desenvolve o tema enunciado no mote; nos casos em que temos mais de uma glosa, estas são obri-gadas ao mesmo esquema estrófico, repetindo--se em cada uma, a terminar, o último ou os dois últimos versos do mote, textualmente ou com variações.

Cantiga de amigo – Cantiga trovadoresca em que se expressa um enunciador feminino, que ma-nifesta, por vezes a confidentes, o seu estado de espírito face à relação amorosa com o “amigo”.

Cantiga de amor – Cantiga trovadoresca de ori-gem cortesã em que um enunciador masculino expressa, de forma convencionada, a sua paixão não correspondida por uma “Senhor” de alta condição social.

Cantiga de escárnio e maldizer – Cantiga trovado-resca de natureza satírica, em que se critica in-diretamente (por alusões) ou diretamente o alvo visado.

Cantiga de mestria – Cantiga trovadoresca carac-terizada pela ausência de refrão.

Cantiga de refrão – Cantiga trovadoresca que apre-senta refrão.

Cobla, copla ou cobra – Designação atribuída às estrofes, na poesia trovadoresca.

Écloga – Composição pastoril em verso e geral-mente dialogada.

Elegia – Poema de assunto triste ou doloroso.

Encavalgamento – Processo de ligação interestró-fica baseado na partição de unidades sintáticas. As frases iniciadas nos versos finais de uma es-trofe só terminam no início da seguinte.

Endechas ou trovas – Composições na medida velha (cf. página seguinte) com um número va-riável de estrofes, frequentemente quadras ou oitavas.

Escansão – Decomposição do verso nas suas uni-dades métricas, que frequentemente coinci-dem com as sílabas. O número de sílabas mé-tricas nem sempre é igual ao número de sílabas gramaticais; as métricas são geralmente em

menor número e isso deve-se ao facto de, na contagem das sílabas métricas, se ter em aten-ção o seguinte:

– só se contam as sílabas até à sílaba tónica da última palavra do verso;

– costumam juntar-se as sílabas que corres-pondem ao final de uma palavra terminada em vogal e ao início de outra palavra também iniciada por vogal (pois pronunciamos essas duas vogais juntamente, ligando-as).

De acordo com o número de sílabas métricas por que são constituídos, os versos adquirem denominações diferentes:

Vers

os c

om

1

síla

ba(s

) mét

rica

(s)

Monossílabo ou verso monossilábico

2 Dissílabo ou verso dissilábico

3 Trissílabo ou verso trissilábico

4 Tetrassílabo ou verso tetrassilábico

5 Pentassílabo ou verso pentassilábico ou (verso em) redondilha menor

6 Hexassílabo ou verso hexassilábico

7 Heptassílabo ou verso heptassilábicoou (verso em) redondilha maior

8 Octossílabo ou verso octossilábico

9 Eneassílabo ou verso eneassilábico

10 Decassílabo ou verso decassilábico

11 Hendecassílabo ou verso hendecassilábico

12 Dodecassílabo ou verso dodecassilábico ou alexandrino

+ de 12 Irregular

Esparsa – Composição originária da Provença, de uma estrofe só, que pode oscilar entre os oito e os dezasseis versos.

Estrofe – Sucessão de vários versos, constituindo uma secção de um poema. A estrofe é isométrica se todos os versos que a compõem têm o mesmo número de sílabas métricas, heterométrica se isso não acontece. Se a mesma estrofe se repete ao longo do poema, constitui-se como refrão.

As estrofes adquirem designações diferentes, consoante o número de versos por que são cons-tituídas:

Monóstico Estrofe com um verso

Dístico Estrofe com dois versos

Terceto Estrofe com três versos

Quadra Estrofe com quatro versos

Quintilha Estrofe com cinco versos

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75Domínio Gramática

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A ©

Por

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dito

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Ficha 5

Ficha 5 · Funções sintáticas

1. Lê as tiras de banda desenhada que se seguem.

SCOTT, Jerry, e BORGMAN, Jim, 2003. Resmas de Zits. Lisboa: Gradiva (p. 66)

1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes transcritos:

a. “Jeremy”

b. “Lembras-te do sr. Pitts?”

c. “[lembras-] te”

d. “do sr. Pitts”

e. “a malta menos imaginativa do planeta”

f. “era deste tamanhinho”

g. “deste tamanhinho”

h. “gostei da nossa conversinha”

i. “da nossa conversinha”

j. “sr. Pitts”

k. “Da próxima vez que o vir”

l. “que vai ser do meu tamanho”

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163Sequência 1. Poesia Trovadoresca

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fotocopiável

Ficha 1

Que soidade1 de mha senhor ei2,quando me nembra3 d’ ela qual a vie que me nembra que ben a oí4

falar, e, por quanto ben d’ ela sei, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder5, que mha leixe6, se lhi prouguer7, veer

Cedo, ca, pero8 mi nunca fez ben,se a non vir, non me posso guardard’ enssandecer9 ou morrer con pesar,e, por que ela tod’ en poder ten10, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a fez Nostro Senhor:de quantas outras [e]no mundo sonnon lhi fez par11, a la minha fé12, non,e, poi-la fez das melhores melhor, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a quis[o] Deus fazerque, se a non vir, non posso viver.

D. Dinis (CV 119, CBN 481), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 32-33) (1.ª ed.: 1975)

1. saudade; 2. tenho; 3. lembra; 4. ouvi; 5. end’ á o poder: tem o poder disso; 6. deixe; 7. prouver, agradar; 8. embora; 9. enlouquecer; 10. tod’ en poder ten: tem todo o poder; 11. […] tal fez Nostro Senhor: / de quantas outras [e]no mundo son / non lhi fez par: Nosso Senhor a fez tal [tão formosa] que não lhe deu par [outra mulher igual] no mundo; 12. a la minha fé: por minha fé.

Grupo I

A

Lê a cantiga que se segue. Se necessário, consulta o glossário apresentado depois do texto.

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Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Menciona o sentimento que serve de pretexto para o lamento do sujeito poético e refere os seus efeitos sobre ele.

2. Apresenta três traços caracterizadores da “senhor”, confirmando a tua resposta com ele-mentos textuais.

3. Analisa a importância do dístico final na construção do sentido global do poema.

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NOVO

Guia do Professornas margens laterais do manual

• Cenários de resposta dos questionários

• Metas Curriculares trabalhadas • Sugestões de outras atividades• Informações relevantes• Remissões para o Dossiê do

Professor, Recursos do Projeto e Caderno de Atividades

327História Trágico-Marítima

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Por

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Pré-leitura

1. Observa os cartoons com atenção.

1.1. Descreve objetivamente cada um deles.

1.2. Identifica a(s) temática(s) comum(ns) a ambas as imagens.

2. Lê o texto que se segue e seleciona, fundamentando, um momento cujo conteúdo possa relacionar-se com as imagens que acabaste de analisar.

Entre a neblina, arrumação de terra Chegados a 27 daquele mês, começou a necessidade de lançarem às ondas os primei-

ros companheiros que morreram de fome. Certos homens, nesse transe, lembraram-se de pedir a Jorge de Albuquerque a permissão de comerem aqueles cadáveres. Ao ouvir este horrível requerimento, arrasaram-se-lhe os olhos de água. Não, não podia ser; não o consentiria, enquanto vivesse; se morresse, porém, dava-lhes licença de o comerem a ele.

O desespero, então, levou alguns a uma outra ideia: arrombar a nau para acabarem de vez. Soube-o o Albuquerque, e impediu que o fizessem. O mais triste, porém, é que estavam os míseros divididos em bandos, e sonhavam com brigas, – sendo todos uns espetros1 tão vizinhos da morte, e quase não se podendo conservar de pé. Jorge de Albu-querque, com mágoa infinita, os chamou à razão e os acalmou.

A 29, pela manhãzinha, avistou-se uma nau. Fizeram-lhe sinais alvoroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiseram valer, e seguiram seu rumo.

Mais três dias se passaram assim, no trabalho contínuo de dar à bomba. A 2 de outu-bro, entre a neblina, pareceu-lhes divisar2 arrumação de terra. Cerca do meio-dia, dissi-pou-se a névoa. Maravilha! Deus louvado! Era a serra de Sintra! Lá estava, ao cimo das rochas, a própria casa da Senhora de Pena!

PAVECIC, Marijan (Croácia), 2007. “Socorro”. In 9.º Porto Cartoon World Festival – Globalização. Porto: Afrontamento (p. 234)

AYRES, Érico Junqueira (Brasil), 2007. “Assalto no mar”. In Op. cit. (p. 226)

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GUIA DO PROFESSOR

Pré-leitura

MC L10 – 9. 1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras di-versas, fundamentando.

1.1. No primeiro cartoon podemos ver, em primeiro plano, algumas pessoas que se encontram no mar e pedem ajuda, sendo que no lado direito da imagem é possível ver parte do navio que naufragou. À esquerda, encontra-se uma embarcação maior de onde são lançados guarda-chuvas para as vítimas do acidente. A chuva é o elemento que enquadra esta cena. O segundo cartoon divide-se em três cenas/momentos: o pri-meiro, em que vemos um sobrevi-vente de um naufrágio que se en-contra em cima de um tronco de uma árvore, acenando por so-corro a uma embarcação que se avista ao longe; na segunda cena, a referida embarcação aproxima--se e os seus tripulantes apontam armas ao náufrago, que está de mãos no ar; na última cena, os tri-pulantes roubam ao náufrago o pouco que lhe restava – o tronco – deixando-o com um pneu, que lhe serve de boia.

1.2. A falta de solidariedade e de espírito de entreajuda entre os homens.

2. “A 29, pela manhãzinha, avistou--se uma nau. Fizeram-lhe sinais al-voroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiserem valer, e segui-ram seu rumo.”, ll. 11-12; “Avista-ram-se numerosas velas, que se afastaram.”, l. 21; “passou perto uma caravela, que se dirigia para a Pederneira. Suplicaram-lhe so-corro pagar-lho-iam bem. – Que Jesus lhes valesse, responderam eles; nada, não queriam perder tempo na sua viagem... E seguiram avante, sem nenhum dó.”, ll. 23-25.

OEXP10EPI_20140238_F21_4PCImg.indd 327 3/13/15 11:41 AM 329História Trágico-Marítima

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Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu: – Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por

outro caminho. Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que

não gracejasse, e respondesse à pergunta. E Jorge de Albuquerque: – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis? – Decerto. – Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de

D. Isabel, minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei! Só havia um ano que se não viam.

“As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”. In História Trágico-Marítima. Narrativas de naufrágios da época das conquistas (adaptação de António Sérgio), 2015. Capítulo V. Porto: Porto Editora (pp. 131-134) (1.ª ed.: 1735-1736)

1. fantasmas; em sentido figurado, pessoas magras; 2. avistar; 3. casco velho de um navio; 4. peça de artilharia curta; 5. animar.

Leitura | Compreensão

1. Lê as afirmações apresentadas e, tendo em conta o conteúdo do texto, refere se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

a. O comandante recusa as propostas dos companheiros por estas colocarem em causa os seus princípios religiosos.

b. A expressão “sendo todos uns espetros tão vizinhos da morte” (ll. 8-9) concretiza uma metonímia.

c. Através dos encontros da nau Santo António com outras embarcações, realça-se a falta de solidariedade entre os homens.

d. A locução conjuncional “tanto que” (l. 35) tem um valor consecutivo no contexto em que ocorre.

e. O senhorio da barca que resgatou a nau Santo António levou a barca até Belém, onde desembarcou Jorge de Albuquerque.

f. O diálogo final entre D. Jerónimo de Moura e Jorge de Albuquerque pretende destacar o envelhecimento prematuro de Jorge de Albuquerque em virtude da sua história trágico-marítima.

1.1. Corrige as afirmações falsas.

Escrita

1. Escreve uma exposição, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre o modo como as aventuras e desventuras dos Descobrimentos surgem perspetivadas nas obras História Trágico-Marítima e Os Lusíadas.

1.1. Planifica previamente o teu texto, registando, em esquema, tabela ou listagem, os tópicos que pretendes destacar e os exemplos das duas obras que os ilustram. Depois da textualização, revê e aperfeiçoa o teu texto.

55

60

GUIA DO PROFESSOR

Leitura | Compreensão

MC EL10 – 14. 2. Ler textos lite-rários portugueses […], perten-centes aos séculos XII a XVI. 14. 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e uni-versos de referência, justificando. 14. 4. Fazer inferências, funda-mentando.

G10 – 18. 4. Identificar orações su-bordinadas.

1. e 1.1. a. V. b. F. Trata-se de uma metáfora. c. V. d. F. A locução con-juncional tem um valor temporal. e. F. Uma galé enviada pelo Car-deal infante D. Henrique conduziu a nau até Belém. f. V.

Escrita

MC E10 – 10. 1. Pesquisar infor-mação pertinente. 10. 2. Elaborar planos […].11. 1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um tema […]. 12. 1. Respeitar o tema. 12. 2. Mobilizar informação ade-quada ao tema.12. 3. Redigir um texto estrutu-rado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual com marcação correta de pará-grafos e utilização adequada de conectores. 12. 4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário ade-quado ao tema, correção na acen-tuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 13. 1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

EL10 – 15. 5. Escrever exposições (entre 120 e 150 palavras) sobre temas respeitantes às obras estu-dadas, seguindo tópicos fornecidos.

PowerPoint® didáticos

Exposição sobre um tema

Grelhas de avaliação

Grelha de avaliação da escrita – Exposição

Grelha de autoavaliação da escrita

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Caderno de Atividades• Fichas de trabalho por domínio: – Educação Literária – Leitura – Escrita – Oralidade [Expressão oral] – Gramática• Sugestões de resolução

3 • Materiais editáveis: – Planificação por sequência

de ensino-aprendizagem – Todas as fichas de trabalho

do Dossiê do Professor – Soluções de atividades – Grelhas de avaliação – Materiais de apoio ao Projeto

de Leitura – Planos para todas as

subunidades didáticas

O acesso à versão definitiva do E-manual Premium é exclusivo do Professor adotante e estará disponível a partir de setembro de 2015.

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estudo dos autores e obras do Programa e de conteúdos dos diversos domínios)

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São ainda apresentados ao longo das sequências:• Sínteses de Gramática com

exercícios• Sugestões para o Projeto de

Leitura• Remissões para: – Suplemento Informativo no final

do manual – Caderno de Apoio ao Estudo – Caderno de Atividades• Textos informativos com tópicos

de exploração• Grelha de autoavaliação (de

acordo com as Metas Curriculares)• Fichas Formativas no final de cada

sequência

Dossiê do Professor• Estrutura e organização do manual• Programa e Metas Curriculares de

Português (Ensino Secundário)• Planificação por sequência de

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radiofónicos e vídeo• Outros (Inter)Textos• Textos Informativos

Complementares• Materiais de apoio ao Projeto de

Leitura

4Estrutura das sequênciasCentralidade dos textos da Educação LiteráriaTodas as sequências se organizam de acordo com um conjunto de secções que se sucedem, conjugam ou complementam: • Pré-leitura • Leitura / Compreensão • Oralidade • Escrita • Pós-leitura

SEA 5 – Os Lusíadas de CamõesCantos I, V, VII, VIII, IX e X (excertos)

SEA 6 – História Trágico-MarítimaCapítulo V – “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1965)” (excertos)

Suplemento informativo*Organizado em quatro blocos distintos: • Oralidade e escrita • Texto • Gramática • Recursos estilísticos

* Com remissões ao longo do manual e exercícios no Caderno de Atividades. Os PowerPoint® didáticos permitem uma abordagem dinâmica dos conteúdos.

ManualEstrutura do manual

SEA 0 – DiagnósticoDiagnósticoO livro por dentro e por foraProjeto de LeituraFicha de LeituraFazer um trabalho (princípios do trabalho intelectual)

SEA 1 – Poesia TrovadorescaCantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer

SEA 2 – Fernão LopesCapítulos XI, CXV e CXLVIII da Crónica de D. João I (integrais)

SEA 3 – Gil VicenteFarsa de Inês Pereira (integral)Auto da Feira (integral)

SEA 4 – Rimas de CamõesRedondilhas e sonetos

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Dossiê do Professor4 Planos de Aula6CD Áudio5 e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)7 e-Manual do Aluno8

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NOVIDADE

54 Domínio Leitura

Ficha 8 · Relato de viagem

1. Mateus Brandão decidiu percorrer, durante vários meses, mais de vinte e cinco mil qui-lómetros, desde o extremo norte da Europa até ao sul de África. Dessa viagem nasceu o livro Destino: Sul.

1.1. Lê o excerto da obra.

72 horas de viagemChego a Lille. São onze e meia da noite e este parece ser o

último comboio a dar entrada na estação. Seguirei para Antuér-pia dentro de poucas horas. Tento esperar na gare, mas ao que parece encerra à meia-noite e ninguém pode ficar dentro. Pro-curo uma esquadra da Polícia mas a mais próxima está igual-mente encerrada. Pelo caminho cruzo a entrada de um hotel, e apesar de não estar na disposição de pagar 76 euros por meia dúzia de horas de estadia, ficar na rua também não é opção. Explico a situação, falo da minha viagem e peço para ficar apenas no hall. Não pode ser! Rogo um pouco mais, faço um “choradinho” e o amável rececionista enca-minha-me para o primeiro andar onde tenho uma sala com sofás de couro e uma casa de banho à minha espera… Que bela maneira de começar!

A estação de Lille abre às cinco da manhã, e pouco depois já lá me encontro. Entro no comboio para Antuérpia de onde seguirei para Berlim via Liège.

A estação de Antuérpia é talvez a mais bela do mundo. O seu edifí-cio possui três pisos para comboios e é seguramente uma das maiores e mais fantásticas estações onde já estive. Foi construída entre 1895 e 1905, sendo o mais antigo terminal ferroviário da Bélgica.

O dia é novamente passado com inúmeras trocas de comboio até chegar a Berlim. Espera-me a travessia para a Suécia num comboio no-turno apenas com camas – uma estreia para mim –, que cruza o Báltico através dos portos de Sassnitz e Trelleborg a bordo de um ferry, antes de chegar a Malmö.

Entretanto, e como ainda me restam três horas de espera, deam-bulo um pouco pela zona do Reichstag e das Portas de Brandenburgo.

Berlim é sem dúvida uma das minhas capitais de eleição! Uma ci-dade carregada de história e sofrimento, mas que se reinventa e volta a erguer, muito pela mão daqueles que nela habitam.

São 22h30 e o comboio está prestes a partir. No mesmo comparti-mento onde eu viajo encontro gente de diversas nacionalidades: sue-

cos, húngaros, japoneses e até uma tailandesa. Uma mistura étnica a espelhar na perfei-ção o espírito da viagem.

E quase sem dar por isso, é manhã em Malmö e o sol brilha, ainda que sob a ameaça de várias nuvens, mas mostrando-se mesmo assim um excelente tónico moralizador.

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Ficha 8

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© Porto Editora

Estação ferroviária de Antuérpia, Bélgica

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6 3. Gil Vicente

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Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

1. RIBEIRO, Cristina Almeida, 1991. Inês. Lisboa: Quimera (p. 7)

“O auto só chegará ao fim quando Inês tiver levado a bom termo o seu projeto de libertação.”1

“Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.”

“Sobre quantos mestres sãoExperiência dá lição.” (vv. 936-936)

Cultura popular

Negócio Negócio

Cultura cortês

“Agora quero tomar,pera boa vida gozar,um muito manso marido.Não no quero já sabido,Pois tão caro há de custar.”

(vv. 908-912)

“um bom marido, / rico, honrado, conhecido” (vv. 185-186)o “homem de bom pecado” (v. 327)

Pêro Marques

Lianor Vaz

Inês

Escudeiro Brás da Mata

Judeus casamenteiros

O marido “avisado” (vv. 182 e 619), “discreto” (v. 380) e “sabido” (v. 911)

Conflito intergeracional sobre o casamento

Libertação

“Mata o cavalo de sela,e bom é o asno que me leva.” (vv. 236-237)

“Não te é melhor, mal por mal,Inês, um bom oficial,que te ganhe nessa praça,que é um escravo de graça,e mais casas com teu igual?” (vv. 660-664)

“Eu hei de buscar maneirad' algum outro aviamento.”(vv. 8-9)

“mãe, eu me não casarei Senão com homem discreto” (vv. 379-380)

Mãe

Segurança

Promoção social

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Glossário do texto poético18

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© Porto E

ditora

Canção – Composição de forma fixa, constituída por uma série de estrofes, de número regular de ver-sos, culminando numa estrofe menor, em que a própria canção é apostrofada.

Cantiga – Composição poética que, na época me-dieval, associava o elemento lírico à música.

A partir do século XV, dissociados poema e mú-sica, designa qualquer peça lírica em versos cur-tos (normalmente em redondilha menor e maior); mais especificamente, designa uma composição sujeita a mote, de quatro ou cinco versos, seguido de uma glosa de oito ou dez versos, em que se desenvolve o tema enunciado no mote; nos casos em que temos mais de uma glosa, estas são obri-gadas ao mesmo esquema estrófico, repetindo--se em cada uma, a terminar, o último ou os dois últimos versos do mote, textualmente ou com variações.

Cantiga de amigo – Cantiga trovadoresca em que se expressa um enunciador feminino, que ma-nifesta, por vezes a confidentes, o seu estado de espírito face à relação amorosa com o “amigo”.

Cantiga de amor – Cantiga trovadoresca de ori-gem cortesã em que um enunciador masculino expressa, de forma convencionada, a sua paixão não correspondida por uma “Senhor” de alta condição social.

Cantiga de escárnio e maldizer – Cantiga trovado-resca de natureza satírica, em que se critica in-diretamente (por alusões) ou diretamente o alvo visado.

Cantiga de mestria – Cantiga trovadoresca carac-terizada pela ausência de refrão.

Cantiga de refrão – Cantiga trovadoresca que apre-senta refrão.

Cobla, copla ou cobra – Designação atribuída às estrofes, na poesia trovadoresca.

Écloga – Composição pastoril em verso e geral-mente dialogada.

Elegia – Poema de assunto triste ou doloroso.

Encavalgamento – Processo de ligação interestró-fica baseado na partição de unidades sintáticas. As frases iniciadas nos versos finais de uma es-trofe só terminam no início da seguinte.

Endechas ou trovas – Composições na medida velha (cf. página seguinte) com um número va-riável de estrofes, frequentemente quadras ou oitavas.

Escansão – Decomposição do verso nas suas uni-dades métricas, que frequentemente coinci-dem com as sílabas. O número de sílabas mé-tricas nem sempre é igual ao número de sílabas gramaticais; as métricas são geralmente em

menor número e isso deve-se ao facto de, na contagem das sílabas métricas, se ter em aten-ção o seguinte:

– só se contam as sílabas até à sílaba tónica da última palavra do verso;

– costumam juntar-se as sílabas que corres-pondem ao final de uma palavra terminada em vogal e ao início de outra palavra também iniciada por vogal (pois pronunciamos essas duas vogais juntamente, ligando-as).

De acordo com o número de sílabas métricas por que são constituídos, os versos adquirem denominações diferentes:

Vers

os c

om

1

síla

ba(s

) mét

rica

(s)

Monossílabo ou verso monossilábico

2 Dissílabo ou verso dissilábico

3 Trissílabo ou verso trissilábico

4 Tetrassílabo ou verso tetrassilábico

5 Pentassílabo ou verso pentassilábico ou (verso em) redondilha menor

6 Hexassílabo ou verso hexassilábico

7 Heptassílabo ou verso heptassilábicoou (verso em) redondilha maior

8 Octossílabo ou verso octossilábico

9 Eneassílabo ou verso eneassilábico

10 Decassílabo ou verso decassilábico

11 Hendecassílabo ou verso hendecassilábico

12 Dodecassílabo ou verso dodecassilábico ou alexandrino

+ de 12 Irregular

Esparsa – Composição originária da Provença, de uma estrofe só, que pode oscilar entre os oito e os dezasseis versos.

Estrofe – Sucessão de vários versos, constituindo uma secção de um poema. A estrofe é isométrica se todos os versos que a compõem têm o mesmo número de sílabas métricas, heterométrica se isso não acontece. Se a mesma estrofe se repete ao longo do poema, constitui-se como refrão.

As estrofes adquirem designações diferentes, consoante o número de versos por que são cons-tituídas:

Monóstico Estrofe com um verso

Dístico Estrofe com dois versos

Terceto Estrofe com três versos

Quadra Estrofe com quatro versos

Quintilha Estrofe com cinco versos

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75Domínio Gramática

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Por

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Ficha 5

Ficha 5 · Funções sintáticas

1. Lê as tiras de banda desenhada que se seguem.

SCOTT, Jerry, e BORGMAN, Jim, 2003. Resmas de Zits. Lisboa: Gradiva (p. 66)

1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes transcritos:

a. “Jeremy”

b. “Lembras-te do sr. Pitts?”

c. “[lembras-] te”

d. “do sr. Pitts”

e. “a malta menos imaginativa do planeta”

f. “era deste tamanhinho”

g. “deste tamanhinho”

h. “gostei da nossa conversinha”

i. “da nossa conversinha”

j. “sr. Pitts”

k. “Da próxima vez que o vir”

l. “que vai ser do meu tamanho”

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163Sequência 1. Poesia Trovadoresca

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fotocopiável

Ficha 1

Que soidade1 de mha senhor ei2,quando me nembra3 d’ ela qual a vie que me nembra que ben a oí4

falar, e, por quanto ben d’ ela sei, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder5, que mha leixe6, se lhi prouguer7, veer

Cedo, ca, pero8 mi nunca fez ben,se a non vir, non me posso guardard’ enssandecer9 ou morrer con pesar,e, por que ela tod’ en poder ten10, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a fez Nostro Senhor:de quantas outras [e]no mundo sonnon lhi fez par11, a la minha fé12, non,e, poi-la fez das melhores melhor, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a quis[o] Deus fazerque, se a non vir, non posso viver.

D. Dinis (CV 119, CBN 481), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 32-33) (1.ª ed.: 1975)

1. saudade; 2. tenho; 3. lembra; 4. ouvi; 5. end’ á o poder: tem o poder disso; 6. deixe; 7. prouver, agradar; 8. embora; 9. enlouquecer; 10. tod’ en poder ten: tem todo o poder; 11. […] tal fez Nostro Senhor: / de quantas outras [e]no mundo son / non lhi fez par: Nosso Senhor a fez tal [tão formosa] que não lhe deu par [outra mulher igual] no mundo; 12. a la minha fé: por minha fé.

Grupo I

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Lê a cantiga que se segue. Se necessário, consulta o glossário apresentado depois do texto.

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Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Menciona o sentimento que serve de pretexto para o lamento do sujeito poético e refere os seus efeitos sobre ele.

2. Apresenta três traços caracterizadores da “senhor”, confirmando a tua resposta com ele-mentos textuais.

3. Analisa a importância do dístico final na construção do sentido global do poema.

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NOVO

Guia do Professornas margens laterais do manual

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Professor, Recursos do Projeto e Caderno de Atividades

327História Trágico-Marítima

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Pré-leitura

1. Observa os cartoons com atenção.

1.1. Descreve objetivamente cada um deles.

1.2. Identifica a(s) temática(s) comum(ns) a ambas as imagens.

2. Lê o texto que se segue e seleciona, fundamentando, um momento cujo conteúdo possa relacionar-se com as imagens que acabaste de analisar.

Entre a neblina, arrumação de terra Chegados a 27 daquele mês, começou a necessidade de lançarem às ondas os primei-

ros companheiros que morreram de fome. Certos homens, nesse transe, lembraram-se de pedir a Jorge de Albuquerque a permissão de comerem aqueles cadáveres. Ao ouvir este horrível requerimento, arrasaram-se-lhe os olhos de água. Não, não podia ser; não o consentiria, enquanto vivesse; se morresse, porém, dava-lhes licença de o comerem a ele.

O desespero, então, levou alguns a uma outra ideia: arrombar a nau para acabarem de vez. Soube-o o Albuquerque, e impediu que o fizessem. O mais triste, porém, é que estavam os míseros divididos em bandos, e sonhavam com brigas, – sendo todos uns espetros1 tão vizinhos da morte, e quase não se podendo conservar de pé. Jorge de Albu-querque, com mágoa infinita, os chamou à razão e os acalmou.

A 29, pela manhãzinha, avistou-se uma nau. Fizeram-lhe sinais alvoroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiseram valer, e seguiram seu rumo.

Mais três dias se passaram assim, no trabalho contínuo de dar à bomba. A 2 de outu-bro, entre a neblina, pareceu-lhes divisar2 arrumação de terra. Cerca do meio-dia, dissi-pou-se a névoa. Maravilha! Deus louvado! Era a serra de Sintra! Lá estava, ao cimo das rochas, a própria casa da Senhora de Pena!

PAVECIC, Marijan (Croácia), 2007. “Socorro”. In 9.º Porto Cartoon World Festival – Globalização. Porto: Afrontamento (p. 234)

AYRES, Érico Junqueira (Brasil), 2007. “Assalto no mar”. In Op. cit. (p. 226)

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GUIA DO PROFESSOR

Pré-leitura

MC L10 – 9. 1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras di-versas, fundamentando.

1.1. No primeiro cartoon podemos ver, em primeiro plano, algumas pessoas que se encontram no mar e pedem ajuda, sendo que no lado direito da imagem é possível ver parte do navio que naufragou. À esquerda, encontra-se uma embarcação maior de onde são lançados guarda-chuvas para as vítimas do acidente. A chuva é o elemento que enquadra esta cena. O segundo cartoon divide-se em três cenas/momentos: o pri-meiro, em que vemos um sobrevi-vente de um naufrágio que se en-contra em cima de um tronco de uma árvore, acenando por so-corro a uma embarcação que se avista ao longe; na segunda cena, a referida embarcação aproxima--se e os seus tripulantes apontam armas ao náufrago, que está de mãos no ar; na última cena, os tri-pulantes roubam ao náufrago o pouco que lhe restava – o tronco – deixando-o com um pneu, que lhe serve de boia.

1.2. A falta de solidariedade e de espírito de entreajuda entre os homens.

2. “A 29, pela manhãzinha, avistou--se uma nau. Fizeram-lhe sinais al-voroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiserem valer, e segui-ram seu rumo.”, ll. 11-12; “Avista-ram-se numerosas velas, que se afastaram.”, l. 21; “passou perto uma caravela, que se dirigia para a Pederneira. Suplicaram-lhe so-corro pagar-lho-iam bem. – Que Jesus lhes valesse, responderam eles; nada, não queriam perder tempo na sua viagem... E seguiram avante, sem nenhum dó.”, ll. 23-25.

OEXP10EPI_20140238_F21_4PCImg.indd 327 3/13/15 11:41 AM 329História Trágico-Marítima

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Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu: – Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por

outro caminho. Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que

não gracejasse, e respondesse à pergunta. E Jorge de Albuquerque: – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis? – Decerto. – Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de

D. Isabel, minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei! Só havia um ano que se não viam.

“As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”. In História Trágico-Marítima. Narrativas de naufrágios da época das conquistas (adaptação de António Sérgio), 2015. Capítulo V. Porto: Porto Editora (pp. 131-134) (1.ª ed.: 1735-1736)

1. fantasmas; em sentido figurado, pessoas magras; 2. avistar; 3. casco velho de um navio; 4. peça de artilharia curta; 5. animar.

Leitura | Compreensão

1. Lê as afirmações apresentadas e, tendo em conta o conteúdo do texto, refere se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

a. O comandante recusa as propostas dos companheiros por estas colocarem em causa os seus princípios religiosos.

b. A expressão “sendo todos uns espetros tão vizinhos da morte” (ll. 8-9) concretiza uma metonímia.

c. Através dos encontros da nau Santo António com outras embarcações, realça-se a falta de solidariedade entre os homens.

d. A locução conjuncional “tanto que” (l. 35) tem um valor consecutivo no contexto em que ocorre.

e. O senhorio da barca que resgatou a nau Santo António levou a barca até Belém, onde desembarcou Jorge de Albuquerque.

f. O diálogo final entre D. Jerónimo de Moura e Jorge de Albuquerque pretende destacar o envelhecimento prematuro de Jorge de Albuquerque em virtude da sua história trágico-marítima.

1.1. Corrige as afirmações falsas.

Escrita

1. Escreve uma exposição, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre o modo como as aventuras e desventuras dos Descobrimentos surgem perspetivadas nas obras História Trágico-Marítima e Os Lusíadas.

1.1. Planifica previamente o teu texto, registando, em esquema, tabela ou listagem, os tópicos que pretendes destacar e os exemplos das duas obras que os ilustram. Depois da textualização, revê e aperfeiçoa o teu texto.

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GUIA DO PROFESSOR

Leitura | Compreensão

MC EL10 – 14. 2. Ler textos lite-rários portugueses […], perten-centes aos séculos XII a XVI. 14. 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e uni-versos de referência, justificando. 14. 4. Fazer inferências, funda-mentando.

G10 – 18. 4. Identificar orações su-bordinadas.

1. e 1.1. a. V. b. F. Trata-se de uma metáfora. c. V. d. F. A locução con-juncional tem um valor temporal. e. F. Uma galé enviada pelo Car-deal infante D. Henrique conduziu a nau até Belém. f. V.

Escrita

MC E10 – 10. 1. Pesquisar infor-mação pertinente. 10. 2. Elaborar planos […].11. 1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um tema […]. 12. 1. Respeitar o tema. 12. 2. Mobilizar informação ade-quada ao tema.12. 3. Redigir um texto estrutu-rado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual com marcação correta de pará-grafos e utilização adequada de conectores. 12. 4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário ade-quado ao tema, correção na acen-tuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 13. 1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

EL10 – 15. 5. Escrever exposições (entre 120 e 150 palavras) sobre temas respeitantes às obras estu-dadas, seguindo tópicos fornecidos.

PowerPoint® didáticos

Exposição sobre um tema

Grelhas de avaliação

Grelha de avaliação da escrita – Exposição

Grelha de autoavaliação da escrita

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Caderno de Atividades• Fichas de trabalho por domínio: – Educação Literária – Leitura – Escrita – Oralidade [Expressão oral] – Gramática• Sugestões de resolução

3 • Materiais editáveis: – Planificação por sequência

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do Dossiê do Professor – Soluções de atividades – Grelhas de avaliação – Materiais de apoio ao Projeto

de Leitura – Planos para todas as

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SEA 5 – Os Lusíadas de CamõesCantos I, V, VII, VIII, IX e X (excertos)

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ManualEstrutura do manual

SEA 0 – DiagnósticoDiagnósticoO livro por dentro e por foraProjeto de LeituraFicha de LeituraFazer um trabalho (princípios do trabalho intelectual)

SEA 1 – Poesia TrovadorescaCantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer

SEA 2 – Fernão LopesCapítulos XI, CXV e CXLVIII da Crónica de D. João I (integrais)

SEA 3 – Gil VicenteFarsa de Inês Pereira (integral)Auto da Feira (integral)

SEA 4 – Rimas de CamõesRedondilhas e sonetos

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Dossiê do Professor4 Planos de Aula6CD Áudio5 e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)7 e-Manual do Aluno8

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NOVIDADE

54 Domínio Leitura

Ficha 8 · Relato de viagem

1. Mateus Brandão decidiu percorrer, durante vários meses, mais de vinte e cinco mil qui-lómetros, desde o extremo norte da Europa até ao sul de África. Dessa viagem nasceu o livro Destino: Sul.

1.1. Lê o excerto da obra.

72 horas de viagemChego a Lille. São onze e meia da noite e este parece ser o

último comboio a dar entrada na estação. Seguirei para Antuér-pia dentro de poucas horas. Tento esperar na gare, mas ao que parece encerra à meia-noite e ninguém pode ficar dentro. Pro-curo uma esquadra da Polícia mas a mais próxima está igual-mente encerrada. Pelo caminho cruzo a entrada de um hotel, e apesar de não estar na disposição de pagar 76 euros por meia dúzia de horas de estadia, ficar na rua também não é opção. Explico a situação, falo da minha viagem e peço para ficar apenas no hall. Não pode ser! Rogo um pouco mais, faço um “choradinho” e o amável rececionista enca-minha-me para o primeiro andar onde tenho uma sala com sofás de couro e uma casa de banho à minha espera… Que bela maneira de começar!

A estação de Lille abre às cinco da manhã, e pouco depois já lá me encontro. Entro no comboio para Antuérpia de onde seguirei para Berlim via Liège.

A estação de Antuérpia é talvez a mais bela do mundo. O seu edifí-cio possui três pisos para comboios e é seguramente uma das maiores e mais fantásticas estações onde já estive. Foi construída entre 1895 e 1905, sendo o mais antigo terminal ferroviário da Bélgica.

O dia é novamente passado com inúmeras trocas de comboio até chegar a Berlim. Espera-me a travessia para a Suécia num comboio no-turno apenas com camas – uma estreia para mim –, que cruza o Báltico através dos portos de Sassnitz e Trelleborg a bordo de um ferry, antes de chegar a Malmö.

Entretanto, e como ainda me restam três horas de espera, deam-bulo um pouco pela zona do Reichstag e das Portas de Brandenburgo.

Berlim é sem dúvida uma das minhas capitais de eleição! Uma ci-dade carregada de história e sofrimento, mas que se reinventa e volta a erguer, muito pela mão daqueles que nela habitam.

São 22h30 e o comboio está prestes a partir. No mesmo comparti-mento onde eu viajo encontro gente de diversas nacionalidades: sue-

cos, húngaros, japoneses e até uma tailandesa. Uma mistura étnica a espelhar na perfei-ção o espírito da viagem.

E quase sem dar por isso, é manhã em Malmö e o sol brilha, ainda que sob a ameaça de várias nuvens, mas mostrando-se mesmo assim um excelente tónico moralizador.

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Ficha 8

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© Porto Editora

Estação ferroviária de Antuérpia, Bélgica

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6 3. Gil Vicente

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Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

1. RIBEIRO, Cristina Almeida, 1991. Inês. Lisboa: Quimera (p. 7)

“O auto só chegará ao fim quando Inês tiver levado a bom termo o seu projeto de libertação.”1

“Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.”

“Sobre quantos mestres sãoExperiência dá lição.” (vv. 936-936)

Cultura popular

Negócio Negócio

Cultura cortês

“Agora quero tomar,pera boa vida gozar,um muito manso marido.Não no quero já sabido,Pois tão caro há de custar.”

(vv. 908-912)

“um bom marido, / rico, honrado, conhecido” (vv. 185-186)o “homem de bom pecado” (v. 327)

Pêro Marques

Lianor Vaz

Inês

Escudeiro Brás da Mata

Judeus casamenteiros

O marido “avisado” (vv. 182 e 619), “discreto” (v. 380) e “sabido” (v. 911)

Conflito intergeracional sobre o casamento

Libertação

“Mata o cavalo de sela,e bom é o asno que me leva.” (vv. 236-237)

“Não te é melhor, mal por mal,Inês, um bom oficial,que te ganhe nessa praça,que é um escravo de graça,e mais casas com teu igual?” (vv. 660-664)

“Eu hei de buscar maneirad' algum outro aviamento.”(vv. 8-9)

“mãe, eu me não casarei Senão com homem discreto” (vv. 379-380)

Mãe

Segurança

Promoção social

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Glossário do texto poético18

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© Porto E

ditora

Canção – Composição de forma fixa, constituída por uma série de estrofes, de número regular de ver-sos, culminando numa estrofe menor, em que a própria canção é apostrofada.

Cantiga – Composição poética que, na época me-dieval, associava o elemento lírico à música.

A partir do século XV, dissociados poema e mú-sica, designa qualquer peça lírica em versos cur-tos (normalmente em redondilha menor e maior); mais especificamente, designa uma composição sujeita a mote, de quatro ou cinco versos, seguido de uma glosa de oito ou dez versos, em que se desenvolve o tema enunciado no mote; nos casos em que temos mais de uma glosa, estas são obri-gadas ao mesmo esquema estrófico, repetindo--se em cada uma, a terminar, o último ou os dois últimos versos do mote, textualmente ou com variações.

Cantiga de amigo – Cantiga trovadoresca em que se expressa um enunciador feminino, que ma-nifesta, por vezes a confidentes, o seu estado de espírito face à relação amorosa com o “amigo”.

Cantiga de amor – Cantiga trovadoresca de ori-gem cortesã em que um enunciador masculino expressa, de forma convencionada, a sua paixão não correspondida por uma “Senhor” de alta condição social.

Cantiga de escárnio e maldizer – Cantiga trovado-resca de natureza satírica, em que se critica in-diretamente (por alusões) ou diretamente o alvo visado.

Cantiga de mestria – Cantiga trovadoresca carac-terizada pela ausência de refrão.

Cantiga de refrão – Cantiga trovadoresca que apre-senta refrão.

Cobla, copla ou cobra – Designação atribuída às estrofes, na poesia trovadoresca.

Écloga – Composição pastoril em verso e geral-mente dialogada.

Elegia – Poema de assunto triste ou doloroso.

Encavalgamento – Processo de ligação interestró-fica baseado na partição de unidades sintáticas. As frases iniciadas nos versos finais de uma es-trofe só terminam no início da seguinte.

Endechas ou trovas – Composições na medida velha (cf. página seguinte) com um número va-riável de estrofes, frequentemente quadras ou oitavas.

Escansão – Decomposição do verso nas suas uni-dades métricas, que frequentemente coinci-dem com as sílabas. O número de sílabas mé-tricas nem sempre é igual ao número de sílabas gramaticais; as métricas são geralmente em

menor número e isso deve-se ao facto de, na contagem das sílabas métricas, se ter em aten-ção o seguinte:

– só se contam as sílabas até à sílaba tónica da última palavra do verso;

– costumam juntar-se as sílabas que corres-pondem ao final de uma palavra terminada em vogal e ao início de outra palavra também iniciada por vogal (pois pronunciamos essas duas vogais juntamente, ligando-as).

De acordo com o número de sílabas métricas por que são constituídos, os versos adquirem denominações diferentes:

Vers

os c

om

1

síla

ba(s

) mét

rica

(s)

Monossílabo ou verso monossilábico

2 Dissílabo ou verso dissilábico

3 Trissílabo ou verso trissilábico

4 Tetrassílabo ou verso tetrassilábico

5 Pentassílabo ou verso pentassilábico ou (verso em) redondilha menor

6 Hexassílabo ou verso hexassilábico

7 Heptassílabo ou verso heptassilábicoou (verso em) redondilha maior

8 Octossílabo ou verso octossilábico

9 Eneassílabo ou verso eneassilábico

10 Decassílabo ou verso decassilábico

11 Hendecassílabo ou verso hendecassilábico

12 Dodecassílabo ou verso dodecassilábico ou alexandrino

+ de 12 Irregular

Esparsa – Composição originária da Provença, de uma estrofe só, que pode oscilar entre os oito e os dezasseis versos.

Estrofe – Sucessão de vários versos, constituindo uma secção de um poema. A estrofe é isométrica se todos os versos que a compõem têm o mesmo número de sílabas métricas, heterométrica se isso não acontece. Se a mesma estrofe se repete ao longo do poema, constitui-se como refrão.

As estrofes adquirem designações diferentes, consoante o número de versos por que são cons-tituídas:

Monóstico Estrofe com um verso

Dístico Estrofe com dois versos

Terceto Estrofe com três versos

Quadra Estrofe com quatro versos

Quintilha Estrofe com cinco versos

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75Domínio Gramática

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Por

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Ficha 5

Ficha 5 · Funções sintáticas

1. Lê as tiras de banda desenhada que se seguem.

SCOTT, Jerry, e BORGMAN, Jim, 2003. Resmas de Zits. Lisboa: Gradiva (p. 66)

1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes transcritos:

a. “Jeremy”

b. “Lembras-te do sr. Pitts?”

c. “[lembras-] te”

d. “do sr. Pitts”

e. “a malta menos imaginativa do planeta”

f. “era deste tamanhinho”

g. “deste tamanhinho”

h. “gostei da nossa conversinha”

i. “da nossa conversinha”

j. “sr. Pitts”

k. “Da próxima vez que o vir”

l. “que vai ser do meu tamanho”

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163Sequência 1. Poesia Trovadoresca

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fotocopiável

Ficha 1

Que soidade1 de mha senhor ei2,quando me nembra3 d’ ela qual a vie que me nembra que ben a oí4

falar, e, por quanto ben d’ ela sei, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder5, que mha leixe6, se lhi prouguer7, veer

Cedo, ca, pero8 mi nunca fez ben,se a non vir, non me posso guardard’ enssandecer9 ou morrer con pesar,e, por que ela tod’ en poder ten10, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a fez Nostro Senhor:de quantas outras [e]no mundo sonnon lhi fez par11, a la minha fé12, non,e, poi-la fez das melhores melhor, rogu’ eu a Deus, que end’ á o poder, que mha leixe, se lhi prouguer, veer

Cedo, ca tal a quis[o] Deus fazerque, se a non vir, non posso viver.

D. Dinis (CV 119, CBN 481), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 32-33) (1.ª ed.: 1975)

1. saudade; 2. tenho; 3. lembra; 4. ouvi; 5. end’ á o poder: tem o poder disso; 6. deixe; 7. prouver, agradar; 8. embora; 9. enlouquecer; 10. tod’ en poder ten: tem todo o poder; 11. […] tal fez Nostro Senhor: / de quantas outras [e]no mundo son / non lhi fez par: Nosso Senhor a fez tal [tão formosa] que não lhe deu par [outra mulher igual] no mundo; 12. a la minha fé: por minha fé.

Grupo I

A

Lê a cantiga que se segue. Se necessário, consulta o glossário apresentado depois do texto.

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Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Menciona o sentimento que serve de pretexto para o lamento do sujeito poético e refere os seus efeitos sobre ele.

2. Apresenta três traços caracterizadores da “senhor”, confirmando a tua resposta com ele-mentos textuais.

3. Analisa a importância do dístico final na construção do sentido global do poema.

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327História Trágico-Marítima

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Pré-leitura

1. Observa os cartoons com atenção.

1.1. Descreve objetivamente cada um deles.

1.2. Identifica a(s) temática(s) comum(ns) a ambas as imagens.

2. Lê o texto que se segue e seleciona, fundamentando, um momento cujo conteúdo possa relacionar-se com as imagens que acabaste de analisar.

Entre a neblina, arrumação de terra Chegados a 27 daquele mês, começou a necessidade de lançarem às ondas os primei-

ros companheiros que morreram de fome. Certos homens, nesse transe, lembraram-se de pedir a Jorge de Albuquerque a permissão de comerem aqueles cadáveres. Ao ouvir este horrível requerimento, arrasaram-se-lhe os olhos de água. Não, não podia ser; não o consentiria, enquanto vivesse; se morresse, porém, dava-lhes licença de o comerem a ele.

O desespero, então, levou alguns a uma outra ideia: arrombar a nau para acabarem de vez. Soube-o o Albuquerque, e impediu que o fizessem. O mais triste, porém, é que estavam os míseros divididos em bandos, e sonhavam com brigas, – sendo todos uns espetros1 tão vizinhos da morte, e quase não se podendo conservar de pé. Jorge de Albu-querque, com mágoa infinita, os chamou à razão e os acalmou.

A 29, pela manhãzinha, avistou-se uma nau. Fizeram-lhe sinais alvoroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiseram valer, e seguiram seu rumo.

Mais três dias se passaram assim, no trabalho contínuo de dar à bomba. A 2 de outu-bro, entre a neblina, pareceu-lhes divisar2 arrumação de terra. Cerca do meio-dia, dissi-pou-se a névoa. Maravilha! Deus louvado! Era a serra de Sintra! Lá estava, ao cimo das rochas, a própria casa da Senhora de Pena!

PAVECIC, Marijan (Croácia), 2007. “Socorro”. In 9.º Porto Cartoon World Festival – Globalização. Porto: Afrontamento (p. 234)

AYRES, Érico Junqueira (Brasil), 2007. “Assalto no mar”. In Op. cit. (p. 226)

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GUIA DO PROFESSOR

Pré-leitura

MC L10 – 9. 1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras di-versas, fundamentando.

1.1. No primeiro cartoon podemos ver, em primeiro plano, algumas pessoas que se encontram no mar e pedem ajuda, sendo que no lado direito da imagem é possível ver parte do navio que naufragou. À esquerda, encontra-se uma embarcação maior de onde são lançados guarda-chuvas para as vítimas do acidente. A chuva é o elemento que enquadra esta cena. O segundo cartoon divide-se em três cenas/momentos: o pri-meiro, em que vemos um sobrevi-vente de um naufrágio que se en-contra em cima de um tronco de uma árvore, acenando por so-corro a uma embarcação que se avista ao longe; na segunda cena, a referida embarcação aproxima--se e os seus tripulantes apontam armas ao náufrago, que está de mãos no ar; na última cena, os tri-pulantes roubam ao náufrago o pouco que lhe restava – o tronco – deixando-o com um pneu, que lhe serve de boia.

1.2. A falta de solidariedade e de espírito de entreajuda entre os homens.

2. “A 29, pela manhãzinha, avistou--se uma nau. Fizeram-lhe sinais al-voroçadamente; os da nau, porém, não lhes quiserem valer, e segui-ram seu rumo.”, ll. 11-12; “Avista-ram-se numerosas velas, que se afastaram.”, l. 21; “passou perto uma caravela, que se dirigia para a Pederneira. Suplicaram-lhe so-corro pagar-lho-iam bem. – Que Jesus lhes valesse, responderam eles; nada, não queriam perder tempo na sua viagem... E seguiram avante, sem nenhum dó.”, ll. 23-25.

OEXP10EPI_20140238_F21_4PCImg.indd 327 3/13/15 11:41 AM 329História Trágico-Marítima

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Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu: – Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por

outro caminho. Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que

não gracejasse, e respondesse à pergunta. E Jorge de Albuquerque: – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis? – Decerto. – Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de

D. Isabel, minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei! Só havia um ano que se não viam.

“As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”. In História Trágico-Marítima. Narrativas de naufrágios da época das conquistas (adaptação de António Sérgio), 2015. Capítulo V. Porto: Porto Editora (pp. 131-134) (1.ª ed.: 1735-1736)

1. fantasmas; em sentido figurado, pessoas magras; 2. avistar; 3. casco velho de um navio; 4. peça de artilharia curta; 5. animar.

Leitura | Compreensão

1. Lê as afirmações apresentadas e, tendo em conta o conteúdo do texto, refere se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

a. O comandante recusa as propostas dos companheiros por estas colocarem em causa os seus princípios religiosos.

b. A expressão “sendo todos uns espetros tão vizinhos da morte” (ll. 8-9) concretiza uma metonímia.

c. Através dos encontros da nau Santo António com outras embarcações, realça-se a falta de solidariedade entre os homens.

d. A locução conjuncional “tanto que” (l. 35) tem um valor consecutivo no contexto em que ocorre.

e. O senhorio da barca que resgatou a nau Santo António levou a barca até Belém, onde desembarcou Jorge de Albuquerque.

f. O diálogo final entre D. Jerónimo de Moura e Jorge de Albuquerque pretende destacar o envelhecimento prematuro de Jorge de Albuquerque em virtude da sua história trágico-marítima.

1.1. Corrige as afirmações falsas.

Escrita

1. Escreve uma exposição, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre o modo como as aventuras e desventuras dos Descobrimentos surgem perspetivadas nas obras História Trágico-Marítima e Os Lusíadas.

1.1. Planifica previamente o teu texto, registando, em esquema, tabela ou listagem, os tópicos que pretendes destacar e os exemplos das duas obras que os ilustram. Depois da textualização, revê e aperfeiçoa o teu texto.

55

60

GUIA DO PROFESSOR

Leitura | Compreensão

MC EL10 – 14. 2. Ler textos lite-rários portugueses […], perten-centes aos séculos XII a XVI. 14. 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e uni-versos de referência, justificando. 14. 4. Fazer inferências, funda-mentando.

G10 – 18. 4. Identificar orações su-bordinadas.

1. e 1.1. a. V. b. F. Trata-se de uma metáfora. c. V. d. F. A locução con-juncional tem um valor temporal. e. F. Uma galé enviada pelo Car-deal infante D. Henrique conduziu a nau até Belém. f. V.

Escrita

MC E10 – 10. 1. Pesquisar infor-mação pertinente. 10. 2. Elaborar planos […].11. 1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um tema […]. 12. 1. Respeitar o tema. 12. 2. Mobilizar informação ade-quada ao tema.12. 3. Redigir um texto estrutu-rado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual com marcação correta de pará-grafos e utilização adequada de conectores. 12. 4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário ade-quado ao tema, correção na acen-tuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 13. 1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

EL10 – 15. 5. Escrever exposições (entre 120 e 150 palavras) sobre temas respeitantes às obras estu-dadas, seguindo tópicos fornecidos.

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Grelha de avaliação da escrita – Exposição

Grelha de autoavaliação da escrita

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