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E replicar porquê? As vantagens são mais que muitas. A primeira prende-se natu- ralmente com questões de saúde pública. À luz da monografia da Farmacopeia Eu- ropeia o ar medicinal é considerado um fármaco e a qualidade do ar entregue à rede hospitalar é da responsabilidade do Farmacêutico Hospitalar. Os equipamentos que produzem ar medicinal devem, por isso, ser isentos de óleo como forma de garantir a total segurança e domínio da quali- dade do ar administrado ao paciente. Nesta ótica, as centrais de ar isentas de óleo oferecem uma alternativa mais segura do que as centrais de ar, com compressores lubrificados a óleo. Estas últi- mas terão, na opinião do Engenheiro Sabino de Pompeia, os dias contados. “Cada vez mais, as administrações hospitalares vão dando conta das vantagens em possuírem equipamentos desta natureza, conscientes deste facto. Os nossos produtos têm uma grande ma- turidade e ciclos de vida útil de décadas de anos e estão associados a grandes hospitais”, afirma. A ULTRA-CONTROLO é o fornecedor líder no mercado português e conta com mais de 500 centrais de gases medicinais registadas no Infar- med e instaladas em Portugal, com contagem apenas desde o ano 2000. Ao longo destes 25 anos os seus principais parceiros e instaladores têm sido a GASIN (AirProducts), a LINDE e o SUCH. “SÃO MÁQUINAS FEITAS PARA DURAR MUITO TEMPO E COM CUSTO DE OPERAÇÃO MAIS BAIXO” Para além da qualidade do ar administrado, im- porta referir que este equipamento está prepara- do para trabalhar em regime contínuo, enquanto a maioria dos compressores de pistão, isentos de óleo, ao contrário dos compressores da ULTRA- -CONTROLO, foram concebidos para uso in- dustrial e para funcionamento intermitente, não estando por isso preparados para um funciona- mento contínuo. Ora, obviamente que é de todo prudente garantir um débito de ar constante para que não se corra o risco de, por exemplo, as ferra- mentas pneumáticas, aquando da sua utilização, perderem a força necessária ao normal funcio- namento e isso resultar no fraco abastecimento de ar medicinal, algo que pode ser fatal para o doente. É de referir ainda que, para além de sinónimo de qualidade e fiabilidade, estes equipamentos caracterizam-se também pela durabilidade. “São máquinas feitas para durar muitos anos e com custo de operação mais baixo. A Ultra-Controlo tem capitalizado muito para o Estado nesta área, com a implementação de equipamentos e tec- nologias de topo, os hospitais não gastam nem mais um euro do que podiam gastar para terem os sistemas a funcionar. Qualquer outra central da concorrência tem a durabilidade de 10 ou 15 anos e depois têm que ser substituídas. Quando o Estado investe num equipamento destes, in- veste uma vez, mas não tem que reinvestir nos próximos 40 anos portanto, até os governos estão interessados neste tipo de produtos e por isso eles próprios vão comunicar às unidades hospitala- res”, explica Sabino de Pompeia. Este tem sido, por isso, o discurso de entrada em novos mercados. “Quando estou a entrar noutros países falo com o Ministério da Saúde local, porque o Estado é o principal interessado em implementar equipamentos que oferecem maior segurança, que excedem os requisitos exi- gidos pelas normas internacionais nesta área, que estão preparados para ciclos de vida útil de décadas, em que não terão uma nova despesa em aquisição de equipamento novo durante 30 a 40 anos e que estão concebidos ainda, para poupar energia e outras despesas de manutenção. Estou convencido que em Portugal vamos conseguir reduzir alguns milhões de euros na despesa que o Estado tem com os gases medicinais. Estamos a trabalhar neste sentido e já demos as primei- ras luzes ao atual Secretário de Estado Adjunto Com mais de 25 anos de experiência, a Ultra-Controlo é o principal fornecedor de vácuo em Portugal. Tendo começado por ser representante exclusiva de importantes fábricas internacionais - com destaque para a Rietschle - hoje é também um importante fabricante a nível mundial de centrais de produção de oxigénio medicinal, centrais de vácuo e centrais de ar comprimido para aplicação hospitalar e tem implementado, em Portugal, com grande sucesso, o conceito de total isenção de óleo nas redes de ar comprimido medicinal nos hospitais portugueses. É o primeiro fabricante português de centrais para gases medicinais, certificadas de acordo com a Diretiva Europeia 93/42/CEE para dispositivos médicos. Replicar o modelo português a outros países é o grande objectivo do CEO da empresa, Sabino de Pompeia, com quem a Revista Pontos de Vista esteve à conversa. “ATÉ OS GOVERNOS estão interessados neste tipo de produtos” do Ministério da Saúde e ao Infarmed. Neste momento, estou a trabalhar também na Arábia Saudita com as autoridades locais com esse obje- tivo de reduzir dezenas de milhões de dólares ao Estado saudita”, refere. “ESTAMOS MAIS FOCALIZADOS NOS PAÍSES EMERGENTES” Foi apenas em 2011 que a internacionalização começou a ser preparada na ULTRA-CON- TROLO com um site em 4 línguas. “Com o pre- cioso apoio do AICEP que acreditou em nós e com o plano de negócios bem delineado, hoje já estamos com projetos ativos em 52 países. Cada vez que vamos a uma feira há sempre empresas interessadas em distribuir os nossos produtos, especialmente pelos nossos produtos de topo. Quanto aos mercados de exportação são já cerca de 20. Este mês foi enviada a primeira carga para a Indonésia e no próximo mês será enviada a pri- meira carga para o Brasil. Estamos mais focaliza- dos nos países emergentes, não só em África, mas também na América do Sul e Médio Oriente, onde realmente percebemos que o setor da saúde é um setor em que os governos estão a investir. Em relação a Angola, fizemos a FILDA no ano passado e, nessa altura, tive a oportunidade de vi- sitar vários hospitais e perceber que se encontram ainda muito debilitados nesta área. Portanto, há também ainda muito a fazer. Nós estamos a fazer 46 Sabino de Pompeia RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL-ANGOLA

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E replicar porquê? As vantagens são mais que muitas. A primeira prende-se natu-ralmente com questões de saúde pública. À luz da monografia da Farmacopeia Eu-

ropeia o ar medicinal é considerado um fármaco e a qualidade do ar entregue à rede hospitalar é da responsabilidade do Farmacêutico Hospitalar. Os equipamentos que produzem ar medicinal devem, por isso, ser isentos de óleo como forma de garantir a total segurança e domínio da quali-dade do ar administrado ao paciente. Nesta ótica, as centrais de ar isentas de óleo oferecem uma alternativa mais segura do que as centrais de ar, com compressores lubrificados a óleo. Estas últi-mas terão, na opinião do Engenheiro Sabino de Pompeia, os dias contados. “Cada vez mais, as administrações hospitalares vão dando conta das vantagens em possuírem equipamentos desta natureza, conscientes deste facto. Os nossos produtos têm uma grande ma-turidade e ciclos de vida útil de décadas de anos e estão associados a grandes hospitais”, afirma.A ULTRA-CONTROLO é o fornecedor líder no mercado português e conta com mais de 500 centrais de gases medicinais registadas no Infar-med e instaladas em Portugal, com contagem apenas desde o ano 2000. Ao longo destes 25 anos os seus principais parceiros e instaladores têm sido a GASIN (AirProducts), a LINDE e o SUCH.

“SÃO MÁQUINAS FEITAS PARA DURARMUITO TEMPO E COM CUSTODE OPERAÇÃO MAIS BAIXO”

Para além da qualidade do ar administrado, im-porta referir que este equipamento está prepara-do para trabalhar em regime contínuo, enquanto a maioria dos compressores de pistão, isentos de óleo, ao contrário dos compressores da ULTRA--CONTROLO, foram concebidos para uso in-dustrial e para funcionamento intermitente, não estando por isso preparados para um funciona-mento contínuo. Ora, obviamente que é de todo prudente garantir um débito de ar constante para que não se corra o risco de, por exemplo, as ferra-mentas pneumáticas, aquando da sua utilização, perderem a força necessária ao normal funcio-namento e isso resultar no fraco abastecimento de ar medicinal, algo que pode ser fatal para o doente.É de referir ainda que, para além de sinónimo de qualidade e fiabilidade, estes equipamentos caracterizam-se também pela durabilidade. “São máquinas feitas para durar muitos anos e com custo de operação mais baixo. A Ultra-Controlo

tem capitalizado muito para o Estado nesta área, com a implementação de equipamentos e tec-nologias de topo, os hospitais não gastam nem mais um euro do que podiam gastar para terem os sistemas a funcionar. Qualquer outra central da concorrência tem a durabilidade de 10 ou 15 anos e depois têm que ser substituídas. Quando o Estado investe num equipamento destes, in-veste uma vez, mas não tem que reinvestir nos próximos 40 anos portanto, até os governos estão interessados neste tipo de produtos e por isso eles próprios vão comunicar às unidades hospitala-res”, explica Sabino de Pompeia.Este tem sido, por isso, o discurso de entrada em novos mercados. “Quando estou a entrar noutros países falo com o Ministério da Saúde local, porque o Estado é o principal interessado em implementar equipamentos que oferecem maior segurança, que excedem os requisitos exi-gidos pelas normas internacionais nesta área, que estão preparados para ciclos de vida útil de décadas, em que não terão uma nova despesa em aquisição de equipamento novo durante 30 a 40 anos e que estão concebidos ainda, para poupar energia e outras despesas de manutenção. Estou convencido que em Portugal vamos conseguir reduzir alguns milhões de euros na despesa que o Estado tem com os gases medicinais. Estamos a trabalhar neste sentido e já demos as primei-ras luzes ao atual Secretário de Estado Adjunto

Com mais de 25 anos de experiência, a Ultra-Controlo é o principal fornecedor de vácuo em Portugal. Tendo começado por ser representante exclusiva de importantes fábricas internacionais - com destaque para a Rietschle - hoje é também um importante

fabricante a nível mundial de centrais de produção de oxigénio medicinal, centrais de vácuo e centrais de ar comprimido para aplicação hospitalar e tem implementado, em Portugal, com grande sucesso, o conceito de total isenção de óleo nas redes de ar

comprimido medicinal nos hospitais portugueses. É o primeiro fabricante português de centrais para gases medicinais, certificadas de acordo com a Diretiva Europeia 93/42/CEE para dispositivos médicos. Replicar o modelo português a outros países é o grande

objectivo do CEO da empresa, Sabino de Pompeia, com quem a Revista Pontos de Vista esteve à conversa.

“ATÉ OS GOVERNOSestão interessados neste tipo de produtos”

do Ministério da Saúde e ao Infarmed. Neste momento, estou a trabalhar também na Arábia Saudita com as autoridades locais com esse obje-tivo de reduzir dezenas de milhões de dólares ao Estado saudita”, refere.

“ESTAMOS MAIS FOCALIZADOSNOS PAÍSES EMERGENTES”

Foi apenas em 2011 que a internacionalização começou a ser preparada na ULTRA-CON-TROLO com um site em 4 línguas. “Com o pre-cioso apoio do AICEP que acreditou em nós e com o plano de negócios bem delineado, hoje já estamos com projetos ativos em 52 países. Cada vez que vamos a uma feira há sempre empresas interessadas em distribuir os nossos produtos, especialmente pelos nossos produtos de topo. Quanto aos mercados de exportação são já cerca de 20. Este mês foi enviada a primeira carga para a Indonésia e no próximo mês será enviada a pri-meira carga para o Brasil. Estamos mais focaliza-dos nos países emergentes, não só em África, mas também na América do Sul e Médio Oriente, onde realmente percebemos que o setor da saúde é um setor em que os governos estão a investir. Em relação a Angola, fizemos a FILDA no ano passado e, nessa altura, tive a oportunidade de vi-sitar vários hospitais e perceber que se encontram ainda muito debilitados nesta área. Portanto, há também ainda muito a fazer. Nós estamos a fazer

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Sabino de Pompeia

RELAÇÕES BILATERAISPORTUGAL-ANGOLA

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história, com a implementação de equipamentos de topo de gama que não existem lá e com a pre-ocupação também de instituir as boas práticas”, orgulha-se o CEO da ULTRA-CONTROLO.Angola é o país onde a empresa neste momen-to, mais vende, fruto da persistência e também do excelente desempenho do distribuidor. No entanto, não foi fácil entrar neste mercado. “Em 2002/ 2003 falou-se num projeto de construção de 195 novos hospitais em Angola e esse poten-cial naturalmente despertou a minha atenção, ainda que depois o projeto não tenha andado. Há cerca de 3 anos atrás um amigo meu criou a sua própria empresa em Angola e decidiu traba-lhar com as nossas marcas. A nossa colaboração mútua resultou que neste momento concorremos em cerca de 80% dos projetos de gases medici-nais em Angola, com as nossas centrais”, refere.

“DAQUI A UNS ANOS SEREMOS UMA DAS MARCAS LÍDERES DE MERCADO NOS

PAÍSES ONDE ESTAMOS FOCALIZADOS”Sabino de Pompeia aproveita esta entrevista para deixar um conselho: “era importante que os hospitais ou decisores públicos nesse setor, an-tes de comprarem uma central, pensassem bem o que estão a adquirir porque cheguei a visitar vários hospitais e ver equipamentos que custam fortunas todos parados. Estive num hospital, em Angola, em que a central de produção de oxi-génio estava parada e estava para ser substituída. No conjunto havia um compressor de oxigénio que só tinha 1800 horas de utilização. Ou seja, ainda nem tinha chegado as horas para fazer a primeira intervenção de manutenção das duas mil horas e já estava para ir para o lixo. Só esse compressor custa 44 mil dólares e para mim está completamente novo!! Portanto, optarem por um fabricante português como a ULTRA CON-TROLO, com o prestígio que nós temos, com as referências do que já fizemos aqui e que estamos a fazer no mundo... Falamos a mesma língua e podemos formar bons técnicos de manutenção nos próprios hospitais em Angola – acho que o país só ganhava com tudo isso”.No que concerne às expectativas para os próximos tempos. “Nós tivemos a felicidade e a destreza de

fechar um contrato de licença de construção em Portugal, de compressores isentos de óleo e por-tanto somos o primeiro fabricante português de compressores de ar, isentos de óleo, com a nossa própria marca ULTRACECO. Podemos expor-tar a nossa marca para o mundo inteiro. As ex-pectativas de futuro para a ULTRA CONTRO-LO são, de facto, muito boas. Temos a nossa divisão de fabricação industrial de compressores,

Scroll Division, e a divisão de fabricação de dis-positivos médicos, Medical Gas Systems, onde também integramos os próprios compressores que fabricamos. Parece que não mas esta combi-nação tornou-se perfeita para não dependermos de terceiros. Os nossos distribuidores estão mui-to satisfeitos. A continuar assim daqui a uns anos seremos uma das marcas líderes de mercado nos países onde estamos focalizados”, conclui.

Central de Produçãode Oxigénio MedicinalULTRAOX

Primeira Central deProdução e Enchimento de Oxigénio

Medicinal ULTRAOX 120 SS,instalada em Cabo Verde