EAC desenvolve projeto de internacionalização e cria a ... · Profa Marilda Sotomayor fala sobre...

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uma publicação mensal da FEAUSP p.08 p.12 p.15 FEA X FEA FEA ALUNOS FEA MIX FEA FUNCIONÁRIOS FEA PROFESSORES E AINDA... p.02 p.03 p.10 Prof a Marilda Sotomayor fala sobre o prêmio nobel de Economia de 2012. Procar auxilia alunos na escolha da carreira. Sipat 2012 traz assuntos importantes e tem grande presença de público. ANÁLISE & OPINIÃO ano 9_edição 80_nov/dez_2012 EAC desenvolve projeto de internacionalização e cria a Star Commission (CONTINUA NA PÁGINA 14) O Departamento de Contabilidade e Atuária (EAC) da FEAUSP vêm passando por avanços importantes em sua internacionalização. O movi- mento é uma constante na gestão do atual chefe de departamento, o professor Edgard Cornac- chione, que acabou de assumir o segundo mandato no cargo. Para este novo ciclo, estão sendo implemen- tadas outras ações, sendo a de maior destaque a criação da Star Commission, que já conta com espaço físico para um escritório. O objetivo da comissão é colocar em prática os planos de maior inserção do departa- mento no cenário mundial, dentro de um planejamento que vai até 2035. Além do professor Edgard, também fazem parte Professor Reinaldo Guerreiro e os membros da Star Commission: Professores Luís Eduardo Afonso, Jon Davis, Andson Braga e Edgard Cornacchione Junior do projeto os professores Andson Braga de Aguiar, diretor da comissão e Luís Eduardo Afonso, vice- -diretor. A princípio, a Star Commission deve atu- ar em duas frentes. Uma delas é de desenvolvimen- to curricular, com base em integração com modelos internacionais. Para tal, o EAC (com o apoio da FIPECAFI) fe- chou uma parceria com o Departamen- to de Contabilidade da Universidade de Illinois (EUA), em contrato válido por um perí- odo inicial de cinco anos. “Durante os próximos cinco anos, nós vamos interagir com Illinois para promover essas mudanças no desenvolvi- mento curricular, e a comissão vai viabi- lizar isso”, explica o professor Edgard. As alterações consistem em uma maior adap- tação do PPP (projeto político pedagógico), aliado a novas estratégias de ensino.

Transcript of EAC desenvolve projeto de internacionalização e cria a ... · Profa Marilda Sotomayor fala sobre...

uma publicação mensal da FEAUSP

p.08

p.12

p.15

FEA X FEA

FEA ALUNOS

FEA MIX

FEA FUNCIONÁRIOSFEA PROFESSORES E AINDA...

p.02 p.03 p.10

Profa Marilda Sotomayor fala sobre o prêmio nobel de Economia de 2012.

Procar auxilia alunos na escolha da carreira.

Sipat 2012 traz assuntos importantes e tem grande presença de público.

ANÁLISE & OPINIÃO

ano 9_edição 80_nov/dez_2012E

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(CONTINUA NA PÁGINA 14)

O Departamento de Contabilidade e Atuária

(EAC) da FEAUSP vêm passando por avanços

importantes em sua internacionalização. O movi-

mento é uma constante na gestão do atual chefe

de departamento, o professor Edgard Cornac-

chione, que acabou de assumir o segundo

mandato no cargo. Para este novo

ciclo, estão sendo implemen-

tadas outras ações, sendo a de

maior destaque a criação da Star

Commission, que já conta com

espaço físico para um escritório.

O objetivo da comissão é

colocar em prática os planos

de maior inserção do departa-

mento no cenário mundial,

dentro de um planejamento que vai até 2035.

Além do professor Edgard, também fazem parte

Professor Reinaldo Guerreiro e os membros da Star Commission: Professores Luís Eduardo Afonso, Jon Davis, Andson Braga e Edgard Cornacchione Junior

do projeto os professores Andson Braga de Aguiar,

diretor da comissão e Luís Eduardo Afonso, vice-

-diretor. A princípio, a Star Commission deve atu-

ar em duas frentes. Uma delas é de desenvolvimen-

to curricular, com base em integração

com modelos internacionais. Para tal,

o EAC (com o apoio da FIPECAFI) fe-

chou uma parceria com o Departamen-

to de Contabilidade da Universidade de

Illinois (EUA), em contrato válido por um perí-

odo inicial de cinco anos. “Durante os próximos

cinco anos, nós vamos interagir com Illinois para

promover essas mudanças no desenvolvi-

mento curricular, e a comissão vai viabi-

lizar isso”, explica o professor Edgard. As

alterações consistem em uma maior adap-

tação do PPP (projeto político pedagógico), aliado

a novas estratégias de ensino.

ANÁLISE & OPINIÃO

“...Economia é sobre a vida real e matching tem inúmeras aplicações à vida real.”

O p

rêm

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obel

de

Eco

nom

ia

em 2

012 O prêmio que Alvin Roth e Lloyd

Shapley receberam é sobre matching, e a importância de matching para a Econo-mia é que Economia é sobre a vida real e matching tem inúmeras aplicações à vida real. Através dessa teoria, vários merca-dos têm sido melhor entendidos, o que tem ajudado na sua organização.

A teoria dos matchings estáveis foi introduzida por David Gale e Lloyd Shapley em 1962, com o artigo “College admissions and the stability of marria-ge”. Um conjunto de estudantes é para ser alocado a um conjunto de universi-dades. Os participantes de um conjunto têm preferências sobre os participantes do outro conjunto. Cada universidade tem uma cota, que representa o número máximo de estudantes que pode admitir. O modelo resultante é chamado de “col-lege admission model”. Quando a cota de todas as universidades é um, obtemos o “modelo do casamento”. A idéia do ma-tching estável é a de uma alocação dos es-tudantes para as universidades tal que um estudante não possa ser alocado a mais

de uma universidade, o nú-mero de estudantes alocados a uma universidade nunca ultrapasse a cota dessa uni-

versidade e não exista uma universidade e um estudante, que não estejam

associados pelo matching, mas tal que o estu-dante prefere

a universidade àquela para a qual foi admitido e a uni-versidade prefere o estudante a algum dos estudantes que admitiu.

Gale e Shapley provaram a existência de matchings estáveis através de um algoritmo simples, que partindo das preferências dos participantes chega, num número finito de etapas, a um ma-tching estável.

A teoria dos matchings estáveis tem evoluído desde o artigo de 1962 e o conceito de matching estável tem se estendido para mercados com preferências mais complexas e em que os partici-pantes de ambos os conjuntos podem formar mais de uma par-ceria. O algoritmo de Gale e Shapley tem encontrado inúmeras aplicações na vida real, em mercados não somente de escolas e estudantes, mas também em mercados de distribuição de médi-cos e hospitais nos Estados Unidos e Grã Bretanha. Em 1972, Shapley e Shubik introduziram o “assignment game”, incorporando uma variável monetária no modelo do casamen-to. Inúmeras variações desse jogo têm sido criadas e estudadas amplamente. Os modelos são mais adequados para representar mercados de trabalho no nível de contratação e mercados de compradores e vendedores.

Um dos ramos da teoria de matchings aplicada à Economia, que tem sido objeto de estudo de inúmeros pesquisadores, é o Desenho de mercados. Este é um campo de pesquisas que busca entender melhor os detalhes relevantes das regras do Mercado em estudo, para que possamos ajudar na sua organização ou a consertá-los quando eles quebram. Embora Gale e Shapley não tenham se dado conta, eles escreveram o mais antigo artigo so-bre desenho de mercados. O livro “Two Sided Matching”, de minha autoria junto com A. Roth, publicado em 1992, dá uma idéia do desenvolvimento da teoria desses tipos de mercados nos seguintes 30 anos ao artigo de Gale e Shapley.

Alvin Roth também tem trabalhado em Experimentos Eco-nômicos. A idéia é conduzir experimentos, trazendo a Econo-mia para o laboratório ou criando condições controladas que nos permitam entender melhor o que estamos vendo em cir-cunstâncias menos controladas.

Alvin criou uma escola em Harvard e seus inúmeros alunos estão por aí, fazendo sucesso em matching! Shapley devia ter ganhado o prêmio junto com Aumann em 2005. Deu uma no-tável contribuição à teoria dos jogos cooperativa, incluindo o fa-moso “valor de Shapley”, um conceito de solução cooperativo, caracterizado por meio de um conjunto de axiomas razoáveis, que oferece um índice para medir, em certo sentido, o poder dos jogadores em um jogo.

Marilda de Oliveira SOtOMayOr

PrOfeSSOra dO dePartaMentO de ecOnOMia da feaUSPProfa. Marilda Sotomayor e Alvin Roth

#02

Ao trabalhar o autoconhecimento, os estudantes participantes tomam decisões de forma consciente.

FEA PROFESSORES

Auxílio na escolha da carreiradúvidaS e qUeStiOnaMentOS SObre O fUtUrO PerMeiaM a

gradUaçãO de MUitOS UniverSitáriOS. Planejar a carrei-

ra de fOrMa cOnSciente e eStratégica exige dOS alUnOS

algUMaS certezaS qUe neM SeMPre SãO encOntradaS. O

PROCAR (Programa de Aconselhamento de Carreira), co-

ordenado pela professora Tania Casado, auxilia os alunos

participantes em todas estas questões.

“Antigamente, carreira era uma coisa dentro da organi-

zação. Hoje, todos os modelos novos falam da carreira do

indivíduo, o que o indivíduo quer dela. A perspectiva agora

não é mais da organização”, diz a profa. Tania. Ela acredita

que os profissionais do mercado atual, em sua maioria, não

têm essa concepção de planejamento da vida profissional

de forma clara e que se tivessem, muitas frustrações seriam

evitadas. “Nós não garantimos que a pessoa vai conseguir o

sucesso total, mas garantimos que ela fará escolhas muito

mais conscientes”.

Para que esse tipo de escolha aconteça, Nair Cristina Ro-

meu, uma das consultoras do PROCAR, diz: “Acho que tudo

depende da questão do autoconhecimento”. Considerando

esse princípio, os seis encontros oferecidos pelo programa

partem da identificação dos traços de personalidade dos es-

tudantes. “Ao se conhecerem melhor e identificarem seus

potenciais, eles passam a traçar planos mais consistentes”,

diz a profa. Tania.

O programa oferece aos participantes um percurso mais

tranquilo em direção a seus objetivos profissionais. Durante

o acompanhamento, o aluno tem com quem falar a respeito

de suas dúvidas, pode esclarecer os receios que sente e ainda

receber dicas importantes. Os consultores ajudam na formu-

lação do currículo e chegam até mesmo a treinar entrevistas

com os estudantes.

Quem participa

Em geral, são convidados a participar do projeto, os alu-

nos de melhor aproveitamento de cada curso da FEA. Eles

passam a ser acompanhados por consultores que são alunos

ou ex-alunos do curso de pós-graduação “Consultoria de

Carreira” da FIA, Fundação Instituto de

Administração, coordenado pela professo-

ra Tania. Os que ainda estudam na FIA,

participam do programa como um estágio,

os que já concluíram a pós, contribuem

pela oportunidade de aprender mais com

a supervisão da professora, além da satis-

fação pessoal que este trabalho lhes traz.

Em ambos os casos o serviço é prestado

de forma gratuita. Nair conta empolgada

o porquê disponibiliza seu tempo para os

atendimentos: “Você não tem noção de

como é gostoso quando eles encontram o

seu caminho”.

Os benefícios de participar do Procar

são sentidos de forma especial pelos alu-

nos convidados. Fernando Nascimento é

formado em física e cursa agora sua se-

gunda graduação na FEA. Ele conta que

o programa o ajudou a enxergar outros

horizontes a partir do que descobriu de si

próprio. O estudante acrescenta que, com

a ajuda de sua consultora Maria Alice, ele

pôde tornar mais concretos os planos que

antes estavam somente no campo da

subjetividade. “Ela é

extremamente dedi-

cada e atenciosa”,

diz ele a respeito

da profissional

que o acom-

panha.

#03

Nair Cristina Romeu e Profa. Tania Casado

por Talita Nascimento

Sem

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Hoje, o encontro conta com parcerias firmadas com institui-ções de diversas cidades e estados do país...

#04

FEA PROFESSORES

criadO PelO PrOgraMa de PóS-

-gradUaçãO eM adMiniStraçãO

da fea nOS anOS 1990, O SeMead

é UM encOntrO científicO qUe viSa

criar UMa OPOrtUnidade Para qUe

eStUdanteS, PeSqUiSadOreS e PrO-

fiSSiOnaiS da área exPOnhaM SUaS

PeSqUiSaS e POSSaM ter SeUS traba-

lhOS avaliadOS.

“O SemeAd se iniciou como um

seminário interno que nós organizá-

vamos para os nossos alunos”, afir-

mou um dos responsáveis pelo en-

contro, o professor Lindolfo Galvão

de Albuquerque. Com o passar dos

anos, no entanto, o evento foi to-

mando grandes proporções. Em sua

segunda edição, em 1997, recebeu

113 projetos; neste ano, entre as

doze áreas temáticas que abrange, e

que vão desde gestão socioambien-

tal, passando por marketing, até fi-

nanças, mais de 1100 artigos foram

submetidos, fazendo do encontro

um dos maiores do país. A FEA foi, por si só, responsá-

vel por quase 150 das inscrições.

Hoje, o encontro conta com parcerias firmadas com

instituições de diversas cidades e estados do país, como

a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Uni-

versidade Municipal de São Caetano do Sul (UMSCS),

além da ESPM e da PUC, ambas de São Paulo, entre

outras.

Para julgar os trabalhos, dois juízes são apontados

pelos responsáveis por cada tema com base em seu co-

nhecimento no assunto. “Nós conhecemos quem da

comunidade tem condições de avaliar e fazemos uma

listagem. A secretaria do SemeAd faz o convite e aí se

tem uma lista de avaliadores a quem os trabalhos po-

dem ser encaminhados”, explicou o professor Guilher-

me Ary Plonski, responsável pelo grupo de Inovação e

Empreendedorismo. Na inspeção feita por esses avalia-

dores, é empregado o método da revisão anônima, no

qual o próprio avaliador não sabe de quem é o projeto

que está recebendo, e tampouco o autor sabe quem está

lendo seu texto. Considerando que o projeto tenha sido

formatado de acordo com os pré-requisitos indicados

no site e tenha sido aceito, são três as instâncias em que

por Guilherme Speranzini

Nesta edição o assunto central foi “Desafios da gestão: eco-nômico, social e ambiental”.

#05ele pode vencer: tema, área e geral. Os melhores arti-

gos de cada tema concorrem uns com os outros para

ver qual é o melhor da área, e os melhores de todas as

áreas concorrem entre si pelo prêmio máximo de me-

lhor trabalho do ano.

O seminário contou com participantes das cinco

regiões do Brasil, com o Sudeste liderando o número

de inscrições (512 no total). “É um evento que tem

quantidades expressivas de representantes de todas as

partes do país”, observou João Maurício Boaventura,

professor da FEA e membro da Comissão Organizado-

ra. De acordo com Boaventura, que chegou a participar

do encontro algumas vezes antes de tomar parte em sua

organização, a representatividade de todos os cantos do

país se deve à qualidade dos

estudos apresentados e ao

baixo custo de inscrição, que

varia de R$60,00 para uspia-

nos, até R$250,00 para os

demais interessados. “É um

evento de alto nível e aces-

sível”, enfatizou o professor.

Nesta edição, cujo assun-

to central foi “Desafios da gestão: econômico, social e

ambiental”, o grande vencedor foi um projeto vindo da

Gestão da Inovação, intitulado “Prospecção tecnológica

e consciência sobre o futuro: um estudo sob a ótica das

capacidades dinâmicas utilizando modelagem de equa-

ções estruturais”, escrito por Adalton Masalu Ozaki,

Fernando Fonseca e James Terence Coulter Wright. Os

três autores, os dois primeiros, alunos da pós-graduação

na FEA, e o último seu professor, estudaram o modo

como empresas de TI analisavam cenários futuros, tan-

to para lutar contra ameaças quanto para tirar provei-

to de oportunidades. Aplicando um questionário a 98

profissionais da área, os autores obtiveram 57 respostas

válidas e, com base nelas, descobriram ser surpreenden-

temente baixo o nível de utilização de técnicas de ava-

Prof. Lindolfo Galvão de Albuquerque

João Maurício Boaventura

Prof. Guilherme Ary Plonsky

liação e prospecção tecnológica, sendo

que em alguns casos não havia sequer

conhecimento das ferramentas.

Apesar do curto período desde a pre-

miação, a repercussão do artigo foi tão

boa que, se-

gundo Wright,

já há planos

para ampliar a

análise. “Esta-

mos pensando

em estudar não

só o setor de

TI, mas outros

setores industriais, para melhorar [o

modo] como as pessoas pensam o fu-

turo e ajudar a adequar as ferramentas

que existem para essa análise”, afirmou

o professor.

FEA PROFESSORES

#06

Con

ferê

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stór

ia“Entender o presente é entender o conjunto de relações que o determinaram na história.”

fOi realizada na fea e na fflch,

nO cOMeçO de OUtUbrO, a iv cOn-

ferência internaciOnal de hiStó-

ria ecOnôMica, eM cOnjUntO cOM O

vi encOntrO de PóS-gradUaçãO

eM hiStória ecOnôMica. O evento

reuniu pesquisadores de todo o Brasil,

além de palestrantes internacionais, e

contou com a apresentação de mais de

130 trabalhos durante os três dias da

Conferência.

A conferência é organizada perio-

dicamente pela ABPHE – Associação

Brasileira de Pesquisadores em Histó-

ria Econômica. O objetivo é destacar a

mútua importância que o estudo de his-

tória e economia representa na forma-

ção de profissionais de ambas as áreas.

A edição de 2012 proporcionou maior

abertura a trabalhos e apresentações de

alunos da pós-graduação, além de abrir

espaço para mesas de discussão sobre

temas atuais e clássicos da historiografia.

A relação entre história e economia vem ganhando con-

tornos importantes no âmbito da pesquisa e ensino. Na

América Latina, o número de associações nacionais de his-

tória econômica dobrou de quatro, em 2007, para oito em

2012, além de um projeto embrionário no Peru. Além disso,

a procura de vagas na área de história econômica é cada vez

maior. “Tem ocorrido uma demanda crescente por profissio-

nais de história econômica nos concursos do país.”, conta

Angelo Carrara, professor da Universidade Federal de Juiz

de Fora (UFJF). Para ele, esse avanço está intimamente liga-

do ao crescimento econômico de países como o Brasil, além

do crescente número de congressos que vêm ocorrendo no

mundo todo.

Porém, ainda existe certa relutância em incluir disciplinas

voltadas ao ensino da história nos cursos de economia do

país, embora exista uma resolução do MEC que define que

10% da grade curricular dos cursos de ciências econômicas

seja reservada a essa área. Para Rubens Sawaya, professor da

PUC-SP e presidente da ANGE (Associação Nacional de

Graduação em Economia), o peso da história econômica, em

alguns cursos, é zero. ”Infelizmente, muitos ainda acreditam

que o economista não precisa entender a história”, aponta o

professor. Ele discorda dessa visão e destaca a importância do

por Rodrigo Dias Gomes

#07

“Se formos analisar todas as questões inerentes à crise, muitas das respostas são encontradas na própria história.”

contexto histórico para compreender o universo capitalista

atual. “Entender o presente é entender o conjunto de rela-

ções que o determinaram na história”, diz.

No entanto, o crescimento de pesquisas na área passa por

um crescimento desde a década de 60, quando surgiram as

primeiras revistas especializadas. Hoje, os congressos e con-

ferências são parte importante desse crescimento. O prof.

Alexandre Saes, do Departamento de Economia,

destacou o grande desafio para a história econô-

mica. “Hoje em dia, ela não é uma área de prio-

ridade nem na economia, nem na história. Preci-

samos convencer mais tanto economistas quanto

historiadores que essa é uma área muito impor-

tante”, conta Alexandre, que também leciona no

programa de pós-graduação em História Econô-

mica da FFLCH. Porém, ele vê o maior número de

profissionais e o crescimento de participantes em

congressos como um indicativo do crescimento da

importância do estudo histórico.

Apesar da multidisciplinaridade da conferên-

cia, Alexandre identificou alguns temas que tive-

ram abordagem mais destacada nos três dias de

evento. Temas como os 60 anos do BNDES e a tão

falada crise econômica internacional foram recorrentes

nos trabalhos e mesas redondas. “Se formos analisar to-

das as questões inerentes à crise, muitas das respostas

são encontradas na própria história”, aponta o profes-

sor, que foi o Coordenador Geral do evento.

Outros temas importantes retratados nas discus-

sões foram a metodologia de ensino de história eco-

nômica e as fontes para pesquisa na área. A publica-

ção de trabalhos em revistas científicas é constante,

e Alexandre vê isso como um estímulo muito grande

para pesquisadores. O evento apresentou um núme-

ro de trabalhos superior à média de 80 por ano (para

edições com foco na pós-graduação). “Aos poucos, o

historiador vai percebendo que a dimensão da econo-

mia deve ser valorizada, e o economista também está

alimentando esse pensamento com relação à história”, con-

clui o professor. Além da grande participação de pesquisa-

dores de todo o Brasil, o evento contou com a participação

de dois professores de renomadas instituições internacio-

nais: Hebert Klein, da Universidade de Stanford, e Jeffry

Frieden, da Universidade de Harvard.

Profs. Felipe Loureiro, Rodrigo Ricupero, Armando João Dalla Costa, , Elizabeth Farina, Alexan-dre Saes e Jeffry Frieden

Profs. Herbert Klein, Francisco Vidal Luna, Iraci del Nero da Costa e José Flávio Motta

Profs. Renato Marcondes, Flávio Sales e Eustáquio Reis

FEA X FEA

A parte mais diversificada do simpósio foi organizada de forma competente pela unidade.

FE

A s

edia

áre

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H

uman

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Hum

anid

ades

do

20º S

IIC

USP

#08

dePOiS de cincO MeSeS de trabalhO

nO PlanejaMentO dO eventO, POde-Se

dizer qUe 20º SiicUSP (SiMPóSiO inter-

naciOnal de iniciaçãO científica) fOi

UM SUceSSO na fea. A unidade sediou

pela segunda vez a parte de Humanas e

Humanidades do evento que reúne os

trabalhos de Iniciação Científica da USP

e outras universidades inscritas. Com

mais de 900 trabalhos apresentados, a

diversidade e a organização foram os des-

taques do Simpósio.

Receber trabalhos, selecioná-los,

consultar a agenda dos professores para

formar mesas, preparar o coffee-break,

enviar cada apresentação para a sala

correta, preparar material de divulgação,

estas são apenas algumas das tarefas de

quem organiza um evento deste por-

te. Com tantos afazeres cumpridos pela

equipe, o prof. Reinaldo Guerreiro, dire-

tor da FEA, chegou a brincar na abertura

do evento: “Meu trabalho aqui é muito

mais o de dar um apoio moral”, disse ao

agradecer a todos os envolvidos na orga-

nização.

Balanço Positivo

A profa. Sylvia Saes, presidente da Comissão de Pesquisa

da unidade, disse que o ponto alto do evento foi a participa-

ção dos funcionários e alunos no Simpósio. Rose, secretária

que trabalhou em todas as etapas do Siicusp, também ressal-

tou a colaboração de toda a equipe, formada por mais de 30

pessoas: “Se não fosse o entusiasmo deles, nada teria aconte-

cido. Não tenho do que reclamar”. Ambas concordam que a

edição deste ano superou a passada em muitos aspectos. “Deu

tudo certinho. Da parte dos alunos, nós tivemos uma feliz

surpresa, porque este ano tivemos menos ausências, tivemos

salas cheias”, diz Sylvia. Ela também comentou que a partici-

pação dos professores ainda é pequena, mas que a qualidade

dos trabalhos apresentados parece ter agradado aos docentes

que estavam presentes. De todos os projetos apresentados, fo-

ram escolhidos 45 para concorrerem a prêmios. Os projetos

serão selecionados pela Pró-Reitoria de Pesquisa, mas todos já

receberam menção honrosa.

Um diferencial desta edição foi que os trabalhos apresenta-

dos já estavam nas salas antes mesmo de seus autores chegarem.

Apesar de parecer simples, isto exigiu empenho por parte da

organização, que teve de receber uma série de apresentações e

destiná-las aos locais corretos. “E você sabe”, disse Rose, “todos

mandam no último dia”. Esta medida solucionou um problema

sofrido na edição do ano passado, na qual muitos estudantes

tiveram problemas para abrir os arquivos na hora da palestra.

Equipe organizadora do SIICUSP

por Talita Nascimento

Relevante para a unidade e alunos

Para a FEA, é muito importante sediar eventos como este. Isto

porque o CNPq (Centro Nacional de Desenvolvimento Científi-

co e Tecnológico), avalia o SiicuSp e, com trabalhos de qualidade

sendo apresentados, as chances de apoio a pesquisas aumentam.

No entanto, os benefícios não ficam apenas para a unidade, os

alunos que participam também têm vantagens. Na abertura do

evento, Maria Inês Santoro, coordenadora do Projeto de Inicia-

ção Científica da USP, salientou a experiência marcante que o

Siicusp representa na vida dos estudantes. A possibilidade de co-

nhecer e discutir com pessoas diferentes e até mesmo de outros

países é interessante para a vida acadêmica e pessoal dos jovens

estudantes. “Embora seja uma semana, tanto para os alunos es-

trangeiros, quanto para os brasileiros que vão a estas universida-

des, é uma experiência incrível”, comenta Maria Inês. As possi-

bilidades de receber prêmios, menções honrosas e intercâmbios,

através dos trabalhos apresentados, incentiva os participantes,

mas a profa. Sylvia lembra que o simples fato de estar envolvido

com Iniciação Científica (IC) durante a graduação, já é visto com

bons olhos pelo mundo corporativo.

Ela diz que o aluno de IC desenvolve a capacidade de estudar

sozinho. A independência adquirida durante as pesquisas faz do

futuro profissional alguém mais preparado para lidar com situa-

ções reais. Ela ainda conta que empresas importantes têm o hábi-

to de checar se os candidatos às vagas de emprego se envolveram

com Iniciação Científica, pois sabem que essas pessoas têm maior

poder de decisão que outras.

Uma área ampla e desafiadora

A diversidade dos projetos com-

preendidos em “Humanas e Huma-

nidades” é interessante, mas rende

muito serviço para quem está nos

bastidores. Com trabalhos que vi-

nham de áreas bem diferentes da-

quelas que a FEA está habituada a

lidar, a profa. Sylvia e Rose tiveram

de se adaptar a jargões desconheci-

dos durante o encaminhamento dos

A possibilidade de conhecer e discutir com pessoas diferentes e até mesmo de outros países é interessante para a vida acadêmica e pessoal dos jovens estudantes.

#09projetos. “Tinha trabalhos da saúde públi-

ca, artes, música, moda”, conta a profes-

sora.

Outra particularidade dessa área é o

fato dela ser a única em que todos os tra-

balhos são apresentados oralmente. Sylvia

acredita que isso seja muito importante

para o crescimento acadêmico, pois fo-

menta o debate. No entanto, ela sabe da

responsabilidade que essa característica

traz: “A gente tem que organizar tudo mui-

to bem para propiciar essas discussões.” O

pró-reitor de pesquisa da USP, prof. Marco

Antonio Zago, elogiou esse tipo de exposi-

ção dos trabalhos, pois com esse formato

o aluno aprende a comunicar. “Realmen-

te você está fazendo algo importante e

aprendeu aquilo, quando você for capaz

de explicar sua tese de PHD para sua avó

e ela entender”, comentou Zago durante

a palestra de abertura, na qual dizia que

saber explicar, ou contar para os outros, o

que se estudou, é uma das partes mais im-

portantes da pesquisa. “É por isso que eu

cumprimento que na área de Humanida-

des se façam todas as apresentações orais,

com discussões orais”, concluiu o prof.

Zago em seu discurso.

Profa. Maria Inês R. M. Santoro

Profa. Maria Sylvia Saes

Prof. Marco Antonio Zago

Prof. Carlos Eduardo S. Gonçalves

#10

O grande desafio foi justamente fazer com que funcionários participassem da SIPAT.

SIPA

T 2

012

traz

as

sun

tos

imp

orta

nte

s a

fun

cion

ário

s

FEA FUNCIONÁRIOS

SUceSSO: eSSa é MelhOr Palavra Para

deScrever a ediçãO 2012 da SiPat

(SeMana interna de PrevençãO de

acidenteS de trabalhO) da fea,

qUe fOi realizada entre OS diaS 8 e

10 de OUtUbrO. O evento, realizado

em parceria

entre a FEA

e o IRI (Ins-

tituto de Re-

lações Inter-

nacionais),

teve grande

presença de

A SIPAT atendeu suas espectativas?

sim

não13%

87%

Organização do evento e do tema.

bom

regular

excelente

35%

63%

2%

público, o que não é comum em outras

unidades e até em empresas. O tema

deste ano foi “Sustentabilidade e Saú-

de”.

Mais de 200 pessoas, divididas nos

três dias de atividades, marcaram pre-

sença na SIPAT. O programa contou

com 9 palestras relacionadas ao tema:

Crédito consciente; Qualidade de Vida;

Alimentação saudável; Reuso e recicla-

gem de aparelhos eletroeletrônicos; Álcool, DST e planeja-

mento familiar; Acupuntura no tratamento do stress e an-

siedade; Alergia respiratória; Primeiros socorros; e Saúde e

sustentabilidade. Dos participantes que responderam à ava-

liação, mais de 90% consideraram o conteúdo das palestras

excelente ou bom e em 95% dos casos declararam que as pa-

lestras con-

t r i b u í r a m

para o au-

mento de

seus conhe-

cimentos.

Além da

q u a l i d a d e

das palestras, com a presença de renomados palestrantes,

outro fator que contribuiu para a maior presença de fun-

cionários (entre eles, os terceirizados) foram os sorteios de

brindes durante o evento, obtidos por meio de captação

junto a patrocinadores. Contribuíram prestadores de servi-

ços, empresas, entidades estudantis, entre elas a Atlética, o

Cursinho e o Centro Acadêmico, e até mesmo funcionários,

que tiveram a iniciativa de colaborar doando materiais para

serem sorteados, como Ismael Belmiro do Rosário e Valter de

Oliveira Lima.

Equipe organizadora da SIPAT 2012

por Rodrigo Dias Gomes

“Quando você convida as pessoas e diz que a palestra é na FEA, elas já olham com bons olhos”...

#11O grande desafio foi justamente fazer com que funcioná-

rios participassem da SIPAT. “Temos muito apoio da direto-

ria e das assistências, mas as pessoas ainda não estão muito

conscientizadas. Mas agora, vejo que estamos ultrapassando

essa barreira”, conta Antônio Marcos de Freitas, presidente

da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),

que destacou o excelente trabalho realizado por todos os

membros da comissão.

O presidente da CIPA cita a preciosa colaboração de pes-

soas como Elaine do Rocio Graciano, que ajudou na coor-

denação, Paulo César Scandarolli, Ana Cristina dos Santos,

Daniel D’Artagnan (IRI), Rosemary Feijó da Silva, Édson

Vanderlei Silva, Hostragildo César de Carvalho, Celso Souza

Lopes, Francisco Momédio Filho, Roberto da Silva Fontes,

Claudinei Castelani e João Aparecido Corrêa, que traba-

lharam na captação de brindes e na logística, e de Vanes-

sa Menezes Munhoz, que, além disso também organizou a

avaliação do evento, aproveitando sua experiência na admi-

nistração de treinamentos. “Todo mundo fez!”, comemora

Marcos.

Ele também destacou o peso que o nome FEA representa

na hora de conseguir patrocinadores e palestrantes. “Quan-

do você convida as pessoas e diz que a palestra é na FEA,

elas já olham com bons olhos”, diz o presidente. Desta for-

ma, alguns profissionais que costumam cobrar caro por suas

apresentações realizaram palestras sem nenhum custo, con-

tando com o benefício da imagem vinculada à FEA. Entre as

instituições renomadas que fizeram parte

das apresentações, estão o Grupo Saúde e

Vida, o Remocenter USP e o Cedir (ligado

à CCE-USP), além da presença de nomes

como o pro-

fessor Pau-

lo Saldiva,

médico es-

pecialista em poluição atmosférica, e

Ronison Hayashida, um dos mais co-

nhecidos profissionais da acupuntura.

Embora a FEA não sofra com muitos

acidentes de trabalho (por não contar

com laboratórios e resíduos químicos

ou biológicos), o conteúdo apresentado

nas palestras foi útil para o cotidiano

de todos os funcionários e essa edição

contou até com espectadores de ou-

tras unidades.

Além de cumprir com seu papel

como parte do calendário da CIPA, nos

dois últimos anos a SIPAT vem se

tornando um momento importante

para a integração dos funcionários

da Faculdade, uma parada pro-

pícia para novas conversas sobre

temas diferentes das rotinas de

trabalho, uma

oportunidade

para ampliar

conhec i -

mentos e

c í rculos

de ami-

zades.

FEA ALUNOS

“Isso é tremendamente novo, não existia essa atenção toda para o esporte há alguns anos atrás.”

X E

ncon

tro

de M

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Esp

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pal

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ante

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esta

ca o

esp

orte

com

o ne

góci

o

#12é incOnteStável a iMPOrtância dO

braSil nO eSPOrte MUndial. O país

será sede dos dois maiores eventos es-

portivos nos próximos anos, e ainda é

capaz de formar grandes ídolos nacio-

nais, como Neymar e Anderson Silva.

As empresas têm percebido a gran-

de oportunidade

de negócios que

o esporte traz, e

por isso tem in-

vestido cada vez

mais recursos – fi-

nanceiros e huma-

nos – no marketing

esportivo. Com o

objetivo de escla-

recer as principais

questões inerentes

à área, a AAAVC

(Associação Atlé-

tica Acadêmica

Visconde de Cairu)

organizou o tradi-

cional Encontro de

Marketing Espor-

tivo da FEAUSP,

entre os dias 17 e

18 de outubro.

O evento, que

ocorre desde 1998,

chegou

à sua

10ª edi-

ção, e

contou

c o m

a presença de nomes importantes do esporte, como Fernando

Meligeni, ex-tenista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, presiden-

te do Santos, e João Palomino, diretor de jornalismo dos ca-

nais ESPN. Além deles, marcaram presença diversos gestores

da área de marketing e propaganda, e a multidisciplinaridade

chamou a atenção nos dois dias do encontro. “É importante

trazer uma pessoa de cada área para que as pessoas saibam qual

direção devem seguir”, diz o professor Marcos Campomar, que

participa do evento desde de sua primeira edição, e esteve pre-

sente na abertura.

O professor destacou, ainda, a emergência do marketing

esportivo nas empresas, algo que é relativamente recente nas

instituições, que cada vez mais desejam ligar sua marca a equi-

pes, modalidades e atletas. “Isso é tremendamente novo, não

existia essa atenção toda para o esporte há alguns anos atrás”,

conta. Para ele, o profissional de marketing que quer trabalhar

com esporte tem como papel fundamental fazer a ponte entre o

esporte e a empresa, unindo interesses esportivos com técnicas

administrativas e de marketing.

Um exemplo prático da importância do esporte para o

marketing de uma empresa foi dado por Fernando Souza, geren-

te de marketing esportivo da Gillette. “O esporte é uma ótima

plataforma para se aproximar do consumidor”, diz o palestrante.

Ele destacou alguns pontos importantes para que a relação em-

presa-esporte seja satisfatória, como explorar os diversos pontos

de contato entre a marca e o esporte em questão, e aproveitar

Maurício Fragatta, CEO da One International

Sports Business

Fernando Souza, gerente de marketingesportivo da Gillette

João Palomino,narrador da ESPN Brasil

Alessandro Sassaroli,gerente de marketing

esportivo da Abril

Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, Presidente do Santos FC

por Rodrigo Dias Gomes

...a expectativa é que o evento cresça na mesma proporção dos investimentos e da importância do esporte no mundo em-presarial.

#13

todas as oportunidades de exposição. A Gillette está diretamen-

te ligada a nomes fortes do esporte, como a seleção brasileira, a

Fórmula 1 e o UFC - Ultimate Fighting Championship, evento

esportivo que mais cresce no mundo. “60% do orçamento de

marketing da empresa é investido no esporte”, aponta Fernan-

do.

Em outra apresentação, o CEO da One International Sports

Business, Mauricio Fragata, abordou questões de verba de pa-

trocínio de grandes empresas para investimento em esporte. “É

importante entender o patrocínio como ferramenta de marke-

ting”, destacou Maurício, que ainda identificou outras questões

fundamentais, como o retorno de mídia e o relacionamento

com o cliente e consumidor.

Outras participações de destaque foram a de Sóstenes

de Oliveira, diretor da fundação Gol de Letra, que abordou

o marketing esportivo partindo de um viés social, e Gustavo

Gimenes, da Nike, que explorou os valores e características de

investimentos da empresa, que é líder mundial no segmento de

esportes.

A apresentação mais esperada, no entanto, foi a do presiden-

te do Santos. Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o Laor, abordou

as mudanças estruturais que instaurou na equipe litorânea e que

permitiram, entre outros avanços, elaborar um plano de carreira

para Neymar, que já é considerado um dos jogadores mais valio-

sos do mundo. “Nós acreditávamos que era possível fazer a ges-

tão de um clube de futebol com princípios de governança uni-

versalmente aceitos”, diz o presidente

santista, que enfatizou a necessidade

de se administrar o esporte como ne-

gócio. Como resultado dessa maneira

de pensar, além de conseguir manter

Neymar por mais tempo no time da Vila Belmiro, o Santos

foi o clube que mais

cresceu como marca

nos últimos anos, além

de um aumento de 50%

nas cotas anuais de te-

levisão e um patrocínio

seis vezes maior. “Não explorar a marca

é um brutal desperdício”, concluiu Laor.

O evento foi encerrado com a parti-

cipação do jornalista e narrador João Pa-

lomino, dos canais ESPN, que apontou

características da mídia na nova realidade

empresarial que o esporte vive. Palomi-

no destacou a mudança na mentalidade

do telespectador nos dias de hoje, o que

vai exatamente ao encontro do tipo de

jornalismo que a ESPN faz. “Hoje as

pessoas estão mais sedentas por infor-

mação”, explica Palomino. Para ele, a

interatividade dos meios de comunica-

ção com o espectador exige uma maior

profissionalização da categoria, de modo

a entregar um conteúdo com a maior

qualidade possível.

A 10ª edição do Encontro de Marke-

ting Esportivo contou com ampla pre-

sença de alunos e ex-alunos de diversas

unidades da USP, e a expectativa é que

o evento cresça na mesma proporção

dos investimentos e da importância do

esporte no mundo empresarial.

Otávio Teixeira, Prof. Marcos Campomar, Fernando Meligeni, Luiz Carvalho e Nicolau Spadoni Fernando Meligeni,

ex-Marketing da ATP

Luiz Carvalho,Gerente de Projetos da IMX

Esporte e Entretenimento

Sérgio Domenici ,gerente executivo do Novo

Basquete Brasil NBB)

Sóstenes de Oliveira,Diretor da Fundação

‘Gol de Letra’

Marcelo Bianconi, jornalista, repórter e

comentarista esportivo

FEA INTERNACIONAL

O grande objetivo é buscar o credenciamento na AACSB – Association to Advance Collegiate Schools of Business, que é o mais importante na área de negócios...

#14

EA

C d

esen

volv

e pr

ojet

o de

in

tern

acio

nali

zaçã

o e

cria

a S

tar

Com

mis

sion

Para cOnSUMar a Parceria e eStreitar OS laçOS en-

tre aS dUaS inStitUiçõeS, a facUldade recebeU a viSita

dO PrOfeSSOr jOn daviS, chefe dO dePartaMentO de

cOntabilidade da UniverSidade de illinOiS, qUe re-

PreSentOU a UniverSidade nO acOrdO. Além de forma-

lizar o convênio, Davis veio ao Brasil para ministrar uma

palestra sobre o déficit fiscal dos Estados Unidos, e, ain-

da, apresentar aos professores o Project Discovery, que é

o modelo curricular adotado na Universidade de Illinois.

“A visita do professor Davis é um primeiro passo para

estabelecer esse projeto”, diz o professor Cornacchione.

A outra frente de atuação da comissão de internacio-

nalização é o credenciamento internacional do depar-

tamento. Neste caso, a parceria não se dará com insti-

tuições de ensino, mas sim com profissionais da área de

negócios ou professores, que atuarão como consultores.

O projeto já conta com cinco potenciais professores para

realizar essas consultorias.

O grande objetivo é buscar o credenciamento na

AACSB – Association to Advance Collegiate Schools

of Business, que é o mais importante

na área de negócios, e atua no desen-

volvimento acadêmico das escolas

de economia e administração. Atu-

almente, 648 instituições possuem o

credenciamento, em 43 países dife-

rentes, e apenas duas faculdades são

brasileiras.

Embora o projeto não contemple

a inclusão imediata de estudantes,

a tendência é que exista, no futuro,

uma participação dos alunos nes-

se processo de internacionalização,

como já acontece com Illinois. “Ha-

verá uma participação de estudantes,

e de acordo com o cronograma nós

teremos essa estruturação”, explica

o professor. Ele destacou, ainda, que

a Star Commission contará com dois

representantes discentes.

Professores Luís Eduardo Afonso, Andson Braga de Aguiar, Jon Davis e Edgard Bruno Cornacchione Junior

por Rodrigo Dias Gomes

FEA MIX

A Universidade de São Paulo foi a melhor do país na catego-ria Administração e Negócios - Escolas Públicas, na última edição do Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante.

#15PrêMiOS e hOMenagenS

PrOf. ricardO abraMOvay é PreMiadO

O professor titular Ricardo Abramovay, que escreveu

o livro Muito Além da Economia Verde, recebeu, em 30 de

setembro, o Prêmio Jornalistas & Cia/HSBC de Imprensa e

Sustentabilidade na catego-

ria Personalidade do

Ano. O prêmio tem

por objetivo estimu-

lar profissionais e ór-

gãos de imprensa do

Brasil a abraçar a

causa da sustenta-

bilidade.Foto

: Site

Fun

daci

ón A

vina

Medalha MiniStrO celSO fUrtadO

O Conselho Regional de Economia de São Paulo realizou,

no último dia 24 de agosto, na Câmara Municipal de São

Paulo, a Primeira Sessão Solene de um ciclo de homenagens

aos Economistas inscritos no Corecon-SP por mais de trinta

anos, com a entrega da Medalha Ministro Celso Furtado. As

Medalhas foram entregues pelo presidente do Corecon-SP,

Prof. Manuel Enriquez Garcia, juntamente com o ex-Presi-

dente do Corecon-SP, Prof. Heron Carlos Esvael do Carmo,

o Conselheiro Afonso Arthur Neves Baptista e o Vereador

Floriano Pesaro. Entre os homenageados estiveram os pro-

fessores da FEA: Almir Ferreira de Souza, Carlos Antonio

Luque, Carlos Antonio Rocca, Dilson Gabriel dos Santos,

Heron Carlos Esvael do Carmo, José Tiacci Kirsten, Manuel

Enriquez Garcia,

Marco Antônio

Sandoval de Vas-

concellos, Marcos

Cortez Campomar,

Renata Miceli

Zoudine e Simão

Davi Silber.

feaUSP é vencedOra dO PrêMiO MelhOreS UniverSidadeS - gUia dO eStUdante 2012

Na última edição do prêmio, referente ao ano de 2012,

a Universidade de São Paulo foi a melhor do país na cate-

goria Administração e Negócios - Escolas Públicas.

Os vencedores de todas as categorias e

os detalhes sobre os resultados do

Prêmio foram publicados

no Guia do Estu-

dante Profis-

sões Vestibular

2013, disponível

para venda desde

o último dia 25 de

outubro.

No dia 04 de outubro, o Professor Edson Luiz Riccio

recebeu uma homenagem do Exército, onde foi agraciado

com o Diploma e Medalha de “Colaborador Emérito do

Exército”, que lhe foi entregue pelo General de Exército

Adhemar da Costa Machado Filho, comandante Militar

do Sudeste. Tal homenagem foi concedida em função do

relacionamento que vem sendo mantido pela FEAUSP

por intermédio do CONTECSI – Congresso Internacio-

nal de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação.

Desde a primeira edição em 2004, o CONTECSI tem re-

cebido a participação de inúmeros membros do Exérci-

to que tem apresentado trabalhos nos

diversos assuntos cobertos pelo con-

gresso. Além disso, a Banda do

Exército tem sempre abrilhan-

tado as cerimônias de abertura

do CONTECSI.

PrOf. ricciO é hOMenageadO PelO exércitO

Foto

s: E

xérc

ito

Foto

: Site

Cor

econ

SP

FEA MIX

gente da feaUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoNovembro 2012_tiragem 2.000 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-900

Diretor da FEA Reinaldo GueRReiRo

Coordenação Gerallu MedeiRoS

aSSiStência de coMunicação e deSenvolviMento da FeauSp

Edição: aSSiStência de coMunicação e deSenvolviMento

da FeauSpMilena neveS – MtB 36.341

Reportagens: GuilheRMe SpeRanzini, RodRiGo diaS GoMeS e talita naSciMento

Projeto Gráfico: eloS coMunicação e edeMilSon MoRaiS

Layout e Editoração Eletrônica: RoBeRta de paula

Revisão: lu MedeiRoS e vaneSSa Munhoz

Fotos:iSMael B. do RoSáRio, Milena neveS,

RoBeRta de paula e vaneSSa Munhoz

No topo dos mais assistidos, estão dois vídeos da FEA: o do workshop em homenagem a John Nash e a palestra de Eike Batista.

#16UnileSte

No último 25 de outubro, a FEA recebeu a visita de um grupo do curso de Administração do UNILESTE - Centro

Universitário do Leste de Minas Gerais. Foram 46 pessoas, sendo 44 alunos e 2 professores. O grupo veio para São Paulo,

sob a coordenação da Profa. Betinna Tassis, para um encontro com o Prof. Dr. Antonio Cesar Amaru Maximiano, que

durante aproximadamente uma hora e meia lhes apresentou o curso de Administração da FEA. Cada participante rece-

beu um kit com folhetos sobre o curso e sobre a FEA, que foram disponibilizados pelas secretarias e setores da Faculdade.

O grupo, em sua visita, participou também do Projeto Giro Cultural da USP .

viSitaS

fea teM vídeOS entre OS MaiS aSSitidOS nO iPtv A nova versão do site do

IPTV USP vem com modifica-

ções no layout e apresenta listas

com os vídeos mais recentes e

mais vistos. No topo dos mais assistidos, estão dois víde-

os da FEA. Ocupando o primeiro lugar está: “2nd Brazi-

lian Workshop of the Game Theory Society, in honor of

John Nash”, o qual contou com a participação de qua-

tro professores que receberam Prêmio Nobel de Econo-

mia. Na segunda colocação está a palestra de

Eike Batista, durante o evento “Jovens

Investidores”. Os vídeos foram realiza-

dos pelo setor de audiovisual e

editados pelo LAE (Laboratório

de Aprendizagem e Ensino).

vídeOS delegaçãO de UniverSidadeS SUíçaS

O Prof Edson Luiz Riccio, presidente da CCInt/FEA,

recebeu na Faculdade em 22 de outubro, a visita da

Delegação de Universidades Suíças. O grupo composto

de 21 Reitores/Diretores de Universidades de Ciências

Aplicadas da Suíça, visitaram a USP com o propósito

de incrementar e estreitar o relacionamento com nossa

Escola e com a Universidade.