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1ª edição – Julho / 2017

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Como melhorar a alimentação do seu filho usando técnicas de coaching

© Copyright by Alice Carvalhais

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Alice Carvalhais

mãe, nutricionista pediátrica, coach de crianças, e idealizadora do projeto

“Alice no País das Comidinhas”

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Como melhorar a alimentação do seu filho usando técnicas de coaching?

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Alice Carvalhais é mãe, nutricionista pe-diátrica, coach de crianças, e idealizadora do projeto “Alice no País das Comidinhas”. Ela tem uma vasta experiência em introdução alimentar, seletividades alimentares, crian-ças que comem mal e alergias alimentares. Em seu trabalho ela valoriza muito a troca de experiências e os bons exemplos entre toda a família, o que incentiva crianças e adultos a buscarem um estilo de vida saudável. Acredita que comer bem é muito mais que uma dieta e que, para cuidar da saúde das pessoas, é pre-ciso ter afeto, oferecer aconchego e valorizar a qualidade de vida.

Sobre a autora:

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Como melhorar a alimentação do seu filho usando técnicas de coaching?

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Dedico esse e-book a todos que de algu-ma forma já fizeram parte do meu projeto “Alice no País das Comidinhas”.

À minha filha que foi a minha maior fonte de inspiração para mudar o rumo da minha carreira.

Aos meus pequenos clientes e suas fa-mílias que tanto me ensinam.

E em especial, aos meus queridos men-tores Geraldo Santana, Marcia Belmiro e Melodia Moreno, pelos ensinamentos que tornaram esse e-boook uma realidade.

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Como melhorar a alimentação do seu filho usando técnicas de coa-ching?

Ser coach de uma criança não é ditar as regras ou controla-la, mas conduzi-la à sua própria evolução através de comportamentos e boas perguntas que a levem a pensar em soluções para os seus próprios problemas, ampliando assim seu entendimento sobre si mesma e so-bre o mundo.

Costumo dizer que existem duas formas de se resolver um mes-mo problema. A primeira é encontrando a solução, a segunda é não o alimentando. Esse e-book não trará exatamente uma solução para a dificuldade alimentar da sua criança, até porque, em alguns casos, o problema vai muito além de questões comportamentais e exige um olhar multidisciplinar. Aqui você aprenderá a enxergar essa questão sob uma nova ótica e desenvolver atitudes favoráveis rumo ao objetivo que se quer alcançar, desenvolvendo um olhar empático, rompendo o jogo da culpa e fazendo com que todos assumam a sua parcela de res-ponsabilidade, inclusive a sua criança.

Situações extremas graves realmente causam um mal-estar na fa-mília, mas o que tira o humor, mina paciência e esgota a energia dos pais geralmente são aquelas “coisinhas” rotineiras, como por exemplo, problemas na alimentação.

Em muitos lares, esse assunto leva os pais a um verdadeiro esgo-tamento e fazem com que a hora das refeições se transforme em um

PREFÁCI0

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Somente quando deixamos nosso papel de filhos neces-sitados de proteção e apro-

vação, quando deixamos nossos pais livres do nosso julgamento, é que conseguimos ser pais inteiros para nossos filhos.

(Marcia Belmiro)

“campo de guerra” com direito a “tortura”, sofrimento e lágrimas para todos os envolvidos.

Mas será que é possível ajudar o seu filho a fazer as pazes com a comida?

Sim! E acredite: o segredo pode estar muito mais na sua forma de lidar com a situação, do que na própria criança. Isso porque o compor-tamento dos pais pode ser determinante sobre a intensidade e duração desse problema.

Comece mudando a sua relação consigo mesmo!

Por mais que muitos neguem, há uma tendência extremamente for-te dos pais conduzirem o processo de educação da nova família que es-tão constituindo, com base e sequência do processo de educação que receberam, seja mantendo os mesmos moldes, ou se esforçando para não os repetir. Por isso, cuidar das próprias emoções e dificuldades re-lacionais poderá auxiliá-los a tratarem com tranquilidade as inevitáveis situações às quais serão expostos no convívio com seus filhos.

Para que os pais consigam se conectar aos seus filhos, é importante que, antes de tudo, eles se reconectem consigo mesmos e resgatem dentro de si a sua criança interior.

Não importa o tamanho do fardo que você carrega, não importa os traumas que você teve, não importa o quanto você sofreu e as crenças que você adqui-riu ao longo da vida: Seja livre para amadurecer e romper com suas dores do passado.

ESCOLHA trocar as má-goas, os ressentimentos e a culpa por sentimentos pro-fundos de perdão e gratidão e, naturalmente, carregue essa leveza para dentro do seu lar.

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Desenvolva a empatia!

Quando uma criança come mal, muita gente traça mil planos para enfrenta-la e convencê-la a comer. Mas, na maioria das vezes, essas estratégias não funcionam. Boa parte das crianças que comem mal faz isso por questões comportamentais. Muitas vezes porque querem cha-mar atenção ou querem ter o simples prazer de dizer não... E o adulto tende a traduzir isso de forma pejorativa:

“Está querendo aparecer? ”“Está achando que manda em alguma coisa? Espera aí que eu vou te

mostrar quem manda aqui! “E assim se trava uma batalha longa e desgastante, que muitas vezes

não leva a lugar nenhum.Que tal olhar para essas duas necessidades da criança sob uma

nova ótica? Chamar atenção pode parecer pirraça, mas na verdade isso é um

instinto de sobrevivência, uma forma de garantir sua existência, uma vez que a criança é um ser totalmente dependente. O não comer é a forma mais clássica que existe de a criança dizer: estou aqui! E quando ela diz isso, ela quer ser ouvida!

Você já parou para pensar que o não comer pode ser uma forma de dizer que não aguenta mais esse ritmo corrido de vida, que não aguen-ta mais ver os pais brigarem, que não aguenta mais passar o dia todo entre 4 paredes, que não aguenta mais ser tratado como um adulto ou ainda, que existe algum problema impossível de expressar em pala-vras devido à imaturidade?

Se sentir no domínio é se sentir gente. Isso te soa estranho? Pois é, a verdade é que muitas vezes a criança é tratada como coisa e não como gente. E é lógico que ela vai querer provar por A + B que ela tam-bém é uma pessoa. Que ela tem vontades próprias, que ela não é um troféu e nem um portfólio dos seus pais.

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Vale a pena refletir sobre a possibilidade de você estar depositando expectativas ou frusta-ções em excesso em uma pessoa que veio para escrever uma nova história, e não para corrigir a sua.

Então, se seu filho come mal, o primeiro pas-so deve ser a empatia. Trate-o como você gosta-ria de ser tratado. Antes de agir, coloque-se no lugar dele: Olhe–o nos olhos e tente entender o que ele está tentando lhe dizer com esse com-portamento. Evite o enfrentamento e desenvolva a compaixão. Se una a ele nessa batalha onde vocês dois fazem parte da mesma equipe.

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Ao longo da vida todos nós ad-quirimos determinadas crenças e valores baseados nas nossas expe-riências, e com elas, criamos o nos-so próprio conceito do que é certo, errado, apropriado ou inadmissível. Isso nos leva a tirar conclusões so-bre tudo que vivenciamos, o que nos dá a falsa sensação que estamos aptos a julgar os comportamentos do outro.

Leia a história abaixo:“Uma menininha brincava em

um parque quando um senhor deu a ela de presente duas maçãs. Sua mãe, que estava com muita fome, perguntou se a filha poderia dar a ela uma das maçãs. De repente a menina mordeu a primeira maçã e bem rápido, mordeu a outra. A mãe sentiu seu sorriso congelar... Então a menininha estendeu a mão para ela e disse: Toma mamãe, essa é a mais doce! ”

Responda a si mesmo agora, du-rante a leitura dessa história você tirou conclusões precipitadas?

Consegue perceber como o julgamento nos parece algo au-

tomático?É sobre isso que estou falando.

Sobre ter um olhar e uma escuta neutra a ponto de não tirar con-clusões antes da criança terminar de se expressar, sobre estar aber-to ao novo, ao surpreendente, so-bre ser abrigo e porto seguro. Isso pode ser exatamente o elo rom-pido na sua relação. Se abra para esse processo!

Repita para você mesmo: É um processo! Não tem mágica!

“E processos precisam de 4 COISAS: SEQUÊNCIA, PRÁTICA, ACOMPANHAMENTO E CONTINUI-DADE. Por algumas muitas razões algumas pessoas fazem isso muito bem: SEQUÊNCIA, PRÁTICA, ACOM-PANHAMENTO E CONTINUIDADE. Para elas, por algum motivo, isso é natural, o que nos dá a impressão de que foi sorte ou conjunções favo-ráveis que propiciaram essas con-quistas. Mas se alguém se dispuser a observar com rigor irá encon-trar exatamente isso: SEQUÊNCIA, PRÁTICA, ACOMPANHAMENTO E CONTINUIDADE” (Marcia Belmiro).

Exercite o não julgamento!

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Aprenda a fazer boas perguntas!

Imposições geram obediência. Boas perguntas geram inteligên-cia.

Boas perguntas levam as crian-ças a pensar, a ponderar e a en-tender de verdade o que se passa dentro de suas cabecinhas. Mais do que aprender, elas ampliam o seu próprio entendimento quando se dedicam a encontrar respostas para as suas questões, assumindo aos poucos as rédeas da sua vida e a responsabilidade de agir ao seu próprio favor.

Além de empoderar, quando você faz perguntas, você demons-tra interesse ao saber a opinião da criança e isso gera nela um senso de pertencimento e importância.

Boas perguntas geralmente são aquelas que geram uma se-quência de pensamentos e se ini-ciam com “o que”, “ como”, “ pra

que” e “ qual”.Exemplos:O que poderia fazer a nossa re-

feição ficar mais divertida?Como você prefere a gema do

seu ovo, mole ou dura?Pra que chorar na hora da co-

mida se podemos conversar e ter um momento prazeroso?

Me diga , qual alimento novo a gente poderia experimentar essa semana?

Boas perguntas também po-dem ser feitas pra você mesmo e podem te ajudar a achar um cami-nho nessa situação tão desafiado-ra. Reflita agora:

As alternativas que você tem usado atualmente para convencer seu filho a comer proporcionam autonomia a ele?

Você se sente bem fazendo uso desses artifícios?

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Se você sentisse exatamente o que o seu filho sente na hora de comer, seria possível se apaixo-nar por esse momento?

Se você continuar agindo como de costume, como você imagina a situação alimentar da sua criança daqui há 5 anos?

Suas expectativas em relação à alimentação da sua criança são praticáveis?

Você consegue perceber as potencialidades que sua criança possui ou só enxerga as dificulda-des?

Que recursos você tem para motivá-lo a se alimentar melhor?

O que você sabe que deveria fazer para contribuir com esse processo, mas ainda não fez?

Se você fosse o seu filho, quais comportamentos você esperaria da sua mãe na hora das refeições?

Limites continuam sendo importantes!

Fazer boas perguntas não sig-nifica jogar em um ser tão imatu-ro a responsabilidade de decidir tudo sobre a sua vida, mas incluí-lo, em algumas decisões do dia a dia. Lembrando que em alguns momentos você, como responsá-vel, precisará entrar em cena e assumir o protagonismo.

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Imagine as seguintes situações:

1. Hoje é seu aniversário de casamento e seu marido te liga avisando para você se arrumar porque ele vai te levar para jantar. Você se produz e fica imaginando: onde será que ele vai me levar? O que será que ele planejou para a gente hoje? Daí você entra no carro toda empolgada, pronta para ouvir a surpresa e ele te pergunta: e aí amor? Onde você quer ir?

2. Você acaba de contratar uma pessoa para trabalhar na sua casa.

Ela foi muito bem indicada por seus amigos e tem a fama de ser uma cozinheira de mão cheia. Daí ela chega para o primeiro dia de trabalho, você deixa a dispensa e a geladeira carregada e fica curiosa com o que ela vai fazer para o almoço. Vai aproximando do horário da refeição, a fome vai chegando e quando você vai à cozinha ver o que ela está prepa-rando, ela te pergunta: é para fazer comida? O que a senhora quer que eu faça para você comer?

Bom, eu poderia dar milhões de exemplos, mas meu objetivo é te

mostrar como muitas vezes na nossa vida tudo que a gente precisa é de orientação. Ter muitas opções à nossa escolha nem sempre é o melhor caminho. E dependendo da situação, a gente prefere mil vezes não ter que escolher, ainda que seja algo inconsciente. Por esse motivo, em alguns momentos você terá que escolher ou limitar a escolha em duas opções que lhe parecem mais cabíveis.

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É importante ressaltar que nem sempre nossos filhos terão maturidade para que possamos confiar a eles 100% das decisões que eles devem tomar. Devemos sim dar opções de escolha sem-pre que possível, mas jamais ne-gligenciar o nosso papel.

Nossos filhos precisam enten-der que existem regras a serem cumpridas e que nem sempre dá para comer batata frita e milk shake na hora do jantar. Eles pre-cisam entender que muitas vezes precisamos comer coisas que não gostamos tanto, mas que é pelo nosso bem.

Então, quando você fizer a al-moço, não pergunte se ele quer almoçar. Comunique carinhosa-mente que está na hora da refei-ção. Quando for servir o prato,

não pergunte se ele quer salada, sirva a salada e insista com fir-meza para ele pelo menos provar (insistir não é forçar). Se ele dis-ser que prefere um copo de leite, informe que “agora” está na hora de almoçar e que ele poderá to-mar o leite na hora do lanche. Se ele quiser sair da mesa, avise que aquele momento é o momento da refeição e que ele deverá ficar ali mesmo se não quiser comer.

Comece isso o quanto antes, não espere o “caos” se estabele-cer, e, independente do que fizer, faça tudo com muito amor para o seu limite não ser visto como um castigo. Se não ele deixa de ser doce e passa a ser inimigo.

Você verá que, aos poucos, seu comportamento será encarado como um carinho.

Troque isso:O que você acha que eu faço para o jantar?

(Assim você abre precedentes para a criança dizer batata frita e milk shake, por exemplo, e sua pergunta terá sido em vão.)

Por isso:Qual salada você prefere comer no jantar de hoje: Repolho com

milho ou alface e tomate?

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Cada um no seu quadrado

Para que você possa auxiliar a sua criança de forma positiva em sua jornada alimentar, será importante que você tenha bem claro em sua mente qual é a sua parte e qual é a parte dela nessa história.

É responsabilidade do seu filho:Se esforçar na medida do possível para aceitar.Decidir a quantidade que irá comer e se irá comer.Escolher o que fazer com as oportunidades que você lhe deu.Querer controlar a quantidade que a criança come gera a falsa im-

pressão de garantia de sobrevivência dela. E é nesse controle, nessa ansiedade que se cria em torno da quantidade que a criança ingere, que muitos pais comprometem o relacionamento alimentar dos seus filhos.

“Quando você parte do princípio que essa responsabilidade é so-mente sua, coloca todo o foco em você e deixa de sentir e perceber as reais dificuldades, limites e potencialidades de seu filho” (Patrícia Jun-queira)

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É sua responsabilidade:Escolher o que será ofertado, em que momento e como isso será

realizado.Criar um ambiente propício para a aceitação.Dominar suas palavras, suas emoções, seus sentimentos e seus

pensamentos.Saber responder às possíveis dificuldades e reações que seu filho

poderá apresentar.Dar ao seu filho todas as oportunidades que ele precisa e entender

que você nem sempre terá controle sobre o que ele fará com essa opor-tunidade.

Hierarquia é diferente de controle!

Ser autoridade na vida de uma criança não significa ser autoritário e antidemocrático. São coisas bem diferentes!

Quem nunca sonhou em criar o filho dentro de uma bolha que atire a primeira pedra!

Zelo e proteção parecem nunca ser demais. Mas qual será o limite de domínio que os pais devem ter com suas crianças, uma vez que eles chegam sem manual?

Isso vai depender de vários fatores, dentre eles da idade da criança. Em todas as fases da vida é preciso existir uma noção de hierarquia nas famílias: na infância isso gera segurança e previsibilidade. Porém, mui-ta gente confunde zelo com controle. E é aí que a coisa azeda...

Tudo que uma criança quer é ter senso de pertencimento e ser tra-tada como uma pessoa. Atitudes controladoras atrapalham as crianças de desenvolver o auto comprometimento, tira a sensação de domínio próprio e faz a criança se sentir um objeto, o que pode gerar revolta.

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O que fazer em casos de birra?

Em geral a birra nada mais é do que um ataque de nervos quando a criança não consegue se expressar ou sente que não está sendo com-preendida. Apesar de parecer uma afronta, a birra é um meio de comu-nicação desesperado de alguém imaturo, e nessas horas, nada melhor do que manter a calma e ser um bom exemplo de quem consegue se comunicar sem recorrer aos berros e a ira.

Você pode ser firme sem ser agressivo. Lembre-se: ensinar com rai-va gera raiva, ensinar com grito gera grito, ensinar com compreensão gera compreensão. Tenha exatamente a postura que você espera da sua criança e se surpreenda com o reflexo que terá.

Reforço positivo!Todo mundo tem pontos fortes e fracos em sua personalidade, e infeliz-

mente, existe uma tendência enorme de supervalorizarmos o lado negativo das pessoas. O reforço positivo consiste em ressaltar as virtudes da criança e dar lugar de honra àquilo que ela faz com maestria, a fim de valorizar e incentivar o bom comportamento.

Esses elogios devem ser sempre específicos, claros e ter realmente um motivo que o justifique.

Não coloque palavras na boca da criança. Apenas a desarme com um abraço apertado e diga:

“Está parecendo que você quer me dizer algo. Eu também quero. Quero que você me escute. Podemos conversar com mais

calma? Respire fundo e tente se acalmar. Vamos lá?”

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Reforçar os pontos positivos não se trata de deixar de corrigir os filhos quando houver neces-sidade, desde que essa correção aconteça de maneira gentil.

As críticas são muito importan-tes para o crescimento pessoal de todos, mas dependendo do tom que ela vem, pode acabar sendo mal interpretada.

A criança precisa ter consciên-cia das consequências e se sentir profundamente responsável por tudo o que faz, o que é diferente de se sentir culpada ou julgada.

A criança que tem auto com-prometimento se apropria de suas decisões, e empoderada, desde cedo assume as rédeas de sua própria vida, se sentindo autora de suas ações.

Se no momento da refeição algo não acontecer como você es-perava, tire o foco do problema e

incentive os pontos positivos:Ex: “Não quer comer a couve?

Sem problemas... “-Você costuma comer muito

bem-Existem outros substitutos-Você comeu todo o feijão-Eu vi que você se esforçou-Quem sabe da próxima vez?

Não se trata de fazer elogios vazios o tempo todo, pois isso pode levar a criança a achar que é perfeita ou que é a melhor em tudo.

Troque isso:

Nossa! Como você está comendo bem!Por isso:

Parabéns! Fico feliz em notar seu esforço em experimentar novos alimentos. Provar essa ervilha, como você acabou de fazer, mostra o quanto você está comprometido a se superar na alimen-

tação. Assim você vai longe!

A disciplina que é empá-tica, amorosa e respeitosa fortalece a conexão entre

os pais e seus filhos, e já a disciplina dura ou que abusa na punição enfraquece esta

conexão. Lembre-se: o obje-tivo final é ajudar a criança a desenvolver o autocontrole e

a autodisciplina.

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Suas palavras tem poder!

Nós pais, não somos simplesmente progenitores, somos também um referencial, e para nossos filhos, somos donos da verdade.

Com as nossas palavras, tentamos convencer que beterraba é doci-nha e saborosa, que a vacina não vai doer muito, que não é necessário ter medo de bicho papão porque ele não existe... E a gente sabe que o que a gente fala influencia muito na opinião deles. Um exemplo disso é a crença no papai Noel e na fada do dente. Nós embutimos a ideia na cabecinha deles de tal forma, que muitas vezes, mesmo se ouvirem da nossa própria boca que eles não são reais, as crianças precisarão de um tempo para processar a informação, comprovando o tamanho da confiança que eles depositam no que nós falamos.

Nossas palavras têm muito poder, para o bem e para o mal. E é aí que mora o perigo... A palavra é um instrumento poderoso. Tem po-der de aliviar, mas, por outro lado, tem o poder de causar feridas que acompanharão o indivíduo por toda sua vida com consequências ne-gativas tanto para ele mesmo, quanto para as pessoas ao seu redor. A palavra tem o poder de convencer, destruir, arruinar, deprimir e de causar todo tipo de dor e certeza, podendo deixar marcas profundas.

Evite dizer:- Esse menino não come nada.- Desse jeito você vai ficar gordo igual ao seu pai.- Não adianta oferecer, ele nem experimenta.- Se eu der verdura para ele, ele vomita na hora.- Eu posso até tentar, mas ele não vai gostar.- Ele só gosta de porcaria.- Quero ver quando você casar, se é que alguém vai te querer. Chato

para comer desse jeito...Uma criança que cresce ouvindo isso da boca dos próprios pais aca-

ba acreditando e se moldando para ser exatamente aquilo que escuta.

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Isso acontece porque, sem querer, ela vai contribuindo para que aconteça exatamente tal comportamento repetidamente até fazer par-te da personalidade dela na vida adulta. Afinal, papai e mamãe sabem de tudo, eles sempre estão certos, eles não mentem.

Então, se policie mais a esse respeito. Use suas palavras para incen-tivar, ajudar, construir, enaltecer...

Quando alguém te perguntar se seu filho se alimenta bem, diga que ele está se esforçando e está melhorando a cada dia. E para ele, não deixe de destacar os pontos positivos e as conquistas. Reforce sempre que ele é capaz e que, com o tempo, ele irá incorporar os novos hábitos e tudo ficará mais fácil.

Erros podem ser perdoados. Atitudes podem ser repensadas. Mas, algumas palavras poderão nunca ser esquecidas. Então...Que sejam palavras boas...

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Não comeu? Deixa com fome! Será?!?!

De fato, sem apetite a aceitação sempre será baixa, mas atenção: não estamos falando da fome da África, e sim daquela que sentimos entre uma refeição e outra.

Em primeiro lugar, é importante avaliar a possibilidade de a criança ter algum problema real que a impossibilita de conseguir comer. Nem sempre é frescura e isso exige um olhar multidisciplinar.

Dizer a uma criança que se ela não comer ficará com fome, é o mes-mo que cutucar uma cobra com uma vara. Ela se arma para o bote e vira uma batalha.

O melhor a se fazer nesses casos é gerar a auto responsabilidade na criança e deixar muito claro que todos estão jogando no mesmo time.

Você pode dizer algo do tipo:“Entendo que você não queira comer toda a comida. Isso é normal.

Tem dias que eu também tenho vontade de comer menos, mas deve-mos ficar atentos para que isso não vire um hábito, ok? Vamos fazer o seguinte, a próxima refeição será daqui a 3 horas. Eu quero que você se esforce o máximo para não comer nada até lá, mas se sentir muita fome, me avise que te darei 1 pedaço de fruta só para despistar sua barriguinha. Assim você não sofre com a fome, mas também não atra-palha refeição seguinte. O que você acha?”

Lembre-se que, nessas horas, a sua entonação ao falar fará toda a diferença. Tente falar de forma firme, segura e carinhosa ao mesmo tempo.

Você consegue perceber como você faz a mesma coisa, porém de maneira respeitosa e incluindo a criança na decisão? Não adianta im-por a mudança, ela precisa ser uma escolha pessoal e sua função é

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Reestabeleça o prazer da criança!

Se o momento de comer está tenso, será difícil sentir prazer, e sem prazer, é impossível comer bem.

Imagine que você foi contratado para o melhor emprego do mun-do. Você receberá uma boa grana para viajar pelo Brasil e avaliar os melhores resorts que existem nele. No começo você se sente anima-do, tudo é festa. Todos comentam o quão sortudo você é, e você real-mente se sente privilegiado. Com o tempo vai sentindo saudades da sua cama, no outro dia fica triste por estar perdendo a apresentação na escolinha do seu filho, no outro dia está morrendo de frio, mas preci-sa entrar a piscina para dar uma nota para ela, no outro dia, tudo que você queria era comer arroz com ovo, mas tem que jantar lagosta para pontuar o restaurante, a solidão começa bater à porta, e por aí vai... Consegue perceber como mesmo as coisas muito boas podem perder a graça quando viram obrigação? É isso que acontece com a criança que se sente pressionada e obrigada a comer. É quase impossível ter prazer nessa situação.

Um bom início para melhorar esse clima é baixar as expectativas, criar um ambiente de paz, e entender que toda criança nasce com a

conduzir a criança para esse fim.É muito interessante como as crianças estão preparadas para serem

aliadas dos seus responsáveis. E se por um acaso, a criança estiver recusando a comida para afrontar, ela perde até a graça depois dessa conversa.

Entenda que o problema na alimentação do seu filho não é um pro-blema só seu. É um problema dele também, e ele tem direito de partici-par das decisões para resolvê-los, não importa a idade. Parceria é algo bem-vindo em todas as fases da vida.

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Como melhorar a alimentação do seu filho usando técnicas de coaching?

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capacidade de autorregular seu apetite, tanto que nos primeiros meses a orientação é que eles mamem em livre demanda, ou seja, o quan-to quiser e na hora que quiser. Quando incluímos em sua alimentação os alimentos sólidos, inicia-se também a falsa necessidade de contro-le por parte dos pais. Isso porque, baseados nas experiências vividas e crenças adquiridas, cada um tem dentro de si uma quantidade que considera ideal. Estabelecer o quanto uma criança tem que comer é tão absurdo como estabelecer o ritmo que ela deve respirar. Somente ela conhece as suas necessidades, e sobretudo, somente ela consegue perceber quando essa necessidade muda. É isso mesmo. As necessi-dades mudam de acordo com o nível de atividade física, com a fase de crescimento, com o nível de desenvolvimento cognitivo, com a idade, com o clima, com o estado de humor e com várias outras questões. É muita prepotência outra pessoa querer controlar algo tão íntimo, mes-mo que sejam os pais!

Sentar à mesa e agradecer é uma forma de ajudar a criança a valo-rizar o alimento e, mexer no antigo ritual de alimentação, pode ser um marco para essa nova fase onde comer será algo muito bom.

Nesse momento evite falar demais, guarde seus conhecimentos nutricionais para outra hora e não fique narrando cada colherada. Se a criança rejeitar algum alimento aja de forma natural e respeitosa. Jamais force sua criança a comer. Lembre-se que como responsável, sua função é dar à criança toda a oportunidade que ela precisa, mas entenda que nem sempre ela aproveitará essa oportunidade como você deseja. Se contenha para não ser controlador nesse momento.

Inclua a criança na hora da compra, do planejamento, do preparo e deixe que ela mesmo se sirva. Incentive que ela seja o mais ativa pos-sível nesse momento. Comer não é simplesmente abrir a boca, mas-tigar e engolir. Crie diferentes níveis de conhecimento dos alimentos, que vão além de digeri-los. Cheirar, tocar, olhar, preparar, também são formas de se aproximar da comida.

A emoções que circundam o momento das refeições também fazem toda a diferença, pois ajudam na criação de memórias afetivas, ou seja, a criança relaciona determinados alimentos a sentimentos e emoções. Se o almoço e jantar for associado a pressão e frustração, a concorrên-cia acaba ficando desleal porque as guloseimas geralmente são oferta-das em momentos de alegria.

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Mesmo que você se sinta distante do seu objetivo final, cada pequena conquista será um degrau para alcançá-lo e isso deve ser valorizado. O início do processo sempre é mais difícil. É como uma gangorra, pegar impulso pode ser trabalhoso, mas com o tempo as coisas começam a fluir quase que de forma natural.

Não negue o problema da criança. Se existe uma reclamação é por-que o problema é real e, ainda que seja no mundo da imaginação, ele existe.

Seja grato! Valorize as pequenas conquistas!

Ex: A criança diz ter ânsia de vômito ao sentir o cheiro da banana.

Isso não ajuda!Não adianta dizer: mas banana é uma fruta deliciosa.

Todos os seus coleguinhas comem, além do mais essa aqui está super doce...Não custa nada você experimentar...

Isso ajuda!

Diga algo do tipo: Eu te entendo. É comum termos di-ferentes percepções de um mesmo alimento. Existe algo

que eu possa fazer para te ajudar? Você sabia que existem diferentes tipos de banana? Você conhece todos eles? Perce-beu que os cheiros também são diferentes? Será que existe

alguma preparação que você tolera melhor? Talvez uma geleia de banana, um bolo de banana, uma torta com recheio de banana, uma vitamina, talvez amassar a banana com uma outra fruta que você goste? Já avaliou essas possibilidades?

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A culpa não é sua!“Cuidar de crianças com desafios em sua alimentação é cuidar das

suas mães. É ter empatia com suas dores mais profundas e ajuda-las a “retirar da caixa” a esperança, colocando-a de volta em seus corações” (Patrícia Junqueira)

Entenda que apesar de todos os percalços você sempre fez o melhor que pôde pelo seu filho, mas o sentimento de culpa é compreensível, uma vez que antes de tudo, os pais são mantenedores da vida no que se refere à sobrevivência. Até mesmo os pássaros alimentam seus filho-tes no ninho e ficam por perto até que eles sejam capazes de se manter sozinhos.

Esse e-book mostrou a você como o seu comportamento pode ajudar a sua criança a comer melhor, mas o fato de você ter tanta influência na solução, não significa, necessariamente, que você foi o motivo do problema.

Criança comendo mal é muito mais comum do que se imagina, e em algumas idades, a seletividade e a inapetência, chegam a ser esperadas cientificamente, devido às mudanças no metabolismo e na cognição.

Comer é algo extremamente complexo. É a única tarefa corporal que necessita do uso de absolutamente todos os órgão e todos os sentidos.

Para você ter uma ideia, 30% das crianças que tem desenvolvimento normal e até 80% das crianças que apresentam algum problema no desenvolvimento, possuem dificuldades nessa área, e comer mal, é um sintoma relacionado a uma média de 204 diferentes diagnósticos.

Investigar o passado e as possíveis causas nem sempre ajuda a en-contrar uma solução e podem gerar um sentimento de angustia do tipo “onde foi que eu errei?”.

O desafio é o que pode ser feito a partir de agora, nesse exato mo-mento. Se você consegue manter a sua cabeça no eixo dos seus pés (nem no que passou e nem no que está por vir, mas no presente mo-mento), você consegue ver de forma clara o que precisa ser feito, e par-te para a ação. O seu estado de consciência deixa de ser controlado pe-las condições externas e você deixa de agir a partir de uma resistência e passa a agir baseado na sua realidade.

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Meu desejo mais profundo nesse momento em que você avança para o final da sua leitura, é ter despertado em você a esperança de que dias melhores virão. Que você te-nha sabedoria e tranquilidade para nutrir o seu filho com o nutriente que ele mais espe-ra de você, que é seu amor. Entenda: é um processo! Não posso prometer que será fá-cil, mas prometo que valerá a pena. E se em algum momen-to você se sentir perdido, con-te comigo.

@alicenopaisdascomidinhas